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ESTADO DO MARANHÃO
         PREFEITURA MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA
          SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
 DEPARTAMENTO DE ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA




SUGESTÃO DE ATIVIDADES PARA SEMANA
           DIAGNÓSTICA

  LÍNGUA PORTUGUESA 6º AO 9º ANO


                             MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO BARBOSA
                                      NEIVA ANTUNES PINHEIRO




                  AÇAILÂNDIA – 2012



                         1
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS – LÍNGUA PORTUGUESA 6º AO 9º ANO.

       Pode-se afirmar que, na nossa área, as diferentes concepções de linguagem são
fruto das distintas posições e discussões de filósofos, linguistas, semiologistas,
antropologistas e teóricos do conhecimento. Geraldi (2003) ao discutir as questões sobre
o ensino de língua nas escolas esclarece que falar sobre linguagem é fundamental no
desenvolvimento do sujeito e ―que ela é condição sine qu non na apreensão de
conceitos que permitem aos sujeitos compreender o mundo e nele agir...‖, explicitando a
importância de pensar o ensino de língua portuguesa à luz da linguagem e pensá-lo
como processo interlocutivo.
       Ingedore Koch (2002) propõe a língua como lugar de interação em que o sujeito
tem um papel ativo nessa atividade, e que o texto é o lugar/ o meio em que a interação é
realizada e, a partir das suas pistas linguísticas, os sentidos serão depreendidos. Pode-
se afirmar que o texto é um atividade de interação comunicativa, ―um fenômeno cultural,
histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes‖1
(Marcuschi, cf. A Produção de Textos no ENEM:2007)
       Considerando tais concepções pensa-se no desenvolvimento das aulas de língua
portuguesa que instaura os indivíduos como sujeitos sociais, que não são prontos, mas
que se (re) constroem discursivamente. Por essa razão, a escola deve ampliar o domínio
linguístico do aluno, para que ele seja capaz de participar ativamente da sociedade em
que está inserido. De acordo com SILVA2 (cf. A Produção de Textos no ENEM; Desafios
e Conquistas):
                       Privilegiar a interação é, pois, reconhecer a diversidade textual que se manifesta
                       na sociedade e confrontar as diferentes formas textuais no tocante à
                       organização, finalidades, dificuldades e facilidades de produção. É, enfim,
                       compreender e considerar as etapas de processamento e realização que as
                       envolve.


       Para os objetivos que temos na elaboração das fichas de atividades que
compõem este Caderno de Apoio Pedagógico, apresentamos ao/ à professor/a alguns
procedimentos que consideramos fundamentais para a abordagem textual em cada aula
de língua portuguesa. Sabemos que muitos dos procedimentos já são adotados pelos
colegas. Entretanto, nosso objetivo é afirmar, reiterar que:
____________________________________________________________________
1 MARCUSCHI, L. ª ―Gêneros textuais: definição e funcionalidade‖ in. DIONÍSIO, Â. ET AL. Gêneros
textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
2 SILVA, Williany Miranda da. O gênero textual no espaço didático. Recife: Dissertação de Doutorado,
UFP, 2003. GERALDI, J.W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2003.




                                                  2
1. A aula deve estar planejada em torno de textos ininterrupta e continuamente.
       2. Deve-se priorizar o uso da diversidade de gêneros textuais e diferentes
tipologias, para que o aluno compreenda as variedades de situações comunicativas que
um texto, oral ou escrito, verbal ou não verbal possa estar representando. Com isto, a
escola atingirá um dos aspectos importantes no currículo de Língua Portuguesa:
FORMAR um aluno reflexivo, crítico, criativo e transformador, tornando-o capaz, como
dito anteriormente, de participar ativamente na sociedade em que está inserido.
       3. Deve-se conscientizar o estudante do uso social da leitura e da escrita,
desenvolvendo suas práticas leitoras nas diferentes situações de comunicação em que
pode estar inserido. Sabe-se que estas situações são simuladas em sala de aula.
Entretanto, quanto mais próximas estiverem da realidade de uso da língua, mais
profícuas serão as discussões relativas aos recursos linguísticos pertinentes aos
diferentes gêneros.
       4. Quanto aos procedimentos de leitura mais adequados nesta concepção para a
abordagem de um texto em aula de língua, considera-se fundamental o levantamento de
hipóteses a partir, por exemplo, do título do texto ou do gênero apresentado.
       5. Deve-se proceder à leitura de reconhecimento do texto, que pode ser
individual, coletiva, em voz alta, em voz baixa, em duplas.
       6. Cabe ao professor, fora as questões de compreensão do texto que, em geral,
são propostas nas aulas levantar, também, hipóteses de leituras. Essas hipóteses
devem estar ―calcadas‖ nos elementos linguísticos utilizados pelo produtor do texto na
elaboração de seu projeto de dizer. Por exemplo: qual o efeito de sentidos do uso do
adjetivo na caracterização de um personagem?
       7. Cabe, também, em uma sequência narrativa, identificar as características do
personagem principal, a identificação do antagonista, caso haja. O que os diferencia, o
que os caracteriza, de que forma seu comportamento contribui para o(s) conflito(s) que
gera(m) as ações narrativas. Esses procedimentos devem se constituir nas abordagens
de estudos do texto.
       8. O estudo do texto deve ser ampliado, propiciando a análise comparativa de
diferentes textos, quer em paródias, quer em abordagens temáticas diferenciadas
(opiniões divergentes, por exemplo).
       9. É fundamental que seja explorada a estrutura do gênero em estudo, o que
permitirá ao estudante, em fase de aquisição da língua escrita, entender o que diferencia
uma lenda de um conto de fadas, apesar de ambos os gêneros pertencerem ao tipo de
texto narrativo.



                                            3
10. As propostas de produção de textos devem estar associadas aos gêneros
estudados. Isto significa dizer que é importante trabalhar com os modelos textuais para o
domínio de suas estruturas.
       11. Recomenda-se que haja sempre uma progressão das atividades em aula,
concebendo a prática discursiva da oralidade, da leitura, da compreensão do que está
sendo lido em nível microtextual - em nível da frase, da oração, do período e do
parágrafo, estabelecendo as relações de sentido – e em nível macrotextual - que revela
o texto a pertencer a um determinado gênero.
       12. Por fim, a prática discursiva da escrita, que deve passar, necessariamente,
pela escrita— reescrita do texto, incluindo a avaliação crítica do texto não só pelo
professor, mas também pelos colegas de classe.
       13. A escrita do aluno deve ser também objeto de estudo na aula de língua
materna. Cabe aos professores analisar os ―erros‖ existentes, para conscientizar o
estudante, tanto ortográfica quanto textualmente do que pode ser modificado em sua
escrita, assim como acontece conosco, mesmo sendo produtores de textos proficientes,
quando escrevemos.
       14. O ensino da gramática deve estar contextualizado às abordagens textuais
realizadas. Este ensino não pode priorizar o prescritivo. Deve estar voltado para o uso e
o efeito de sentidos desse uso.
       A partir do que apresentamos nestas Orientações Pedagógicas, a equipe de
Língua Portuguesa preparou um elenco de atividades para cada ano de escolarização
que visa a enriquecer o acervo de exercícios e atividades que cada professor utiliza.
Tratam-se de atividades que apresentam questões fechadas (múltipla escolha) e
questões abertas (discursivas) com indicações das habilidades que estão sendo
priorizadas nas questões elaboradas. Há também um conjunto de observações que
indicam como explorar mais os textos apresentados.
       Relacione as atividades apresentadas neste Caderno de Apoio Pedagógico às
Orientações Curriculares em que várias sugestões de atividades e meios pedagógicos
são indicadas. Cabe, ainda, alertar ao colega que, embora tenhamos dividido por anos
de escolarização, as atividades podem ser abordadas indistintamente nos referidos
anos, visto que o que diferencia a atividade em Língua Portuguesa é a complexidade da
abordagem textual realizada e o aprofundamento dos níveis de leitura possíveis no
texto, levando o aluno à autonomia leitora.
Texto readaptado de acordo com as legislações exigidas (PCN, LDB e Proposta Curricular) no ensino
básico.




                                               4
6º ANO
Texto I

Você vai ler uma fábula.

A lebre e a tartaruga, de Esopo

        A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que
encontrou a tartaruga.
        – Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a
tartaruga.
        A lebre caiu na gargalhada.
        – Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
        – Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
        – É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a
lebre.
        No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da
largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou
na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
        "Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" –
pensou.
        A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e
constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua
surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro
lugar.
        Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta. Quando dizia que
era o animal mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga...

Moral da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
                                http://www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htm

Agora, responda:
1. Neste texto vários animais estão envolvidos na realização de uma corrida. Eles são
personagens da história. Quem são eles?
2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa?
3. ―É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.‖ O que será que a
lebre quis dizer com isso?
4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta?
5. Como você entendeu a moral da história?

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Professor, utilize essa fábula para propor questões que possam antecipar a leitura. Mostre a
importância do título, que pode revelar o assunto do texto. Deixe que os alunos se expressem,
façam previsões, ativando seu conhecimento de mundo. Antes que os alunos leiam a fábula,
você pode fazer uma leitura interrompida para que eles construam hipóteses, que no decorrer da
leitura serão confirmadas ou rejeitadas, possibilitando o diálogo com o texto. O movimento seria
esse: antes de entregar o texto aos alunos, ler parte dele, para que antecipem informações;
avançar mais um trecho para verificar e confirmar – ou não - as hipóteses; avançar mais um
trecho e continuar esse movimento até o final da leitura. A partir da fábula lida, peça que os
alunos deem algumas características desse gênero textual (uma narrativa alegórica em prosa ou
verso, cujos personagens são geralmente animais, que conclui com uma lição moral).




                                               5
Faça comentários sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença
dos personagens animais, ressaltando que eles falam e pensam como seres humanos. Você
pode também discutir com os alunos a moral da história, resgatando valores, buscando a
reflexão sobre a atitude da lebre e a postura adotada pela tartaruga.

Habilidades:
Identificar a estrutura textual de gêneros do tipo narrativo, identificando os personagens
(protagonista/antagonista).
Localizar informações explícitas no texto.

Agora vamos ler outra história. Dessa vez quem conta a história é a avó da Chapeuzinho
Vermelho. Vamos ver a versão dela para os acontecimentos...

Texto II

CHAPEUZINHO VERMELHO NA VERSÃO DA VOVÓ

        Bom, o lobo cuidava muito bem da floresta e tentava mantê-la sempre limpa, mas tão
limpa, a ponto de não querer que ninguém passasse por lá.
        A minha netinha a Chapeuzinho Vermelho era uma criança muito malcriada, e sempre
que vinha para minha casa, não seguia as recomendações de sua mãe, que pedia pra ela não
vir pela estrada da floresta, mas sim pela estrada do rio.
        Chapeuzinho Vermelho nem ligava para os conselhos da mãe, teimava e vinha, dizia não
ter medo do Lobo.
        Em certo dia, ele estava lá, tranquilo, quando ela passa cantarolando. O Lobo, que não
gostava de ver pessoas transitando por lá, chamou-a:
        − Hei! O que queres aqui? − perguntou o lobo.
        − Vou para a casa da minha avó, seu lobo bobão!
        − Olha o respeito menina! Tu bem sabes que não quero ninguém em minha floresta, por
que não foste pela estrada do rio?
        − Porque quis vir por aqui, e quer saber? Saia da minha frente. E saiba que só não lhe
dou com esta cesta na cabeça porque estou levando doces para a vovozinha − finalizou
Chapeuzinho toda espevitada.
        Chapeuzinho saiu cantando para debochar do lobo. Ele, já bastante irritado, resolveu dar
uma lição naquela menina malcriada, pegou um atalho, e veio até minha casa.
        Chegando aqui, conversamos sobre Chapeuzinho Vermelho e concordei em dar-lhe uma
lição.
        Fiquei escondida debaixo da cama enquanto o lobo vestiu meu vestido e se deitou.
Minutos depois, escutamos batidas na porta. Não batidas delicadas, batidas de menina
encrenqueira. Era Chapeuzinho:
        − Toc, toc, toc, abre logo essa porta, coroa! − disse Chapeuzinho, com seu linguajar
moderno.
        − Entre minha netinha, é só empurrar! − disse o Lobo disfarçando a voz.
        Ela entrou, jogou a cesta em cima da mesa e jogou-se na cama, resmungando:
        − Credo Vovó! Não sei como a senhora aguenta morar dentro do mato! È tudo tão
longe...
        O lobo rosnou de raiva, e Chapeuzinho notou algo diferente:
        − O que foi vovó? Sua voz está estranha!
        − É que peguei um resfriado minha netinha.
        − Ah! Sim! Mas a senhora está toda esquisita. Olha como os seus olhos estão grandes!
        − É pra te ver melhor minha netinha!
        − E esse nariz enorme? Vai dizer que é pra me cheirar melhor? − ironizou a menina.
        O Lobo já estava super irritado, mas conteve-se:
        − Não minha netinha, é por causa da gripe, eu assuo muito o nariz, sabe?



                                               6
− AH!... Mas e essa boca enorme, com estes dentes maiores ainda? Sem contar com o
mau hálito. − disse Chapeuzinho tapando o nariz.
        O Lobo não aguentou mais:
        − Quer saber mesmo?
        − Quero.
        −Mesmo, mesmo?
        − Fala vovó.
        − É pra te comer!
        Então, o desmiolado do Lobo começou a correr atrás de Chapeuzinho, que gritava
escandalosamente na frente. Eu saí debaixo da cama o mais depressa possível, mas meu pé
engatou na colcha de renda, fazendo com que eu caísse por cima do Lobo, que, sem sorte,
engatou as unhas na colcha fazendo aquela confusão.
        Neste momento, o lenhador apareceu na porta e Chapeuzinho Vermelho começou a
gritar que o Lobo estava me atacando. O lenhador deu uma paulada que pegou na cabeça do
Lobo (para minha sorte). Fazendo com que o Lobo, de imediato, pulasse direto para a janela,
indo embora gritando e correndo.
        E eu só aceitei essa história de Lobo Mau, por que ele rasgou o meu vestido favorito,
mas, estou arrependida. O coitadinho é inocente e além de tudo, é vegetariano.
                                                                               www.artigos.com

1. Do ponto de vista da vovó, como era Chapeuzinho? E o Lobo?
2. No trecho ―abre logo essa porta, coroa!―, expressão ―coroa‖ pode ser substituída por outra
mais carinhosa sem que a frase perca o sentido.
Que outra expressão você utilizaria?
3. No final do texto a vovó diz que o lobo é vegetariano. Isso ajuda a provar a inocência do lobo.
Por quê?


SUGESTÃO METODOLÓGICA

       Professor, é importante para a formação de qualquer
criança ouvir histórias. Escutá-las é o início da aprendizagem
                                                                       E agora? Os dois textos
para ser um bom leitor, tendo um caminho absolutamente infinito
                                                                       contam a mesma história.
de descobertas e de compreensão do mundo.                              Será que o lobo é culpado
                                                                       como aponta o primeiro
       A partir do conto lido, peça que os alunos observem             texto? Será que ele é
algumas características desse gênero textual. Faça comentários         inocente como diz a vovó
                                                                       no segundo texto? Imagine
sobre a estrutura do texto e a caracterização dos personagens          quando o lobo der a sua
                                                                       versão dos fatos...
       Após a leitura do texto II, faça uma comparação entre os
dois textos para que eles percebam que uma mesma história
pode ser contada pontos de vista diferentes. Se quiser, pode
trabalhar com eles uma versão sob o ponto de vista do lobo mau.


TEXTO III

A Versão Do Lobo Mau,         (Rick Renan E Dannaner)

Garota enfeitiçada por um brilho de paixão



                                                7
Não dobre aquela esquina sem ouvir seu coração
Eu tenho pra contar-lhe um segredo sem igual
História tem dois lados e eu ouvi o Lobo Mau

É a versão do Lobo Mau
Yeah

É a versão do Lobo Mau
O que a chapeuzinho fazia na floresta?
Porque a vovozinha vivia tão sozinha?
E essa tal madrasta fazia tanta festa
Por que os anõezinhos viviam tão juntinhos?

E eu ouvi o Lobo Mau
Por que a Cinderela queria um castelo?
 Enquanto os três porquinhos
faziam os seus ninhos
O príncipe herdeiro não era assim tão belo
Clarinha como a neve... derrete
quando ferve
E eu ouvi o Lobo Mau

                                                                          www.letras.terra.com.br

SUGESTÃO: Faça com seus alunos a leitura da letra da música (texto 3). Leve-os a perceber
que mesmo com uma estrutura diferente a letra fala sobre o mesmo assunto e ainda amplia este
universo citando outros contos de fadas. Pergunte se eles já conhecem esses outros contos. Se
não leram, que tal proporcionar a eles essa oportunidade?


Habilidades:
Localizar informações explícitas.
Identificar personagens, protagonista e antagonista, o espaço conflito gerador.




                                                8
TEXTO IV

Maria-vai-com-as-outras
       Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também.
As ovelhas iam para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também.
       Um dia, todas as ovelhas foram para o Polo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia
sempre com as outras.
       Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.
       - Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf!
Puf!
       Maria ia sempre com as outras.
       Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.
       Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló,
       Maria comia também. Que horror!
       Foi quando de repente, Maria pensou:
       ―Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?‖
       Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
       Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as
       ovelhas pularam.
       Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé!
Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!
       E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou
a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu uma feijoada.
       Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.
                                                                                     Sylvia Orthof
QUESTÕES SOBRE O TEXTO:

1 - Quem é o autor do texto?

2- Pode-se dizer sobre a personagem principal que.
(A) Ela sabe exatamente o que quer fazer.
(B) Ela sempre tem ideias maravilhosas.
(C) Costuma agir pela opinião dos outros.
(D) Não faz nada que lhe mandam.


3- Maria ficou resfriada: Quando?
(A) Quando resolveu contar uma história.
(B) Quando resolveu comer uma feijoada.
(C) Quando seguiu as ovelhas para o Polo Sul.




                                                9
(D) Foi para o deserto.

4- Quantas vezes Maria, segundo o texto, adoeceu?
(A) Uma vez.
(B) Quatro vezes.
(C) Duas vezes.
(D) Três vezes.
5- Quando Maria tomou consciência de que imitava as outras ovelhas?
(A) Quando foi para o deserto.
(B) Quando teve que comer jiló.
(C) Quando as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa.
(D) Quando foi para o Polo Sul.


6- Como você explica a última frase do texto - Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.-?
(A) A ovelha Maria vai pular do Corcovado.
(B) A ovelha Maria agora só faz o que deseja.
(C) A ovelha Maria sempre seguirá os passos de outras ovelhas.
(D) A ovelha Maria vai para o Polo Sul.


Como surgiu a expressão ―Maria-vai-com-as-outras"?
Origem:
Dona Maria I, mãe de Dom João VI (avó de Dom Pedro I e bisavó de Dom Pedro II),
enlouqueceu de um dia para o outro. Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono.
Passou a viver recolhida e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por
numerosas damas de companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse
cortejo, costumava comentar; ―Lá vai Dona Maria com as outras‖.
                                                                       (Yahoo! respostas)


SUGESTÃO METODOLÓGICA

       Professor, trabalhe com os alunos as ideias que possam surgir a partir do título, como um
elemento de antecipação do que a história pode conter. Após isso, comece a ler a história
interrompendo-a em determinados trechos e solicitando que as crianças levantem hipóteses do
que irá acontecer em seguida. Releia o texto de forma contínua, resgatando o ―todo‖ da
narrativa, confirmando ou não as hipóteses levantadas pelos alunos.
       Faça comentários sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença
do narrador, a sequência dos fatos e os personagens que vivenciam os fatos.
Resgatando o conteúdo do trecho lido, faça com que seus alunos compreendam a relação de
causa (frio) e consequência (ovelhas ficarem gripadas). Destaque o quanto seguir as outras
ovelhas implicava, às vezes, escolhas ruins para Maria. Aponte as marcas do texto que indicam




                                                10
a transformação interna de Maria em relação a suas escolhas. Esse aspecto é importante, pois
uma narrativa deve apresentar um problema (Maria não consegue ser diferente das outras
ovelhas) e uma transformação. Mostre o desfecho da história e a resolução do problema.
         Após a leitura do texto 4, discuta com seus alunos a origem sentido da expressão ―Maria-
vai-com-as outras‖.


TEXTO V

A aposta
         Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus
carregando uma cesta. O cobrador ouviu um barulho e perguntou-lhe:
         - A senhora está levando uma galinha na cesta?
         Amélia pensou, pensou e respondeu:
         - Hum... Galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta.
         O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta:
         - Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de
graça.
         - Muito bem! – disse o cobrador confiante. – Concordo!
         Amélia, então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista bem vermelhinha cantou
satisfeito:
         - Cocorocó!...
         - Viu só? Eu não disse que não era galinha?!
         O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça.
                                              Adaptação de conto popular – Luciana M.M. Passos.

Que velhinha esperta!!! Conseguiu viajar de graça... Você entendeu como ela fez para conseguir
isso? Então responda:
1) Onde se passa a história?
2) Você acha que a velhinha mentiu para o trocador? O que levou você a pensar assim?
3) Como foi solucionada a situação?
4) Por que você acha que o trocador riu?
Professor, procure trabalhar as marcas do discurso direto (travessão, dois-pontos).

TEXTO VI
Transporte de animais em ônibus urbanos
         Conforme o Manual de Normas e Condutas da SMTT o transporte de pequenos animais
em coletivos (ônibus) é permitida desde que o animal seja acondicionado em gaiolas ou caixas
de transporte adequadas e capazes de manter o animal preso.
         O animal não deve causar desconforto ou risco aos demais passageiros.




                                                 11
Caso alguém tenha problemas entrar com contato com o Sr. Silvio Marcelo – Diretor
Operacional de Transportes da SMTT no tel. 3315-4317
                                                                                      In//www.neafa.org.br


5) Qual a função do texto 5?
6) A quem está dirigido o texto 6?


Habilidades:
Localizar informações explícitas e implícitas em um texto.
Identificar personagens, conflito gerador.
Identificar os efeitos de sentido consequentes do uso da onomatopeia.

7º) Você vai ler o poema de uma aluna da Escola Municipal Ivete Santana de Aguiar do distrito
do Frade, Macaé. Ela foi a vencedora da categoria ―poesia‖ da terceira edição do Prêmio
Escrevendo o Futuro em 2006.


O mundo dentro da represa do Frade
Carla Marinho Xavier
                                                           Faz onda para escapar
A represa é presa                                          Fugindo para outro lugar.
Presa com água                                             Sobre a estreita ponte
E feita de pedra, pesada                                   O danado do vento
Com mil toneladas de água.                                 Vem assustar a gente
Lá embaixo os peixes:                                      Com seu sopro violento.
Cascudo, cará, carapeba                                    As árvores nas beiras
Brincam de esconde-esconde                                 Se seguram na areia
Se entocando nas pedras.                                   Temerosas
Desce a correnteza, correndo                               Não querem ser levadas
Descansa na represa                                        Pela força da correnteza.
E cai pelo caidor                                          Da minha janela vejo esse mundo:
Fazendo cócegas nas pedras.                                Um mundo dentro do outro
A água de baixo                                            Preso nas muralhas da represa.
Temendo a água de cima

In ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social; Brasília, DF: MEC,
2008.


O que você entendeu do poema?
1. Segundo o texto, que peixes brincam de esconde-esconde?
2. Retire da penúltima estrofe um trecho em que há reações que não são próprias das árvores.



                                                     12
3. O texto revela onde a menina-poeta mora? O que levou você a pensar isso?


Texto VII

       Uma das poucas e principais ruas do Morro da Conceição, a Rua do Jogo da Bola (este
poético nome da rua permanece desde os tempos da colônia onde, de fato, havia um jogo da
bocha) é uma rua pequena e estreita, onde só passa um carro de cada vez, o que amplia ainda
mais, a meu ver, a vocação para a civilidade e urbanidade do lugar; pois alguém terá sempre
que ceder a vez ao outro carro que vem em sentido contrário.
É uma rua espremida entre a igreja e a fortaleza. Um lugar de poucos acessos e que, na maior
parte das vezes, para chegar lá em cima tem que passar necessariamente pelas guaritas do
Exército (na Fortaleza da Conceição) sempre de vigilância no lugar, o que confere e amplia a
sensação de segurança que se tem em todo o Morro.
* bocha – jogo em que cada parceiro com três bolas de madeira as atira a certa distância
tentando aproximá-las tanto quanto possível de outra pequena denominada chico.


                                      http://www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc158/mc158.asp

No texto VI, brinca-se com o sentido das palavras. Você notou como a linguagem do texto VII é
diferente?
1. O que deu origem ao nome da rua?
2. ―Era uma rua pequena e estreita.‖ A palavra destacada expressa uma ideia semelhante a de
uma palavra do segundo parágrafo. Que palavra é essa?
3. Do comentário sobre a Rua do Jogo da Bola, qual é impressão que fica do local?


SUGESTÃO METDOLÓGICA

       Professor, você pode conversar com seus alunos a respeito de alguns aspectos
importantes dos poemas em geral. Destacar o formato do poema, a rima, a sonoridade, o ritmo,
o uso da conotação e de imagens. Para isso, você pode apresentar aos alunos diversos
poemas, inclusive os da literatura de cordel.
       Da mesma forma, pode comentar sobre o texto informativo comparando sua linguagem
com a linguagem poética e identificando a finalidade de um gênero e de outro.
       Ampliando o trabalho com esses gêneros textuais, pode-se pedir aos alunos a produção
de um texto, em prosa ou verso, sobre o lugar onde moram.


Habilidades: Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.




                                                13
TEXTO VIII




TEXTO IX          TEXTO X




             14
TEXTO XI

Seu corpo está mudando e você...
…se sente um tanto desajeitado?
…vive se olhando no espelho para conferir as novidades?
…se exibe o tempo todo?
…detesta que os outros façam comentários sobre seu corpo?
…acha o máximo o que está acontecendo?
…sente muito sono?
…o tempo todo fica comparando com os outros?


1. Qual o tema do texto?
2. Que mudanças estão acontecendo com o garoto?
3. Qual diferença de tratamento o garoto percebe em sua mãe?
4. Que ideias pode expressar o diminutivo em ―Juninho‖?
5. A expressão do garoto demonstra que sentimento em relação à mudança da mãe?
6. O que revela a expressão do lobisomem?
7. Qual o efeito provocado pelo uso de caixa alta e negrito na expressão “Nada a ver”?
8. Por que são usadas as reticências no texto?
9. Observe o uso do termo grifado em ―Eu não te aguento mais!‖ Como ele contribui para o
sentido da ilustração?


TEXTO XII


O que é adolescência?
       Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da vida, que
começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa
aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e
comportamentais. Adolescência, uma etapa maravilhosa da vida, que muitos insistem em
chamar de ―aborrescência‖. O começo de um despertar para um mundo novo, onde posso ser
ator/atriz principal de minha vida, e por consequência adquirir a capacidade de poder mudar meu
país. Ainda bem que eu encontrei meu espaço, ou melhor, lutei por ele, espaço esse em que
posso participar. Geralmente nunca nos deixam participar e com isso aquela vontade natural de
mudar o mundo é esquecida, ou melhor, dá lugar a um conformismo ou será inconformismo? E
aí aquela ânsia de transformar muitas vezes é trocada pela única forma que encontramos de
deixar a nossa marca (depredando orelhões, pichando etc) no mundo. Não podemos decidir
sobre nossa vida, mas a vida acaba decidindo pela gente: Quando será a primeira vez? Já rolô!
Usar camisinha? Não sei! Ih, não tenho agora! Conversar ou não com os pais? Ah, eles não me




                                                 15
entendem e nem vão me escutar mesmo. Participando a gente pode mudar isso, acredito em
mim e em todos os adolescentes que têm essa vontade de mudar e criar um mundo melhor, com
a nossa cara (...).
        Quantos somos?
        No mundo todo, hoje se estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou
seja, quase 20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes*,
21,84% da população total do país.
        Como somos no Brasil?
        1,1 milhão de analfabetos/as.
        76,5% desses analfabetos/as se encontram no nordeste.
        2,7 milhões de 07 a 14 anos estão fora da escola (10% da faixa etária).
        4,6 milhões de 10 a 17 anos estudam e trabalham.
        2,7 milhões de 10 a 17 anos só trabalham.
        Desses dois grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas semanais.
   http://www.adolescencia.org.br/portal_2005/secoes/saiba/saiba_mais_nos.asp?secao=saiba&tema=nos


10. O texto 12 tem uma visão positiva ou negativa da adolescência?
11. O que significa “ser ator/atriz principal” da própria vida?
12 . A que se refere o termo grifado em: “Participando a gente pode mudar isso...”?
13. Pelas marcas linguísticas do texto, você pode perceber quem é o locutor? Explique.
14. O texto se dirige a quem? Como você pode perceber isso?
15. Converse com seus colegas sobre os dados referentes aos adolescentes brasileiros.
                                                           brigar ou namorar
TEXTO XIII
Insegurança Máxima                                         passear ou estudar,
Ser ou não ser,                                            aceitar ou protestar,
ter ou não ter                                             afinar ou encarar
comer ou não comer,                                        as grandes dúvidas
beber ou não beber,                                        desta vida:
viajar ou não viajar,                                      Será que eu o que eu sou?
beijar ou não beijar,                                      Será que eu sei o que eu quero?
vestir ou não vestir,                                      Será que eu sei o que eu sinto?
sair ou não sair,                                          Será que essa cuca confusa
amar ou odiar,                                             cheia de issos ou aquilos...
                                                           Será...
dormir ou acordar                                          Será que isso sou eu?
TELLES, Carlos de Queiroz. Sementes de Sol. São Paulo: Moderna, 1992. Adaptado de CEREJA, William Roberto e
COCHAR, Thereza. Português linguagens. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.




                                                     16
16. Qual o tema do texto 13?
17. No texto há a repetição de uma estrutura. Qual é essa estrutura? Que efeito essa repetição
provoca?
18. As palavras ―issos‖ e ―aquilos‖ foram criadas neste poema. Como elas contribuem para o
sentido do texto?
19. Podemos dizer que esse texto se relaciona com os anteriores? Como?


7º ANO

TEXTO I
Por que criança não pode trabalhar?
       Criança não pode trabalhar por um motivo simples: porque ela está muito ocupada sendo
criança. Ser criança é ter a liberdade de fazer uma porção de coisas: ir à escola, brincar, ler,
praticar esportes, conviver com outras crianças. Ser criança é ser livre para inventar
brincadeiras, fazer descobertas e, aos pouquinhos, aprender a ler o mundo.
       Quando uma criança trabalha, não sobra tempo para brincar e estudar. As crianças que
trabalham, em vez de papel e lápis, usam enxadas e pás. Em vez de conviver com outras
crianças na sala de aula, elas passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa em lavouras,
em carvoarias, em lares de estranhos, em lixões e nas ruas.
       O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz com todas as letras: abaixo dos 16
anos é proibido trabalhar. Mas estar escrito na lei não é suficiente. É preciso que os governos,
as famílias e as empresas estejam atentos e prontos a ajudar as crianças que trabalham,
tirando-as dessas atividades, garantindo que elas possam estudar e ajudando suas famílias a
acolhê-las com dignidade e carinho.
                                       Helio Mattar. Folhinha. In: Folha de S. Paulo, 02/03/2002.
TEXTO II




                                              17
TEXTO III
                                          1.Qual a ideia principal do texto 1?
                                          2. Essa ideia principal é defendida com argumentos
                                          que tentam convencer o leitor. Cite um.
                                          3. No trecho abaixo, substitua a expressão grifada por
                                          outra, mantendo o sentido do texto. ―Em vez de
                                          conviver com outras crianças na sala de aula, elas
                                          passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa
                                          em lavouras, em carvoarias, em lares de estranhos,
                                          em lixões e nas ruas.‖
                                          4. Qual o significado da expressão grifada em
                                          ―Ser criança é ser livre para inventar brincadeiras,
                                          fazer descobertas e, aos pouquinhos, aprender a ler o
                                          mundo.‖?
                                          5. Explique a expressão facial do menino no texto 2.
                                          6. Que ideia do texto 1 é reforçada pelo texto 2?
7. O texto 3 é uma propaganda. A quem ele se dirige?
8. Qual a finalidade do texto 3?
9. Relacione a imagem do cartaz ao texto verbal.
10. Após ler os três textos, escreva a ideia comum aos três.
11. Reúna-se em grupo com seus colegas e elabore um slogan contra o trabalho infantil.


TEXTO IV
Você sabe o que é um slogan?
―Um slogan ou frase de efeito é uma frase de fácil memorização usada em contexto político,
religioso ou comercial como uma expressão repetitiva de uma ideia ou propósito. Muitas vezes é
usado por empresas.‖                                            http://pt.wikipedia.org/wiki/Slogan


SUGESTÃO METODOLÓGICA


Professor (a),
       Nestas atividades você pode trabalhar o mesmo tema em gêneros textuais diferentes.
Embora o texto dissertativo/argumentativo seja priorizado nas orientações curriculares do Ensino
Fundamental II (9º Ano) e Ensino Médio(3º Ano), ressaltamos a importância de que esteja
presente ao longo da escolaridade. Comece discutindo o tema com seus alunos. O que eles já
sabem sobre o trabalho infantil? Conhecem crianças/jovens que trabalham? Há algum aluno na
turma que trabalhe? Por que será que crianças trabalham? Em que tipo de trabalho são



                                               18
empregadas crianças/jovens? Esse tema é muito atual e você pode ampliar a discussão
utilizando-se do texto acima. Compare o tipo de trabalho nele exposto com os citados nos textos
da ficha do aluno.
        No texto 1, trabalhe a ideia principal, bem como o argumento utilizado para defendê-la.
Marque os elementos de coesão e discuta as ideias por eles expressas. A nomenclatura desses
elementos não importa no momento, mas as relações semânticas estabelecidas, sim.
        Nos textos 2 e 3, explore o diálogo entre o texto visual e o não visual. Como o não visual
ajuda na compreensão do verbal? Que ideia se repete nos três textos? A palavra-chave nesta
atividade é comparação.
        Antes dos alunos partirem para a escrita, leve vários slogans e mostre como eles se
constroem, qual a sua finalidade e a importância de, ao escrevê-los, não perder de vista o
interlocutor.
        Alguns exemplos: ―Quem pede um, pede bis (Bis)‖; ―Abuse, use C&A (C&A)‖; ―Vale por
um bifinho (Danoninho)‖; ―Fresquinho porque vende mais. Vende mais porque é fresquinho
(Tostines)‖.
TEXTO IV


Piercings e tatuagens podem trazer desvantagens na hora da conquista por uma vaga, 05
de julho de 2007.


        SÃO PAULO - Moda, estilo, personalidade. Não importa o motivo, mas é fato que muitas
pessoas aderiram ao uso de piercings e tatuagens. No mercado de trabalho, no entanto, os
"acessórios" podem trazer algumas desvantagens na hora de procurar um emprego. De acordo
com a consultora de RH do Grupo Catho, Gláucia Santos, isto acontece porque ainda existe uma
ideia antiga de que o uso de piercings ou tatuagens está relacionado à marginalidade.


        Forma implícita
        Ainda de acordo com a consultora, existe uma discriminação no momento da entrevista,
mas ela não é feita de maneira explícita. Isto significa que o selecionador não irá perguntar se a
pessoa usa piercing ou tem tatuagem, mas se perceber, esse candidato perde pontos.
        "Ter um piercing ou uma tatuagem quebra um pouco da formalidade de algumas
situações em que é preciso ser formal. Num primeiro contato, ainda pode parecer que a pessoa
é pouco madura", explicou Gláucia.


        Áreas de atuação
        A consultora ainda disse que este tipo de discriminação acontece em áreas em que o
profissional terá contato direto com o público. Neste caso, incluem-se a administrativa, comercial
e de bancos.



                                               19
"Imagine alguém com algo muito chamativo, como um cabelo colorido. Se tem contato
com o cliente, perde a seriedade, imagem que tem que passar não somente para os colegas de
trabalho", disse Gláucia.
       Ela ainda explicou que existem profissões em que a aceitação do uso de piercings e
tatuagens é mais flexível, como em comunicação e publicidade e propaganda, o que não
acontece com os profissionais de direito e medicina.


       Depois de contratado
       Depois de contratado, a consultora diz que o uso da pintura e da joia já é mais aceito
porque a pessoa já construiu uma imagem. No entanto, o melhor é perguntar a política de cada
empresa sobre o assunto e, principalmente, ter bom senso!
                                                       http://www.administradores.com.br/noticias



TEXTO V

Duda
Oi meninas!!!
Semana passada na aula de
inglês; estávamos nos
descrevendo fisicamente; ai o
teacher começou a perguntar se
nós tinhamos piercings e
tatoos...teve uma colega minha
que disse que ela odeia
tatuagens, que acha horrível qm
tem tatuagens no corpo.
Nossa fiquei apavorada! Sei lá,
talvez pq eu tenha...não sei!
Será que as pessoas continuam
tão preconceituosas qnto a
isso?
       Bj


TEXTO VII
Cíntia
O fato de não gostar não
quer dizer que a pessoa é
preconceituosa... Ela só
não gosta de tatuagens!
Eu acho lindo, vejo umas
que me deixam de queixo
caído de tão lindas, mas
sei que em mim não
ficariam bem, acho que
não levo jeito para ter.
Mas não quer dizer que
não respeito as pessoas
que fazem!



                                              20
TEXTO VIII
Maya
Sim, por incrível q pareça,
em pleno século XXI,
ainda existe preconceito
quanto a isso.
Minha sobrinha é crivada
de piecing e tatoo, uma
cabeça maravilhosa -
melhor q a de muita gente
com uma aparência
impecável!
É mais uma forma de se
expressar, caramba!
Bjos
                              http://www.precisofalar.com.br/index.php/Temas-polemicos/8691-Tatuagens-e-preconceito.html

1. No texto 1 são expressas opiniões de quem?


Marque no texto trechos que confirmem sua hipótese.


2. Segundo o texto 1, por que piercings e tatuagens podem trazer desvantagens na hora da
conquista por um emprego?


3. Substitua o termo grifado no trecho do texto 1 abaixo transcrito, por outro de mesmo sentido.
―No mercado de trabalho, no entanto, os "acessórios"
podem trazer algumas desvantagens na hora de procurar um emprego.‖
4. Qual a ideia expressa pelo termo grifado?
5. Por que a palavra ―acessórios‖ vem entre aspas no texto 1?
a) Com relação ao preconceito contra tatuagens e piercings, quais as opiniões expressas no
texto 3?
b) E no 4?
c) Em que se diferenciam?
d) Que palavras ou expressões caracterizam cada opinião?
6. No texto 2 você percebe algo de diferente no uso da nossa língua? Será que existem ―erros‖
no texto?
7. Qual a finalidade do texto 1? E do 5?
8. Por que um dos balões do quinto quadrinho é diferente?
9. Qual o efeito do uso deste balão no texto?
10. Qual a ideia do termo grifado em ―Mas, eu alertei...‖




                                                      21
TEXTO IX




Professor (a),


       Nesta atividade, a habilidade de distinguir duas opiniões diferentes sobre o mesmo fato
está em evidência. Antes da leitura, converse com os alunos sobre piercings e tatuagens. Quais
as opiniões de sua turma sobre o assunto? Você pode escolher um aluno para ser o escriba da
turma, que anotará as opiniões no quadro.
       Durante a leitura dos textos, destaque as opiniões expressas. Comente as relações
estabelecidas pelos conectivos, como por exemplo o efeito de sentido construído pela repetição
no trecho: ―Aí, ele quis colocar outro e mais outro, e outro...‖ (texto 5).
       Você pode ainda voltar ao quadro e verificar se, após a leitura, desejam acrescentar algo
ao que já foi registrado. Após isso, divida a turma em grupos e solicite que cada grupo escolha
uma opinião das que estão no quadro e escreva um texto se posicionando contra ou a favor da
mesma.




                                                  22
Outro ponto importante é comentar com seus alunos sobre o ―internetês‖, presente nos
textos do blog PRECISO FALAR. Veja a definição abaixo:
―Internetês é um neologismo (de: internet + sufixo ês) que designa a linguagem utilizada no meio
virtual, em que "as palavras foram abreviadas até o ponto de se transformarem em uma única
expressão, duas ou no máximo três letras", onde há "um desmoronamento da pontuação e da
acentuação", pelo uso da fonética em detrimento da etimologia, com uso restrito de caracteres e
desrespeito às normas gramaticais. Para Silvia Marconato, o internetês é uma "forma de
expressão grafo linguística [que] explodiu principalmente entre adolescentes que passam horas
na frente do computador no Orkut, em chats, blogs e comunicadores instantâneos em busca de
interação e de forma dinâmica." (...)
                                                     http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet%C3%AAs
         Fale com os alunos sobre a variação da nossa língua e discuta com eles o conceito de
certo X errado. Esse é um bom momento para que eles percebam que o ―internetês‖ é adequado
para sites, blogs, chats, mas inadequado em situações formais de escrita.


         TEXTO X
         O LOBO E O CORDEIRO
         Um lobo estava bebendo água num riacho.
         Um cordeirinho chegou e também começou a beber um pouco mais para baixo. O lobo
arreganhou os dentes e disse ao cordeiro:
         - Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que eu estou bebendo?
         - Como sujar? – respondeu o cordeiro. A água corre daí pra cá, logo eu não posso estar
sujando sua água.
         - Não me responda! – tornou o lobo furioso. Há seis meses seu pai me fez a mesma
coisa!
         - Há seis meses eu nem tinha nascido, como é que eu posso ter culpa disso? –
respondeu o cordeiro.
         - Mas você estragou todo o meu pasto – tornou o lobo.
         - Como é que eu posso ter estragado seu pasto se nem dentes eu tenho?
         O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais nada, pulou sobre ele e o
comeu.
                                        ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: FTD, 1994.


         A escritora Ruth Rocha nasceu em 1931 na cidade de São Paulo. Teve uma infância
alegre e repleta de livros e gibis. É autora de inúmeras histórias e seus livros estão espalhados
pelo mundo, traduzidos em mais de 25 idiomas. Monteiro Lobato foi sua grande influência. Ela
ganhou os mais importantes prêmios brasileiros destinados à literatura infantil.




                                               23
TEXTO XI
       O LOBO E O CORDEIRO, Esopo                            Disse o Lobo carniceiro.
                                                             E ao Cordeiro devorou.
       Na água limpa de um regato,                           www.revan.com.br/catalogo/0136d.htm

       matava a sede um cordeiro,
       quando, saindo do mato,                      Esopo viveu no século VI a.C. Sabe-se que

       veio um lobo carniceiro.                     foi escravo, libertado pelo último dono,

       Tinha a barriga vazia,                       Xanto. Mestre da prosopopeia, figura de

       não comera o dia inteiro.                    linguagem pela qual animais ou coisas

       - Como tu ousas sujar                        falam.      Suas    fábulas     têm     inspirado

       a água que estou bebendo?                    incontáveis criadores através dos séculos,

       - rosnou o Lobo a antegozar                  encerram sabedorias eternas e nos fazem

       o almoço. - Fica sabendo                     refletir sobre a natureza humana.
                                                    Almanaque Brasil de cultura popular, ano 5, n.55,
       que caro vais me pagar!
                                                    out.2003.
       - Senhor - falou o Cordeiro -
       encareço à Vossa Alteza                      1. Os textos 1 e 2 narram a mesma história,
       que me desculpeis mas acho                   mas com linguagem diferente. Você percebe
       que vos enganais: bebendo,                   que essa diferença mostra a época em que
       quase dez braças abaixo                      os textos foram escritos? Em um deles, há
       de vós, nesta correnteza,                    marcas de uma forma de expressão bem
       não posso sujar-vos a água.                  mais antiga; no outro, a linguagem é mais
       - Não importa. Guardo mágoa                  atual. Transcreva um pequeno trecho que
       de ti, que ano passado,                      melhor exemplifica a linguagem de uma
       me destrataste, fingido!                     época passada.
       - Mas eu nem tinha nascido.
       - Pois então foi teu irmão.
       - Não tenho irmão, Excelência.
       - Chega de argumentação.
       Estou perdendo a paciência!
       - Não vos zangueis, desculpai!
       - Não foi teu irmão? Foi o teu pai
       ou senão foi teu avô.

2. Você reconheceu que os textos são uma fábula? As fábulas geralmente possuem uma
conclusão que é uma moral. Assinale aquela que se refere à fábula O lobo e o Cordeiro.


(A) Os preguiçosos colhem o que merecem.
(B) Se queremos dividir a recompensa, devemos partilhar o trabalho.
(C) Onde a lei não existe, ao que parece, a razão do mais forte prevalece.



                                              24
(D) Não tente forçar demais a sorte.
3. No texto 2, a palavra carniceiro significa:
(A) bondoso.
(B) carnívoro.
(C) distraído.
(D) insistente.
4. No texto 1, a expressão destacada no trecho abaixo refere-se a que fato? ―Há seis meses seu
pai me fez a mesma coisa!”
5. Você acabou de ler duas versões de uma mesma fábula. Como você escreveria a sua
versão? Mãos a obra!


SUGESTÃO METODOLÓGICA


Para ampliar as atividades sugerimos:
Leitura de Novas fábulas fabulosas de Millôr Fernandes, da editora Desiderata, comparando o
enredo e a linguagem com as de Esopo, por exemplo. Construção do conceito de paráfrase e de
paródia.


Diferentes habilidades foram enfocadas nessa atividade.
1.     Os textos 1 e 2 narram a mesma história, mas com linguagem diferente. Você percebe
que essa diferença mostra a época em que os textos foram escritos? Em um deles, há marcas
de uma forma de expressão bem mais antiga; no outro, a linguagem é mais atual. Transcreva
um pequeno trecho que melhor exemplifica a linguagem de uma época passada.


Habilidades:
Reconhecer formas de expressão característica de uma época, região ou classe social.
Inferir informações implícitas em um texto.
Inferir o sentido de uma palavra no texto.
Aquelas relacionadas à articulação e aos mecanismos textuais.

TEXTO XII


O VAQUEIRO
Patativa do Assaré
Eu venho dêrne menino,                                Eu nasci pra sê vaquêro,
Dêrne munto pequenino,                                Sou o mais feliz brasilêro,
Cumprindo o belo destino                              Eu não invejo dinhêro,
Que me deu Nosso Senhô.                               Nem diproma de dotô.



                                                 25
Sei que o dotô tem riquêza,                         E ôtas coisa preciosa;
É tratado com fineza,                               Mas não goza o quanto goza
Faz figura de grandeza,                             Um vaquêro do sertão.
Tem carta e tem anelão,                             [...]
Tem casa branca jeitosa                             http://www.tanto.com.br/patativa-vaqueiro.htm




Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909
na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará.
Cresceu ouvindo muitas histórias e folhetos de cordel. Embora não tivesse
estudado muito, soube muito bem cantar em verso e prosa os contrastes do sertão nordestino e
a beleza de sua natureza. Neste ano comemoramos 100 anos de seu nascimento.


1. O texto traz marcas da oralidade e foge da norma padrão. Transcreva abaixo dois exemplos
que confirmam essa característica.


2. A linguagem do poema:
(A) causa um efeito de humor.
(B) critica o modo de falar do vaqueiro.
(C) critica a realidade brasileira.
(D) revela o modo de viver do vaqueiro.


3. Escreva três características do vaqueiro apresentadas no texto.


4. No trecho abaixo, a palavra destacada pode ser substituída por:
(A) Porque.
(B) Porém.
(C) Como.
(D) Já.


―Tem casa branca jeitosa
E ôtas coisa preciosa;
Mas não goza o quanto goza
Um vaquêro do sertão‖
5. O texto apresenta uma determinada visão de mundo – a do vaqueiro. Você concorda com
ele? Em um pequeno texto, apresente a sua visão de mundo.




                                              26
TEXTO XIII


MUNDO COR-DE-ROSA


        Perfume Barbie B comemora os 50 anos da boneca mais famosa do mundo
Comemoração com cheirinho gostoso: a multinacional espanhola Puig Beauty & Fashion Group
acaba de lançar no Brasil a fragrância Barbie B, celebrando os 50 anos da boneca mais famosa
do mundo.
        O novo perfume pretende refletir a personalidade moderna e dinâmica das meninas que
já se sentem mocinhas e não veem a hora de entrar no mundo adolescente. Esse universo está
identificado em detalhes como o frasco, lapidado como uma joia, e na letra "B" estilizada que
pode ser usada como um pingente ou um acessório fashion.
        Floral, frutado e fresco, o lançamento é composto de notas açucaradas com elementos
de sândalo e almíscar que se complementam com essências de cereja e framboesa. Nas notas
de saída predominam a bergamota, laranja italiana e maçã verde.
        O frasco, nas versões 40 ml e 75 ml, vem em tons de rosa e fúcsia. A embalagem traz
uma imagem da Barbie com um look mais moderno, igual ao das meninas de hoje.
        O preço médio sugerido do frasco de 75 ml é R$ 49,50.
        SAC 0800-7265616 / sac@puig.com.br
                                                     http://extra.globo.com/lazer/canalExtra/ [26/03/09]


1. A finalidade do texto é:
(A) divertir
(B) informar.
(C) opinar.
(D) emocionar.


2. A informação principal do texto é:
(A) o lançamento do perfume Barbie B.
(B) a fragrância do perfume Barbie B.
(C) a descrição do frasco e a embalagem do perfume Barbie B.
(D) a definição do consumidor do perfume Barbie B.
3. Qual é o perfil do público consumidor do perfume Barbie B?




4. É discutível o uso de palavras e expressões em inglês quando existem correspondentes na
língua portuguesa. No texto, foram usadas duas palavras – fashion e look. Por que palavras ou
expressões em português você as substituiria?



                                              27
5. Reflita e converse com seus colegas sobre o motivo do uso dessas palavras em inglês nesse
texto. Depois, se organize para apresentar seu ponto de vista a respeito desse assunto para
toda a turma.


Sugerimos, para ampliação dessa atividade, a leitura de uma mesma notícia em diferentes
jornais, comparando-as e reconhecendo as diferentes formas de tratar uma mesma informação.


Diferentes habilidades foram enfocadas nessa atividade.
   1. Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.
   2. Diferenciar a parte principal das secundárias de um texto.
   3. Localizar informações explícitas em um texto.
   4. Inferir o sentido de uma palavra no texto.
   5. Reconhecer e utilizar marcas típicas da oralidade, adequando o padrão de linguagem à
       situação de comunicação.


   8º ANO


   Leia os textos abaixo e responda às questões propostas.
   Texto 1
   O trema é totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas. linguística
   cinquenta
   tranquilo
   Obs.: é usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros escritos com trema:
   Müller – mülleriano.
   Extraído de Dicionário escolar da língua portuguesa. Academia Brasileira de Letras. São
   Paulo: Editora Nacional, 2008.


   TEXTO 2


   O DESEMPREGO DO TREMA
   Acabou a tranquilidade do Trema                       Expulsou o trema da Pontuação.
   Não aparecia com frequência,                          Até de delinquente chamaram o coitado!
   Não batia mais ponto                                  Ele não teve direito de arguir nada...
   Na repartição...                                      Depois, tentou concurso para
   Alcaguetaram para a Gramática                         Reticências,
   que                                                   Mas não passou por um Ponto.
   Sem pensar nas consequências,                         Hoje, anda por aí desmilinguido



                                               28
da vida.                                            melhor piloto Circunflexo.
Quer morar na Alemanha, mas o
voo para lá é caro.                                 Thiago Cascabulho – Megazine 10/03/09
Aliás, aí está outro fato sem
Nenhum nexo:
Demitiram da companhia o


1. Os textos 1 e 2 dialogam. Você percebeu a relação entre eles? Qual é a finalidade do texto
1? E do texto 2?


2. Do que tratam os textos 1 e 2?


3. No texto 2, Quer morar na Alemanha... remete a que trecho do texto 1?


4. Explique o que você entendeu do trecho abaixo retirado do texto 2. Depois, tentou
concurso para Reticências, Mas não passou por um Ponto.


5. No texto 2, Alcaguetaram significa:
(A) dedurar.
(B) elogiar.
(C) perguntar.
(D) explicar.


VELHA CONTRABANDISTA, Stanislaw Ponte Preta


   Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela
fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da
Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
   Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou
ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
   - Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que
diabo a senhora leva nesse saco?
   A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela
adquirira no odontólogo, e respondeu:
   - É areia!
   Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar
da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só




                                           29
tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na
lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
   Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro
com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta
com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco
e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês
seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
   Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
   - Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa
de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
   - Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal
propôs:
   - Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não
conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está
passando por aqui todos os dias?
   - O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.
   - Juro - respondeu o fiscal.
   - É lambreta.
                                         http://br.geocities.com/mitologica_2000/conto0024.htm




Sérgio Porto nasceu no Rio Janeiro no dia 11 de janeiro de 1923, e ficou famoso anos depois
sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta. Foi radialista, humorista, cronista. ―Começou
uma obra carioquíssima, até hoje insuperável, transpondo para jornais, livros e revistas o
saboroso coloquial do Rio de Janeiro.‖




6. De acordo com o texto 3, por que o pessoal da alfândega desconfiou da velhinha?


6. ―Aí quem sorriu foi o fiscal.‖ Qual o motivo do sorriso do fiscal?


7. Há marcas da linguagem coloquial em todo o texto 3. Retire um pequeno trecho que
   mostre essas marcas.


9. A dúvida do fiscal da alfândega terminou quando:
(A) a velhinha disse: ―É areia.‖
(B) a velhinha sorriu para ele.




                                             30
(C) a velhinha disse: ―É lambreta.‖
   (D) ele sorriu.


   10. Sobre o texto, podemos dizer que:
   (A) tem como finalidade informar.
   (B) tem como finalidade defender um ponto de vista.
   (C) tem como finalidade fazer humor.
   (D) tem como finalidade argumentar.


   SUGESTÃO METODOLÓGICA
       Um breve comentário sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, enfocando
   alguns pontos – os mais usuais – e, logo depois, a atividade 4. A utilização de intertextos
   (poema/música, por exemplo), explorando as relações entre eles.
       Antes da leitura do texto 3 – A velha contrabandista – fazer uma leitura interrompida para
   que sejam construídas hipóteses pelos alunos, que no decorrer da leitura serão confirmadas
   ou rejeitadas, possibilitando o diálogo com o texto. O movimento seria esse: antes de
   entregar o texto aos alunos, ler parte dele, para que antecipem informações; avançar mais
   um trecho para verificar e confirmar – ou não - as hipóteses; avançar mais um trecho e
   continuar esse movimento até o final da leitura.


Habilidades exigidas nessa atividade
      Identificar as diferentes intenções em diferentes textos.
      Identificar o assunto/tema de um texto.
      Inferir informações implícitas em um texto.
      Inferir o sentido de uma palavra no texto.
      Localizar informações explícitas em um texto.
      Identificar marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística como
       recurso expressivo.
      Localizar informações explícitas no texto.
      Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.


   9º ANO


   Hoje vamos trabalhar com textos de diferentes gêneros: um poema, uma notícia de jornal,
   um quadrinho e uma publicidade.


   TEXTO 1




                                                 31
A NAMORADA


Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
                      BARROS, Manoel. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro: Record, 2001 .



Manoel de Barros, que nasceu em Corumbá, Mato Grosso, viveu numa fazenda quando
criança, ―cresceu brincando no terreiro em frente à casa, pé no chão, entre os currais e as
coisas "desimportantes" que marcariam sua obra para sempre.‖ Estudou no Rio de Janeiro,
escreveu seu primeiro poema aos dezenove anos e hoje é reconhecido nacional e
internacionalmente como um dos poetas mais originais do século e mais importantes do
Brasil. Atualmente vive em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.


1. Destaque do texto 1 uma palavra ou expressão que nos revela que o poeta não é uma
   pessoa jovem.


2. O pai dela era uma onça significa que:
(A) ele era muito bravo.
(B) ele gostava de florestas.
(C) ele gostava de caçar.
(D) ele construiu um muro alto.


2. Como o poeta mandava recados para a namorada? Essa maneira de se comunicar
   sempre dava certo? Por quê?


3. O que significa tempo do onça?


TEXTO 2



                                                32
EVENTO


    TROCA DE LIVROS. Sabe aquele livro que você já leu várias vezes e está paradão lá na
estante, esperando alguém que dê atenção a ele de novo? Que tal trocá-lo por outro – e,
assim, ganhar outra história para ler e se divertir? Pois até dia 30, o Museu da Limpeza
Urbana – Casa de Banho D. João VI está promovendo um troca-troca literário imperdível.
Para começar a ler lá mesmo, o museu oferece a sua biblioteca, num cantinho todo especial.
O endereço do museu é Praia do Caju 385, e a biblioteca está aberta de terça a sexta-feira,
sempre das 9 h às 16 h.


                                                         GLOBINHO. Sábado, 21 de março de 2009.




4. Podemos dizer que o texto 2 tem a finalidade de:
(A) emocionar.
(B) defender um ponto de vista.
(C) Informar.
(D) vender um produto.


5. O que significa no texto troca-troca literário?


    TEXTO 3




Folha de S.Paulo, 24 set.2005. In KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda M. Ler e compreender os sentidos do texto.
São Paulo: Contexto.




                                                  33
6. O texto 3 usa a linguagem verbal (palavras) e a linguagem não verbal (imagens) para
   passar uma mensagem. A expressão do pai indica que ele ficou:
   (A) alegre
   (B) aterrorizado.
   (C) zangado.
   (D) cansado.


   Professor, para ampliar o trabalho com essas atividades, sugerimos destacar a denotação, a
conotação e a polissemia tão presentes na linguagem poética e da publicidade.


Diferentes habilidades foram enfocadas nessas atividades.


      Localizar informações explícitas em um texto.
      Inferir o sentido denotativo ou conotativo de uma palavra no texto.
      Localizar informações explícitas em um texto.
      Inferir o sentido denotativo ou conotativo de uma palavra no texto.
      Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.
      Interpretar/ analisar os efeitos de sentido com auxílio de material gráfico diverso.
      Interpretar/ analisar os efeitos de sentido com auxílio de material gráfico diverso.
       Comparar paráfrases / paródia, avaliando sua maior ou menor fidelidade ao texto original
       e identificando os efeitos de humor e/ou ironia.
      Relacionar à articulação e aos mecanismos textuais.




TEXTO 4




                                                34
7. Este texto é uma receita de bolo. Como em todos os textos deste gênero, aqui é apresentada
uma:
a) descrição detalhada da aparência do bolo.
b) explicação gradual e progressiva das etapas a seguir.
c) narrativa de um fato ocorrido quando alguém preparou o bolo.
8. Examine as orações cujos verbos estão sublinhados na segunda parte da receita (Como
fazer) e diga se cada uma delas é:
I. oração coordenada assindética
II. oração coordenada sindética aditiva
III. oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo
13. Agora diga se o período "Bata no liquidificador o requeijão, o presunto e a salsa e reserve" é:
a) simples;
b) composto por coordenação;
c) composto por subordinação;
d) composto por coordenação e subordinação.




                                                35
9. Veja a tirinha abaixo e responda as questões a seguir.




a) O que chama a atenção de Mafalda no primeiro quadro?
b) Conforme vestimentas do homem, vocês podem inferir a profissão dele?
c) O que acontece no segundo quadro?
d) No terceiro quadro é possível confirmar ou refutar a hipótese acerca da profissão do homem?
O que lhes possibilitou isso?
e) Por meio da expressão fisionômica de Mafalda, verifica-se que ela ficou triste depois de seguir
o homem e ver o que ele fez. Expliquem o motivo da tristeza.
f) É possível verificar uma crítica na tira? Se sim a quem ela é dirigida? Comentem.
g) A tira provoca humor? Comentem sua sensação ao ler o texto.
h) A linguagem visual esteve presente em todos os quadrinhos. Entretanto, em um,
especialmente, ela teve maior relevância para o sentido. Em qual quadro foi? Expliquem o
porquê.
i) Nesse sentido, o que podemos falar sobre as linguagens visual e não visual na composição da
tirinha?


10. Texto para as questões abaixo.




                                               36
a) No primeiro quadrinho, o homem afirma que irá morrer no deserto. Discutam: por que é
possível morrermos em um deserto?
b) Podemos afirmar que o homem é cristão? Mesmo que minimamente, ele tem fé em algum
segmento religioso?
c) Como vocês podem confirmar a resposta anterior, ou seja, o que os levou a essa conclusão?
d) Conforme conhecimento de mundo, por que o autor utilizou o urubu no segundo quadrinho ao
invés, por exemplo, de uma cobra?
e) Expliquem o humor da tira.
f) Na opinião de vocês, qual tipo de linguagem (visual ou não visual) teve maior relevância à tira?
Para isso pensem: será que a tirinha poderia ser apenas oralizada sem nenhum problema de
entendimento? Expliquem.


11. Tirinha para às questões a seguir.




a) Nesta t ira, há intertexto? Se sim , identifique-o.
b) Dois contextos sócio históricos distintos são confrontados na tira. Identifique-os e comentem o
porquê da escolha do autor para a produção dessa tira.
c) Por que o número 7: ―7 mensagens de bom dia, 7 de boa tarde, 7 de boa noite‖?
12. Observe a tirinha abaixo e responda as questões abaixo.




                                                  37
a) Qual o tipo de linguagem desta tira?
b) A escolha de apenas um tipo de linguagem influenciou a leitura da tira (pensar em velocidade,
compreensão, etc)? Comentem.
c) Mobilizando o conhecimento de mundo de vocês, a abóbora, da maneira como se apresenta
na tira, relaciona-se a qual acontecimento sócio histórico? Expliquem o que lhes possibilitou
chegar a essa conclusão.
d) Vocês conseguem perceber ―movimento‖ na tira? Para isso, reparem na sucessão dos
quadrinhos.
e) Infiram por que Garfield, no último quadrinho, aparece sorrindo.


13. Responda:
a) O que é dengue?
b) Quem transmite a dengue?
c) O que fazer para evitar a dengue?
d) Explique o que você observou na ilustração.
Ela combina com a frase ―Dê um tiro mortal na
dengue.‖? Por quê?
e) No ―telefone‖ podemos observar uma cruz em
cor mais escura, que pode ser de cor vermelha
nos cartazes coloridos. Essa cruz está ligada à
ideia de saúde. Onde mais podemos ver esse
símbolo desenhado?
f) Na sua opinião, onde podemos ver um texto
como esse? Para quem ele foi escrito?




                                               38

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  • 1. ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA SUGESTÃO DE ATIVIDADES PARA SEMANA DIAGNÓSTICA LÍNGUA PORTUGUESA 6º AO 9º ANO MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO BARBOSA NEIVA ANTUNES PINHEIRO AÇAILÂNDIA – 2012 1
  • 2. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS – LÍNGUA PORTUGUESA 6º AO 9º ANO. Pode-se afirmar que, na nossa área, as diferentes concepções de linguagem são fruto das distintas posições e discussões de filósofos, linguistas, semiologistas, antropologistas e teóricos do conhecimento. Geraldi (2003) ao discutir as questões sobre o ensino de língua nas escolas esclarece que falar sobre linguagem é fundamental no desenvolvimento do sujeito e ―que ela é condição sine qu non na apreensão de conceitos que permitem aos sujeitos compreender o mundo e nele agir...‖, explicitando a importância de pensar o ensino de língua portuguesa à luz da linguagem e pensá-lo como processo interlocutivo. Ingedore Koch (2002) propõe a língua como lugar de interação em que o sujeito tem um papel ativo nessa atividade, e que o texto é o lugar/ o meio em que a interação é realizada e, a partir das suas pistas linguísticas, os sentidos serão depreendidos. Pode- se afirmar que o texto é um atividade de interação comunicativa, ―um fenômeno cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e de acordo com os falantes‖1 (Marcuschi, cf. A Produção de Textos no ENEM:2007) Considerando tais concepções pensa-se no desenvolvimento das aulas de língua portuguesa que instaura os indivíduos como sujeitos sociais, que não são prontos, mas que se (re) constroem discursivamente. Por essa razão, a escola deve ampliar o domínio linguístico do aluno, para que ele seja capaz de participar ativamente da sociedade em que está inserido. De acordo com SILVA2 (cf. A Produção de Textos no ENEM; Desafios e Conquistas): Privilegiar a interação é, pois, reconhecer a diversidade textual que se manifesta na sociedade e confrontar as diferentes formas textuais no tocante à organização, finalidades, dificuldades e facilidades de produção. É, enfim, compreender e considerar as etapas de processamento e realização que as envolve. Para os objetivos que temos na elaboração das fichas de atividades que compõem este Caderno de Apoio Pedagógico, apresentamos ao/ à professor/a alguns procedimentos que consideramos fundamentais para a abordagem textual em cada aula de língua portuguesa. Sabemos que muitos dos procedimentos já são adotados pelos colegas. Entretanto, nosso objetivo é afirmar, reiterar que: ____________________________________________________________________ 1 MARCUSCHI, L. ª ―Gêneros textuais: definição e funcionalidade‖ in. DIONÍSIO, Â. ET AL. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. 2 SILVA, Williany Miranda da. O gênero textual no espaço didático. Recife: Dissertação de Doutorado, UFP, 2003. GERALDI, J.W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2003. 2
  • 3. 1. A aula deve estar planejada em torno de textos ininterrupta e continuamente. 2. Deve-se priorizar o uso da diversidade de gêneros textuais e diferentes tipologias, para que o aluno compreenda as variedades de situações comunicativas que um texto, oral ou escrito, verbal ou não verbal possa estar representando. Com isto, a escola atingirá um dos aspectos importantes no currículo de Língua Portuguesa: FORMAR um aluno reflexivo, crítico, criativo e transformador, tornando-o capaz, como dito anteriormente, de participar ativamente na sociedade em que está inserido. 3. Deve-se conscientizar o estudante do uso social da leitura e da escrita, desenvolvendo suas práticas leitoras nas diferentes situações de comunicação em que pode estar inserido. Sabe-se que estas situações são simuladas em sala de aula. Entretanto, quanto mais próximas estiverem da realidade de uso da língua, mais profícuas serão as discussões relativas aos recursos linguísticos pertinentes aos diferentes gêneros. 4. Quanto aos procedimentos de leitura mais adequados nesta concepção para a abordagem de um texto em aula de língua, considera-se fundamental o levantamento de hipóteses a partir, por exemplo, do título do texto ou do gênero apresentado. 5. Deve-se proceder à leitura de reconhecimento do texto, que pode ser individual, coletiva, em voz alta, em voz baixa, em duplas. 6. Cabe ao professor, fora as questões de compreensão do texto que, em geral, são propostas nas aulas levantar, também, hipóteses de leituras. Essas hipóteses devem estar ―calcadas‖ nos elementos linguísticos utilizados pelo produtor do texto na elaboração de seu projeto de dizer. Por exemplo: qual o efeito de sentidos do uso do adjetivo na caracterização de um personagem? 7. Cabe, também, em uma sequência narrativa, identificar as características do personagem principal, a identificação do antagonista, caso haja. O que os diferencia, o que os caracteriza, de que forma seu comportamento contribui para o(s) conflito(s) que gera(m) as ações narrativas. Esses procedimentos devem se constituir nas abordagens de estudos do texto. 8. O estudo do texto deve ser ampliado, propiciando a análise comparativa de diferentes textos, quer em paródias, quer em abordagens temáticas diferenciadas (opiniões divergentes, por exemplo). 9. É fundamental que seja explorada a estrutura do gênero em estudo, o que permitirá ao estudante, em fase de aquisição da língua escrita, entender o que diferencia uma lenda de um conto de fadas, apesar de ambos os gêneros pertencerem ao tipo de texto narrativo. 3
  • 4. 10. As propostas de produção de textos devem estar associadas aos gêneros estudados. Isto significa dizer que é importante trabalhar com os modelos textuais para o domínio de suas estruturas. 11. Recomenda-se que haja sempre uma progressão das atividades em aula, concebendo a prática discursiva da oralidade, da leitura, da compreensão do que está sendo lido em nível microtextual - em nível da frase, da oração, do período e do parágrafo, estabelecendo as relações de sentido – e em nível macrotextual - que revela o texto a pertencer a um determinado gênero. 12. Por fim, a prática discursiva da escrita, que deve passar, necessariamente, pela escrita— reescrita do texto, incluindo a avaliação crítica do texto não só pelo professor, mas também pelos colegas de classe. 13. A escrita do aluno deve ser também objeto de estudo na aula de língua materna. Cabe aos professores analisar os ―erros‖ existentes, para conscientizar o estudante, tanto ortográfica quanto textualmente do que pode ser modificado em sua escrita, assim como acontece conosco, mesmo sendo produtores de textos proficientes, quando escrevemos. 14. O ensino da gramática deve estar contextualizado às abordagens textuais realizadas. Este ensino não pode priorizar o prescritivo. Deve estar voltado para o uso e o efeito de sentidos desse uso. A partir do que apresentamos nestas Orientações Pedagógicas, a equipe de Língua Portuguesa preparou um elenco de atividades para cada ano de escolarização que visa a enriquecer o acervo de exercícios e atividades que cada professor utiliza. Tratam-se de atividades que apresentam questões fechadas (múltipla escolha) e questões abertas (discursivas) com indicações das habilidades que estão sendo priorizadas nas questões elaboradas. Há também um conjunto de observações que indicam como explorar mais os textos apresentados. Relacione as atividades apresentadas neste Caderno de Apoio Pedagógico às Orientações Curriculares em que várias sugestões de atividades e meios pedagógicos são indicadas. Cabe, ainda, alertar ao colega que, embora tenhamos dividido por anos de escolarização, as atividades podem ser abordadas indistintamente nos referidos anos, visto que o que diferencia a atividade em Língua Portuguesa é a complexidade da abordagem textual realizada e o aprofundamento dos níveis de leitura possíveis no texto, levando o aluno à autonomia leitora. Texto readaptado de acordo com as legislações exigidas (PCN, LDB e Proposta Curricular) no ensino básico. 4
  • 5. 6º ANO Texto I Você vai ler uma fábula. A lebre e a tartaruga, de Esopo A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga. – Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga. A lebre caiu na gargalhada. – Uma corrida? Eu e você? Essa é boa! – Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga. – É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre. No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca. "Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou. A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta. Quando dizia que era o animal mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga... Moral da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente. http://www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htm Agora, responda: 1. Neste texto vários animais estão envolvidos na realização de uma corrida. Eles são personagens da história. Quem são eles? 2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa? 3. ―É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.‖ O que será que a lebre quis dizer com isso? 4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta? 5. Como você entendeu a moral da história? ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS Professor, utilize essa fábula para propor questões que possam antecipar a leitura. Mostre a importância do título, que pode revelar o assunto do texto. Deixe que os alunos se expressem, façam previsões, ativando seu conhecimento de mundo. Antes que os alunos leiam a fábula, você pode fazer uma leitura interrompida para que eles construam hipóteses, que no decorrer da leitura serão confirmadas ou rejeitadas, possibilitando o diálogo com o texto. O movimento seria esse: antes de entregar o texto aos alunos, ler parte dele, para que antecipem informações; avançar mais um trecho para verificar e confirmar – ou não - as hipóteses; avançar mais um trecho e continuar esse movimento até o final da leitura. A partir da fábula lida, peça que os alunos deem algumas características desse gênero textual (uma narrativa alegórica em prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais, que conclui com uma lição moral). 5
  • 6. Faça comentários sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença dos personagens animais, ressaltando que eles falam e pensam como seres humanos. Você pode também discutir com os alunos a moral da história, resgatando valores, buscando a reflexão sobre a atitude da lebre e a postura adotada pela tartaruga. Habilidades: Identificar a estrutura textual de gêneros do tipo narrativo, identificando os personagens (protagonista/antagonista). Localizar informações explícitas no texto. Agora vamos ler outra história. Dessa vez quem conta a história é a avó da Chapeuzinho Vermelho. Vamos ver a versão dela para os acontecimentos... Texto II CHAPEUZINHO VERMELHO NA VERSÃO DA VOVÓ Bom, o lobo cuidava muito bem da floresta e tentava mantê-la sempre limpa, mas tão limpa, a ponto de não querer que ninguém passasse por lá. A minha netinha a Chapeuzinho Vermelho era uma criança muito malcriada, e sempre que vinha para minha casa, não seguia as recomendações de sua mãe, que pedia pra ela não vir pela estrada da floresta, mas sim pela estrada do rio. Chapeuzinho Vermelho nem ligava para os conselhos da mãe, teimava e vinha, dizia não ter medo do Lobo. Em certo dia, ele estava lá, tranquilo, quando ela passa cantarolando. O Lobo, que não gostava de ver pessoas transitando por lá, chamou-a: − Hei! O que queres aqui? − perguntou o lobo. − Vou para a casa da minha avó, seu lobo bobão! − Olha o respeito menina! Tu bem sabes que não quero ninguém em minha floresta, por que não foste pela estrada do rio? − Porque quis vir por aqui, e quer saber? Saia da minha frente. E saiba que só não lhe dou com esta cesta na cabeça porque estou levando doces para a vovozinha − finalizou Chapeuzinho toda espevitada. Chapeuzinho saiu cantando para debochar do lobo. Ele, já bastante irritado, resolveu dar uma lição naquela menina malcriada, pegou um atalho, e veio até minha casa. Chegando aqui, conversamos sobre Chapeuzinho Vermelho e concordei em dar-lhe uma lição. Fiquei escondida debaixo da cama enquanto o lobo vestiu meu vestido e se deitou. Minutos depois, escutamos batidas na porta. Não batidas delicadas, batidas de menina encrenqueira. Era Chapeuzinho: − Toc, toc, toc, abre logo essa porta, coroa! − disse Chapeuzinho, com seu linguajar moderno. − Entre minha netinha, é só empurrar! − disse o Lobo disfarçando a voz. Ela entrou, jogou a cesta em cima da mesa e jogou-se na cama, resmungando: − Credo Vovó! Não sei como a senhora aguenta morar dentro do mato! È tudo tão longe... O lobo rosnou de raiva, e Chapeuzinho notou algo diferente: − O que foi vovó? Sua voz está estranha! − É que peguei um resfriado minha netinha. − Ah! Sim! Mas a senhora está toda esquisita. Olha como os seus olhos estão grandes! − É pra te ver melhor minha netinha! − E esse nariz enorme? Vai dizer que é pra me cheirar melhor? − ironizou a menina. O Lobo já estava super irritado, mas conteve-se: − Não minha netinha, é por causa da gripe, eu assuo muito o nariz, sabe? 6
  • 7. − AH!... Mas e essa boca enorme, com estes dentes maiores ainda? Sem contar com o mau hálito. − disse Chapeuzinho tapando o nariz. O Lobo não aguentou mais: − Quer saber mesmo? − Quero. −Mesmo, mesmo? − Fala vovó. − É pra te comer! Então, o desmiolado do Lobo começou a correr atrás de Chapeuzinho, que gritava escandalosamente na frente. Eu saí debaixo da cama o mais depressa possível, mas meu pé engatou na colcha de renda, fazendo com que eu caísse por cima do Lobo, que, sem sorte, engatou as unhas na colcha fazendo aquela confusão. Neste momento, o lenhador apareceu na porta e Chapeuzinho Vermelho começou a gritar que o Lobo estava me atacando. O lenhador deu uma paulada que pegou na cabeça do Lobo (para minha sorte). Fazendo com que o Lobo, de imediato, pulasse direto para a janela, indo embora gritando e correndo. E eu só aceitei essa história de Lobo Mau, por que ele rasgou o meu vestido favorito, mas, estou arrependida. O coitadinho é inocente e além de tudo, é vegetariano. www.artigos.com 1. Do ponto de vista da vovó, como era Chapeuzinho? E o Lobo? 2. No trecho ―abre logo essa porta, coroa!―, expressão ―coroa‖ pode ser substituída por outra mais carinhosa sem que a frase perca o sentido. Que outra expressão você utilizaria? 3. No final do texto a vovó diz que o lobo é vegetariano. Isso ajuda a provar a inocência do lobo. Por quê? SUGESTÃO METODOLÓGICA Professor, é importante para a formação de qualquer criança ouvir histórias. Escutá-las é o início da aprendizagem E agora? Os dois textos para ser um bom leitor, tendo um caminho absolutamente infinito contam a mesma história. de descobertas e de compreensão do mundo. Será que o lobo é culpado como aponta o primeiro A partir do conto lido, peça que os alunos observem texto? Será que ele é algumas características desse gênero textual. Faça comentários inocente como diz a vovó no segundo texto? Imagine sobre a estrutura do texto e a caracterização dos personagens quando o lobo der a sua versão dos fatos... Após a leitura do texto II, faça uma comparação entre os dois textos para que eles percebam que uma mesma história pode ser contada pontos de vista diferentes. Se quiser, pode trabalhar com eles uma versão sob o ponto de vista do lobo mau. TEXTO III A Versão Do Lobo Mau, (Rick Renan E Dannaner) Garota enfeitiçada por um brilho de paixão 7
  • 8. Não dobre aquela esquina sem ouvir seu coração Eu tenho pra contar-lhe um segredo sem igual História tem dois lados e eu ouvi o Lobo Mau É a versão do Lobo Mau Yeah É a versão do Lobo Mau O que a chapeuzinho fazia na floresta? Porque a vovozinha vivia tão sozinha? E essa tal madrasta fazia tanta festa Por que os anõezinhos viviam tão juntinhos? E eu ouvi o Lobo Mau Por que a Cinderela queria um castelo? Enquanto os três porquinhos faziam os seus ninhos O príncipe herdeiro não era assim tão belo Clarinha como a neve... derrete quando ferve E eu ouvi o Lobo Mau www.letras.terra.com.br SUGESTÃO: Faça com seus alunos a leitura da letra da música (texto 3). Leve-os a perceber que mesmo com uma estrutura diferente a letra fala sobre o mesmo assunto e ainda amplia este universo citando outros contos de fadas. Pergunte se eles já conhecem esses outros contos. Se não leram, que tal proporcionar a eles essa oportunidade? Habilidades: Localizar informações explícitas. Identificar personagens, protagonista e antagonista, o espaço conflito gerador. 8
  • 9. TEXTO IV Maria-vai-com-as-outras Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também. Um dia, todas as ovelhas foram para o Polo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras. Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também. - Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf! Maria ia sempre com as outras. Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló. Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror! Foi quando de repente, Maria pensou: ―Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?‖ Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam. Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as ovelhas pularam. Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé! E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu uma feijoada. Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé. Sylvia Orthof QUESTÕES SOBRE O TEXTO: 1 - Quem é o autor do texto? 2- Pode-se dizer sobre a personagem principal que. (A) Ela sabe exatamente o que quer fazer. (B) Ela sempre tem ideias maravilhosas. (C) Costuma agir pela opinião dos outros. (D) Não faz nada que lhe mandam. 3- Maria ficou resfriada: Quando? (A) Quando resolveu contar uma história. (B) Quando resolveu comer uma feijoada. (C) Quando seguiu as ovelhas para o Polo Sul. 9
  • 10. (D) Foi para o deserto. 4- Quantas vezes Maria, segundo o texto, adoeceu? (A) Uma vez. (B) Quatro vezes. (C) Duas vezes. (D) Três vezes. 5- Quando Maria tomou consciência de que imitava as outras ovelhas? (A) Quando foi para o deserto. (B) Quando teve que comer jiló. (C) Quando as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. (D) Quando foi para o Polo Sul. 6- Como você explica a última frase do texto - Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.-? (A) A ovelha Maria vai pular do Corcovado. (B) A ovelha Maria agora só faz o que deseja. (C) A ovelha Maria sempre seguirá os passos de outras ovelhas. (D) A ovelha Maria vai para o Polo Sul. Como surgiu a expressão ―Maria-vai-com-as-outras"? Origem: Dona Maria I, mãe de Dom João VI (avó de Dom Pedro I e bisavó de Dom Pedro II), enlouqueceu de um dia para o outro. Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono. Passou a viver recolhida e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo, costumava comentar; ―Lá vai Dona Maria com as outras‖. (Yahoo! respostas) SUGESTÃO METODOLÓGICA Professor, trabalhe com os alunos as ideias que possam surgir a partir do título, como um elemento de antecipação do que a história pode conter. Após isso, comece a ler a história interrompendo-a em determinados trechos e solicitando que as crianças levantem hipóteses do que irá acontecer em seguida. Releia o texto de forma contínua, resgatando o ―todo‖ da narrativa, confirmando ou não as hipóteses levantadas pelos alunos. Faça comentários sobre a estrutura do texto e peça que os alunos observem a presença do narrador, a sequência dos fatos e os personagens que vivenciam os fatos. Resgatando o conteúdo do trecho lido, faça com que seus alunos compreendam a relação de causa (frio) e consequência (ovelhas ficarem gripadas). Destaque o quanto seguir as outras ovelhas implicava, às vezes, escolhas ruins para Maria. Aponte as marcas do texto que indicam 10
  • 11. a transformação interna de Maria em relação a suas escolhas. Esse aspecto é importante, pois uma narrativa deve apresentar um problema (Maria não consegue ser diferente das outras ovelhas) e uma transformação. Mostre o desfecho da história e a resolução do problema. Após a leitura do texto 4, discuta com seus alunos a origem sentido da expressão ―Maria- vai-com-as outras‖. TEXTO V A aposta Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus carregando uma cesta. O cobrador ouviu um barulho e perguntou-lhe: - A senhora está levando uma galinha na cesta? Amélia pensou, pensou e respondeu: - Hum... Galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta. O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta: - Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de graça. - Muito bem! – disse o cobrador confiante. – Concordo! Amélia, então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista bem vermelhinha cantou satisfeito: - Cocorocó!... - Viu só? Eu não disse que não era galinha?! O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça. Adaptação de conto popular – Luciana M.M. Passos. Que velhinha esperta!!! Conseguiu viajar de graça... Você entendeu como ela fez para conseguir isso? Então responda: 1) Onde se passa a história? 2) Você acha que a velhinha mentiu para o trocador? O que levou você a pensar assim? 3) Como foi solucionada a situação? 4) Por que você acha que o trocador riu? Professor, procure trabalhar as marcas do discurso direto (travessão, dois-pontos). TEXTO VI Transporte de animais em ônibus urbanos Conforme o Manual de Normas e Condutas da SMTT o transporte de pequenos animais em coletivos (ônibus) é permitida desde que o animal seja acondicionado em gaiolas ou caixas de transporte adequadas e capazes de manter o animal preso. O animal não deve causar desconforto ou risco aos demais passageiros. 11
  • 12. Caso alguém tenha problemas entrar com contato com o Sr. Silvio Marcelo – Diretor Operacional de Transportes da SMTT no tel. 3315-4317 In//www.neafa.org.br 5) Qual a função do texto 5? 6) A quem está dirigido o texto 6? Habilidades: Localizar informações explícitas e implícitas em um texto. Identificar personagens, conflito gerador. Identificar os efeitos de sentido consequentes do uso da onomatopeia. 7º) Você vai ler o poema de uma aluna da Escola Municipal Ivete Santana de Aguiar do distrito do Frade, Macaé. Ela foi a vencedora da categoria ―poesia‖ da terceira edição do Prêmio Escrevendo o Futuro em 2006. O mundo dentro da represa do Frade Carla Marinho Xavier Faz onda para escapar A represa é presa Fugindo para outro lugar. Presa com água Sobre a estreita ponte E feita de pedra, pesada O danado do vento Com mil toneladas de água. Vem assustar a gente Lá embaixo os peixes: Com seu sopro violento. Cascudo, cará, carapeba As árvores nas beiras Brincam de esconde-esconde Se seguram na areia Se entocando nas pedras. Temerosas Desce a correnteza, correndo Não querem ser levadas Descansa na represa Pela força da correnteza. E cai pelo caidor Da minha janela vejo esse mundo: Fazendo cócegas nas pedras. Um mundo dentro do outro A água de baixo Preso nas muralhas da represa. Temendo a água de cima In ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. São Paulo: Cenpec: Fundação Itaú Social; Brasília, DF: MEC, 2008. O que você entendeu do poema? 1. Segundo o texto, que peixes brincam de esconde-esconde? 2. Retire da penúltima estrofe um trecho em que há reações que não são próprias das árvores. 12
  • 13. 3. O texto revela onde a menina-poeta mora? O que levou você a pensar isso? Texto VII Uma das poucas e principais ruas do Morro da Conceição, a Rua do Jogo da Bola (este poético nome da rua permanece desde os tempos da colônia onde, de fato, havia um jogo da bocha) é uma rua pequena e estreita, onde só passa um carro de cada vez, o que amplia ainda mais, a meu ver, a vocação para a civilidade e urbanidade do lugar; pois alguém terá sempre que ceder a vez ao outro carro que vem em sentido contrário. É uma rua espremida entre a igreja e a fortaleza. Um lugar de poucos acessos e que, na maior parte das vezes, para chegar lá em cima tem que passar necessariamente pelas guaritas do Exército (na Fortaleza da Conceição) sempre de vigilância no lugar, o que confere e amplia a sensação de segurança que se tem em todo o Morro. * bocha – jogo em que cada parceiro com três bolas de madeira as atira a certa distância tentando aproximá-las tanto quanto possível de outra pequena denominada chico. http://www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc158/mc158.asp No texto VI, brinca-se com o sentido das palavras. Você notou como a linguagem do texto VII é diferente? 1. O que deu origem ao nome da rua? 2. ―Era uma rua pequena e estreita.‖ A palavra destacada expressa uma ideia semelhante a de uma palavra do segundo parágrafo. Que palavra é essa? 3. Do comentário sobre a Rua do Jogo da Bola, qual é impressão que fica do local? SUGESTÃO METDOLÓGICA Professor, você pode conversar com seus alunos a respeito de alguns aspectos importantes dos poemas em geral. Destacar o formato do poema, a rima, a sonoridade, o ritmo, o uso da conotação e de imagens. Para isso, você pode apresentar aos alunos diversos poemas, inclusive os da literatura de cordel. Da mesma forma, pode comentar sobre o texto informativo comparando sua linguagem com a linguagem poética e identificando a finalidade de um gênero e de outro. Ampliando o trabalho com esses gêneros textuais, pode-se pedir aos alunos a produção de um texto, em prosa ou verso, sobre o lugar onde moram. Habilidades: Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais. 13
  • 14. TEXTO VIII TEXTO IX TEXTO X 14
  • 15. TEXTO XI Seu corpo está mudando e você... …se sente um tanto desajeitado? …vive se olhando no espelho para conferir as novidades? …se exibe o tempo todo? …detesta que os outros façam comentários sobre seu corpo? …acha o máximo o que está acontecendo? …sente muito sono? …o tempo todo fica comparando com os outros? 1. Qual o tema do texto? 2. Que mudanças estão acontecendo com o garoto? 3. Qual diferença de tratamento o garoto percebe em sua mãe? 4. Que ideias pode expressar o diminutivo em ―Juninho‖? 5. A expressão do garoto demonstra que sentimento em relação à mudança da mãe? 6. O que revela a expressão do lobisomem? 7. Qual o efeito provocado pelo uso de caixa alta e negrito na expressão “Nada a ver”? 8. Por que são usadas as reticências no texto? 9. Observe o uso do termo grifado em ―Eu não te aguento mais!‖ Como ele contribui para o sentido da ilustração? TEXTO XII O que é adolescência? Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. Adolescência, uma etapa maravilhosa da vida, que muitos insistem em chamar de ―aborrescência‖. O começo de um despertar para um mundo novo, onde posso ser ator/atriz principal de minha vida, e por consequência adquirir a capacidade de poder mudar meu país. Ainda bem que eu encontrei meu espaço, ou melhor, lutei por ele, espaço esse em que posso participar. Geralmente nunca nos deixam participar e com isso aquela vontade natural de mudar o mundo é esquecida, ou melhor, dá lugar a um conformismo ou será inconformismo? E aí aquela ânsia de transformar muitas vezes é trocada pela única forma que encontramos de deixar a nossa marca (depredando orelhões, pichando etc) no mundo. Não podemos decidir sobre nossa vida, mas a vida acaba decidindo pela gente: Quando será a primeira vez? Já rolô! Usar camisinha? Não sei! Ih, não tenho agora! Conversar ou não com os pais? Ah, eles não me 15
  • 16. entendem e nem vão me escutar mesmo. Participando a gente pode mudar isso, acredito em mim e em todos os adolescentes que têm essa vontade de mudar e criar um mundo melhor, com a nossa cara (...). Quantos somos? No mundo todo, hoje se estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja, quase 20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes*, 21,84% da população total do país. Como somos no Brasil? 1,1 milhão de analfabetos/as. 76,5% desses analfabetos/as se encontram no nordeste. 2,7 milhões de 07 a 14 anos estão fora da escola (10% da faixa etária). 4,6 milhões de 10 a 17 anos estudam e trabalham. 2,7 milhões de 10 a 17 anos só trabalham. Desses dois grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas semanais. http://www.adolescencia.org.br/portal_2005/secoes/saiba/saiba_mais_nos.asp?secao=saiba&tema=nos 10. O texto 12 tem uma visão positiva ou negativa da adolescência? 11. O que significa “ser ator/atriz principal” da própria vida? 12 . A que se refere o termo grifado em: “Participando a gente pode mudar isso...”? 13. Pelas marcas linguísticas do texto, você pode perceber quem é o locutor? Explique. 14. O texto se dirige a quem? Como você pode perceber isso? 15. Converse com seus colegas sobre os dados referentes aos adolescentes brasileiros. brigar ou namorar TEXTO XIII Insegurança Máxima passear ou estudar, Ser ou não ser, aceitar ou protestar, ter ou não ter afinar ou encarar comer ou não comer, as grandes dúvidas beber ou não beber, desta vida: viajar ou não viajar, Será que eu o que eu sou? beijar ou não beijar, Será que eu sei o que eu quero? vestir ou não vestir, Será que eu sei o que eu sinto? sair ou não sair, Será que essa cuca confusa amar ou odiar, cheia de issos ou aquilos... Será... dormir ou acordar Será que isso sou eu? TELLES, Carlos de Queiroz. Sementes de Sol. São Paulo: Moderna, 1992. Adaptado de CEREJA, William Roberto e COCHAR, Thereza. Português linguagens. Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. 16
  • 17. 16. Qual o tema do texto 13? 17. No texto há a repetição de uma estrutura. Qual é essa estrutura? Que efeito essa repetição provoca? 18. As palavras ―issos‖ e ―aquilos‖ foram criadas neste poema. Como elas contribuem para o sentido do texto? 19. Podemos dizer que esse texto se relaciona com os anteriores? Como? 7º ANO TEXTO I Por que criança não pode trabalhar? Criança não pode trabalhar por um motivo simples: porque ela está muito ocupada sendo criança. Ser criança é ter a liberdade de fazer uma porção de coisas: ir à escola, brincar, ler, praticar esportes, conviver com outras crianças. Ser criança é ser livre para inventar brincadeiras, fazer descobertas e, aos pouquinhos, aprender a ler o mundo. Quando uma criança trabalha, não sobra tempo para brincar e estudar. As crianças que trabalham, em vez de papel e lápis, usam enxadas e pás. Em vez de conviver com outras crianças na sala de aula, elas passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa em lavouras, em carvoarias, em lares de estranhos, em lixões e nas ruas. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz com todas as letras: abaixo dos 16 anos é proibido trabalhar. Mas estar escrito na lei não é suficiente. É preciso que os governos, as famílias e as empresas estejam atentos e prontos a ajudar as crianças que trabalham, tirando-as dessas atividades, garantindo que elas possam estudar e ajudando suas famílias a acolhê-las com dignidade e carinho. Helio Mattar. Folhinha. In: Folha de S. Paulo, 02/03/2002. TEXTO II 17
  • 18. TEXTO III 1.Qual a ideia principal do texto 1? 2. Essa ideia principal é defendida com argumentos que tentam convencer o leitor. Cite um. 3. No trecho abaixo, substitua a expressão grifada por outra, mantendo o sentido do texto. ―Em vez de conviver com outras crianças na sala de aula, elas passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa em lavouras, em carvoarias, em lares de estranhos, em lixões e nas ruas.‖ 4. Qual o significado da expressão grifada em ―Ser criança é ser livre para inventar brincadeiras, fazer descobertas e, aos pouquinhos, aprender a ler o mundo.‖? 5. Explique a expressão facial do menino no texto 2. 6. Que ideia do texto 1 é reforçada pelo texto 2? 7. O texto 3 é uma propaganda. A quem ele se dirige? 8. Qual a finalidade do texto 3? 9. Relacione a imagem do cartaz ao texto verbal. 10. Após ler os três textos, escreva a ideia comum aos três. 11. Reúna-se em grupo com seus colegas e elabore um slogan contra o trabalho infantil. TEXTO IV Você sabe o que é um slogan? ―Um slogan ou frase de efeito é uma frase de fácil memorização usada em contexto político, religioso ou comercial como uma expressão repetitiva de uma ideia ou propósito. Muitas vezes é usado por empresas.‖ http://pt.wikipedia.org/wiki/Slogan SUGESTÃO METODOLÓGICA Professor (a), Nestas atividades você pode trabalhar o mesmo tema em gêneros textuais diferentes. Embora o texto dissertativo/argumentativo seja priorizado nas orientações curriculares do Ensino Fundamental II (9º Ano) e Ensino Médio(3º Ano), ressaltamos a importância de que esteja presente ao longo da escolaridade. Comece discutindo o tema com seus alunos. O que eles já sabem sobre o trabalho infantil? Conhecem crianças/jovens que trabalham? Há algum aluno na turma que trabalhe? Por que será que crianças trabalham? Em que tipo de trabalho são 18
  • 19. empregadas crianças/jovens? Esse tema é muito atual e você pode ampliar a discussão utilizando-se do texto acima. Compare o tipo de trabalho nele exposto com os citados nos textos da ficha do aluno. No texto 1, trabalhe a ideia principal, bem como o argumento utilizado para defendê-la. Marque os elementos de coesão e discuta as ideias por eles expressas. A nomenclatura desses elementos não importa no momento, mas as relações semânticas estabelecidas, sim. Nos textos 2 e 3, explore o diálogo entre o texto visual e o não visual. Como o não visual ajuda na compreensão do verbal? Que ideia se repete nos três textos? A palavra-chave nesta atividade é comparação. Antes dos alunos partirem para a escrita, leve vários slogans e mostre como eles se constroem, qual a sua finalidade e a importância de, ao escrevê-los, não perder de vista o interlocutor. Alguns exemplos: ―Quem pede um, pede bis (Bis)‖; ―Abuse, use C&A (C&A)‖; ―Vale por um bifinho (Danoninho)‖; ―Fresquinho porque vende mais. Vende mais porque é fresquinho (Tostines)‖. TEXTO IV Piercings e tatuagens podem trazer desvantagens na hora da conquista por uma vaga, 05 de julho de 2007. SÃO PAULO - Moda, estilo, personalidade. Não importa o motivo, mas é fato que muitas pessoas aderiram ao uso de piercings e tatuagens. No mercado de trabalho, no entanto, os "acessórios" podem trazer algumas desvantagens na hora de procurar um emprego. De acordo com a consultora de RH do Grupo Catho, Gláucia Santos, isto acontece porque ainda existe uma ideia antiga de que o uso de piercings ou tatuagens está relacionado à marginalidade. Forma implícita Ainda de acordo com a consultora, existe uma discriminação no momento da entrevista, mas ela não é feita de maneira explícita. Isto significa que o selecionador não irá perguntar se a pessoa usa piercing ou tem tatuagem, mas se perceber, esse candidato perde pontos. "Ter um piercing ou uma tatuagem quebra um pouco da formalidade de algumas situações em que é preciso ser formal. Num primeiro contato, ainda pode parecer que a pessoa é pouco madura", explicou Gláucia. Áreas de atuação A consultora ainda disse que este tipo de discriminação acontece em áreas em que o profissional terá contato direto com o público. Neste caso, incluem-se a administrativa, comercial e de bancos. 19
  • 20. "Imagine alguém com algo muito chamativo, como um cabelo colorido. Se tem contato com o cliente, perde a seriedade, imagem que tem que passar não somente para os colegas de trabalho", disse Gláucia. Ela ainda explicou que existem profissões em que a aceitação do uso de piercings e tatuagens é mais flexível, como em comunicação e publicidade e propaganda, o que não acontece com os profissionais de direito e medicina. Depois de contratado Depois de contratado, a consultora diz que o uso da pintura e da joia já é mais aceito porque a pessoa já construiu uma imagem. No entanto, o melhor é perguntar a política de cada empresa sobre o assunto e, principalmente, ter bom senso! http://www.administradores.com.br/noticias TEXTO V Duda Oi meninas!!! Semana passada na aula de inglês; estávamos nos descrevendo fisicamente; ai o teacher começou a perguntar se nós tinhamos piercings e tatoos...teve uma colega minha que disse que ela odeia tatuagens, que acha horrível qm tem tatuagens no corpo. Nossa fiquei apavorada! Sei lá, talvez pq eu tenha...não sei! Será que as pessoas continuam tão preconceituosas qnto a isso? Bj TEXTO VII Cíntia O fato de não gostar não quer dizer que a pessoa é preconceituosa... Ela só não gosta de tatuagens! Eu acho lindo, vejo umas que me deixam de queixo caído de tão lindas, mas sei que em mim não ficariam bem, acho que não levo jeito para ter. Mas não quer dizer que não respeito as pessoas que fazem! 20
  • 21. TEXTO VIII Maya Sim, por incrível q pareça, em pleno século XXI, ainda existe preconceito quanto a isso. Minha sobrinha é crivada de piecing e tatoo, uma cabeça maravilhosa - melhor q a de muita gente com uma aparência impecável! É mais uma forma de se expressar, caramba! Bjos http://www.precisofalar.com.br/index.php/Temas-polemicos/8691-Tatuagens-e-preconceito.html 1. No texto 1 são expressas opiniões de quem? Marque no texto trechos que confirmem sua hipótese. 2. Segundo o texto 1, por que piercings e tatuagens podem trazer desvantagens na hora da conquista por um emprego? 3. Substitua o termo grifado no trecho do texto 1 abaixo transcrito, por outro de mesmo sentido. ―No mercado de trabalho, no entanto, os "acessórios" podem trazer algumas desvantagens na hora de procurar um emprego.‖ 4. Qual a ideia expressa pelo termo grifado? 5. Por que a palavra ―acessórios‖ vem entre aspas no texto 1? a) Com relação ao preconceito contra tatuagens e piercings, quais as opiniões expressas no texto 3? b) E no 4? c) Em que se diferenciam? d) Que palavras ou expressões caracterizam cada opinião? 6. No texto 2 você percebe algo de diferente no uso da nossa língua? Será que existem ―erros‖ no texto? 7. Qual a finalidade do texto 1? E do 5? 8. Por que um dos balões do quinto quadrinho é diferente? 9. Qual o efeito do uso deste balão no texto? 10. Qual a ideia do termo grifado em ―Mas, eu alertei...‖ 21
  • 22. TEXTO IX Professor (a), Nesta atividade, a habilidade de distinguir duas opiniões diferentes sobre o mesmo fato está em evidência. Antes da leitura, converse com os alunos sobre piercings e tatuagens. Quais as opiniões de sua turma sobre o assunto? Você pode escolher um aluno para ser o escriba da turma, que anotará as opiniões no quadro. Durante a leitura dos textos, destaque as opiniões expressas. Comente as relações estabelecidas pelos conectivos, como por exemplo o efeito de sentido construído pela repetição no trecho: ―Aí, ele quis colocar outro e mais outro, e outro...‖ (texto 5). Você pode ainda voltar ao quadro e verificar se, após a leitura, desejam acrescentar algo ao que já foi registrado. Após isso, divida a turma em grupos e solicite que cada grupo escolha uma opinião das que estão no quadro e escreva um texto se posicionando contra ou a favor da mesma. 22
  • 23. Outro ponto importante é comentar com seus alunos sobre o ―internetês‖, presente nos textos do blog PRECISO FALAR. Veja a definição abaixo: ―Internetês é um neologismo (de: internet + sufixo ês) que designa a linguagem utilizada no meio virtual, em que "as palavras foram abreviadas até o ponto de se transformarem em uma única expressão, duas ou no máximo três letras", onde há "um desmoronamento da pontuação e da acentuação", pelo uso da fonética em detrimento da etimologia, com uso restrito de caracteres e desrespeito às normas gramaticais. Para Silvia Marconato, o internetês é uma "forma de expressão grafo linguística [que] explodiu principalmente entre adolescentes que passam horas na frente do computador no Orkut, em chats, blogs e comunicadores instantâneos em busca de interação e de forma dinâmica." (...) http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet%C3%AAs Fale com os alunos sobre a variação da nossa língua e discuta com eles o conceito de certo X errado. Esse é um bom momento para que eles percebam que o ―internetês‖ é adequado para sites, blogs, chats, mas inadequado em situações formais de escrita. TEXTO X O LOBO E O CORDEIRO Um lobo estava bebendo água num riacho. Um cordeirinho chegou e também começou a beber um pouco mais para baixo. O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro: - Como é que você tem a ousadia de vir sujar a água que eu estou bebendo? - Como sujar? – respondeu o cordeiro. A água corre daí pra cá, logo eu não posso estar sujando sua água. - Não me responda! – tornou o lobo furioso. Há seis meses seu pai me fez a mesma coisa! - Há seis meses eu nem tinha nascido, como é que eu posso ter culpa disso? – respondeu o cordeiro. - Mas você estragou todo o meu pasto – tornou o lobo. - Como é que eu posso ter estragado seu pasto se nem dentes eu tenho? O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, não disse mais nada, pulou sobre ele e o comeu. ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: FTD, 1994. A escritora Ruth Rocha nasceu em 1931 na cidade de São Paulo. Teve uma infância alegre e repleta de livros e gibis. É autora de inúmeras histórias e seus livros estão espalhados pelo mundo, traduzidos em mais de 25 idiomas. Monteiro Lobato foi sua grande influência. Ela ganhou os mais importantes prêmios brasileiros destinados à literatura infantil. 23
  • 24. TEXTO XI O LOBO E O CORDEIRO, Esopo Disse o Lobo carniceiro. E ao Cordeiro devorou. Na água limpa de um regato, www.revan.com.br/catalogo/0136d.htm matava a sede um cordeiro, quando, saindo do mato, Esopo viveu no século VI a.C. Sabe-se que veio um lobo carniceiro. foi escravo, libertado pelo último dono, Tinha a barriga vazia, Xanto. Mestre da prosopopeia, figura de não comera o dia inteiro. linguagem pela qual animais ou coisas - Como tu ousas sujar falam. Suas fábulas têm inspirado a água que estou bebendo? incontáveis criadores através dos séculos, - rosnou o Lobo a antegozar encerram sabedorias eternas e nos fazem o almoço. - Fica sabendo refletir sobre a natureza humana. Almanaque Brasil de cultura popular, ano 5, n.55, que caro vais me pagar! out.2003. - Senhor - falou o Cordeiro - encareço à Vossa Alteza 1. Os textos 1 e 2 narram a mesma história, que me desculpeis mas acho mas com linguagem diferente. Você percebe que vos enganais: bebendo, que essa diferença mostra a época em que quase dez braças abaixo os textos foram escritos? Em um deles, há de vós, nesta correnteza, marcas de uma forma de expressão bem não posso sujar-vos a água. mais antiga; no outro, a linguagem é mais - Não importa. Guardo mágoa atual. Transcreva um pequeno trecho que de ti, que ano passado, melhor exemplifica a linguagem de uma me destrataste, fingido! época passada. - Mas eu nem tinha nascido. - Pois então foi teu irmão. - Não tenho irmão, Excelência. - Chega de argumentação. Estou perdendo a paciência! - Não vos zangueis, desculpai! - Não foi teu irmão? Foi o teu pai ou senão foi teu avô. 2. Você reconheceu que os textos são uma fábula? As fábulas geralmente possuem uma conclusão que é uma moral. Assinale aquela que se refere à fábula O lobo e o Cordeiro. (A) Os preguiçosos colhem o que merecem. (B) Se queremos dividir a recompensa, devemos partilhar o trabalho. (C) Onde a lei não existe, ao que parece, a razão do mais forte prevalece. 24
  • 25. (D) Não tente forçar demais a sorte. 3. No texto 2, a palavra carniceiro significa: (A) bondoso. (B) carnívoro. (C) distraído. (D) insistente. 4. No texto 1, a expressão destacada no trecho abaixo refere-se a que fato? ―Há seis meses seu pai me fez a mesma coisa!” 5. Você acabou de ler duas versões de uma mesma fábula. Como você escreveria a sua versão? Mãos a obra! SUGESTÃO METODOLÓGICA Para ampliar as atividades sugerimos: Leitura de Novas fábulas fabulosas de Millôr Fernandes, da editora Desiderata, comparando o enredo e a linguagem com as de Esopo, por exemplo. Construção do conceito de paráfrase e de paródia. Diferentes habilidades foram enfocadas nessa atividade. 1. Os textos 1 e 2 narram a mesma história, mas com linguagem diferente. Você percebe que essa diferença mostra a época em que os textos foram escritos? Em um deles, há marcas de uma forma de expressão bem mais antiga; no outro, a linguagem é mais atual. Transcreva um pequeno trecho que melhor exemplifica a linguagem de uma época passada. Habilidades: Reconhecer formas de expressão característica de uma época, região ou classe social. Inferir informações implícitas em um texto. Inferir o sentido de uma palavra no texto. Aquelas relacionadas à articulação e aos mecanismos textuais. TEXTO XII O VAQUEIRO Patativa do Assaré Eu venho dêrne menino, Eu nasci pra sê vaquêro, Dêrne munto pequenino, Sou o mais feliz brasilêro, Cumprindo o belo destino Eu não invejo dinhêro, Que me deu Nosso Senhô. Nem diproma de dotô. 25
  • 26. Sei que o dotô tem riquêza, E ôtas coisa preciosa; É tratado com fineza, Mas não goza o quanto goza Faz figura de grandeza, Um vaquêro do sertão. Tem carta e tem anelão, [...] Tem casa branca jeitosa http://www.tanto.com.br/patativa-vaqueiro.htm Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará. Cresceu ouvindo muitas histórias e folhetos de cordel. Embora não tivesse estudado muito, soube muito bem cantar em verso e prosa os contrastes do sertão nordestino e a beleza de sua natureza. Neste ano comemoramos 100 anos de seu nascimento. 1. O texto traz marcas da oralidade e foge da norma padrão. Transcreva abaixo dois exemplos que confirmam essa característica. 2. A linguagem do poema: (A) causa um efeito de humor. (B) critica o modo de falar do vaqueiro. (C) critica a realidade brasileira. (D) revela o modo de viver do vaqueiro. 3. Escreva três características do vaqueiro apresentadas no texto. 4. No trecho abaixo, a palavra destacada pode ser substituída por: (A) Porque. (B) Porém. (C) Como. (D) Já. ―Tem casa branca jeitosa E ôtas coisa preciosa; Mas não goza o quanto goza Um vaquêro do sertão‖ 5. O texto apresenta uma determinada visão de mundo – a do vaqueiro. Você concorda com ele? Em um pequeno texto, apresente a sua visão de mundo. 26
  • 27. TEXTO XIII MUNDO COR-DE-ROSA Perfume Barbie B comemora os 50 anos da boneca mais famosa do mundo Comemoração com cheirinho gostoso: a multinacional espanhola Puig Beauty & Fashion Group acaba de lançar no Brasil a fragrância Barbie B, celebrando os 50 anos da boneca mais famosa do mundo. O novo perfume pretende refletir a personalidade moderna e dinâmica das meninas que já se sentem mocinhas e não veem a hora de entrar no mundo adolescente. Esse universo está identificado em detalhes como o frasco, lapidado como uma joia, e na letra "B" estilizada que pode ser usada como um pingente ou um acessório fashion. Floral, frutado e fresco, o lançamento é composto de notas açucaradas com elementos de sândalo e almíscar que se complementam com essências de cereja e framboesa. Nas notas de saída predominam a bergamota, laranja italiana e maçã verde. O frasco, nas versões 40 ml e 75 ml, vem em tons de rosa e fúcsia. A embalagem traz uma imagem da Barbie com um look mais moderno, igual ao das meninas de hoje. O preço médio sugerido do frasco de 75 ml é R$ 49,50. SAC 0800-7265616 / sac@puig.com.br http://extra.globo.com/lazer/canalExtra/ [26/03/09] 1. A finalidade do texto é: (A) divertir (B) informar. (C) opinar. (D) emocionar. 2. A informação principal do texto é: (A) o lançamento do perfume Barbie B. (B) a fragrância do perfume Barbie B. (C) a descrição do frasco e a embalagem do perfume Barbie B. (D) a definição do consumidor do perfume Barbie B. 3. Qual é o perfil do público consumidor do perfume Barbie B? 4. É discutível o uso de palavras e expressões em inglês quando existem correspondentes na língua portuguesa. No texto, foram usadas duas palavras – fashion e look. Por que palavras ou expressões em português você as substituiria? 27
  • 28. 5. Reflita e converse com seus colegas sobre o motivo do uso dessas palavras em inglês nesse texto. Depois, se organize para apresentar seu ponto de vista a respeito desse assunto para toda a turma. Sugerimos, para ampliação dessa atividade, a leitura de uma mesma notícia em diferentes jornais, comparando-as e reconhecendo as diferentes formas de tratar uma mesma informação. Diferentes habilidades foram enfocadas nessa atividade. 1. Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais. 2. Diferenciar a parte principal das secundárias de um texto. 3. Localizar informações explícitas em um texto. 4. Inferir o sentido de uma palavra no texto. 5. Reconhecer e utilizar marcas típicas da oralidade, adequando o padrão de linguagem à situação de comunicação. 8º ANO Leia os textos abaixo e responda às questões propostas. Texto 1 O trema é totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas. linguística cinquenta tranquilo Obs.: é usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros escritos com trema: Müller – mülleriano. Extraído de Dicionário escolar da língua portuguesa. Academia Brasileira de Letras. São Paulo: Editora Nacional, 2008. TEXTO 2 O DESEMPREGO DO TREMA Acabou a tranquilidade do Trema Expulsou o trema da Pontuação. Não aparecia com frequência, Até de delinquente chamaram o coitado! Não batia mais ponto Ele não teve direito de arguir nada... Na repartição... Depois, tentou concurso para Alcaguetaram para a Gramática Reticências, que Mas não passou por um Ponto. Sem pensar nas consequências, Hoje, anda por aí desmilinguido 28
  • 29. da vida. melhor piloto Circunflexo. Quer morar na Alemanha, mas o voo para lá é caro. Thiago Cascabulho – Megazine 10/03/09 Aliás, aí está outro fato sem Nenhum nexo: Demitiram da companhia o 1. Os textos 1 e 2 dialogam. Você percebeu a relação entre eles? Qual é a finalidade do texto 1? E do texto 2? 2. Do que tratam os textos 1 e 2? 3. No texto 2, Quer morar na Alemanha... remete a que trecho do texto 1? 4. Explique o que você entendeu do trecho abaixo retirado do texto 2. Depois, tentou concurso para Reticências, Mas não passou por um Ponto. 5. No texto 2, Alcaguetaram significa: (A) dedurar. (B) elogiar. (C) perguntar. (D) explicar. VELHA CONTRABANDISTA, Stanislaw Ponte Preta Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela: - Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco? A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu: - É areia! Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só 29
  • 30. tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás. Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia. Diz que foi aí que o fiscal se chateou: - Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista. - Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: - Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias? - O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha. - Juro - respondeu o fiscal. - É lambreta. http://br.geocities.com/mitologica_2000/conto0024.htm Sérgio Porto nasceu no Rio Janeiro no dia 11 de janeiro de 1923, e ficou famoso anos depois sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta. Foi radialista, humorista, cronista. ―Começou uma obra carioquíssima, até hoje insuperável, transpondo para jornais, livros e revistas o saboroso coloquial do Rio de Janeiro.‖ 6. De acordo com o texto 3, por que o pessoal da alfândega desconfiou da velhinha? 6. ―Aí quem sorriu foi o fiscal.‖ Qual o motivo do sorriso do fiscal? 7. Há marcas da linguagem coloquial em todo o texto 3. Retire um pequeno trecho que mostre essas marcas. 9. A dúvida do fiscal da alfândega terminou quando: (A) a velhinha disse: ―É areia.‖ (B) a velhinha sorriu para ele. 30
  • 31. (C) a velhinha disse: ―É lambreta.‖ (D) ele sorriu. 10. Sobre o texto, podemos dizer que: (A) tem como finalidade informar. (B) tem como finalidade defender um ponto de vista. (C) tem como finalidade fazer humor. (D) tem como finalidade argumentar. SUGESTÃO METODOLÓGICA Um breve comentário sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, enfocando alguns pontos – os mais usuais – e, logo depois, a atividade 4. A utilização de intertextos (poema/música, por exemplo), explorando as relações entre eles. Antes da leitura do texto 3 – A velha contrabandista – fazer uma leitura interrompida para que sejam construídas hipóteses pelos alunos, que no decorrer da leitura serão confirmadas ou rejeitadas, possibilitando o diálogo com o texto. O movimento seria esse: antes de entregar o texto aos alunos, ler parte dele, para que antecipem informações; avançar mais um trecho para verificar e confirmar – ou não - as hipóteses; avançar mais um trecho e continuar esse movimento até o final da leitura. Habilidades exigidas nessa atividade  Identificar as diferentes intenções em diferentes textos.  Identificar o assunto/tema de um texto.  Inferir informações implícitas em um texto.  Inferir o sentido de uma palavra no texto.  Localizar informações explícitas em um texto.  Identificar marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística como recurso expressivo.  Localizar informações explícitas no texto.  Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais. 9º ANO Hoje vamos trabalhar com textos de diferentes gêneros: um poema, uma notícia de jornal, um quadrinho e uma publicidade. TEXTO 1 31
  • 32. A NAMORADA Havia um muro alto entre nossas casas. Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-mail. O pai era uma onça. A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão E pinchava a pedra no quintal da casa dela. Se a namorada respondesse pela mesma pedra Era uma glória! Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira E então era agonia. No tempo do onça era assim. BARROS, Manoel. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro: Record, 2001 . Manoel de Barros, que nasceu em Corumbá, Mato Grosso, viveu numa fazenda quando criança, ―cresceu brincando no terreiro em frente à casa, pé no chão, entre os currais e as coisas "desimportantes" que marcariam sua obra para sempre.‖ Estudou no Rio de Janeiro, escreveu seu primeiro poema aos dezenove anos e hoje é reconhecido nacional e internacionalmente como um dos poetas mais originais do século e mais importantes do Brasil. Atualmente vive em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. 1. Destaque do texto 1 uma palavra ou expressão que nos revela que o poeta não é uma pessoa jovem. 2. O pai dela era uma onça significa que: (A) ele era muito bravo. (B) ele gostava de florestas. (C) ele gostava de caçar. (D) ele construiu um muro alto. 2. Como o poeta mandava recados para a namorada? Essa maneira de se comunicar sempre dava certo? Por quê? 3. O que significa tempo do onça? TEXTO 2 32
  • 33. EVENTO TROCA DE LIVROS. Sabe aquele livro que você já leu várias vezes e está paradão lá na estante, esperando alguém que dê atenção a ele de novo? Que tal trocá-lo por outro – e, assim, ganhar outra história para ler e se divertir? Pois até dia 30, o Museu da Limpeza Urbana – Casa de Banho D. João VI está promovendo um troca-troca literário imperdível. Para começar a ler lá mesmo, o museu oferece a sua biblioteca, num cantinho todo especial. O endereço do museu é Praia do Caju 385, e a biblioteca está aberta de terça a sexta-feira, sempre das 9 h às 16 h. GLOBINHO. Sábado, 21 de março de 2009. 4. Podemos dizer que o texto 2 tem a finalidade de: (A) emocionar. (B) defender um ponto de vista. (C) Informar. (D) vender um produto. 5. O que significa no texto troca-troca literário? TEXTO 3 Folha de S.Paulo, 24 set.2005. In KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto. 33
  • 34. 6. O texto 3 usa a linguagem verbal (palavras) e a linguagem não verbal (imagens) para passar uma mensagem. A expressão do pai indica que ele ficou: (A) alegre (B) aterrorizado. (C) zangado. (D) cansado. Professor, para ampliar o trabalho com essas atividades, sugerimos destacar a denotação, a conotação e a polissemia tão presentes na linguagem poética e da publicidade. Diferentes habilidades foram enfocadas nessas atividades.  Localizar informações explícitas em um texto.  Inferir o sentido denotativo ou conotativo de uma palavra no texto.  Localizar informações explícitas em um texto.  Inferir o sentido denotativo ou conotativo de uma palavra no texto.  Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.  Interpretar/ analisar os efeitos de sentido com auxílio de material gráfico diverso.  Interpretar/ analisar os efeitos de sentido com auxílio de material gráfico diverso. Comparar paráfrases / paródia, avaliando sua maior ou menor fidelidade ao texto original e identificando os efeitos de humor e/ou ironia.  Relacionar à articulação e aos mecanismos textuais. TEXTO 4 34
  • 35. 7. Este texto é uma receita de bolo. Como em todos os textos deste gênero, aqui é apresentada uma: a) descrição detalhada da aparência do bolo. b) explicação gradual e progressiva das etapas a seguir. c) narrativa de um fato ocorrido quando alguém preparou o bolo. 8. Examine as orações cujos verbos estão sublinhados na segunda parte da receita (Como fazer) e diga se cada uma delas é: I. oração coordenada assindética II. oração coordenada sindética aditiva III. oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo 13. Agora diga se o período "Bata no liquidificador o requeijão, o presunto e a salsa e reserve" é: a) simples; b) composto por coordenação; c) composto por subordinação; d) composto por coordenação e subordinação. 35
  • 36. 9. Veja a tirinha abaixo e responda as questões a seguir. a) O que chama a atenção de Mafalda no primeiro quadro? b) Conforme vestimentas do homem, vocês podem inferir a profissão dele? c) O que acontece no segundo quadro? d) No terceiro quadro é possível confirmar ou refutar a hipótese acerca da profissão do homem? O que lhes possibilitou isso? e) Por meio da expressão fisionômica de Mafalda, verifica-se que ela ficou triste depois de seguir o homem e ver o que ele fez. Expliquem o motivo da tristeza. f) É possível verificar uma crítica na tira? Se sim a quem ela é dirigida? Comentem. g) A tira provoca humor? Comentem sua sensação ao ler o texto. h) A linguagem visual esteve presente em todos os quadrinhos. Entretanto, em um, especialmente, ela teve maior relevância para o sentido. Em qual quadro foi? Expliquem o porquê. i) Nesse sentido, o que podemos falar sobre as linguagens visual e não visual na composição da tirinha? 10. Texto para as questões abaixo. 36
  • 37. a) No primeiro quadrinho, o homem afirma que irá morrer no deserto. Discutam: por que é possível morrermos em um deserto? b) Podemos afirmar que o homem é cristão? Mesmo que minimamente, ele tem fé em algum segmento religioso? c) Como vocês podem confirmar a resposta anterior, ou seja, o que os levou a essa conclusão? d) Conforme conhecimento de mundo, por que o autor utilizou o urubu no segundo quadrinho ao invés, por exemplo, de uma cobra? e) Expliquem o humor da tira. f) Na opinião de vocês, qual tipo de linguagem (visual ou não visual) teve maior relevância à tira? Para isso pensem: será que a tirinha poderia ser apenas oralizada sem nenhum problema de entendimento? Expliquem. 11. Tirinha para às questões a seguir. a) Nesta t ira, há intertexto? Se sim , identifique-o. b) Dois contextos sócio históricos distintos são confrontados na tira. Identifique-os e comentem o porquê da escolha do autor para a produção dessa tira. c) Por que o número 7: ―7 mensagens de bom dia, 7 de boa tarde, 7 de boa noite‖? 12. Observe a tirinha abaixo e responda as questões abaixo. 37
  • 38. a) Qual o tipo de linguagem desta tira? b) A escolha de apenas um tipo de linguagem influenciou a leitura da tira (pensar em velocidade, compreensão, etc)? Comentem. c) Mobilizando o conhecimento de mundo de vocês, a abóbora, da maneira como se apresenta na tira, relaciona-se a qual acontecimento sócio histórico? Expliquem o que lhes possibilitou chegar a essa conclusão. d) Vocês conseguem perceber ―movimento‖ na tira? Para isso, reparem na sucessão dos quadrinhos. e) Infiram por que Garfield, no último quadrinho, aparece sorrindo. 13. Responda: a) O que é dengue? b) Quem transmite a dengue? c) O que fazer para evitar a dengue? d) Explique o que você observou na ilustração. Ela combina com a frase ―Dê um tiro mortal na dengue.‖? Por quê? e) No ―telefone‖ podemos observar uma cruz em cor mais escura, que pode ser de cor vermelha nos cartazes coloridos. Essa cruz está ligada à ideia de saúde. Onde mais podemos ver esse símbolo desenhado? f) Na sua opinião, onde podemos ver um texto como esse? Para quem ele foi escrito? 38