O documento descreve a jornada de uma professora ao longo de um curso de especialização em Educação na Cultura Digital. Ao longo do curso, ela modernizou suas práticas pedagógicas para incorporar mais tecnologias digitais e novas abordagens de ensino. Embora tenha enfrentado desafios como falta de apoio, ela teve muitos sucessos implementando projetos inovadores em suas aulas e inspirou outros professores a também adotarem práticas mais digitais.
1. UMA PROFESSORA E A
CULTURA DIGITAL NA
ESCOLA.
Narrativa Conclusiva da Trajetória no Curso
Especialização Educação na Cultura Digital.
PLAC 3 – Atividade 2
Josi Zanette do Canto
2016
2. Para ser professor é necessário desejar, ter
vocação e principalmente uma boa formação. A
sociedade como um todo tem passado por
grandes transformações, nada diferente com a
escola. Percebendo essas mudanças, senti uma
necessidade de me adaptar. Necessitava atualizar
minha maneira de ensinar e também de
aprender, foi assim que o a especialização
Educação na Cultura Digital surgia em
minha vida profissional.
Modernizar práticas
pedagógicasTransformações
sociais
3. Ao longo do percurso, diversos
foram os acontecimentos. as
mudanças em minhas práticas
pedagógicas foram acorrendo
aos poucos. Minha visão de como
aprender foi se modelando aos
novos tempos, minhas
concepções foram se
transformando..
E foi questionado...
COMO EU APRENDO?
https://www.youtube.com/watch?v=R4Wwmu-fJZk
4. A especialização Educação na Cultura
Digital, tornou-se um divisor de águas no
meu fazer pedagógico. A cada etapa
cursada, cada desafio proposto e
executado, novas descobertas foram
surgindo. Ficou evidente que era possível
mudar, que as tecnologias digitais de
informação e comunicação, TDIC, estavam
presente no coletivo da escola.
5.
6. Aluno Pedro Bender, 3º ano – ensino médio
E.E.B.Apolônio Ireno Cardoso
Entrevista setembro/2014
7. Através dos objetivos do curso, as
expectativas foram alcançadas.
Porém, para que toda a
comunidade escolar agregue a
cultura digital ao fazer coletivo,
muito deve ser feito..
Afinal, é necessário que a escola
mude, para que consiga formar
cidadãos aos quais a sociedade
espera.
O PRIMEIRO DESAFIO..
https://www.youtube.com/watch?v=Dl7qVx8zCW0
8. A especialização foi muito
determinante na profissional que
sou hoje! Porém foi um caminho
com muitos estímulos, desafios e
muitas metas a vencer...
9. Trabalho a trabalho,
passo a passo, fui
aprendendo e ensinado
por meio das TDIC. A
elaboração do retrato da
escola, a adição das
tecnologias em minhas
aulas foram momentos
marcantes em minha
transformação
pedagógica.
https://prezi.com/qdgs-kbz-nzt/retrato-escola-eebaic/
11. Aos poucos minha aula deixou
de ser tradicional, os
educandos passaram a ter mais
interesse, aceitaram os novos
desafios. A execução das
atividades propostas ao longo
do curso, foram de suma
importância em minhas
práticas pedagógicas. Um
grande desafio, foi aprender a
trabalhar no coletivo.
13. Aplicativo Móvel - Conhecendo a Europa
Visando utilizar o domínio e
interesse dos alunos pelos
dispositivos, foi proposto
que o grupo de educandos
de forma colaborativa
desenvolvessem o aplicativo
sobre o continente europeu.
14.
15. Desenvolvimento de jogos
e animações utilizando os
conteúdos de geografia
como base.
Movimentos da terra
Quebra barreiras
16. Criação e utilização do blog pessoal
www.geografiaemsaladeaula.wordpress
A ferramenta tornou-se uma grande aliada, transformando-se em uma extensão das sala de
aula.
17. Utilização Ambiente Virtual de Ensino e
Aprendizagem - moodle
http://educacaonaculturadigital.ufsc.br/alunos-utilizam-o-moodle-na-aula-de-
geografia/
20. Dificuldades no caminho...
Em todas as etapas a insegurança foi algo presente,
para mim foi muito difícil este percurso, no começo
da especialização meus conhecimentos tecnológicos
eram muito restritos, mesmo tendo apenas trinta e
dois anos de idade, meu primeiro computador foi
comprado no ano de 2013, mas com os desafios
lançados, muitos objetivos foram alcançados,
inúmeros recursos descobertas, ideias
compartilhadas
21. Hoje nas escolas nas quais trabalhei e trabalho já virei
referência de como utilizar as novas tecnologias em sala, já é
comum os colegas me procurarem para questionamentos de
como poderiam utilizar uma nova ferramenta para trabalhar
com determinado assunto. Acredito que o percurso foi
trabalhoso e muito complicado, mas assim mesmo corri, fui
atrás, busquei, descobri novas maneiras e fiz mais, inovei. Foi
através da especialização e de todas as atividades propostas
que tomei consciência de como minha prática pedagógica
poderia ser diferente, de que poderíamos realizar a
construção do conhecimento de maneira muito mais criativa
e instigante para o aluno, utilizando as novas tecnologias
22.
23. Mesmo com todas as turbulências, quanto ao sistema e-proinfo no início do curso, falta de tempo, a desistência de alguns
cursistas, a falta de apoio por parte de alguns gestores, o desinteresse por parte da comunidade escolar, valeu a pena!
Alguns momentos foram marcantes. A reunião com os pais para a apresentação de projetos desenvolvidos com a integração das
tecnologias, justificando o uso dos dispositivos móveis sala. Outro fato marcante, foi convencer a equipe pedagógica, a autorizar as
saídas da escola de alguns estudantes para realização de oficinas tecnológicas, pois para muitos da comunidade essas
aprendizagens não eram necessárias.
Em outros momentos, desejando a melhoria, muitas propostas foram apresentadas a instituição, como grupos de estudos para
os educadores sobre a cultura digital, campanha para a manutenção e melhorias das ferramentas tecnológicas disponíveis,
porém a falta de apoio foi determinante para a execução.
Mesmo com as dificuldades apresentadas aqui e muitas outras que não relatei, muitas atividades foram executadas com sucesso.
Hoje, por exemplo, em parceria com a UFSC a escola conta com clube de programação, Code.Club, no qual os alunos com maior
conhecimento orientam os iniciantes. Espero que essas iniciativas sejam inspiradoras para que a cultura digital faça parte do
cotidiano escolar e que contribua para a formação de cidadãos plenos. As barreiras a serem vencidas são gigantescas mas a vontade
de transportá-las é muito maior.
24.
25.
26. Retomar tudo que foi vivenciando ao longo do curso é estimulante e recompensador. Relembrar é
importante para que possamos ter a noção de como foi trabalhoso, desafiador, mas que foi sem
dúvida recompensador!
Mostrar aos colegas professores, aos gestores escolares, aos alunos, a todo o coletivo da escola que é
possível renovar velhas práticas, reconhecer que a cultura digital está presente na escola e
que ela pode e deve ser uma grande aliada aos processos de ensino e aprendizagem é algo de grande
valia. Porém muito trabalhoso, lembro de colegas professores comentando como:
“ Estou muito velho para isso” ou ainda “ Isso não é aula”, receber alguns olhares de
desconfiança por estar executando atividades muito diferentes das quais a escola estava habituada a
ver. Muitas vezes questionada pelos superiores:
“Será que vaio dar certo?” “ Você acha que os alunos estão aprendendo?”, foi realmente
provocante!
Aos poucos os resultados foram aparecendo, inovar é muito difícil, não pelo a ação em si, mas pelo
olhar de desconfiança de muitos...
29. A geografia e a Cultura Digital
Para Cavalcanti¹,(1998) “A finalidade de ensinar geografia para jovens e crianças deve
ser justamente ajudá-los a formar raciocínios e concepções mais articuladas e
profundas a respeito do espaço geográfico”
Considerando todas as transformações ocorridas em todos os setores das sociedades com a
utilização das Tecnologias Digitais de Informações e Comunicação, torna-se indispensável utilizar
as TDIC nas aulas de geografia.
Essa é a ciência escolar que contribui profundamente para a formação crítica e plena dos cidadãos.
A disciplina de geografia deve ser trabalhada, assim como as outras áreas do conhecimento,
vinculada ao uso das TDICs, para que com isso nossos educandos tenham condições de utilizar as
tecnologias digitais de forma consciente. É necessário que preparemos os educandos para esse novo
mundo, pois eles não devem ser apenas usuários, ou repetidores, é fundamental que as crianças e
jovens sejam preparados em plenitude para a atualidade.
¹ CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e ensino de Geografia.___. Geografia e Construção de Conhecimento.
2ª ed. Campinas: Papirus, 1998.
30. Josi Zanette do Canto
Professora de Geografia e História da rede estadual e
particular no município de Araranguá/SC.
https://geonasaladeaula.wordpress.com/
https://www.facebook.com/josi.zanettecanto
@zanette_josi
josizanettecanto@gmail.com
Imagens avatar: Isabela Nardi