3. O que é o projeto político-
pedagógico?
No sentido etimológico, o
termo projeto vem do latim
projectu, particípio passado do
verbo projicere, que significa
lançar diante.
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5. Em nossos projetos
expomos nossa
intenção de fazer, de
realizar. Antevemos um
futuro diferente do
presente. Prof. Kaio Maluf – kaiomaluf@gmail.com
6. Todo projeto supõe rupturas com o presente e
promessas para o futuro. Projetar significa
tentar quebrar um estado confortável para
arriscar-se, atravessar um período de
instabilidade e buscar uma nova estabilidade
em função da promessa que cada projeto
contém de estado melhor do que o presente.
Um projeto educativo pode ser tomado como
promessa frente a determinadas rupturas. As
promessas tornam visíveis os campos de ação
possível, comprometendo seus atores e autores
(GADOTTI, 1994. p. 579).
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7. O projeto político-pedagógico
vai além de um simples
agrupamento de planos de
ensino e de atividades diversas.
Ele é construído e vivenciado
em todos os momentos, por
todos os envolvidos com o
processo educativo da escola.
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8. O projeto político-pedagógico
assume duas dimensões:
Política no sentido de
compromisso com a formação
do cidadão para um tipo de
sociedade.
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9. O projeto político-pedagógico
assume duas dimensões:
Pedagógico no sentido de
definir as ações educativas e as
características necessárias às
escolas de cumprirem seus
propósitos e sua
intencionalidade.
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10. O projeto político-pedagógico é
um processo permanente de
reflexão e discussão dos
problemas da escola, na busca de
alternativas viáveis à efetivação de
sua intencionalidade, que não é
descritiva ou constatativa, mas é
constitutiva.
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11. O projeto político-pedagógico
também deve propiciar a vivência
democrática necessária para a
participação de todos os membros
da comunidade escolar e o
exercício da cidadania.
Política ↔ Pedagógica
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12. O projeto político-pedagógico objetiva
realizar um trabalho que supere os
conflitos, buscando eliminar as relações
competitivas, corporais e autoritárias,
rompendo com a rotina do mando
impessoal e racionalizado da burocracia
que permeia as relações no interior da
escola, diminuindo os efeitos
fragmentários da divisão do trabalho que
reforça as diferenças e hierarquiza os
poderes de decisão.
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14. O projeto político-pedagógico
trabalha em dois níveis:
1. Organização da escola como um
todo;
Global
2. Organização da sala de aula,
incluindo sua relação com o
contexto social imediato,
procurando preservar a visão de
totalidade.
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15. A principal possibilidade de
construção do projeto
político-pedagógico passa
pela relativa autonomia da
escola, de sua capacidade de
delinear sua própria
identidade.
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16. A escola é, assim,
espaço público, lugar
de debate, do
diálogo, fundado na
reflexão coletiva...
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17. Toda construção do projeto
político-pedagógico deve ser
alicerçada em uma prática
social que esteja
compromissada em solucionar
os problemas da educação e
do ensino de nossa escola.
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18. As novas formas têm que ser
pensadas em um contexto de luta,
de correlações de força – às vezes
desfavoráveis. Terão que nascer no
próprio “chão da escola”, com apoio
dos professores e pesquisadores.
Não poderão ser inventadas por
alguém, longe da escola e da luta da
escola (FREITAS, 1991. p. 23).
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19. Se a escola nutre-se da vivência
cotidiana de cada um de seus
membros, coparticipantes de sua
organização do trabalho pedagógico à
administração central, seja MEC, SEE,
SME, não compete a eles definir um
modelo pronto e acabado, mas sim
estimular inovações e coordenar as
ações pedagógicas planejadas e
organizadas pela própria Kaio Maluf – kaiomaluf@gmail.com
Prof.
escola.
20. A construção do Projeto Político-
Pedagógico somente será efetiva
quando se propiciar situações que
permitam a todo pessoal da escola
(professores, equipe escolar e
funcionários) a aprender a pensar
e a realizar o fazer pedagógico de
forma coerente.
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21. Princípios norteadores do PPP:
Igualdade de condições para
acesso e permanência na
escola; mesmo que tenhamos
desigualdade no ponto de
partida temos que tê-la na
chegada.
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22. Princípios norteadores do PPP:
Igualdade de oportunidades
que requer, portanto, mais que
a expansão quantitativa de
ofertas; requer ampliação do
atendimento com simultânea
manutenção de qualidade.
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23. Princípios norteadores do PPP:
Qualidade que não pode
ser privilégio de minorias
econômicas e sociais:
para todos.
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24. Princípios norteadores do PPP:
Qualidade: Formal ou
Técnica ↔ Política
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25. Princípios norteadores do PPP:
Qualidade: Formal ou
Técnica ↔ Política
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26. Princípios norteadores do PPP:
Qualidade: Formal ou
Técnica (instrumentos e
os métodos) ↔ Política
(participação).
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27. Princípios norteadores do PPP:
Qualidade: A
escola de
qualidade tem a
obrigação de evitar de
todas as maneiras
possíveis repetências e a
evasão. Prof. Kaio Maluf – kaiomaluf@gmail.com
28. O PPP, ao mesmo tempo em
que exige dos educadores,
funcionários, alunos e pais a
definição clara do tipo de escola
que intentam, requer a
definição de fins: tipo de
sociedade e o tipo de cidadão a
serem formados na escola.
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29.
30. Princípios norteadores do PPP:
Gestão democrática é um
princípio consagrado pela
Constituição Federal e
abrange as dimensões
pedagógicas, administrativa
e financeira.
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31. Princípios norteadores do PPP:
Gestão democrática exige a
compreensão em
profundidade dos problemas
postos pela prática
pedagógica.
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32. Princípios norteadores do PPP:
Gestão democrática implica
o repensar da estrutura de
poder da escola, tendo em
vista a socialização.
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36. Poderes da socialização:
Autonomia
x
Dependência dos
autores de leis
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37. Princípios norteadores do PPP:
Gestão democrática, para Marques (1990, p. 21):
A participação ampla assegura a
transparência das decisões, fortalece
as pressões para que sejam elas
legítimas, garante o controle sobre os
acordos estabelecidos e, sobretudo,
contribui para que sejam
contempladas questões que de outra
forma não entrariam em cogitação.
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39. Princípios norteadores do PPP:
Autonomia e liberdade
fazem parte da própria
natureza do ato
pedagógico.
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40. Princípios norteadores do PPP:
Liberdade na escola deve ser
pensada na relação entre
administradores, professores,
funcionários, alunos que aí
assumem sua parte de
responsabilidade na construção do
PPP e na relação com o contexto
social.
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41. Princípios norteadores do PPP:
Liberdade deve ser
considerada, também como
liberdade para aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar a
arte e saber direcionados para
uma intencionalidade definida
coletivamente.
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42. Princípios norteadores do PPP:
Valorização do magistério: formação
(inicial e continuada), condições de
trabalho (recursos didáticos, recursos
físicos e materiais, dedicação integral à
escola, redução do número de alunos
na sala de aula, etc.), remuneração e
outros elementos essenciais.
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43. Princípios norteadores do PPP:
Valorização do magistério
Caminho: articulação entre
instituições formadoras.
Indissociabilidade entre a
formação inicial e a
formação continuada.
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44. Princípios norteadores do PPP:
Valorização do magistério
“valorizar a experiência e o
conhecimento que os
professores têm a partir de
sua prática pedagógica” (Veiga e
Carvalho, 1994. p. 51).
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45. Princípios norteadores do PPP:
Valorização do magistério
A formação continuada deve
fazer parte do PPP:
a) proceder ao levantamento de
necessidades de formação
continuada de seus
profissionais.
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46. Princípios norteadores do PPP:
Valorização do magistério
A formação continuada deve fazer
parte do PPP:
b) elaborar seu programa de formação,
contando com a participação e o apoio
dos órgãos centrais, no sentido de
fortalecer seu papel na concepção, na
execução e na avaliação do referido
programa.
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47. Princípios norteadores do PPP:
Valorização do magistério
“O grande desafio da escola, ao
construir sua autonomia, deixando de
lado seu papel de mera repetidora de
programas de treinamento, é ousar
assumir o papel predominante na
formação dos profissionais” (Veiga e
Carvalho, 1994. p. 50).
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48. Princípios norteadores do PPP:
Valorização do magistério
É preciso ter consciência de que a
dominação no interior da escola efetiva-se
por meio das relações de poder que se
expressam nas práticas autoritárias e
conservadoras dos diferentes profissionais,
distribuídos hierarquicamente, bem como
as formas de controle existentes no interior
da escola.
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49. Construindo o Projeto Político
Pedagógico
7 elementos básicos:
Finalidades da escola
Estrutura organizacional
Currículo
Tempo escolar
Processo de decisão
Relações de trabalho
Avaliação
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50. Finalidades (perguntas básicas)
1. Das finalidades estabelecidas na
legislação em vigor, o que a escola
persegue, com maior ou menor
ênfase?
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51. Finalidades (perguntas básicas)
2. Como é perseguida sua finalidade
cultural, ou seja, a de preparar
culturalmente os indivíduos para
uma melhor compreensão da
sociedade em que vivem?
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52. Finalidades (perguntas básicas)
3. Como a escola procura atingir sua
finalidade política e social, ao
formar indivíduos para a
participação política que implica
direitos e deveres da cidadania?
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53. Finalidades (perguntas básicas)
4. Como a escola atinge sua
finalidade de formação profissional,
ou melhor, como ela possibilita a
compreensão do papel do trabalho
na formação profissional do aluno?
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54. Finalidades (perguntas básicas)
5. Como a escola analisa sua
finalidade humanística, ao procurar
promover o desenvolvimento
integral da pessoa?
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55. Finalidades
É necessário decidir,
coletivamente, o que se
quer reforçar dentro da
escola e como detalhar as
finalidades para se atingir a
almejada cidadania.
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56. Finalidades
“Interessará reter se as finalidades
são impostas por entidades
exteriores ou se são definidas no
interior do ‘território social’ e se
são definidas por consenso ou por
conflito ou até se é matéria
ambígua, imprecisa ou marginal”
(Alves, 1992. p. 15).
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57. Finalidades
Para ser autônoma, a escola
não pode depender dos
órgãos centrais e
intermediários que definem
a política da qual ela não
passa de executora.
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60. Estrutura organizacional
administrativa:
elementos que têm forma material –
arquitetura do edifício, equipamentos
e materiais didáticos, mobiliário,
distribuição das dependências
escolares e espaços livres, cores,
limpeza e saneamento básico (água,
esgoto, lixo e energia elétrica).
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70. Currículo
é a interação entre
sujeitos que têm um
mesmo objetivo e a opção
por um referencial teórico
que o sustente.
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73. Currículo
Não podemos perder de vista
que o conhecimento escolar é
dinâmico e não uma mera
simplificação do conhecimento
científico, que se adequaria à
faixa etária e aos interesses dos
alunos. Prof. Kaio Maluf – kaiomaluf@gmail.com
74. Currículo (pontos básicos)
1. o currículo não é um
instrumento neutro. Ideologia
que precisa ser desvelada pela
escola para evitar a
manutenção da dominação
expressa pela manutenção de
privilégios. Prof. Kaio Maluf – kaiomaluf@gmail.com
75. Currículo (pontos básicos)
2. o currículo não pode ser
separado do contexto social,
uma vez que ele é
historicamente situado e
culturalmente determinado.
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76. Currículo (pontos básicos)
3. tipo de organização do
currículo para diminuir o
abismo existentes entre as
diferentes disciplinas quando o
currículo é tratado de maneira
hierárquica e fragmentária.
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77. Currículo (pontos básicos)
4. controle social através do
currículo formal: conteúdos
curriculares, metodologia e
recursos de ensino, avaliação e
relação pedagógica.
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78. Currículo (pontos básicos)
4. controle social através do
currículo formal: conteúdos
curriculares, metodologia e
recursos de ensino, avaliação e
relação pedagógica.
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79. Currículo
“o contexto apropriado ao
desenvolvimento de práticas curriculares
que favoreçam o bom rendimento e a
autonomia dos estudantes e, em particular,
que reduzam os elevados índices de evasão
e repetência de nossa escola de primeiro
grau” (Aronowitz e Giroux, 1985. p. 22).
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80. Currículo
Controle social, na visão crítica,
é uma contribuição e uma ajuda
para a contestação e a
resistência à ideologia veiculada
por intermédio dos currículos
escolares.
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81. O tempo escolar
O calendário escolar ordena o tempo:
- determina o início e o fim do ano;
- prevê os dias letivos, as férias, os
períodos escolares em que o ano se
divide;
- os feriados cívicos e religiosos, as
datas reservadas à avaliação, os
períodos para reuniões técnicas,
cursos, et cetera. Prof. Kaio Maluf – kaiomaluf@gmail.com
82. O tempo escolar
O horário escolar, que fixa o
número de horas por semana e
que varia em razão das
disciplinas constantes na grade
curricular, estipula também o
número de aulas por professor.
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83. O tempo escolar
Ler a citação de Enguita na pág.
30.
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84. O processo de decisão
Sem a participação de todos
no processo de decisão fica
muito difícil uma
administração adequada à
realização dos objetivos
educacionais da escola.
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85. O processo de decisão
. Revisão das atribuições
específicas e gerais;
. Distribuição de poder;
. Descentralização do
processo de decisão;
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86. O processo de decisão
como?
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87. O processo de decisão
. Instalação de mecanismos
institucionais visando à
participação política de
todos os envolvidos co o
processo educativo da
escola.
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88. O processo de decisão
. Instalação de processos eletivos de
escola de seus dirigentes,
colegiados com representa de
alunos, pais, associação de pais e
professores, grêmio estudantil,
processos coletivos de avaliação
continuada dos serviços escolares,
etc.
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89. As relações de trabalho
Solidariedade, reciprocidade e
participação coletiva
X
Divisão de trabalho, fragmentação e
controle hierárquico.
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90. As relações de trabalho
Há uma correlação de forças e é nesse
embate que se originam os conflitos, as
tensões, as rupturas, propiciando a
construção de novas formas de relações de
trabalho, com espaços abertos à reflexão
coletiva que favoreçam o diálogo, a
comunicação horizontal entre os diferentes
segmentos envolvidos com o processo
educativo, a descentralização do poder.
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91. Avaliação
deve se dar numa visão crítica, partindo da
necessidade de se conhecer a realidade
escolar, buscando explicar e compreender
critica
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