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Internacionalização em
Turismo
José Luís Abrantes
Turismo Internacional
I. Conceptualização
• Conceitos
• Tipos de Turismo
• Tendências de Crescimento
II. Impactos
• Económicos
• Sociais
• Culturais
• Ambientais
Turismo: actividades realizadas pelas pessoas durante as suas viagens
e permanência em lugares distintos do seu local de residência
habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a um ano por
motivos de lazer, negócios e outros, não relacionados com o exercício
de uma actividade remunerada.
Todas as actividades dos visitantes, incluindo turistas
(visitantes que pernoitam) e visitantes do dia
(excursionistas que não pernoitam). (OMT)
Turismo entre países
Turismo dentro do próprio país
I. Conceitos
I. Conceitos: Tipos de Turismo (origem do país)
Doméstico ou Interno
(deslocações internas dos
residentes de um país no
próprio país).
Receptor ou Inbound
(Visitas a um país por não
residentes).
Emissor ou Outbound
(Visitas de residentes de
um país a outro(s)
país(es).
Interior
(Turismo dentro das
fronteiras de um país).
Nacional
(Movimentos dos residentes
de um dado país).
Internacional
(Deslocações que obrigam a atravessar
uma fronteira).
I. Conceitos: Tipos de Turismo (origem do país)
O turismo emissor e receptor dão origem à classificação dos países em emissores e
receptores. Todos os países são simultaneamente receptores e emissores, ainda
que alguns tenham uma das vertentes mais desenvolvidas.
Os países menos desenvolvidos
economicamente mas que possuem
recursos naturais e/ou histórico-
culturais excepcionais e que dispõem
de boas infra-estruturas turísticas
recebem mais visitantes do que
aqueles que enviam para o
estrangeiro (são maioritariamente
receptores).
Muitos países com elevado
desenvolvimento económico, mesmo
dispondo de atractivos e boas infra-
estruturas turísticas recebem
visitantes estrangeiros em número
inferior aos seus residentes que
efectuam viagens ao estrangeiro
(países maioritariamente emissores).
I. Conceitos: Tipos de Turismo (origem do país)
A forma mais simples e eficaz
para classificar os países como
eminentemente emissores e
receptores é a partir dos
elementos económicos das
receitas e das despesas.
O saldo é positivo
(receitas superiores às
despesas )
País
eminentemente
receptor.
O saldo é negativo
(despesas ultrapassam as
receitas)
País
eminentemente
emissor.
I. Conceitos: Tipos de Turismo (origem do país)
Estas posições de país eminentemente emissor ou receptor tendem a
alterar-se ao longo dos tempos. Exemplo, à medida que o nível de vida
e bem-estar se vai elevando o país tende a transformar-se em emissor.
O turismo emissor e receptor deveriam ser equilibrados, pois
considerando o caso de um turista que sai de um país A para o país B,
C e D: o primeiro país é emissor, o segundo, o terceiro e quarto são
receptores (1 emissor = 3 receptores).
Assim, à escala mundial, o número de visitantes do turismo receptor é
superior ao número total de visitantes do turismo emissor.
I. Conceitos: Tipos de Turismo
(segundo a balança de pagamentos)
As viagens de um residente
num país X a outro país
obriga-o à aquisição de uma
grande variedade de bens e
serviços nos países visitados o
que se traduz em
gastos/despesas no país de
origem.
Saída de divisas
débitos
Passivo
Quando os residentes noutros
países visitam o país X
procedem a aquisições que
dão origem a receitas para
esse país.
Entrada de divisas
créditos
Activo
I. Conceitos: Tipos de Turismo
(segundo a balança de pagamentos)
Turismo externo passivo:
conjunto das viagens que os
residentes de um dado país
realizam no estrangeiro.
Turismo de
importação
Outgoing
Turismo externo activo:
viagens que os estrangeiros
realizam nos países de visitam.
Turismo de
exportação
Incoming
I. Conceitos: Tendências de Crescimento
Factores que moldam o desenvolvimento do turismo (OMT)
Mudança demográfica e
social
Infra-estruturas de
transportes
Desenvolvimentos
comerciais
Desenvolvimento de
produto de destino
Desenvolvimento
operacional de bens e
serviços
Estrutura da empresa de
viagens
Desenvolvimentos
económicos e
financeiros
FACTORES EXÓGENOS
FORÇAS DE MERCADO
Mudanças políticas,
legislativas e reguladoras
Desenvolvimentos
tecnológicos
Segurança da viagem
Marketing
Sistemas de reserva
computadorizados e
banco de dados do
destino
Desenvolvimento dos
recursos humanos
II. Impactos
A actividade turística internacional é
caracterizada pela deslocação de pessoas entre
países.
Provém de um fenómeno social muito
relacionado com o factor económico.
Tem como base o consumo de bens e serviços
oferecidos em determinados espaços físicos que
não correspondem ao país de residência do
turista.
IMPACTOS DO
TURISMO
Económicos
Sociais
Culturais
Ambientais
II. Impactos
II. Impactos: Económico
O turismo é um elemento estruturante da dinâmica da economia global, em larga medida
traduzida no desenvolvimento da componente de serviços. A crescente importância do
turismo na economia resulta da cada vez maior mobilidade e prosperidade das
sociedades.
Chegadas de Turistas Internacionais: 1950-2007
II. Impactos: Económico
Chegadas de Turistas Internacionais: 1950-2020
II. Impactos: Económico
II. Impactos: Económico
O turismo internacional moveu em 2007 quase 900 milhões
de turistas (733 mil milhões de dólares de receitas em 2006).
O turismo internacional é assim, um dos principais sectores
de exportação ao nível global, representando cerca de 30%
das exportações mundiais de serviços, alcançando mesmo
percentagens superiores a 50% em países onde o turismo
tem um papel económico muito mais importante como
sejam as ilhas.
Até 2020 a OMT prevê:
• Taxa de crescimento média anual: 4%
• Crescimento médio das receitas: 6% a 7%.
• Receita superior a um trilião de dólares
II. Impactos: Económico
Deslocação de turistas internacionais em todo o mundo e receitas associadas (1950-
2009)
Fonte: OMT
II. Impactos: Económico
Em termos económicos, as receitas do turismo internacional têm que ser
analisadas como exportações e as despesas como importações.
Para muitos países, o turismo internacional é uma fonte indispensável de
divisas.
De acordo com a OMT, o turismo situa-se entre as 5 principais categorias
de exportações para 83% dos países e é a principal fonte de divisas para
pelo menos 38% dos países.
Em 1998 o turismo internacional correspondia a 6,6% das exportações
mundiais de bens e serviços.
As receitas totais do turismo internacional ascenderam a um montante de
442 mil milhões de dólares (USD), tornando o turismo num dos principais
itens do comércio internacional
II. Impactos: Económico
De acordo com a OMT, no final do milénio, o ingresso por turismo internacional
esteve entre as três principais actividades económicas no comércio exterior,
superando em termos de receitas sectores já tradicionais.
Ingressos mundiais por exportações, 1999 (bilhões US$)
Fonte: Banco Mundial
II. Impactos: Económico
Fonte: OMT
II. Impactos: Económico
Receitas do Turismo Internacional VS outras categorias de exportações (1990-2010)
II. Impactos: Económico
Metade das exportações mundiais
em 2011 vieram do turismo e
viagens
Este facto põe em evidência as profundas assimetrias que este sector representa.
Num país de renda elevada, este mesmo montante gasto por um turista estrangeiro irá
representar uma quantia inferior à 10% de seu respectivo PIB/per capita.
Basta considerar que se um turista visitar a um dos países considerados como de renda baixa
pelo BANCO MUNDIAL e gastar um montante acima de US$ 750 terá deixado pelo menos o
equivalente ao PIB/per capita deste país, sendo que em alguns casos este valor pode representar
o dobro ou até mesmo o triplo deste indicador.
Embora a participação da maioria destes países no fluxo de turistas internacionais seja pouco
representativa, os benefícios económicos são relevantes.
Ainda que haja uma forte concentração do fluxo de viagens em países desenvolvidos, é uma
actividade significativa na geração de renda e emprego em diversos países em desenvolvimento.
II. Impactos: Económico
Fonte: OMT
II. Impactos: Económico
Turismo como gerador de prosperidade (2011)
II. Impactos: Económico
O turismo oferece um importante contributo para a economia, contudo deve ser
considerado apenas como um componente de um conjunto mais amplo de iniciativas de
desenvolvimento. Pode ser o contribuinte principal para um sistema económico, mas não
deve ser o único tendo em conta a variabilidade muito elevada desta actividade económica
devido a inúmeros factores:
O turismo responde a várias
motivações que se alteram
ao longo do tempo;
A popularidade dos destinos
passa por períodos de
ascensão e queda;
Guerras civis, atentados
terroristas, catástrofes
naturais podem ameaçar
destinos ou regiões
turísticas.
II. Impactos: Económico
Parte significante das economias industrializadas tem demonstrado ao
longo do último século uma tendência para o crescimento do sector de
serviços na composição ocupacional.
Dado que o turismo é fundamentalmente caracterizado como um sector
de serviços, intensivo em mão de obra, esta actividade passa a ser de
grande interesse para as economias face ao problema dos elevados
índices de desemprego.
Emprega mais de 100 milhões de pessoas, só no que respeita a
empregos directos.
II. Impactos: Económico
Apesar de sua relevância, pouco se sabe sobre o funcionamento e as
características do mercado de trabalho no sector. Mesmo em
economias desenvolvidas, o número real de trabalhos promovidos pela
actividade turística representa um valor estimado.
Sabe-se que directamente os empregos proporcionados pelo turismo
estão concentrados no sector de serviços, embora indirectamente
existam repercussões em inúmeras outras actividades.
Praticamente é impossível medir o impacto real do turismo no emprego
visto que influencia muitas outras actividades económicas.
II. Impactos: Económico
Circulação dos gastos em turismo e procura de profissionais
Baptista (1990)
II. Impactos: Económico
Impacto estimado do turismo no mercado de trabalho
II. Impactos: Económico
II. Impactos: Socioculturais
Factor associado ao
turismo
Impacto positivo Impacto negativo
Uso da cultura como
atracção turística
Maior apoio para culturas
tradicionais e expressões de
identidade étnica.
Revitalização de artes,
festivais e linguagem
tradicionais.
Mudanças nas actividades e artes
tradicionais para adequar-se à
produção para turistas (deturpação do
bem cultural e social). Desagregação e
aglomeração em actividades
tradicionais. Invasão da privacidade.
Contacto directo entre
turistas e populações
receptoras
Quebra de estereótipos
negativos , aumento das
oportunidades sociais.
Reforço dos estereótipos negativos.
Introdução de doenças. Efeito
demonstração (imitação do outro) e
comercialização da cultura. Arrogância
cultural.
Mudanças na
estrutura económica e
do emprego
Novas oportunidades
económicas e sociais que
diminuem a desigualdade
social.
Conflito e tensão na comunidade
provocada por uma alteração da
estrutura e tradições. Aumento da
desigualdade social.
II. Impactos: Socioculturais
Factor associado ao
turismo
Impacto positivo Impacto negativo
Desenvolvimento de
instalações e
empresas turísticas.
Maiores oportunidades
recreativas.
Impossibilidade de acesso a locais e
actividades recreativas. Disputa
pelos negócios turísticos e aumento
das assimetrias sociais e
económicas.
População maior em
função do turismo e
do desenvolvimento
associado
Apoio e ampliação de
instalações médicas,
educacionais e outras que
melhoram a qualidade de
vida das populações locais
e turistas.
Superpopulação e
congestionamentos. Aumento do
crime e insegurança.
II. Impactos: Socioculturais
Impactos
culturais no
turismo
emissivo
Como viajar e para
onde
Que actividades
Valor conferido à
viagem
Comportamentos
Os turistas árabes são menos activos (em termos desportivos e físicos)
devido ao seu lema de relaxamento total e absoluto (“raha”)
Os serviços de alimentação são um critério de escolha de destino mais
ponderado para turistas japoneses, chineses, italianos ou franceses do
que para canadianos ou norte-americanos. Os primeiros mantêm a
preferência pela sua cozinha, os últimos são mais curiosos e
“experimentalistas”.
No que diz respeito a comportamentos gregários e de relacionamento
com as populações receptoras, os chineses, japoneses e franceses são
mais reservados, enquanto que os italianos, portugueses e americanos
são mais comunicativos.
Os turistas japoneses viajam em grandes grupos tipo excursão, os
franceses são mais individualistas não se misturando nem com as
populações locais nem com os seus compatriotas.
II. Impactos: Socioculturais
II. Impactos: Socioculturais
Impactos
culturais no
turismo
receptivo –
Cultura como
atractivo
Cultura popular
(culturas e
tradições).
Museus (Louvre,
British Museum,
Prado…)
Ambientes
urbanos (Nova
Iorque, Londres…)
Ícones culturais
(torre Eiffel, Torre
de Londres,
Coliseu de Roma…)
II. Impactos: Ambientais
Impactos negativos Impactos positivos
Danos ambientais
Ex: o Mediterrâneo sofreu um desenvolvimento
hoteleiro excessivo e intensivo (danos nas dunas,
superlotação das praias e destruição de locais
históricos). No Quénia o desenvolvimento turístico
está a destruir várias reservas naturais.
Conservação e protecção
Restauração, conservação e protecção dos
espaços físicos, proporcionado os incentivos e a
renda necessários À recuperação de locais
históricos e a criação e manutenção de locais
naturais.
Poluição
O transporte é uma grande fonte de poluição
sonora e do ar. Estimou-se que são queimadas a
cada ano cerca de 2 milhões de toneladas de
combustível, produzindo 550 milhões de toneladas
de gases que provocam o efeito estufa de 3,5
milhões de toneladas de substâncias químicas
responsáveis pela chuva ácida. A poluição da água
gerada pelo esgoto, uso de pesticidas, herbicidas e
fertilizantes no ambiente natural de resorts também
é um grande problema em muitos destinos
turísticos.
Infra-estruturas
Pode ser também um motor para a criação de
melhores infra-estruturas para conservar o
meio ambiente (tratamento de esgotos,
lixos…).
Turismo Internacional
Turismo Internacional
II. Determinantes do fluxo do
Turismo Internacional
• Factores de Atracção
• Factores de Emissão
• Factores de Resistência
A deslocação do
consumidor e não do
produto, faz com que
algumas variáveis não
consideradas no comércio
de bens se tornem
relevantes na
comercialização de serviços
turísticos.
Factores que não são
considerados ou são
menos relevantes para o
consumidor de bens e
mercadorias importadas
no seu local de residência,
mas que se tornam
extremamente
importantes numa viagem
internacional.
Segurança,
Clima,
Infraestrutura;
Atractivos
naturais;
Proximidade
cultural…
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
Por se tratar de um produto composto, um destino turístico internacional tende a
diferenciar-se por alguns dos factores que o compõe. Seja pelo clima, arquitectura,
cultura, alimentação, paisagem, localização, enfim, há sempre um diferencial entre eles,
ainda que sejam considerados como produtos substitutos próximos.
Nesta actividade, quanto maior a distância, maior tende a ser a participação dos custos
de transporte no total dos gastos com viagens, bem como o tempo gasto na viagem.
Ainda que esta regra também seja válida para o caso das mercadorias, a diferença é que
o custo com transporte de pessoas e o tempo gasto por elas tende a ser mais relevante
que o de bens.
Importância do factor tempo
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
As variáveis explicativas mais utilizadas por outros autores foram: renda, custo da
viagem e custo do destino. Além destas, também foram utilizadas a população, taxa de
câmbio, custo de destino substituto, custo de viagem substituto, gastos em marketing e
outras variáveis dummy (ex. CROUCH, 1996).
Dentre as variáveis explicadas utilizadas pelos autores estão: gastos com turismo, gasto
per capita em lazer, turistas a negócios, receitas turísticas, visitantes per capita, turistas
por noite, todas referindo-se a países.
Ao longo das últimas décadas, alguns estudos têm procurado compreender melhor os
determinantes da actividade turística no intuito de realizar previsões WITT & WITT
(1995) fizeram um levantamento sobre as análises empíricas da procura turística
internacional:
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
FRECHTLING (1996) propõe uma divisão dos factores divididos em três categorias:
Factores de emissão
Forças centrífugas, levam os
cidadãos de determinados
países a saírem do seu para
visitar outros.
Factores de atracção
Actuam sobre indivíduos
relativamente a um destino
internacional.
Factores de resistência
Forças centrípetas, afastam os
indivíduos de viajar
internacionalmente, induzindo
à concentração do fluxo no
turismo doméstico.
Para a compreensão dos determinantes do fluxo de turismo internacional existe um
estudo mais específico.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
Há, portanto, duas variáveis fundamentais a serem explicadas para a identificação dos
determinantes do fluxo de turismo internacional e para a classificação dos países como
emissores ou receptores.
As relacionadas com os factores de
emissão, i.e., quantidade de turistas
emitidos por um dado país.
As relacionadas com os factores de
atracção, i.e., quantidade de turistas
estrangeiros que chegam ao país.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
É importante responder de
onde surge o turista
internacional, para em
seguida, explicar para onde
ele irá e porquê.
Isto, basicamente refere-se à identificação dos
factores de emissão, (FRECHTLING, 1996),
demonstrando quais os determinantes, que
possibilitam identificar os países ou regiões
que satisfazem as condições necessárias para
se tornarem num centro emissor de turistas
internacionais.
Posteriormente, com base nos factores de
atracção e resistência, é possível explicar o
êxito da actividade turística em alguns países e
as dificuldades encontradas por outros na
busca de uma maior inserção no fluxo
internacional.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão
No caso da análise dos factores de emissão, a análise per capita é interessante para
demonstrar quais países que apresentam as condições mais favoráveis ao consumo de
viagens internacionais.
Saídas de turistas internacionais por países – valores absolutos (1998)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão
A emissão de turistas internacionais está centrada no hemisfério norte, não
havendo praticamente países que apresentem uma emissão de turistas superior
a 6,8 milhões, que esteja localizado abaixo da linha do Equador.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão
Com base nesta análise
espacial, é possível
identificar que os países do
hemisfério Norte são os
principais emissores de
turistas. Porém, o que
estes países satisfazem
para ocupar esta posição?
Tamanho da população
Dimensão do País
Renda per capita e
tendência da renda
Distribuição de renda
Factores sócio-
demográficos:
Distribuição
educacional
Distribuição etária
Tempo destinado ao
lazer
Estrutura familiar
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Tamanho da População
Um país com uma enorme população tende a gerar uma maior
quantidade de viagens internacionais do que outro com uma
população menor, nas mesmas condições. Por isso, quando a emissão
de turistas é analisada em termos absolutos, o tamanho da população
torna-se relevante positivamente.
O facto é que esta variável deve ser considerada, sobretudo porque
junto com a renda, pode explicar em muito o fluxo receptivo. Isto é,
fazer fronteira com um país populoso com renda elevada é uma
condição que favorece em muito para que um determinado país se
torne um centro receptivo de turistas internacionais (ex: Portugal e
Espanha).
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Dimensão do País
O facto de um país possuir uma maior extensão reflectirá uma maior
quantidade de opções para que sua população viaje por destinos
internos (ex.Austrália).
A relação inversa entre a emissão de turistas internacionais e o
tamanho do país, é válida também para os países pequenos (ex.
Luxemburgo)
Ou seja, quanto menor o país, menores serão as opções de viagem à
população local e consequentemente maior será a tendência ao
consumo com viagens internacionais.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Renda
A variável renda é a principal determinante para explicar os gastos com
viagens internacionais. As viagens internacionais são compostas de
bens e serviços que podem ser classificados como gastos com bens
superiores. Um aumento da renda real possibilita ao consumidor um
maior poder de compra, que irá resultar no aumento da procura por
bens normais e superiores.
No caso das viagens e lazer, apenas indivíduos que obtenham uma
renda capaz de suprir as suas necessidades básicas, se tornam como
elementos da procura deste mercado, o que garante aos países de
renda elevada o posto de principais centros emissores de turistas.
Dado que a renda é um determinante da procura por viagens
internacionais, os países classificados como de renda alta são os que
tendem a oferecer condições mais favoráveis para que sua população
consuma viagens internacionais.
Contudo, a renda não deve ser analisada em termos absolutos, mas em
termos de distribuição da renda, i.e., um país pode ser de renda
elevada, mas se a sua distribuição não for equilibrada não torna este
país como grande emissor (ex. Rússia).
O mundo através da Classificação de Renda dada pelo Banco Mundial (2012)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Renda
Fonte: Banco Mundial (2013)
O mundo através da Classificação económica dada pelo Banco Mundial (2013)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Renda
Fonte: Banco Mundial (2013)
Economias avançadas
Economias emergentes
Economias subdesenvolvidas
Principais mercados emissores (2006)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Renda
Principais mercados emissores (2010-2011)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Renda
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Renda
Gastos pessoais em Viagem e Turismo preços vs PIB (1990-2010)
Proporção entre população e renda/tamanho da economia (2013)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Renda
Fonte: Banco Mundial (2013)
Distribuição da renda por década (2006)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Renda
Fonte: Banco Mundial (2013)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
Outros factores, tais como distribuição educacional, distribuição da
idade, tempo de lazer e estrutura familiar, apesar de relevantes na
emissão de turistas, por vezes são difíceis de medir devido à
dificuldade de encontrar dados a nível internacional, sobretudo em
alguns países.
No caso da variável tempo destinado a lazer, alguns autores sugerem
a consideração dos dias do ano menos os dias trabalhados, ou então o
número de dias de férias pagos. O facto é que com a actual inserção
da informalidade na composição ocupacional, a fiabilidade destas
variáveis podem ser questionadas. Da mesma forma, a estrutura
familiar e a educação encontra problemas idênticos para a
mensuração a nível internacional.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
Distribuição educacional: a educação é um factor positivo para a
emissão de turistas, contudo este indicador não tem influência na
recepção de turistas.
Os países industrializados, mais uma vez apresentam melhores
condições.
Distribuição educacional - literacia nos jovens(2011)
Fonte: EdStats (2011)
Country-Land
ILATE
< - 50
50 - 80
80 - <
No data available
Source: UNESCO Institute for Statistics in EdStats, 2011
Note: Data displayed is for the latest available year
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
Distribuição educacional - literacia nos adultos (2011)
Fonte: EdStats (2011)
Country-Land
ILATE
< - 50
50 - 80
80 - <
No data available
Source: UNESCO Institute for Statistics in EdStats, 2011
Note: Data displayed is for the latest available year
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
Distribuição educacional – frequência do ensino secundário (2011)
Fonte: EdStats (2011)
Country-Land
ILATE
< - 50
50 - 80
80 - <
No data available
Source: UNESCO Institute for Statistics in EdStats, 2011
Note: Data displayed is for the latest available year
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sócio-demográficos
Com relação à distribuição da idade, pode-se partir da suposição de
que países com maior percentual da população em idade activa
tendem a apresentar melhores condições para emissão de turistas.
Porém, não se deve desconsiderar a relevância do público acima de 65
anos, o qual geralmente tende a apresentar condições mais propícias
às viagens.
Distribuição etária (2006)
Fonte: Wikipedia (2013)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sócio-demográficos
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sócio-demográficos
No caso da variável tempo destinado a lazer, naturalmente, quanto mais
dias de férias existem para a população activa de um dado país, mais
viabilidade existe para que esse país seja fortemente emissor.
Fonte: OECD (2009)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
Horas de trabalho e dias de
férias (2009)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
A estrutura familiar é outra variável importante. A diminuição dos núcleos
familiares e o reduzido nascimento de crianças por casal nos países
industrializados favorece igualmente a emissão de turistas.
Fonte: WorldFamily (20010)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
N.º de crianças nascidas, em média, por região
(2010)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Atracção
São muitos os factores que podem
determinar a viagem de um turista a
determinado destino. Porém, é possível
compilar através de algumas variáveis
alguns dos principais determinantes do
fluxo de turismo receptivo
Desenvolvimento Humano
Amigos e parentes
Clima
Relações comerciais
Relações sócio-culturais
Programas de marketing e
promoção do destino
Condições de oferta e tecnologia
turística
Atractividade do destino
Eventos especiais
Destinos complementares
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Índice de Desenvolvimento Humano
O objectivo básico do desenvolvimento deve ser o de criar condições
favoráveis para o bem estar das pessoas, condições estas relacionadas
com a saúde, educação e renda, ou seja, qualidade de vida.
Países nos quais as necessidades básicas de desenvolvimento humano
estão satisfeita, tendem a apresentar uma melhor estrutura turística,
estimulada pelo turismo interno.
Se as pessoas consideram estas questões importante no país em que
fixam residência, existe uma grande probabilidade de que as
considerem também, directa ou indirectamente, ao escolherem um
destino turístico.
Com base nesta correlação, não se quer dizer que o visitante irá
considerar o IDH como uma informação relevante ao decidir por um
destino turístico, mas sim que isto estará implícito nas suas escolhas.
Fonte: UNDP (2011)
Índice de Desenvolvimento Humano (2011)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Índice de Desenvolvimento Humano
Fonte: BANCO MUNDIAL (2001), OMT (2003) e ONU (2002).
Relação entre fluxo receptor de turistas internacionais e desenvolvimento económico
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Índice de Desenvolvimento Humano
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Amigos e Familiares
A existência de amigos e familiares
no destino é um factor muito
importante de atracção pois pode
funcionar como um factor
motivador quando a visita a amigos
e familiares é o motivo principal
para a viagem. Pode ser também um
factor facilitador que poderá
contrariar alguns factores de
resistência, nomeadamente:
Factor preço: amigos e familiares
podem diminuir o custo da viagem
oferecendo alojamento,
alimentação…
Factor segurança: a existência de
indivíduos próximos no destino pode
ajudar o turistas a sentir-se mais
seguro, mesmo existindo factores de
insegurança.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Proximidade Cultural
A proximidade cultural entre
países é um factor de
atractividade. Quanto mais
similar é a cultura maior
sensação de segurança os
turistas sentem. Entre os
factores de proximidade cultural
destacam-se:
Língua oficial, entre outras proximidades
culturais tendem a ter efeito sobre as
viagens internacionais (ex: Portugal e Brasil,
RU e EUA).
Religião, nomeadamente no turismo
religioso (ex.Fátima, Jerusalém, Meca).
Percepção de que os seus direitos serão
garantidos (se o indivíduo tiver
informações de que os seus direitos
individuais correm algum tipo de risco esta
regra irá actuar de forma negativa na sua
decisão) (ex: alguns países africanos).
Contacto com a sua própria cultura. Por
exemplo, visita a locais relacionados com a
sua própria cultura (ex.Roma, Atenas…).
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística
O destino turístico por si só
determina uma diferenciação na
composição dos pacotes de bens e
serviços consumidas por um turista,
uma vez que bens públicos tais
como clima, atractivos naturais,
arquitectura, língua, localização
geográfica e nome da localidade,
oferecem algum grau de monopólio
sobre o conjunto destas variáveis ao
destino.
Factores que caracterizam um
determinado local tendo como
externalidade a atractividade
turística, sem que necessariamente
estejam subjacentes ela. Ou seja,
um município ou uma determinada
região pode deter um conjunto de
factores que atrai turistas, sem que
haja investimentos voltados
especificamente a este objectivo.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística
Começando pela
análise das
condições da
oferta, os destinos
podem ser
avaliados:
Atractividade: investimento que tenham como objectivo
final atrair o turista a uma determinada localidade:
parques, resort´s, museus, centros de compra, centros de
entretenimento, monumentos, etc.
Complementaridade: um investimento turístico pode ter
como objectivo ampliar ou melhorar as condições de
oferta de bens e serviços procurados por turistas que
são atraídos por outros factores, referindo-se
basicamente à infra-estrutura. Neste caso, este tipo de
investimento tem uma função de complementar a
estrutura turística do destino, sem que necessariamente
funcione como um atractivo individual, porém,
contribuindo para a atractividade do destino de forma
agregada. Exemplo destes investimentos podem ser:
aeroportos, pavimentação de estradas, condução
eléctrica, portos, rodoviárias, hotéis, restaurantes, etc.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística
A tecnologia turística pode
ser analisada sob três
dimensões:
Grau de atractividade
natural e construída
Diversificação da oferta
turística
Acessibilidade ao destino
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística
Atractividade
natural e
construída
Os atractivos turísticos naturais
somados àqueles construídos com
esta finalidade respondem por uma
parte importante da atractividade
de um turista para uma
determinada localidade. São bens
públicos puros:
Clima;
Costa Litoral;
Riqueza de Fauna e Flora;
Belezas Naturais, etc.
Já os atractivos construídos de um
destino tendem a ser mais
diversificados, sendo identificados
como bens públicos ou privados,
por exemplo:
Monumentos e edificações
Parques temáticos e de diversão;
Hotéis e resort´s;
Museus;
Centros de compra e lazer,
Parques ecológicos;
Centros gastronómicos;
Centros de convenções.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística
Acessibilidade: o
acesso ao destino
turístico é
fundamental no
processo de decisão
de um turista.
Acesso às informações referentes
ao local e a intensidade do
contacto com estas informações.
Neste sentido, os canais de
distribuição, bem como a
promoção do destino podem ser
considerados como facilitadores
ao acesso. Contudo, não há a
disponibilidade destas
informações de forma completa.
Acesso físico do turista ao destino,
tratando-se, basicamente de três
tipos de acesso:
Aéreo: voos
comerciais, aluguer,
etc.
Terrestre: autocarro,
carro, comboio;
Fluvial/Marítimo:
embarcações directas,
cruzeiros marítimos,
etc.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística
Diversificação e
Oferta
Em princípio, com todos os
outros elementos constantes,
nomeadamente custo do
destino e acessibilidade,
quanto mais diversidade
turística oferece o destino,
mais atractivo será:
Atrai mais tipos de
turistas,
Os turistas vêm no
destino mais
potencial turístico.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Relações Comerciais
Indicadores do índice de competitividade viagens e turismo segundoo
Fórum Económico Mundial
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Relações Comerciais
Competitividade dos países
europeus em termos turísticos
(2011) segundo o Fórum
Económico Mundial
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Relações Comerciais
Países que apresentam uma maior inserção
no comércio internacional e principalmente
aqueles onde estão instaladas as sedes de
grandes corporações, tendem a receber uma
maior quantidade de turistas atraídos pela
realização de negócios.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Eventos Especiais
Os eventos de cunho
internacional num determinado
país, podem ser representativos
nos resultados relacionados ao
fluxo receptivo de turistas no
período de realização do
mesmo.
Na atracção de turistas internacionais,
podemos considerar feiras, festivais,
convenções, eventos desportivos de
grande porte e concertos. Neste caso, um
facto importante a ser considerado, é que
um evento de mesmo porte pode ser
classificado de carácter intra-regional ou
internacional, dependendo do contexto de
regionalização.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Eventos Especiais
Imagine-se um festival de música denominado EVENTO X, com bandas internacionalmente
famosas que apresente uma capacidade de atracção, definida pelo quadro a seguir:
Definição do espaço para determinar a atractividade do EVENTO X
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Recepção: Eventos Especiais
Definição do espaço para determinar a atractividade do EVENTO X
II. Determinantes do fluxo do Turismo
Internacional: Factores de Resistência
Factores que
afastam os turistas
de determinados
destinos
Preços
i. preço do
produto
ii. preço dos
substituto
iii. preço dos
complementares
iv. preço de
necessidades
v. taxa de câmbio
vi. taxa e encargos
Acções da concorrência
Capacidade de oferta
Distância e Tempo de
viagem
Formalidades de fronteira
Insegurança
Barreiras físicas à entrada
Os principais centros
emissores de turistas
internacionais são os países
de renda mais elevada.
Dado que o custo de locomoção é
relevante, o consumidor analisa o custo
de se deslocar a determinado destino
somado à perda da oportunidade de não
se deslocar a outro qualquer, em
contraposição ao benefício esperado que
o destino analisado poderá proporcionar.
Dado que se trata de uma actividade
composta geralmente por bens e serviços
superiores, os países de renda elevada
apresentam em princípio preços mais
elevados pelo que pode ser um factor de
resistência.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Preço
O câmbio real tem um peso
importante nos resultados das
viagens internacionais, pois está
relacionado com os preços relativos
destas viagens. Porém, dado que o
custo de transporte tem um peso
proporcionalmente relevante ao custo
total da viagem, tendo uma relação
directa com a distância percorrida, o
impacto da taxa de câmbio é mais
complexo do que na relação
comercial, pelo facto de que nas
viagens internacionais há dois custos
relevantes:
Custo da viagem e
Custo do destino.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Preço
Como com qualquer outro produto, se ele se torna
mais atractivo, de alguma forma diminui a
atractividade dos produtos concorrentes. Assim, se
um determinado destino aumenta os seus factores
de atracção, esses tornam-se em factores de
resistência para os seus concorrentes directos.
Ex: Quando as Caraíbas se tornaram destinos
fortemente atractivos, a procura de destinos
similares, como por exemplo algumas ilhas do
Pacífico , sofreram perdas, até porque já possuíam
um factor de resistência adicional: o preço.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Acções da Concorrência
Um determinado destino pode ter vários factores de atracção como atractivos naturais e
construídos, tempo de viagem, preço, etc. Contudo, se a oferta turística básica não existir
(alojamento de qualidade, transportes aceitáveis e oferta gastronómica segura…) os turistas
considerarão estes factores como de resistência.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Capacidade da Oferta
A distância e tempo de viagem em si, são geralmente factores de resistência pois interferem
com outro factor negativo, preço. Isto é, quanto mais distante é o destino, mais cara será a
viagem. Por outro lado, o destino terá que oferecer factores de atracção excepcionais para
que o tempo de viagem deixe de ser um factor de resistência (em viagens de lazer).
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Distância e Tempo de Viagem
Se para viajar para um destino, o turista percebe que existem formalidades a que não está
sujeito no país de origem ou que lhe pareçam demasiado extensas e invasivas, considerará o
esforço demasiado para uma viagem. Na prática terá a sensação que a viagem “não vale o
esforço”.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Formalidades de Fronteira
Relativamente à segurança ou ao risco
relacionados com as viagens internacionais, ,
considera-se este factor como a aversão ao risco
do agente turista em ser vítima de violência no
destino ao qual se propõe.
Esta aversão ao risco de vida está presente em
todas as decisões do indivíduo, permanecendo
no momento da decisão por um destino
turístico. Partindo deste pressuposto, será a
percepção de risco com a qual o indivíduo se
depara, que irá determinar o efeito da
segurança na escolha de um destino turístico.
Quanto maior a percepção de risco
relacionado com uma localidade,
maior será a relevância da questão
da segurança na tomada de decisão
do indivíduo. Ou seja, caso um
indivíduo tenha a percepção de que
uma determinada localidade oferece
100% de risco, isto terá uma
relevância de 100% na sua tomada
de decisão, fazendo com que o
indivíduo decida não ir até esta
localidade.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Segurança
O risco pode advir
de várias fontes:
Criminalidade e
violência no
destino,
Guerras e
instabilidade
política,
Terrorismo,
Catástrofes
naturais ou
humanas,
Doenças e
epidemias…
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Segurança
De acordo com o BANCO MUNDIAL (2001) nos países em desenvolvimento
concentraram-se a maior parte das guerras e conflitos ocorridos na primeira metade da
década de 1990. Havendo uma maior proporção na região da África Subsaariana, que se
apresenta como uma região com elevada proporção da população abaixo da linha de
pobreza. Porém, é necessário considerar que os países de alta renda são poucos, quando
comparados à quantidade de países em desenvolvimento.
http://www.nationmaster.com/graph/cri_tot_cri-crime-total-crimes
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Segurança
Índice de criminalidade nos 10 países com principais fluxos financeiros relacionados com a
actividade turística
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Segurança
Índice de criminalidade de países em desenvolvimento
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Segurança
Não se quer dizer que os indivíduos
consultem estes índices para escolher
por um destino turístico, mas, parte-se
do pressuposto de que quanto maior a
criminalidade, maior a probabilidade
de que esta seja promovida através de
informações com as quais o indivíduo
tem um contacto maior.
A aversão ao risco de vida na tomada
de decisão relacionada com o destino
turístico tende a ter maior efeito nos
países em desenvolvimento, devido a
uma maior probabilidade de aumentar
a percepção de risco. Dada a maior
incidência de criminalidade, maior
tende a ser a propagação destas
informações, aumentando assim, a
relevância da insegurança na tomada
de decisão quanto ao destino turístico.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Segurança
Os destinos cujo acesso é dificultado, por exemplo pela
existência de barreiras naturais ou físicas, ilhas,
montanhas, locais demasiado isolados… Criam insegurança
e sensação de dificuldade ao turista, pelo que ele deixará
de considerar o destino.
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Barreiras Físicas à Entrada
Índice de Acessibilidade dos destinos pelo Fórum Económico Mundial (2011)
II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional:
Factores de Resistência: Barreiras à Entrada
Turismo Internacional
Turismo Internacional
III. Estrutura do Mercado
Turístico Internacional
• Determinantes da Procura
• Determinantes da Oferta
Apesar da procura turística global estar a aumentar, o número de
destinos e a capacidade global estão a crescer ainda mais
rapidamente.
Os países em desenvolvimento, em particular, enfrentam grandes
desafios. Para conservarem a sua quota de mercado, os destinos mais
desenvolvidos e mais dependentes do turismo terão que responder à
concorrência aumentando a qualidade e diversificando os seus
produtos e mercados alvo.
Os destinos emergentes e potenciais terão que encontrar os seus
nichos neste mercado competitivo, reforçando a sua especificidade e
novidade e evitando os erros cometidos por outros destinos,
designadamente o esgotamento de recursos.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
O desenvolvimento de
produtos competitivos
é, muitas vezes
dificultado por
factores:
Má acessibilidade
Infra-estruturas desadequadas
Insuficiências crónicas nos transportes
Inadequação de instalações
Falta de fundos para investimento
Tecnologia rudimentar
Problemas de gestão
Escassez de pessoal qualificado
Falta de estratégia comercial e de marketing
Instabilidade política
Dificuldades económicas
Má imagem do destino.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Contudo, a procura é mais
determinada por questões
relacionadas com os turistas do que
com os destinos.
Em termos gerais, pode dizer-se que
a procura de turismo é influenciada,
principalmente, por três factores:
• Rendimento das famílias
• Número de dias de férias
• Estrutura etária da população
A maior parte das despesas em
turismo no mundo são efectuadas
por países da tríade (EUA, UE e
Japão), onde o rendimento
disponível é mais elevado, os
períodos de férias são mais longos e
a população está mais envelhecida.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Contudo, a procura é mais
determinada por questões
relacionadas com os turistas do que
com os destinos.
Em termos gerais, pode dizer-se que
a procura de turismo é influenciada,
principalmente, por três factores:
• Rendimento das famílias
• Número de dias de férias
• Estrutura etária da população
A maior parte das despesas em
turismo no mundo são efectuadas
por países da tríade (EUA, UE e
Japão), onde o rendimento
disponível é mais elevado, os
períodos de férias são mais longos e
a população está mais envelhecida.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
A maior parte das despesas em turismo no mundo são efectuadas por países da tríade
(EUA, UE e Japão), onde o rendimento disponível é mais elevado, os períodos de férias
são mais longos e a população está mais envelhecida.
Top 10 dos países que mais
gastam em turismo internacional
(2011)
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Fonte: Wikipedia, 2013
Top 10 dos países que mais gastam em turismo internacional (%variação 2008-2009)
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Fonte: UNTWO, 2010
De forma geral, o processo de
escolha do indivíduo por um destino
turístico internacional, inicia-se
antes do contacto com os serviços e
produtos a serem consumidos.
Existem inúmeros factores que
têm peso na procura de turismo
internacional.
Vários autores centraram a sua
investigação nos factores que
influenciam o turista na
predisposição para viajar
internacionalmente e,
especificamente na escolha dos
destinos a visitar.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Reconhecimento do
problema
Busca de informação
Avaliação das alternativas
Compra
Consumo e avaliação
Detecção de uma carência
Etapa de pré-compra
Etapa de compra
Etapa de pós-compra
Processo de decisão de compra genérico
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Variáveis influenciadoras do processo de decisão de compra
genérico
Personalidade
Motivos
Percepção
Emoções Grupos de
referênciaLar
Status social
Aspectos
demográficos
Actividades de
Marketing e
factores
económicos
Aprendizagem
(memória)
Valores
Cultura
Situações
Reconhecimento do
Problema
Busca de informação
Avaliação e selecção
Eleição do estabelecimento
e compra
Processos de pós-venda
Atitudes/Necessidades
Experiências
Estilo de vida do
consumidor
Com base na teoria da análise custo/benefício
Frank (1997) defende que no caso do turismo
internacional o indivíduo irá analisar o custo
para fazer uma viagem para fora do país que
fixa residência, em detrimento do benefício
advindo da mesma.
Esta viagem ocorrerá caso o benefício seja
maior ou no mínimo igual ao
custo/oportunidade de realizá-la e o indivíduo
tenha renda e tempo disponível para este
consumo.
Quanto mais distante é o destino a ser visitado,
mais cara será a opção, fazendo com que as
restrições de tempo e renda favoreçam a
procura pela opção mais próxima, o que
explica a característica regional desta
actividade.
Num primeiro momento o turista internacional
escolhe por um determinado país, seguido da
escolha por regiões (localidades) dentro desse
país. Muitas das vezes, o processo ocorre de
forma directa, ou seja, uma vez que o produto
turístico é oferecido numa cidade, o turista
pode escolher directamente a região a ser
visitada, estando implícito o país, no qual esta
se localiza.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Processo de escolha do destino
Fonte: Frank (1997)
Na perspectiva de Crompton & Ankhoma
(1993), a busca do turista em obter o
máximo de satisfação do processo de
compra, envolvendo produtos turísticos,
terá como barreira a falta de informações
perfeitas, fazendo com que, a sua
racionalidade seja limitada.
Os autores chamam a atenção para a
importância das fontes de informação e
das percepções/expectativas criadas por
elas. Não há um domínio total das
informações sobre o conjunto de
características contidas no produto
turístico, contudo as organizações devem
ter em atenção a sua importância.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
O turista age através de cinco estágios:
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
A evolução registada na última década evidencia que a rápida expansão do poder de compra
nos países asiáticos se traduziu num aumento significativo da sua importância na procura
turística mundial. As nações ocidentais perderam peso relativo, embora em valor absoluto
também tenham crescido.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
No que respeita aos destinos turísticos, verifica-se que a Europa tem vindo igualmente a
perder peso, principalmente em termos de chegadas, a favor das restantes regiões.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
As regiões que mais têm crescido são os destinos não tradicionais.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Esta tendência manter-se-á no futuro, segundo a WTO.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Em todas as regiões, a maioria dos turistas viaja dentro da sua própria região .
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Para o horizonte 2020 prevê-se, no entanto, um reforço do turismo de longa distância. Este
elemento destaca-se porque associa fortemente o crescimento turístico de uma região à sua
dependência em relação ao transporte aéreo.
A diversidade de actividades que estão
relacionadas com o turismo permite que se
considerem muitos segmentos diferentes, ainda
que não sejam muito claros os limites de cada
um.
Turismo de natureza
Turismo rural
Turismo urbano
Turismo cultural
Turismo náutico
Turismo de negócios
Turismo de sol e mar
Turismo gastronómico
Turismo de aventura
Ecoturismo
Turismo de natureza
Enoturismo
Turismo étnico
Turismo religioso
Turismo desportivo
Turismo de saúde, etc.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Classificação de actividades
turísticas
Fonte: Nelwawondo (2009)
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Pela sua importância relativa, o
sol/praia e as viagens de negócios
são os dois segmentos que mais
se destacam.
As actividades turísticas
continuam a estar concentradas
em certas regiões, geralmente à
beira-mar e nas montanhas.
O turismo urbano, que inclui
cidades históricas e culturais, é
outro segmento relevante do
turismo mais tradicional que
continua a expandir-se.
No entanto, as mais elevadas
taxas de expansão comercial
registam-se nos nichos de
mercado, constituídos, por
exemplo, pelo turismo aventura
ou o ecoturismo.
O turismo de negócios representa também um segmento em acentuado
crescimento, merecendo uma atenção especial por parte dos operadores
turísticos. Este segmento é fundamental para a aviação comercial e
hotelaria. Em virtude do crescimento da economia mundial e da
crescente globalização, as viagens de negócios deverão continuar a
aumentar o seu peso relativo na procura turística.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Os destinos turísticos tendem a ser cada vez mais
longínquos, uma vez que os avanços tecnológicos e a
concorrência internacional têm reduzido o custo real
de viajar, quer em termos de tempo, quer em termos
monetários. Verifica-se, aliás, uma crescente atenção
aos preços por parte dos turistas.
Uma das consequências mais directas deste
facto é a cada vez maior importância das
viagens aéreas de mais baixo custo,
competindo mesmo com o transporte
terrestre e marítimo/fluvial em distâncias
relativamente curtas.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Top 10 das cidades mais visitadas (2011)
Fonte: Wikipedia (2013)
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Top 10 dos países mais visitados (2011)
Fonte: Wikipedia (2013)
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Prevêem-se algumas alterações: Top 10 das cidades mais visitadas (2020)
Novas exigências e
alterações de
comportamento dos
turistas
Se é verdade que os turistas estão cada vez mais
atentos aos preços, também se constata que existe
uma crescente diversidade das necessidades e
expectativas dos turistas.
Para manter a competitividade do sector é
necessário ajustar a oferta turística à procura, tendo
em atenção que esta está em mutação e a tornar-se
particularmente exigente no que respeita à
qualidade.
A rapidez de resposta por parte da oferta turística,
bem como a sua flexibilidade, serão, cada vez mais,
factores competitivos fundamentais, até porque um
número crescente de turistas apresenta uma forte
vertente individualista, constituindo nichos de
mercado claramente distintos do turismo
massificado, mas cada vez mais importantes.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
Outra tendência
sustentada da procura
turística é uma redução
da sazonalidade, expressa
através do número
crescente de pacotes de
férias no período de
Inverno, em comparação
com as vendas no período
de Verão.
Este fenómeno deve-se,
por um lado, ao aumento
da idade média dos
turistas e, por outro, à
generalização da prática
de férias repartidas.
Tem-se assistido a uma redução da duração média das
estadas, bem como a um período de antecedência da
marcação em relação à deslocação cada vez mais curto.
Os problemas da
concentração e da
sazonalidade do turismo
continuam a exigir
soluções apropriadas em
termos de uma gestão
integrada da qualidade.
As respostas encontram-
se, por um lado, ao nível
da organização da oferta
turística, através de uma
gestão dos fluxos
turísticos, da promoção
de novos produtos e de
formas alternativas de
turismo. Por outro,
impõe-se fazer um esforço
no sentido de desfasar a
procura, que está
directamente ligada aos
sistemas de férias laborais
e escolares.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Procura
A despesa realizada pelos turistas abrange uma variedade
considerável de produtos que vão dos serviços de transporte ao
alojamento, passando pelas refeições, vestuário, artesanato,
produtos alimentares, equipamentos desportivos, espectáculos e
museus, etc.
Aquilo que determina se um dado ramo de actividade deve ser
considerado como característico do turismo varia de país para país,
mas o critério fundamental é, em geral, a importância da parte da
sua produção que é adquirida pelos turistas.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta
De acordo com a OMT, produtos característicos do turismo são
exactamente aqueles que, na maior parte dos países, deixariam de
existir em quantidade significativa, ou cujo consumo diminuiria de
forma significativa, caso não houvesse turismo. A definição deste
critério permite comparações internacionais, embora admita que
países diferentes definam actividades características diferentes.
Apesar disso, uma caracterização da oferta turística terá
necessariamente que referir um conjunto de actividades ou de
subsectores, cuja integração no sector do turismo é bastante
consensual, designadamente a hotelaria e a restauração, a aviação
comercial, os operadores turísticos e as agências de viagens.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta
A liberalização do espaço europeu estimulou a constituição de diversas alianças
estratégicas entre as companhias aéreas. Os seus principais objectivos são a
eficiência, a redução de custos, a obtenção de economias de escala e o
aproveitamento de sinergias, através do acesso a passageiros das companhias
aliadas sem necessidade de criar novos serviços, a melhoria da gestão das rotas
e da capacidade instalada, e ainda um maior poder negocial junto das agências e
operadores turísticos.
São também cada vez mais vulgares estratégias de fidelização do cliente, como
os programas designados frequent flyer, em que um viajante acumula pontos
em cada viagem que faz com uma determinada companhia (ou mais do que uma
a funcionar em parceria para este efeito), podendo depois trocá-los por viagens
para destinos à sua escolha.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Aviação Comercial
O segmento premium (de primeira classe e de negócios) é um
mercado cada vez mais importante segundo o World Economic
Forum, particularmente para hotéis e redes de companhias aéreas,
mas também para outros sectores na cadeia de valor das Viagens e
Turismo. Por exemplo, passageiros aéreos internacionais a viajar em
assentos premium representam 8 por cento do tráfego mas 26 por
cento da receita de passageiros em termos mundiais.
Este segmento está fortemente ligado ao segmento de turistas de
negócios. Um estudo revelou que 70% dos passageiros em assentos
premium estavam a viajar para fazer negócios. Consequentemente, a
dimensão e o potencial deste segmento entre países revela o
potencial de transacções e negócios entre esses mesmos países.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Aviação Comercial
Chegadas premium no Top 50 de economias desenvolvidas (2009)
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Aviação Comercial
N.º de passageiros premium por par de países (2009)
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Aviação Comercial
Constituem, de longe e na generalidade dos países, a
principal componente do turismo, chegando a atingir 3/4
do VAB das actividades características do turismo em
alguns dos destinos mais procurados.
A hotelaria caracteriza-se, em geral, pela elevada
fragmentação da oferta, competindo um número limitado
de empresas globais com muitos concorrentes de base
local e/ou regional.
Nas áreas de hotelaria e restauração na UE, 96% do
tecido empresarial é constituído por micro empresas. Por
outro lado, embora existam cadeias que possuem hotéis
localizados em cidades e em zonas balneares, a norma
consiste na especialização numa das vertentes da
procura, conquistando dessa forma um posicionamento
bem definido.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
Os maiores concorrentes a nível mundial no subsector dos hotéis
são originários dos principais países emissores de turistas,
beneficiando assim da notoriedade alcançada no mercado
doméstico para expandir para o exterior.
Algumas cadeias criam mesmo marcas próprias para níveis de
qualidade distintos, servindo deste modo uma grande
diversidade de clientes sem afectar a imagem global.
No subsector da hotelaria, os maiores grupos europeus estão a
tentar competir com os grupos americanos, líderes no mercado
mundial, através de fusões e aquisições. O investimento em
grande escala em estâncias turísticas emergentes é uma prática
corrente no subsector.
Para os hotéis e estabelecimentos similares, a tendência global é
de uma evolução no sentido da concentração e um acréscimo
gradual na capacidade de alojamento em termos absolutos e em
termos de dimensão média.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
Mesmo em situações de crise económica este sector revelou-se ser um dos que mais rápida e
facilmente emerge
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
Performance global de revPar* na crise económica mundial (2006-2010)
*Rooms Revenue per Available Room: receita por hospedagem por UH disponível.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
Performance global absoluto de revPar mundial (2010)
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
Variação da performance global absoluto de revPar mundial (2010)
Segundo o World Economic Forum existem sete áreas chave para o desenvolvimento deste
sector até 2015
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
Desempenham um papel fundamental no sector turístico, fazendo a
ligação entre a oferta e a procura. Basicamente constroem
programas de férias, combinando o alojamento, o transporte e
outros serviços, em pacotes integrados.
Em muitas situações, o preço surge quase como o único elemento
diferenciador destes produtos turísticos, sobretudo quando
respeitam a destinos massificados. Quanto maior for o volume de
turistas, maior será a capacidade negocial dos operadores junto de
hotéis e companhias de aviação e, consequentemente, mais
competitivos serão os preços praticados.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Operadores Turísticos
Os operadores turísticos destacam-se ainda pelo seu efeito
estruturante da oferta do sector ao integrarem em estratégias
comuns, a montante e a jusante, os restantes subsectores. A sua
dinâmica de crescimento, para alcançar a dimensão crítica que o
acréscimo de concorrência exige, conduz com frequência a
reposicionamentos dos diversos agentes turísticos e mesmo ao
desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Cada vez mais se fala, não especificamente de operadores turísticos,
mas sim de grupos estratégicos no sector, sendo de destacar o grupo
Accor, líder mundial, e o Grupo TUI, assim como o grupo Sol Meliá,
embora o âmbito de actuação deste último seja menos abrangente,
quer em termos geográficos, quer em termos de integração.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Operadores Turísticos
Constituem o elo de ligação entre os produtores e
os consumidores de produtos turísticos.
Tradicionalmente, a principal fonte de receitas das
agências de viagens é a venda de passagens aéreas,
mas disponibilizam igualmente pacotes turísticos
padronizados e, frequentemente, concebem
programas de férias personalizados, beneficiando
de uma relação directa com o cliente.
No que respeita às viagens de negócios, a grande
maioria das empresas trabalha com uma agência
habitual, constituindo muitas vezes o seu principal
cliente. Dependendo do volume de negócios que
represente este tipo de clientes, a agência pode
conseguir obter descontos significativos a este
nível.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Agências de Viagem
A criação dos sistemas centrais de reservas, ao
permitir aos consumidores a compra dos bilhetes
de avião directamente às companhias aéreas, tem-
lhes proporcionado um maior controlo sobre as
suas vendas e distribuição, o que contribuiu para
exercer pressão sobre as agências de viagens e
reduzir as comissões pagas.
O sistema de reservas, aliado à emissão electrónica
de bilhetes, que permite reduzir os custos de
emissão e de transacção, constitui na prática um
duplo problema para agências e operadores: por
um lado, vêem as suas receitas afectadas e, por
outro, perdem clientes na área mais significativa do
negócio, a venda de bilhetes de avião.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Agências de Viagem
As agências de viagens começam também a ver as
suas comissões na venda de pacotes de férias
reduzidas pelos operadores turísticos, com graves
repercussões ao nível da rentabilidade.
Em consequência, as agências de viagens têm
vindo a modernizar-se, adoptando e investindo
também em novas tecnologias, sobretudo ao
nível da informática, criando sistemas próprios e
interfaces para lidar com os sistemas centrais de
reservas das companhias de aviação e hotéis,
essenciais a uma melhor prestação de serviços e
à manutenção da base de clientes.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Agências de Viagem
O processo de desintermediação a que o comércio
electrónico conduz coloca a questão de qual o novo papel
das agências de viagens tradicionais:
O turismo é um dos sectores que mais rapidamente se
integrou na dinâmica da nova economia,
Assenta a sua actuação nas tecnologias de informação e
comunicação, com a divulgação e comercialização dos
seus produtos pela Internet, onde assumiu desde logo
uma posição destacada.
Analistas apontam mesmo para que cerca de 35% dos
produtos e serviços transaccionados on line em 2020
estejam relacionados com o turismo.
III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional:
Determinantes da Oferta: Serviços Turísticos
Turismo Internacional
Turismo Internacional
Turismo Internacional
IV. Turismo Regional
• Tendências e Padrões de
Desenvolvimento do Turismo
Regional
• Europa
• Américas
• Ásia e Pacífico
• Médio Oriente e Norte de África
• África sub-sariana
No que diz respeito ao turismo, o globo pode ser dividido em cinco grandes regiões: Europa,
Américas, Ásia e Pacífico, Médio Oriente e Norte de África e África sub-sariana.
Américas
Europa
África sub-sariana
Médio Oriente e
Norte de África
Ásia e Pacífico
IV. Turismo Regional
Apesar da relevância na economia mundial e do
importante efeito multiplicador económico quanto à
geração de emprego, renda, receita tributária e
cambial, o crescimento da actividade turística foi
bastante desproporcional nas diversas regiões do
mundo.
É possível constatar uma clara concentração do
fluxo de turismo internacional nos países
desenvolvidos, ou em regiões próximas a estes
países.
IV. Turismo Regional
Chegadas de turistas internacionais por região (1950-2007)
IV. Turismo Regional
Quota de chegadas de turistas internacionais por região (1950-2007)
IV. Turismo Regional
Chegadas de turistas internacionais por regiões (1950-2007)
IV. Turismo Regional
Factores de
atracção dos
países
desenvolvidos
Proximidade geográfica dos demais países desenvolvidos, os
quais apresentam uma maior capacidade de procura.
Índices elevados de desenvolvimento humano, condições
favoráveis quanto à capacidade de oferta, relacionadas com a
atractividade turística (principalmente atractivos turísticos
construídos).
Acessibilidade (através de tecnologias relacionadas com os
meios de locomoção, reduzindo o tempo e o custo das viagens,
bem como a um melhor acesso às informações do destino).
Diversificação da oferta (relacionada com uma maior
quantidade de opções de composição de cestas de bens e
serviços num determinado destino).
Articulação do sector com uma maior competência de ligação
entre os vários serviços de distribuição e oferta.
Maior segurança nos destinos.
IV. Turismo Regional
Os países em desenvolvimento têm alcançado pouca inserção no fluxo de
viagens internacionais, salvo algumas excepções. Embora a década de 1990
tenha demonstrado maiores taxas de crescimento desta actividade a nível
internacional nos países pobres e em desenvolvimento, em termos
proporcionais esta participação ainda é pouco representativa.
Ainda que apresentem vantagens comparativas quanto aos atractivos naturais,
faltam aos países em desenvolvimento outras condições necessárias para
transformar estas vantagens em benefício ao bem-estar social da comunidade
local através dos efeitos económicos gerados pela actividade turística.
Se somadas, as regiões da América do Sul, África e Sul da Ásia, representam
aproximadamente 1/3 do território mundial, e conjuntamente receberam
menos do que 7% dos turistas internacionais e aproximadamente 10% da
receita turística no ano 2000, conforme OMT (2003).
Contudo, as tendências de evolução estão a sofrer algumas alterações.
IV. Turismo Regional
IV. Turismo Regional
IV. Turismo Regional
Variação 2000-2009 de chegadas e receitas de turismo internacional por região
Fonte: UNTWO (2010)
IV. Turismo Regional
Chegadas de turistas internacionais por regiões (2003-2009)
Fonte: UNTWO (2010)
IV. Turismo Regional
Chegadas de Turistas Internacionais por região 2008-2009 (% variação)
Fonte: UNTWO (2010)
IV. Turismo Regional
Variação 2010-2011 de chegadas de turistas internacionais por região
IV. Turismo Regional
Criação de Riqueza do turismo internacional por regiões (2006)
IV. Turismo Regional
Receitas do turismo internacional por região (2003-2009)
Fonte: UNTWO (2010)
IV. Turismo Regional
Receitas do turismo internacional por região 2007-2009 (% variação)
Fonte: UNTWO (2010)
IV. Turismo Regional
Receitas por chegada do turismo internacional em 2009
Fonte: UNTWO (2010)
IV. Turismo Regional
IV. Turismo Regional
No que respeita aos destinos turísticos, verifica-se que a
Europa tem vindo igualmente a perder peso, quer em
termos de chegadas, quer em termos de receitas, a favor
das restantes regiões.
A evolução registada na última década evidencia
que a rápida expansão do poder de compra nos
países asiáticos se traduziu num aumento
significativo da sua importância na procura
turística mundial. Em contrapartida, as nações
ocidentais perderam peso relativo, embora em
valor absoluto também tenham crescido.
Top 10 das chegadas e receitas do turismo internacional por país (2008-2009)
IV. Turismo Regional
Top 10 das chegadas e receitas do turismo internacional por país - %variação (2008-2009)
Fonte: UNTWO (2010)
IV. Turismo Regional
IV. Turismo Regional
No que respeita aos investimentos turísticos, verificam-se
igualmente algumas alterações.
Em termos globais o investimento tem diminuído.
Contudo alguns países e regiões têm apostado
fortemente nesta actividade de onde se destacam:
• Médio Oriente
• Ásia do Sul
• Sudoeste Asiático
• América Latina
Fonte: World Economic
Forum(2011)
Investimentos em Viagens e Turismo por região (1990-2010)
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic Forum(2011)
Alterações no investimentosem Viagens e Turismo por região em %
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic Forum(2011)
Alterações nos investimentos em Viagens e Turismo por país (1995-2010)
IV. Turismo Regional
Para analisar o ambiente de competitividade turística, o World Economic Forum elabora
todos os anos o WEF: Travel & Tourism Competitiveness Report. Esse ambiente de
competitividade é analisado através de 3 sub-índices principais:
Fonte: World Economic Forum(2011)
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic Forum(2011)
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic Forum(2011)
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic Forum(2011)
IV. Turismo Regional
IV. Turismo Regional
Vários índices de competitividade turística por país - Europa (2011)
Fonte: World Economic Forum(2011)
Fonte: World Economic Forum(2011)
Vários índices de competitividade turística por país - Américas (2011)
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic Forum(2011)
Vários índices de competitividade turística por país - Ásia/Pacífico (2011)
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic Forum(2011)
Vários índices de competitividade turística por país - Médio Oriente e Norte de África
(2011)
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic
Forum(2011)
Vários índices de competitividade turística por país - África sub-sariana (2011)
IV. Turismo Regional
Fonte: World Economic
Forum(2011)
Top 3 de desempenho económico por sector (2011)
IV. Turismo Regional
IV. Turismo Regional: Europa
Ao nível da União Europeia (UE), as actividades
directamente ligadas aos produtos e serviços de turismo
representavam, de acordo com os últimos dados
conhecidos, uma contribuição chave para o PIB (em
média 5,5%), para o emprego (6% do emprego total na
UE) e para o comércio externo de serviços (cerca de
30%)(5).
Estudos da própria UE indicam que o turismo
deverá crescer acima da média da economia nos
próximos 10 anos, apontando-se para aumentos
médios anuais de 2,5% a 4% em termos de volume
de negócios e de 1% a 1,5% em termos de
emprego. O turismo poderá criar entre 2,2 e 3,3
milhões de postos de trabalho na UE, até 2020.
IV. Turismo Regional: Europa
IV. Turismo Regional: Ásia e Pacífico
Os significativos ganhos de quota de mercado apresentados
pela Ásia resultam, fundamentalmente, do aumento dos
fluxos internacionais regionais. Ou seja, o boom económico
registado a partir da década de 70 nalguns países daquela
região é o principal responsável pelos resultados alcançados.
Para além disso, a Ásia tem vindo a ganhar quota de
mercado noutras regiões emissoras. No caso concreto dos
fluxos turísticos com origem na Europa, a quota de mercado
da Ásia passou de 2,4%, em 1985, para 3,8%, em 1996 (WTO,
1997).
Relativamente aos resultados por países, a principal
alteração prevista para 2020 é a ascensão da China à
liderança mundial na captação de fluxos turísticos
internacionais. É ainda de registar a subida no ranking por
parte de Hong – Kong.
IV. Turismo Regional: Ásia e Pacífico
Propensão para viajar vs. PIB per capita: China, média mundial e EUA ,(2010)
País Chegadas Taxa de crescimento anual
1995-2020
China 137,1 8,0%
Estados Unidos 102,4 3,5%
França 93,3 1,8%
Espanha 71,0 2,4%
Hong – kong 59,3 7,3%
Itália 52,9 2,2%
Reino Unido 52,8 3,0%
México 48,9 3,6%
Rússia 47,1 6,7%
República Checa 44,0 4,0%
Fonte: WTO (1998)
IV. Turismo Regional: Ásia e Pacífico
Previsão de chegadas internacionais , por países, em 2020
IV. Turismo Regional: Ásia e Pacífico
IV. Turismo Regional: Américas
Os Estados Unidos da América lideram, em termos de receitas obtidas e de gastos
efectuados, o turismo internacional.
Fonte: WTO
IV. Turismo Regional: Américas
Receitas e Gastos do turismo internacional(2007)
Receitas Gastos
Estados Unidos Estados Unidos
Itália Alemanha
França Japão
Espanha Reino Unido
Reino Unido França
Alemanha Itália
Áustria Áustria
Hong – Kong Holanda
China Canadá
Suíça Rússia
IV. Turismo Regional: Américas
A América do Sul é composta por, estes países
classificados como de renda média baixa e renda
média alta, de acordo com a classificação do BANCO
MUNDIAL. Dentre estes, Argentina, Chile e Uruguai
fazem parte do grupo de países considerados como
de elevado Índice de Desenvolvimento Humano, de
acordo com a classificação da ONU.
Aproximadamente 77% dos turistas
internacionais que chegam à América do Sul
tem como origem o próprio continente
americano. Porém, numa análise mais
aprofundada é possível observar que grande
parte deste fluxo é sul-americana, havendo
pouca incidência das Américas Central e do
Norte, destacando-se apenas a participação dos
Estados Unidos.
IV. Turismo Regional: Américas
Participação sul-americana e dos principais emissores no fluxo turístico receptivo dos
países da América do Sul (2002)
IV. Turismo Regional: Américas
De forma geral, a capacidade de emissão de turistas internacionais dos
países da América do Sul é bastante limitada no curto prazo. O Brasil que
poderia ser considerado como o maior mercado potencial em virtude da
sua população e por fazer fronteira com quase todos os demais países,
contudo a desigual distribuição da renda torna esta situação utópica.
Junta-se à extensão territorial brasileira que oferece maiores opções ao
turismo interno e um aspecto cultural e institucional que mantém certa
distância dos países da região, pelo facto de ser o único país a ter o
português como língua oficial, daí a fraca participação do Brasil como
fluxo emissivo na América do Sul.
O principal centro emissor de turistas para a América do Sul é a
Argentina. Este país destaca-se como sendo o maior emissor de turistas
para quatro dos doze países que compõe a região, sendo três destes os
maiores receptores, com excepção da própria Argentina.
IV. Turismo Regional: Américas
Dados para análise da capacidade de emissão de turistas internacionais dos países da
América do Sul (2003)
IV. Turismo Regional: Américas
IV. Turismo Regional: Médio Oriente e Norte de África
A região do Médio Oriente e Norte de África é uma
das regiões com mais dificuldades em atrair turistas
pelas situações de conflito e insegurança constantes.
Contudo, perspectiva-se no curto prazo uma
alteração neste cenário. Esperando-se um forte
crescimento.
IV. Turismo Regional: Médio Oriente e Norte de África
De modo geral, os países africanos são classificados como sendo de
baixa renda, havendo apenas cinco classificados como de renda média
baixa e seis como de renda média alta. Em relação ao desenvolvimento
humano, a maior parte deles é considerado como “menos
desenvolvido”, com IDH abaixo de 0,5. O único IDH acima de 0,8 é o de
Seicheles, formado por pequenas ilhas no Oceano Índico.
Assim como a América do Sul, África mantém espaços representativos
caracterizados por atractivos naturais. Basta observar as revistas
especializadas em turismo, ou mesmo em páginas oficiais da web sobre
países da região para constatar que os principais recursos de atracção
deste continente é formado por belezas naturais. Porém, os problemas
de insegurança tanto física quanto de saúde, apresentam índices mais
alarmantes do que a América do Sul. Além disso, os conflitos civis
permanecem em diversos países. Apesar de tudo, espera-se algum
crescimento.
IV. Turismo Regional: Médio Oriente e África
Turismo Internacional

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  • 2. Turismo Internacional I. Conceptualização • Conceitos • Tipos de Turismo • Tendências de Crescimento II. Impactos • Económicos • Sociais • Culturais • Ambientais
  • 3. Turismo: actividades realizadas pelas pessoas durante as suas viagens e permanência em lugares distintos do seu local de residência habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a um ano por motivos de lazer, negócios e outros, não relacionados com o exercício de uma actividade remunerada. Todas as actividades dos visitantes, incluindo turistas (visitantes que pernoitam) e visitantes do dia (excursionistas que não pernoitam). (OMT) Turismo entre países Turismo dentro do próprio país I. Conceitos
  • 4. I. Conceitos: Tipos de Turismo (origem do país) Doméstico ou Interno (deslocações internas dos residentes de um país no próprio país). Receptor ou Inbound (Visitas a um país por não residentes). Emissor ou Outbound (Visitas de residentes de um país a outro(s) país(es). Interior (Turismo dentro das fronteiras de um país). Nacional (Movimentos dos residentes de um dado país). Internacional (Deslocações que obrigam a atravessar uma fronteira).
  • 5. I. Conceitos: Tipos de Turismo (origem do país) O turismo emissor e receptor dão origem à classificação dos países em emissores e receptores. Todos os países são simultaneamente receptores e emissores, ainda que alguns tenham uma das vertentes mais desenvolvidas. Os países menos desenvolvidos economicamente mas que possuem recursos naturais e/ou histórico- culturais excepcionais e que dispõem de boas infra-estruturas turísticas recebem mais visitantes do que aqueles que enviam para o estrangeiro (são maioritariamente receptores). Muitos países com elevado desenvolvimento económico, mesmo dispondo de atractivos e boas infra- estruturas turísticas recebem visitantes estrangeiros em número inferior aos seus residentes que efectuam viagens ao estrangeiro (países maioritariamente emissores).
  • 6. I. Conceitos: Tipos de Turismo (origem do país) A forma mais simples e eficaz para classificar os países como eminentemente emissores e receptores é a partir dos elementos económicos das receitas e das despesas. O saldo é positivo (receitas superiores às despesas ) País eminentemente receptor. O saldo é negativo (despesas ultrapassam as receitas) País eminentemente emissor.
  • 7. I. Conceitos: Tipos de Turismo (origem do país) Estas posições de país eminentemente emissor ou receptor tendem a alterar-se ao longo dos tempos. Exemplo, à medida que o nível de vida e bem-estar se vai elevando o país tende a transformar-se em emissor. O turismo emissor e receptor deveriam ser equilibrados, pois considerando o caso de um turista que sai de um país A para o país B, C e D: o primeiro país é emissor, o segundo, o terceiro e quarto são receptores (1 emissor = 3 receptores). Assim, à escala mundial, o número de visitantes do turismo receptor é superior ao número total de visitantes do turismo emissor.
  • 8. I. Conceitos: Tipos de Turismo (segundo a balança de pagamentos) As viagens de um residente num país X a outro país obriga-o à aquisição de uma grande variedade de bens e serviços nos países visitados o que se traduz em gastos/despesas no país de origem. Saída de divisas débitos Passivo Quando os residentes noutros países visitam o país X procedem a aquisições que dão origem a receitas para esse país. Entrada de divisas créditos Activo
  • 9. I. Conceitos: Tipos de Turismo (segundo a balança de pagamentos) Turismo externo passivo: conjunto das viagens que os residentes de um dado país realizam no estrangeiro. Turismo de importação Outgoing Turismo externo activo: viagens que os estrangeiros realizam nos países de visitam. Turismo de exportação Incoming
  • 10. I. Conceitos: Tendências de Crescimento Factores que moldam o desenvolvimento do turismo (OMT) Mudança demográfica e social Infra-estruturas de transportes Desenvolvimentos comerciais Desenvolvimento de produto de destino Desenvolvimento operacional de bens e serviços Estrutura da empresa de viagens Desenvolvimentos económicos e financeiros FACTORES EXÓGENOS FORÇAS DE MERCADO Mudanças políticas, legislativas e reguladoras Desenvolvimentos tecnológicos Segurança da viagem Marketing Sistemas de reserva computadorizados e banco de dados do destino Desenvolvimento dos recursos humanos
  • 11. II. Impactos A actividade turística internacional é caracterizada pela deslocação de pessoas entre países. Provém de um fenómeno social muito relacionado com o factor económico. Tem como base o consumo de bens e serviços oferecidos em determinados espaços físicos que não correspondem ao país de residência do turista.
  • 13. II. Impactos: Económico O turismo é um elemento estruturante da dinâmica da economia global, em larga medida traduzida no desenvolvimento da componente de serviços. A crescente importância do turismo na economia resulta da cada vez maior mobilidade e prosperidade das sociedades.
  • 14. Chegadas de Turistas Internacionais: 1950-2007 II. Impactos: Económico
  • 15. Chegadas de Turistas Internacionais: 1950-2020 II. Impactos: Económico
  • 16. II. Impactos: Económico O turismo internacional moveu em 2007 quase 900 milhões de turistas (733 mil milhões de dólares de receitas em 2006). O turismo internacional é assim, um dos principais sectores de exportação ao nível global, representando cerca de 30% das exportações mundiais de serviços, alcançando mesmo percentagens superiores a 50% em países onde o turismo tem um papel económico muito mais importante como sejam as ilhas.
  • 17. Até 2020 a OMT prevê: • Taxa de crescimento média anual: 4% • Crescimento médio das receitas: 6% a 7%. • Receita superior a um trilião de dólares II. Impactos: Económico
  • 18. Deslocação de turistas internacionais em todo o mundo e receitas associadas (1950- 2009) Fonte: OMT II. Impactos: Económico
  • 19. Em termos económicos, as receitas do turismo internacional têm que ser analisadas como exportações e as despesas como importações. Para muitos países, o turismo internacional é uma fonte indispensável de divisas. De acordo com a OMT, o turismo situa-se entre as 5 principais categorias de exportações para 83% dos países e é a principal fonte de divisas para pelo menos 38% dos países. Em 1998 o turismo internacional correspondia a 6,6% das exportações mundiais de bens e serviços. As receitas totais do turismo internacional ascenderam a um montante de 442 mil milhões de dólares (USD), tornando o turismo num dos principais itens do comércio internacional II. Impactos: Económico
  • 20. De acordo com a OMT, no final do milénio, o ingresso por turismo internacional esteve entre as três principais actividades económicas no comércio exterior, superando em termos de receitas sectores já tradicionais. Ingressos mundiais por exportações, 1999 (bilhões US$) Fonte: Banco Mundial II. Impactos: Económico
  • 21. Fonte: OMT II. Impactos: Económico Receitas do Turismo Internacional VS outras categorias de exportações (1990-2010)
  • 22. II. Impactos: Económico Metade das exportações mundiais em 2011 vieram do turismo e viagens
  • 23. Este facto põe em evidência as profundas assimetrias que este sector representa. Num país de renda elevada, este mesmo montante gasto por um turista estrangeiro irá representar uma quantia inferior à 10% de seu respectivo PIB/per capita. Basta considerar que se um turista visitar a um dos países considerados como de renda baixa pelo BANCO MUNDIAL e gastar um montante acima de US$ 750 terá deixado pelo menos o equivalente ao PIB/per capita deste país, sendo que em alguns casos este valor pode representar o dobro ou até mesmo o triplo deste indicador. Embora a participação da maioria destes países no fluxo de turistas internacionais seja pouco representativa, os benefícios económicos são relevantes. Ainda que haja uma forte concentração do fluxo de viagens em países desenvolvidos, é uma actividade significativa na geração de renda e emprego em diversos países em desenvolvimento. II. Impactos: Económico
  • 24. Fonte: OMT II. Impactos: Económico Turismo como gerador de prosperidade (2011)
  • 26. O turismo oferece um importante contributo para a economia, contudo deve ser considerado apenas como um componente de um conjunto mais amplo de iniciativas de desenvolvimento. Pode ser o contribuinte principal para um sistema económico, mas não deve ser o único tendo em conta a variabilidade muito elevada desta actividade económica devido a inúmeros factores: O turismo responde a várias motivações que se alteram ao longo do tempo; A popularidade dos destinos passa por períodos de ascensão e queda; Guerras civis, atentados terroristas, catástrofes naturais podem ameaçar destinos ou regiões turísticas. II. Impactos: Económico
  • 27. Parte significante das economias industrializadas tem demonstrado ao longo do último século uma tendência para o crescimento do sector de serviços na composição ocupacional. Dado que o turismo é fundamentalmente caracterizado como um sector de serviços, intensivo em mão de obra, esta actividade passa a ser de grande interesse para as economias face ao problema dos elevados índices de desemprego. Emprega mais de 100 milhões de pessoas, só no que respeita a empregos directos. II. Impactos: Económico
  • 28. Apesar de sua relevância, pouco se sabe sobre o funcionamento e as características do mercado de trabalho no sector. Mesmo em economias desenvolvidas, o número real de trabalhos promovidos pela actividade turística representa um valor estimado. Sabe-se que directamente os empregos proporcionados pelo turismo estão concentrados no sector de serviços, embora indirectamente existam repercussões em inúmeras outras actividades. Praticamente é impossível medir o impacto real do turismo no emprego visto que influencia muitas outras actividades económicas. II. Impactos: Económico
  • 29. Circulação dos gastos em turismo e procura de profissionais Baptista (1990) II. Impactos: Económico
  • 30. Impacto estimado do turismo no mercado de trabalho II. Impactos: Económico
  • 31. II. Impactos: Socioculturais Factor associado ao turismo Impacto positivo Impacto negativo Uso da cultura como atracção turística Maior apoio para culturas tradicionais e expressões de identidade étnica. Revitalização de artes, festivais e linguagem tradicionais. Mudanças nas actividades e artes tradicionais para adequar-se à produção para turistas (deturpação do bem cultural e social). Desagregação e aglomeração em actividades tradicionais. Invasão da privacidade. Contacto directo entre turistas e populações receptoras Quebra de estereótipos negativos , aumento das oportunidades sociais. Reforço dos estereótipos negativos. Introdução de doenças. Efeito demonstração (imitação do outro) e comercialização da cultura. Arrogância cultural. Mudanças na estrutura económica e do emprego Novas oportunidades económicas e sociais que diminuem a desigualdade social. Conflito e tensão na comunidade provocada por uma alteração da estrutura e tradições. Aumento da desigualdade social.
  • 32. II. Impactos: Socioculturais Factor associado ao turismo Impacto positivo Impacto negativo Desenvolvimento de instalações e empresas turísticas. Maiores oportunidades recreativas. Impossibilidade de acesso a locais e actividades recreativas. Disputa pelos negócios turísticos e aumento das assimetrias sociais e económicas. População maior em função do turismo e do desenvolvimento associado Apoio e ampliação de instalações médicas, educacionais e outras que melhoram a qualidade de vida das populações locais e turistas. Superpopulação e congestionamentos. Aumento do crime e insegurança.
  • 33. II. Impactos: Socioculturais Impactos culturais no turismo emissivo Como viajar e para onde Que actividades Valor conferido à viagem Comportamentos
  • 34. Os turistas árabes são menos activos (em termos desportivos e físicos) devido ao seu lema de relaxamento total e absoluto (“raha”) Os serviços de alimentação são um critério de escolha de destino mais ponderado para turistas japoneses, chineses, italianos ou franceses do que para canadianos ou norte-americanos. Os primeiros mantêm a preferência pela sua cozinha, os últimos são mais curiosos e “experimentalistas”. No que diz respeito a comportamentos gregários e de relacionamento com as populações receptoras, os chineses, japoneses e franceses são mais reservados, enquanto que os italianos, portugueses e americanos são mais comunicativos. Os turistas japoneses viajam em grandes grupos tipo excursão, os franceses são mais individualistas não se misturando nem com as populações locais nem com os seus compatriotas. II. Impactos: Socioculturais
  • 35. II. Impactos: Socioculturais Impactos culturais no turismo receptivo – Cultura como atractivo Cultura popular (culturas e tradições). Museus (Louvre, British Museum, Prado…) Ambientes urbanos (Nova Iorque, Londres…) Ícones culturais (torre Eiffel, Torre de Londres, Coliseu de Roma…)
  • 36. II. Impactos: Ambientais Impactos negativos Impactos positivos Danos ambientais Ex: o Mediterrâneo sofreu um desenvolvimento hoteleiro excessivo e intensivo (danos nas dunas, superlotação das praias e destruição de locais históricos). No Quénia o desenvolvimento turístico está a destruir várias reservas naturais. Conservação e protecção Restauração, conservação e protecção dos espaços físicos, proporcionado os incentivos e a renda necessários À recuperação de locais históricos e a criação e manutenção de locais naturais. Poluição O transporte é uma grande fonte de poluição sonora e do ar. Estimou-se que são queimadas a cada ano cerca de 2 milhões de toneladas de combustível, produzindo 550 milhões de toneladas de gases que provocam o efeito estufa de 3,5 milhões de toneladas de substâncias químicas responsáveis pela chuva ácida. A poluição da água gerada pelo esgoto, uso de pesticidas, herbicidas e fertilizantes no ambiente natural de resorts também é um grande problema em muitos destinos turísticos. Infra-estruturas Pode ser também um motor para a criação de melhores infra-estruturas para conservar o meio ambiente (tratamento de esgotos, lixos…).
  • 38. Turismo Internacional II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional • Factores de Atracção • Factores de Emissão • Factores de Resistência
  • 39. A deslocação do consumidor e não do produto, faz com que algumas variáveis não consideradas no comércio de bens se tornem relevantes na comercialização de serviços turísticos. Factores que não são considerados ou são menos relevantes para o consumidor de bens e mercadorias importadas no seu local de residência, mas que se tornam extremamente importantes numa viagem internacional. Segurança, Clima, Infraestrutura; Atractivos naturais; Proximidade cultural… II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
  • 40. Por se tratar de um produto composto, um destino turístico internacional tende a diferenciar-se por alguns dos factores que o compõe. Seja pelo clima, arquitectura, cultura, alimentação, paisagem, localização, enfim, há sempre um diferencial entre eles, ainda que sejam considerados como produtos substitutos próximos. Nesta actividade, quanto maior a distância, maior tende a ser a participação dos custos de transporte no total dos gastos com viagens, bem como o tempo gasto na viagem. Ainda que esta regra também seja válida para o caso das mercadorias, a diferença é que o custo com transporte de pessoas e o tempo gasto por elas tende a ser mais relevante que o de bens. Importância do factor tempo II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
  • 41. As variáveis explicativas mais utilizadas por outros autores foram: renda, custo da viagem e custo do destino. Além destas, também foram utilizadas a população, taxa de câmbio, custo de destino substituto, custo de viagem substituto, gastos em marketing e outras variáveis dummy (ex. CROUCH, 1996). Dentre as variáveis explicadas utilizadas pelos autores estão: gastos com turismo, gasto per capita em lazer, turistas a negócios, receitas turísticas, visitantes per capita, turistas por noite, todas referindo-se a países. Ao longo das últimas décadas, alguns estudos têm procurado compreender melhor os determinantes da actividade turística no intuito de realizar previsões WITT & WITT (1995) fizeram um levantamento sobre as análises empíricas da procura turística internacional: II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
  • 42. FRECHTLING (1996) propõe uma divisão dos factores divididos em três categorias: Factores de emissão Forças centrífugas, levam os cidadãos de determinados países a saírem do seu para visitar outros. Factores de atracção Actuam sobre indivíduos relativamente a um destino internacional. Factores de resistência Forças centrípetas, afastam os indivíduos de viajar internacionalmente, induzindo à concentração do fluxo no turismo doméstico. Para a compreensão dos determinantes do fluxo de turismo internacional existe um estudo mais específico. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
  • 43. Há, portanto, duas variáveis fundamentais a serem explicadas para a identificação dos determinantes do fluxo de turismo internacional e para a classificação dos países como emissores ou receptores. As relacionadas com os factores de emissão, i.e., quantidade de turistas emitidos por um dado país. As relacionadas com os factores de atracção, i.e., quantidade de turistas estrangeiros que chegam ao país. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional
  • 44. É importante responder de onde surge o turista internacional, para em seguida, explicar para onde ele irá e porquê. Isto, basicamente refere-se à identificação dos factores de emissão, (FRECHTLING, 1996), demonstrando quais os determinantes, que possibilitam identificar os países ou regiões que satisfazem as condições necessárias para se tornarem num centro emissor de turistas internacionais. Posteriormente, com base nos factores de atracção e resistência, é possível explicar o êxito da actividade turística em alguns países e as dificuldades encontradas por outros na busca de uma maior inserção no fluxo internacional. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão
  • 45. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão No caso da análise dos factores de emissão, a análise per capita é interessante para demonstrar quais países que apresentam as condições mais favoráveis ao consumo de viagens internacionais. Saídas de turistas internacionais por países – valores absolutos (1998)
  • 46. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão A emissão de turistas internacionais está centrada no hemisfério norte, não havendo praticamente países que apresentem uma emissão de turistas superior a 6,8 milhões, que esteja localizado abaixo da linha do Equador.
  • 47. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão Com base nesta análise espacial, é possível identificar que os países do hemisfério Norte são os principais emissores de turistas. Porém, o que estes países satisfazem para ocupar esta posição? Tamanho da população Dimensão do País Renda per capita e tendência da renda Distribuição de renda Factores sócio- demográficos: Distribuição educacional Distribuição etária Tempo destinado ao lazer Estrutura familiar
  • 48. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Tamanho da População Um país com uma enorme população tende a gerar uma maior quantidade de viagens internacionais do que outro com uma população menor, nas mesmas condições. Por isso, quando a emissão de turistas é analisada em termos absolutos, o tamanho da população torna-se relevante positivamente. O facto é que esta variável deve ser considerada, sobretudo porque junto com a renda, pode explicar em muito o fluxo receptivo. Isto é, fazer fronteira com um país populoso com renda elevada é uma condição que favorece em muito para que um determinado país se torne um centro receptivo de turistas internacionais (ex: Portugal e Espanha).
  • 49. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Dimensão do País O facto de um país possuir uma maior extensão reflectirá uma maior quantidade de opções para que sua população viaje por destinos internos (ex.Austrália). A relação inversa entre a emissão de turistas internacionais e o tamanho do país, é válida também para os países pequenos (ex. Luxemburgo) Ou seja, quanto menor o país, menores serão as opções de viagem à população local e consequentemente maior será a tendência ao consumo com viagens internacionais.
  • 50. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Renda A variável renda é a principal determinante para explicar os gastos com viagens internacionais. As viagens internacionais são compostas de bens e serviços que podem ser classificados como gastos com bens superiores. Um aumento da renda real possibilita ao consumidor um maior poder de compra, que irá resultar no aumento da procura por bens normais e superiores. No caso das viagens e lazer, apenas indivíduos que obtenham uma renda capaz de suprir as suas necessidades básicas, se tornam como elementos da procura deste mercado, o que garante aos países de renda elevada o posto de principais centros emissores de turistas. Dado que a renda é um determinante da procura por viagens internacionais, os países classificados como de renda alta são os que tendem a oferecer condições mais favoráveis para que sua população consuma viagens internacionais. Contudo, a renda não deve ser analisada em termos absolutos, mas em termos de distribuição da renda, i.e., um país pode ser de renda elevada, mas se a sua distribuição não for equilibrada não torna este país como grande emissor (ex. Rússia).
  • 51. O mundo através da Classificação de Renda dada pelo Banco Mundial (2012) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Renda Fonte: Banco Mundial (2013)
  • 52. O mundo através da Classificação económica dada pelo Banco Mundial (2013) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Renda Fonte: Banco Mundial (2013) Economias avançadas Economias emergentes Economias subdesenvolvidas
  • 53. Principais mercados emissores (2006) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Renda
  • 54. Principais mercados emissores (2010-2011) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Renda
  • 55. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Renda Gastos pessoais em Viagem e Turismo preços vs PIB (1990-2010)
  • 56. Proporção entre população e renda/tamanho da economia (2013) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Renda Fonte: Banco Mundial (2013)
  • 57. Distribuição da renda por década (2006) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Renda Fonte: Banco Mundial (2013)
  • 58. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sociodemográficos Outros factores, tais como distribuição educacional, distribuição da idade, tempo de lazer e estrutura familiar, apesar de relevantes na emissão de turistas, por vezes são difíceis de medir devido à dificuldade de encontrar dados a nível internacional, sobretudo em alguns países. No caso da variável tempo destinado a lazer, alguns autores sugerem a consideração dos dias do ano menos os dias trabalhados, ou então o número de dias de férias pagos. O facto é que com a actual inserção da informalidade na composição ocupacional, a fiabilidade destas variáveis podem ser questionadas. Da mesma forma, a estrutura familiar e a educação encontra problemas idênticos para a mensuração a nível internacional.
  • 59. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sociodemográficos Distribuição educacional: a educação é um factor positivo para a emissão de turistas, contudo este indicador não tem influência na recepção de turistas. Os países industrializados, mais uma vez apresentam melhores condições.
  • 60. Distribuição educacional - literacia nos jovens(2011) Fonte: EdStats (2011) Country-Land ILATE < - 50 50 - 80 80 - < No data available Source: UNESCO Institute for Statistics in EdStats, 2011 Note: Data displayed is for the latest available year II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
  • 61. Distribuição educacional - literacia nos adultos (2011) Fonte: EdStats (2011) Country-Land ILATE < - 50 50 - 80 80 - < No data available Source: UNESCO Institute for Statistics in EdStats, 2011 Note: Data displayed is for the latest available year II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
  • 62. Distribuição educacional – frequência do ensino secundário (2011) Fonte: EdStats (2011) Country-Land ILATE < - 50 50 - 80 80 - < No data available Source: UNESCO Institute for Statistics in EdStats, 2011 Note: Data displayed is for the latest available year II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sociodemográficos
  • 63. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sócio-demográficos Com relação à distribuição da idade, pode-se partir da suposição de que países com maior percentual da população em idade activa tendem a apresentar melhores condições para emissão de turistas. Porém, não se deve desconsiderar a relevância do público acima de 65 anos, o qual geralmente tende a apresentar condições mais propícias às viagens.
  • 64. Distribuição etária (2006) Fonte: Wikipedia (2013) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sócio-demográficos
  • 65. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sócio-demográficos No caso da variável tempo destinado a lazer, naturalmente, quanto mais dias de férias existem para a população activa de um dado país, mais viabilidade existe para que esse país seja fortemente emissor.
  • 66. Fonte: OECD (2009) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sociodemográficos Horas de trabalho e dias de férias (2009)
  • 67. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sociodemográficos A estrutura familiar é outra variável importante. A diminuição dos núcleos familiares e o reduzido nascimento de crianças por casal nos países industrializados favorece igualmente a emissão de turistas.
  • 68. Fonte: WorldFamily (20010) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Emissão: Factores sociodemográficos N.º de crianças nascidas, em média, por região (2010)
  • 69. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Atracção São muitos os factores que podem determinar a viagem de um turista a determinado destino. Porém, é possível compilar através de algumas variáveis alguns dos principais determinantes do fluxo de turismo receptivo Desenvolvimento Humano Amigos e parentes Clima Relações comerciais Relações sócio-culturais Programas de marketing e promoção do destino Condições de oferta e tecnologia turística Atractividade do destino Eventos especiais Destinos complementares
  • 70. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Índice de Desenvolvimento Humano O objectivo básico do desenvolvimento deve ser o de criar condições favoráveis para o bem estar das pessoas, condições estas relacionadas com a saúde, educação e renda, ou seja, qualidade de vida. Países nos quais as necessidades básicas de desenvolvimento humano estão satisfeita, tendem a apresentar uma melhor estrutura turística, estimulada pelo turismo interno. Se as pessoas consideram estas questões importante no país em que fixam residência, existe uma grande probabilidade de que as considerem também, directa ou indirectamente, ao escolherem um destino turístico. Com base nesta correlação, não se quer dizer que o visitante irá considerar o IDH como uma informação relevante ao decidir por um destino turístico, mas sim que isto estará implícito nas suas escolhas.
  • 71. Fonte: UNDP (2011) Índice de Desenvolvimento Humano (2011) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Índice de Desenvolvimento Humano
  • 72. Fonte: BANCO MUNDIAL (2001), OMT (2003) e ONU (2002). Relação entre fluxo receptor de turistas internacionais e desenvolvimento económico II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Índice de Desenvolvimento Humano
  • 73. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Amigos e Familiares A existência de amigos e familiares no destino é um factor muito importante de atracção pois pode funcionar como um factor motivador quando a visita a amigos e familiares é o motivo principal para a viagem. Pode ser também um factor facilitador que poderá contrariar alguns factores de resistência, nomeadamente: Factor preço: amigos e familiares podem diminuir o custo da viagem oferecendo alojamento, alimentação… Factor segurança: a existência de indivíduos próximos no destino pode ajudar o turistas a sentir-se mais seguro, mesmo existindo factores de insegurança.
  • 74. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Proximidade Cultural A proximidade cultural entre países é um factor de atractividade. Quanto mais similar é a cultura maior sensação de segurança os turistas sentem. Entre os factores de proximidade cultural destacam-se: Língua oficial, entre outras proximidades culturais tendem a ter efeito sobre as viagens internacionais (ex: Portugal e Brasil, RU e EUA). Religião, nomeadamente no turismo religioso (ex.Fátima, Jerusalém, Meca). Percepção de que os seus direitos serão garantidos (se o indivíduo tiver informações de que os seus direitos individuais correm algum tipo de risco esta regra irá actuar de forma negativa na sua decisão) (ex: alguns países africanos). Contacto com a sua própria cultura. Por exemplo, visita a locais relacionados com a sua própria cultura (ex.Roma, Atenas…).
  • 75. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística O destino turístico por si só determina uma diferenciação na composição dos pacotes de bens e serviços consumidas por um turista, uma vez que bens públicos tais como clima, atractivos naturais, arquitectura, língua, localização geográfica e nome da localidade, oferecem algum grau de monopólio sobre o conjunto destas variáveis ao destino. Factores que caracterizam um determinado local tendo como externalidade a atractividade turística, sem que necessariamente estejam subjacentes ela. Ou seja, um município ou uma determinada região pode deter um conjunto de factores que atrai turistas, sem que haja investimentos voltados especificamente a este objectivo.
  • 76. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística Começando pela análise das condições da oferta, os destinos podem ser avaliados: Atractividade: investimento que tenham como objectivo final atrair o turista a uma determinada localidade: parques, resort´s, museus, centros de compra, centros de entretenimento, monumentos, etc. Complementaridade: um investimento turístico pode ter como objectivo ampliar ou melhorar as condições de oferta de bens e serviços procurados por turistas que são atraídos por outros factores, referindo-se basicamente à infra-estrutura. Neste caso, este tipo de investimento tem uma função de complementar a estrutura turística do destino, sem que necessariamente funcione como um atractivo individual, porém, contribuindo para a atractividade do destino de forma agregada. Exemplo destes investimentos podem ser: aeroportos, pavimentação de estradas, condução eléctrica, portos, rodoviárias, hotéis, restaurantes, etc.
  • 77. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística A tecnologia turística pode ser analisada sob três dimensões: Grau de atractividade natural e construída Diversificação da oferta turística Acessibilidade ao destino
  • 78. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística Atractividade natural e construída Os atractivos turísticos naturais somados àqueles construídos com esta finalidade respondem por uma parte importante da atractividade de um turista para uma determinada localidade. São bens públicos puros: Clima; Costa Litoral; Riqueza de Fauna e Flora; Belezas Naturais, etc. Já os atractivos construídos de um destino tendem a ser mais diversificados, sendo identificados como bens públicos ou privados, por exemplo: Monumentos e edificações Parques temáticos e de diversão; Hotéis e resort´s; Museus; Centros de compra e lazer, Parques ecológicos; Centros gastronómicos; Centros de convenções.
  • 79. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística Acessibilidade: o acesso ao destino turístico é fundamental no processo de decisão de um turista. Acesso às informações referentes ao local e a intensidade do contacto com estas informações. Neste sentido, os canais de distribuição, bem como a promoção do destino podem ser considerados como facilitadores ao acesso. Contudo, não há a disponibilidade destas informações de forma completa. Acesso físico do turista ao destino, tratando-se, basicamente de três tipos de acesso: Aéreo: voos comerciais, aluguer, etc. Terrestre: autocarro, carro, comboio; Fluvial/Marítimo: embarcações directas, cruzeiros marítimos, etc.
  • 80. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Condições de oferta e tecnologia turística Diversificação e Oferta Em princípio, com todos os outros elementos constantes, nomeadamente custo do destino e acessibilidade, quanto mais diversidade turística oferece o destino, mais atractivo será: Atrai mais tipos de turistas, Os turistas vêm no destino mais potencial turístico.
  • 81. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Relações Comerciais Indicadores do índice de competitividade viagens e turismo segundoo Fórum Económico Mundial
  • 82. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Relações Comerciais Competitividade dos países europeus em termos turísticos (2011) segundo o Fórum Económico Mundial
  • 83. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Relações Comerciais Países que apresentam uma maior inserção no comércio internacional e principalmente aqueles onde estão instaladas as sedes de grandes corporações, tendem a receber uma maior quantidade de turistas atraídos pela realização de negócios.
  • 84. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Eventos Especiais Os eventos de cunho internacional num determinado país, podem ser representativos nos resultados relacionados ao fluxo receptivo de turistas no período de realização do mesmo. Na atracção de turistas internacionais, podemos considerar feiras, festivais, convenções, eventos desportivos de grande porte e concertos. Neste caso, um facto importante a ser considerado, é que um evento de mesmo porte pode ser classificado de carácter intra-regional ou internacional, dependendo do contexto de regionalização.
  • 85. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Eventos Especiais Imagine-se um festival de música denominado EVENTO X, com bandas internacionalmente famosas que apresente uma capacidade de atracção, definida pelo quadro a seguir: Definição do espaço para determinar a atractividade do EVENTO X
  • 86. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Recepção: Eventos Especiais Definição do espaço para determinar a atractividade do EVENTO X
  • 87. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência Factores que afastam os turistas de determinados destinos Preços i. preço do produto ii. preço dos substituto iii. preço dos complementares iv. preço de necessidades v. taxa de câmbio vi. taxa e encargos Acções da concorrência Capacidade de oferta Distância e Tempo de viagem Formalidades de fronteira Insegurança Barreiras físicas à entrada
  • 88. Os principais centros emissores de turistas internacionais são os países de renda mais elevada. Dado que o custo de locomoção é relevante, o consumidor analisa o custo de se deslocar a determinado destino somado à perda da oportunidade de não se deslocar a outro qualquer, em contraposição ao benefício esperado que o destino analisado poderá proporcionar. Dado que se trata de uma actividade composta geralmente por bens e serviços superiores, os países de renda elevada apresentam em princípio preços mais elevados pelo que pode ser um factor de resistência. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Preço
  • 89. O câmbio real tem um peso importante nos resultados das viagens internacionais, pois está relacionado com os preços relativos destas viagens. Porém, dado que o custo de transporte tem um peso proporcionalmente relevante ao custo total da viagem, tendo uma relação directa com a distância percorrida, o impacto da taxa de câmbio é mais complexo do que na relação comercial, pelo facto de que nas viagens internacionais há dois custos relevantes: Custo da viagem e Custo do destino. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Preço
  • 90. Como com qualquer outro produto, se ele se torna mais atractivo, de alguma forma diminui a atractividade dos produtos concorrentes. Assim, se um determinado destino aumenta os seus factores de atracção, esses tornam-se em factores de resistência para os seus concorrentes directos. Ex: Quando as Caraíbas se tornaram destinos fortemente atractivos, a procura de destinos similares, como por exemplo algumas ilhas do Pacífico , sofreram perdas, até porque já possuíam um factor de resistência adicional: o preço. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Acções da Concorrência
  • 91. Um determinado destino pode ter vários factores de atracção como atractivos naturais e construídos, tempo de viagem, preço, etc. Contudo, se a oferta turística básica não existir (alojamento de qualidade, transportes aceitáveis e oferta gastronómica segura…) os turistas considerarão estes factores como de resistência. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Capacidade da Oferta
  • 92. A distância e tempo de viagem em si, são geralmente factores de resistência pois interferem com outro factor negativo, preço. Isto é, quanto mais distante é o destino, mais cara será a viagem. Por outro lado, o destino terá que oferecer factores de atracção excepcionais para que o tempo de viagem deixe de ser um factor de resistência (em viagens de lazer). II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Distância e Tempo de Viagem
  • 93. Se para viajar para um destino, o turista percebe que existem formalidades a que não está sujeito no país de origem ou que lhe pareçam demasiado extensas e invasivas, considerará o esforço demasiado para uma viagem. Na prática terá a sensação que a viagem “não vale o esforço”. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Formalidades de Fronteira
  • 94. Relativamente à segurança ou ao risco relacionados com as viagens internacionais, , considera-se este factor como a aversão ao risco do agente turista em ser vítima de violência no destino ao qual se propõe. Esta aversão ao risco de vida está presente em todas as decisões do indivíduo, permanecendo no momento da decisão por um destino turístico. Partindo deste pressuposto, será a percepção de risco com a qual o indivíduo se depara, que irá determinar o efeito da segurança na escolha de um destino turístico. Quanto maior a percepção de risco relacionado com uma localidade, maior será a relevância da questão da segurança na tomada de decisão do indivíduo. Ou seja, caso um indivíduo tenha a percepção de que uma determinada localidade oferece 100% de risco, isto terá uma relevância de 100% na sua tomada de decisão, fazendo com que o indivíduo decida não ir até esta localidade. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Segurança
  • 95. O risco pode advir de várias fontes: Criminalidade e violência no destino, Guerras e instabilidade política, Terrorismo, Catástrofes naturais ou humanas, Doenças e epidemias… II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Segurança
  • 96. De acordo com o BANCO MUNDIAL (2001) nos países em desenvolvimento concentraram-se a maior parte das guerras e conflitos ocorridos na primeira metade da década de 1990. Havendo uma maior proporção na região da África Subsaariana, que se apresenta como uma região com elevada proporção da população abaixo da linha de pobreza. Porém, é necessário considerar que os países de alta renda são poucos, quando comparados à quantidade de países em desenvolvimento. http://www.nationmaster.com/graph/cri_tot_cri-crime-total-crimes II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Segurança
  • 97. Índice de criminalidade nos 10 países com principais fluxos financeiros relacionados com a actividade turística II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Segurança
  • 98. Índice de criminalidade de países em desenvolvimento II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Segurança
  • 99. Não se quer dizer que os indivíduos consultem estes índices para escolher por um destino turístico, mas, parte-se do pressuposto de que quanto maior a criminalidade, maior a probabilidade de que esta seja promovida através de informações com as quais o indivíduo tem um contacto maior. A aversão ao risco de vida na tomada de decisão relacionada com o destino turístico tende a ter maior efeito nos países em desenvolvimento, devido a uma maior probabilidade de aumentar a percepção de risco. Dada a maior incidência de criminalidade, maior tende a ser a propagação destas informações, aumentando assim, a relevância da insegurança na tomada de decisão quanto ao destino turístico. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Segurança
  • 100. Os destinos cujo acesso é dificultado, por exemplo pela existência de barreiras naturais ou físicas, ilhas, montanhas, locais demasiado isolados… Criam insegurança e sensação de dificuldade ao turista, pelo que ele deixará de considerar o destino. II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Barreiras Físicas à Entrada
  • 101. Índice de Acessibilidade dos destinos pelo Fórum Económico Mundial (2011) II. Determinantes do fluxo do Turismo Internacional: Factores de Resistência: Barreiras à Entrada
  • 103. Turismo Internacional III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional • Determinantes da Procura • Determinantes da Oferta
  • 104. Apesar da procura turística global estar a aumentar, o número de destinos e a capacidade global estão a crescer ainda mais rapidamente. Os países em desenvolvimento, em particular, enfrentam grandes desafios. Para conservarem a sua quota de mercado, os destinos mais desenvolvidos e mais dependentes do turismo terão que responder à concorrência aumentando a qualidade e diversificando os seus produtos e mercados alvo. Os destinos emergentes e potenciais terão que encontrar os seus nichos neste mercado competitivo, reforçando a sua especificidade e novidade e evitando os erros cometidos por outros destinos, designadamente o esgotamento de recursos. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional
  • 105. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 106. O desenvolvimento de produtos competitivos é, muitas vezes dificultado por factores: Má acessibilidade Infra-estruturas desadequadas Insuficiências crónicas nos transportes Inadequação de instalações Falta de fundos para investimento Tecnologia rudimentar Problemas de gestão Escassez de pessoal qualificado Falta de estratégia comercial e de marketing Instabilidade política Dificuldades económicas Má imagem do destino. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 107. Contudo, a procura é mais determinada por questões relacionadas com os turistas do que com os destinos. Em termos gerais, pode dizer-se que a procura de turismo é influenciada, principalmente, por três factores: • Rendimento das famílias • Número de dias de férias • Estrutura etária da população A maior parte das despesas em turismo no mundo são efectuadas por países da tríade (EUA, UE e Japão), onde o rendimento disponível é mais elevado, os períodos de férias são mais longos e a população está mais envelhecida. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 108. Contudo, a procura é mais determinada por questões relacionadas com os turistas do que com os destinos. Em termos gerais, pode dizer-se que a procura de turismo é influenciada, principalmente, por três factores: • Rendimento das famílias • Número de dias de férias • Estrutura etária da população A maior parte das despesas em turismo no mundo são efectuadas por países da tríade (EUA, UE e Japão), onde o rendimento disponível é mais elevado, os períodos de férias são mais longos e a população está mais envelhecida. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 109. A maior parte das despesas em turismo no mundo são efectuadas por países da tríade (EUA, UE e Japão), onde o rendimento disponível é mais elevado, os períodos de férias são mais longos e a população está mais envelhecida. Top 10 dos países que mais gastam em turismo internacional (2011) III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Fonte: Wikipedia, 2013
  • 110. Top 10 dos países que mais gastam em turismo internacional (%variação 2008-2009) III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Fonte: UNTWO, 2010
  • 111. De forma geral, o processo de escolha do indivíduo por um destino turístico internacional, inicia-se antes do contacto com os serviços e produtos a serem consumidos. Existem inúmeros factores que têm peso na procura de turismo internacional. Vários autores centraram a sua investigação nos factores que influenciam o turista na predisposição para viajar internacionalmente e, especificamente na escolha dos destinos a visitar. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 112. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Reconhecimento do problema Busca de informação Avaliação das alternativas Compra Consumo e avaliação Detecção de uma carência Etapa de pré-compra Etapa de compra Etapa de pós-compra Processo de decisão de compra genérico
  • 113. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Variáveis influenciadoras do processo de decisão de compra genérico Personalidade Motivos Percepção Emoções Grupos de referênciaLar Status social Aspectos demográficos Actividades de Marketing e factores económicos Aprendizagem (memória) Valores Cultura Situações Reconhecimento do Problema Busca de informação Avaliação e selecção Eleição do estabelecimento e compra Processos de pós-venda Atitudes/Necessidades Experiências Estilo de vida do consumidor
  • 114. Com base na teoria da análise custo/benefício Frank (1997) defende que no caso do turismo internacional o indivíduo irá analisar o custo para fazer uma viagem para fora do país que fixa residência, em detrimento do benefício advindo da mesma. Esta viagem ocorrerá caso o benefício seja maior ou no mínimo igual ao custo/oportunidade de realizá-la e o indivíduo tenha renda e tempo disponível para este consumo. Quanto mais distante é o destino a ser visitado, mais cara será a opção, fazendo com que as restrições de tempo e renda favoreçam a procura pela opção mais próxima, o que explica a característica regional desta actividade. Num primeiro momento o turista internacional escolhe por um determinado país, seguido da escolha por regiões (localidades) dentro desse país. Muitas das vezes, o processo ocorre de forma directa, ou seja, uma vez que o produto turístico é oferecido numa cidade, o turista pode escolher directamente a região a ser visitada, estando implícito o país, no qual esta se localiza. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 115. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Processo de escolha do destino Fonte: Frank (1997)
  • 116. Na perspectiva de Crompton & Ankhoma (1993), a busca do turista em obter o máximo de satisfação do processo de compra, envolvendo produtos turísticos, terá como barreira a falta de informações perfeitas, fazendo com que, a sua racionalidade seja limitada. Os autores chamam a atenção para a importância das fontes de informação e das percepções/expectativas criadas por elas. Não há um domínio total das informações sobre o conjunto de características contidas no produto turístico, contudo as organizações devem ter em atenção a sua importância. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 117. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura O turista age através de cinco estágios:
  • 118. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura A evolução registada na última década evidencia que a rápida expansão do poder de compra nos países asiáticos se traduziu num aumento significativo da sua importância na procura turística mundial. As nações ocidentais perderam peso relativo, embora em valor absoluto também tenham crescido.
  • 119. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 120. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura No que respeita aos destinos turísticos, verifica-se que a Europa tem vindo igualmente a perder peso, principalmente em termos de chegadas, a favor das restantes regiões.
  • 121. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura As regiões que mais têm crescido são os destinos não tradicionais.
  • 122. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 123. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Esta tendência manter-se-á no futuro, segundo a WTO.
  • 124. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Em todas as regiões, a maioria dos turistas viaja dentro da sua própria região .
  • 125. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Para o horizonte 2020 prevê-se, no entanto, um reforço do turismo de longa distância. Este elemento destaca-se porque associa fortemente o crescimento turístico de uma região à sua dependência em relação ao transporte aéreo.
  • 126. A diversidade de actividades que estão relacionadas com o turismo permite que se considerem muitos segmentos diferentes, ainda que não sejam muito claros os limites de cada um. Turismo de natureza Turismo rural Turismo urbano Turismo cultural Turismo náutico Turismo de negócios Turismo de sol e mar Turismo gastronómico Turismo de aventura Ecoturismo Turismo de natureza Enoturismo Turismo étnico Turismo religioso Turismo desportivo Turismo de saúde, etc. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 127. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Classificação de actividades turísticas Fonte: Nelwawondo (2009)
  • 128. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 129. Pela sua importância relativa, o sol/praia e as viagens de negócios são os dois segmentos que mais se destacam. As actividades turísticas continuam a estar concentradas em certas regiões, geralmente à beira-mar e nas montanhas. O turismo urbano, que inclui cidades históricas e culturais, é outro segmento relevante do turismo mais tradicional que continua a expandir-se. No entanto, as mais elevadas taxas de expansão comercial registam-se nos nichos de mercado, constituídos, por exemplo, pelo turismo aventura ou o ecoturismo. O turismo de negócios representa também um segmento em acentuado crescimento, merecendo uma atenção especial por parte dos operadores turísticos. Este segmento é fundamental para a aviação comercial e hotelaria. Em virtude do crescimento da economia mundial e da crescente globalização, as viagens de negócios deverão continuar a aumentar o seu peso relativo na procura turística. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 130. Os destinos turísticos tendem a ser cada vez mais longínquos, uma vez que os avanços tecnológicos e a concorrência internacional têm reduzido o custo real de viajar, quer em termos de tempo, quer em termos monetários. Verifica-se, aliás, uma crescente atenção aos preços por parte dos turistas. Uma das consequências mais directas deste facto é a cada vez maior importância das viagens aéreas de mais baixo custo, competindo mesmo com o transporte terrestre e marítimo/fluvial em distâncias relativamente curtas. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 131. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Top 10 das cidades mais visitadas (2011) Fonte: Wikipedia (2013)
  • 132. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Top 10 dos países mais visitados (2011) Fonte: Wikipedia (2013)
  • 133. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura Prevêem-se algumas alterações: Top 10 das cidades mais visitadas (2020)
  • 134. Novas exigências e alterações de comportamento dos turistas Se é verdade que os turistas estão cada vez mais atentos aos preços, também se constata que existe uma crescente diversidade das necessidades e expectativas dos turistas. Para manter a competitividade do sector é necessário ajustar a oferta turística à procura, tendo em atenção que esta está em mutação e a tornar-se particularmente exigente no que respeita à qualidade. A rapidez de resposta por parte da oferta turística, bem como a sua flexibilidade, serão, cada vez mais, factores competitivos fundamentais, até porque um número crescente de turistas apresenta uma forte vertente individualista, constituindo nichos de mercado claramente distintos do turismo massificado, mas cada vez mais importantes. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 135. Outra tendência sustentada da procura turística é uma redução da sazonalidade, expressa através do número crescente de pacotes de férias no período de Inverno, em comparação com as vendas no período de Verão. Este fenómeno deve-se, por um lado, ao aumento da idade média dos turistas e, por outro, à generalização da prática de férias repartidas. Tem-se assistido a uma redução da duração média das estadas, bem como a um período de antecedência da marcação em relação à deslocação cada vez mais curto. Os problemas da concentração e da sazonalidade do turismo continuam a exigir soluções apropriadas em termos de uma gestão integrada da qualidade. As respostas encontram- se, por um lado, ao nível da organização da oferta turística, através de uma gestão dos fluxos turísticos, da promoção de novos produtos e de formas alternativas de turismo. Por outro, impõe-se fazer um esforço no sentido de desfasar a procura, que está directamente ligada aos sistemas de férias laborais e escolares. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Procura
  • 136. A despesa realizada pelos turistas abrange uma variedade considerável de produtos que vão dos serviços de transporte ao alojamento, passando pelas refeições, vestuário, artesanato, produtos alimentares, equipamentos desportivos, espectáculos e museus, etc. Aquilo que determina se um dado ramo de actividade deve ser considerado como característico do turismo varia de país para país, mas o critério fundamental é, em geral, a importância da parte da sua produção que é adquirida pelos turistas. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta
  • 137. De acordo com a OMT, produtos característicos do turismo são exactamente aqueles que, na maior parte dos países, deixariam de existir em quantidade significativa, ou cujo consumo diminuiria de forma significativa, caso não houvesse turismo. A definição deste critério permite comparações internacionais, embora admita que países diferentes definam actividades características diferentes. Apesar disso, uma caracterização da oferta turística terá necessariamente que referir um conjunto de actividades ou de subsectores, cuja integração no sector do turismo é bastante consensual, designadamente a hotelaria e a restauração, a aviação comercial, os operadores turísticos e as agências de viagens. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta
  • 138. A liberalização do espaço europeu estimulou a constituição de diversas alianças estratégicas entre as companhias aéreas. Os seus principais objectivos são a eficiência, a redução de custos, a obtenção de economias de escala e o aproveitamento de sinergias, através do acesso a passageiros das companhias aliadas sem necessidade de criar novos serviços, a melhoria da gestão das rotas e da capacidade instalada, e ainda um maior poder negocial junto das agências e operadores turísticos. São também cada vez mais vulgares estratégias de fidelização do cliente, como os programas designados frequent flyer, em que um viajante acumula pontos em cada viagem que faz com uma determinada companhia (ou mais do que uma a funcionar em parceria para este efeito), podendo depois trocá-los por viagens para destinos à sua escolha. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Aviação Comercial
  • 139. O segmento premium (de primeira classe e de negócios) é um mercado cada vez mais importante segundo o World Economic Forum, particularmente para hotéis e redes de companhias aéreas, mas também para outros sectores na cadeia de valor das Viagens e Turismo. Por exemplo, passageiros aéreos internacionais a viajar em assentos premium representam 8 por cento do tráfego mas 26 por cento da receita de passageiros em termos mundiais. Este segmento está fortemente ligado ao segmento de turistas de negócios. Um estudo revelou que 70% dos passageiros em assentos premium estavam a viajar para fazer negócios. Consequentemente, a dimensão e o potencial deste segmento entre países revela o potencial de transacções e negócios entre esses mesmos países. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Aviação Comercial
  • 140. Chegadas premium no Top 50 de economias desenvolvidas (2009) III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Aviação Comercial
  • 141. N.º de passageiros premium por par de países (2009) III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Aviação Comercial
  • 142. Constituem, de longe e na generalidade dos países, a principal componente do turismo, chegando a atingir 3/4 do VAB das actividades características do turismo em alguns dos destinos mais procurados. A hotelaria caracteriza-se, em geral, pela elevada fragmentação da oferta, competindo um número limitado de empresas globais com muitos concorrentes de base local e/ou regional. Nas áreas de hotelaria e restauração na UE, 96% do tecido empresarial é constituído por micro empresas. Por outro lado, embora existam cadeias que possuem hotéis localizados em cidades e em zonas balneares, a norma consiste na especialização numa das vertentes da procura, conquistando dessa forma um posicionamento bem definido. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
  • 143. Os maiores concorrentes a nível mundial no subsector dos hotéis são originários dos principais países emissores de turistas, beneficiando assim da notoriedade alcançada no mercado doméstico para expandir para o exterior. Algumas cadeias criam mesmo marcas próprias para níveis de qualidade distintos, servindo deste modo uma grande diversidade de clientes sem afectar a imagem global. No subsector da hotelaria, os maiores grupos europeus estão a tentar competir com os grupos americanos, líderes no mercado mundial, através de fusões e aquisições. O investimento em grande escala em estâncias turísticas emergentes é uma prática corrente no subsector. Para os hotéis e estabelecimentos similares, a tendência global é de uma evolução no sentido da concentração e um acréscimo gradual na capacidade de alojamento em termos absolutos e em termos de dimensão média. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
  • 144. Mesmo em situações de crise económica este sector revelou-se ser um dos que mais rápida e facilmente emerge III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração Performance global de revPar* na crise económica mundial (2006-2010) *Rooms Revenue per Available Room: receita por hospedagem por UH disponível.
  • 145. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração Performance global absoluto de revPar mundial (2010)
  • 146. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração Variação da performance global absoluto de revPar mundial (2010)
  • 147. Segundo o World Economic Forum existem sete áreas chave para o desenvolvimento deste sector até 2015 III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Hotelaria e Restauração
  • 148. Desempenham um papel fundamental no sector turístico, fazendo a ligação entre a oferta e a procura. Basicamente constroem programas de férias, combinando o alojamento, o transporte e outros serviços, em pacotes integrados. Em muitas situações, o preço surge quase como o único elemento diferenciador destes produtos turísticos, sobretudo quando respeitam a destinos massificados. Quanto maior for o volume de turistas, maior será a capacidade negocial dos operadores junto de hotéis e companhias de aviação e, consequentemente, mais competitivos serão os preços praticados. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Operadores Turísticos
  • 149. Os operadores turísticos destacam-se ainda pelo seu efeito estruturante da oferta do sector ao integrarem em estratégias comuns, a montante e a jusante, os restantes subsectores. A sua dinâmica de crescimento, para alcançar a dimensão crítica que o acréscimo de concorrência exige, conduz com frequência a reposicionamentos dos diversos agentes turísticos e mesmo ao desenvolvimento de novos produtos e serviços. Cada vez mais se fala, não especificamente de operadores turísticos, mas sim de grupos estratégicos no sector, sendo de destacar o grupo Accor, líder mundial, e o Grupo TUI, assim como o grupo Sol Meliá, embora o âmbito de actuação deste último seja menos abrangente, quer em termos geográficos, quer em termos de integração. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Operadores Turísticos
  • 150. Constituem o elo de ligação entre os produtores e os consumidores de produtos turísticos. Tradicionalmente, a principal fonte de receitas das agências de viagens é a venda de passagens aéreas, mas disponibilizam igualmente pacotes turísticos padronizados e, frequentemente, concebem programas de férias personalizados, beneficiando de uma relação directa com o cliente. No que respeita às viagens de negócios, a grande maioria das empresas trabalha com uma agência habitual, constituindo muitas vezes o seu principal cliente. Dependendo do volume de negócios que represente este tipo de clientes, a agência pode conseguir obter descontos significativos a este nível. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Agências de Viagem
  • 151. A criação dos sistemas centrais de reservas, ao permitir aos consumidores a compra dos bilhetes de avião directamente às companhias aéreas, tem- lhes proporcionado um maior controlo sobre as suas vendas e distribuição, o que contribuiu para exercer pressão sobre as agências de viagens e reduzir as comissões pagas. O sistema de reservas, aliado à emissão electrónica de bilhetes, que permite reduzir os custos de emissão e de transacção, constitui na prática um duplo problema para agências e operadores: por um lado, vêem as suas receitas afectadas e, por outro, perdem clientes na área mais significativa do negócio, a venda de bilhetes de avião. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Agências de Viagem
  • 152. As agências de viagens começam também a ver as suas comissões na venda de pacotes de férias reduzidas pelos operadores turísticos, com graves repercussões ao nível da rentabilidade. Em consequência, as agências de viagens têm vindo a modernizar-se, adoptando e investindo também em novas tecnologias, sobretudo ao nível da informática, criando sistemas próprios e interfaces para lidar com os sistemas centrais de reservas das companhias de aviação e hotéis, essenciais a uma melhor prestação de serviços e à manutenção da base de clientes. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Agências de Viagem
  • 153. O processo de desintermediação a que o comércio electrónico conduz coloca a questão de qual o novo papel das agências de viagens tradicionais: O turismo é um dos sectores que mais rapidamente se integrou na dinâmica da nova economia, Assenta a sua actuação nas tecnologias de informação e comunicação, com a divulgação e comercialização dos seus produtos pela Internet, onde assumiu desde logo uma posição destacada. Analistas apontam mesmo para que cerca de 35% dos produtos e serviços transaccionados on line em 2020 estejam relacionados com o turismo. III. Estrutura do Mercado Turístico Internacional: Determinantes da Oferta: Serviços Turísticos
  • 156. Turismo Internacional IV. Turismo Regional • Tendências e Padrões de Desenvolvimento do Turismo Regional • Europa • Américas • Ásia e Pacífico • Médio Oriente e Norte de África • África sub-sariana
  • 157. No que diz respeito ao turismo, o globo pode ser dividido em cinco grandes regiões: Europa, Américas, Ásia e Pacífico, Médio Oriente e Norte de África e África sub-sariana. Américas Europa África sub-sariana Médio Oriente e Norte de África Ásia e Pacífico IV. Turismo Regional
  • 158. Apesar da relevância na economia mundial e do importante efeito multiplicador económico quanto à geração de emprego, renda, receita tributária e cambial, o crescimento da actividade turística foi bastante desproporcional nas diversas regiões do mundo. É possível constatar uma clara concentração do fluxo de turismo internacional nos países desenvolvidos, ou em regiões próximas a estes países. IV. Turismo Regional
  • 159. Chegadas de turistas internacionais por região (1950-2007) IV. Turismo Regional
  • 160. Quota de chegadas de turistas internacionais por região (1950-2007) IV. Turismo Regional
  • 161. Chegadas de turistas internacionais por regiões (1950-2007) IV. Turismo Regional
  • 162. Factores de atracção dos países desenvolvidos Proximidade geográfica dos demais países desenvolvidos, os quais apresentam uma maior capacidade de procura. Índices elevados de desenvolvimento humano, condições favoráveis quanto à capacidade de oferta, relacionadas com a atractividade turística (principalmente atractivos turísticos construídos). Acessibilidade (através de tecnologias relacionadas com os meios de locomoção, reduzindo o tempo e o custo das viagens, bem como a um melhor acesso às informações do destino). Diversificação da oferta (relacionada com uma maior quantidade de opções de composição de cestas de bens e serviços num determinado destino). Articulação do sector com uma maior competência de ligação entre os vários serviços de distribuição e oferta. Maior segurança nos destinos. IV. Turismo Regional
  • 163. Os países em desenvolvimento têm alcançado pouca inserção no fluxo de viagens internacionais, salvo algumas excepções. Embora a década de 1990 tenha demonstrado maiores taxas de crescimento desta actividade a nível internacional nos países pobres e em desenvolvimento, em termos proporcionais esta participação ainda é pouco representativa. Ainda que apresentem vantagens comparativas quanto aos atractivos naturais, faltam aos países em desenvolvimento outras condições necessárias para transformar estas vantagens em benefício ao bem-estar social da comunidade local através dos efeitos económicos gerados pela actividade turística. Se somadas, as regiões da América do Sul, África e Sul da Ásia, representam aproximadamente 1/3 do território mundial, e conjuntamente receberam menos do que 7% dos turistas internacionais e aproximadamente 10% da receita turística no ano 2000, conforme OMT (2003). Contudo, as tendências de evolução estão a sofrer algumas alterações. IV. Turismo Regional
  • 166. Variação 2000-2009 de chegadas e receitas de turismo internacional por região Fonte: UNTWO (2010) IV. Turismo Regional
  • 167. Chegadas de turistas internacionais por regiões (2003-2009) Fonte: UNTWO (2010) IV. Turismo Regional
  • 168. Chegadas de Turistas Internacionais por região 2008-2009 (% variação) Fonte: UNTWO (2010) IV. Turismo Regional
  • 169. Variação 2010-2011 de chegadas de turistas internacionais por região IV. Turismo Regional
  • 170. Criação de Riqueza do turismo internacional por regiões (2006) IV. Turismo Regional
  • 171. Receitas do turismo internacional por região (2003-2009) Fonte: UNTWO (2010) IV. Turismo Regional
  • 172. Receitas do turismo internacional por região 2007-2009 (% variação) Fonte: UNTWO (2010) IV. Turismo Regional
  • 173. Receitas por chegada do turismo internacional em 2009 Fonte: UNTWO (2010) IV. Turismo Regional
  • 174. IV. Turismo Regional No que respeita aos destinos turísticos, verifica-se que a Europa tem vindo igualmente a perder peso, quer em termos de chegadas, quer em termos de receitas, a favor das restantes regiões. A evolução registada na última década evidencia que a rápida expansão do poder de compra nos países asiáticos se traduziu num aumento significativo da sua importância na procura turística mundial. Em contrapartida, as nações ocidentais perderam peso relativo, embora em valor absoluto também tenham crescido.
  • 175. Top 10 das chegadas e receitas do turismo internacional por país (2008-2009) IV. Turismo Regional
  • 176. Top 10 das chegadas e receitas do turismo internacional por país - %variação (2008-2009) Fonte: UNTWO (2010) IV. Turismo Regional
  • 177. IV. Turismo Regional No que respeita aos investimentos turísticos, verificam-se igualmente algumas alterações. Em termos globais o investimento tem diminuído. Contudo alguns países e regiões têm apostado fortemente nesta actividade de onde se destacam: • Médio Oriente • Ásia do Sul • Sudoeste Asiático • América Latina
  • 178. Fonte: World Economic Forum(2011) Investimentos em Viagens e Turismo por região (1990-2010) IV. Turismo Regional
  • 179. Fonte: World Economic Forum(2011) Alterações no investimentosem Viagens e Turismo por região em % IV. Turismo Regional
  • 180. Fonte: World Economic Forum(2011) Alterações nos investimentos em Viagens e Turismo por país (1995-2010) IV. Turismo Regional
  • 181. Para analisar o ambiente de competitividade turística, o World Economic Forum elabora todos os anos o WEF: Travel & Tourism Competitiveness Report. Esse ambiente de competitividade é analisado através de 3 sub-índices principais: Fonte: World Economic Forum(2011) IV. Turismo Regional
  • 182. Fonte: World Economic Forum(2011) IV. Turismo Regional
  • 183. Fonte: World Economic Forum(2011) IV. Turismo Regional
  • 184. Fonte: World Economic Forum(2011) IV. Turismo Regional
  • 185. IV. Turismo Regional Vários índices de competitividade turística por país - Europa (2011) Fonte: World Economic Forum(2011)
  • 186. Fonte: World Economic Forum(2011) Vários índices de competitividade turística por país - Américas (2011) IV. Turismo Regional
  • 187. Fonte: World Economic Forum(2011) Vários índices de competitividade turística por país - Ásia/Pacífico (2011) IV. Turismo Regional
  • 188. Fonte: World Economic Forum(2011) Vários índices de competitividade turística por país - Médio Oriente e Norte de África (2011) IV. Turismo Regional
  • 189. Fonte: World Economic Forum(2011) Vários índices de competitividade turística por país - África sub-sariana (2011) IV. Turismo Regional
  • 190. Fonte: World Economic Forum(2011) Top 3 de desempenho económico por sector (2011) IV. Turismo Regional
  • 191. IV. Turismo Regional: Europa Ao nível da União Europeia (UE), as actividades directamente ligadas aos produtos e serviços de turismo representavam, de acordo com os últimos dados conhecidos, uma contribuição chave para o PIB (em média 5,5%), para o emprego (6% do emprego total na UE) e para o comércio externo de serviços (cerca de 30%)(5). Estudos da própria UE indicam que o turismo deverá crescer acima da média da economia nos próximos 10 anos, apontando-se para aumentos médios anuais de 2,5% a 4% em termos de volume de negócios e de 1% a 1,5% em termos de emprego. O turismo poderá criar entre 2,2 e 3,3 milhões de postos de trabalho na UE, até 2020.
  • 193. IV. Turismo Regional: Ásia e Pacífico Os significativos ganhos de quota de mercado apresentados pela Ásia resultam, fundamentalmente, do aumento dos fluxos internacionais regionais. Ou seja, o boom económico registado a partir da década de 70 nalguns países daquela região é o principal responsável pelos resultados alcançados. Para além disso, a Ásia tem vindo a ganhar quota de mercado noutras regiões emissoras. No caso concreto dos fluxos turísticos com origem na Europa, a quota de mercado da Ásia passou de 2,4%, em 1985, para 3,8%, em 1996 (WTO, 1997). Relativamente aos resultados por países, a principal alteração prevista para 2020 é a ascensão da China à liderança mundial na captação de fluxos turísticos internacionais. É ainda de registar a subida no ranking por parte de Hong – Kong.
  • 194. IV. Turismo Regional: Ásia e Pacífico Propensão para viajar vs. PIB per capita: China, média mundial e EUA ,(2010)
  • 195. País Chegadas Taxa de crescimento anual 1995-2020 China 137,1 8,0% Estados Unidos 102,4 3,5% França 93,3 1,8% Espanha 71,0 2,4% Hong – kong 59,3 7,3% Itália 52,9 2,2% Reino Unido 52,8 3,0% México 48,9 3,6% Rússia 47,1 6,7% República Checa 44,0 4,0% Fonte: WTO (1998) IV. Turismo Regional: Ásia e Pacífico Previsão de chegadas internacionais , por países, em 2020
  • 196. IV. Turismo Regional: Ásia e Pacífico
  • 197. IV. Turismo Regional: Américas Os Estados Unidos da América lideram, em termos de receitas obtidas e de gastos efectuados, o turismo internacional.
  • 198. Fonte: WTO IV. Turismo Regional: Américas Receitas e Gastos do turismo internacional(2007) Receitas Gastos Estados Unidos Estados Unidos Itália Alemanha França Japão Espanha Reino Unido Reino Unido França Alemanha Itália Áustria Áustria Hong – Kong Holanda China Canadá Suíça Rússia
  • 199. IV. Turismo Regional: Américas A América do Sul é composta por, estes países classificados como de renda média baixa e renda média alta, de acordo com a classificação do BANCO MUNDIAL. Dentre estes, Argentina, Chile e Uruguai fazem parte do grupo de países considerados como de elevado Índice de Desenvolvimento Humano, de acordo com a classificação da ONU. Aproximadamente 77% dos turistas internacionais que chegam à América do Sul tem como origem o próprio continente americano. Porém, numa análise mais aprofundada é possível observar que grande parte deste fluxo é sul-americana, havendo pouca incidência das Américas Central e do Norte, destacando-se apenas a participação dos Estados Unidos.
  • 200. IV. Turismo Regional: Américas Participação sul-americana e dos principais emissores no fluxo turístico receptivo dos países da América do Sul (2002)
  • 201. IV. Turismo Regional: Américas De forma geral, a capacidade de emissão de turistas internacionais dos países da América do Sul é bastante limitada no curto prazo. O Brasil que poderia ser considerado como o maior mercado potencial em virtude da sua população e por fazer fronteira com quase todos os demais países, contudo a desigual distribuição da renda torna esta situação utópica. Junta-se à extensão territorial brasileira que oferece maiores opções ao turismo interno e um aspecto cultural e institucional que mantém certa distância dos países da região, pelo facto de ser o único país a ter o português como língua oficial, daí a fraca participação do Brasil como fluxo emissivo na América do Sul. O principal centro emissor de turistas para a América do Sul é a Argentina. Este país destaca-se como sendo o maior emissor de turistas para quatro dos doze países que compõe a região, sendo três destes os maiores receptores, com excepção da própria Argentina.
  • 202. IV. Turismo Regional: Américas Dados para análise da capacidade de emissão de turistas internacionais dos países da América do Sul (2003)
  • 203. IV. Turismo Regional: Américas
  • 204. IV. Turismo Regional: Médio Oriente e Norte de África A região do Médio Oriente e Norte de África é uma das regiões com mais dificuldades em atrair turistas pelas situações de conflito e insegurança constantes. Contudo, perspectiva-se no curto prazo uma alteração neste cenário. Esperando-se um forte crescimento.
  • 205. IV. Turismo Regional: Médio Oriente e Norte de África De modo geral, os países africanos são classificados como sendo de baixa renda, havendo apenas cinco classificados como de renda média baixa e seis como de renda média alta. Em relação ao desenvolvimento humano, a maior parte deles é considerado como “menos desenvolvido”, com IDH abaixo de 0,5. O único IDH acima de 0,8 é o de Seicheles, formado por pequenas ilhas no Oceano Índico. Assim como a América do Sul, África mantém espaços representativos caracterizados por atractivos naturais. Basta observar as revistas especializadas em turismo, ou mesmo em páginas oficiais da web sobre países da região para constatar que os principais recursos de atracção deste continente é formado por belezas naturais. Porém, os problemas de insegurança tanto física quanto de saúde, apresentam índices mais alarmantes do que a América do Sul. Além disso, os conflitos civis permanecem em diversos países. Apesar de tudo, espera-se algum crescimento.
  • 206. IV. Turismo Regional: Médio Oriente e África