3. OBJETIVOS
1 Refletir sobre a alteridade e o respeito às
diferenças, reconhecendo o direito a liberdade
de expressão religiosa do outro.
2 Conhecer a espiritualidade presente nas
tradições religiosas, identificando-as como
métodos e práticas de relação com o sagrado.
4. CONTEÚDOS
• Alteridade:
• - A valorização de si mesmo e do outro.
• - As pessoas e suas diferentes crenças.
• - a diversidade das opções religiosas.
• - Valores éticos que aproximam as pessoas de diferentes religiões.
• Espiritualidade.
• - As práticas religiosas no cotidiano das pessoas.
• - Espiritualidade presente nas tradições religiosas.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Verificar se o estudante:
- Reconhece o outro, vivenciando o respeito às
diferenças religiosas no convívio social.
Verificar se o estudante:
- Reconhece a espiritualidade presente nas tradições
religiosas, analisando-as enquanto métodos para
relacionar-se com o sagrado.
6. Sequencia DIDÁTICA
1º pesquisa:
Foi sugerido aos alunos que, com o auxílio dos netbooks
(projeto UCA), fizessem uma pesquisa sobre a África:
cultura, língua, localização, etc.
2º utilizando os dados coletados:
Após a pesquisa, as crianças usaram os dados
coletados para observar a presença de
características da cultura africana dentro de nossa
7. 3º observando imagens:
As crianças recolheram (de diferentes fontes) imagens
sobre a cultura africana no Brasil e fizeram
observações a fim de distinguir o que era cultural e o
que era religioso.
8. 4º filme:
Assistimos ao filme “Kiriku e a feiticeira” – animação.
O filme mostra como, possivelmente, viveria
(antigamente) uma comunidade na África.
9. 5º documentário:
Candomblé – religião de resistência.
O documentário é curto e, nos mostra parte do
fenômeno religioso afro-brasileiro com linguagem
simples.
10. 6º leitura:
O mito de nascimento de um rio
O texto lido, apresenta de forma mitológica, o nascimento de
um rio segundo a tradição candomblecista. Durante o texto
aparecem diferentes orixás e suas representações na
natureza.
11. O nascimento de um rio
Na África contou-se a seguinte história,
escutem bem meus amigos, nela há muita
sabedoria. Muita gente acredita que a
água brota da terra, mas não vê o que
acontece antes disso. Preparem-se, que
agora vou lhes contar tudo:
12. Primeiro o nosso Deus, OLORUM, utilizando o calor do sol,
aquece as águas dos lagos e oceanos. Então, o belo
OXUMARÉ, com seu arco-íris, leva todo esse vapor que
emana das águas aquecidas para as nuvens.
13. XANGÔ, com sua força, anuncia,
por meio de seu trovão que a
impetuosa IANSÃ está juntando
as nuvens com seu vento
mágico, que ela faz surgir toda
vez que balança suas saias.
Quando as nuvens estão todas
arrumadas, XANGÔ lança sobre
a terra o EDUM-ARÁ, uma pedra
de raio. Desse modo ele avisa à
terra, conhecida como ODUDUA,
que prepare seu ventre, pois a
chuva virá em breve
14. Agora a grande maravilha está para acontecer: a chuva cai, reunindo
em si todas essas forças, e tão grandiosa e plena ela é, que alimenta a
terra e todos os seus seres. ODUDUA acolhe toda a água da chuva, e
então, em seu interior, se forma um enorme lago cheio de energia,
cheio de AXÉ.
15. O parto aconte e
ODUDUA dá à luz o rio,
OXUM, que, brotando de
seu interior, desliza por
toda a terra, nutrindo-a,
refrescando-a e levando
a todos os seres a
possibilidade da vida.
Depois de um certo
tempo, tudo isso
acontecerá novamente,
e assim será por todos
os tempos...
16. 7º produção de maquetes:
As maquetes foram construídas de forma coletiva
(uma por turma) com desenhos produzidos pelas
crianças.
20. 10º palestra:
Um dos alunos, Bruno, se dispôs a trazer seus fios de contas e sua
faixa de Ogum para mostrar aos colegas e explicar mais sobre sua
religião.
21. MATERIAIS E RECURSOS DIDÁTICOS
-
Netbooks com acesso à internet;
Textos, gráficos e fotos;
Filme de animação;
Documentário;
Contas;
Barbante;
Papel cartão, cartolina, tesoura, cola, lápis de cor, etc.
22. RESULTADOS
As crianças e suas famílias passaram a conhecer
e respeitar mais as religiões de matriz
africana. Grande parte do preconceito se deve à
ignorância e, este trabalho trouxe luz à toda a
comunidade escolar.
Fizemos, ao final da sequencia didática, uma
exposição com os materiais produzidos e usados
nas aulas:
23.
24. Para minha surpresa, no dia em que montava a exposição, o
pintor (que fazia reparos na escola) ficou me observando
e, depois, pediu que eu explicasse como foram as aulas e
como as crianças receberam este conteúdo. Ele é
umbandista e sofre muito preconceito por isso.
Uma coisa interessante a se colocar é que, antes da sequencia
didática, apenas uma família havia colocado na
entrevista (realizada no início do ano) que era
candomblecista. Ao término do trabalho cinco famílias já
assumiram sua religião pois viram que não é necessário
esconder.
25. REFERÊNCIAS
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Plano curricular: Diretrizes para as escolas municipais. Curitiba, 1977.
_________. Políticas de educação para o município de Curitiba. Curitiba, 1983 (digitado)
BRASIL. Diretrizes curriculares de ensino religioso. Curitiba: Secretaria de Estado de Educação,
2006.
Kirikú e a feiticeira [gravação de vídeo] / direção Michel Ocelot. -- [Paris] : IMOVISION,
2001. -- 1 vídeo-disco (71 min.) : son., color. ; 4 3/4 pol.
Candomblé, religião de resistência. http://www.youtube.com/watch?v=BZE4zKyGXaE&hd=1
ANTONIO, Luiz. Minhas contas. São Paulo, CosacNaify, 2008.
http://www.youtube.com/watch?v=jLP18s6x8_k
http://www.inzotumbansi.org
http://quatrocantosdomundo.wordpress.com/2012/05/27/as-lendas-da-baobab-africa/
Alteridade, culturas & tradições - atividades do Ensino Religioso para o Ensino Fundamental
http://www.mundoislamico.com
http://romarioevangelista.blogspot.com.br
http://www.pessegadoro.com/2013/10/deuses-africanos-retratados-em-incrivel.html
26. “ Se Deus é um só em
todas as religiões,
por que as pessoas se
preocupam com o jeito
com que os outros
amam esse Deus? (...)
Todo mundo tem o
direito de ter a sua
religião. De usar um
crucifixo, um quipá,
um turbante, um
manto colorido ou fios
de contas.” Luiz