O documento discute a obra de Alfred Hitchcock e o classifica como um artista da ansiedade ao lado de Kafka, Dostoiévski e Poe. Afirma que esses artistas não nos ajudam a viver, mas sim a compartilhar suas obsessões, nos ajudando a nos conhecer melhor. O texto traz ainda citações de vários filmes de Hitchcock.
3. Se, na época de Ingmar Bergman, aceitamos a idéia de que o cinema não é inferior à literatura, creio que é preciso classificar Hitchcock na categoria dos artistas inquietos, como Kafka , Dostoiévski , Poe . Esses artistas da ansiedade não podem, evidentemente, nos ajudar a viver ― pois viver já lhes é difícil ―, mas sua missão é fazer-nos compartilhar suas obsessões. Nisso, mesmo sem querer, eles ajudam a nos conhecermos melhor. François Truffaut (1966)
21. Norman Bates ― Penso que construímos nossas próprias armadilhas, nelas estamos presos e jamais conseguimos escapar. Arranhamos o ar, nos debatemos no vazio, e só ferimos a nós mesmos.
23. Sra. Bundy ― Eu nunca vi pássaros de espécies diferentes reunidos em bando. A própria idéia já é inconcebível. Ora, se isso acontecesse, não teríamos chance .
25. Richard Blaney ― Você me imagina esgueirando pelas ruas de Londres, estrangulando mulheres, com gravatas!? Isso é ridículo! Pra começar, só tenho duas.