SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 12
Downloaden Sie, um offline zu lesen
CARGA NUCLEAR EFETIVA
CARGA NUCLEAR EFETIVA
• A carga nuclear de um átomo é dada pelo número de
prótons presentes no núcleo deste átomo e é chamada
número atômico (Z).
Z = carga nuclear = número de prótons
• A carga nuclear efetiva é a carga sofrida por um elétron
em um átomo polieletrônico.
• A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo
devido ao efeito dos elétrons internos.
Poder de penetração: s > p > d > f
EFEITO DE PENETRAÇÃO
EFEITO DE PENETRAÇÃO E BLINDAGEM
• Cada elétron de um átomo é protegido (blindado) do
efeito de atração da carga nuclear pelos elétrons do
mesmo nível de energia e, principalmente, pelos
elétrons dos níveis mais internos.
• Apenas uma parte da carga nuclear atua realmente
sobre os elétrons: é a Carga Nuclear Efetiva (Zef).
CARGA NUCLEAR EFETIVA
• A carga nuclear efetiva que atua sobre um elétron é dada por:
Zef = Z - S
Zef = carga nuclear efetiva
Z = carga nuclear (número atômico)
S = constante de blindagem
• Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a
carga nuclear efetiva (Zef) diminui.
• Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta e Zef diminui.
REGRAS DE SLATER
• Para determinar Zef, os elétrons são divididos em
grupos (a cada um corresponde uma constante de
blindagem diferente).
(1s); (2s, 2p); (3s, 3p); (3d); (4s, 4p); (4d); (4f); (5s, 5p); etc.
• Para qualquer elétron de um dado grupo, a constante de
blindagem S é a soma das seguintes parcelas:
– zero para qualquer grupo exterior ao elétron considerado.
– 0,35 para cada um dos outros elétrons do mesmo grupo que
o elétron considerado, exceto no grupo 1s, no qual usa-se o
valor 0,30.
– Se o elétron considerado pertencer a um grupo (ns, np),
cada elétron do nível (n –1) contribui com 0,85 e cada
elétron dos níveis mais internos contribui com 1,00.
– se o elétron considerado pertencer a um grupo (nd) ou (nf),
cada elétron dos grupos mais internos contribui com 1,00.
REGRAS DE SLATER
ALGUNS EXEMPLOS DE CÁLCULO DA
CARGA NUCLEAR EFETIVA
H (Z = 1) 1s1
Zef (1s ) = 1 – 0 = 1
Be (Z = 4) 1s2 2s2
Zef (2s) = 4 – [(1 x 0,35) + ( 2 x 0,85 )] = 1,95
F (Z = 9) 1s2 2s2 2p5
Zef (2p) = 9 – [(6 x 0,35) + ( 2 x 0,85 )] = 5,20
Mg (Z = 12) 1s2 2s2 2p6 3s2
Zef (2p) = 12 – [(1 x 0,35) + (8 x 0,85) + (2 x 1,00)] = 2,85
Ni (Z = 28) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d8
Zef (4s) = 28 - [ (1 x 0,35) + ( 16 x 0,85 ) + (10 x 1,00)] = 4,05
Zef (3d) = 28 - [(7 x 0,35) + (18 x 1,00)] = 7,55
Zef ( 1s ) = 28 - [ (1 x 0,30) ] = 27,70
ALGUNS EXEMPLOS DE CÁLCULO DA
CARGA NUCLEAR EFETIVA
Elemento Li Na K Rb Cs
Zef 1,30 2,20 2,20 2,20 2,20
VARIAÇÃO DA CARGA NUCLEAR EFETIVA
QUE ATUA SOBRE O ELÉTRON MAIS EXTERNO
• Para elementos do mesmo grupo da tabela periódica:
– A carga nuclear efetiva que atua sobre o elétron mais externo
dos elementos do mesmo grupo da tabela periódica é
aproximadamente a mesma, como pode ser vista na Tabela.
– A justificativa é que Z aumenta e S também aumenta de cima
para baixo no grupo e, como os aumentos são
aproximadamente iguais, o valor de Zef é aproximadamente o
mesmo.
Elemento Li Be B C N O F Ne
Zef 1,30 1,95 2,60 3,25 3,90 4,55 5,20 5,85
VARIAÇÃO DA CARGA NUCLEAR EFETIVA
QUE ATUA SOBRE O ELÉTRON MAIS EXTERNO
• Para elementos do mesmo período da tabela periódica:
– A carga nuclear efetiva que atua sobre o elétron mais
externo dos elementos do mesmo período da tabela
periódica aumenta com o número atômico (da esquerda
para a direita), como pode ser visto na Tabela.
– A justificativa é que Z aumenta mais do que S da esquerda
para a direita no período, fazendo com que Zef aumente da
esquerda para a direita no período.
CARGA NUCLEAR EFETIVA, Zef

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Railane Freitas
 
Acidez e basicidade na química orgânica
Acidez e basicidade na química orgânicaAcidez e basicidade na química orgânica
Acidez e basicidade na química orgânicaProfª Alda Ernestina
 
Equilibrio oxidação e redução
Equilibrio oxidação e  reduçãoEquilibrio oxidação e  redução
Equilibrio oxidação e reduçãoAdrianne Mendonça
 
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoReações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoJosé Nunes da Silva Jr.
 
8. tabela periódica
8. tabela periódica8. tabela periódica
8. tabela periódicaRebeca Vale
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosGustavo Silveira
 
Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Adrianne Mendonça
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICARELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICAEzequias Guimaraes
 
Aula 25 reações radicalares
Aula 25  reações radicalaresAula 25  reações radicalares
Aula 25 reações radicalaresGustavo Silveira
 
Química inorgânica não tão concisa j.d. lee
Química inorgânica não tão concisa   j.d. leeQuímica inorgânica não tão concisa   j.d. lee
Química inorgânica não tão concisa j.d. leeRê Magna
 

Was ist angesagt? (20)

Eletroquimica
EletroquimicaEletroquimica
Eletroquimica
 
Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise
 
Aula sobre tabela periódica
Aula sobre tabela periódicaAula sobre tabela periódica
Aula sobre tabela periódica
 
Acidez e basicidade na química orgânica
Acidez e basicidade na química orgânicaAcidez e basicidade na química orgânica
Acidez e basicidade na química orgânica
 
Reações de Eliminação
Reações de EliminaçãoReações de Eliminação
Reações de Eliminação
 
01 aula introdução eletroquímica
01 aula introdução eletroquímica01 aula introdução eletroquímica
01 aula introdução eletroquímica
 
Equilibrio de precipitação
Equilibrio de precipitaçãoEquilibrio de precipitação
Equilibrio de precipitação
 
Equilibrio oxidação e redução
Equilibrio oxidação e  reduçãoEquilibrio oxidação e  redução
Equilibrio oxidação e redução
 
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de EliminaçãoReações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
 
Modelos atômicos
Modelos atômicosModelos atômicos
Modelos atômicos
 
Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Misturas simples
Misturas simplesMisturas simples
Misturas simples
 
8. tabela periódica
8. tabela periódica8. tabela periódica
8. tabela periódica
 
Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
 
Analise conformacional
Analise conformacionalAnalise conformacional
Analise conformacional
 
Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICARELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICA
 
Aula 25 reações radicalares
Aula 25  reações radicalaresAula 25  reações radicalares
Aula 25 reações radicalares
 
Química inorgânica não tão concisa j.d. lee
Química inorgânica não tão concisa   j.d. leeQuímica inorgânica não tão concisa   j.d. lee
Química inorgânica não tão concisa j.d. lee
 

Ähnlich wie Aula 10 carga nuclear efetiva

Propriedades periodicas
Propriedades periodicasPropriedades periodicas
Propriedades periodicasestead2011
 
Propriedades periodicas
Propriedades periodicasPropriedades periodicas
Propriedades periodicasestead2011
 
Propriedades periodicas
Propriedades periodicasPropriedades periodicas
Propriedades periodicasvaleriapb
 
Quimica Geral primei CAPITULO 1 - b.pptx
Quimica Geral primei CAPITULO 1 - b.pptxQuimica Geral primei CAPITULO 1 - b.pptx
Quimica Geral primei CAPITULO 1 - b.pptxGelsonMiguel2
 

Ähnlich wie Aula 10 carga nuclear efetiva (7)

Propriedades periodicas
Propriedades periodicasPropriedades periodicas
Propriedades periodicas
 
Propriedades periodicas
Propriedades periodicasPropriedades periodicas
Propriedades periodicas
 
Propriedades periodicas
Propriedades periodicasPropriedades periodicas
Propriedades periodicas
 
Prop gerais
Prop geraisProp gerais
Prop gerais
 
Aula física
Aula físicaAula física
Aula física
 
Quimica Geral primei CAPITULO 1 - b.pptx
Quimica Geral primei CAPITULO 1 - b.pptxQuimica Geral primei CAPITULO 1 - b.pptx
Quimica Geral primei CAPITULO 1 - b.pptx
 
Fisica basica.pptx
Fisica basica.pptxFisica basica.pptx
Fisica basica.pptx
 

Mehr von Jupira Silva

Mehr von Jupira Silva (20)

Resolucao189 06
Resolucao189 06Resolucao189 06
Resolucao189 06
 
Resolucao187 06
Resolucao187 06Resolucao187 06
Resolucao187 06
 
Resolucao186 06
Resolucao186 06Resolucao186 06
Resolucao186 06
 
Resolucao185 05
Resolucao185 05Resolucao185 05
Resolucao185 05
 
Resolucao184 05
Resolucao184 05Resolucao184 05
Resolucao184 05
 
Resolucao182 05
Resolucao182 05Resolucao182 05
Resolucao182 05
 
Resolucao181 05
Resolucao181 05Resolucao181 05
Resolucao181 05
 
Resolucao179 05
Resolucao179 05Resolucao179 05
Resolucao179 05
 
Resolucao178 05
Resolucao178 05Resolucao178 05
Resolucao178 05
 
Resolucao174 05
Resolucao174 05Resolucao174 05
Resolucao174 05
 
Resolucao169 05
Resolucao169 05Resolucao169 05
Resolucao169 05
 
Resolucao168 04
Resolucao168 04Resolucao168 04
Resolucao168 04
 
Resolucao166 04
Resolucao166 04Resolucao166 04
Resolucao166 04
 
Resolucao165 04
Resolucao165 04Resolucao165 04
Resolucao165 04
 
Resolucao164 04
Resolucao164 04Resolucao164 04
Resolucao164 04
 
Resolucao163 04
Resolucao163 04Resolucao163 04
Resolucao163 04
 
Resolucao157 04
Resolucao157 04Resolucao157 04
Resolucao157 04
 
Resolucao155 03
Resolucao155 03Resolucao155 03
Resolucao155 03
 
Resolucao153 03
Resolucao153 03Resolucao153 03
Resolucao153 03
 
Resolucao151 03
Resolucao151 03Resolucao151 03
Resolucao151 03
 

Aula 10 carga nuclear efetiva

  • 2. CARGA NUCLEAR EFETIVA • A carga nuclear de um átomo é dada pelo número de prótons presentes no núcleo deste átomo e é chamada número atômico (Z). Z = carga nuclear = número de prótons • A carga nuclear efetiva é a carga sofrida por um elétron em um átomo polieletrônico. • A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo devido ao efeito dos elétrons internos.
  • 3. Poder de penetração: s > p > d > f EFEITO DE PENETRAÇÃO
  • 4. EFEITO DE PENETRAÇÃO E BLINDAGEM • Cada elétron de um átomo é protegido (blindado) do efeito de atração da carga nuclear pelos elétrons do mesmo nível de energia e, principalmente, pelos elétrons dos níveis mais internos. • Apenas uma parte da carga nuclear atua realmente sobre os elétrons: é a Carga Nuclear Efetiva (Zef).
  • 5. CARGA NUCLEAR EFETIVA • A carga nuclear efetiva que atua sobre um elétron é dada por: Zef = Z - S Zef = carga nuclear efetiva Z = carga nuclear (número atômico) S = constante de blindagem • Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a carga nuclear efetiva (Zef) diminui. • Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta e Zef diminui.
  • 6. REGRAS DE SLATER • Para determinar Zef, os elétrons são divididos em grupos (a cada um corresponde uma constante de blindagem diferente). (1s); (2s, 2p); (3s, 3p); (3d); (4s, 4p); (4d); (4f); (5s, 5p); etc.
  • 7. • Para qualquer elétron de um dado grupo, a constante de blindagem S é a soma das seguintes parcelas: – zero para qualquer grupo exterior ao elétron considerado. – 0,35 para cada um dos outros elétrons do mesmo grupo que o elétron considerado, exceto no grupo 1s, no qual usa-se o valor 0,30. – Se o elétron considerado pertencer a um grupo (ns, np), cada elétron do nível (n –1) contribui com 0,85 e cada elétron dos níveis mais internos contribui com 1,00. – se o elétron considerado pertencer a um grupo (nd) ou (nf), cada elétron dos grupos mais internos contribui com 1,00. REGRAS DE SLATER
  • 8. ALGUNS EXEMPLOS DE CÁLCULO DA CARGA NUCLEAR EFETIVA H (Z = 1) 1s1 Zef (1s ) = 1 – 0 = 1 Be (Z = 4) 1s2 2s2 Zef (2s) = 4 – [(1 x 0,35) + ( 2 x 0,85 )] = 1,95 F (Z = 9) 1s2 2s2 2p5 Zef (2p) = 9 – [(6 x 0,35) + ( 2 x 0,85 )] = 5,20 Mg (Z = 12) 1s2 2s2 2p6 3s2 Zef (2p) = 12 – [(1 x 0,35) + (8 x 0,85) + (2 x 1,00)] = 2,85
  • 9. Ni (Z = 28) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d8 Zef (4s) = 28 - [ (1 x 0,35) + ( 16 x 0,85 ) + (10 x 1,00)] = 4,05 Zef (3d) = 28 - [(7 x 0,35) + (18 x 1,00)] = 7,55 Zef ( 1s ) = 28 - [ (1 x 0,30) ] = 27,70 ALGUNS EXEMPLOS DE CÁLCULO DA CARGA NUCLEAR EFETIVA
  • 10. Elemento Li Na K Rb Cs Zef 1,30 2,20 2,20 2,20 2,20 VARIAÇÃO DA CARGA NUCLEAR EFETIVA QUE ATUA SOBRE O ELÉTRON MAIS EXTERNO • Para elementos do mesmo grupo da tabela periódica: – A carga nuclear efetiva que atua sobre o elétron mais externo dos elementos do mesmo grupo da tabela periódica é aproximadamente a mesma, como pode ser vista na Tabela. – A justificativa é que Z aumenta e S também aumenta de cima para baixo no grupo e, como os aumentos são aproximadamente iguais, o valor de Zef é aproximadamente o mesmo.
  • 11. Elemento Li Be B C N O F Ne Zef 1,30 1,95 2,60 3,25 3,90 4,55 5,20 5,85 VARIAÇÃO DA CARGA NUCLEAR EFETIVA QUE ATUA SOBRE O ELÉTRON MAIS EXTERNO • Para elementos do mesmo período da tabela periódica: – A carga nuclear efetiva que atua sobre o elétron mais externo dos elementos do mesmo período da tabela periódica aumenta com o número atômico (da esquerda para a direita), como pode ser visto na Tabela. – A justificativa é que Z aumenta mais do que S da esquerda para a direita no período, fazendo com que Zef aumente da esquerda para a direita no período.