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Soneto: O tempo



    Autor: Luiz Gonzaga Pinheiro



Música: Piano relax
O tempo é rio amarelado e poeirento
A contar piadas a um velho paciente
Aqui cochila, além dispara, ali dolente
E cada página é retrato de um momento
Se o tempo é livro não passou por revisores
Já que não volta para desfazer os dramas
São seus fios que sustentam velhas tramas
Que bem urdidas resultam em nossas dores
O tempo é como um rio sem memórias
Que tange a vida, afoga histórias
E se refaz a cada curva nova
É como um rei, contínuo e absoluto
Não se detém para o riso ou para o luto
Pois está aquém do berço e além da cova.
O tempo

  O tempo é livro amarelado e poeirento
  A contar piadas a um velho paciente
  Aqui cochila, além dispara, ali dolente
 E cada página é retrato de um momento

Se o tempo é livro não passou por revisores
Já que não volta para desfazer seus dramas
 São seus fios que sustentam velhas tramas
Que bem urdidas resultam em nossas dores

   O tempo é como um rio sem memórias
    Que tange a vida, afoga histórias
       E se refaz a cada curva nova

   É como um rei, contínuo e absoluto
 Não se detém para o riso ou para o luto
 Pois está aquém da vida e além da cova.
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O tempo

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  • 16. O tempo O tempo é livro amarelado e poeirento A contar piadas a um velho paciente Aqui cochila, além dispara, ali dolente E cada página é retrato de um momento Se o tempo é livro não passou por revisores Já que não volta para desfazer seus dramas São seus fios que sustentam velhas tramas Que bem urdidas resultam em nossas dores O tempo é como um rio sem memórias Que tange a vida, afoga histórias E se refaz a cada curva nova É como um rei, contínuo e absoluto Não se detém para o riso ou para o luto Pois está aquém da vida e além da cova.