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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
                                                      MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
                           INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA


   MEMÓRIA DO SEMINÁRIO SOBRE MANUTENÇÃO DE FAIXAS DE SERVIDÃO PARA LINHAS
                               DE TRANSMISSÃO

  Data: 28/03/2012
  Local: IBAMA – Sede, Auditório 1
  Horário: 9:00 às 17:30
        Aos vinte e oito dias do mês de março de 2012 foi realizado Seminário sobre Manutenção de
  Faixas de Servidão para Linhas de Transmissão, do qual participaram representantes de várias
  instituições conforme lista de presença em anexo.
        No período da manhã foram realizadas as apresentações de representantes do Ibama, da
  Eletrobras Furnas, Cobei, ONS e Prevfogo, tendo as discussões técnicas ficado para o período da
  tarde. Segue abaixo uma breve transcrição do conteúdo abordado nestas discussões:
  - A Eletrosul mencionou que a altura das torres interfere na supressão de vegetação,
  especialmente na ocorrência de eventual queda. Neste caso, solicitou-se que a supressão fosse
  automaticamente autorizada para viabilizar o levantamento da torre e a reabilitação dos cabos
  (casos excepcionais). O Ibama destacou que devem ser eliminados casos que acabam sendo
  considerados emergenciais por falhas na condução da manutenção destas faixas.
  - De acordo com o Ibama, para os casos de linhas antigas, sua instalação foi realizada com corte
  raso. Se a vegetação atualmente encontra-se alta significa que a manutenção das faixas de
  servidão pode ter sido negligenciada. Furnas informou que as manutenções são anuais, contudo
  muitas vezes estas não são realizadas nesta periodicidade pois não tem equipe suficiente para tal.
  - Representante do setor elétrico questionou sobre a possibilidade de restrição de plantio de cana
  na faixa e a necessidade de se discutir vantagens do roço, considerando que a vegetação a 50 cm
  pode machucar animais.
  - Eletronorte usa o roço. Não se faz corte raso (extermínio de vegetação).
  - Pevfogo informou que há técnicas de fogo controlado, contudo os produtores rurais muitas vezes
  não dominam estas técnicas e acabam gerando incêndios incontroláveis.
  - Considerações sobre o não uso de herbicidas e não aproveitamento da madeira por restrições
  feitas pelo Ibama (solicitou-se a reconsideração destas).
  - O material combustível muitas vezes pode ser gerado nas manutenções de linhas, pois o os
  restos vegetais são mantidos na área.
  - De acordo com representante do setor elétrico, o corte seletivo pode estimular o crescimento das
  plantas (não seria a poda seletiva responsável pelo estímulo no crescimento das plantas?)
  - Urgência em consensar as definições de corte raso, roço ou roçada, corte seletivo, poda seletiva
  etc. O Ibama não recomenda poda seletiva e sim CORTE seletivo. O Ibama não entende que o
  roço impede o fogo, pois conhece faixas mantidas com esta técnica e que foram incendiadas.
  - Mais de 60% do orçamento da Chesf fica comprometido com manutenção da vegetação nas
  faixas de servidão.
  - A fiscalização da Aneel tem dificuldades para entender os procedimentos entre o Ibama e as
  empresas da área de transmissão de energia elétrica, pois muitas vezes verifica a presença de
  vegetação e a não autorização do Ibama em fazer a retirada desta.
  - Manejo integrado da vegetação a exemplo do sistema elétrico americano, com espécies mais
  adequadas, de crescimento mais lento (sugestão Cemig).


C:Documents and Settings95421068668DesktopMemória de Reunião Seminário Manutenção Faixas LTs.odtLB
                                                                                                              1
- Ibama sugeriu aprofundamento nas discussões técnicas, com definições das espécies mais
  adequadas tanto para manter a faixa quanto para evitar/controlar eventuais incêndios. É
  indiscutível a importância ambiental destas faixas de servidão e a necessidade de se avançar
  nestes novos conceitos de sustentabilidade para estas áreas, nos casos das LTs antigas.
  - Ibama também ressaltou a importância da educação ambiental para evitar o fogo nas faixas e a
  necessidade de um processo continuado de conscientização da população.
  - Representante do setor elétrico levantou a necessidade de se considerar as dificuldades com
  levantamento de informações de campo, o qual pode ocasionar graves acidentes com os
  funcionários envolvidos nesta atividade. Estas dificuldades se estendem a outros procedimentos,
  como o corte seletivo.
  - Necessidade de continuidade desses trabalhos, considerando as especificidades locais, para que
  se tenha uma regulamentação efetiva de fato.
  Na hora final do evento, foram compilados alguns encaminhamentos sobre os quais houve
  consenso, sendo eles:
      1. É importante e necessário definir regras claras e procedimentos padronizados para a
          realização de ações de manutenção de faixa de linhas de transmissão, antigas e novas,
          evitando o desligamento das linhas e acidentes decorrentes das atividades previstas;
      2. É importante e necessário definir um glossário único para as atividades de manutenção,
          utilizando como base os conceitos definidos na revisão proposta pela NBR. Discutir no
          âmbito de um Grupo de Trabalho (GT), harmonizando os conceitos;
      3. Os procedimentos a serem adotados devem considerar as particularidades regionais, como
          biomas, propensão a incêndio e relevo;
      4. É recomendável que a discussão sobre roço seja mais aprofundada;
      5. O Ibama não recomenda a poda seletiva;
      6. Deverão ser previstos procedimentos e autorizações para casos emergenciais;
      7. É preciso aprofundar os conhecimentos sobre a relação entre o porte ou tipo de vegetação
          e as queimadas capazes de gerarem deligamentos das LTs;
      8. A destinação do material lenhoso deve ser melhor discutida, havendo indicativos para que
          este possa ser mantido/distribuído na faixa, no caso de pequenos volumes gerados durante
          a realização das atividades de manutenção;
      9. É importante desenvolver técnicas de manejo integrado da vegetação;
      10. É necessário e importante realizar atividades de educação ambiental na fase de operação,
          com ênfase no uso controlado do fogo;
      11. É importante realizar e fomentar pesquisas científicas sobre os temas: manejo integrado da
          vegetação, causas de desligamento das linhas.
  Finalmente, deliberou-se a formação de um grupo de trabalho a ser constituído por representantes
  do Ibama, Aneel, ONS e Setor Produtivo, com vistas à discussão e definição do documento
  técnico balizador para posterior normatização. Meta: fechar o documento técnico em 60 (sessenta)
  dias. Deverá formalizar-se a solicitação de indicação de representantes da ABCE e da Eletrobras
  para o GT.

  ANEXO – Lista de presença




C:Documents and Settings95421068668DesktopMemória de Reunião Seminário Manutenção Faixas LTs.odtLB
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C:Documents and Settings95421068668DesktopMemória de Reunião Seminário Manutenção Faixas LTs.odtLB
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Manutenção de faixas de servidão para linhas de transmissão

  • 1. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA MEMÓRIA DO SEMINÁRIO SOBRE MANUTENÇÃO DE FAIXAS DE SERVIDÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO Data: 28/03/2012 Local: IBAMA – Sede, Auditório 1 Horário: 9:00 às 17:30 Aos vinte e oito dias do mês de março de 2012 foi realizado Seminário sobre Manutenção de Faixas de Servidão para Linhas de Transmissão, do qual participaram representantes de várias instituições conforme lista de presença em anexo. No período da manhã foram realizadas as apresentações de representantes do Ibama, da Eletrobras Furnas, Cobei, ONS e Prevfogo, tendo as discussões técnicas ficado para o período da tarde. Segue abaixo uma breve transcrição do conteúdo abordado nestas discussões: - A Eletrosul mencionou que a altura das torres interfere na supressão de vegetação, especialmente na ocorrência de eventual queda. Neste caso, solicitou-se que a supressão fosse automaticamente autorizada para viabilizar o levantamento da torre e a reabilitação dos cabos (casos excepcionais). O Ibama destacou que devem ser eliminados casos que acabam sendo considerados emergenciais por falhas na condução da manutenção destas faixas. - De acordo com o Ibama, para os casos de linhas antigas, sua instalação foi realizada com corte raso. Se a vegetação atualmente encontra-se alta significa que a manutenção das faixas de servidão pode ter sido negligenciada. Furnas informou que as manutenções são anuais, contudo muitas vezes estas não são realizadas nesta periodicidade pois não tem equipe suficiente para tal. - Representante do setor elétrico questionou sobre a possibilidade de restrição de plantio de cana na faixa e a necessidade de se discutir vantagens do roço, considerando que a vegetação a 50 cm pode machucar animais. - Eletronorte usa o roço. Não se faz corte raso (extermínio de vegetação). - Pevfogo informou que há técnicas de fogo controlado, contudo os produtores rurais muitas vezes não dominam estas técnicas e acabam gerando incêndios incontroláveis. - Considerações sobre o não uso de herbicidas e não aproveitamento da madeira por restrições feitas pelo Ibama (solicitou-se a reconsideração destas). - O material combustível muitas vezes pode ser gerado nas manutenções de linhas, pois o os restos vegetais são mantidos na área. - De acordo com representante do setor elétrico, o corte seletivo pode estimular o crescimento das plantas (não seria a poda seletiva responsável pelo estímulo no crescimento das plantas?) - Urgência em consensar as definições de corte raso, roço ou roçada, corte seletivo, poda seletiva etc. O Ibama não recomenda poda seletiva e sim CORTE seletivo. O Ibama não entende que o roço impede o fogo, pois conhece faixas mantidas com esta técnica e que foram incendiadas. - Mais de 60% do orçamento da Chesf fica comprometido com manutenção da vegetação nas faixas de servidão. - A fiscalização da Aneel tem dificuldades para entender os procedimentos entre o Ibama e as empresas da área de transmissão de energia elétrica, pois muitas vezes verifica a presença de vegetação e a não autorização do Ibama em fazer a retirada desta. - Manejo integrado da vegetação a exemplo do sistema elétrico americano, com espécies mais adequadas, de crescimento mais lento (sugestão Cemig). C:Documents and Settings95421068668DesktopMemória de Reunião Seminário Manutenção Faixas LTs.odtLB 1
  • 2. - Ibama sugeriu aprofundamento nas discussões técnicas, com definições das espécies mais adequadas tanto para manter a faixa quanto para evitar/controlar eventuais incêndios. É indiscutível a importância ambiental destas faixas de servidão e a necessidade de se avançar nestes novos conceitos de sustentabilidade para estas áreas, nos casos das LTs antigas. - Ibama também ressaltou a importância da educação ambiental para evitar o fogo nas faixas e a necessidade de um processo continuado de conscientização da população. - Representante do setor elétrico levantou a necessidade de se considerar as dificuldades com levantamento de informações de campo, o qual pode ocasionar graves acidentes com os funcionários envolvidos nesta atividade. Estas dificuldades se estendem a outros procedimentos, como o corte seletivo. - Necessidade de continuidade desses trabalhos, considerando as especificidades locais, para que se tenha uma regulamentação efetiva de fato. Na hora final do evento, foram compilados alguns encaminhamentos sobre os quais houve consenso, sendo eles: 1. É importante e necessário definir regras claras e procedimentos padronizados para a realização de ações de manutenção de faixa de linhas de transmissão, antigas e novas, evitando o desligamento das linhas e acidentes decorrentes das atividades previstas; 2. É importante e necessário definir um glossário único para as atividades de manutenção, utilizando como base os conceitos definidos na revisão proposta pela NBR. Discutir no âmbito de um Grupo de Trabalho (GT), harmonizando os conceitos; 3. Os procedimentos a serem adotados devem considerar as particularidades regionais, como biomas, propensão a incêndio e relevo; 4. É recomendável que a discussão sobre roço seja mais aprofundada; 5. O Ibama não recomenda a poda seletiva; 6. Deverão ser previstos procedimentos e autorizações para casos emergenciais; 7. É preciso aprofundar os conhecimentos sobre a relação entre o porte ou tipo de vegetação e as queimadas capazes de gerarem deligamentos das LTs; 8. A destinação do material lenhoso deve ser melhor discutida, havendo indicativos para que este possa ser mantido/distribuído na faixa, no caso de pequenos volumes gerados durante a realização das atividades de manutenção; 9. É importante desenvolver técnicas de manejo integrado da vegetação; 10. É necessário e importante realizar atividades de educação ambiental na fase de operação, com ênfase no uso controlado do fogo; 11. É importante realizar e fomentar pesquisas científicas sobre os temas: manejo integrado da vegetação, causas de desligamento das linhas. Finalmente, deliberou-se a formação de um grupo de trabalho a ser constituído por representantes do Ibama, Aneel, ONS e Setor Produtivo, com vistas à discussão e definição do documento técnico balizador para posterior normatização. Meta: fechar o documento técnico em 60 (sessenta) dias. Deverá formalizar-se a solicitação de indicação de representantes da ABCE e da Eletrobras para o GT. ANEXO – Lista de presença C:Documents and Settings95421068668DesktopMemória de Reunião Seminário Manutenção Faixas LTs.odtLB 2
  • 3. C:Documents and Settings95421068668DesktopMemória de Reunião Seminário Manutenção Faixas LTs.odtLB 3