1) As organizações são instituições essenciais na sociedade moderna e desempenham papéis importantes como servir à sociedade, realizar objetivos e preservar conhecimento.
2) As empresas são organizações orientadas para o lucro que assumem riscos para produzir bens e serviços, sendo administradas por pessoas qualificadas para atingir objetivos comerciais.
3) A administração surgiu como resposta ao crescimento acelerado e desorganizado das empresas durante a Revolução Industrial, necessitando planejamento e
1. O nosso objetivo é a sua Aprovação
AS ORGANIZAÇÕES E A NECESSIDADE DE ADMINISTRAÇÃO
As organizações são instituições que compõem a sociedade moderna. Elas podem ser:
organizações lucrativas (as empresas) ou organizações não lucrativas (exército, igreja, os
serviços públicos, as entidades filantrópicas, etc).
A nossa sociedade moderna e industrializada se caracteriza por ser uma sociedade composta
de organizações. O homem moderno passa a maior parte do tempo dentro de organizações,
das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar o seu salário, curar suas
doenças, obter todos os produtos e serviços de que necessita etc.
Qualquer organização é composta de: duas ou mais pessoas, que interagem entre si, através
de relações recíprocas, para atingir objetivos comuns.
Importância das Organizações
♦ Servem à sociedade: as organizações são instituições sociais que refletem alguns valores e
necessidades culturalmente aceitos.
♦ Realizam Objetivos: as organizações coordenam os esforços de diferentes indivíduos, nos
permitindo alcançar metas que, de outra forma, seriam muito mais difíceis ou até mesmo
impossíveis de serem atingidas.
♦ Preservam o conhecimento: as organizações com as universidades, museus e corporações
são essenciais porque guardam e protegem a maior parte do conhecimento que nossa
civilização juntou e registrou.
♦ Proporcionam carreiras: as organizações proporcionam aos seus empregados uma fonte de
sobrevivência.
AS EMPRESAS
• Cada empresa constitui uma criação particular, pois tem as suas próprias características,
seus recursos, seus objetivos, etc.
• As empresas não são autônomas nem auto-suficientes. Elas precisam ser administradas
por pessoas qualificadas.
• São orientadas para o lucro: Lucro (retorno financeiro que excede o custo).
• As empresas assumem riscos: os riscos envolvem tempo, dinheiro, recursos e esforços. As
empresas não trabalham em condição de certeza.
• As empresas são dirigidas por uma filosofia de negócios: Os administradores tomam
decisões que se relacionam com mercados, custos, preços, concorrência, governos, etc.
“É uma organização que utiliza recursos a fim de atingir determinados objetivos. É uma
organização social por ser uma associação de pessoas que trabalham em conjunto para
a exploração de algum negócio.”
(Chiavenato, 2000)
Objetivo Principal
A produção de bens ou de serviços a serem oferecidos ao mercado.
2. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Classificação: Segundo Chiavenato as empresas classificam-se em:
• Quanto a propriedade as empresa são:
- Pública: São as empresas de propriedade do Estado. Seu objetivo é prestar serviços
públicos fundamentais a coletividade (saneamento básico, segurança pública, energia
elétrica, etc) e, por esta razão quase sempre tem a finalidade não lucrativa. São criadas
por lei e são de Responsabilidade do Estado. Quase sempre requerem investimentos
elevados e apresentam retorno lento, sendo pouco atrativas para a iniciativa particular.
- Privada: São as empresas de propriedade particular. Seu objetivo é produzir produtos
ou prestar serviços a fim de obter lucro suficiente para remunerar o capital investido
pelos investidores particulares.
• Quanto ao tipo de produção:
- Primárias ou extrativas: São as empresas dedicadas às atividades agropecuárias e
extrativas (vegetais e minerais), como as empresas agrícolas, de mineração, de
perfuração e extração de petróleo.
- Secundárias ou de transformação: São as empresas que produzem bens físicos por
meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com o auxílio
de máquinas, ferramentas e equipamentos. É o caso da indústrias, construção civil e
geração de energia.
- Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas especializadas em serviços
(como o comércio, bancos, financeiras, empresas de comunicações, hospitais, escolas,
etc.). Seu objetivo é prestar serviços para a comunidade (empresas estatais) ou para
obter lucro (quando são particulares ou privadas).
• Quanto ao tamanho:
- Empresas Grandes: Requerem uma estrutura organizacional composta de vários níveis
hierárquicos de administração e de vários departamentos. Segundo a Caixa Econômica
Federal é considerada uma empresa de grande porte, aquela que possui um
faturamento anual acima de R$ 35.000.000,00. São organizadas na forma de
sociedades anônimas de capital aberto, com ações livremente negociáveis nas bolsas
de valores.
- Empresas Médias: Deve possuir um faturamento a partir de R$1.200.000,00 até R$
35.000.000,00.
- Empresas Pequenas: Nas pequenas e médias empresas, os proprietários
habitualmente dirigem seus negócios. As pequenas empresas, geralmente organizam-se
na forma de sociedades por cotas, com responsabilidade limitada, ou sob forma de
sociedade anônima. Geralmente para ser considerada uma empresa de pequeno porte
seu faturamento anual deverá ser até R$ 1.200.000.
- Microempresas: Segundo a Lei 9.841 de 05/10/99, considera-se microempresa a
pessoa jurídica que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00. De
acordo com os artigos 170 e 179 da Constituição Federal, fica assegurada às
microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídico diferenciado e
simplificado nos campos administrativo, tributário, previdenciário, trabalhista,
creditício e de desenvolvimento empresarial, visando seu o funcionamento e
assegurando o fortalecimento de sua participação no processo de desenvolvimento
3. O nosso objetivo é a sua Aprovação
econômico social.
• Quanto a constituição, as empresas podem ser constituídas por:
- Recursos Humanos (pessoas).
- Recursos Não Humanos (materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos, etc.).
• Quanto a organização, as empresas podem ser:
- Firma Individual: É a empresa constituída por uma única pessoa que exerce atividade
comercial, industrial ou da prestação de serviço, respondendo ilimitadamente pelas
obrigações contraídas em nome da mencionada firma. Na Firma Individual o nome
comercial deve ser o de seu Titular. Havendo nome igual já registrado, este poderá ser
abreviado, desde que não seja o último sobrenome, ou ser adicionado um termo que
indique a principal atividade econômica explorada pela empresa, como elemento
diferenciador.
- Sociedade por cotas de responsabilidade limitada: O capital é dividido por cotas que
podem ser iguais ou desiguais. A responsabilidade do sócio está limitada ao valor de
sua cota. A sociedade poderá adotar firma social ou denominação, devendo ser sempre
seguida da palavra limitada. Ex.: Gabriel & Cia. Ltda., Marcos & Souza Ltda.
O nome comercial em sociedade Ltda, deverá ser composto segundo uma das formas
seguintes:
a) Pelos sobrenomes de todos os sócios, acrescidos da expressão Limitada ou Ltda.
Ex: Sócios: José de Almeida
João Borges
Marisa Campelo
Nome Comercial: Almeida, Borges e Campelo Ltda.
b) Pelo sobrenome de um ou de alguns dos sócios, acrescidos da expressão &
Companhia Limitada, por extenso ou abreviadamente.
Ex: Almeida & Cia Ltda
Almeida, Borges & Cia Ltda
c) Pelo nome completo, ou abreviado, de um dos sócios, acrescido da expressão &
Companhia Limitada, por extenso, ou abreviadamente.
Ex: José de Almeida & Cia Ltda
J. Borges e Cia Ltda
OBS1: Nas sociedades por quotas o nome comercial não pode reunir elementos de
razão social, devendo esta quando for adotada, indicar sempre a atividade principal.
Ex: Almeida Distribuidora de Bebidas Ltda
OBS2: No caso de microempresa o nome comercial tanto em Firma Individual como em
Sociedade Comercial, deverá conter a expressão "microempresa ou ME" em seu final.
4. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Ex: Francisco Caldas Ribeiro ME
Almeida & Cia Ltda ME
- Sociedades Anônimas: Conhecida como companhia. O capital é dividido em ações, a
responsabilidade dos sócios ou acionistas é limitada ao valor das ações subscritas ou
adquiridas. A sociedade será designada por denominação acompanhada das
expressões “Sociedade Anônima ou Companhia” por extenso ou abreviadamente.
Obs: As modalidades de constituição de uma entidade comercial são duas: a individual e a
coletiva.
As sociedades podem ser:
•COMERCIAIS - São formadas com o intuito de vender ou industrializar produtos. Ex.:
padarias, lanchonetes, fábricas de bloco, confecções, postos de gasolina, restaurantes
etc.
SERVIÇOS - São formadas com o intuito de prestar serviços. Ex.: oficinas mecânicas,
copiadoras, clínicas médicas, odontológicas, escolas em geral etc.
Exceções: Outros tipos de sociedades de características especiais como:
- Sociedade de capital e indústria
- Sociedade em nome coletivo
- Sociedade em comandita simples
Obs.: todas em desuso porque os sócios respondem de forma ilimitada.
Breve História das Empresas
Até meados do século 18 as empresas desenvolveram-se com uma grande lentidão. Apesar de
sempre ter existido o trabalho organizado e dirigido na história da humanidade, a história das
empresas e sobretudo, a história da sua administração, são capítulo recente, que teve seu
início há bem pouco tempo.
A história das empresas, conforme Chiavenato (1985) pode ser dividida em seis fases:
1. Fase Artesanal: Vai até aproximadamente o ano de 1780 quando se inicia a Revolução
industrial (a revolução do carvão e do ferro).
- Regime de produção: artesanato.
- Mão-de-obra: intensiva e não-qualificada na agricultura.
- Predomínio: pequenas oficinas e granjas
- Trabalho: escravo
- Poder: Senhores feudais
- Sistema comercial: trocas locais.
2. Fase de transição do artesanato à industrialização: É a nascente fase da
industrialização, da mecanização das oficinas e da agricultura.
- Produtos destaques: carvão e o ferro
5. O nosso objetivo é a sua Aprovação
- Surgimento da máquina de fiar, tear hidráulico, descaroçador de algodão, máquina a
vapor, fábricas e usinas.
3. Fase do desenvolvimento industrial: Corresponde a Segunda Revolução Industrial, entre
os anos de 1860 a 1914 ( revolução do aço e da eletricidade)
- Avanço tecnológico.
- Transformações nos transportes (automóvel e do avião) e nas comunicações (telégrafo
sem fio, telefone e do cinema).
- Substituição do ferro pelo aço e do vapor pela eletricidade e pelos derivados do petróleo.
- O capitalismo industrial cede lugar ao capitalismo financeiro, surgindo grandes bancos e
instituições financeiras.
- Crescimento assustador das empresas passando por um processo de
desburocratização em face do seu tamanho.
4. Fase do gigantismo industrial
- Fase entre as duas grandes guerras mundiais (1914-1945).
- Uso de tecnologia para fins bélicos.
- Grande depressão econômica de 1929, levando a crise mundial.
- Atuação das empresas em âmbito internacional e multinacional.
- Aplicação técnico-científica e ênfase em materiais petroquímicos;
- Navegação de grande porte e aprimoramento do automóvel e do avião.
- Comunicações amplas e rápidas como o rádio e a televisão.
- Mundo complexo.
5. Fase moderna: 1945-1980
- Separação entre os países desenvolvidos (industrializados, os subdesenvolvidos (não-
industrializados) e os países em desenvolvimento.
- Surgimento do plástico, alumínio, concreto, energia nuclear e solar, computador, TV por
satélite;
- Predomínio do petróleo e da eletricidade.
- Crise mundial, acompanhada por uma inflação e recessão, aumento da dívida externa.
6. Fase da incerteza: Após 1980
- Grandes desafios, dificuldades, ameaças, coações, restrições e toda sorte de
adversidades para as empresas.
- Revolução do computador.
- Grandes mudanças e transformações.
Apesar do fato de as empresas terem adquirido suas feições atuais a partir da Revolução
Industrial que ocorreu no decorrer da Segunda metade do século 18, somente a partir do início
deste século que a administração começou a receber a atenção e estudos mais profundos da
parte de alguns pioneiros.
Ao final da Revolução Industrial o mundo já não era mais o mesmo. A moderna administração
surgiu em resposta a duas conseqüências provocadas por ela:
Crescimento acelerado e desorganizado das empresas, que passaram a exigir uma
administração científica capaz de substituir empirismo (sistema filosófico que atribui a
experiência a origem do conhecimento humano).
6. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa
concorrência e competição no mercado.
ADMINISTRAÇÃO E OUTRAS PALAVRAS
A) ADMINISTRAÇÃO
A palavra administração tem origem no latim e significa: administratione
Ad = (direção para, tendência, junto de) Minister = Comparativo de inferioridade, o sufixo ter
(subordinação e obediência) aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem.
Função que se desenvolve sob o comando de outro, um serviço que se presta a outro.
A administração tem como tarefa, interpretar os objetivos propostos pela empresa e
transformá-los em ação empresarial através do planejamento, organização, direção e
controle de todos os esforços realizados, em todas as áreas e em todos os níveis da
empresa, a fim de atingir tais objetivos.
A administração é uma condição indispensável para o sucesso de cada empresa.
A administração representa a solução da maior parte dos problemas que afligem a
humanidade nos dias de hoje. Na realidade não existem países desenvolvidos ou
subdesenvolvidos, mas países bem ou mal administrados - Peter Druck).
Segundo MORAES (2001) a tarefa da Administração envolve a interpretação de objetivos a fim
de transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, da organização, da
direção e do controle.
A) CONTROLE
B) GERÊNCIA
Do latim gerentia, de gerere, “fazer”. Ato de gerir.
C) GESTÃO
Do latim gestione. Ato de gerir; gerência; administração.
Objeto de Estudo da Administração
As Organizações.
Definição de Administração
É o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros
da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos
propostos (CHIAVENATO,2000).
7. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Administrar é o processo de tomar, realizar e alcançar ações que utilizam recursos para
alcançar objetivos. A principal razão para o estudo da administração é o seu impacto sobre o
desempenho das organizações. É a forma como são administradas que torna as organizações
mais ou menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos
corretos. (MAXIMIANO, 2000, p. 26).
Administrar significa, em primeiro lugar, ação, A administração é um processo de tomar
decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais interligados:
planejamento, organização, execução e controle.
Objetivo da Administração
Proporcionar eficiência e eficácia às empresas. A eficiência refere-se aos meios: métodos,
processos, regras e regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas na empresa, a fim de
que os recursos sejam adequadamente utilizados. A eficácia refere-se aos fins: objetivos e
resultados a serem alcançados pela empresa.
Qual é o IDEAL?
Tanto a eficiência como a eficácia são importantes.
De nada vale a eficiência (fazer bem) se a eficácia (alcançar os objetivos e obter resultados)
não for alcançada.
EFICIÊNCIA
Segundo MAXIMIANO (2000) a eficiência de um sistema depende de como seus recursos são
utilizados. Eficiência significa:
• Realizar atividades ou tarefas de maneira certa.
• Realizar tarefas de maneira inteligente, com o mínimo de esforço e com o melhor
aproveitamento possível dos recursos.
O princípio geral da eficiência é o da relação entre esforço e resultado. Quanto menor o esforço
necessário para produzir um resultado, mais eficiente é o processo. Para analisar a eficiência
de um sistema (ou processo), deve-se considerar inicialmente, de forma isolada, dois critérios:
produtividade e qualidade.
a) Produtividade: é definida como a relação entre os recursos utilizados e os resultados
obtidos (ou produção). Todo o sistema tem um índice de produtividade, que se verifica
com a contagem da quantidade produzida por unidade de recursos. Então produtividade
é a relação entre resultados obtidos e recursos utilizados. Ex.: Quantidade de produtos
por trabalhador, alunos por professor, vendas por metro quadrado. De forma geral,
quanto mais elevada a quantidade de resultados obtidos com a mesma unidade de
recursos, mais produtivo o sistema é. A produtividade pode aumentar porque a produção
aumenta e, ao mesmo tempo, porque diminui o volume de recursos empregados.
b) Qualidade: no contexto do estudo da eficiência, a qualidade representa a coincidência
entre o produto ou serviço e sua qualidade planejada. Quanto mais alto o número de
itens aproveitáveis em relação ao total de itens produzidos, mais qualidade (e eficiência)
o sistema tem. Falta de conformidade, ou falta de qualidade, significa que o produto ou
8. O nosso objetivo é a sua Aprovação
serviço precisa ser refeito. Ou descartado, se for impossível consertá-lo. A falta de
qualidade acarreta os custo da não qualidade, como os seguintes: reclamações e perda
de clientes; projeção de imagem pública comprometedora; reposições e consertos que
devem ser efetuados sem custo para o cliente, se o produto estiver no período de
garantia, etc.
EFICÁCIA
Ainda de acordo com MAXIMIANO (2000) eficácia é a relação entre resultados e objetivos. Não
adianta muito produzir resultados de maneira eficiente, se não forem os resultados corretos. A
diferença entre eficiência e eficácia pode ser ilustrada pela história das duas principais
empresas automobilística do mundo: Ford e General Motors. Embora Henry Ford fosse um
mestre da eficiência, foi a GM que se transformou na maior e mais bem-sucedida empresa do
ramo. Esse desempenho é o resultado de sua orientação para o mercado e não apenas para o
processo produtivo. Enquanto a Ford tinha uma estratégia de fazer eficientemente o mesmo
carro, a GM orientou-se para fazer um carro para cada tipo de cliente. Portanto eficácia
significa:
• Grau de coincidência dos resultados em relação aos objetivos;
• Capacidade de um sistema, processo, produto ou serviço de resolver um
problema;
• Fazer as coisas certas;
• Sobrevivência.
Eficácia = Resultados
Objetivos
Para avaliar o grau de eficácia de um sistema, é necessário saber quais são os objetivos e
quais os resultados de fato alcançados. Ex.: Há várias empresas que querem vender seus
automóveis, sabonetes e computadores. A mais eficaz é aquela que consegue transformar um
grande número de pessoas em seus clientes, obter lucro e sobreviver com isso.
Competitividade
As empresas têm natureza competitiva – elas concorrem entre si, disputando a preferência dos
mesmos clientes e consumidores. O sucesso de uma pode significar o fracasso de outra. Para
serem competitivas, as empresas precisam ter desempenho melhor que outras que disputam
os mesmos clientes. Uma empresa é competitiva quando tem alguma vantagem sobre os seus
concorrentes, que a faz ser preferida pelos clientes ou mais apta em alguma forma de
relacionamento com o ambiente.
São inúmeras vantagens competitivas que uma empresa pode ter. As mais importantes são:
qualidade, custo baixo, velocidade, inovação e flexibilidade. Alcançar essas vantagens
depende do entendimento e da correta aplicação dos conceitos de eficiência e eficácia.
Função da Administração
1. Desempenho Econômico:
9. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Segundo DRUCKER, (1981) em cada decisão e medida que tomar, a administração deve
colocar o desempenho econômico em primeiro lugar. Ela só pode justificar sua existência e sua
autoridade mediante os resultados econômicos que produzir. Mesmo que haja grandes
resultados não-econômicos – a felicidade dos membros da empresa, uma contribuição ao bem-
estar ou à cultura da comunidade, etc -, a administração terá fracassado se não houver obtido
resultados econômicos. Terá fracassado se não fornecer os bens e serviços desejados pelo
consumidor a um preço que esteja disposto a pagar. Terá fracassado se não melhorar, ou ao
menos mantiver, a capacidade geradora de riquezas dos recursos econômicos que lhe foram
confiados.
2. Administrar administradores:
Para haver desempenho econômico é preciso antes haver uma empresa. A segunda função da
administração é portanto, transformar recursos humanos e materiais numa empresa produtiva.
É administrar administradores.
Uma empresa deve ser capaz de produzir mais e melhor que os recursos que a compõem.
Deve constituir uma entidade genuína: maior ou no mínimo diferente que a soma das suas
partes, cuja produção é maior que a soma de todos os insumos. A organização dos
administradores e de suas funções é o que queremos dizer, falamos de liderança e do espírito
de uma firma. Se uma empresa apresenta um desempenho medíocre, nós contratamos um
novo presidente e não novos trabalhadores.
Logo, administrar administradores consiste em tornar os recursos produtivos, transformando-os
num empreendimento. E a administração é algo tão complexo, com tantas facetas, mesmo nas
menores empresas, que a administração de administradores é inevitavelmente não só uma
tarefa vital, mas também enormemente complexa.
3. Administração do trabalho e do trabalhador:
A última função da administração é administrar o trabalho e os trabalhadores. O trabalho tem
que ser executado; o recurso existente para sua execução são os trabalhadores – variando
desde os absolutamente não-especializados até os artistas, dos serventes de pedreiros aos
vice-presidentes executivos. Isto significa organizar o trabalho de modo a torná-lo o mais
adequado possível a seres humanos e organizar pessoas de modo a faze-las trabalhar da
maneira mais produtiva e eficaz possível. Significa considerar os seres humanos como dotados
de habilidades e limitações, como também considera-los com seres humanos, dotados de
personalidade, cidadania, capacidade de trabalhar pouco ou muito, bem ou mal, e que
portanto, precisam de motivação, participação, satisfações, incentivos e recompensas,
liderança, status e função definida.
O tempo é um outro fator fundamental em todo o problema, em toda decisão, em toda a ação
administrativa. A administração deve sempre considerar tanto o presente como o futuro a longo
prazo. Não se resolve um problema administrativo se lucros imediatos são conseguidos às
custas da lucratividade a longo prazo, ou mesmo às custas da própria sobrevivência da
empresa.
Princípios Gerais da Administração
A Administração não é uma ciência exata. Ela não pode basear-se em leis rígidas. Ela precisa
basear-se em princípio gerais e flexíveis capazes de serem aplicados a situações diferentes.
10. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Os princípios são condições ou normas dentro das quais o trabalho administrativo deve ser
aplicado e desenvolvido.
Os mais importantes princípios gerais de administração são os seguintes:
a) Princípio da Divisão do Trabalho e da Especialização: Todo o trabalho deve ser dividido a
fim de permitir a especialização das pessoas em alguma atividade.
b) Princípio da Autoridade e Responsabilidade: Deve haver uma linha de autoridade e
responsabilidade claramente definida, conhecida e reconhecida por todos.
c) Princípio da Hierarquia ou Cadeia Escalar: Quanto maior a empresa, maior o número de
níveis hierárquicos.
d) Princípio da Unidade de Comando: Cada pessoa deve subordinar-se a um e somente a um
único superior.
e) Princípio da Amplitude Administrativa: Refere-se a quantidade de funcionários que um chefe
deve ter.
f) Princípio da Definição: Definição prévia por escrito da autoridade e da responsabilidade,
deveres, relações ou órgãos, bem como devem ser devidamente comunicados.
O PROFISSIONAL DE ADMINISTRAÇÃO: O ADMINISTRADOR
É o elemento dinâmico e vital de toda e qualquer organização. Se a sua liderança, os recursos
de produção permanecem recursos e nunca se tornam produção. Sobretudo numa economia
competitiva, são o calibre e a qualidade da atuação dos administradores que determinam o
sucesso, ou mesmo a sobrevivência, de uma empresa. Pois o calibre e a qualidade da atuação
de seus administradores constituem a única vantagem efetiva de uma organização dentro de
uma economia competitiva (DRUCKER, 1981).
É a pessoa que gerencia, dirige uma organização, faz com que ela seja bem-sucedida em
alcançar seus objetivos.
Soluciona problemas;
Dimensiona recursos;
Desenvolve estratégias;
Efetua diagnósticos de situações;
Toma decisões embasadas em fatos concretos.
O conhecimento tecnológico da administração é importantíssimo, básico e indispensável, mas
depende da personalidade e do modo de agir do administrador, ou seja de suas habilidades.
Atividades dos Gerentes
• Tomar decisões e resolver problemas;
• Processar informações: ler correspondências, as notícias de economia e finanças, os
resumos providenciados pela empresa, os relatórios de atividades dos funcionários,
escrever relatórios para apresentar aos superiores.
• Representar a empresa;
11. O nosso objetivo é a sua Aprovação
• Administrar pessoas: selecionar novos funcionários, resolver conflitos e tomar decisões
sobre demissões e admissões;
• Cuidar da própria carreira: estudar, adquirir novas habilidades e informações, procurar
estabelecer e manter relações com pessoas importantes da empresa, manter-se
atualizado com as inovações.
Competências Gerenciais
Segundo MAXIMIANO (2000, p. 41-44) Competências são as qualificações que uma pessoa
deve ter para ocupar um cargo e desempenha-lo eficazmente.
As competências específicas que são necessárias para ocupar um cargo de gerente dependem
do nível hierárquico, das tarefas do gerente, do tipo de organização e de outros fatores. De
forma geral, as competências gerenciais são classificadas em três categorias: conhecimentos,
habilidades e atitudes.
a) Conhecimentos: os conhecimentos incluem todas as técnicas e informações que o
gerente domina e que são necessárias para o desempenho de seu cargo. O principal
tipo de conhecimento é a competência técnica sobre o assunto administrado. Além da
competência técnica, outros conhecimentos importantes para um gerente abrangem
conceitos sobre o comportamento humano e sobre técnicas de administração.
b) Habilidades: Robert L. Katz dividiu as habilidades gerenciais em três categorias:
Habilidade Técnica, Humana e Conceitual.
Para um administrador executar eficazmente um processo administrativo são necessários pelo
menos três habilidades:
Habilidade Técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos
necessários para a realização de suas tarefas específicas; Relaciona-se com a atividade
específica do gerente.
Habilidade Humana: consiste na capacidade e discernimento para trabalhar com pessoas,
compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz.
Habilidade Conceitual: consiste em compreender as complexidades da organização global e
o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização.
c) Atitudes: são competências que permitem às pessoas interpretar e julgar a realidade e a
si próprios. As atitudes formam a base das opiniões segundo as quais outras pessoas e
os fatos, as idéias e os objetos são vistos, interpretados e avaliados. As atitudes estão
na base das doutrinas administrativas e da cultura organizacional. As atitudes referem-
se ainda à própria pessoa e a outros aspectos de seu ambiente, como seu trabalho ou
seu cargo. Há pessoas que encaram de maneira positiva a possibilidade de ocupar um
cargo gerencial. Este tipo de atitude deve ser determinante na escolha de pessoas para
ocuparem tais posições, porque sua probabilidade de sucesso é maior do que aqueles
que não enxergam atrativos na carreira gerencial.
Seleção de Pessoal
Definição de Seleção
12. O nosso objetivo é a sua Aprovação
É a escolha da pessoa certa para o cargo certo, ou seja, entre os candidatos recrutados
aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa, visando manter ou aumentar a
eficiência e desempenho do pessoal (Chiavenato, 1999). A seleção visa solucionar dois
problemas básicos:
• Adequação da pessoa ao cargo; e
• Eficiência da pessoa no cargo.
Necessidade de Seleção:
• tendem a ter muita gente com salários baixos. Devemos sempre prestigiar os profissionais
da empresa sem deixarmos de introduzir novos profissionais.
Papel do Selecionador de Pessoal
Possui um papel de assessoramento, cuja característica é a de oferecer um instrumental para
que o requisitante possa melhor decidir entre os candidatos recrutados aqueles que tenham
maiores probabilidades de ajustar-se ao cargo vago.
Objetivos Básicos da Seleção
♦ Escolher e classificar os candidatos adequados às necessidades da organização.
♦ Diagnosticar a efetiva necessidade da contratação do novo colaborador.
♦ Avaliar se a prata da casa não pode suprir a vaga em aberto.
♦ Planejar, de modo sério e profundo, qual o processo seletivo mais adequado, qual técnica
seletiva é mais apropriada, como entrevistar com qualidade, sabendo ouvir, perguntar e
concluir.
Vantagens de uma Boa Seleção de Pessoal
♦ Aumento da produtividade.
♦ Maiores chances de oferecer a sua clientela um serviço de primeira.
♦ Realização de bons negócios com seus fornecedores.
♦ Diminuição do turnover (rotatividade de pessoal).
♦ Eliminação dos gastos em indenizações e novos processos de seleção.
Processos da Seleção
1. Seleção como processo de comparação
• De um lado os requisitos do cargo a ser preenchido (descrição e análise de cargos) =
X
• De outro lado o perfil das características dos candidatos que se apresentam para
disputá-lo (aplicação das técnicas de seleção) = Y
X > Y = candidato não atinge as condições ideais para ocupar
determinado cargo.
X = Y = candidato atinge e é aprovado.
13. O nosso objetivo é a sua Aprovação
X < Y = candidato superdotado para aquele cargo.
Ideal: faixa de aceitação admitindo uma certa flexibilidade a mais ou a menos.
A seleção é uma responsabilidade de linha e função de staff, onde o órgão de RH presta
assessoria aplicando provas e testes, enquanto o gerente de linha toma as decisões a respeito
dos candidatos.
2. Seleção como processo de decisão e escolha: acontece após a comparação entre as
características exigidas pelo cargo e as características oferecidas pelos candidatos e vários
deste apresentem condições aproximadamente equivalentes para serem indicados para
ocupar o cargo vago. O órgão de RH apenas pode prestar o serviço especializado, aplicar
as técnicas de seleção e recomendar aqueles candidatos que julgar mais adequados ao
cargo.
3. Modelo de colocação, seleção e classificação de candidato: acontece quando só existe um
candidato para uma vaga; ou quando existe vários candidatos para uma vaga; ou ainda
vários candidatos para várias vagas, respectivamente.
Identificação das Características Pessoais do Candidato
• Exige sensibilidade;
• Requer razoável conhecimento da natureza humana e das repercussões que a tarefa impõe
à pessoa que irá executá-la.
1. Execução da tarefa em si: a tarefa exige certas características humanas ou aptidões:
atenção concentrada ou aptidão para detalhes, visão ampla, aptidão numérica, verbal e
auditiva.
2. Interdependência com outras tarefas: a tarefa executada depende de outras tarefas,
exigindo aptidões: atenção dispersa e abrangente, facilidade de coordenação, resistência a
frustração e a conflitos.
3. Interdependência com outras tarefas: a tarefa executada exige contatos com pessoas:
colaboração, cooperação, trabalho em equipe, iniciativa, liderança de pessoas,
comunicação, etc.
Bases Para a Seleção de Pessoas
1. Informações sobre o cargo:
• Descrição e análise do cargo: levantamento do conteúdo do cargo e dos requisitos que
o cargo exige de seu ocupante.
• Técnica de Incidentes críticos: baseia-se no arbítrio do gerente ou de sua equipe,
apontando as características desejáveis e indesejáveis do futuro ocupante de acordo
com fatos que produziram um bom ou mau desempenho e que devem ser investigadas
no processo seletivo.
14. O nosso objetivo é a sua Aprovação
• Requisição de Pessoal: é uma ordem de serviço que o gerente emite para solicitar uma
pessoa para ocupar um cargo vacante, onde devem ser anotados os requisitos e
características desejáveis do futuro.
• Análise do cargo no mercado: quando a organização não dispõe sobre os requisitos e
características dos cargos a ser preenchidos por se tratar de algo novo.
• Hipótese de trabalho: Caso nenhuma das alternativas possa ser utilizada. Previsão
aproximada do conteúdo do cargo e de sua exigibilidade em relação ao ocupante. Trata-
se de estabelecer hipóteses ou idéias antecipadas a respeito do cargo a ser preenchido.
Métodos de Apropriação de Custos
Existem diversos métodos de apropriação de custos e cada um emprega critérios
diferentes. Cada um desses métodos possui campos de aplicação específicos, podendo-se
dizer que um não substitui o outro, mas se complementam. Veremos mais adiante, os dois
principais métodos de custeio, que são: o Custeio por Absorção e o Custeio Variável:
Custeio por Absorção: é o método de custeio que consiste em atribuir aos produtos
fabricados todos os custos de produção, quer de forma direta ou indireta (rateios). Assim, todos
os custos, sejam eles fixos ou variáveis, são absorvidos pelos produtos. É o método utilizado
para custear os estoques, cujos saldos constam do Balanço Patrimonial, e determina o Custo
dos Produtos Vendidos, constante da Demonstração de Resultado do Exercício.
Custeio Variável: é o método que considera que os produtos devem receber somente os
custos que “causam” ao serem fabricados (ocasionam variação por unidade produzida). Nesse
caso, os custos a serem apropriados aos produtos são somente os variáveis. Os custos fixos
são tratados como custo do período, indo diretamente para o resultado, como despesas.
Objetivos da Contabilidade de Custos
Os custos são determinados a fim de atingir os seguintes objetivos: determinação do
lucro, controle das operações e tomada de decisões.
Para que esses objetivos sejam atingidos, as empresasse valem dos métodos de custeio
estruturados a fim de serem alimentados de informações coletadas internamente. Essas
informações fluem de todas as áreas: almoxarifado, recursos humanos, vendas, produção, etc.,
devendo estar registradas em relatórios que abastecem o sistema para, proporcionar os
resultados pretendidos. Para isso, as fontes de informações devem prezar pela qualidade, sob
pena de os resultados não atingirem os objetivos propostos.
Além desses objetivos, as informações geradas pela contabilidade de custos atendem:
a) à determinação dos custos dos insumos aplicados na produção;
b) à determinação dos custos das diversas áreas que compõem uma organização;
c) à redução dos custos dos insumos aplicados na produção ou diversas áreas que
compõem uma organização;
d) ao controle das operações e das atividades;
e) à administração, auxiliando-a para tomar decisões ou resolver problemas especiais;
f) à redução de desperdícios de materiais, tempo ocioso, etc.;
g) à elaboração de orçamentos.
A contabilidade de custos também auxilia na solução de problemas relacionados:
15. O nosso objetivo é a sua Aprovação
a) ao preço de venda;
b) à contribuição de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresa;
c) ao preço mínimo de determinado produto em situações especiais;
d) ao nível mínimo de atividade em que o negócio passa a ser viável;
e) a outros problemas especiais.
Significado de Custos e Despesas
Uma industria incorre diariamente em uma série de gastos para realizar suas atividades
administrativas, de vendas e fabris, tais como compras de matérias-primas para seus produtos,
compras de materiais de escritório, pagamento de taxas e impostos, manutenções, folha de
pagamentos, etc.
No entanto, nem sempre esses gastos são considerados Custos.
Para atender esse situação, observamos a estrutura de uma DRE (Demonstração de
Resultado do Exercício):
Receitas de Vendas......................................... R$
(-) Custos dos Produtos Vendidos.................. (R$)
(=) Lucro Bruto............................................... R$
(-) Despesas Operacionais.............................. (R$)
(=) Lucro Operacional.................................... R$
Observa-se que Custos e Despesas são demonstrados separadamente. Há a dedução
do Custo dos Produtos Vendidos das Receitas de Vendas e a dedução das Despesas do Lucro
Bruto.
Assim, entre os gastos de uma empresa, vamos encontrar os Custos e as Despesas.
Os Custos correspondem aos gastos relativos a obtenção dos produtos, e as
Despesas.correspondem aos gastos relacionados com a administração e com a geração das
receitas.
Para tornar mais fácil o entendimento da origem dos custos e das despesas, vamos
utilizar um organograma, agrupando os departamentos de uma empresa em três divisões:
Fábrica, Administração e Vendas.
Fábrica: engloba todos os departamentos de apoio à produção: almoxarifado,
engenharia de fábrica, planejamento e controle da produção, etc., e os departamentos de
produção: usinagem, montagem, pintura, etc.
Administração: engloba todos os departamentos administrativos: recursos humanos,
centro de processamento de dados, contabilidade, organização, finanças, etc.
Vendas: engloba todos os departamentos relacionados com atividade comercial: serviço
de atendimento ao cliente, vendas, representantes, propaganda, etc.
Desta maneira, a empresa poderia assim ser representada:
Fábrica, nesta divisão da empresa ocorrem os CUSTOS.
Administração e Vendas, nestas divisões da empresa ocorrem as DESPESAS.
Na Demonstração de Resultado, as despesas correspondem àquelas incorridas nas
divisões de Administração e de Vendas, durante o exercício.
Já o Custo dos Produtos Vendidos, são aqueles incorridos na divisão fabril,
correspondente à quantidade que foi vendida, isto porque nem toda a produção de um período
pode ter sido vendida, e assim ter sido estocada para venda em outro período.
16. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Terminologia aplicada em Custeio
Para facilitar o entendimento da sistemática de apuração de custos é necessário
compreender o significado dos principais termos utilizados. Sendo Gasto, Custo, Despesa e
Investimento os termos mais importantes para a Contabilidade de Custo, no que diz respeito à
classificação dos referidos valores a cada um deles incumbidos.
Gasto: Vamos entender por gasto o compromisso financeiro assumido por uma empresa
na aquisição de bens ou serviços. Podendo o gasto ser definido como gasto de
investimento, quando o bem ou serviço for utilizado em vários processos produtivos, e
como gastos de consumo, quando o bem ou serviço for consumido no momento mesmo
da produção ou do serviço que a empresa realizar. Dependendo da destinação do gasto
de consumo, ele poderá converter-se em custo ou despesa.
Custo: São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da
empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos.
Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos,
posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De
modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa.
Despesa: Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de
receitas.
Investimento: São todos os bens e direitos registrados no ativo das empresas para baixa
em função de venda, amortização, consumo, desaparecimento, perecimento ou
desvalorização. Assim , quando se comparam materiais, realiza-se um investimento em
estoque. O consumo na fabricação de um produto ou na realização de um serviço gera
um custo, assim como o consumo nas divisões administrativas ou de vendas gera uma
despesa. Do mesmo modo, a aquisição de uma máquina gera um investimento no
imobilizado. Pela depreciação teremos um custo ou despesa.
Exemplificando, consideramos a compra de uma matéria-prima. A compra em si (a vista
ou a prazo) é um gasto. Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um investimento
(pois o material ficará estocado até que seja requisitado para consumo, isto é, aplicado na
produção de um bem). Ao requisita-lo do estoque e aplicá-lo na produção, temos a ocorrência
do custo. Ao concluir o produto e estoca-lo para venda, temos novamente um investimento no
estoque (estoque de produtos acabados). Para realizar a venda do produto, os gastos
incorridos serão considerados despesas, como também os gastos incorridos na administração
da empresa.
Assim, os custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão-de-obra da área
fabril (a mão-de-obra compreende qualquer funcionário de uma empresa que trabalhe no
processo de fabricação ou em funções administrativas da divisão fabril. O custo da mão-de-
obra corresponde à somatória dos gastos com salários e encargos sociais), matéria-prima (a
matéria-prima compreende os materiais usados no processo de fabricação, transformados em
produtos), aluguéis de prédios da fábrica, depreciação de máquinas e instalações fabris,
energia elétrica consumida na fábrica, etc. Despesa é a parcela do gasto não ligado à
produção, como mão-de-obra dos departamentos de administração e de vendas, comissões de
17. O nosso objetivo é a sua Aprovação
vendedores, aluguéis de escritórios, depreciação de móveis e utensílios, manutenção e
depreciação dos prédios administrativos, etc.
Classificação dos Custos
Os Custos são classificados de várias formas para atender às diversas finalidades para
as quais são apurados. As duas classificações básicas compreendem aquelas que permitem
determinar o custo de cada produto fabricado e o seu comportamento em diferentes níveis de
produção em que uma empresa possa operar.
a) Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são
classificados em Custos Diretos e Indiretos.
b) Quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção: para determinar os custos
de vários níveis de produção, eles se classificam em Custos Fixos e Custos Variáveis.
Custos Diretos e Custos Indiretos
Como vimos anteriormente, todos os gastos ocorridos na divisão fabril são classificados
como custos. Assim, matéria-prima, mão-de-obra, energia elétrica, depreciação, etc., e até
mesmo o cafezinho e o material de higiene e limpeza consumido pela divisão fabril constituem
custos. E, como os custos são apropriados aos produtos, é necessário estabelecer critérios
para isto. A separação destes custos em diretos e indiretos vem ao encontro dessa
necessidade.
A regra básica para essa classificação é a seguinte: se for possível identificar a
quantidade do elemento de custo aplicada no produto, o custo será direto. Se não for possível
identificar a quantidade aplicada no produto, o custo será indireto.
Os ternos Direto e Indireto são empregados com os seguintes sentidos:
a) Direto: que a apropriação de um custo ao produto se dá pelo que efetivamente ele
consumiu. No caso da matéria-prima, pela quantidade que foi efetivamente consumida
e, no caso da matéria-prima, pela quantidade que foi efetivamente consumida e, no caso
da mão-de-obra direta, pela quantidade de horas que foi efetivamente utilizada.
Indiretos: que a apropriação de um custo ao produto ocorre por intermédio de rateio. Neste
caso, o rateio descaracteriza a apropriação como direta.
Para entender o que significa direto e indireto, suponha que um grupo de amigos resolva
fazer uma comemoração qualquer em um restaurante. Todos se sentam à mesa e os pedidos
são feitos. Ao término da confraternização há de ser feito um rateio do valor gasto entre os
presentes. Para isso, pode-se usar como base de rateio o número de pessoas presentes (em
que cada um contribuirá com o mesmo valor) ou outra base qualquer, como ratear
proporcionalmente ao peso de cada um dos presentes, ou ratear pela idade e assim por diante.
Caracteriza-se, dessa forma, a distribuição do valor gasto aos presentes de forma indireta, a
base de rateio acordada procura “refletir” o que cada um deve ter consumido.
Por outro lado, se cada um dos presentes sentasse em mesas diferentes e fossem, a
cada um deles, identificados os seus gastos, estes seriam diretos.
Assim, podemos dizer que:
Custos Diretos: são aqueles apropriados aos produtos conforme o consumo
realizado. São exemplos clássicos de custos diretos, a matéria-prima (a matéria-
prima classificada como custo direto corresponde aos materiais cujo consumo
18. O nosso objetivo é a sua Aprovação
podemos quantificar no produto. Se não for possível a identificação da quantidade
aplicada no produto, passa a ser um elemento de custo indireto. Por exemplo: os
parafusos aplicados em uma carteira escolar serão custos diretos. Já a tinta ou a
solda consumida, na cadeira, pelo fato de não se obter o consumo por unidade de
produto fabricado, serão consideradas custo indireto) e mão-de-obra direta (a
mão-de-obra direta compreende aos funcionários que atuam diretamente no
produto, e cujo tempo gasto possa ser identificado, isto é, apontado no produto).
Se outro elemento de custo tiver a medição do consumo no produto, o custo
também será considerado como custo direto, por exemplo, a energia elétrica.
Caso haja aparelhos medidores de consumo de energia nas máquinas e se
houver o seu controle, este custo também será direto.
Custos indiretos: são aqueles apropriados aos produtos em função de uma base
de rateio ou algum critério de alocação. Essa base de rateio deve guardar uma
relação próxima entre o custo indireto e o objeto de custeio, evitando causar
distorções no resultado final. São empregados como bases de rateio: horas
apontadas de mão-de-obra, horas de máquinas utilizadas na fabricação dos
produtos, quilos de matéria-prima consumida. Exemplo: custo de energia elétrica,
o rateio pode ser feito proporcionalmente às horas de máquinas utilizadas,
considerando que o consumo de energia tenha uma relação de causa e efeito
muito próxima dessas horas.
Custos Fixos e Custos Variáveis
Para estudo do comportamento dos custos, as mesmas contas que antes foram
classificadas em custos diretos e indiretos serão agora classificadas em custos fixos e custos
variáveis. Essa classificação ocorre em função do comportamento dos elementos de custos em
relação às mudanças que possam ocorrer no volume de produção. A idéia é a seguinte: a um
certo nível de produção incorre-se em um montante de custos. Se este nível de produção
aumentar ou diminuir, o consumo de alguns elementos acompanhará esta oscilação para mais
ou para menos, e outros não.
Veja o que pode acontecer quando alguém resolve montar uma fábrica com capacidade
para processar mensalmente 10.000 kg de matéria-prima na fabricação de seu produto.
Primeiramente se instala uma estrutura capaz de suportar esse volume de produção. Essa
estrutura provoca a ocorrência de certos elementos de custos, tais como aluguel do prédio
onde a empresa será instalada, depreciação de máquinas e equipamentos, funcionários etc.
Nada produzido ou tendo sua produção entre 0 a 10.000 kg, estes custos serão os mesmos.
São chamados custos fixos, isto é, ocorrem de qualquer maneira, pois serão eles que
suportarão a estrutura da empresa. Quando a empresa produzir a primeira unidade de seu
produto, passará a consumir matéria-prima, energia elétrica e outros custos decorrentes do ato
de produzir. Esses serão os custos variáveis, cujos consumos serão maiores ou menores
conforme o volume de produção. Eles ocorrem somente se houver produção.
Para classificar um custo como fixo ou variável é preciso verificar como ele reage a
alterações no volume de produção. Se o volume se alterar e o custo também, ele será variável,
do contrário, será fixo.
Assim, podemos dizer que:
19. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Custos Fixos: são aqueles decorrentes da estrutura produtiva instalada da
empresa, que independem da quantidade que venha a ser produzida dentro do
limite da capacidade instalada.
No exemplo citado, produzido entre 0 a 10.000 kg do produto, os custos fixos ocorrerão
na mesma intensidade.
Além de classificar os custos em fixos e variáveis, há duas outras classificações,
chamadas de Custos Semivariáveis e Custos Semifixos.
Custos Semivariáveis: são aqueles que possuem em seu valor uma parcela fixa e
outra variável. Isto é, têm um comportamento de custo fixo até certo momento e
depois se comportam como custo variável. Esse caso ocorre com um elemento
de custo que faz parte da estrutura da empresa (custo fixo) o qual, a partir de um
certo volume de produção, passa a ter seu custo aumentado (comportamento de
custo variável). Temos, como exemplo, a energia elétrica e a água. Se não
houver utilização desses insumos ou se o consumo ficar abaixo de um mínimo
estipulado pela companhia de energia elétrica e de água, paga-se uma taxa fixa
(custo fixo). Conforme a utilização desses elementos cresce, o valor da conta se
eleva (custo variável).
Custos Semifixos: são aqueles elementos de custos classificados de fixos que se
alteram em decorrência de uma mudança na capacidade de produção instalada.
No exemplo utilizado para os custos fixos, tendo a produção localizada entre 0 e
10.000kg do produto, esses custos ocorrerão na mesma intensidade. Caso haja
crescimento do negócio, e se decide expandir a capacidade, passando para
15.000kg, poderá haver a necessidade de alugar mais outro galpão, adquirir
novas máquinas, contratar novos funcionários etc. Os custos fixos agora nessa
nova capacidade serão maiores. Se ocorrer um outro aumento da capacidade, o
processo se repete. Como se vê, os custos fixos crescem em patamares. O
oposto também ocorre, ou seja, reduzindo a capacidade de produção, tais custos
serão reduzidos nos mesmos patamares.
Outras Classificações de Custos
Custos de Transformação: correspondem aos custos incorridos para transformar a
matéria-prima em produto. Compreendem os custos com a mão-de-obra direta e os
custos indiretos de fabricação. Os custos de transformação são chamados também de
custos de conversão.
Custos Primários: correspondem aos custos de matéria-prima e de mão-de-obra direta.
Custos de Produção: correspondem aos custos de matéria-prima e de mão-de-obra
direta e custos indiretos.
Bases para o Conhecimento de Custos
20. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Os custos devem refletir a empresa. São reflexos de atitudes, comportamentos,
estruturas e modos de operar. Quanto mais estruturada for uma empresa, melhores serão os
resultados encontrados. Quanto menos informações estiverem disponíveis, ou se a
qualidade dessas informações não for das melhores, os resultados encontrados por certos
serão deficientes.
Por se tratar de um assunto que mistura simplicidade quanto aos objetivos e
complexidade no tratamento dos dados, é necessário definir os objetivos que se pretende
atingir ao estruturar um sistema de custeio.
Assim, uma empresa apura seus custos para:
a) atendimento de exigências legais quanto à apuração de resultados de suas
atividades e avaliação de estoques;.
b) Conhecimento dos seus custos para tomada correta de decisões e o exercício
de controles.
Para atender às exigências legais, a empresa precisa adequar seus métodos de
apuração de custos aos princípios contábeis em conformidade com normas e legislações
vigentes.
Para a tomada de decisões, podem ser empregados métodos de apuração derivados
daquele anterior, capaz de fornecer as informações que atendam às necessidades
gerenciais da empresa.
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAL
O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação,
especificação, normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes
do estoque da empresa. A necessidade de um sistema de classificação é primordial para
qualquer Departamento de Materiais, pois sem ela não pode existir um controle eficiente dos
estoques, procedimentos de armazenagem adequados e uma operacionalização do
almoxarifado de maneira correta.
Simplificar material é, por exemplo, reduzir a diversidade de um item empregado
para o mesmo fim. Assim, no caso de haver duas peças para uma finalidade qualquer,
aconselha-se a simplificação, ou seja, a opção pelo uso de uma delas. Ao simplificarmos um
material, favorecemos sua normalização, reduzimos as despesas ou evitamos que elas
oscilem. Por exemplo, cadernos com capa, número de folhas e formato idênticos contribuem
para que haja a normalização. Ao requisitar uma quantidade desse material, o usuário irá
fornecer todos os dados (tipo de capa, número de folhas e formato), o que facilitará
sobremaneira não somente sua aquisição, como também o desempenho daqueles que se
servem do material, se este um dia apresentar uma forma e outro dia outra forma de maneira
totalmente diferente.
Aliado a uma simplificação é necessário uma especificação do material, que é uma
descrição minuciosa e possibilita melhor entendimento entre o consumidor e o fornecedor
quanto ao tipo de material a ser requisitado.
A normalização, se ocupa da maneira pela qual devem ser utilizados os materiais
em suas diversas finalidades e da padronização e identificação do material, de modo que tanto
21. O nosso objetivo é a sua Aprovação
o usuário como o almoxarifado possam requisitar e atender os itens, utilizando a mesma
terminologia. A normalização é aplicada também no caso de peso, medida e formato.
Classificar um material então é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo,
uso etc. A classificação não deve gerar confusão, ou seja, um produto não poderá ser
classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo
este semelhante. A classificação, ainda, deve ser feita de maneira que cada gênero e material
ocupe seu respectivo local. Por exemplo: produtos químicos poderão estragar produtos
alimentícios se estiverem próximos entre si. Classificar material, em outras palavras, significa
ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com a semelhança, sem
contudo, causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade.
Identificação de Material
A identificação é o primeiro e o mais importante passo para a classificação do
material e consiste na análise e no registro dos principais dados individualizadores que
caracterizam e particularizam um item em relação ao universo de outros materiais existentes
na empresa.
Ela busca, portanto, estabelecer a identidade do material através da especificação
das principais características do item. Entretanto, para especificar é necessário dispor de
determinados dados que descrevam o material, de modo a identificá-lo perfeitamente. E nesta
pesquisa e no registro dos elementos descritivos do material é que se resume o trabalho de
especificação.
Os elementos básicos necessários à especificação são:
a) medidas;
b) voltagem, amperagem etc;
c) tipo de acabamento;
d) material empregado na fabricação;
e) normas técnicas;
f) referências comerciais, compreendendo o número da peça, o número ou
nome do modelo;
g) especificação da embalagem;
h) forma de acondicionamento;
i) número e/ou nome do catálogo ou lista de peças (part list);
j) cor;
l) nome do fabricante;
22. O nosso objetivo é a sua Aprovação
m) aplicação do material (identificação do equipamento ou da unidade em que é
aplicado).
A obtenção destes dados é feita através de consultas a catálogos ou listas de peças
dos fabricantes e às normas técnicas existentes ou, até mesmo, pela visualização do material.
Métodos de Identificação
Quando a identificação é feita pela descrição detalhada do material, em que
procuramos apresentar todas as particularidades ou características físicas que individualizam o
material, independentemente da referência do fabricante (ou comercial), dizemos que o método
adotado é o descritivo.
O método Descritivo é utilizado para especificar os materiais que, para a sua
identificação, necessitam de particularização descritivas ou que não apresentam referências
comerciais que, de modo geral, por si só, já caracterizam e individualizam determinados tipos
de material.
No exemplo a seguir, vemos que ambos os itens apresentam a mesma referência
comercial atribuída pelo fabricante - Ref. 1205. Se fôssemos especificar qualquer um dos itens,
apenas, associando à sua nomenclatura (Lápis, Escritório) e número referencial, não
estaríamos identificando nem um nem outro, porque o primeiro apresenta graduação 7 e o
segundo, graduação 2, o que os torna diferentes.
1205 .................... Referência Comercial ........................... 1205
Grafia ..................................Mina .................................Grafia
7................................... Graduação .................................. 2
Madeira....................... Revestimento ......................... Madeira
Cilíndrico.......................... Formato .......................... Cilíndrico
8 mm............................ Diâmetro............................... 8 mm
175 mm..................... Comprimento ........................ 175 mm
Na aplicação do método, devemos evitar, tanto quanto possível, uma certa
tendência para o exagero de pormenores descritivos, que só contribuem para tornar mais
volumoso e cansativo um catálogo de material.
O método descritivo visa atribuir uma nomenclatura padronizada em toda a
empresa, segundo regras específicas, que se constituem em orientação segura na
determinação da descrição do material, devendo ser evitado o uso de gírias, expressões
regionais, termos de sentido não técnico ou empregados em língua estrangeira, palavras que
indicam a forma de apresentação do material ou marcas etc.
A composição da nomenclatura padronizada constitui-se na associação das
seguintes partes :
23. O nosso objetivo é a sua Aprovação
- Nome básico - É a denominação mais simples ou primária do material e que se
constitui no ponto de partida para a identificação.
- Nome modificador - É a denominação complementar do nome básico e se
destina a estabelecer a individualização de cada um dos itens portadores do mesmo nome
básico.
PAPEL, ALMAÇO
Nomes básicos PAPEL, CORRESPONDÊNCIA Nomes modificadores
PAPEL, EMBALAGEM
Na determinação dos nomes modificadores, não existem regras fixas, podendo,
entretanto, serem estabelecidos em função do (a):
• Formato do material
(ARRUELA, CÔNCAVA)
• Tipo do material
(LÂMPADA., FLUORESCENTE)
• Apresentação do material
(SABÃO, BARRA)
• Aplicação do material
(DISCO, FREIO)
• Composição do material
(ÁGUA, MINERAL)
Observamos, nos exemplos apresentados, que o nome básico aparece, sempre,
separado do nome modificador por uma vírgula. A fim de possibilitar e facilitar a ordenação
alfabética dos materiais, suprimimos as preposições, substituindo-as por vírgulas.
24. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Características Físicas
São os dados relativos à composição, dimensão, tolerância, capacitância etc. de um
item. Constitui-se em complemento do nome padronizado e formando, juntamente, com este, a
descrição padronizada do material. Normalmente, estes elementos especificados são objetos
de normas técnicas e/ou presentes nos manuais ou catálogos dos fabricantes.
Identificação Auxiliar
A identificação auxiliar, como parte constitutiva e complementar de uma descrição
ou nomenclatura padronizada, aparece como informação opcional. Depende do lay-out de
saídas do computador, podendo aparecer como elemento integrante da descrição ou como
informação à parte. Ela é composta dos dados apresentados a seguir.
Aplicação. É a informação que indica a que conjunto maior pertence o item.
Embalagem. É a informação que indica o tipo de apresentação do invólucro do item.
Em muitos casos, a embalagem é fator determinante de diferenciação de materiais que
possuem os mesmos “nomes padronizados” e as mesmas "características físicas", mais
apresentam invólucros ou, melhor dizendo, unidades de fornecimento diferentes.
Referência Comercial. Corresponde ao número ou ao nome do material (código
referencial) atribuído pelo fabricante, podendo, também, referir-se ao tipo e/ou ao modelo do
item.
Concluído o método descritivo de identificação, vejamos o segundo método: O
Referencial.
O método Referencial é forma de especificar um material que atribui uma descrição
ou uma nomenclatura mais simplificada, apoiada, basicamente, na própria referência do
fabricante.
A nomenclatura referencial é usada em situações em que são desnecessários
maiores detalhamentos para a identificação, aquisição e controle do material, tendo como
suficiente, a referência do fabricante para a sua caracterização e individualização. Este
código, referenciado como part-number, é, na realidade, o próprio número de estoque do
fabricante, com base, no qual, os pedidos são feitos.
A importância de uma boa identificação, seja através de qualquer um dos métodos
apresentados, contribui, de forma significativa, para a movimentação de material, seu controle,
localização, registro em computador, compra e obtenção pelo usuário.
Por outro lado, a má identificação, devido à especificação incorreta ou incompleta,
possibilita a ocorrência de: duplicidade de números de estoque, divergências de saldos físicos,
sobrecarga nas áreas de estocagem, controles duplos, estatísticas de consumo falhas e
aumento de trabalho no órgão de classificação.
25. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Codificação De Material
Depois de realizada a identificação do material, o passo subseqüente consiste na
atribuição de um código representativo dos elementos identificados do item que simboliza a
identidade do material.
A atribuição do código visa a simplificar e facilitar as operações na empresa, uma
vez que todo um conjunto de dados descritivos e individualizadores
do material é substituído por um único símbolo representativo. O código torna-se tanto mais
necessário quanto maior for o universo e a diversificação dos itens existentes e transacionados
na empresa. O registro e o controle, principalmente, das transações de material, com base,
apenas, na nomenclatura do item, tornam-se impraticáveis e perigosos.
Existem três tipos de codificações usados na classificação de material: alfabético,
alfanumérico e numérico.
Independentemente, deste aspecto, com o incremento do processamento de dados,
tornou-se obrigatória a introdução de códigos que possibilitem a entrada e o registro de dados
em computador.
No sistema alfabético o material é codificado segundo uma letra, sendo utilizado
um conjunto de letras suficientes para preencher toda identificação do
material; pelo seu limite em termos de quantidade de itens e uma difícil memorização, este
sistema está caindo em desuso.
O sistema alfanumérico é uma combinação de letras e números e permite um
número de itens em estoque superior ao sistema alfabético. Normalmente é dividido em grupos
e classes, assim:
AC - 3721
código indicador
classe
grupo
O sistema numérico é o mais utilizado pelas empresas, pela sua simplicidade e
com possibilidades de itens em estoque e informações incomensuráveis. Suponhamos que
uma empresa utilize a seguinte classificação para especificar os diversos tipos de materiais em
estoque:
01 - matéria-prima
02 - óleos, combustíveis e lubrificantes
03 - produtos em processo
04 - produtos acabados
26. O nosso objetivo é a sua Aprovação
05 - material de escritório
06 - material de limpeza
Podemos verificar que todos os materiais estão classificados sob títulos gerais, de
acordo com suas características. É uma classificação bem geral. Cada um dos títulos da
classificação geral é submetido a uma nova divisão que individualiza os materiais. Para
exemplificar tomemos o titulo 05 - materiais de escritório, da classificação geral, e suponhamos
que tenha a seguinte divisão:
Material de Escritório
01 - lápis
02 - canetas esferográficas
03 - blocos pautados
04 - papel carta
Devido ao fato de um escritório ter diversos tipos de materiais, esta classificação
torna-se necessária e chama-se classificação individualizadora.
Cadastramento De Material
Após a identificação, seja pelo método descritivo ou pelo método referencial, e em
seguida à atribuição do código, o material é cadastrado.
O cadastramento visa, portanto, ao registro em computador, dos dados
identificadores do material e do código por que será conhecido o item na empresa,
além evidentemente de outras informações referentes ao material, como a unidade de
fornecimento, por exemplo.
É o passo necessário à emissão das listagens de material, que servem de base para
a confecção e distribuição de catálogos para consulta e referências dos órgãos envolvidos,
direta ou indiretamente, com o Sistema de Material da empresa.
A forma pela qual se processa o cadastramento (inclusões) é feita através de
preenchimento e emissão de formulários próprios da entrada em computador, para
processamento das informações e dos dados dos materiais. De posse deste formulário, o setor
encarregado digita estes dados no sistema.
Catalogação De Material
27. O nosso objetivo é a sua Aprovação
A catalogação é a última fase do processo de Classificação de Material e consiste
em ordenar, de forma lógica, todo um conjunto de dados relativos aos itens identificados,
codificados e cadastrados, de modo a facilitar a sua consulta pelas diversas áreas da empresa.
Visa, portanto, à consolidação, em publicações específicas, de todo um acervo de
informação e dados dos itens cadastrados na empresa. De sistema para sistema de
classificação, as publicações variam de acordo com as necessidades e a seleção de
informações e em função dos programas e lay-out de saídas de computador.
O importante, na catalogação, é usar de simplicidade, objetividade e concisão dos
dados gerados, bem como, ainda, permitir o fácil acesso e rapidez na pesquisa. Uma
publicação que obriga a uma certa demora na consulta e localização do dado procurado está
deixando de cumprir seus objetivos, que são basicamente, os que seguem:
a) Fazer com que o usuário saiba, com certeza, o item que deseja requisitar, a fim de que não
lhe seja fornecido um material diferente, por não ter sido, suficientemente, claro no que
especificou. A função do almoxarifado e do órgão de compras não é adivinhar o que o órgão
usuário pretende.
b) Facilitar aos órgãos de compra a obtenção correta do material.
c) Evitar que itens já cadastrados sejam, novamente, incluídos no catálogo com outros códigos.
d) Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos materiais colocados nos
documentos e formulários do Sistema de Material.
Basicamente, existem duas situações de localização dos dados de um item no
catálogo: - é conhecida, apenas, a nomenclatura do material ou, então, somente, a referência
do fabricante.
Comparativamente, a estas situações, a. localização do telefone ou do
endereço de um assinante resume-se nos seguintes casos:
a) É conhecido, apenas, o número do telefone. Não se sabe o nome (completo) e nem o
endereço do assinante. Para chegar a esta última informação, por exemplo, é preciso
consultar dois catálogos: através do catálogo de número dos Telefones (catálogo
específico e não publicado), chegamos ao nome do assinante. Conhecido o seu nome,
conseguimos o seu endereço através do Catálogo de Assinantes.
b) É conhecido, apenas, o nome (completo) do assinante, não se sabendo o número de seu
telefone e nem o seu endereço. Para se obter qualquer uma destas informações, basta
consultar o Catálogo de Assinantes.
c) É conhecido, apenas, o endereço do assinante. Desconhece-se o seu telefone e o seu
nome. Para obter qualquer uma destas informações, basta procurar no Catálogo de
Endereços.
Da mesma forma, os catálogos de material devem oferecer opções na localização
de qualquer informação prevista pelo sistema a respeito do material desejado, a partir do
28. O nosso objetivo é a sua Aprovação
conhecimento da nomenclatura o item ou, somente, com base na referência do fabricante que,
em muitos casos, vem impresso na própria peça.
No primeiro caso, uma 1istagem alfabética, organizada em ordem crescente por
nome básico, já é suficiente para conhecermos a nomenclatura oficial do material, o seu
número de estoque e/ou a referência do fabricante. A segunda situação demanda na emissão
de uma listagem ordenada alfanumericamente por ordem crescente de código (part number),
de modo que, a partir do conhecimento desta informação, cheguemos, igualmente, ao número
de estoque e/ou nomenclatura do item.
Além destas listagens básicas de material, outras de natureza mais específica
podem a ser emitidas de acordo com a conveniência ou necessidade do sistema, como por
exemplo, uma lista de changes. Seria uma relação cruzada, produzida pelo sistema para
informar aos seus usuários o part number que deverá substituir o anteriormente cadastrado,
devido à sua alteração pelo próprio fabricante.
CUSTOS DE ESTOQUE
Todo e qualquer armazenamento de material gera determinados custos que são:
• Juros;
• Depreciação;
• Aluguel;
• Equipamentos de movimentação;
• Deterioração;
• Obsolescência;
• Seguros;
• Salários;
• Conservação.
Todos eles podem ser agrupados em diversas modalidades:
• Custos com pessoal (salários, encargos sociais);
• Custos de capital (juros, depreciação);
• Custos com edificação (aluguel, impostos, luz, conservação);
• Custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamento).
Existem duas variáveis que aumentam estes custos:
• Quantidade em estoque.
• Tempo de permanência em estoque.
Todos estes custos relacionados podem ser chamados de custo de armazenagem. são
calculados baseados no estoque médio e geralmente indicados em percentual (%) do valor em
estoque (fator armazenagem).
29. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Os custos de armazenagem são proporcionais á quantidade e tempo que um item de
material permanece em estoque.
Custo de Armazenagem ( I )
Motivado pela concorrência entre es empresas, têm-se dedicado intensa atenção á
minimização de custos.
Entre os tipos de custo que afetam a rentabilidade da empresa, o custo de estocagem ou
armazenamento se coloca entre eles.
Anos atrás o foco principal era dado á produção, relegando à segundo plano as atividades
ligadas a guarda, a movimentação e a estocagem de materiais.
Através da ordem mundial após a segunda guerra , ou seja, a elevação da atividade
industrial, início da era da automação, aumentando-se a produção com considerável baixa nos
custos de fabricação.
Verificou-se que os custos decorrentes de armazenagem representavam grande entrave
para a concorrência entre as empresas, representando o meio de eficiência de diminuir
consideravelmente os custos globais da empresa.
Fórmula para cálculo de custo de armazenagem:
Custo de armazenagem = (Q/2)x t x p x i
Onde:
Q = quantidade de material em estoque no tempo considerado.
P = preço unitário do material.
I = taxa de armazenamento, expressa geralmente em porcentagem do custo unitário (*)
T = tempo considerado de armazenagem.
(*) Não ha impedimento para que seja expresso em valores unitários.
2) O preço unitário deve ser considerado constante no período analisado.
Se não for, deve ser tomado um valor médio. o valor de “I” — taxa de armazenamento —
é obtido através da soma de diversas parcelas. assim temos:
a) Taxa de retorno de capital
LUCRO
IA = 100 x
VALOR. ESTOQUES
30. O nosso objetivo é a sua Aprovação
O capital investido na compra do material armazenado deixa de render juros.
b) Taxa de armazenamento físico
SxA
IB = 100 x
CxP
Onde:
s = área ocupada pelo estoque
a = custo anual do m2 de armazenamento
c = consumo anual
p = preço unitário
Portanto, CxP = valor dos produtos estocados.
c) Taxa de seguro
CUSTO. ANUAL. DO. SEGURO
IC = 100 x
VALOR. ESTOQUE + EDIFICIOS
d) Taxa de transporte, manuseio e distribuição
DEPRECIACAO. ANUAL. DE . EQUIPAMENTO
ID = 100 x
VALOR. DO. ESTOQUE
e) Taxa de obsolescência
PERDAS . ANUAIS . POR. OBSOLESCENCIA
IE = 100 x
VALOR. DO. ESTOQUE
f) Outras taxas
Taxas como: Água, luz, etc...
DESPESAS . ANUAIS
1F = 100 X
VALOR. DO. ESTOQUE
Conclui-se que a Taxa de Armazenamento é:
I = Ia + Ib + Ic + Id + Ie + If
Os valores acima, podem ser obtidos pela contabilidade ou utilizar valores mencionados
no último balanço, sem a preocupação de precisão.
Para determinação do valor da taxa de armazenagem devem-se levar em conta os tipos
de materiais estocados.
31. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Em certas empresas, algumas parcelas de “I” tem um peso tão grande que torna
desnecessário o cálculo da outra.
Por exemplo:
1) Para algumas empresas a taxa de retorno de capital e a de seguro são as mais importantes
por se referirem a materiais de grande valor. é o caso de joalherias, empresas que
trabalham com materiais eletrônicos, etc.
2) Para outras o espaço ocupado é o fator que pesa mais. por exemplo, as que trabalham com
espuma de poliuretano e papel.
3) Para outras, ainda, é a segurança o mais importante, razão pela qual suas taxas de seguro
são altas (caso de empresas que trabalham essencialmente com inflamáveis e explosivos).
Custo de Pedidos (B)
É o custo em ($) de um pedido de compra. Para calcularmos o custo anual de todos os
pedidos colocados no período de um ano é necessário multiplicarmos o custo de cada pedido
pelo numero de vezes que, em um ano, foi processado.
Se ( n ) for o número de pedidos efetuados durante um ano, o resultado será:
Custo Total Anual de Pedidos = B x N
O total das despesas que compõem o Custo Anual de Pedidos são:
a) Mão-de-obra — Para emissão e processamento
b) Material — Utilizado na confecção do pedido ( papel, lápis, borracha, envelope, etc.)
c) Custos Indiretos — Despesas ligadas indiretamente com o pedido ( telefone, luz, escritório
de compra, etc.)
Após a apuração anual destas despesas teremos o custo total anual dos pedidos. Para calcular
o custo unitário. é só dividir o cta pelo número total anual de pedidos.
Custo total anual de pedidos (cta)
B = ——————————————————— = Custo Unitário do Pedido
Número anual de pedidos (n)
32. O nosso objetivo é a sua Aprovação
cta
Logo n = ———
b
LOTE ECONÔMICO
Introdução
A decisão de estocar ou não determinado item é básica para o volume de estoque em
qualquer momento. ao tomar tal decisão, há dois fatores a considerar:
1) É econômico estocar o item ?
2) É interessante estocar um item indicado como antieconômico a fim de satisfazer um cliente
e, portanto, melhorar as relações com ele ?
O primeiro fator pode ser analisado matematicamente. em geral, não é econômico
estocar um item se isso excede o custo de comprá-lo ou produzi-lo. também pode ser
demonstrado que não é econômico estocar itens quando as necessidades dos clientes, ou a
média de consumo da produção, tenham um excesso correspondente à metade da quantidade
econômica do pedido.
Com a finalidade de prestar o melhor serviço ao cliente, mesmo em condições
antieconômica para a empresa, torna-se necessário a criação de estoques de determinados
itens, com o intuito de não criar uma ruptura para o cliente.
Quanto deve ser comprado ou produzido de cada vez ?
Existem custos que aumentam a medida que a quantidade do material pedido aumenta,
porque em média, considerando consumo uniforme, metade da quantidade pedida estará em
estoque. tais custos são aqueles vinculados a armazenagem dos materiais, incluindo espaço,
seguro, juros, etc.
Existem custos que diminuem a medida que a quantidade de material pedida aumenta,
com a distribuição dos custos fixos por quantidade maiores.
No gráfico abaixo podemos perceber um aumento dos custos de armazenagem à medida
que a quantidade dos produtos comprados ou produzidos aumenta, devido à maior quantidade
que deve ser armazenada.
a curva mais baixa indica o custo total para encomendar material, o qual diminui à medida que
aumenta a quantidade de produtos pedidos de uma só vez.
Esta redução se deve ao fato de que poucos pedidos terão de ser emitidos durante
determinado espaço de tempo e, como resultado, haverá despesas menores de emissão de
pedidos de compra. a curva superior representa o custo total do estoque que é obtido
adicionando-se os custos de armazenagem aos custos de pedido.
33. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Distribuição Física
A logística de distribuição trata das relações empresa-cliente-consumidor, sendo responsável
pela distribuição física de matéria prima, produto em processo e produto acabado até o ponto
de seu consumo e deve assegurar que os pedidos sejam pontualmente entregues, precisos e
completos.
Distribuição física é fazer o produto chegar aos consumidores, isto é, ligar a empresa aos seus
clientes.
• ode usar depósitos para executar tarefas industriais simples.
Postergação de Transporte:
• Produtos acabados apenas em poucas facilidades centrais até pedido ser realizado
pelo consumidor; uma vez iniciado processo logístico, a entrega é feita por sistema
direto.
• Baseado em sistema de informações logístico capaz de transmitir pedidos com alta
precisão e velocidade.
• Conforme o caso, posterga-se a fabricação do produto até chegada de pedido.
• Exemplo: sistema EDI + entrega rápida; esquemas interorganizacionais: Sears +
Whirlpool = tempo de resposta para entrega de geladeiras de 5 dias.
Consolidação de Carga: É a técnica de otimização do transporte visando unicamente a
diminuição do Custo total logístico de transporte, consiste em “puxar” os produtos dos
fornecedores para um local que consolida e então movimentá-lo até o cliente final. Este tipo
de armazém pode ter objetivo somente de consolidação sem manter nenhum estoque.
• Conseguir economia de escala em transporte;
• Consolidação por área geográfica:
• Entrega consolidada em local intermediário e posterior distribuição;
• Segurar entregas até surgir volume mínimo;
• Juntar-se a outras empresas e formar um “pool”.
• Distribuição programada:
• Limitar entrega a dias predeterminados
• “Pool” de empresas para distribuição.
• Há limites para consolidação: última fase pode ser justamente a entrega de carga
parcelada.
Localização de Depósitos
Uma rede logística pode ser uma interação complexa dos pontos de: fornecimento, estocagem
e demanda final.
34. O nosso objetivo é a sua Aprovação
As decisões sobre localização envolvem dois níveis de pensamento. Primeiro, uma localização
geral precisa ser determinado com base nas considerações de custo e serviço. Em seguida isto
pode ter um ajuste fino utilizando seleção de locais dentro da área geralmente definida.
São varáveis intrínsecas a um problema de localização as questões relativas a:
• Número de depósitos
• Local geográfico
• Dimensionamento
A decisão é baseada em critérios:
• Qualitativos
• Quantitativos
Critérios qualitativos:
São utilizados quando as varáveis são de difícil quantificação e o não cumprimento de um
critério pode desqualificar uma alternativa de qualificação.
Muitos critérios qualitativos se relacionam com questões ambientais e geralmente podem ser
feitas em forma de perguntas. Tais como:
• Existe mão-de-obra qualificada e em quantidade suficiente?
• mercado de transporte pode suprir as necessidades?
• Existe infra-estrutura de transportes?
• Existe infra-estrutura Urbana e de serviços (telecomunicações, bancos,
manutenção, hospitais, restaurantes, etc.) ?
• Há disponibilidade no que tange a utilidades e energia?
• Existem terrenos disponíveis?
• O mercado de construção civil é adequado?
• Existem facilidades para alugar?
• Como é a topologia dos mercados de fornecedores e de consumo?
Muitas vezes, a avaliação desses critérios já oferece um conjunto de alternativas de
localização bastante “enxuto”.
Critérios quantitativos:
São tomada decisões baseadas em informações relativas a clientes e fornecedores, inclui-se a
estas, a demanda por produtos, necessidades de insumos para o processo fabril e as
distancias e tempos em relação ao mercado fornecedor e consumidor.
• Utiliza-se modelos matemáticos para a determinação dos locais: conhecimento de pesquisa
operacional e uso de computadores são requisitos básicos
• Existem diversos modelos de otimização, onde o objetivo é minimizar o custo total;
• Em muitos destes modelos, algumas parcelas de custo não são levadas em conta
explicitamente, devendo ser agregadas exogenamente aos custos calculados pelos modelos
para a avaliação das alternativas;
35. O nosso objetivo é a sua Aprovação
• O nível de serviço geralmente é considerado como restrição. Por exemplo, tempo ou
distância máxima do depósito ao fornecedor;
• Normalmente trabalha-se com produtos agregados, não item a item (pela própria natureza
da decisão);
• O modo de transporte pode ser uma variável, pois os custos dos diversos modos podem ser
determinados.
INVENTÁRIO FÍSICO
Uma empresa de porte, decididamente organizada tem uma estrutura de
Administração de Materiais com políticas e procedimentos claramente definidos. Assim sendo
uma das suas funções é a precisão nos registros de estoques; então, toda a movimentação do
estoque deve ser registrada pelos documentos adequados. Considerando que o almoxarifado
ou depósito tem como uma das funções principais o controle efetivo de todo estoque, sua
operação deve ir ao encontro dos objetivos de custo e de serviços pretendidos pela alta
administração da empresa.
Periodicamente a empresa deve efetuar contagens físicas de seus itens de estoque
e produtos em processo para verificar:
a) Divergências em valor, entre o estoque físico e o estoque contábil.
b) Divergências entre registros e o físico (quantidade real na prateleira).
c) Apuração do valor total do estoque (contábil) para efeito de balanços ou balancetes. Neste
caso o inventário é realizado próximo ao encerramento do ano fiscal.
d) Avaliar o cumprimento de normas e técnicas de armazenamento e de segurança das
instalações.
e) Avaliar o grau de eficiência das operações de controle e armazenamento de material.
f) Apurar indícios de desvios de material.
g) Regularizar situações caóticas decorrentes de sinistros havidos com o material estocado
nos almoxarifados ou da perda de informações.
Classificação Do Inventário De Estoque
O inventário Classifica-se quanto a:
36. O nosso objetivo é a sua Aprovação
a – modalidade
b – freqüência
c – abrangência
d – método
Quanto a modalidade, o inventário pode ser:
a – Normal – É aquele realizado rotineiramente, decorrente da normal operação do Sistema de
Material.
b – Especial – É aquele realizado para atender uma solicitação especifica, para averiguação
de falta, extravio ou desvio de materiais, perda parcial de registros ou outros motivos que
justifiquem sua realização.
Quanto a freqüência, o inventário pode ser:
a – Anual – É aquele realizado, obrigatoriamente, ao final do exercício Financeiro.
b – Periódico – É aquele realizado, segundo cronograma pré-estabelecido, em vários períodos
do Exercício Financeiro.
c – Rotativo - É aquele realizado, permanentemente, durante todo o Exercício Financeiro, de
forma a abranger até o final do ano a totalidade dos itens estocados.
Quanto à abrangência, o inventário pode ser:
a – Geral - É aquele realizado para todos os itens, sem exceção, armazenados nos
almoxarifados.
b – Parcial - É aquele realizado para um determinado item ou um conjunto de materiais
armazenados nos almoxarifados.
Quanto ao método, o inventário pode ser realizado com:
a – Armazém Aberto – É aquele em que as transações de recebimento e fornecimento são
efetuadas, normalmente, durante o inventário e sem prejuízo da contagem.
b – Armazém Fechado – É aquele em que as transações de recebimento e fornecimento
permanecem suspensas enquanto é efetuada a contagem, exceto nos casos de emergência.
Preparação e Planejamento Para o Inventário Convencional
37. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Um bom planejamento e preparação para inventário é imprescindível para a
obtenção de bons resultados. Deverão ser providenciados:
a) Folhas de convocação e serviços, definindo os convocados, datas, horários e locais de
trabalho.
a) Fornecimento de meios de registro de qualidade e quantidade adequada para uma correta
contagem.
b) Reanálise da arrumação física.
c) Metodologia para inicio do inventário e treinamento
d) Atualização e análise dos registros
f) Equipe de corte para documentação e movimentação de materiais a serem inventariados.
Atualização e registros de estoques
Todas as entradas e saídas e conseqüentemente saldos dos itens deverão estar
obrigatoriamente atualizados até a ata do inventário. O responsável pela atualização do
estoque, terá incumbência de assegurar que todos os tipos de documentos utilizados para
registrar o movimento foram considerados. Os emitentes dos documentos ou o almoxarifado
que implicam movimentação do estoque deverão carimbar com “Antes do Inventário” os
documentos emitidos um dia antes da data de contagem e da mesma forma serão identificados
com “Depois do Inventário” os documentos que registrem o movimento de itens emitidos no dia
seguinte ao inventário; o saldo atualizado no sistema de controle de estoque será bloqueado
para movimentação. sendo essa a quantidade disponível na data de inventário. Este saldo será
utilizado como estoque para fins de reconciliação com o inventário físico e eventual reajuste.
Contagem do estoque
Todo item do estoque, sujeito ao inventário será contado necessariamente duas vezes.
A primeira contagem será realizada pela 1° equipe, a qual poderá efetuá-la imediatamente
após ter fixado ao lote o cartão de inventário. Feitas as anotações de contagem na primeira
parte do cartão, o executor da contagem o entregará ao responsável pela primeira contagem, o
qual os entregará, por sua vez, ao responsável pela segunda contagem. A segunda equipe
analogamente registrará o
resultado de sua contagem na segunda parte do cartão, entregando-o depois ao
coordenador de inventário. Se a primeira contagem conferir com a segunda contagem, o
inventário para este item está correto; no caso de não conferir, faz-se necessário uma terceira
contagem por outra equipe, diferente das que contaram anteriormente. A tala identificadora do
lote permanecerá afixada ao material como prova de que ele foi contado. Esta poderá ser
retirada somente após o término do inventário.
Reconciliações e Ajustes
38. O nosso objetivo é a sua Aprovação
Os setores envolvidos nos controles de estoque deverão providenciar justificativas
para as variações ocorridas entre os estoque contábil e o inventariado. O departamento de
controle de estoque providenciará a valorização do inventário em um mapa chamado
"Controle das Diferenças de Inventário" como se vê na figura a seguir; será assim efetuada a
somatória dos valores contábil, físico, diferenças "a mais", diferenças "a menos" e diferença
global. Dentro da política da empresa, os percentuais de diferenças podem ser aceitos ou não,
como regra geral para os itens classe A, não devem ser aceitos ajustes de inventários,
procurando sempre justificar o motivo da diferença.
Contabilidade e Orçamento Empresarial
A contabilidade e o orçamento empresarial apresentam uma estrutura
semelhante, o que nos leva a crer, inicialmente, que ambas possuem os mesmos objetivos. Ao
contrário, são duas atividades distintas, que possuem objetivos diferentes, o que nos força a
comparar os objetivos de cada uma delas.
Inicialmente, a Contabilidade possui um importante papel fiscal, que exige dela
obediência total a determinados procedimentos legais. Segundo, por lidar com “fatos reais
ocorridos”, a contabilidade, em princípio, não admite múltiplas interpretações.
Já o orçamento, por ter uma função essencialmente gerencial, não está sujeito de
forma integral às especificações legais e contábeis. Por lidar com o futuro e suas incertezas, o
orçamento está sujeito a receber múltiplas interpretações, às vezes até absurdas.
Por fim, a contabilidade permite um grau de detalhamento, em geral, muitas vezes
maior do que aquele recomendado para o orçamento - que apenas dá uma interpretação
monetária aos grandes rumos traçados pelos planos de negócios da empresa.
Apesar dessa distinção entre os processos de orçamento e contabilidade, o
desenvolvimento do orçamento exige intensa interação entre os dois, pois a contabilidade
fornece importantes informações para os encarregados da elaboração e implementação dos
orçamentos, como por exemplo alíquotas de impostos, custos de produtos e mercadorias
vendidas, taxas de encargos sociais, depreciação, imposto de renda e outros custos e
despesas que terminam por influenciar no resultado operacional da empresa.
A Comunicação no Orçamento
O orçamento não deve ser visualizado como a mera elaboração de um relatório
anual, para uma única previsão financeira do exercício. Ao contrário, é uma ferramenta
dinâmica que deve ser utilizada com freqüência para manter sempre atualizados os planos
desenvolvidos pelos encarregados das despesas das organizações dentro de um determinado
período de tempo, seja ele um mês, trimestre, semestre ou ano. Ao integrar as operações
totais dos diferentes departamentos da empresa - Administrativo, Comercial, Marketing,
Produção, Distribuição, Estoque, etc. -, o orçamento impõe um intenso relacionamento entre
esses departamentos, onde cada encarregado de despesa deve negociar constantemente a
sua verba para que possa atingir as metas desejadas pela empresa. Exige também a
discussão dos investimentos necessários em cada departamento bem como a origem das
verbas disponíveis para financiar esses investimentos, que não fazem parte das operações
corriqueiras da empresa.