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Informações e dados da região Sul do Brasil: 
· Estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
· Vegetação: Mata dos Pinhais ou de Araucárias (regiões de planalto); Mata Atlântica (região da 
Serra do Mar); Campos (na região da Campanha Gaúcha ou Pampa no Rio Grande do Sul). 
· Rios Principais: rio Paraná, rio Uruguai, rio Itajaí, rio Jacuí e rio Pelotas 
· Usinas Hidrelétricas: Usina Hidrelétrica de Itaipú (no rio Paraná), Machadinho (rio Pelotas) e Itá 
(no rio Uruguai).
· Agricultura (principais produtos agrícolas): soja, trigo, arroz, algodão, cana-de-açúcar, laranja, 
uva, café, erva-mate. 
· Economia: bem diversificada e desenvolvida. Destacam-se as indústrias de transformação, 
automobilística, têxtil, alimentícia, produtos eletrônicos e tecnológicos. A área de serviços também é 
muito importante, destacando-se o turismo nas cidades litorâneas, principalmente, de Santa Catarina. 
O comércio também é bem movimentado em toda região Sul. 
· Social: Grande parte das cidades da região sul apresenta ótimos índices sociais e de qualidade de 
vida. 
· Turismo: as cidades litorâneas possuem uma excelente infra-estrutura turística (aeroportos, 
pousadas, hotéis, parques, etc). As praias se destacam pelas belezas naturais, principalmente no 
litoral catarinense. Há também o turismo histórico-cultural, com cidades de arquitetura do período 
da colonização italiana e alemã (final do século XIX e início do XX). 
· Cultura: muitas cidades do sul do país foram fundadas por colonos alemães e italianos. Portanto, a 
cultura desta região é fortemente marcada pela influência cultural destes países europeus. Festa 
típicas, danças, músicas e a culinária são marcadas por traços alemães e italianos. 
Na culinária podemos destacar o arroz carreteiro, chimarrão e churrasco (típicos do Rio Grande do 
Sul). Em Santa Catarina destacam-se os pratos a base de camarão, o marreco com repolho roxo e a 
bijajica. No Paraná, os pratos mais típicos são arroz com pinhão, barreado e o carneiro no buraco. 
· Principais Cidades da Região Sul: 
- Estado do Paraná: Curitiba (capital), Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Cascavel, 
São José dos Pinhais, Colombo, Guarapuava. 
- Estado de Santa Catarina: Florianópolis (capital), Joinville, Blumenau, São José, Criciúma, 
Lages, itajaí, Japecó e Jaraguá do Sul. 
- Estado do Rio Grande do Sul: Porto Alegre (capital), Canoas, Gravataí, Viamão, Novo 
Hamburgo, Alvorada, São Leopoldo e Sapucaia do Sul.
Definições 
Veja as definições apresentadas pelo professor Inami para as principais manifestações folclóricas do Paraná: 
Fandango: bailado popular típico dos caiçaras e pescadores do litoral paranaense. Os dançarinos usam 
tamancos com solado de madeira que são batidos no chão. É dançado em recinto fechado, de preferência 
uma casa de madeira com tábuas de assoalho largas e flexíveis. Um conjunto formado por viola, rabeca, 
violão e pandeiro são os responsáveis pela música. Para alimentar os fandangueiros, o prato especial é o 
barreado. 
Congada da Lapa: bailado popular com representação cênica que se originou com os Jesuítas. Eles 
utilizaram a congada para converter os africanos pagãos. A manifestação chegou e se manteve no Paraná, 
graças aos descendentes de escravos que faziam o auto no dia de São Benedito. 
Cavalhadas de Guarapuava: é uma reminiscência dos torneios da Idade Média. Revive as lutas entre os 
mouros e critãos, com função dramático-religiosa. 
Boi de Mamão: reúne outras manifestações como a dança-do-pau-de-fitas, e a ressureição e morte do boi, 
tradição no litoral catarinense. 
Dança de São Gonçalo: originária de Portugal, envolve reza e procissão em devoção a São Gonçalo, santo 
popular em Portugal. Foram encontradas manifestações dessa tradição também na Ilha dos Valadares. 
Cuá-fubá: é uma melodia com texto e coreografia executados durante o mutirão prestado por lavradores em 
favor de um deles, em localidades do interior. Após o trabalho é oferecido um café e almoço para os 
participantes.
POTRILHO - cavalinho mamão que ainda depende do leite materno da égua até os dois anos, quando vira 
potro apto para a doma. Na cena, o gaúcho está de volta "às casas" depois da lida de um dia no campo, tendo 
o potrilho baio junto da égua para que possa ser alimentado (Fonte: Agenda Gaúcha 2005, de Dorotéo 
Fagundes, com ilustração do artista plástico Vasco Machado). 
Tradições Gaúchas
"Nada melhor que as tradições para retemperar a saúde de 
nossa alma brasileira" 
(Mário de Andrade) 
NEM SEMPRE HERÓI.... 
O mito gaúcho é recente, sua data mais antiga é 1617, "mozos perdidos", que viviam inicialmente na proximidade 
de Santa Fé, atual Argentina. 
Em Buenos Aires eram chamados de "cuatreros e vagabundos", que roubavam e assolavam o campo. Em 1642, 
os jesuítas registraram vagabundos que pilhavam as estâncias das missões. Em 1759, foram designados de 
"gaudérios ou gaúchos", estes homens que circulavam pela Capitânia de Rio Grande de São Pedro. Durante a 
época das safras eles conseguiam empregos temporários nas fazendas de criação de gado. 
Durante a Revolução Farroupilha, eles perdem seu termo pejorativo e passam a serem considerados homens 
dignos, bravos, patriotas e destemidos. Eles são cultuados, a partir deste momento como indivíduos irreverentes, 
guerreiros, ligados as lidas do campo e do gado.
O gaúcho, foi uma figura masculina, que em meados do século dezenove já era mito. Símbolo dos pampas, no 
decorrer da história, torna-se um arquétipo de "Ser Nacional". Era-lhe atribuídos predicados múltiplos como: 
hombridade, valentia, espírito de luta entre outras. Um homem que havia forjado uma forma de vida sob a qual o 
estigma da liberdade sinaliza seus passos. Um ser indomável que vivia solitário e desprendido de qualquer 
conforto. 
Foi estilizado e cultuado na literatura como um "centauro dos pampas"ou "monarca das coxilhas", um semi-deus 
que galopava livre distribuindo justiça e generosidade. 
Grande parte da ideologia do gaúcho, encontra-se hoje preservada pelos atuais CTG's, que surgiram no final da 
década de 40, frutos de um desejo apaixonado de resgatar as raízes da cultura gaúcha. Através de suas 
atividades, reproduzem com orgulho os hábitos do homem do campo, que colonizou e fez crescer o Estado, 
mantendo sempre acesa a chama da história. 
Todo o povo gaúcho, sempre exaltou a coragem de seus ancestrais, canta seu apego à terra e seu grande amor 
pela liberdade. 
ORIGEM DO NOME 
A origem da palavra GAÚCHO, tem muitos segmentos. Segundo alguns autores, o termo provém do guarani e 
significaria "homem que canta triste", aludido provavelmente à "cantilena arrastada dos minuanos". 
A maioria dos autores rio-grandenses, no entanto, diz que seria uma corruptela da palavra Huagchu, de origem 
quêchua, traduzida por guacho, que significa órfão e designaria os filhos de índia com branco português ou 
espanhol. 
O CAVALO EM CENA 
O folclore do Rio Grande, dignifica a magnitude da alma do povo gaúcho, legendário na história e amante fiel do 
seu bravo companheiro: o cavalo. 
Não se concebe um gaúcho sem seu cavalo. A galope, este cavaleiro é o rei dos pampas. Foi através de seus 
trópeis e cavalgadas que se completou a integração da região rio-grandense no século dezenove. 
No campo vislumbrava-se este herói alado com seu pala esvoaçante ao sabor do vento minuano. Em suas veias
correm todos os sangues: índio, português e levemente negro. Assim era o jovial habitante dos pampas. Ao seu 
lado, uma linda prenda. 
A DOMA 
Este cavaleiro indomável é exímio domador. A doma é a parte mais empolgante dos rodeios, o maior atrativo das 
festas dos Centros Tradicionalistas do Rio Grande do Sul. 
Neste evento, o peão cavalga sem arreios, em pêlo. Homem e cavalo tentam uma aproximação. O animal 
corcoveia, pinoteia em uma luta feroz corpo a corpo. O peão insiste em domar o cavalo. O cavaleiro pode acabar 
beijando o chão ou o cavalo sossega domado. Todo este feito é acompanhado pelo aplauso e delírio de uma 
grande assistência. 
Uma doma festiva é bonita de se ver! É regada a gaita de fole, pessoas pilchadas, muitos cânticos e poesia. Pode-se 
ouvir: 
"Vou me embora , vou me embora 
Prenda minha, tenho muito o que fazer 
Vou partir para rodeio, prenda minha 
no campo do bem querer. 
No potreiro dos teus olhos, prenda minha 
Eu prendi meu coração 
Ficou preso e mui bem preso, prenda minha 
Este potro redomão".
OS COSTUMES DO GAÚCHO 
"Gaúcho, forte e ágil, sua arma é o laço, que atado a cincha do lombilho, o braço campeiro, boleia e arremessa 
com vigor o seu potente laço. Simples e ingênuo, desfaz as sugestões de desprezo, porque a liberdade é a mais 
alta afirmativa da natureza humana". 
Os hábitos do gaúcho são em geral ligados à vida no campo. Os mais conhecidos são: 
É ágil no uso do laço – o gaúcho sabe laçar um cavalo ou um boi usando o laço, feito de couro trançado. 
Ser condutor de gado, ou seja, tropeiro - normalmente esse trabalho é realizado por um peão tanto de dia como à 
noite, faça sol ou faça chuva, esteja nevando ou soprando o minuano. 
Fazer do cavalo um companheiro – o gaúcho procura nunca se separar do cavalo, animal introduzido, no nosso 
rincão gaúcho, através das Missões, pelos padres jesuítas. O cavalo é chamado pelo gaúcho de pingo. O Rio 
Grande do Sul tem manadas de grande beleza: os baios, os alazões, os pangaré e tantas outras pelagens. 
Seu alimento predileto é o churrasco e o arroz de carreteiro. 
Sua bebida preferida é o chimarrão. 
A ALEGRIA NO PALCO GAÚCHO 
As danças gaúchas são a legítima expressão de sua alma. Em todas elas vê-se o espírito de fidalgia e o respeito a 
figura feminina, que sempre caracterizou o campesino rio-grandense. Todas também dão margem para ele 
extravasar a sua criativa teatralidade.
As danças folclóricas gaúchas, possuem uma peculiaridade, são sempre evolucionadas aos pares. Este fato 
encontra justificativa na formação histórica do povo gaúcho, uma sociedade que só se firmou e deitou raízes nesta 
terra através da participação atuante da mulher. Ela jamais foi reclusa como as mulheres das Casas Grandes, dos 
engenhos do Nordeste. 
As danças dos pares entrelaçados faz muito sucesso. 
A mais típica representação tradicional do Rio Grande do Sul, no campo das danças, é o velho "fandango". 
As danças folclóricas são: Pezinho; Balaio; Chula; Xote; Boilaneira; Canaverde; Anu; Maçanico; Tatu com Volta 
Romeiro; Tirana do Lenço; Rancheira de Carreinha e a Chimarrita. 
As Danças de Salão são: Valsa; Vaneira; Vaneirão; Xote; Milonga; Bugio; Rancheira e Chamamé. 
INDUMENTÁRIA GAÚCHA 
A partir de 1865 definiu-se a indumentária do gaúcho atual. 
Vestuário característico masculino: 
Chapéu de couro ou de feltro de abas largas preso pelo barbicacho, o poncho sobre os ombros, o lenço 
geralmente de cores vivas, de nó corrediço. Uma camisa de lã ou de pano grosso. 
Na cintura, a "guaiaca", cinto largo onde traz a faca e a garrucha no coldre. As bombachas, calças largas 
apertadas no tornozelo, as botas com "chilenas" (esporas de rosetas grandes) e finalmente ao pulso a presilha do 
rebenque da várias tiras, não esquecendo do laço de couro de burro. 
Está ele pronto nos pampas para enfrentar. 
O Lenço: 
Usado ao pescoço, pode ser de diversas cores, sendo a branca e a vermelha as mais comuns. No passado, 
tiveram conotações políticas: o vermelho republicano (1835), maragato ou federalista (1893), maragato ou 
libertador (1923); a branca pica-pau (1893) e chimango (1923). O preto somente é usado em sinal de luto. 
O lenço é amarrado por nós, sendo que há mais de dez modelos diferentes. Alguns exemplos: nó-de-rodeio, 
"Assis Brasil", "farroupilha", nó-de-domador, "namorador", cabeça-de-touro e "rapadura".
Vestuário característico feminino: 
De 1820 a 1870 a mulher gaúcha usou vestido de seda ou veludo, botinhas fechadas, travessa nos cabelos, leque, 
meias brancas e xale. Era a influência européia. 
A mulher campesiana usava uma saia e um casaquinho, meias, cabelos soltos ou trançados, sapatos fechados e 
ao pescoço um pequeno triângulo de seda, chamado Fichu. 
A partir de 1870 até os tempos de hoje, a prenda usa vestido de chita sem muitos babados, meia branca, 
sapatilhas pretas sem salto alto, bombachinha, flor ou fita no cabelo e sem muitas jóias e maquiagem. A prenda 
conserva a simplicidade da mulher gaúcha, sem afetar a beleza de um ser de padrões morais superiores. 
SEMANA FARROUPILHA 
À meia-noite do dia 7 de setembro de 1947 nasceu a chama crioula, iniciativa deste grupo de estudantes para 
homenagear os soldados mortos na Revolução Farroupilha e na Segunda Guerra Mundial. A chama crioula que 
acabava de nascer significava a liberdade e a confraternização entre os povos do mundo. 
No dia 11 de dezembro de 1964, através da Lei 4.850, a Assembléia Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, 
oficializou a ronda gaúcha, com o nome de Semana Farroupilha. O período de comemoração passou a ser de uma 
semana, do dia 14 à 20 de setembro. 
Em 1996 , através de lei federal, o dia 20 de setembro foi oficializado o dia do gaúcho ou dia da liberdade, no qual 
são homenageados os heróis da Revolução Farroupilha. 
Na Semana Farroupilha é intensa a programação dos CTG’s no Brasil e em outros países. No dia 14 de Setembro a 
chama crioula chega na maioria dos 2500 CTG’s espalhados por todo o Brasil. 
A chama vai ao Parque da Harmonia, no centro de Porto Alegre, onde ficam acampados centenas de CTG’s, 
durante a Semana Farroupilha. A chama crioula vai também ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado. O 
próprio governador acende o candeeiro com a chama crioula, a qual ficará guarnecida por soldados da Brigada 
Militar até o dia 20 de Setembro. 
Durante a Semana Farroupilha são realizados estudos, palestras, atividades campeiras, culturais e também 
grandes bailes gauchescos. 
O Rio Grande do Sul, sob a magia e o encanto de suas belas paisagens, nos oferece um riquíssimo folclore. Tão 
grande acervo brotou da convivência do homem do campo às margens da fronteira, mesclado com as raças do 
litoral, comungado com a farta dádiva da natureza criadora.
O folclore gaúcho é seiva da hospitalidade do povo rio-grandense, onde germinam usos e costumes espontâneos. 
O folclore gaúcho tem o gosto marcante do chimarrão, a alegria contagiante dos fandangos e o olhar matreiro do 
Cruzeiro do Sul. 
ORAÇÃO DO GAÚCHO 
D. Luiz Felipe de Nadal, bispo de Uruguaiana 
"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e com licença do Patrão Celestial. Vou chegando, enquanto cevo o 
amargo de minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol, preciso camperear por 
outras invernadas e repontar do Céu, a força e a coragem para o entrevero do dia que passa. 
Eu bem sei que qualquer guasca, bem pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da vida, 
se não se estriba na proteção do Céu. Ouve, Patrão Celeste, a oração que te faço ao romper da madrugada e ao 
descambar do Sol: "Tomara que todo o mundo seja como irmão ! Ajuda-me a perdoar as afrontar e não fazer aos 
outros o que não quero para mim". 
Perdoa-me, Senhor, porque rengueando pelas canhadas da fraqueza humana, de quando em vez, quase sem 
querer, eu me solto porteira a fora... Êta potrilho chucro, renegado e caborteiro... mas eu te garanto, meu 
Senhor, quero ser bom e direito ! Ajuda-me, Virgem Maria, Primeira Prenda do Céu. Socorre-me, São Pedro, 
Capataz da Estância Gaúcha. Pra fim de conversa, vou dizer meu Deus, mas somente para ti, que tua vontade 
leva a minha de cabresto pra todo o sempre e até a querência do Céu. 
Amém." 
Fonte: Raízes Históricas, adaptado do texto de Rosane Volpatto. 
Santa Catarina
OKTOBERFEST, 
A FESTA DA CERVEJA 
É no mês de outubro, durante 18 dias de festa, que os moradores de Blumenau têm oportunidade de 
mostrar para o Brasil a riqueza cultural herdada dos antepassados vindos da Alemanha. 
Criada em 1984, com o propósito de arrecadar fundos para a reconstrução da cidade castigada por 
duas grandes enchentes, a Oktoberfest tornou-se a maior festa das tradições germânicas na 
América Latina e o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro. Mais do que 
isso: tornou-se a segunda maior festa da cerveja do mundo, perdendo apenas para Munique. Nesta 
cidade, a festa foi realizada pela primeira vez em 12 de outubro de 1819, em comemoração ao 
casamento do rei Luís I, futuro rei da Baviera, com a princesa Tereza sa Saxônia. Durante quase 
um século, a festa esteve ligada a corridas de cavalos, exposições, barracas com vendas de artigos 
locais e diversas atrações. Somente em 1918 é que foi permitida a inclusão de bebida alcoólica, em
especial a cerveja, dando à comemoração a alegria que a tornou conhecida em todo o mundo. 
Mas, além dos milhões de litros de cerveja que são consumidos em Blumenau (SC), a Oktoberfest 
tem outros pontos fortes: o desfile de abertura, com a participação de carros alegóricos, e o 
Bierwagen (carro da cerveja) que faz a alegria dos "loucos por cerveja" e circula todas as tardes 
festivas distribuindo chope de graça. 
Blumenau, a cidade que acontece essa grandiosa festa, foi fundada em 1850 pelo médico e 
farmacêutico alemão, Hermann Bruno Otto Blumenau, que obteve do governo provincial as terras 
onde poderia criar uma colônia agrícola para imigrantes europeus. Nos primeiros anos de 
funcionamento, a colônia foi propriedade particular de seu fundador, mas dificuldades financeiras o 
forçaram a pedir ao governo que assumisse o empreendimento. O doutor Blumenau ficou na direção 
da colônia até 1880, quando ela foi elevada à categoria de município. O antigo território que, em 
1934, compreendia 10.610 km2 foi reduzido aos 531 km2 atuais. No restante, há 31 outros 
municípios. 
Blumenau é considerada ainda, a capital financeira de Santa Catarina, é a mais importante cidade 
do Vale do Itajaí e concentra sua economia no setor industrial. A agroindústria, o setor de 
informática, o setor metal-mecânico e a produção artesanal de cristais também são bastante
desenvolvidos. 
O centro da Oktoberfest, que fica na Vila Germânica, funciona o ano todo. Dez lojas instaladas em 
construções que lembram uma autêntica vila alemã vendem camisetas, canecas de chope com o 
símbolo da tradicional festa da cerveja, chocolates, vinhos e vários outros itens artesanais. A área 
conta também com restaurantes de comida típica. 
Não dá para deixar de visitar também o Museu da Cerveja, localizado na praça onde fica a 
Cervejaria Continental, que dispõe de duas salas que abrigam peças utilizadas na fabricação da 
cerveja nas décadas de 1940 e 1960. O espaço exibe ainda, fotos antigas de Blumenau e imagens 
do álbum da Cervejaria Brahma. 
O turismo é a mais nova e cada vez mais rentável atividade econômica de Blumenau que, em 1981, foi 
premiada pela imprensa especializada do País, como a Cidade Turismo do Brasil. 
Outras cidades catarinenses, seguindo o calendário de Blumenau, também passaram a organizar 
festas típicas em Santa Catarina no mês de outubro, dentre as quais se destacam a Oktoberfest em 
Joinville, a Fenarreco em Brusque e a Marujada de Itajaí, dando várias opções aos turistas que 
visitam a região nesse período. 
SCHÜTZENVETEIN 
O jeito europeu de viver e as tradições germânicas são facilmente percebidos pelos visitantes, por 
exemplo, nos clubes de caça e tiro espalhados pela cidade, que abriga também a sede da Federação 
Catarinense de Tiro ao Alvo.
Esses clubes de caça e tiro é uma tradição que remonta o período da Idade Média, onde cada 
povoado dependia de suas próprias forças, para sobreviver e então foi criada uma organização de 
auto-defesa. Formou-se assim, corporações de atiradores também no norte da França, Saxônia, 
Suíça, Turquia e Tirol. 
Além disso, era muito popular a realização de grandes festas de caça nas propriedades dos senhores 
feudais. Amigos de distantes lugares reuniam-se para essas caçadas de confraternização. O melhor 
caçador era proclamado o rei da caça e no ano seguinte a festa deveria ser realizada em sua 
propriedade. 
Haviam ainda, muitos divertimentos, desfiles, com a participação dos chefes das clãs e de toda a 
nobreza. Os brasões e os estandartes dos nobres eram hasteados, e o produto da caçada era 
transformado em um grande banquete que durava vários dias. No século XIX essas festividades 
foram reduzidas aos folguedos das Schützenfest. 
Essa tradição veio para o Brasil através dos imigrantes alemães a partir de 1824, entrando pelo vale 
do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul. Pouco depois, em 1829, ela chega a São Pedro de 
Alcântara, perto de Florianópolis, para posteriormente ser registrada em Blumenau, em 1850. 
Aqui, em terras brasileiras o camponês teve que fazer uso da arma para se defender de animais 
selvagens e eventuais ataques de bugres. Entretanto, para proteger à fauna de grandes abates, 
foram criadas stands de tiros, onde se pudesse praticar o tiro ao alvo. 
Essas reuniões cercadas de muita alegria, originaram as primeiras festas dos atiradores. A primeira 
festa oficial, entretanto, que reuniu todos os atiradores da colônia de Blumenau, aconteceu no dia 2 
de dezembro de 1859 e foi dedicada ao aniversário do imperador D. Pedro II. 
Com desenvolvimento da colônia, outros grupos foram sendo fundados e os colonos, demonstrando 
as suas habilidades, passaram a disputar entre si o título de rei do tiro (Schützenkönig), 
transformando essas sociedades em lugar de diversão para as suas famílias.
Um dos aspectos importantes desses clubes é a não-discriminação de classe entre os associados. 
Como a maioria das sociedades está localizada em distritos e zonas rurais, grande parte dos sócios é 
constituída por operários e colonos, mas nas festas o mais simples lavrador e o mais abastado 
comerciante ou industrial se divertem juntos. 
É interessante dizer que Blumenau é o município que reúne o maior número de sociedade de 
atiradores no mundo (34). Este fato causa espanto e admiração aos turistas europeus que visitam 
essa região. 
IMIGRAÇÃO ALEMÃ 
Logo após a independência do Brasil, começaram a chegar o território os imigrantes alemães, 
perfazendo um total de 250 mil em 100 anos. 
A imigração alemã, porém, não é a mais significativa em termos numéricos, representando 
aproximadamente 1/6 do total de italianos. Entre 1850 e 1909 entraram mais ou menos quinze mil 
alemães em cada década; para o período anterior o número é quase insignificante (apenas 6.938 
alemães foram assentados nas regiões de São Leopoldo, Rio Grande do Sul (RS); Rio Negro, 
Paraná (PR) e Mafra e São Pedro de Alcântara, Santa Catarina (SC). O maior fluxo ocorreu no 
período que se seguiu à primeira guerra mundial: na década de 1920 aqui chegaram cerca de 75.000 
alemães, quase 30% do total. 
Houve assentamentos de alemães em outros estados, mas foram efêmeros, especialmente em Minas 
Gerais e na Bahia. No Espírito Santo, até hoje, os pomerânios são objeto de curiosidade por 
terem mantido algumas das suas tradições, apesar da imigração alemã para aquele estado ter durado
apenas um curto período. 
OS DEZ MANDAMENTOS DA CERVEJA: 
1. Não envelheça, pois ela já vem pronta. Estocar a partir de 90 dias começa a perder qualidade. 
2. Evite sol, para não oxidar, e as engarrafadas guarde em pé. 
3. Evite o congelamento. Gele na temperatura ideal. 
4. Nunca volte à geladeira após o desgelo. 
5. Tome na temperatura de 4 a 6 graus. Mais geladas que isso adormece as pupilas gustativas, 
comprometendo o sabor, e prejudica a formação da espuma na cerveja. 
6. Use copos e canecas transparentes - estimula tomar pelo visual dourado. 
7. Evite resíduos de gorduras nos copos, acabam com o colarinho e liberam o gás carbônico, 
deixando o líquido meio choco. 
8. Tome com colarinho para reter o aroma e evitar a liberação do gás carbônico.
9. Sirva corretamente. Derrame uma dose e espere o colarinho baixar, incline o copo a 45 graus, 
despejando o líquido devagar enquanto o colarinho sobe. 
10. Ingira moderadamente para ter boa saúde. Ela é rica em vitaminas, carboidratos, proteínas e 
aminoácidos. É hidratante por conter 90% de água, e apenas de 3 a 5 graus de álcool. Um copo de 
cerveja contém apenas 80 calorias, sendo folclore associar o consumo de cerveja com a formação de 
barriga. Os acompanhamentos gordurosos é que engordam. 
CULINÁRIA ALEMÃ 
KASSELER À MODA ANTIGA ALEMÃ 
Ingredientes: 
250g de pão francês 
1 tablete de caldo de bacon 
1 colher de chá de sal 
1/2 xícara de chá de mel 
1/2 kg de cebola 
1 colher de chá de pimenta-do-reino 
1 colher de chá de manjerona 
1 colher de chá de cominho
1 maço salsa 
Acompanhamento: 
250 gramas de creme de leite 
1 pitada de pimenta-do-reino 
1 colher de sopa de cebola 
6 batatas grandes 
Modo de Preparo: 
Colocar o pão de molho no caldo de carne e bacon. Juntar os demais ingredientes. Colocar a carne 
numa assadeira, regar com o caldo e o mel. Assar em forno quente por 1/2 hora, regando 3 vezes. 
Se preferir, cozinhar numa panela em forno brando. Neste caso, não colocar o mel. 
Acompanhamento: 
Ralar a cebola e misturar bem o creme de leite e a pimenta-do-reino. Abrir as batatas ao meio e 
rechear com o creme. Envolver em papel alumínio e assar por cerca de 1 hora. 
BOLO DE CERVEJA 
Ingredientes: 
6 ovos 
300 g de açúcar 
3 colheres (sopa) de manteiga (cheias) 
300 g de farinha de trigo 
1 xícara (chá) de cerveja 
1 colher (chá) de fermento em pó 
Modo de Preparo: 
Bater as claras em neve e, sem parar de bater, adicione o açúcar, a manteiga, as gemas e a farinha já 
misturada com a cerveja em temperatura ambiente e o fermento. Bater rapidamente, despejar numa 
fôrma untada e assar.
Erly Oleques Teixeira, à esquerda na foto, ao lado de Maria Urruth Oleques, está, nesta data, 
completando mais um ano de vida. Mãe, aqui vão os cumprimentos dos filhos pela passagem de tua Data 
Natalícia. "Que o Patrão Velho te conceda, com a sua benevolência, muitas e muitas campereadas na 
Invernada da Existência!". Feliz Aniversário! 
O Conjunto Gaúcho Os Monarcas - o Melhor Grupo de Baile de 2004). 
"Quem conhece o gaúcho campeiro não desfaz jamais sua estampa, não debocha do seu linguajar, nem do 
jeito oriundo do Pampa. Esse índio de bota e bombacha, que a Mãe-Terra-Gaúcha gerou, é uma marca 
na "anca-da-história" que o tempo jamais apagou" (Os de Bota e Bombacha, do Álbum "No Tranco dos 
Monarcas")
O Diário Digital Bombacha Larga cumprimenta Os Monarcas pela autenticidade na indumentária e 
pela preservação da autêntica música regional gaúcha, hoje tão aviltada por outros Grupos que se 
intitulam "tradicionais", mas que, na realidade, já cederam aos apelos comerciais do "mercado". Os 
Monarcas são um exemplo de gauchismo. Usam o lenço, a guaiaca, a bombacha, a pilcha gaúcha, 
porque são gaúchos. Crêem que para vender no resto do país desnecessário o "despilchamento", a 
descaracterização, a perda da identidade. Parabéns ao Grupo pela trajetória e pela postura coerente, 
onde o discurso e a prática andam juntos. Para dançar ou escutar uma música alegre, cujos temas falam 
do jeito de viver dos gaúchos, e com a autêntica musicalidade sulista, "não tem pra ninguém, tchê!": 
tem que ser Os Monarcas! Confira, vivente!
Apenas Saudades 
Autor: Ieda Brock 
Ah, que saudades que dá na gente 
Quando se acorda cedito e não se escuta o 
Galo cantar, o cusco a latir e as vacas a berrar. 
Saudades de ver o terneirinho pulando faceiro 
Em roda de sua mãe. 
Saudades do fogão de lenha que de longe 
Se vê a fumaça se perder no ar. 
Daquele café gostoso do bule preto 
Da broa de milho com manteiga e chimia
E as vezes até torresmo pra quem queria. 
Ah, saudades de andar na geada sentindo os 
Estalinhos do gelo 
De parecer que está fumando 
De ficar com lábios e bochechas vermelhos 
E voltar pra casa correndo 
Sentar em um banquito 
Na frente do fogão até se esquentar. 
Saudades do chimarrão antes do meio dia 
Dos bolinhos de sonhos com canela nos dias de chuva. 
Saudades do entardecer 
Dos animais se achegando pro galpão 
Dos banhos rápidos por causa do frio. 
Ah, e que saudades do pijama de pelúcia cheio de bichinhos 
Da sopa com bastante tempero levantando fumaça. 
Saudades da oração do Santo Anjo 
Saudades de uma noite tranqüila 
Ouvindo sons de grilo e coruja cantar. 
Saudades, 
Apenas saudades...
Marilete Soares Marques, hoje, em Brasília, está completando mais um ano de vida. "Que o Patrão 
Velho te conceda, com a sua benevolência, muitas e muitas campereadas, na Invernada da 
Existência!". Os nossos cumprimentos pela passagem de tua Data Natalícia. Parabéns!
Grupo Musical Gaúcho do CTG Estância da Serra. Parabéns a essa xiruzada macanuda! 
Um Grupo Musical, para ser genuinamente Gaúcho, não basta ostentar palavras gaúchas no nome como 
"tchê", por exemplo. Necessário se faz o uso da autêntica indumentária dos gaúchos. Precisamos, hoje, 
desses peões e dessas prendas que têm como ideal a conservação da rica cultura gaúcha. 
Prendas de Danças Tradicionais Gaúchas, do CTG Estância da Serra, da cidade de Osório-RS.
As danças folclóricas são e sempre serão a melhor forma de expor a identidade de um povo. A Tradição 
Gaúcha, por intermédio de inúmeros Grupos Folclóricos e Invernadas Artísticas de Centros de 
Tradições Gaúchas, foi, por inúmeras vezes, bem representada, nos mais diferentes lugares do mundo. 
Parabéns à Patronagem do CTG. 
...e na Alemanha!
Churrasco: prato típico do gaúcho. 
TELURISMO - Barbosa Lessa, em sua obra "Nativismo – um fenômeno social gaúcho", 
referindo-se a telurismo, assim se expressa: "A esse contato entre Terra e homem se 
chama força telúrica. Parte da força cósmica – que é de todo o Universo. E 
telurismo é a capacidade de sentir a presença do solo, do chão, da gleba, amando-a 
a mais não poder". Segundo Edilberto Teixeira, "Telurismo é a influência do solo de 
uma região sobre o caráter e os costumes de seus habitantes. O que é pertencente ou 
relativo à terra, a sua força telúrica”. (Maria Ezabel T. de Moura – MTG/RS).
Invernada Artística Adulta de Danças Tradicionais Gaúchas, do CTG Cultivando a 
Tradição, de Quilombo-SC. Parabéns aos componentes, Posteiro e Patronagem do 
Cultivando a Tradição, pela preservação das autênticas tradições do povo gaúcho! 
Antonio Augusto Fagundes, referindo-se à tradição, diz: "Em Direito, tradição 
significa entrega. Em seu sentido mais amplo, que é o que interessa para o presente 
estudo, tradição quer dizer o culto dos valores que os antepassados nos legaram. 
Todo o grupo social, toda a nação tem sua própria escala de valores e é essa escala 
que torna os povos distintos entre si."(Maria Izabel T. de Moura-MTG/RS).
CARRETA: veículo tosco e pesado, de duas rodas, grande, com tolda ou não, puxado por diversas juntas de 
bois (Minidicionário Guasca, de Zeno e Rui Cardoso Nunes, 2a Edição, Porto Alegre: Martins Livreiro 
Editor, 1986). 
Nosso acervo cultural retrata a paisagem sem fim de nossos campos, cortados pelos 
tropeiros, os rangidos choromingantes das carretas de bois e o grito sentinela do 
quero-quero (Maria Izabel T. de Moura-MTG/RS). 
O carreteiro, de Berega.
"A viagem vem decorrendo sem acidentes e o tempo ajudando. Os bois, soltos, pastam 
pachorrentos próximo à aguada. Os carreteiros mateiam, enquanto preparam a comida 
junto à velha carreta que, com sua parafernália de objetos, avios e cargas, se destaca na 
planura do campo. O carreteiro é um paciente; para ele, a roda do tempo gira na velocidade 
do lento girar das rodas do seu veículo. A carreta é como um grande barco que, chorando as 
rodas e rangendo o cordame, vai ligando, mui lentamente, os portos das estâncias num 
imenso e verde mar chamado Pampa!" 
PTG - Piquete de Tradições Gaúchas - Guarda Velha, fazendo a Ronda à Chama 
Crioula, no CTG Sentinela dos Cerros, de Caçapava do Sul-RS, no dia 19 Set 2004, 
durante as comemorações da Semana Farroupilha. 
O povo gaúcho deve orgulhar-se de possuir tão bela tradição. É um pedestal que ostenta o chimarrão, a 
doma, o fandango, o pealo, a marcação, as lendas, as pilchas, a música, a poesia, os causos, as trovas, 
etc. A vida passa do real para a fantasia, nas narrativas do Negrinho do Pastoreio, Lenda do Jarau, 
Boitatá, Angüera, etc. As fascinadoras danças da Chula, Facões, Anu, Pezinho, Chimarrita, Balaio e 
outras apresentadas pelos grupos de danças ou ainda as danças de salão como o Chote, a Valsa, a 
Rancheira, o Bugio, a Vaneira e o Vaneirão!
"Tradição não é simplesmente o passado. O passado é o marco. A Tradição é a 
continuidade. O passado é o acontecimento que fica. A Tradição é o fermento que 
prossegue. O passado é a paisagem que passa. A Tradição é a corrente que continua. O 
passado é a flor e o fruto que findaram. A Tradição é a semente que perpetua. O passado 
é o começo, as raízes. A Tradição é a seiva circulante, o prosseguimento. Enfim: Tradição é 
tudo aquilo que do passado não morreu" (Hélio Rocha). 
TRADIÇÃO - A palavra tradição vem do latim, do verbo "tradere" (traditio, traditionis) que 
significa trazer, entregar, transmitir, ensinar. Logo, tradição é a transmissão de fatos 
culturais de um povo, quer de natureza espiritual ou material, ou ainda é a 
transmissão dos costumes feita de pais para filhos no decorrer dos tempos, ao 
sucederem-se as gerações. É a memória cultural de um povo. É um conjunto de idéias,
usos, memórias, recordações e símbolos conservados pelos tempos, pelas gerações, 
sendo assim a eterna vigilância cultural! (Maria Izabel T. de Moura-MTG/RS). 
CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS: PRESERVAÇÃO DOS USOS E COSTUMES DO POVO 
GAÚCHO!
Membros da Patronagem e do Quadro Social do CTG Herdeiros da Tradição, de Francisco Beltrão, no 
Estado do Paraná!
Ronda Crioula – Santa Catarina
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Tradições gaúchas

  • 1. Informações e dados da região Sul do Brasil: · Estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. · Vegetação: Mata dos Pinhais ou de Araucárias (regiões de planalto); Mata Atlântica (região da Serra do Mar); Campos (na região da Campanha Gaúcha ou Pampa no Rio Grande do Sul). · Rios Principais: rio Paraná, rio Uruguai, rio Itajaí, rio Jacuí e rio Pelotas · Usinas Hidrelétricas: Usina Hidrelétrica de Itaipú (no rio Paraná), Machadinho (rio Pelotas) e Itá (no rio Uruguai).
  • 2. · Agricultura (principais produtos agrícolas): soja, trigo, arroz, algodão, cana-de-açúcar, laranja, uva, café, erva-mate. · Economia: bem diversificada e desenvolvida. Destacam-se as indústrias de transformação, automobilística, têxtil, alimentícia, produtos eletrônicos e tecnológicos. A área de serviços também é muito importante, destacando-se o turismo nas cidades litorâneas, principalmente, de Santa Catarina. O comércio também é bem movimentado em toda região Sul. · Social: Grande parte das cidades da região sul apresenta ótimos índices sociais e de qualidade de vida. · Turismo: as cidades litorâneas possuem uma excelente infra-estrutura turística (aeroportos, pousadas, hotéis, parques, etc). As praias se destacam pelas belezas naturais, principalmente no litoral catarinense. Há também o turismo histórico-cultural, com cidades de arquitetura do período da colonização italiana e alemã (final do século XIX e início do XX). · Cultura: muitas cidades do sul do país foram fundadas por colonos alemães e italianos. Portanto, a cultura desta região é fortemente marcada pela influência cultural destes países europeus. Festa típicas, danças, músicas e a culinária são marcadas por traços alemães e italianos. Na culinária podemos destacar o arroz carreteiro, chimarrão e churrasco (típicos do Rio Grande do Sul). Em Santa Catarina destacam-se os pratos a base de camarão, o marreco com repolho roxo e a bijajica. No Paraná, os pratos mais típicos são arroz com pinhão, barreado e o carneiro no buraco. · Principais Cidades da Região Sul: - Estado do Paraná: Curitiba (capital), Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Colombo, Guarapuava. - Estado de Santa Catarina: Florianópolis (capital), Joinville, Blumenau, São José, Criciúma, Lages, itajaí, Japecó e Jaraguá do Sul. - Estado do Rio Grande do Sul: Porto Alegre (capital), Canoas, Gravataí, Viamão, Novo Hamburgo, Alvorada, São Leopoldo e Sapucaia do Sul.
  • 3. Definições Veja as definições apresentadas pelo professor Inami para as principais manifestações folclóricas do Paraná: Fandango: bailado popular típico dos caiçaras e pescadores do litoral paranaense. Os dançarinos usam tamancos com solado de madeira que são batidos no chão. É dançado em recinto fechado, de preferência uma casa de madeira com tábuas de assoalho largas e flexíveis. Um conjunto formado por viola, rabeca, violão e pandeiro são os responsáveis pela música. Para alimentar os fandangueiros, o prato especial é o barreado. Congada da Lapa: bailado popular com representação cênica que se originou com os Jesuítas. Eles utilizaram a congada para converter os africanos pagãos. A manifestação chegou e se manteve no Paraná, graças aos descendentes de escravos que faziam o auto no dia de São Benedito. Cavalhadas de Guarapuava: é uma reminiscência dos torneios da Idade Média. Revive as lutas entre os mouros e critãos, com função dramático-religiosa. Boi de Mamão: reúne outras manifestações como a dança-do-pau-de-fitas, e a ressureição e morte do boi, tradição no litoral catarinense. Dança de São Gonçalo: originária de Portugal, envolve reza e procissão em devoção a São Gonçalo, santo popular em Portugal. Foram encontradas manifestações dessa tradição também na Ilha dos Valadares. Cuá-fubá: é uma melodia com texto e coreografia executados durante o mutirão prestado por lavradores em favor de um deles, em localidades do interior. Após o trabalho é oferecido um café e almoço para os participantes.
  • 4. POTRILHO - cavalinho mamão que ainda depende do leite materno da égua até os dois anos, quando vira potro apto para a doma. Na cena, o gaúcho está de volta "às casas" depois da lida de um dia no campo, tendo o potrilho baio junto da égua para que possa ser alimentado (Fonte: Agenda Gaúcha 2005, de Dorotéo Fagundes, com ilustração do artista plástico Vasco Machado). Tradições Gaúchas
  • 5. "Nada melhor que as tradições para retemperar a saúde de nossa alma brasileira" (Mário de Andrade) NEM SEMPRE HERÓI.... O mito gaúcho é recente, sua data mais antiga é 1617, "mozos perdidos", que viviam inicialmente na proximidade de Santa Fé, atual Argentina. Em Buenos Aires eram chamados de "cuatreros e vagabundos", que roubavam e assolavam o campo. Em 1642, os jesuítas registraram vagabundos que pilhavam as estâncias das missões. Em 1759, foram designados de "gaudérios ou gaúchos", estes homens que circulavam pela Capitânia de Rio Grande de São Pedro. Durante a época das safras eles conseguiam empregos temporários nas fazendas de criação de gado. Durante a Revolução Farroupilha, eles perdem seu termo pejorativo e passam a serem considerados homens dignos, bravos, patriotas e destemidos. Eles são cultuados, a partir deste momento como indivíduos irreverentes, guerreiros, ligados as lidas do campo e do gado.
  • 6. O gaúcho, foi uma figura masculina, que em meados do século dezenove já era mito. Símbolo dos pampas, no decorrer da história, torna-se um arquétipo de "Ser Nacional". Era-lhe atribuídos predicados múltiplos como: hombridade, valentia, espírito de luta entre outras. Um homem que havia forjado uma forma de vida sob a qual o estigma da liberdade sinaliza seus passos. Um ser indomável que vivia solitário e desprendido de qualquer conforto. Foi estilizado e cultuado na literatura como um "centauro dos pampas"ou "monarca das coxilhas", um semi-deus que galopava livre distribuindo justiça e generosidade. Grande parte da ideologia do gaúcho, encontra-se hoje preservada pelos atuais CTG's, que surgiram no final da década de 40, frutos de um desejo apaixonado de resgatar as raízes da cultura gaúcha. Através de suas atividades, reproduzem com orgulho os hábitos do homem do campo, que colonizou e fez crescer o Estado, mantendo sempre acesa a chama da história. Todo o povo gaúcho, sempre exaltou a coragem de seus ancestrais, canta seu apego à terra e seu grande amor pela liberdade. ORIGEM DO NOME A origem da palavra GAÚCHO, tem muitos segmentos. Segundo alguns autores, o termo provém do guarani e significaria "homem que canta triste", aludido provavelmente à "cantilena arrastada dos minuanos". A maioria dos autores rio-grandenses, no entanto, diz que seria uma corruptela da palavra Huagchu, de origem quêchua, traduzida por guacho, que significa órfão e designaria os filhos de índia com branco português ou espanhol. O CAVALO EM CENA O folclore do Rio Grande, dignifica a magnitude da alma do povo gaúcho, legendário na história e amante fiel do seu bravo companheiro: o cavalo. Não se concebe um gaúcho sem seu cavalo. A galope, este cavaleiro é o rei dos pampas. Foi através de seus trópeis e cavalgadas que se completou a integração da região rio-grandense no século dezenove. No campo vislumbrava-se este herói alado com seu pala esvoaçante ao sabor do vento minuano. Em suas veias
  • 7. correm todos os sangues: índio, português e levemente negro. Assim era o jovial habitante dos pampas. Ao seu lado, uma linda prenda. A DOMA Este cavaleiro indomável é exímio domador. A doma é a parte mais empolgante dos rodeios, o maior atrativo das festas dos Centros Tradicionalistas do Rio Grande do Sul. Neste evento, o peão cavalga sem arreios, em pêlo. Homem e cavalo tentam uma aproximação. O animal corcoveia, pinoteia em uma luta feroz corpo a corpo. O peão insiste em domar o cavalo. O cavaleiro pode acabar beijando o chão ou o cavalo sossega domado. Todo este feito é acompanhado pelo aplauso e delírio de uma grande assistência. Uma doma festiva é bonita de se ver! É regada a gaita de fole, pessoas pilchadas, muitos cânticos e poesia. Pode-se ouvir: "Vou me embora , vou me embora Prenda minha, tenho muito o que fazer Vou partir para rodeio, prenda minha no campo do bem querer. No potreiro dos teus olhos, prenda minha Eu prendi meu coração Ficou preso e mui bem preso, prenda minha Este potro redomão".
  • 8. OS COSTUMES DO GAÚCHO "Gaúcho, forte e ágil, sua arma é o laço, que atado a cincha do lombilho, o braço campeiro, boleia e arremessa com vigor o seu potente laço. Simples e ingênuo, desfaz as sugestões de desprezo, porque a liberdade é a mais alta afirmativa da natureza humana". Os hábitos do gaúcho são em geral ligados à vida no campo. Os mais conhecidos são: É ágil no uso do laço – o gaúcho sabe laçar um cavalo ou um boi usando o laço, feito de couro trançado. Ser condutor de gado, ou seja, tropeiro - normalmente esse trabalho é realizado por um peão tanto de dia como à noite, faça sol ou faça chuva, esteja nevando ou soprando o minuano. Fazer do cavalo um companheiro – o gaúcho procura nunca se separar do cavalo, animal introduzido, no nosso rincão gaúcho, através das Missões, pelos padres jesuítas. O cavalo é chamado pelo gaúcho de pingo. O Rio Grande do Sul tem manadas de grande beleza: os baios, os alazões, os pangaré e tantas outras pelagens. Seu alimento predileto é o churrasco e o arroz de carreteiro. Sua bebida preferida é o chimarrão. A ALEGRIA NO PALCO GAÚCHO As danças gaúchas são a legítima expressão de sua alma. Em todas elas vê-se o espírito de fidalgia e o respeito a figura feminina, que sempre caracterizou o campesino rio-grandense. Todas também dão margem para ele extravasar a sua criativa teatralidade.
  • 9. As danças folclóricas gaúchas, possuem uma peculiaridade, são sempre evolucionadas aos pares. Este fato encontra justificativa na formação histórica do povo gaúcho, uma sociedade que só se firmou e deitou raízes nesta terra através da participação atuante da mulher. Ela jamais foi reclusa como as mulheres das Casas Grandes, dos engenhos do Nordeste. As danças dos pares entrelaçados faz muito sucesso. A mais típica representação tradicional do Rio Grande do Sul, no campo das danças, é o velho "fandango". As danças folclóricas são: Pezinho; Balaio; Chula; Xote; Boilaneira; Canaverde; Anu; Maçanico; Tatu com Volta Romeiro; Tirana do Lenço; Rancheira de Carreinha e a Chimarrita. As Danças de Salão são: Valsa; Vaneira; Vaneirão; Xote; Milonga; Bugio; Rancheira e Chamamé. INDUMENTÁRIA GAÚCHA A partir de 1865 definiu-se a indumentária do gaúcho atual. Vestuário característico masculino: Chapéu de couro ou de feltro de abas largas preso pelo barbicacho, o poncho sobre os ombros, o lenço geralmente de cores vivas, de nó corrediço. Uma camisa de lã ou de pano grosso. Na cintura, a "guaiaca", cinto largo onde traz a faca e a garrucha no coldre. As bombachas, calças largas apertadas no tornozelo, as botas com "chilenas" (esporas de rosetas grandes) e finalmente ao pulso a presilha do rebenque da várias tiras, não esquecendo do laço de couro de burro. Está ele pronto nos pampas para enfrentar. O Lenço: Usado ao pescoço, pode ser de diversas cores, sendo a branca e a vermelha as mais comuns. No passado, tiveram conotações políticas: o vermelho republicano (1835), maragato ou federalista (1893), maragato ou libertador (1923); a branca pica-pau (1893) e chimango (1923). O preto somente é usado em sinal de luto. O lenço é amarrado por nós, sendo que há mais de dez modelos diferentes. Alguns exemplos: nó-de-rodeio, "Assis Brasil", "farroupilha", nó-de-domador, "namorador", cabeça-de-touro e "rapadura".
  • 10. Vestuário característico feminino: De 1820 a 1870 a mulher gaúcha usou vestido de seda ou veludo, botinhas fechadas, travessa nos cabelos, leque, meias brancas e xale. Era a influência européia. A mulher campesiana usava uma saia e um casaquinho, meias, cabelos soltos ou trançados, sapatos fechados e ao pescoço um pequeno triângulo de seda, chamado Fichu. A partir de 1870 até os tempos de hoje, a prenda usa vestido de chita sem muitos babados, meia branca, sapatilhas pretas sem salto alto, bombachinha, flor ou fita no cabelo e sem muitas jóias e maquiagem. A prenda conserva a simplicidade da mulher gaúcha, sem afetar a beleza de um ser de padrões morais superiores. SEMANA FARROUPILHA À meia-noite do dia 7 de setembro de 1947 nasceu a chama crioula, iniciativa deste grupo de estudantes para homenagear os soldados mortos na Revolução Farroupilha e na Segunda Guerra Mundial. A chama crioula que acabava de nascer significava a liberdade e a confraternização entre os povos do mundo. No dia 11 de dezembro de 1964, através da Lei 4.850, a Assembléia Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, oficializou a ronda gaúcha, com o nome de Semana Farroupilha. O período de comemoração passou a ser de uma semana, do dia 14 à 20 de setembro. Em 1996 , através de lei federal, o dia 20 de setembro foi oficializado o dia do gaúcho ou dia da liberdade, no qual são homenageados os heróis da Revolução Farroupilha. Na Semana Farroupilha é intensa a programação dos CTG’s no Brasil e em outros países. No dia 14 de Setembro a chama crioula chega na maioria dos 2500 CTG’s espalhados por todo o Brasil. A chama vai ao Parque da Harmonia, no centro de Porto Alegre, onde ficam acampados centenas de CTG’s, durante a Semana Farroupilha. A chama crioula vai também ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado. O próprio governador acende o candeeiro com a chama crioula, a qual ficará guarnecida por soldados da Brigada Militar até o dia 20 de Setembro. Durante a Semana Farroupilha são realizados estudos, palestras, atividades campeiras, culturais e também grandes bailes gauchescos. O Rio Grande do Sul, sob a magia e o encanto de suas belas paisagens, nos oferece um riquíssimo folclore. Tão grande acervo brotou da convivência do homem do campo às margens da fronteira, mesclado com as raças do litoral, comungado com a farta dádiva da natureza criadora.
  • 11. O folclore gaúcho é seiva da hospitalidade do povo rio-grandense, onde germinam usos e costumes espontâneos. O folclore gaúcho tem o gosto marcante do chimarrão, a alegria contagiante dos fandangos e o olhar matreiro do Cruzeiro do Sul. ORAÇÃO DO GAÚCHO D. Luiz Felipe de Nadal, bispo de Uruguaiana "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e com licença do Patrão Celestial. Vou chegando, enquanto cevo o amargo de minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol, preciso camperear por outras invernadas e repontar do Céu, a força e a coragem para o entrevero do dia que passa. Eu bem sei que qualquer guasca, bem pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da vida, se não se estriba na proteção do Céu. Ouve, Patrão Celeste, a oração que te faço ao romper da madrugada e ao descambar do Sol: "Tomara que todo o mundo seja como irmão ! Ajuda-me a perdoar as afrontar e não fazer aos outros o que não quero para mim". Perdoa-me, Senhor, porque rengueando pelas canhadas da fraqueza humana, de quando em vez, quase sem querer, eu me solto porteira a fora... Êta potrilho chucro, renegado e caborteiro... mas eu te garanto, meu Senhor, quero ser bom e direito ! Ajuda-me, Virgem Maria, Primeira Prenda do Céu. Socorre-me, São Pedro, Capataz da Estância Gaúcha. Pra fim de conversa, vou dizer meu Deus, mas somente para ti, que tua vontade leva a minha de cabresto pra todo o sempre e até a querência do Céu. Amém." Fonte: Raízes Históricas, adaptado do texto de Rosane Volpatto. Santa Catarina
  • 12. OKTOBERFEST, A FESTA DA CERVEJA É no mês de outubro, durante 18 dias de festa, que os moradores de Blumenau têm oportunidade de mostrar para o Brasil a riqueza cultural herdada dos antepassados vindos da Alemanha. Criada em 1984, com o propósito de arrecadar fundos para a reconstrução da cidade castigada por duas grandes enchentes, a Oktoberfest tornou-se a maior festa das tradições germânicas na América Latina e o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro. Mais do que isso: tornou-se a segunda maior festa da cerveja do mundo, perdendo apenas para Munique. Nesta cidade, a festa foi realizada pela primeira vez em 12 de outubro de 1819, em comemoração ao casamento do rei Luís I, futuro rei da Baviera, com a princesa Tereza sa Saxônia. Durante quase um século, a festa esteve ligada a corridas de cavalos, exposições, barracas com vendas de artigos locais e diversas atrações. Somente em 1918 é que foi permitida a inclusão de bebida alcoólica, em
  • 13. especial a cerveja, dando à comemoração a alegria que a tornou conhecida em todo o mundo. Mas, além dos milhões de litros de cerveja que são consumidos em Blumenau (SC), a Oktoberfest tem outros pontos fortes: o desfile de abertura, com a participação de carros alegóricos, e o Bierwagen (carro da cerveja) que faz a alegria dos "loucos por cerveja" e circula todas as tardes festivas distribuindo chope de graça. Blumenau, a cidade que acontece essa grandiosa festa, foi fundada em 1850 pelo médico e farmacêutico alemão, Hermann Bruno Otto Blumenau, que obteve do governo provincial as terras onde poderia criar uma colônia agrícola para imigrantes europeus. Nos primeiros anos de funcionamento, a colônia foi propriedade particular de seu fundador, mas dificuldades financeiras o forçaram a pedir ao governo que assumisse o empreendimento. O doutor Blumenau ficou na direção da colônia até 1880, quando ela foi elevada à categoria de município. O antigo território que, em 1934, compreendia 10.610 km2 foi reduzido aos 531 km2 atuais. No restante, há 31 outros municípios. Blumenau é considerada ainda, a capital financeira de Santa Catarina, é a mais importante cidade do Vale do Itajaí e concentra sua economia no setor industrial. A agroindústria, o setor de informática, o setor metal-mecânico e a produção artesanal de cristais também são bastante
  • 14. desenvolvidos. O centro da Oktoberfest, que fica na Vila Germânica, funciona o ano todo. Dez lojas instaladas em construções que lembram uma autêntica vila alemã vendem camisetas, canecas de chope com o símbolo da tradicional festa da cerveja, chocolates, vinhos e vários outros itens artesanais. A área conta também com restaurantes de comida típica. Não dá para deixar de visitar também o Museu da Cerveja, localizado na praça onde fica a Cervejaria Continental, que dispõe de duas salas que abrigam peças utilizadas na fabricação da cerveja nas décadas de 1940 e 1960. O espaço exibe ainda, fotos antigas de Blumenau e imagens do álbum da Cervejaria Brahma. O turismo é a mais nova e cada vez mais rentável atividade econômica de Blumenau que, em 1981, foi premiada pela imprensa especializada do País, como a Cidade Turismo do Brasil. Outras cidades catarinenses, seguindo o calendário de Blumenau, também passaram a organizar festas típicas em Santa Catarina no mês de outubro, dentre as quais se destacam a Oktoberfest em Joinville, a Fenarreco em Brusque e a Marujada de Itajaí, dando várias opções aos turistas que visitam a região nesse período. SCHÜTZENVETEIN O jeito europeu de viver e as tradições germânicas são facilmente percebidos pelos visitantes, por exemplo, nos clubes de caça e tiro espalhados pela cidade, que abriga também a sede da Federação Catarinense de Tiro ao Alvo.
  • 15. Esses clubes de caça e tiro é uma tradição que remonta o período da Idade Média, onde cada povoado dependia de suas próprias forças, para sobreviver e então foi criada uma organização de auto-defesa. Formou-se assim, corporações de atiradores também no norte da França, Saxônia, Suíça, Turquia e Tirol. Além disso, era muito popular a realização de grandes festas de caça nas propriedades dos senhores feudais. Amigos de distantes lugares reuniam-se para essas caçadas de confraternização. O melhor caçador era proclamado o rei da caça e no ano seguinte a festa deveria ser realizada em sua propriedade. Haviam ainda, muitos divertimentos, desfiles, com a participação dos chefes das clãs e de toda a nobreza. Os brasões e os estandartes dos nobres eram hasteados, e o produto da caçada era transformado em um grande banquete que durava vários dias. No século XIX essas festividades foram reduzidas aos folguedos das Schützenfest. Essa tradição veio para o Brasil através dos imigrantes alemães a partir de 1824, entrando pelo vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul. Pouco depois, em 1829, ela chega a São Pedro de Alcântara, perto de Florianópolis, para posteriormente ser registrada em Blumenau, em 1850. Aqui, em terras brasileiras o camponês teve que fazer uso da arma para se defender de animais selvagens e eventuais ataques de bugres. Entretanto, para proteger à fauna de grandes abates, foram criadas stands de tiros, onde se pudesse praticar o tiro ao alvo. Essas reuniões cercadas de muita alegria, originaram as primeiras festas dos atiradores. A primeira festa oficial, entretanto, que reuniu todos os atiradores da colônia de Blumenau, aconteceu no dia 2 de dezembro de 1859 e foi dedicada ao aniversário do imperador D. Pedro II. Com desenvolvimento da colônia, outros grupos foram sendo fundados e os colonos, demonstrando as suas habilidades, passaram a disputar entre si o título de rei do tiro (Schützenkönig), transformando essas sociedades em lugar de diversão para as suas famílias.
  • 16. Um dos aspectos importantes desses clubes é a não-discriminação de classe entre os associados. Como a maioria das sociedades está localizada em distritos e zonas rurais, grande parte dos sócios é constituída por operários e colonos, mas nas festas o mais simples lavrador e o mais abastado comerciante ou industrial se divertem juntos. É interessante dizer que Blumenau é o município que reúne o maior número de sociedade de atiradores no mundo (34). Este fato causa espanto e admiração aos turistas europeus que visitam essa região. IMIGRAÇÃO ALEMÃ Logo após a independência do Brasil, começaram a chegar o território os imigrantes alemães, perfazendo um total de 250 mil em 100 anos. A imigração alemã, porém, não é a mais significativa em termos numéricos, representando aproximadamente 1/6 do total de italianos. Entre 1850 e 1909 entraram mais ou menos quinze mil alemães em cada década; para o período anterior o número é quase insignificante (apenas 6.938 alemães foram assentados nas regiões de São Leopoldo, Rio Grande do Sul (RS); Rio Negro, Paraná (PR) e Mafra e São Pedro de Alcântara, Santa Catarina (SC). O maior fluxo ocorreu no período que se seguiu à primeira guerra mundial: na década de 1920 aqui chegaram cerca de 75.000 alemães, quase 30% do total. Houve assentamentos de alemães em outros estados, mas foram efêmeros, especialmente em Minas Gerais e na Bahia. No Espírito Santo, até hoje, os pomerânios são objeto de curiosidade por terem mantido algumas das suas tradições, apesar da imigração alemã para aquele estado ter durado
  • 17. apenas um curto período. OS DEZ MANDAMENTOS DA CERVEJA: 1. Não envelheça, pois ela já vem pronta. Estocar a partir de 90 dias começa a perder qualidade. 2. Evite sol, para não oxidar, e as engarrafadas guarde em pé. 3. Evite o congelamento. Gele na temperatura ideal. 4. Nunca volte à geladeira após o desgelo. 5. Tome na temperatura de 4 a 6 graus. Mais geladas que isso adormece as pupilas gustativas, comprometendo o sabor, e prejudica a formação da espuma na cerveja. 6. Use copos e canecas transparentes - estimula tomar pelo visual dourado. 7. Evite resíduos de gorduras nos copos, acabam com o colarinho e liberam o gás carbônico, deixando o líquido meio choco. 8. Tome com colarinho para reter o aroma e evitar a liberação do gás carbônico.
  • 18. 9. Sirva corretamente. Derrame uma dose e espere o colarinho baixar, incline o copo a 45 graus, despejando o líquido devagar enquanto o colarinho sobe. 10. Ingira moderadamente para ter boa saúde. Ela é rica em vitaminas, carboidratos, proteínas e aminoácidos. É hidratante por conter 90% de água, e apenas de 3 a 5 graus de álcool. Um copo de cerveja contém apenas 80 calorias, sendo folclore associar o consumo de cerveja com a formação de barriga. Os acompanhamentos gordurosos é que engordam. CULINÁRIA ALEMÃ KASSELER À MODA ANTIGA ALEMÃ Ingredientes: 250g de pão francês 1 tablete de caldo de bacon 1 colher de chá de sal 1/2 xícara de chá de mel 1/2 kg de cebola 1 colher de chá de pimenta-do-reino 1 colher de chá de manjerona 1 colher de chá de cominho
  • 19. 1 maço salsa Acompanhamento: 250 gramas de creme de leite 1 pitada de pimenta-do-reino 1 colher de sopa de cebola 6 batatas grandes Modo de Preparo: Colocar o pão de molho no caldo de carne e bacon. Juntar os demais ingredientes. Colocar a carne numa assadeira, regar com o caldo e o mel. Assar em forno quente por 1/2 hora, regando 3 vezes. Se preferir, cozinhar numa panela em forno brando. Neste caso, não colocar o mel. Acompanhamento: Ralar a cebola e misturar bem o creme de leite e a pimenta-do-reino. Abrir as batatas ao meio e rechear com o creme. Envolver em papel alumínio e assar por cerca de 1 hora. BOLO DE CERVEJA Ingredientes: 6 ovos 300 g de açúcar 3 colheres (sopa) de manteiga (cheias) 300 g de farinha de trigo 1 xícara (chá) de cerveja 1 colher (chá) de fermento em pó Modo de Preparo: Bater as claras em neve e, sem parar de bater, adicione o açúcar, a manteiga, as gemas e a farinha já misturada com a cerveja em temperatura ambiente e o fermento. Bater rapidamente, despejar numa fôrma untada e assar.
  • 20. Erly Oleques Teixeira, à esquerda na foto, ao lado de Maria Urruth Oleques, está, nesta data, completando mais um ano de vida. Mãe, aqui vão os cumprimentos dos filhos pela passagem de tua Data Natalícia. "Que o Patrão Velho te conceda, com a sua benevolência, muitas e muitas campereadas na Invernada da Existência!". Feliz Aniversário! O Conjunto Gaúcho Os Monarcas - o Melhor Grupo de Baile de 2004). "Quem conhece o gaúcho campeiro não desfaz jamais sua estampa, não debocha do seu linguajar, nem do jeito oriundo do Pampa. Esse índio de bota e bombacha, que a Mãe-Terra-Gaúcha gerou, é uma marca na "anca-da-história" que o tempo jamais apagou" (Os de Bota e Bombacha, do Álbum "No Tranco dos Monarcas")
  • 21. O Diário Digital Bombacha Larga cumprimenta Os Monarcas pela autenticidade na indumentária e pela preservação da autêntica música regional gaúcha, hoje tão aviltada por outros Grupos que se intitulam "tradicionais", mas que, na realidade, já cederam aos apelos comerciais do "mercado". Os Monarcas são um exemplo de gauchismo. Usam o lenço, a guaiaca, a bombacha, a pilcha gaúcha, porque são gaúchos. Crêem que para vender no resto do país desnecessário o "despilchamento", a descaracterização, a perda da identidade. Parabéns ao Grupo pela trajetória e pela postura coerente, onde o discurso e a prática andam juntos. Para dançar ou escutar uma música alegre, cujos temas falam do jeito de viver dos gaúchos, e com a autêntica musicalidade sulista, "não tem pra ninguém, tchê!": tem que ser Os Monarcas! Confira, vivente!
  • 22. Apenas Saudades Autor: Ieda Brock Ah, que saudades que dá na gente Quando se acorda cedito e não se escuta o Galo cantar, o cusco a latir e as vacas a berrar. Saudades de ver o terneirinho pulando faceiro Em roda de sua mãe. Saudades do fogão de lenha que de longe Se vê a fumaça se perder no ar. Daquele café gostoso do bule preto Da broa de milho com manteiga e chimia
  • 23. E as vezes até torresmo pra quem queria. Ah, saudades de andar na geada sentindo os Estalinhos do gelo De parecer que está fumando De ficar com lábios e bochechas vermelhos E voltar pra casa correndo Sentar em um banquito Na frente do fogão até se esquentar. Saudades do chimarrão antes do meio dia Dos bolinhos de sonhos com canela nos dias de chuva. Saudades do entardecer Dos animais se achegando pro galpão Dos banhos rápidos por causa do frio. Ah, e que saudades do pijama de pelúcia cheio de bichinhos Da sopa com bastante tempero levantando fumaça. Saudades da oração do Santo Anjo Saudades de uma noite tranqüila Ouvindo sons de grilo e coruja cantar. Saudades, Apenas saudades...
  • 24. Marilete Soares Marques, hoje, em Brasília, está completando mais um ano de vida. "Que o Patrão Velho te conceda, com a sua benevolência, muitas e muitas campereadas, na Invernada da Existência!". Os nossos cumprimentos pela passagem de tua Data Natalícia. Parabéns!
  • 25. Grupo Musical Gaúcho do CTG Estância da Serra. Parabéns a essa xiruzada macanuda! Um Grupo Musical, para ser genuinamente Gaúcho, não basta ostentar palavras gaúchas no nome como "tchê", por exemplo. Necessário se faz o uso da autêntica indumentária dos gaúchos. Precisamos, hoje, desses peões e dessas prendas que têm como ideal a conservação da rica cultura gaúcha. Prendas de Danças Tradicionais Gaúchas, do CTG Estância da Serra, da cidade de Osório-RS.
  • 26. As danças folclóricas são e sempre serão a melhor forma de expor a identidade de um povo. A Tradição Gaúcha, por intermédio de inúmeros Grupos Folclóricos e Invernadas Artísticas de Centros de Tradições Gaúchas, foi, por inúmeras vezes, bem representada, nos mais diferentes lugares do mundo. Parabéns à Patronagem do CTG. ...e na Alemanha!
  • 27. Churrasco: prato típico do gaúcho. TELURISMO - Barbosa Lessa, em sua obra "Nativismo – um fenômeno social gaúcho", referindo-se a telurismo, assim se expressa: "A esse contato entre Terra e homem se chama força telúrica. Parte da força cósmica – que é de todo o Universo. E telurismo é a capacidade de sentir a presença do solo, do chão, da gleba, amando-a a mais não poder". Segundo Edilberto Teixeira, "Telurismo é a influência do solo de uma região sobre o caráter e os costumes de seus habitantes. O que é pertencente ou relativo à terra, a sua força telúrica”. (Maria Ezabel T. de Moura – MTG/RS).
  • 28. Invernada Artística Adulta de Danças Tradicionais Gaúchas, do CTG Cultivando a Tradição, de Quilombo-SC. Parabéns aos componentes, Posteiro e Patronagem do Cultivando a Tradição, pela preservação das autênticas tradições do povo gaúcho! Antonio Augusto Fagundes, referindo-se à tradição, diz: "Em Direito, tradição significa entrega. Em seu sentido mais amplo, que é o que interessa para o presente estudo, tradição quer dizer o culto dos valores que os antepassados nos legaram. Todo o grupo social, toda a nação tem sua própria escala de valores e é essa escala que torna os povos distintos entre si."(Maria Izabel T. de Moura-MTG/RS).
  • 29. CARRETA: veículo tosco e pesado, de duas rodas, grande, com tolda ou não, puxado por diversas juntas de bois (Minidicionário Guasca, de Zeno e Rui Cardoso Nunes, 2a Edição, Porto Alegre: Martins Livreiro Editor, 1986). Nosso acervo cultural retrata a paisagem sem fim de nossos campos, cortados pelos tropeiros, os rangidos choromingantes das carretas de bois e o grito sentinela do quero-quero (Maria Izabel T. de Moura-MTG/RS). O carreteiro, de Berega.
  • 30. "A viagem vem decorrendo sem acidentes e o tempo ajudando. Os bois, soltos, pastam pachorrentos próximo à aguada. Os carreteiros mateiam, enquanto preparam a comida junto à velha carreta que, com sua parafernália de objetos, avios e cargas, se destaca na planura do campo. O carreteiro é um paciente; para ele, a roda do tempo gira na velocidade do lento girar das rodas do seu veículo. A carreta é como um grande barco que, chorando as rodas e rangendo o cordame, vai ligando, mui lentamente, os portos das estâncias num imenso e verde mar chamado Pampa!" PTG - Piquete de Tradições Gaúchas - Guarda Velha, fazendo a Ronda à Chama Crioula, no CTG Sentinela dos Cerros, de Caçapava do Sul-RS, no dia 19 Set 2004, durante as comemorações da Semana Farroupilha. O povo gaúcho deve orgulhar-se de possuir tão bela tradição. É um pedestal que ostenta o chimarrão, a doma, o fandango, o pealo, a marcação, as lendas, as pilchas, a música, a poesia, os causos, as trovas, etc. A vida passa do real para a fantasia, nas narrativas do Negrinho do Pastoreio, Lenda do Jarau, Boitatá, Angüera, etc. As fascinadoras danças da Chula, Facões, Anu, Pezinho, Chimarrita, Balaio e outras apresentadas pelos grupos de danças ou ainda as danças de salão como o Chote, a Valsa, a Rancheira, o Bugio, a Vaneira e o Vaneirão!
  • 31. "Tradição não é simplesmente o passado. O passado é o marco. A Tradição é a continuidade. O passado é o acontecimento que fica. A Tradição é o fermento que prossegue. O passado é a paisagem que passa. A Tradição é a corrente que continua. O passado é a flor e o fruto que findaram. A Tradição é a semente que perpetua. O passado é o começo, as raízes. A Tradição é a seiva circulante, o prosseguimento. Enfim: Tradição é tudo aquilo que do passado não morreu" (Hélio Rocha). TRADIÇÃO - A palavra tradição vem do latim, do verbo "tradere" (traditio, traditionis) que significa trazer, entregar, transmitir, ensinar. Logo, tradição é a transmissão de fatos culturais de um povo, quer de natureza espiritual ou material, ou ainda é a transmissão dos costumes feita de pais para filhos no decorrer dos tempos, ao sucederem-se as gerações. É a memória cultural de um povo. É um conjunto de idéias,
  • 32. usos, memórias, recordações e símbolos conservados pelos tempos, pelas gerações, sendo assim a eterna vigilância cultural! (Maria Izabel T. de Moura-MTG/RS). CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS: PRESERVAÇÃO DOS USOS E COSTUMES DO POVO GAÚCHO!
  • 33.
  • 34. Membros da Patronagem e do Quadro Social do CTG Herdeiros da Tradição, de Francisco Beltrão, no Estado do Paraná!
  • 35.
  • 36.
  • 37. Ronda Crioula – Santa Catarina