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O COMPORTAMENTALISMO
BASES FILOSOFICAS.
Laizi da Silva Santos
Psicóloga Escolar
DESCARTES
 Descartes foi um dos primeiros
pensadores a usar a razão para
desenvolver as ciências naturais.
 Preconizava o dualismo corpo e mente.
 corpo= mecanismo.
 Anatomia e fisiologia eram nascentes.
 Era considerado inatista.
INATISMO.
 Nada depois do nascimento é importante,
visto que o homem já nasce pronto, incluindo
a personalidade, os valores, os hábitos, as
crenças, o pensamento, a emoção e a
conduta social.
 O ser humano, concebido como
biologicamente determinado, remete a uma
sociedade harmônica, hierarquizada, que
impossibilita a mobilidade social.
INATISMO.
 Na educação, esta concepção tem erroneamente
levado a atitude de esperar que alunos
‘amadureçam naturalmente’, ou, mais grave ainda,
de não esperar muito daqueles que por herança
genética ou cultural não apresentam bom
prognóstico.
 “PAU QUE NASCE TORTO MORRE TORTO”.
EMPIRISMO/AMBIENTALISMO
 Principais teóricos: Tomas Hobbes, John
Locke, David Hume e George Berkeley.
 Negam o inatismo.
 O conhecimento é baseado na
experiência.
 Movimento tomou força na França.
 Tabula Rasa = Papel em branco.
 O ambiente molda o ser Humano.
POSITIVISMO
 Principal teórico: Augusto Comte (1789 –
1857)
 Perturbado pela desordem politica que
seguiu á revolução francesa, Comte
pretendeu organizar a sociedade de modo
mais racional.
 De forma ampla o positivismo representa um
movimento bem definido na historia do
desenvolvimento intelectual do homem, que
se caracteriza pela tentativa de aplicar aos
problemas humanos os métodos e princípios
das ciências naturais.
POSITIVISMO
 No século XVII o positivismo ganhou
aceitação maior com a publicação da
obra de Darwin, A origem das espécies.
 Essa obra reduz a distância entre o
homem e o animal, sendo assim oferece
precedentes para base experimental.
 A psicologia foi reduzida a fisiologia
animal.
O SISTEMA BEHAVIORISTA
 A psicologia, como qualquer outra
ciência, está situada na tela mais ampla
da história intelectual; em consequência,
qualquer sistema psicológico será um
sistema de pensamento.
 O Behaviorismo mostra uma perspectiva
altamente diversificada e mutante. Na
psicologia, ele é mais uma cultura que
uma escola, mais um habito de
raciocínio, do que um sistema.
SISTEMA BEHAVIORISTA
 J.B. Watson pai.
 Pavlov avó.
 Thorndike fez de suas experiências o
berçário da doutrina.
 As perspectivas modernas behaviorista
difere consideravelmente da adotada
pelos citados precursores.
SISTEMA BEHAVIORISTA
 O que os behavioristas de qualquer
época compartilham e uma inclinação
pragmática, aliados a uma grande fé na
analise, reducionista da conduta animal
e humana.
 Há uma adesão a psicologia
associacionista, consideram o reforço,
mas deixam de lado as pequenas
variações genéticas mais ou menos fixas
que possam explicar as exceções.
WATSON
 Watson: três pontos fundamentais se
destacam em seu pensamento: a
rejeição a introspecção; a crença de
que o ambiente, mais do que a
hereditariedade, determina o
comportamento humano e a afirmativa
de que o efeito deste ambiente se dá
principalmente através de um processo
de condicionamento de reflexos.
WATSON
 A ciência não deve lidar com a consciência
privada e sim com fatos que são acessíveis a
todos.
 Sugeriu assim que o pensamento humano
pode permitir um registro objetivo, feito por
equipamentos bem sensíveis.
 A crença no ambiente era também uma
ideia a respeito de fatos, sendo assim a
hereditariedade quase não era atribuído
peso na determinação do comportamento.
WATSON
 A tradição da psicologia ortodoxa, que se
orientava nessa direção – o conhecimento
do mundo externo nos vem através dos
órgãos do sentidos, assim qualquer conteúdo
da vida mental só poderia ser adquirida
através da aprendizagem.
 A importância atribuída por Watson à
aprendizagem vem como uma
consequência natural de sua rejeição da
introspecção, mas não há uma conexão
necessária entre as duas.
EDWARD L. THORNDIKE
 Ele notou que a repetição de um ato que
causava um resultado desejável aumentava a
probabilidade de ocorrência desse ato – era a Lei
do Efeito.
 Seus experimentos eram feitos com animais.
 Graças a influência do evolucionismo a lei do
efeito voltou a ser pedra angular do Behaviorismo.
 A Lei do efeito foi abalada no final da década de
30 quando descobriu-se que além de
recompensas o ser humano também evita
punições.
Jean-jacques
rousseau
A vida
 Rousseau nasceu em Genebra (1712-
1778), era uma criança fraca, doente.
Sua família fugiu da França durante o
século XVI devido às perseguições
religiosas, pois eram calvinistas.
 Órfão de mãe ao nascer, Rousseau foi
criado até os 10 anos por uma tia e pelo
pai, um relojoeiro de temperamento
instável. Com ele nosso pensador
aprender o amor pela leitura.
 Depois de anos vivendo de casa em casa,
até que fugiu aos 16 anos. Passou fome,
trabalhou em vários ofícios (alguns pouco
nobres)
 Em 1742 chegou a Paris, como professor de
música, ele desenvolveu um método
notação musical, uma ópera e uma
comédia.
 Diderot o convidou a escrever verbetes sobre
música para a Enciclopédia.
 Em 1749 publicou Discurso sobre as ciências e
as artes.
 Em 1762 foi obrigado a sair de Paris, por ser
considerado persona não grata, depois de
ter publicado Do contrato social e Emílio,
consideradas ofensivas.
 O exílio não foi tranquilo.
 Morreu em 1778, sozinho e pobre. Deixou
vasta coleção de obras sobre diversos
assuntos.
 Segundo Rousseau, o homem nasce
bom, a sociedade é que o corrompe.
 Para defender seu ponto de vista, ele
utilizou a mesma construção científica
que Hobbes e Locke:
O contrato
social.
Teorias de rousseau
 Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens
(1750) obra em R. pensa a condição humana e critica seus
antecessores:
[...] falando incessantemente de
necessidade, avidez, opressão, desejo
e orgulho transportaram para o estado
de natureza ideias que tinham
adquirido em sociedade: falavam do
homem selvagem e descreviam o
homem civil.
O bom selvagem
 O Bom Selvagem, como ficou conhecido
o homem primordial de Rousseau era
livre, solitário e feliz. Vivia pelas florestas,
motivado pela autopreservação, sem
precisar de ninguém.
 Buscava suprir suas necessidades e fugia
da dor. Não era bom ou mau.
 Segundo Rousseau, esse ambiente seria
“o mais propício à paz e o mais
conveniente ao gênero humano.”
 Uma virtude que o filósofo concebe
como sendo natural a homem, e não
produto do convívio social, é a piedade.
 Para R. de nada adiantaria a razão sem
a piedade.
 Outra importante característica do bom
selvagem era a perfectibilidade, ou
faculdade de aperfeiçoar-se.
 Porém, essa capacidade seria “a fonte
de todos os males.” Pois foi ela que levou
o homem a sair de sua condição natural
para tornar-se “tirano de si mesmo e da
natureza.”
 Tudo começou quando os homens livres
e sozinhos, precisaram executar algo por
muitas mãos. Associando-se
gradualmente, iniciaram a formação de
famílias, daí a necessidade de códigos
de comunicação e atividades de
socialização (dança, canto, etc)
 As diferenças entre os homens no início
eram sutis, depois tornam-se perceptíveis.
 Daí surgem todo tipo de paixões: cobiça,
orgulho, inveja. Os homens deixam de ser
dóceis e organizam suas primeiras
instituições, alguns começaram a possuir
mais que outros, a propriedade privada
teria sido o passo fundamental para a
corrupção dos homens:
 O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o
primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-
se de dizer: “Isto é meu”, e encontrou pessoas
suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos
crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores
não pouparia ao gênero humano aquele que,
arrancando as estacas ou enchendo o fosso,
tivesse gritado a seus semelhantes: “defendei-vos
de ouvir esse impostor; estareis perdidos se
esquecerdes que os frutos são de todos e que a
terra não pertence a ninguém”!
Rousseau
Origem da organização política
 Para Rousseau a organização política se fez sob a
égide dos mais ricos, pois:
[...] é razoável crer-se ter sido uma coisa
inventada antes por aqueles a quem é útil, do
que por aqueles a quem causa mal. Os
pobres, não tendo senão sua liberdade para
perder, fizeram uma tremenda loucura ao
destituir-se voluntariamente do único bem que
lhes restava, para nada ganhar em
compensação.
 O contrato social em vigor seria então, segundo
Rousseau, uma enganação.
 Na obra Do contrato social, R. apresentou sua solução
para essa situação injusta.Formar uma associação:
“que defenda e proteja a pessoa e os bens
de cada associado com toda força
comum, unindo-se a todos, só obedece
contudo a si mesmo, permanecendo assim
tão livre quanto antes.”
 Para que isso ocorra, o pacto social deve
nascer da entrega total de cada
indivíduo à comunidade.
 Rousseau concebe o corpo político
como um todo, uma unidade orgânica,
com vida e vontade próprias. E o que dá
vida ao corpo político é a própria união
de seus membros, ou seja, a
coletividade.
Vontade geral
 As leis desse corpo político devem refletir
a vontade geral.
 A vontade geral não é a simples soma
das vontades individuais.
 A vontade geral é a que busca a melhor
para a sociedade como um todo, ou
seja, aquela que satisfaz o interesse
público, e não o de particulares.
A educação para a liberdade
 Rousseau sonhou com uma sociedade
não apenas livres e iguais, mas pessoas
soberanas. Que tivessem plena
participação cívica.
 Para isso, além de um contrato justo, era
preciso ensiná-las a ser livres, autênticas e
autônomas.
 Essa tarefa de “civilizar a civilização”era
da educação.
SKINNER
 Burrhus Frederik Skinner nasceu em
Susqueliana. Estado da Pensylvania em
1904 no ano que Pavlov recebia o Prêmio
Nobel de Medicina.
 Em 1931, Skinner doutorou-se em
Psicologia pela Universidade de Haward.
Obras de Skinner
 1938 – O comportamento dos organismos – estabelece
relação entre seu trabalho e a teoria pavloviana dos
reflexos condicionados, ele acrescenta o conceito de
condicionamento operante.
 1948 – Walden II é um romance no qual Skinner tenta
retratar uma sociedade ideal, regida pelas técnicas de
controle do comportamento humano. A comunidade
idealizada por Skinner é uma sociedade ideal, onde
não há violência, privilégios, separação entre classes
sociais, propriedade privada. Ele defende a tese que a
vida do homem pode ser boa e gratificante , graças a
um planejamento amplo que vise ao maior bem para o
maior numero de pessoas, amplia a teoria do reforço.
 1951 - Artigo O uso humano de seres
humanos foi publicado no Psychological
Bulletin - Ele realça o uso do controle do
homem pelo homem, nas suas atividades
diárias e no processo de socialização.
 1953 – Ciência e comportamento humano -
um dos livros mais completos do autor, ele
considera a possibilidade de uma ciência do
comportamento humano – Considera o
individuo como um todo, o comportamento
das pessoas em grupo e analisa o papel das
diversas agências controladoras: o governo,
a religião, a economia, a educação e a
psicoterapia. Nesta obra ele analisa o
controle do comportamento pela cultura.
 1957 – Comportamento verbal e juntamente
com Fester, Esquemas de reforço, é feita uma
analise do papel do reforço tanto sobre o
comportamento verbal quanto sobre outros
tipos de comportamentos.
 1961 – Análise do comportamento – princípios
de reforço, modelagem, uso do
condicionamento operante na educação,
na psicoterapia e em outras situações são
mostrados.
 1968 – Utopia graças ao controle do
comportamento humano, artigo em que ele
mostra a impossibilidade de exclusão do
controle, quando o individuo vive em uma
cultura que tenta sobreviver e o controle se
apresenta como uma fuga ao despotismo.
 1968 – A tecnologia do ensino - ponte de
vista de Skinner sobre as praticas escolares.
Critica as práticas tradicionais, ele aponta as
vantagens do ensino programado e das
máquinas de ensinar por ele desenvolvidas.
Realizada por maquinas de ensinar, a
programação do ensino consiste em
meticulosa divisão do assunto em pequenos
passos que o aluno percorre individualmente
e que são reforçados quando se acerta.
Desse modo, a aprendizagem torna-se
rápida, eficiente e livre de notas baixas,
reprovações ou outras formas de coerção.
Para ele de acordo com a teoria do reforço,
é possivel programar o ensino de qualquer
disciplina ou de qualquer comportamento,
incluindo nisso o pensamento critico ou a
criatividade.
 1971 – O mito da liberdade – o autor
afirma que há muito tempo o homem
dispõe de liberdade e que esta deve ser
substituída por um controle sobre a
conduta e a cultura dos homens. Nesta
obra Skinner critica o senso comum que
costuma explicar as ações do homem
atribuindo-as a um agente inobservável
(alma, psique, mente).
O sentido da natureza humana e
o controle do comportamento.
 Durante anos: Filosofia=individualismo.
H
mundo
bom Mau
reforço punições
 Proposta de Skinner traz uma mudança
radical nesse modo tradicional de pensar.
 Não existe nenhum grau de
autodeterminação, auto – suficiência ou
autoconfiança capazes de nos tornar
indivíduos, a não ser como simples
membros da espécie humana.
 A filosofia de Skinner dá ênfase a cultura e
ao grupo, mas ele não esquece que as
culturas mudam ou perecem e são criadas
pela ação individual e sobrevivem apenas
através de comportamentos de indivíduos.
 A cultura se compõe de todas as
variáveis que afetam o individuo e que
são dispostas por outras pessoas. Uma
cultura é, pois, enormemente complexa,
e extraordinariamente poderosa, mas
não é unitária, pois as inúmeras agências
de controle que determinam sua
formação costumam entrar em conflito.
 O individuo é afinal, um dos “outros” que
exercem o controle e que assim, agem
em seu próprio beneficio.
 Para Skinner, uma visão cientifica do
homem oferece possibilidades
inesperadas. O homem não é uma vitima
ou um observador passivo do que lhe
acontece, pois ele é controlado por um
ambiente que é, em parte, construído
por ele mesmo. Deve-se, concluir que a
evolução de uma cultura é um exercicio
de autocontrole.
 A aplicação de uma ciência do
comportamento ao planejamento de
uma cultura é uma proposta ambiciosa,
geralmente considerada utópica.
 Uma ciência do comportamento ainda
não está apta para resolver todos os
problemas mas é uma ciência em
desenvolvimento. O importante não é
tanto saber como resolver problemas,
mas sim como buscar solução.
 O ponto focal de toda a obra de Skinner
é sua preocupação com a evidência de
que a ciência tem aumentado o poder
do homem de influenciar, modificar,
modelar, ou controlar o comportamento
humano.
 Skinner escolheu três amplas áreas do
comportamento humano para fornecer
exemplos sobre o controle – a área do
controle pessoal, que inclui as relações
interpessoais na família, nos grupos sociais
e de trabalho, no aconselhamento e na
psicoterapia; a área de educação e a
do governo.
O controle pessoal
 O ser humano, vivendo em grupos, são
admirados quando praticam atos que
correspondem à expectativa de seus
pares e deixam de sê-lo quando seus
comportamentos escapam ao modelo
estabelecido pela cultura. Essa pratica
está de tal modo entranhada nas
diferentes culturas que não se chega a
perceber que se trata de um tipo de
controle.
 Cada ser humano introjeta, mediante o uso
adequado do reforço, um conjunto de
crenças, atitudes, valores, que passam a
constituir os seus princípios éticos.
 O uso da punição, sob a forma de censura
ou acusação, é também uma forma de
controle. Discute-se a responsabilidade do
individuo que cometeu um ato que escapa
ao desejável e, caso não se descubra
nitidamente a intencionalidade ou caso se
considere que ele “não podia deixar de
fazer” o que fez, não se costuma puni-lo.
Logo, não se tem o direito de punir alguém
que ignorava as consequências de sua
ação.
 Skinner tem mostrado que o uso de
conceitos como liberdade, iniciativa,
responsabilidade social tem sido
reforçado socialmente. Quando estes
conceitos são qualificados como bons,
aprendemos a fazer um julgamento de
valor em termos de seus efeitos
reforçadores. Tem-se considerado a luta
pela liberdade e dignidade como defesa
do homem autônomo. O behaviorismo
prefere explicar a preferência por estes
valores como uma revisão das
contingências de reforço sob as quais as
pessoas vivem.
Educação
 Durante vários anos as técnicas
educacionais se resumiram na utilização
de técnicas aversivas – o papel do
professor consistia em fazer com que os
alunos aprendessem e o papel dos
alunos consistia em escapar das
ameaças, aprendendo.
 Tendemos a valorizar o aluno que aprende
sozinho e frequentemente atribuímos o processo
de aprendizagem a algo que existe dentro do
individuo. De certo modo, procuramos eximir-nos
de responsabilidade de ensinar ao estudante.
 Não estamos preparados para o uso de técnicas
que produzam mudanças comportamentais
através da manipulação de variáveis externas.
No entanto, poderíamos, através da ciência,
organizar um mundo em que as pessoas
aprenderiam, seriam sábias e boas, sem “ter de
ser” ou sem “escolher ser”. Bastaria que
aprendêssemos a manipular variáveis
possivelmente a pessoa aprender as coisas sem
esforço; isto seria um resultado ideial.
Governo
 A proposta de Skinner consiste em se aplicar
uma tecnologia comportamental à
construção de um governo praticável,
efetivo e produtivo.
 Ele apresenta um mundo onde haja
alimento, roupa e habitação para todos; em
que cada qual escolhe o seu trabalho e
trabalha em média 4 horas por dia; onde a
educação prepara as crianças para a vida
social e intelectual que se encontra diante
delas e o qual as pessoas se apresentam
felizes, seguras, produtivas, criadoras e
voltadas para o progresso.
 Segundo Skinner uma ciência do
comportamento causa problemas não
porque a ciência, ela própria, seja
inimiga do bem estar humano, mas
porque concepções mais antigas não
têm sido superadas. O necessário é uma
nova concepção de comportamento
humano compatível com as implicações
de uma análise científica. Todos os
homem controlam e são controlados. O
problema do governo não é como deve
ser preservada a liberdade mas que
espécie de controle deve ser usado e
para que fins.
APLICABILIDADE DA TEORIA
BEHAVIORISTA A EDUCAÇÃO.
 Para melhor compreensão do modelo
comportamentalista e sua proposta para a
educação, devemos lembrar de três
conclusões de Watson.
1. O determinismo ambiental
2. O objetivo da ciência psicológica é o
comportamento e é diretamente
mensurável.
3. O caráter mensurável dos fenômenos
comportamentais.
 Sendo assim:
 A aprendizagem deve ser diretamente
observável, a partir das respostas emitidas
pelos alunos.
 O papel do professor reside na sua
competência para manipular as condições
do ambiente do aluno, a fim de assegurar a
aprendizagem.
 O papel do aluno passa a ser o de receptor
do conhecimento e dele se espera a
aceitação de metas preestabelecidas.
 A avaliação dessas metas se faz pela medida
das respostas que são diretamente
observáveis e passíveis de serem medidas.
Modelo metodológico de ensino
inspirado no
comportamentalismo.
 Explicitação de objetivos em termos
comportamentais, ou seja, em termos de
respostas observáveis a estímulos que são
apresentados ao aluno.
 A definição de estratégias de ensino a
partir dos objetivos explicitados, levando-
se em conta sobretudo os resultados
objetivados.
 A avaliação objetiva, isto é, a medida de
resultados observáveis antes da
aprendizagem, durante e após o período
de ensino-aprendizagem.
 O ensino programado, que visa reforçar
as respostas que se pretende fixar,
porque são consideradas corretas,
extinguindo as respostas inadequadas.
REFERÊNCIA
 GOULART, J.B.Psicologia da educação: Fundamentos
teoricos e aplicações á pratica pedagogica. Petrópolis:
vozes, 2003
 Capitulo 3: O comportamentalismo.

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O COMPORTAMENTALISMO: BASES HISTÓRICAS E FILOSÓFICAS

  • 1. O COMPORTAMENTALISMO BASES FILOSOFICAS. Laizi da Silva Santos Psicóloga Escolar
  • 2. DESCARTES  Descartes foi um dos primeiros pensadores a usar a razão para desenvolver as ciências naturais.  Preconizava o dualismo corpo e mente.  corpo= mecanismo.  Anatomia e fisiologia eram nascentes.  Era considerado inatista.
  • 3. INATISMO.  Nada depois do nascimento é importante, visto que o homem já nasce pronto, incluindo a personalidade, os valores, os hábitos, as crenças, o pensamento, a emoção e a conduta social.  O ser humano, concebido como biologicamente determinado, remete a uma sociedade harmônica, hierarquizada, que impossibilita a mobilidade social.
  • 4. INATISMO.  Na educação, esta concepção tem erroneamente levado a atitude de esperar que alunos ‘amadureçam naturalmente’, ou, mais grave ainda, de não esperar muito daqueles que por herança genética ou cultural não apresentam bom prognóstico.  “PAU QUE NASCE TORTO MORRE TORTO”.
  • 5. EMPIRISMO/AMBIENTALISMO  Principais teóricos: Tomas Hobbes, John Locke, David Hume e George Berkeley.  Negam o inatismo.  O conhecimento é baseado na experiência.  Movimento tomou força na França.  Tabula Rasa = Papel em branco.  O ambiente molda o ser Humano.
  • 6. POSITIVISMO  Principal teórico: Augusto Comte (1789 – 1857)  Perturbado pela desordem politica que seguiu á revolução francesa, Comte pretendeu organizar a sociedade de modo mais racional.  De forma ampla o positivismo representa um movimento bem definido na historia do desenvolvimento intelectual do homem, que se caracteriza pela tentativa de aplicar aos problemas humanos os métodos e princípios das ciências naturais.
  • 7. POSITIVISMO  No século XVII o positivismo ganhou aceitação maior com a publicação da obra de Darwin, A origem das espécies.  Essa obra reduz a distância entre o homem e o animal, sendo assim oferece precedentes para base experimental.  A psicologia foi reduzida a fisiologia animal.
  • 8. O SISTEMA BEHAVIORISTA  A psicologia, como qualquer outra ciência, está situada na tela mais ampla da história intelectual; em consequência, qualquer sistema psicológico será um sistema de pensamento.  O Behaviorismo mostra uma perspectiva altamente diversificada e mutante. Na psicologia, ele é mais uma cultura que uma escola, mais um habito de raciocínio, do que um sistema.
  • 9. SISTEMA BEHAVIORISTA  J.B. Watson pai.  Pavlov avó.  Thorndike fez de suas experiências o berçário da doutrina.  As perspectivas modernas behaviorista difere consideravelmente da adotada pelos citados precursores.
  • 10. SISTEMA BEHAVIORISTA  O que os behavioristas de qualquer época compartilham e uma inclinação pragmática, aliados a uma grande fé na analise, reducionista da conduta animal e humana.  Há uma adesão a psicologia associacionista, consideram o reforço, mas deixam de lado as pequenas variações genéticas mais ou menos fixas que possam explicar as exceções.
  • 11. WATSON  Watson: três pontos fundamentais se destacam em seu pensamento: a rejeição a introspecção; a crença de que o ambiente, mais do que a hereditariedade, determina o comportamento humano e a afirmativa de que o efeito deste ambiente se dá principalmente através de um processo de condicionamento de reflexos.
  • 12. WATSON  A ciência não deve lidar com a consciência privada e sim com fatos que são acessíveis a todos.  Sugeriu assim que o pensamento humano pode permitir um registro objetivo, feito por equipamentos bem sensíveis.  A crença no ambiente era também uma ideia a respeito de fatos, sendo assim a hereditariedade quase não era atribuído peso na determinação do comportamento.
  • 13. WATSON  A tradição da psicologia ortodoxa, que se orientava nessa direção – o conhecimento do mundo externo nos vem através dos órgãos do sentidos, assim qualquer conteúdo da vida mental só poderia ser adquirida através da aprendizagem.  A importância atribuída por Watson à aprendizagem vem como uma consequência natural de sua rejeição da introspecção, mas não há uma conexão necessária entre as duas.
  • 14. EDWARD L. THORNDIKE  Ele notou que a repetição de um ato que causava um resultado desejável aumentava a probabilidade de ocorrência desse ato – era a Lei do Efeito.  Seus experimentos eram feitos com animais.  Graças a influência do evolucionismo a lei do efeito voltou a ser pedra angular do Behaviorismo.  A Lei do efeito foi abalada no final da década de 30 quando descobriu-se que além de recompensas o ser humano também evita punições.
  • 16. A vida  Rousseau nasceu em Genebra (1712- 1778), era uma criança fraca, doente. Sua família fugiu da França durante o século XVI devido às perseguições religiosas, pois eram calvinistas.  Órfão de mãe ao nascer, Rousseau foi criado até os 10 anos por uma tia e pelo pai, um relojoeiro de temperamento instável. Com ele nosso pensador aprender o amor pela leitura.
  • 17.  Depois de anos vivendo de casa em casa, até que fugiu aos 16 anos. Passou fome, trabalhou em vários ofícios (alguns pouco nobres)  Em 1742 chegou a Paris, como professor de música, ele desenvolveu um método notação musical, uma ópera e uma comédia.  Diderot o convidou a escrever verbetes sobre música para a Enciclopédia.
  • 18.  Em 1749 publicou Discurso sobre as ciências e as artes.  Em 1762 foi obrigado a sair de Paris, por ser considerado persona não grata, depois de ter publicado Do contrato social e Emílio, consideradas ofensivas.  O exílio não foi tranquilo.  Morreu em 1778, sozinho e pobre. Deixou vasta coleção de obras sobre diversos assuntos.
  • 19.  Segundo Rousseau, o homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe.  Para defender seu ponto de vista, ele utilizou a mesma construção científica que Hobbes e Locke: O contrato social.
  • 20. Teorias de rousseau  Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1750) obra em R. pensa a condição humana e critica seus antecessores: [...] falando incessantemente de necessidade, avidez, opressão, desejo e orgulho transportaram para o estado de natureza ideias que tinham adquirido em sociedade: falavam do homem selvagem e descreviam o homem civil.
  • 21. O bom selvagem  O Bom Selvagem, como ficou conhecido o homem primordial de Rousseau era livre, solitário e feliz. Vivia pelas florestas, motivado pela autopreservação, sem precisar de ninguém.  Buscava suprir suas necessidades e fugia da dor. Não era bom ou mau.
  • 22.  Segundo Rousseau, esse ambiente seria “o mais propício à paz e o mais conveniente ao gênero humano.”  Uma virtude que o filósofo concebe como sendo natural a homem, e não produto do convívio social, é a piedade.  Para R. de nada adiantaria a razão sem a piedade.
  • 23.  Outra importante característica do bom selvagem era a perfectibilidade, ou faculdade de aperfeiçoar-se.  Porém, essa capacidade seria “a fonte de todos os males.” Pois foi ela que levou o homem a sair de sua condição natural para tornar-se “tirano de si mesmo e da natureza.”
  • 24.  Tudo começou quando os homens livres e sozinhos, precisaram executar algo por muitas mãos. Associando-se gradualmente, iniciaram a formação de famílias, daí a necessidade de códigos de comunicação e atividades de socialização (dança, canto, etc)  As diferenças entre os homens no início eram sutis, depois tornam-se perceptíveis.
  • 25.  Daí surgem todo tipo de paixões: cobiça, orgulho, inveja. Os homens deixam de ser dóceis e organizam suas primeiras instituições, alguns começaram a possuir mais que outros, a propriedade privada teria sido o passo fundamental para a corrupção dos homens:
  • 26.  O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou- se de dizer: “Isto é meu”, e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: “defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém”! Rousseau
  • 27. Origem da organização política  Para Rousseau a organização política se fez sob a égide dos mais ricos, pois: [...] é razoável crer-se ter sido uma coisa inventada antes por aqueles a quem é útil, do que por aqueles a quem causa mal. Os pobres, não tendo senão sua liberdade para perder, fizeram uma tremenda loucura ao destituir-se voluntariamente do único bem que lhes restava, para nada ganhar em compensação.
  • 28.  O contrato social em vigor seria então, segundo Rousseau, uma enganação.  Na obra Do contrato social, R. apresentou sua solução para essa situação injusta.Formar uma associação: “que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda força comum, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes.”
  • 29.  Para que isso ocorra, o pacto social deve nascer da entrega total de cada indivíduo à comunidade.  Rousseau concebe o corpo político como um todo, uma unidade orgânica, com vida e vontade próprias. E o que dá vida ao corpo político é a própria união de seus membros, ou seja, a coletividade.
  • 30. Vontade geral  As leis desse corpo político devem refletir a vontade geral.  A vontade geral não é a simples soma das vontades individuais.  A vontade geral é a que busca a melhor para a sociedade como um todo, ou seja, aquela que satisfaz o interesse público, e não o de particulares.
  • 31. A educação para a liberdade  Rousseau sonhou com uma sociedade não apenas livres e iguais, mas pessoas soberanas. Que tivessem plena participação cívica.  Para isso, além de um contrato justo, era preciso ensiná-las a ser livres, autênticas e autônomas.  Essa tarefa de “civilizar a civilização”era da educação.
  • 32. SKINNER  Burrhus Frederik Skinner nasceu em Susqueliana. Estado da Pensylvania em 1904 no ano que Pavlov recebia o Prêmio Nobel de Medicina.  Em 1931, Skinner doutorou-se em Psicologia pela Universidade de Haward.
  • 33. Obras de Skinner  1938 – O comportamento dos organismos – estabelece relação entre seu trabalho e a teoria pavloviana dos reflexos condicionados, ele acrescenta o conceito de condicionamento operante.  1948 – Walden II é um romance no qual Skinner tenta retratar uma sociedade ideal, regida pelas técnicas de controle do comportamento humano. A comunidade idealizada por Skinner é uma sociedade ideal, onde não há violência, privilégios, separação entre classes sociais, propriedade privada. Ele defende a tese que a vida do homem pode ser boa e gratificante , graças a um planejamento amplo que vise ao maior bem para o maior numero de pessoas, amplia a teoria do reforço.
  • 34.  1951 - Artigo O uso humano de seres humanos foi publicado no Psychological Bulletin - Ele realça o uso do controle do homem pelo homem, nas suas atividades diárias e no processo de socialização.  1953 – Ciência e comportamento humano - um dos livros mais completos do autor, ele considera a possibilidade de uma ciência do comportamento humano – Considera o individuo como um todo, o comportamento das pessoas em grupo e analisa o papel das diversas agências controladoras: o governo, a religião, a economia, a educação e a psicoterapia. Nesta obra ele analisa o controle do comportamento pela cultura.
  • 35.  1957 – Comportamento verbal e juntamente com Fester, Esquemas de reforço, é feita uma analise do papel do reforço tanto sobre o comportamento verbal quanto sobre outros tipos de comportamentos.  1961 – Análise do comportamento – princípios de reforço, modelagem, uso do condicionamento operante na educação, na psicoterapia e em outras situações são mostrados.  1968 – Utopia graças ao controle do comportamento humano, artigo em que ele mostra a impossibilidade de exclusão do controle, quando o individuo vive em uma cultura que tenta sobreviver e o controle se apresenta como uma fuga ao despotismo.
  • 36.  1968 – A tecnologia do ensino - ponte de vista de Skinner sobre as praticas escolares. Critica as práticas tradicionais, ele aponta as vantagens do ensino programado e das máquinas de ensinar por ele desenvolvidas. Realizada por maquinas de ensinar, a programação do ensino consiste em meticulosa divisão do assunto em pequenos passos que o aluno percorre individualmente e que são reforçados quando se acerta. Desse modo, a aprendizagem torna-se rápida, eficiente e livre de notas baixas, reprovações ou outras formas de coerção. Para ele de acordo com a teoria do reforço, é possivel programar o ensino de qualquer disciplina ou de qualquer comportamento, incluindo nisso o pensamento critico ou a criatividade.
  • 37.  1971 – O mito da liberdade – o autor afirma que há muito tempo o homem dispõe de liberdade e que esta deve ser substituída por um controle sobre a conduta e a cultura dos homens. Nesta obra Skinner critica o senso comum que costuma explicar as ações do homem atribuindo-as a um agente inobservável (alma, psique, mente).
  • 38. O sentido da natureza humana e o controle do comportamento.  Durante anos: Filosofia=individualismo. H mundo bom Mau reforço punições
  • 39.  Proposta de Skinner traz uma mudança radical nesse modo tradicional de pensar.  Não existe nenhum grau de autodeterminação, auto – suficiência ou autoconfiança capazes de nos tornar indivíduos, a não ser como simples membros da espécie humana.  A filosofia de Skinner dá ênfase a cultura e ao grupo, mas ele não esquece que as culturas mudam ou perecem e são criadas pela ação individual e sobrevivem apenas através de comportamentos de indivíduos.
  • 40.  A cultura se compõe de todas as variáveis que afetam o individuo e que são dispostas por outras pessoas. Uma cultura é, pois, enormemente complexa, e extraordinariamente poderosa, mas não é unitária, pois as inúmeras agências de controle que determinam sua formação costumam entrar em conflito.  O individuo é afinal, um dos “outros” que exercem o controle e que assim, agem em seu próprio beneficio.
  • 41.  Para Skinner, uma visão cientifica do homem oferece possibilidades inesperadas. O homem não é uma vitima ou um observador passivo do que lhe acontece, pois ele é controlado por um ambiente que é, em parte, construído por ele mesmo. Deve-se, concluir que a evolução de uma cultura é um exercicio de autocontrole.  A aplicação de uma ciência do comportamento ao planejamento de uma cultura é uma proposta ambiciosa, geralmente considerada utópica.
  • 42.  Uma ciência do comportamento ainda não está apta para resolver todos os problemas mas é uma ciência em desenvolvimento. O importante não é tanto saber como resolver problemas, mas sim como buscar solução.  O ponto focal de toda a obra de Skinner é sua preocupação com a evidência de que a ciência tem aumentado o poder do homem de influenciar, modificar, modelar, ou controlar o comportamento humano.
  • 43.  Skinner escolheu três amplas áreas do comportamento humano para fornecer exemplos sobre o controle – a área do controle pessoal, que inclui as relações interpessoais na família, nos grupos sociais e de trabalho, no aconselhamento e na psicoterapia; a área de educação e a do governo.
  • 44. O controle pessoal  O ser humano, vivendo em grupos, são admirados quando praticam atos que correspondem à expectativa de seus pares e deixam de sê-lo quando seus comportamentos escapam ao modelo estabelecido pela cultura. Essa pratica está de tal modo entranhada nas diferentes culturas que não se chega a perceber que se trata de um tipo de controle.
  • 45.  Cada ser humano introjeta, mediante o uso adequado do reforço, um conjunto de crenças, atitudes, valores, que passam a constituir os seus princípios éticos.  O uso da punição, sob a forma de censura ou acusação, é também uma forma de controle. Discute-se a responsabilidade do individuo que cometeu um ato que escapa ao desejável e, caso não se descubra nitidamente a intencionalidade ou caso se considere que ele “não podia deixar de fazer” o que fez, não se costuma puni-lo. Logo, não se tem o direito de punir alguém que ignorava as consequências de sua ação.
  • 46.  Skinner tem mostrado que o uso de conceitos como liberdade, iniciativa, responsabilidade social tem sido reforçado socialmente. Quando estes conceitos são qualificados como bons, aprendemos a fazer um julgamento de valor em termos de seus efeitos reforçadores. Tem-se considerado a luta pela liberdade e dignidade como defesa do homem autônomo. O behaviorismo prefere explicar a preferência por estes valores como uma revisão das contingências de reforço sob as quais as pessoas vivem.
  • 47. Educação  Durante vários anos as técnicas educacionais se resumiram na utilização de técnicas aversivas – o papel do professor consistia em fazer com que os alunos aprendessem e o papel dos alunos consistia em escapar das ameaças, aprendendo.
  • 48.  Tendemos a valorizar o aluno que aprende sozinho e frequentemente atribuímos o processo de aprendizagem a algo que existe dentro do individuo. De certo modo, procuramos eximir-nos de responsabilidade de ensinar ao estudante.  Não estamos preparados para o uso de técnicas que produzam mudanças comportamentais através da manipulação de variáveis externas. No entanto, poderíamos, através da ciência, organizar um mundo em que as pessoas aprenderiam, seriam sábias e boas, sem “ter de ser” ou sem “escolher ser”. Bastaria que aprendêssemos a manipular variáveis possivelmente a pessoa aprender as coisas sem esforço; isto seria um resultado ideial.
  • 49. Governo  A proposta de Skinner consiste em se aplicar uma tecnologia comportamental à construção de um governo praticável, efetivo e produtivo.  Ele apresenta um mundo onde haja alimento, roupa e habitação para todos; em que cada qual escolhe o seu trabalho e trabalha em média 4 horas por dia; onde a educação prepara as crianças para a vida social e intelectual que se encontra diante delas e o qual as pessoas se apresentam felizes, seguras, produtivas, criadoras e voltadas para o progresso.
  • 50.  Segundo Skinner uma ciência do comportamento causa problemas não porque a ciência, ela própria, seja inimiga do bem estar humano, mas porque concepções mais antigas não têm sido superadas. O necessário é uma nova concepção de comportamento humano compatível com as implicações de uma análise científica. Todos os homem controlam e são controlados. O problema do governo não é como deve ser preservada a liberdade mas que espécie de controle deve ser usado e para que fins.
  • 51. APLICABILIDADE DA TEORIA BEHAVIORISTA A EDUCAÇÃO.  Para melhor compreensão do modelo comportamentalista e sua proposta para a educação, devemos lembrar de três conclusões de Watson. 1. O determinismo ambiental 2. O objetivo da ciência psicológica é o comportamento e é diretamente mensurável. 3. O caráter mensurável dos fenômenos comportamentais.
  • 52.  Sendo assim:  A aprendizagem deve ser diretamente observável, a partir das respostas emitidas pelos alunos.  O papel do professor reside na sua competência para manipular as condições do ambiente do aluno, a fim de assegurar a aprendizagem.  O papel do aluno passa a ser o de receptor do conhecimento e dele se espera a aceitação de metas preestabelecidas.  A avaliação dessas metas se faz pela medida das respostas que são diretamente observáveis e passíveis de serem medidas.
  • 53. Modelo metodológico de ensino inspirado no comportamentalismo.  Explicitação de objetivos em termos comportamentais, ou seja, em termos de respostas observáveis a estímulos que são apresentados ao aluno.  A definição de estratégias de ensino a partir dos objetivos explicitados, levando- se em conta sobretudo os resultados objetivados.
  • 54.  A avaliação objetiva, isto é, a medida de resultados observáveis antes da aprendizagem, durante e após o período de ensino-aprendizagem.  O ensino programado, que visa reforçar as respostas que se pretende fixar, porque são consideradas corretas, extinguindo as respostas inadequadas.
  • 55. REFERÊNCIA  GOULART, J.B.Psicologia da educação: Fundamentos teoricos e aplicações á pratica pedagogica. Petrópolis: vozes, 2003  Capitulo 3: O comportamentalismo.