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CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS
LABORATÓRIO DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E
         PERFORMANCE HUMANA




        Estudo da Composição Corporal
            Avaliação Morfológica

                                  Jorge Luiz Dos Santos De Souza




           Santa Maria, maio de 2007.
COMPOSIÇÃO CORPORAL

       Para Petroski (2003), composição corporal é a quantificação das principais
estruturas do corpo humano, sendo os três maiores os ossos, músculos e gorduras. Para
fins didáticos os cientistas fracionam o corpo em dois principais elementos, a massa de
gordura (MG) e a massa corporal magra (MCM) sendo o primeiro o tecido adiposo e
lipídios essenciais a várias funções corporais e o segundo todos componentes do corpo
excluindo a gordura (Brozek et all, 1963 lido em Petroski, 1995).
       O estudo da composição corporal faz-se necessário como uma forma de
caracterizar populações e suas especificidades, para estudar diferenças entre os sexos,
raças, etnias, bem como o processo de maturação, envelhecimento, variáveis
metabólicas e aptidão física, dando-nos assim uma estimativa da performance física e
saúde, bem como fatores genéticos, nutricionais e a influencia da atividade física sobre
ossos, músculos e gorduras. ( Filardo, Rodriguez-Ãnes & Pires Neto, 2000).
       Para a avaliação da composição corporal utilizamos os seguintes itens:
- Massa;
- Estatura;
- Perímetros corporais;
- Diâmetros ósseos;
- Dobras cutâneas.


Massa Corporal:
       A medida da massa corporal é realizada com a utilização de uma balança da
marca Filizola. O avaliado deverá permanecer descalço, vestindo poucas peças de roupa
e posicionado no centro da plataforma da balança. (Álvares & Pavan, 2003).
Estatura
        Para a medida da estatura, que é a distância entre a planta dos pés e o vértex
(ponto mais alto da cabeça), o avaliado deve estar descalço ou com meias finas e o
mínimo possível de roupas para que a posição do corpo possa ser vista. O avaliado deve
ficar em posição anatômica sobre a base do estadiômetro que deve formar um ângulo
reto com a borda vertical do aparelho. A massa do avaliado deve ser distribuída em
ambos os pés, e a cabeça posicionada no Plano Horizontal de Frankfurt.




Ao avaliado é solicitado que realize uma inspiração profunda e que se mantenha em
posição completamente ereta sem que alterne a massa corporal sobre os calcanhares.


Perímetros corporais
                 Os perímetros são caracterizados pelas medidas lineares realizadas
circunferencialmente (De Rose; Pigatto e De Rose, 1984). E são conceituados das
seguintes formas:
                “Perímetros são medidas de circunferências medidas em cm” (Aragonés
                 Clemente; Casajús Mallen; Rodriguez Guisado e Cabañas Armesilla,
                 1993).


                “Perímetro máximo de um segmento corporal, medido em ângulo reto
                 em relação ao seu maior eixo” (França e Vívolo, 1984; Martins e Lopes,
                 2003).
Para nosso trabalho no laboratório utilizaremos os seguintes perímetros corporais:
- cintura;
- quadril;
- antebraço;
- abdominal.


Cintura:
        Região abdominal em seu menor perímetro após uma expiração normal.
(Martins e Lopes, 2003.)




Quadril:
        Maior porção da região glútea com as pernas unidas e os braços ao longo do
corpo. (Martins e Lopes, 2003.)




Antebraço:
      Maior perímetro do antebraço. (Sem foto!)

Abdominal:
     Região abdominal em seu maior perímetro, geralmente a altura do umbigo, após
uma expiração normal. (Martins e Lopes, 2003.)
Diâmetros ósseos:
       As medidas de diâmetros ósseos são executadas identificando-se os pontos
anatômicos ósseos de referência da medida e colocando sobre eles as pontas do
paquímetro, com pressão suficiente para comprimir a pele e o tecido adiposo adjacente,
quando necessário. A leitura é realizada com resolução de 0,1cm.
       Na nossa ficha de coleta de dados usamos apenas os diâmetros rádio-ulnar
(pulso) e trocantérico (joelho).

Rádio-ulnar:
       Também conhecido como biestilóide, o paquímetro é introduzido no plano
horizontal, tocando os pontos de maior distância entre as apófises estilóides do rádio e
da ulna.




Trocantérico:
       Também conhecido como biepicondiliano do fêmur. A medida é realizada com o
avaliado sentado, com a articulação do joelho flexionado a 90 graus. As hastes do
paquímetro sevem ser introduzidas a 45 graus em relação à articulação do joelho,
tocando as bordas externas dos côndilos mediais e laterais do fêmur direito.




Dobras cutâneas:
        Segundo Mcardle, Katch & Katch (1998), a lógica para a medida das pregas
cutâneas baseia-se no fato de que aproximadamente metade do conteúdo corporal total
da gordura fica localizada nos depósitos adiposos existentes diretamente debaixo da
pele e essa está diretamente relacionada com a quantidade de gordura total do individuo.
          A medida da espessura de dobras cutâneas em determinados locais do corpo,
desta forma, pode ser um bom subsidio para a predição da quantidade de gordura
corporal.
Protocolo:
    • Medir sempre no lado direito do avaliado
    • Destacar o tecido adiposo do tecido muscular utilizando os dedos polegar e
       indicador da mão esquerda, e segurar a dobra cutânea até que a leitura da medida
       tenha sido realizada.




   •   Introduzir as hastes do compasso de dobras cutâneas aproximadamente um
       centímetro abaixo dos dedos que estão segurando a dobra, de forma que as
       mesmas fiquem perpendiculares à dobra cutânea.
   •   Soltar completamente as mandíbulas do compasso, para que toda a pressão de
       suas molas possa atuar sobre o tecido medido.




   •   Executar a leitura da medida no máximo 2 a 3 seg após a introdução do
       compasso.
   •   Repetir três vezes não consecutivas
   •   Adotar o valor médio
   •   Quando, entre o maior e o menor valor obtido em uma dobra cutânea, houver
       uma diferença superior a 5%, deverá ser realizada uma nova série de medidas.

    Em nosso trabalho utilizaremos as seguintes dobras:
- Ticiptal;
- Subscapular;
- Biciptal;
- Ax. Média;
- Abdominal;
- Supra-Ilíaca;
- Coxa Média;
- Panturrilha Medial.
Triciptal:
        A medida do tríceps será realizada na linha média da parte posterior do braço
direito, obtida através do ponto médio entre a projeção do processo acromial da
escápula e borda inferior do olecrano da ulna, estando o cotovelo flexionado a 90°.
Durante a mensuração o braço deverá estar estendido e relaxado.




Subscapular:
      A dobra cutânea subescapular será mensurada aproximadamente dois
centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula. O pinçamento será realizado em um
ângulo de 45° em relação à coluna vertebral.




Biciptal:
       É medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no
ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps.




Axilar Média:
       É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha
imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada
obliquamente ao eixo longitudinal, segundo Petroski (1995), e transversalmente
segundo Jackson & Pollock (1978), com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim
de facilitar a obtenção da medida.




Abdominal:
       É medida aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical,
paralelamente ao eixo longitudinal; exceto segundo a proposta de Lohman et al. (1988),
que realiza a medida transversalmente.




Supra-ilíaca:
       Será mensurada na linha média, imediatamente superior a crista ilíaca, com o
avaliado em posição ereta e braços ao longo do corpo ou levemente abduzidos. A prega
é feita diagonalmente.




Coxa Média:
       É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femoral, a
um terço da distância entre o ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo
proposta por Guedes (1985), e na metade dessa distância, segundo Jackson & Pollock
(1978). Para facilitar o pinçamento dessa dobra, o avaliado deverá deslocar o membro
inferior direito à frente, com uma semiflexão do joelho, e manter o peso do corpo no
membro inferior esquerdo.




Panturrilha:
       Com o sujeito sentado devendo o quadril e o joelho estarem flexionados em um
ângulo de 90° com a planta do pé em contato com o solo. A dobra é verificada
verticalmente no ponto interno de maior perímetro da panturrilha.




MAS O QUE FAZER COM ESTAS MEDIDAS?

Perímetros:
        Com as medidas de perímetros calcularemos o RCQ, que é a razão cintura-
quadril. Através das medidas de circunferência de abdômen e quadril, observou-se que
há um aumento no risco de mortes por doença arterial coronariana, assim como uma
variedade de enfermidades, mais marcantemente diabetes, triglicerídeos aumentados,
hipertensão entre outras, em homens que apresentam valores acima de 0,90 e em
mulheres acima de 0,80 (Katch e McArdle, 1996).

                                    RCQ = CC/CQ

       Para análise do resultado obtido pelo cálculo do RCQ temos:
Tabela da Relação entre a Cintura e o Quadril
                          CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS PARA HOMENS
        IDADE           BAIXO              MODERADO                ALTO               MUITO ALTO
       20 A 29          < 0,83              0,83 A 0,88          0,89 A 0,94            > 0,94
       30 A 39          < 0,84              0,84 A 0,91          0,92 A 0,96            > 0,96
       40 A 49          < 0,88              0,88 A 0,95          0,96 A 1,00            > 1,00
       50 A 59          < 0,90              0,90 A 0,96          0,97 A 1,02            > 1,02
       60 A 69          < 0,91              0,91 A 0,98          0,99 A 1,03            > 1,03




                         Tabela da Relação entre a Cintura e o Quadril
                         CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS PARA MULHERES
        IDADE           BAIXO              MODERADO                ALTO               MUITO ALTO
       20 A 29           < 0,71            0,71 A 0,77           0,76 A 0,83             > 0,82
       30 A 39          < 0,72             0,72 A 0,78           0,79 A 0,84            > 0,84
       40 A 49          < 0,73             0,73 A 0,79           0,80 A 0,87             > 0,87
       50 A 59          < 0,74             0,74 A 0,81           0,82 A 0,88            > 0,88

       60 A 69          < 0,76             0,76 A 0,83           0,84 A 0,90            > 0,90

                                  Fonte: Applied Body Composition Assessment, 1996.




Diâmetros ósseos:
          As medidas de diâmetros ósseos serão utilizadas para o cálculo da composição
corporal, densidade óssea, que está no computador do laboratório, pasta composição
corporal.


Dobras Cutâneas
          Com as dobras temos duas coisas a fazer: uma utilizar as dobras subescapular,
triciptal, supra ilíaca e panturrilha na fórmula da composição corporal de Petroski
(1995) que está no computador do laboratório; outra é realizarmos o somatório das 8
dobras ou das dobras possíveis que foram coletadas.
          Não há um padrão de análise de normalidade para o somatório de dobras,
todavia pra o percentual de gordura temos:


                        PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA HOMENS
  Nível /Idade      18 - 25         26 - 35           36 - 45           46 - 55          56 - 65
Excelente            4a6%            8 a 11%         10 a 14%          12 a 16%          13 a 18%
Bom                  8 a 10%       12 a 15%          16 a 18%          18 a 20%          20 a 21%
Acima da Média      12 a 13%       16 a 18%          19 a 21%          21 a 23%          22 a 23%
Média               14 a 16%        18 a 20%         21 a 23%          24 a 25%          24 a 25%
Abaixo da Média     17 a 20%        22 a 24%         24 a 25%          26 a 27%          26 a 27%
Ruim                20 a 24%        20 a 24%         27 a 29%          28 a 30%          28 a 30%
Muito Ruim          26 a 36%        28 a 36%         30 a 39%          32 a 38%          32 a 38%
PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA MULHERES
   Nível /Idade         18 - 25         26 - 35               36 - 45            46 - 55              56 - 65
Excelente               13 a 16%        14 a 16%              16 a 19%          17 a 21%              18 a 22%
Bom                    17 a 19%         18 a 20%             20 a 23%                23 a 25%         24 a 26%
Acima da Média          20 a 22%        21 a 23%             24 a 26%            26 a 28%             27 a 29%
Média                   23 a 25%        24 a 25%             27 a 29%                29 a 31%         30 a 32%
Abaixo da Média         26 a 28%         27 a 29%             30 a 32%               32 a 34%         33 a 35%
Ruim                    29 a 31%         31 a 33%             33 a 36%           35 a 38%             36 a 38%
Muito Ruim              33 a 43%         36 a 49%            38 a 48%            39 a 50%             39 a 49%

                                                             Fonte: Pollock & Wilmore,1993




             FAIXA DE PERCENTUAL DE GORDURA IDEAL, DE ACORDO COM SEXO E A IDADE
Faixa Etária                                       Homens                                  Mulheres
de 18 a 29 anos                                      14%                                        19%
de 30 a 39 anos                                      16%                                        21%
de 40 a 49 anos                                      17%                                        22%
de 50 a 59 anos                                      18%                                        23%
acima de 60 anos                                     21%                                        26%

                                                       Fonte: ACMS - Lea & Febiger, 1986




                      CLASSIFICAÇÃO DOS PERCENTUAIS DE GORDURA CORPORAL
            Classificação                          Homens                                  Mulheres
Muito Baixo                                           5%                                        8%
Abaixo da Média                                     6 a 14%                                 9 a 22%
Média                                                15%                                        23%
Acima Média                                        16 a 24%                                24 a 31%
Muito Alto                                           25%                                        32%

                                         Fonte: Adaptado de Heyward e Stolarczyk,1996




                            PERCENTUAIS ACEITÁVEIS DE GORDURA CORPORAL
          Sexo                          Homens                                          Mulheres
        Idade               Aceitável                Ideal                 Aceitável                  Ideal
menos de 30                   13,0                    9,0                     18,0                    16,0
30 - 39                       16,5                   12,5                     20,0                    18,0
40 - 49                       19,0                   15,0                     23,5                    18,5
50 - 59                       20,5                   16,5                     26,5                    21,5
mais de 60                    20,5                   16,5                     27,5                    22,5

                                                                         Fonte: Cooper, 1987
CLASSIFICAÇÃO DO SOBREPESO E DA OBESIDADE PELA PORCENTAGEM DE GORDURA
            Obesidade                        Mulheres                              Homens
leve                                         25 - 30 %                             15 - 20 %
Moderada                                     30 - 35 %                             20 - 25 %
Elevada                                      35 - 40 %                             25 - 30 %

Mórbida                                        >40%                                 >30 %

                                                  Fonte: Adaptado de NIDDK, 1993




              Diretrizes Sugeridas da Composição Corporal para Esporte, Saúde e Aptidão
           Classificação                     Homens                                Mulheres
Gordura essencial                           01 a 05 %                              03 a 08 %
Maioria dos atletas                         05 a 13 %                             12 a 22 %
Saúde ótima                                 12 a 18 %                             16 a 25 %

Obesidade limítrofe                         22 a 27 %                             30 a 34 %

                                                         Fonte: Foss & Keteyian, 2000
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Petroski, E. L. ANTROPOMETRIA: TÉCNICAS E PADRONIZAÇÕES. 2°
Edição. Palloti; Porto Alegre, RS. 2003.


Petroski, E. L. DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE EQUAÇOES
GENERALIZADAS PARA ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL EM
ADULTOS. Tese de Doutorado. UFSM-RS, Santa Maria, RS. 1995.


Filardo, R. D.; Rodriguez-Ãnes, C. R. & Pires Neto, C. S. ANTROPOMETRIA E
COMPOSIÇÃO CORPORAL DE JOVENS DO SEXO FEMININO ENTRE 13 E
17 ANOS DE IDADE. In: Petroski, E. L. Revista Brasileira de Cineantropometria e
Desempenho Humano. UFSC/CDS/Nucidh. V:2 Florianópolis, SC. 2000.


Alvarez, B.R. & Pavan, A. L. ALTURAS E COMPRIMENTOS. In: Petroski, E. L.
Antropometria: técnicas e padronizações. 2ª ed. Porto Alegre: Palotti, 2003.


De Rose, E. H.; Pigatto, E. & De Rose, R.C.F.(1984). CINEANTROPOMETRIA,
EDUCAÇÃO FÍSICA E TREINAMENTO DESPORTIVO. Rio de Janeiro: SEED/
MEC.


Aragonés Clemente, M. T.; Casajús Mallen, J. A.; Rodriguez Guisado, F. & Cabañas
Armesilla,   M.    D.(1993).    In    F.   Esparza    Ros    (Org).   MANUAL   DE
CINEANTROPOMETRIA. (pp 35-66). Espanha: Gráficas San Juan, S. L.


França, N. M. & Vívolo, M. A.(1984). Medidas Antropométricas. In V. K. R. Matsudo
(Ed) TESTES EM CIÊNCIA DO ESPORTE. Burti, São Caetano do Sul, SP.


Martins, M. O. & Lopes, M. A. (2003). Perímetros. In E. L. PETROSKI.
ANTROPOMETRIA: TÉCNICAS E PADRONIZAÇÕES. Porto Alegre: Pallotti.
Mcardle, W.D.; Katch, F.I. & Katch, V.L. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO:
ENERGIA, NUTRIÇÃO E DESEMPENHO HUMANO. Editora Guanabara
Koogan. 4° Ed. 1998. Rio de Janeiro – RJ.


Katch, F. I. & McArdle, W. A. NUTRIÇÃO, EXERCÍCIO E SAÚDE. Rio de Janeiro,
(1996). Ed. Medsi.


Figuras retiradas dos sites:
http://www.portalfitness.com
http://www.avaliacaofisica.com.br/si/site
Tabelas de referência retiradas do site:
http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/avaliation_fisica_i.htm
Anexo – I


Alguns pontos anatômicos de referência.


01 VÉRTEX - Parte mais superior do crânio.
02 CERVICAL - Porção mais posterior do processo espinhoso da sétima vértebra
cervical.
03 MESOESTERNAL - Ponto médio do esterno.
04 ACROMIAL - Ponto mais lateral do bordo superior e externo do processo acromial.
05 RADIAL - Ponto mais alto do bordo superior e lateral da cabeça do rádio.
06 ESTILOIDAL - Ponto mais distal da apófise estilóide do rádio.
07 DACTILOIDAL - Ponto mais distal da extremidade do dedo médio.
08 ILEOCRISTAL - Ponto mais lateral do bordo superior da crista ilíaca.
09 TROCANTÉRICO - Situado no grande trocânter do fêmur em seu ponto mais
proeminente.
10 TIBIAL - Localizado no bordo superior da tuberosidade medial da tíbia.
11 MALEOLAR - Ponto mais inferior do maléolo tibial.
12 PTERNIAL - Ponto mais posterior do calcanhar.]
13 ACROPODIAL - Ponto mais anterior dos dedos do pé.

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Apostila estudo da composição corporal avaliação morfológica

  • 1. CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS LABORATÓRIO DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E PERFORMANCE HUMANA Estudo da Composição Corporal Avaliação Morfológica Jorge Luiz Dos Santos De Souza Santa Maria, maio de 2007.
  • 2. COMPOSIÇÃO CORPORAL Para Petroski (2003), composição corporal é a quantificação das principais estruturas do corpo humano, sendo os três maiores os ossos, músculos e gorduras. Para fins didáticos os cientistas fracionam o corpo em dois principais elementos, a massa de gordura (MG) e a massa corporal magra (MCM) sendo o primeiro o tecido adiposo e lipídios essenciais a várias funções corporais e o segundo todos componentes do corpo excluindo a gordura (Brozek et all, 1963 lido em Petroski, 1995). O estudo da composição corporal faz-se necessário como uma forma de caracterizar populações e suas especificidades, para estudar diferenças entre os sexos, raças, etnias, bem como o processo de maturação, envelhecimento, variáveis metabólicas e aptidão física, dando-nos assim uma estimativa da performance física e saúde, bem como fatores genéticos, nutricionais e a influencia da atividade física sobre ossos, músculos e gorduras. ( Filardo, Rodriguez-Ãnes & Pires Neto, 2000). Para a avaliação da composição corporal utilizamos os seguintes itens: - Massa; - Estatura; - Perímetros corporais; - Diâmetros ósseos; - Dobras cutâneas. Massa Corporal: A medida da massa corporal é realizada com a utilização de uma balança da marca Filizola. O avaliado deverá permanecer descalço, vestindo poucas peças de roupa e posicionado no centro da plataforma da balança. (Álvares & Pavan, 2003).
  • 3. Estatura Para a medida da estatura, que é a distância entre a planta dos pés e o vértex (ponto mais alto da cabeça), o avaliado deve estar descalço ou com meias finas e o mínimo possível de roupas para que a posição do corpo possa ser vista. O avaliado deve ficar em posição anatômica sobre a base do estadiômetro que deve formar um ângulo reto com a borda vertical do aparelho. A massa do avaliado deve ser distribuída em ambos os pés, e a cabeça posicionada no Plano Horizontal de Frankfurt. Ao avaliado é solicitado que realize uma inspiração profunda e que se mantenha em posição completamente ereta sem que alterne a massa corporal sobre os calcanhares. Perímetros corporais Os perímetros são caracterizados pelas medidas lineares realizadas circunferencialmente (De Rose; Pigatto e De Rose, 1984). E são conceituados das seguintes formas:  “Perímetros são medidas de circunferências medidas em cm” (Aragonés Clemente; Casajús Mallen; Rodriguez Guisado e Cabañas Armesilla, 1993).  “Perímetro máximo de um segmento corporal, medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo” (França e Vívolo, 1984; Martins e Lopes, 2003). Para nosso trabalho no laboratório utilizaremos os seguintes perímetros corporais: - cintura;
  • 4. - quadril; - antebraço; - abdominal. Cintura: Região abdominal em seu menor perímetro após uma expiração normal. (Martins e Lopes, 2003.) Quadril: Maior porção da região glútea com as pernas unidas e os braços ao longo do corpo. (Martins e Lopes, 2003.) Antebraço: Maior perímetro do antebraço. (Sem foto!) Abdominal: Região abdominal em seu maior perímetro, geralmente a altura do umbigo, após uma expiração normal. (Martins e Lopes, 2003.)
  • 5. Diâmetros ósseos: As medidas de diâmetros ósseos são executadas identificando-se os pontos anatômicos ósseos de referência da medida e colocando sobre eles as pontas do paquímetro, com pressão suficiente para comprimir a pele e o tecido adiposo adjacente, quando necessário. A leitura é realizada com resolução de 0,1cm. Na nossa ficha de coleta de dados usamos apenas os diâmetros rádio-ulnar (pulso) e trocantérico (joelho). Rádio-ulnar: Também conhecido como biestilóide, o paquímetro é introduzido no plano horizontal, tocando os pontos de maior distância entre as apófises estilóides do rádio e da ulna. Trocantérico: Também conhecido como biepicondiliano do fêmur. A medida é realizada com o avaliado sentado, com a articulação do joelho flexionado a 90 graus. As hastes do paquímetro sevem ser introduzidas a 45 graus em relação à articulação do joelho, tocando as bordas externas dos côndilos mediais e laterais do fêmur direito. Dobras cutâneas: Segundo Mcardle, Katch & Katch (1998), a lógica para a medida das pregas cutâneas baseia-se no fato de que aproximadamente metade do conteúdo corporal total da gordura fica localizada nos depósitos adiposos existentes diretamente debaixo da pele e essa está diretamente relacionada com a quantidade de gordura total do individuo. A medida da espessura de dobras cutâneas em determinados locais do corpo,
  • 6. desta forma, pode ser um bom subsidio para a predição da quantidade de gordura corporal. Protocolo: • Medir sempre no lado direito do avaliado • Destacar o tecido adiposo do tecido muscular utilizando os dedos polegar e indicador da mão esquerda, e segurar a dobra cutânea até que a leitura da medida tenha sido realizada. • Introduzir as hastes do compasso de dobras cutâneas aproximadamente um centímetro abaixo dos dedos que estão segurando a dobra, de forma que as mesmas fiquem perpendiculares à dobra cutânea. • Soltar completamente as mandíbulas do compasso, para que toda a pressão de suas molas possa atuar sobre o tecido medido. • Executar a leitura da medida no máximo 2 a 3 seg após a introdução do compasso. • Repetir três vezes não consecutivas • Adotar o valor médio • Quando, entre o maior e o menor valor obtido em uma dobra cutânea, houver uma diferença superior a 5%, deverá ser realizada uma nova série de medidas. Em nosso trabalho utilizaremos as seguintes dobras: - Ticiptal; - Subscapular; - Biciptal; - Ax. Média; - Abdominal; - Supra-Ilíaca; - Coxa Média; - Panturrilha Medial.
  • 7. Triciptal: A medida do tríceps será realizada na linha média da parte posterior do braço direito, obtida através do ponto médio entre a projeção do processo acromial da escápula e borda inferior do olecrano da ulna, estando o cotovelo flexionado a 90°. Durante a mensuração o braço deverá estar estendido e relaxado. Subscapular: A dobra cutânea subescapular será mensurada aproximadamente dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula. O pinçamento será realizado em um ângulo de 45° em relação à coluna vertebral. Biciptal: É medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps. Axilar Média: É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada
  • 8. obliquamente ao eixo longitudinal, segundo Petroski (1995), e transversalmente segundo Jackson & Pollock (1978), com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. Abdominal: É medida aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal; exceto segundo a proposta de Lohman et al. (1988), que realiza a medida transversalmente. Supra-ilíaca: Será mensurada na linha média, imediatamente superior a crista ilíaca, com o avaliado em posição ereta e braços ao longo do corpo ou levemente abduzidos. A prega é feita diagonalmente. Coxa Média: É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femoral, a um terço da distância entre o ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo
  • 9. proposta por Guedes (1985), e na metade dessa distância, segundo Jackson & Pollock (1978). Para facilitar o pinçamento dessa dobra, o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semiflexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo. Panturrilha: Com o sujeito sentado devendo o quadril e o joelho estarem flexionados em um ângulo de 90° com a planta do pé em contato com o solo. A dobra é verificada verticalmente no ponto interno de maior perímetro da panturrilha. MAS O QUE FAZER COM ESTAS MEDIDAS? Perímetros: Com as medidas de perímetros calcularemos o RCQ, que é a razão cintura- quadril. Através das medidas de circunferência de abdômen e quadril, observou-se que há um aumento no risco de mortes por doença arterial coronariana, assim como uma variedade de enfermidades, mais marcantemente diabetes, triglicerídeos aumentados, hipertensão entre outras, em homens que apresentam valores acima de 0,90 e em mulheres acima de 0,80 (Katch e McArdle, 1996). RCQ = CC/CQ Para análise do resultado obtido pelo cálculo do RCQ temos:
  • 10. Tabela da Relação entre a Cintura e o Quadril CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS PARA HOMENS IDADE BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO 20 A 29 < 0,83 0,83 A 0,88 0,89 A 0,94 > 0,94 30 A 39 < 0,84 0,84 A 0,91 0,92 A 0,96 > 0,96 40 A 49 < 0,88 0,88 A 0,95 0,96 A 1,00 > 1,00 50 A 59 < 0,90 0,90 A 0,96 0,97 A 1,02 > 1,02 60 A 69 < 0,91 0,91 A 0,98 0,99 A 1,03 > 1,03 Tabela da Relação entre a Cintura e o Quadril CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS PARA MULHERES IDADE BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO 20 A 29 < 0,71 0,71 A 0,77 0,76 A 0,83 > 0,82 30 A 39 < 0,72 0,72 A 0,78 0,79 A 0,84 > 0,84 40 A 49 < 0,73 0,73 A 0,79 0,80 A 0,87 > 0,87 50 A 59 < 0,74 0,74 A 0,81 0,82 A 0,88 > 0,88 60 A 69 < 0,76 0,76 A 0,83 0,84 A 0,90 > 0,90 Fonte: Applied Body Composition Assessment, 1996. Diâmetros ósseos: As medidas de diâmetros ósseos serão utilizadas para o cálculo da composição corporal, densidade óssea, que está no computador do laboratório, pasta composição corporal. Dobras Cutâneas Com as dobras temos duas coisas a fazer: uma utilizar as dobras subescapular, triciptal, supra ilíaca e panturrilha na fórmula da composição corporal de Petroski (1995) que está no computador do laboratório; outra é realizarmos o somatório das 8 dobras ou das dobras possíveis que foram coletadas. Não há um padrão de análise de normalidade para o somatório de dobras, todavia pra o percentual de gordura temos: PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA HOMENS Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 Excelente 4a6% 8 a 11% 10 a 14% 12 a 16% 13 a 18% Bom 8 a 10% 12 a 15% 16 a 18% 18 a 20% 20 a 21% Acima da Média 12 a 13% 16 a 18% 19 a 21% 21 a 23% 22 a 23% Média 14 a 16% 18 a 20% 21 a 23% 24 a 25% 24 a 25% Abaixo da Média 17 a 20% 22 a 24% 24 a 25% 26 a 27% 26 a 27% Ruim 20 a 24% 20 a 24% 27 a 29% 28 a 30% 28 a 30% Muito Ruim 26 a 36% 28 a 36% 30 a 39% 32 a 38% 32 a 38%
  • 11. PERCENTUAL DE GORDURA (G%) PARA MULHERES Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 Excelente 13 a 16% 14 a 16% 16 a 19% 17 a 21% 18 a 22% Bom 17 a 19% 18 a 20% 20 a 23% 23 a 25% 24 a 26% Acima da Média 20 a 22% 21 a 23% 24 a 26% 26 a 28% 27 a 29% Média 23 a 25% 24 a 25% 27 a 29% 29 a 31% 30 a 32% Abaixo da Média 26 a 28% 27 a 29% 30 a 32% 32 a 34% 33 a 35% Ruim 29 a 31% 31 a 33% 33 a 36% 35 a 38% 36 a 38% Muito Ruim 33 a 43% 36 a 49% 38 a 48% 39 a 50% 39 a 49% Fonte: Pollock & Wilmore,1993 FAIXA DE PERCENTUAL DE GORDURA IDEAL, DE ACORDO COM SEXO E A IDADE Faixa Etária Homens Mulheres de 18 a 29 anos 14% 19% de 30 a 39 anos 16% 21% de 40 a 49 anos 17% 22% de 50 a 59 anos 18% 23% acima de 60 anos 21% 26% Fonte: ACMS - Lea & Febiger, 1986 CLASSIFICAÇÃO DOS PERCENTUAIS DE GORDURA CORPORAL Classificação Homens Mulheres Muito Baixo 5% 8% Abaixo da Média 6 a 14% 9 a 22% Média 15% 23% Acima Média 16 a 24% 24 a 31% Muito Alto 25% 32% Fonte: Adaptado de Heyward e Stolarczyk,1996 PERCENTUAIS ACEITÁVEIS DE GORDURA CORPORAL Sexo Homens Mulheres Idade Aceitável Ideal Aceitável Ideal menos de 30 13,0 9,0 18,0 16,0 30 - 39 16,5 12,5 20,0 18,0 40 - 49 19,0 15,0 23,5 18,5 50 - 59 20,5 16,5 26,5 21,5 mais de 60 20,5 16,5 27,5 22,5 Fonte: Cooper, 1987
  • 12. CLASSIFICAÇÃO DO SOBREPESO E DA OBESIDADE PELA PORCENTAGEM DE GORDURA Obesidade Mulheres Homens leve 25 - 30 % 15 - 20 % Moderada 30 - 35 % 20 - 25 % Elevada 35 - 40 % 25 - 30 % Mórbida >40% >30 % Fonte: Adaptado de NIDDK, 1993 Diretrizes Sugeridas da Composição Corporal para Esporte, Saúde e Aptidão Classificação Homens Mulheres Gordura essencial 01 a 05 % 03 a 08 % Maioria dos atletas 05 a 13 % 12 a 22 % Saúde ótima 12 a 18 % 16 a 25 % Obesidade limítrofe 22 a 27 % 30 a 34 % Fonte: Foss & Keteyian, 2000
  • 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Petroski, E. L. ANTROPOMETRIA: TÉCNICAS E PADRONIZAÇÕES. 2° Edição. Palloti; Porto Alegre, RS. 2003. Petroski, E. L. DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE EQUAÇOES GENERALIZADAS PARA ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL EM ADULTOS. Tese de Doutorado. UFSM-RS, Santa Maria, RS. 1995. Filardo, R. D.; Rodriguez-Ãnes, C. R. & Pires Neto, C. S. ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE JOVENS DO SEXO FEMININO ENTRE 13 E 17 ANOS DE IDADE. In: Petroski, E. L. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. UFSC/CDS/Nucidh. V:2 Florianópolis, SC. 2000. Alvarez, B.R. & Pavan, A. L. ALTURAS E COMPRIMENTOS. In: Petroski, E. L. Antropometria: técnicas e padronizações. 2ª ed. Porto Alegre: Palotti, 2003. De Rose, E. H.; Pigatto, E. & De Rose, R.C.F.(1984). CINEANTROPOMETRIA, EDUCAÇÃO FÍSICA E TREINAMENTO DESPORTIVO. Rio de Janeiro: SEED/ MEC. Aragonés Clemente, M. T.; Casajús Mallen, J. A.; Rodriguez Guisado, F. & Cabañas Armesilla, M. D.(1993). In F. Esparza Ros (Org). MANUAL DE CINEANTROPOMETRIA. (pp 35-66). Espanha: Gráficas San Juan, S. L. França, N. M. & Vívolo, M. A.(1984). Medidas Antropométricas. In V. K. R. Matsudo (Ed) TESTES EM CIÊNCIA DO ESPORTE. Burti, São Caetano do Sul, SP. Martins, M. O. & Lopes, M. A. (2003). Perímetros. In E. L. PETROSKI. ANTROPOMETRIA: TÉCNICAS E PADRONIZAÇÕES. Porto Alegre: Pallotti.
  • 14. Mcardle, W.D.; Katch, F.I. & Katch, V.L. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO: ENERGIA, NUTRIÇÃO E DESEMPENHO HUMANO. Editora Guanabara Koogan. 4° Ed. 1998. Rio de Janeiro – RJ. Katch, F. I. & McArdle, W. A. NUTRIÇÃO, EXERCÍCIO E SAÚDE. Rio de Janeiro, (1996). Ed. Medsi. Figuras retiradas dos sites: http://www.portalfitness.com http://www.avaliacaofisica.com.br/si/site Tabelas de referência retiradas do site: http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/avaliation_fisica_i.htm
  • 15. Anexo – I Alguns pontos anatômicos de referência. 01 VÉRTEX - Parte mais superior do crânio. 02 CERVICAL - Porção mais posterior do processo espinhoso da sétima vértebra cervical. 03 MESOESTERNAL - Ponto médio do esterno. 04 ACROMIAL - Ponto mais lateral do bordo superior e externo do processo acromial. 05 RADIAL - Ponto mais alto do bordo superior e lateral da cabeça do rádio. 06 ESTILOIDAL - Ponto mais distal da apófise estilóide do rádio. 07 DACTILOIDAL - Ponto mais distal da extremidade do dedo médio. 08 ILEOCRISTAL - Ponto mais lateral do bordo superior da crista ilíaca. 09 TROCANTÉRICO - Situado no grande trocânter do fêmur em seu ponto mais proeminente. 10 TIBIAL - Localizado no bordo superior da tuberosidade medial da tíbia. 11 MALEOLAR - Ponto mais inferior do maléolo tibial. 12 PTERNIAL - Ponto mais posterior do calcanhar.] 13 ACROPODIAL - Ponto mais anterior dos dedos do pé.