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• Aristóteles, filósofo grego que
viveu entre 384 a 322 a.C era
discípulo de Platão, até que por
divergências sobre as concepções
de teoria e prática, dentre outras
coisas, abandonou a Academia de
Platão e fundou sua própria
escola, o Liceu.• Aristóteles (384-322
a.C) nasceu em
Estagira (Macedônia).
Seu pai era médico
do rei Felipe da
Macedônia.
 Aristóteles refutou a teoria do mundo das ideias de Platão, propondo
um pensamento que, embora valorizasse a atividade intelectual,
teórica, contemplativa como fundamental, resgatava o papel dos bens
humanos, terrestres, materiais para alcançar uma vida boa.

 Contemplação intelectual – como Platão dizia que a finalidade
última de todos os indivíduos é a felicidade.

 Afirma que um ser só alcança seu fim quando cumpre a função (ou
finalidade) que lhe é própria.

 O ser humano dispõe de uma grande quantidade de funções
(caminhar, correr, comer, sentir, dormir, desejar, etc) como outros
animais, mas só ele possui a faculdade de pensar, sua virtude
essencial.

 O ser humano só alcançará seu fim se atuar conforme sua virtude,
a razão. E não basta ter uma virtude, é preciso praticá-la.

 Para atingir a felicidade verdadeira o indivíduo deveria dedicar-se
fundamentalmente a vida teórica, no sentido de uma contemplação
intelectual, buscando observar a beleza e a ordem do cosmo, a
autêntica realidade das coisas a vida inteira.
Ocorre frequentemente, na história da filosofia,
que um discípulo acabe não sendo um seguidor
fiel das doutrinas de seu mestre e que até se
oponha a ele em vários aspectos,
desenvolvendo um pensamento independente e
original.
É o caso de Aristóteles (384-322 a.C.), que
refutou a teoria do mundo das ideias, pilar da
filosofia platônica, propondo um pensamento
que, embora valorizasse a atividade intelectual,
teórica, contemplativa como fundamental,
resgatava o papel dos bens humanos, terrenos,
materiais para alcançar uma vida boa.
Aristóteles concordava com Platão que a
finalidade última de todos os indivíduos é a felicidade;
mas como alcançá-la? Sua resposta:
[...] o que é próprio de cada coisa é, por
natureza, o que há de melhor e de aprazível para ela;
e assim, para o homem a vida conforme a razão é a
melhor e a mais aprazível, já que a razão, mais que
qualquer outra coisa, é o homem. Donde se conclui que
essa vida é também a mais feliz (ARISTÓTELES, Ética a
Nicômaco, p. 190).
Podemos assim resumir a resposta do filósofo,
desenvolvida de maneira ampla e expressiva em sua
obra Ética a Nicômaco:
Aristóteles afirma que um ser só alcança seu fim
quando cumpre a função (ou faculdade) que lhe é própria
e o distingue dos demais seres, isto é, sua virtude.
A palavra virtude é entendida aqui como aquela
propriedade de um ser que lhe é mais característica e
essencial, cuja aplicação conduz à excelência ou
perfeição desse ser. Por exemplo: a virtude de uma faca é
o seu corte, de uma laranjeira é produzir laranjas, de um
dentista é tratar os dentes.
O ser humano dispõe de uma grande quantidade
de funções ou faculdades (caminhar, correr, comer,
sentir, dormir, desejar, obrar, amar etc.), mas outros
animais parecem também possuí-las. A única faculdade
que só ele possui e que o distingue dos demais seres é a
de pensar, especialmente a atividade racional. Essa
seria, portanto, sua virtude essencial.
Assim, o ser humano só alcançará seu fim (a
felicidade) se atuar conforme sua virtude, a razão.
Para Aristóteles, portanto, não basta ter
uma virtude (a racionalidade). É preciso praticá-
la. O ser humano precisa esforçar-se para
realizar aquilo que lhe é dado pela natureza
como potência (possibilidade de ser).
Desse modo, o filósofo preconizava que, para
atingir a felicidade verdadeira, o indivíduo
deveria dedicar-se fundamentalmente à vida
teórica, no sentido de uma contemplação
intelectual, buscando observar a beleza e a
ordem do cosmo, a autêntica realidade das
coisas. E essa forma de atuar deveria manter-se
durante a vida inteira,
[...] porquanto uma andorinha não faz
verão, nem um dia tampouco; e da
mesma forma um dia, ou um breve espaço de
tempo, não faz um homem feliz e
venturoso. (Ética a Nicômaco, p. 16).
Aristóteles e a Felicidade Humana

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Aristóteles e a Felicidade Humana

  • 1.
  • 2. • Aristóteles, filósofo grego que viveu entre 384 a 322 a.C era discípulo de Platão, até que por divergências sobre as concepções de teoria e prática, dentre outras coisas, abandonou a Academia de Platão e fundou sua própria escola, o Liceu.• Aristóteles (384-322 a.C) nasceu em Estagira (Macedônia). Seu pai era médico do rei Felipe da Macedônia.
  • 3.  Aristóteles refutou a teoria do mundo das ideias de Platão, propondo um pensamento que, embora valorizasse a atividade intelectual, teórica, contemplativa como fundamental, resgatava o papel dos bens humanos, terrestres, materiais para alcançar uma vida boa.   Contemplação intelectual – como Platão dizia que a finalidade última de todos os indivíduos é a felicidade.   Afirma que um ser só alcança seu fim quando cumpre a função (ou finalidade) que lhe é própria.   O ser humano dispõe de uma grande quantidade de funções (caminhar, correr, comer, sentir, dormir, desejar, etc) como outros animais, mas só ele possui a faculdade de pensar, sua virtude essencial.   O ser humano só alcançará seu fim se atuar conforme sua virtude, a razão. E não basta ter uma virtude, é preciso praticá-la.   Para atingir a felicidade verdadeira o indivíduo deveria dedicar-se fundamentalmente a vida teórica, no sentido de uma contemplação intelectual, buscando observar a beleza e a ordem do cosmo, a autêntica realidade das coisas a vida inteira.
  • 4. Ocorre frequentemente, na história da filosofia, que um discípulo acabe não sendo um seguidor fiel das doutrinas de seu mestre e que até se oponha a ele em vários aspectos, desenvolvendo um pensamento independente e original. É o caso de Aristóteles (384-322 a.C.), que refutou a teoria do mundo das ideias, pilar da filosofia platônica, propondo um pensamento que, embora valorizasse a atividade intelectual, teórica, contemplativa como fundamental, resgatava o papel dos bens humanos, terrenos, materiais para alcançar uma vida boa.
  • 5. Aristóteles concordava com Platão que a finalidade última de todos os indivíduos é a felicidade; mas como alcançá-la? Sua resposta: [...] o que é próprio de cada coisa é, por natureza, o que há de melhor e de aprazível para ela; e assim, para o homem a vida conforme a razão é a melhor e a mais aprazível, já que a razão, mais que qualquer outra coisa, é o homem. Donde se conclui que essa vida é também a mais feliz (ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco, p. 190). Podemos assim resumir a resposta do filósofo, desenvolvida de maneira ampla e expressiva em sua obra Ética a Nicômaco:
  • 6. Aristóteles afirma que um ser só alcança seu fim quando cumpre a função (ou faculdade) que lhe é própria e o distingue dos demais seres, isto é, sua virtude. A palavra virtude é entendida aqui como aquela propriedade de um ser que lhe é mais característica e essencial, cuja aplicação conduz à excelência ou perfeição desse ser. Por exemplo: a virtude de uma faca é o seu corte, de uma laranjeira é produzir laranjas, de um dentista é tratar os dentes. O ser humano dispõe de uma grande quantidade de funções ou faculdades (caminhar, correr, comer, sentir, dormir, desejar, obrar, amar etc.), mas outros animais parecem também possuí-las. A única faculdade que só ele possui e que o distingue dos demais seres é a de pensar, especialmente a atividade racional. Essa seria, portanto, sua virtude essencial. Assim, o ser humano só alcançará seu fim (a felicidade) se atuar conforme sua virtude, a razão.
  • 7. Para Aristóteles, portanto, não basta ter uma virtude (a racionalidade). É preciso praticá- la. O ser humano precisa esforçar-se para realizar aquilo que lhe é dado pela natureza como potência (possibilidade de ser). Desse modo, o filósofo preconizava que, para atingir a felicidade verdadeira, o indivíduo deveria dedicar-se fundamentalmente à vida teórica, no sentido de uma contemplação intelectual, buscando observar a beleza e a ordem do cosmo, a autêntica realidade das coisas. E essa forma de atuar deveria manter-se durante a vida inteira, [...] porquanto uma andorinha não faz verão, nem um dia tampouco; e da mesma forma um dia, ou um breve espaço de tempo, não faz um homem feliz e venturoso. (Ética a Nicômaco, p. 16).