2. 1. Introdução
Considerando que a disciplina de Desenho Técnico do curso Técnico em
Segurança do Trabalho/CEPRO-UNISC aborda termos da construção civil com
intuito do novo profissional estar preparado para utilizar os princípios básicos
do desenho técnico no planejamento dos ambientes de trabalho, bem como
identificar e avaliar os ambientes, as instalações e os equipamentos de
trabalho, com o objetivo de propiciar ao aluno o conhecimento teórico-prático
da linguagem do desenho técnico, permitindo a correta identificação,
interpretação, avaliação das instalações de segurança de tais ambientes, foi
realizado no dia 9 de setembro de 2010, uma saída de campo na obra do
Edifício Athenas, da Kopp Construções, situada em Santa Cruz do Sul, na
Avenida do Imigrante na esquina com a Rua Guilherme Hackbart.
Para a construção deste relatório foram levadas em consideração: a
tecnologia empregada a obra, as instalações de segurança nos locais de
trabalho, além dos itens de segurança conforme a Norma Regulamentadora 18
– construção civil.
3. 2. Objetivos
Reconhecer termos do vocabulário técnico da disciplina Desenho
Técnico.
Conhecer tecnologias aplicadas à obra.
Analisar de forma crítica os locais de trabalho, apontando as condições
seguras e inseguras presentes no local.
Registrar itens importantes para a formação do profissional em
Segurança e Saúde do Trabalho.
3. Procedimentos
Conforme combinado com a professora Cristina Gass Portela, chegamos
às 8 horas, do dia 9 de setembro de 2010, na UNISC, bloco 1, de onde
seguimos para a obra já citada.
Ao chegar à obra, fomos recepcionados pelo estagiário em Engenharia
Civil, senhor Cristhian, o qual esclareceu como seria a nossa visita.
A partir do primeiro momento foram coletadas imagens dos ambientes de
trabalho e sinalizações, a fim de fazer uma análise crítica das condições de
segurança da construção do Edifício Athenas.
Durante a visita ao canteiro de obra, foram anotados pontos importantes
para a análise realizada neste relatório.
Após a visita ao canteiro de obras, foi realizada uma pesquisa sobre a
Kopp Construções utilizando-se do recurso da internet. O uso desta ferramenta
também foi utilizado na pesquisa das novas tecnologias aplicadas na
construção do Edifício Athenas.
4. 4. Análise de Dados
Durante a análise de dados, o presente relatório divide e enumera todos
os pontos pesquisados.
4.1 Kopp Construções
A Kopp é uma empresa de tecnologia que une qualidade e criatividade
para desenvolver produtos de última geração que venham a contribuir para a
qualidade de vida das pessoas.
4.2 Edifício Athenas
Desde o início da obra, o Residencial-Comercial Athenas tem chamado a
atenção da comunidade. Ele esta sendo erguido sem tijolos e sem a
necessidade de reboco, em um processo idealizado pelo empresário Eliseu
Kopp junto com o setor de engenharia da Kopp Tecnologia, de Vera Cruz.
Conforme senhor Cristhian, estagiário em engenharia civil da Kopp
Construções, o andar térreo terá 10 lojas, com diversos tamanhos. Neste
momento, já foram concluídas sete lojas, ficando as demais para o final do
empreendimento.
Estão prontos os dois andares com garagens, acima do térreo. A partir
daí, serão mais 11 andares, estando atualmente construindo o sétimo
pavimento, com 64 apartamentos residenciais. A previsão é de que estejam
prontos em dezembro do próximo ano.
Cristhian informou que a Kopp possui outros planos no setor de
construção em Santa Cruz. Em breve, deve ser anunciado um novo
empreendimento. “Estamos desenvolvendo projetos com qualidade e custo
muito competitivo.”
Redução de perdas.
O edifício Athenas, projetado no estilo neoclássico, está sendo erguido
com o uso do concreto celular, um sistema bastante utilizado na Europa. O seu
emprego exigiu a formação de pessoal e a implantação de espaços especiais
de trabalho na empresa.
Por iniciativa de Eliseu Kopp, a empresa criou sua concreteira e produz
as fôrmas que dão origem às peças necessárias à obra. Dessa maneira, as
5. paredes saem pré-acabadas e não necessitam de reboco, mas apenas de
pequenos acabamentos antes de serem pintadas.
O sistema permite a criação de adornos, desenhos e detalhes próprios
em cada peça, o que contribuiu para que o prédio seja diferenciado. Os dutos
por onde vão correr as redes elétricas e hidráulicas também são projetados nas
peças de concreto, o que evita cortes nas paredes.
De acordo com o estagiário, o uso do concreto celular dá agilidade à
obra, pois evita algumas etapas, como a do reboco. Além disso, reduz em
muito as perdas de material (em cerca de 7% no total, segundo Cristhian), a
geração de entulhos e uso de madeirame, o que torna a obra ambientalmente
mais correta.
Foto da construção do Edifício Athenas em maio de 2010.
6. 4.3 Reportagem na Gazeta do Sul - 02/05/2009 Portal Via.
Um edifício sem tijolo no Centro de Santa Cruz
Em meio ao período de expansão imobiliária que atravessa Santa Cruz
do Sul, a construção de um edifício de 14 andares em pleno Centro poderia
passar despercebida não fosse um detalhe: não há tijolos na obra. Do primeiro
ao último pavimento, o prédio em estilo neoclássico que toma forma na esquina
da Avenida do Imigrante com a Rua Guilherme Hackbart, com salas comerciais
no térreo e apartamentos voltados para a classe média, será todo erguido com
o uso de concreto celular.
Comum na Europa e utilizado no Brasil há dez anos, porém de forma
muito tímida, o produto está sendo pesquisado, adaptado e aplicado pela Kopp,
de Vera Cruz, que atua nas áreas de tecnologia e construção civil. Proprietário
da empresa e principal incentivador do uso do concreto celular, assunto que
vem estudando há 15 anos, Eliseu Kopp salienta que a tecnologia é
ecologicamente correta. “Ela dispensa o uso de tijolos e madeirame, agiliza a
obra, torna o acabamento mais prático e ainda garante maior conforto térmico e
acústico ao imóvel depois de pronto”, destacou, assegurando que o custo fica
dentro da média de uma construção tradicional.
Feito a partir de areia comum e cimento, o concreto celular toma forma
na obra. A própria empresa desenvolveu a concreteira, equipamento
responsável pela transformação. Aos ingredientes tradicionais é acrescido o
espumígeno, produto biodegradável importado da Itália que tem entre seus
componentes chifres e patas de bovinos. Semelhante a um xarope
concentrado, cada litro de espumígeno gera aproximadamente 500 litros de
uma espuma densa, semelhante à dos cremes de barbear.
Mais resistente.
Misturada ao cimento, a espuma é o que acaba dando origem ao
concreto celular. Também conhecido como concreto de densidade controlada,
é mais leve e tem alta resistência. A dosagem é feita de acordo com a
quantidade de matéria-prima utilizada. Depois de pronto o concreto fica aerado,
ou seja, com pequenas bolhas de ar. Segundo Kopp, apresenta resistência de
400 quilos por centímetro quadrado, enquanto o tijolo maciço com argamassa
tem resistência de 100 quilos por centímetro quadrado e, o tijolo de seis furos,
de até três quilos por centímetro quadrado.
7. Depois de pronto, o concreto celular é aplicado por meio de fôrmas. A
obra é limpa e avança rapidamente. “Pelo sistema convencional de construção
seria praticamente impossível dar ao prédio todos os detalhes do estilo
neoclássico que ele terá. Com o uso do concreto celular nos valemos de
fôrmas com o desenho e o estilo que o projeto exigir”, destacou Kopp,
revelando que seu objetivo a partir do edifício do Centro de Santa Cruz é
contribuir para a difusão da tecnologia. “É preciso avançar. Hoje se ergue uma
parede do mesmo jeito que se erguia há cem anos. É como se, comparando
com o automobilismo, estivéssemos ainda na época dos carros artesanais”,
disse.
Detalhe do estilo neoclássico feito com concreto celular
A meta de Kopp é ousada. Cada prédio que ele erguer com o uso de
concreto celular terá que dar origem a pelo menos outros dois. Para isso, a
empresa investe na qualificação da mão de obra. Operários preparados fazem
a diferença. “A tecnologia exige qualificação contínua. Dá mais segurança e
conforto a quem trabalha na obra”, salienta. O resultado, garante, é mais
qualidade de vida tanto para quem trabalha na construção quanto para quem
irá morar no imóvel.
Saiba mais.
Para erguer um edifício com o uso da nova tecnologia, a Kopp precisou
inclusive ter seu espaço físico ampliado. Embora o concreto celular seja feito
na obra, é da empresa que saem os moldes e fôrmas. Junto funciona também
o setor de desenvolvimento de projetos, onde trabalham os engenheiros, e uma
espécie de laboratório que tenta aprimorar a tecnologia. Veja como funciona:
1 Desenvolvidas no computador, as matrizes são feitas em MDF ou
E.V.A. em equipamentos de alta precisão.
8. Formas de concreto celular sendo fabricadas.
2 De formas e tamanhos variáveis, os moldes (como os das marquises,
por exemplo) são feitos em um sistema que lembra o da fabricação de móveis.
3 Prontos, são levados para a obra em um caminhão equipado com
guincho ou então dando origem às peças de concreto celular na própria
empresa.
4 Para fazer o material é utilizada areia, concreto, espumígeno e
aditivos. A mistura é feita em uma concreteira, que recebe os materiais
dosados por computador de acordo com a necessidade.
5 Como saem semiacabadas, as peças acabam exigindo um trabalho
menor de finalização. Enquanto uma parede de alvenaria precisa ser rebocada,
por exemplo, neste caso basta um retoque com massa corrida para que esteja
pronta para a pintura.
6 Assim como marquises e adornos, paredes e vigas também são feitas
com o uso de formas. O concreto celular é injetado dentro delas, já com as
tubulações de água e esperas para luz e telefone. Assim, se elimina o trabalho
de erguer uma parede e depois ter que voltar e quebrá-la para a instalação de
canos e canaletas. É uma etapa a menos na construção.
9. 4.4 Pressurização de Escadas de Incêndio
Conforme as informações obtidas na visita ao canteiro de obras do
Edifício Athenas, verificou-se a presença de uma tecnologia à segurança de
incêndios chamada “pressurização de escadas”, portanto, realizei uma
pesquisa para entender melhor sobre tal tecnologia importante para o
profissional em Segurança do Trabalho.
1. Objetivo:
A pressurização de escadas de edifícios tem o objetivo de manter o
ambiente livre de fumaça e gases tóxicos. Em caso de incêndio, a fumaça é o
maior perigo, pois causa asfixia e pânico, dificultando as ações de segurança
pessoal. Portanto, deve ser o principal fator a ser considerado para evitar
intoxicação e morte.
2. Funcionamento de Pressurização de Escada de Incêndio.
Poderemos elaborar um sistema simples ou Automatizado, sendo que a
Arcinco, através deste Trabalho poderá proporcionar um período de duas horas
para que os ocupantes do prédio saiam em segurança, em casos de
emergência, sendo importante destacar que o sistema deve ser submetido a
manutenções preventivas, visando garantir de que o sistema funcione quando
necessário.
3. Implantação de escada pressurizada.
Muitas vezes o sistema de pressurização não requer grandes obras nas
escadas já existentes e, nos prédios em construção, eliminando a necessidade
de fazer antecâmaras, diminuindo a área construída, como prevê a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em sua norma NBR - 9077/93,
lembrando que cada caso é analisado separadamente.
A pressurização já é exigida em São Paulo, e aceita no Rio de Janeiro,
pelo decreto 897/76 e pela portaria 0156/2000 do Corpo de Bombeiros.
10. 4. Em que consiste um sistema de Pressurização de Escada
de Incêndio?
O sistema consiste em aplicar pressão positiva através de um exaustor
no interior da escada enclausurada por meio de dutos. No caso de incêndio no
prédio, o detector de fumaça (ou acionamento manual da portaria) ativa o
exaustor que começa o trabalho de insuflar ar nas escadas, alcançando uma
pressão de 50 Pa. Com esse diferencial de pressão a fumaça não penetra nas
escadas, o que assegura a desocupação do prédio com total segurança.
5. O que é a Pressurização de Escada de Incêndio?
Trata-se de um sistema de controle mecânico do movimento da fumaça
que pressuriza escadas de prédios, garantindo um ambiente livre de fumaça,
em caso de incêndio. Esse sistema também permite que os soldados do Corpo
de Bombeiros tenham melhores condições de combater o fogo no edifício.
6. Economia de espaço.
Vamos avaliar o espaço atualmente ocupado em um edifício de 19
andares pela escada enclausurada à prova de fumaça exigida pela NBR
9077/93:
Vão entre os lances de escadas de 0,20m2, totalizando 3,8m;
Antecâmara com comprimento mínimo de 1,80m;
Dois dutos de ventilação, um de entrada e um de saída de ar;
Área interna de cada duto de entrada e saída de ar com 2,10m2,
ou seja, área mínima de dutos, considerando as paredes, 6,45m2;
A área da antecâmara, na melhor condição dos dois dutos, ou
seja, um de frente para o outro, seria de 2,25m2 e na pior condição, um ao
lado do outro, de 4,35m2
A soma dessas áreas representa a necessidade, em cada andar,
de 8,95 m2, na melhor das hipóteses, e de 10,95 m2, na pior condição,
resultando em uma área total, na melhor condição, de aproximadamente
165 m2 e na pior condição, de 208 m2.
Se fizermos a comparação com uma escada pressurizada no
mesmo edifício de 19 andares, precisamos apenas instalar no interior dessa
escada um duto (de metal ou alvenaria) de, em média, meio metro
11. quadrado. Esse duto, nos 19 pavimentos, ocupará uma área de, no
máximo, 12 m2 em vez dos 208 m2 necessários para a construção da
escada enclausurada à prova de fumaça.
7. Redução de custo.
Nesse edifício residencial usado como exemplo, a perda hoje de uma
área de mais de 200 m2 significa que menos dois apartamentos de 100 m2
cada puderam ser construídos. Vale lembrar que um sistema de pressurização
bem projetado considerando-se o grupo moto - ventilador, as interligações
elétricas e do sistema de detecção apresenta boa relação Custo/Benefício.
É preciso salientar também que, ainda no caso de um prédio de 19
andares, a pressurização da escada significa que deixarão de ser necessárias
19 portas corta-fogo P-60 e 19 pontos de iluminação de emergência nas
antecâmaras.
Isso resulta em custo menor também do sistema de iluminação, que
exigirá uma central de menor potência, com menos circuitos para alimentação.
12. 4.5 Concreto celular
Concreto celular é um tipo de concreto produzido através da mistura de
cimento, cal e areia (componentes comuns da argamassa) com pó de alumínio
que, através de cura, se expande formando poros. O resultado é um material
de construção leve que pode ser usado em vedações verticais, como
alternativa para reduzir a geração de entulho e o desperdício de material em
geral e para um desempenho melhor com relação a conforto acústico e
conforto térmico. Na verdade, é uma argamassa a qual são introduzidas micro-
bolhas de ar, através de espuma líquida que são geradas por um equipamento
próprio gerador de espuma. As densidades variam de 600 a 1800 kg/m³.
Devido à porosidade, sua aplicação não é aconselhável em concretos
estruturais.
Geralmente é usado em enchimentos e regularização de lajes. Nos
casos de enchimentos, onde não haverá acesso de pessoas ou qualquer
esforço mecânico poderá ser utilizado o concreto celular até a densidade de
1100 kg/m³. Densidades de 1200 a 1800 kg/m³ já possuem alguma resistência
mecânica (2,0 a 7,0 MPas), o suficiente para o suporte de pessoas e objetos,
normalmente utilizado para regularização de lajes, sem incrementar muita
sobrecarga nas estruturas. Poderá ser utilizado, também, em paredes
estruturais, proteção para impermeabilização, câmaras frigoríficas, etc., sendo
um excelente isolante térmico.
13. 4.6 Análise Crítica
A análise crítica será fundamentada em fotos e sempre enquadradas na
Norma Regulamentadora 18, que define os parâmetros de segurança para a
construção civil.
Vista do canteiro de obra do Edifício
Athenas.
Quadro com EPI’s obrigatórios para a visitação ao canteiro de obra
sinalizado com uma placa de advertência, conforme a NR18.27.1. f) alertar
quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada,
com a devida sinalização e advertência próximas ao local de trabalho.
14. Alvará de licença expedido pela
Prefeitura Municipal de Santa Cruz
do Sul, autorizando a obra.
Usina de concreto celular localizada
dentro da obra. Nota-se que não há
uma identificação ou um isolamento
da área o que pode aumentar o
risco no ambiente de trabalho.
Miada de arame no chão, podendo
ocasionar uma queda, o que quase
aconteceu comigo, pois acabei me
enroscando neste arame.
15. Extintor de incêndio devidamente
sinalizado e desobstruído, conforme
a NR 23.
Caixa de força da grua.
Percebe-se que a caixa está aberta,
sem a sinalização devida e com
fiação para fora e pelo chão. Ao
lado, uma escada que, dependendo
da situação, pode obstruir a acesso
à caixa de força.
Na figura 2 e 3, fica evidente o piso
molhado, gerando assim um risco
de eletrocução ou queda do
trabalhador.
16. Refeitório do canteiro de obra, limpo
organizado, ventilado e bem
iluminado, com área de higiene
pessoal conforme NR 24.
Pratos, copos e talheres em cima da
mesa. Apesar de estarem limpos,
estão expostos a poeira.
17. Vestiário com armários individuais.
Isolamento nas áreas com risco de
queda, de acordo com a NR18.13.1
É obrigatório a instalação de
proteção coletiva onde houver risco
de queda de trabalhadores ou
projeção de materiais.
18. Porém um simples prego 12x12 não
garante a devida segurança no caso
de queda de um trabalhador.
Fotos que expressam que não basta
ter a tela de proteção, é preciso
usá-la de maneira correta.
19. Andaime com guarda corpo e tela
protetora.
NR18.13.1 É obrigatório a
instalação de proteção coletiva onde
houver risco de queda de
trabalhadores ou projeção de
materiais.
Plataforma de proteção, de acordo
com a NR18.13.6. Em toto o
perímetro da construção com mais
de 4 (quatro) pavimentos ou altura
equivalente, é obrigatória a
instalação de uma plataforma
principal de proteção na altura da
primeira laje que esteja, no mínimo,
um pé direito acima do nível do
terreno.
Escoras metálicas para a
sustentação das lajes de concreto
armado, substituindo as escoras de
madeira, eliminando assim resíduos
da obra.
20. Mangueira colocada numa via de
circulação, logo após uma rampa,
podendo ocasionar a queda do
trabalhador.
Equipamentos de Proteção
Individual e ferramenta de mão
deixadas no local de trabalho.
Caixa de força sem a devida
sinalização e aberta. Nota-se que
no dia da visita estava chovendo e a
caixa na foto esta próxima a um
guarda-corpo, o que facilita este
circuito elétrico ser molhado
provocando uma descarga em
quem se aproximasse.
21. Furadeira vertical com a bancada
suja com maravalhas de aço, o que
se torna um objeto pérfuro-cortante,
podendo ocasionar um acidente de
trabalho.
Extintor de incêndio não sinalizado
e obstruído.
Serra circular sem proteção de
respingos de resíduos.
Sujeira no ambiente de trabalho.
22. Pontas de vergalhões no sentido
vertical devidamente protegidas
com ponteiras.
NR 18.8.5. É proibida a existência
de pontas verticais de vergalhões
de aço desprotegidas.
Ferramentas de trabalho deixado às
intempéries. Nota-se também, que
não existe uma passarela de
pranchas para a locomoção dos
trabalhadores sobre a armação de
aço.
NR 18.8.4. É obrigatória a
colocação de pranchas de madeiras
firmemente apoiadas sobre as
armações nas fôrmas, para a
circulação de operários.
23. 5. Conclusão
Conforme o levantamento de dados obtidos durante a visita ao canteiro
de obras do Edifício Athenas, da Kopp Construtora, e a pesquisa
posteriormente realizada, pude verificar que a empresa responsável pela
construção da obra prioriza uma atividade limpa, segura e com
responsabilidade ambiental, trazendo tecnologias inovadoras e um
comprometimento para com a qualidade de vida para seus funcionários.
É louvável a visão do empresário Eliseu Kopp em não gerar resíduos,
dentro do ramo econômico que é o maior gerador de resíduos no mundo, pois
segundo pesquisas, para cada casa que se constrói, é gasto material para se
construir 3 casas do mesmo tamanho. A preocupação com a segurança dos
colaboradores e com os futuros inquilinos do Edifício Athenas ficou evidente
durante a visita, pois no canteiro de obra encontramos instalações de higiene
pessoal em perfeitas condições, bem como o refeitório e vestiário. A tecnologia
de pressurização de escadas durante incêndio é uma inovação dentro do ramo
da construção civil em Santa Cruz do Sul, assegurando assim um plano sólido
de evacuação em caso de sinistro.
Porém, na área de segurança ocupacional, nota-se que ainda existem
trabalhadores que burlam o sistema de segurança, pondo em risco sua própria
saúde, pois, de acordo com a análise crítica realizada, percebemos inúmeras
falhas que, na sua maioria, ocasionada pelo próprio colaborador. Sabe-se que
o profissional da construção civil tem (por tradição, condições sociais ou
experiências) certa relutância quanto aos métodos preventivos de acidentes do
trabalho, devendo o profissional em segurança e saúde ocupacional trabalhar
na conscientização de tais colaboradores, a fim de que eles percebam que o
melhor trabalho é o trabalho seguro. Contudo, a Kopp Construtora estabelece
um padrão de segurança a seus funcionários quando segue políticas
estabelecidas nas Normas Regulamentadoras, adotando dispositivos de
segurança e uma política de higiene ambiental e pessoal.
Acredito que consegui identificar os termos do vocabulário da disciplina
de Desenho Técnico durante a visitação e a construção desde relatório de
saída de campo, isso nota-se durante a leitura do presente relatório.
A experiência da saída de campo para a minha formação profissional foi
de fundamental importância, pois percebi que mesmo com toda uma tecnologia
24. inovadora e a preocupação com a qualidade de vida dos trabalhadores, sempre
deixamos escapar algo, um detalhe, que num determinado momento pode vir a
ocasionar um acidente ou um evento não programado na lida diária. Levo
comigo a certeza de que não basta aplicarmos todo nosso conhecimento em
saúde e segurança ocupacional num determinado local. Para termos um
sucesso é preciso trabalhar as pessoas que fazem desse local seu ambiente
de trabalho e realização, financeira ou pessoal.
25. 6. Bibliografia
UM edifício sem tijolos no centro de Santa cruz. Gazeta do Sul, Santa
Cruz do Sul, 02 mai. 2009 Portal Via.
AVCB – Segurança Contra Incêndios – Pressurização de escada de
incêndio
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BRASIL, Normas Regulamentadoras. Segurança e Medicina do
Trabalho. Editora Saraiva – 5ª Ed. 2010.
CONCRETO celular, Wikipédia enciclopédia livre.
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setembro de 2010.