10. Súplica de um poema
Leia-me! Não me deixe morrer nas páginas
amarelas sobre uma estante empoeirada.
Leia-me hoje!
Leia-me sempre!
Leitores bissextos não compreendem a alma dos
poemas.
Leia-me até ultrapassar as aparências
Até penetrar na essência das palavras deixando
a frase prisioneira e exaurida.
Leia-me até a exaustão
Abra uma veia e transfira as metáforas para
seu sangue.
Leia-me!
Não me deixe parecer que fui escrito em vão.