Aula 4 tga - Fordismo e Abordagem Clássica de Fayol
Ford
1. FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Profª. Larissa Bevervanço Mantovani
HENRY FORD
PRODUÇÃO EM MASSA
E LINHA DE
MONTAGEM
FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Profª. Larissa Bevervanço Mantovani
2. FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Profª. Larissa Bevervanço Mantovani
Henry Ford (1863 – 1947)
Linha de Montagem
Móvel
Produção em massa
3. FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Profª. Larissa Bevervanço Mantovani
Peças padronizadas e Intercambiáveis, produzidas
em quantidade
A partir daí deu origem ao Controle de Qualidade –
Padronização e simplificação da produção
Trabalhador especializado
Cada pessoa/grupo tem uma tarefa específica e fixa dentro de
um processo pré-definido.
Especialização para execução de uma tarefa.
Críticas: gera mecanização da atividade humana
e alienação do trabalhador.
4. Em 1908 – tempo do ciclo de produção era 514 min. Cada
trabalhador trazia as peças até seu posto de trabalho e o
carro vinha até o trabalhador.
Em 1913 – passaram a entregar as peças no posto de
trabalho, cada montador executaria uma única tarefa,
andando de um carro para outro. Tempo médio de cada
etapa do ciclo 2,13 min. Porém surgia um problema, a
movimentação consumia tempo e, como os montadores
tinham velocidades diferentes de trabalho, os mais rápidos
perdiam eficiência quando encontravam os mais lentos pela
frente.
5.
6.
7. Em 1914 – Surge a Linha de Montagem Móvel e
Mecanizada para montagem do chassi, consumia
1h e 33min. de trabalho em contraste com
as 12h e 28min. da montagem artesanal. O
tempo médio do ciclo era 1,19min. devido à
imobilidade do trabalhador.
A nova tecnologia reduzia a necessidade de
investimentos em capital.
A velocidade maior da produção diminuía os custos
de estoque.
Quanto mais carros eram fabricados, mais baratos
ficavam.
8.
9. Ford inovou também adotando o dia de trabalho de 8
horas e decidiu dobrar o salário de seus funcionários,
passando a hora de trabalho de US$ 2,14 para US$
5,00. A procura pelos empregos foi gigantesca e tal medida
provocou um abalo na bolsa de Nova York, conhecido como o
Five Dollar Day (dia dos cinco dólares). Os números de
produção do Modelo T eram impressionantes, assim como a
eficiência do processo produtivo adotado por Ford. Para se ter
uma ideia dos números, em 1914 a Ford tinha 13.000
empregados que produziam 308.162 carros , enquanto
as outras 299 montadoras do mundo possuíam juntas 66.350
empregados e produziam apenas 280.000 veículos.
Ford partia do princípio de que os trabalhadores deveriam
poder comprar o que produzem.
10. Consumo em Massa!
Devido ao novo processo, o tempo de produção do Modelo T
caiu e com o passar do tempo diminuiu ainda mais.
Ford pôs em prática a política de produção em massa para
consumo em massa.
O modelo, que em 1909 custava US$ 900 ; passou para
US$ 600 em 1913 e o preço foi diminuindo cada vez mais,
até chegar a incríveis US$ 260.
FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO
11. À medida em que a produção aumentava, os preços
diminuíam, e com isso o modelo ganhava as ruas do
mundo. Por volta de 1920, de cada dois carros no mundo,
um era o Ford Modelo T. A produção em linha de
montagem e a baixa dos preços faziam com que o carro se
tornasse cada vez mais popular e passasse a ocupar um
importante lugar na sociedade moderna, tornando-se
inclusive um símbolo. A popularização do automóvel
modificou de forma brusca as cidades.
Com a facilidade dos transportes, as famílias mais
abastadas podiam morar longe dos centros urbanos e se
dirigir a eles pelas rodovias que estavam sendo abertas. As
cidades cresciam em círculos concêntricos, à medida que
as elites se afastavam do centro para viver nas confortáveis
casas do subúrbio. As cidades se organizavam em torno do
automóvel.
12. FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Profª. Larissa Bevervanço Mantovani
Desde que fosse preto...
Detalhe curioso é que o Modelo T só era oferecido
em uma cor.
Conta-se que Ford dizia que se podia comprar o T
de qualquer cor, contanto que fosse preto...
Isso ocorria porque a tinta preta é mais barata e seca
mais rápido que as demais cores, o que agiliza o
processo produtivo.
Apesar da restrição cromática, o carro foi um sucesso
e teve enorme procura. Então, Ford começou a
contratar funcionários e construir outras fábricas.
Uma nova revolução estava a caminho.
13. FUNDAMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Profª. Larissa Bevervanço Mantovani
A lógica de Ford era a seguinte: pouco importa se
tinha de baixar o preço dos carros ou aumentar os salários
dos funcionários, desde que a atividades continuassem
dando lucros.
Além disso, ao aumentar os salários, ele alcançava outros
dois objetivos: a motivação de seus empregados e a criação
de uma massa de consumidores, já que, para que ocorra o
consumo é preciso que exista gente com dinheiro no bolso.
Daí dizer-se que Ford teve participação na criação da
classe média.
14. EXPANSÃO DO MODELO
FORD
Surge o trabalhador especializado.
Engº. Industrial responsável por Planejamento e Controle de
Montagem.
Engº. de Produção responsável pelo Planejamento dos
Processos de Fabricação.
Técnicos que calibravam e reparavam as ferramentas. (padrão)
Especialistas em Qualidade.
Supervisores que deveriam encontrar os problemas na fábrica
para a Administração corrigi-los.
No final da linha estavam os reparadores, para corrigir/consertar
as falhas.
Faxineiros mantendo as áreas de trabalho bem limpas.
15. Em 1915 – A Ford já era a principal fabricante da Inglaterra.
Em 1923 – foram produzidos 2,1 milhões de unidades do modelo T.
Em 1926 – a Ford montava automóveis em 19 países, além dos EUA.
Ford continuou à frente de sua indústria até 1943, quando se aposentou
para gozar os prazeres da vida e cuidar de sua saúde. Curiosamente, o
grande empreendedor acabou perdendo terreno devido à relutância em
mudar o Modelo T, quando outras empresas já ofereciam novas cores e
equipamentos para seus carros. Ford recuperou prestígio e a liderança
nas vendas com seu motor V8, apresentado em 1933.
Henry Ford faleceu aos 83 anos, em sua cidade natal. Ao longo de sua
existência, a Ford teve alguns fracassos como o Edsel e vários sucessos,
como o Thunderbird e o Mustang.
Quando, em 1927, o bem sucedido Modelo T deixou as linhas de
montagem pela última vez, não foi o fim de uma era, mas apenas o
despertar de uma nova era que havia começado anos antes, quando o
pequeno Ford deixou a fábrica de Detroit para ganhar o mundo. Nenhum
carro teve tanto impacto no panorama mundial como o T, pelo que é mais
do que justo que seja lembrado para sempre como o Carro do Século XX.
16. Henry Ford, em 1921, com sua criação que mudou
o mundo: um carro simples, produzido em massa e
vendido com grande sucesso mundo afora
17. CURIOSIDADES SOBRE
FORD:
Ford era um homem de negócios intuitivo e genial, mas era mau administrador.
Gostava de andar pela fábrica e passava muito pouco tempo no escritório. Não
tinha paciência para examinar balanços financeiros, detestava banqueiros e
mantinha enormes quantias de dinheiro no cofre para não ter que tomá-lo
emprestado dos bancos. Seu império era quase auto-suficiente, mas era uma
máquina pesada. Ford tinha uma frota de navios, uma ferrovia, minas de carvão e
até uma fazenda na Amazônia para produzir borracha. Uma vez deu US$ 1,5
milhão ao inventor Thomas Alva Edison, seu amigo, para que criasse uma bateria
elétrica para seus carros. Como Edison não conseguiu produzir uma bateria que
funcionasse direito, foi dinheiro jogado fora. Ford também não era muito bom em
marketing. Durante 19 anos, ele produziu apenas um tipo de carro, o Modelo T,
todos iguais e pretos. Só em 1927 achou que era hora de introduzir mudanças e
lançou o Modelo A. Era tarde. A concorrência estava prestes a ultrapassá-lo. Em
1931, a General Motors virou a número 1 da indústria automobilística e nunca mais
abandonou o posto.
18.
19. Linha de montagem de Ford
http://www.youtube.com/watch?v=58xRsfJP4N8
Linha de Montagem do KA
http://www.youtube.com/watch?v=K_tkVs_PGAE
Linha de montagem da JAC Motors
http://www.youtube.com/watch?v=M_tq7sddWPk
20. ALFRED SLOAN Jr. (1875-
1966)
E A GM
Num dia de 1924, o presidente
da General Motors, Alfred Sloan,
lançou o conceito de "um carro
para cada bolso", e em poucos
anos o leque variado de carros
da GM, do popular Chevrolet ao
elitista Cadillac, roubou a
liderança da Ford e de seus
padronizados modelos T.
21. Desenvolveu o conceito de descentralização e delegação de
autoridade.
Resolveu dois problemas críticos do processo de produção em
massa:
Profissionalizar a administração
Modificar o produto básico de Ford para servir a diversos
segmentos de mercado.
Estratégias:
Relatórios de vendas, participação no mercado, estoques,
lucros e perdas e orçamentos de capital.
Surgiram os especialistas em Administração Financeira e
Marketing.
Dividiram o trabalho do nível executivo.
Administração passa a definir objetivos e políticas
(planejamento) e cobrar resultados.
Depois surgiram: Funções de pesquisa, política financeira,
política de vendas.
22. Durante 45 anos à frente da administração da General Motors foi ele que,
pela primeira vez, criou departamentos, definiu políticas empresariais e
desenhou estratégias de longo prazo. E soube como colocar essas ideias
em prática.
Enquanto esteve na GM, a montadora não parou de crescer,
principalmente através da diversificação e da internacionalização. Enfim,
como defende Drucker, ele foi um dos criadores da moderna
administração.
Anos antes da expressão “remuneração variável” entrar no vocabulário
empresarial, Sloan resumia a necessidade dessa política como uma
resposta à “preocupação com o bem-estar dos acionistas da General
Motors tanto quanto dos seus executivos. Um está intimamente
relacionado ao outro.” Ou seja, sem o envolvimento dos funcionários, os
resultados da companhia estariam comprometidos.
Já naquela época, Sloan investia contra um vírus que contamina as
empresas até hoje, a dificuldade de se adaptar às mudanças. “Quando
descrevi a organização da GM espero não ter deixado a impressão de que
acredito que é um produto acabado. Nenhuma empresa deixa de mudar.
Virão mudanças para melhor ou para pior.”
O curioso é que, na década de 80, a própria GM enfrentou uma de suas
piores crises devido à incapacidade de se adequar aos novos tempos.