O documento descreve um estágio de medicina veterinária realizado em uma clínica de bovinos leiteiros na Espanha. O estágio focou em atividades relacionadas à medicina da produção como controle de qualidade do leite, nutrição, reprodução e programas de saúde do rebanho.
5. Centre veterinari de tona
o Fundado em 1984
o Actualmente o CVTona conta com: 25
trabalhadores, 20 veterinários, em
diferentes regimes de trabalho;
6. Actividades no campo da
Medicina da Produção
Controlos pós-parto e de monitorização da
saúde do rebanho;
Nutrição;
Programas de controlo reprodutivo;
Qualidade do leite;
Planificação e gestão de explorações
leiteiras;
Expansão e desenho de novas instalações;
8. Os serviços profissionais das diferentes
especialidades do CVTona em grandes
animais alcançam
Nutrição 600explorações, aprox. 45.000 Vacas
Reprodução 60 explorações, aprox. 7.000 Vacas
Qualidade do leite 300explorações, aprox. 25.000 Vacas
Saneamento e Profilaxia 60 explorações, aprox. 7.000
Vacas
9. Funcionamento CVT
Investimentos
Gestão de Quota
Maneio
ANÁLISES DE
RESULTADOS
ECONÓMICOS
Produtor
Nutrição+
Qualidade do
Leite
Recomendações e
medidas
correctivas
Veterinário
assessor
Controlo Leiteiro
PROCESSAMENTO
DE DADOS
Analise de
Índices técnicos
Produtor
Vacinações e
saneamento
InformaçãoVisita clínica
Veterinário
clínico
Futuro do
Veterinário
de bovinos
leiteiros
10. Áreas de trabalho
1. O papel do veterinário na análise dos dados
e a sua interpretação
2. Economia e maneio
3. Nutrição e Alimentação
4. Reprodução
5. Clínica de Campo - Programas de controlo
de patologias no período de transição
6. Sanidade e programas profiláticos
11. Importância da
Medicina da Produção
Diminuição do número de explorações
Diminuição do número de vacas
leiteiras
Aumento do número de vacas por
exploração
Aumento da produtividade por vaca
12. Distribuição do tempo pelas
áreas de trabalho
Controlo da
qualidade
do leite
6%
Sanidade e
programas
profiláticos
23%
Controlo
Reprodutivo
16%
Nutrição e
Maneio
16%
Gestão de
exploraçõe
s
16%
Clínica de
campo
23%
13. O papel do veterinário na análise
dos dados e a sua interpretação
Adaptação de uma exploração a um robot
de ordenha
Robot de ordenha mais produtivo do
mundo com uma produção de 890
000 litros, em funcionamento à 6
anos.
E pelo facto de durante a realização
do estágio, se ter implementado o
primeiro robot de ordenha em
Portugal, o que prevê um novo
desafio aos jovens veterinários
14. O papel do veterinário na análise
dos dados e a sua interpretação
Adaptação de uma exploração a um robot
de ordenha
Conhecimento de comportamento e
bem-estar animal;
Correcto maneio e formulação da
alimentação e na prevenção de
patologias associadas.
15. O papel do veterinário na análise
dos dados e a sua interpretação
Adaptação de uma exploração a um robot
de ordenha
Expectativas realistas;
Um bom suporte por consultores, antes, durante e
após a introdução da ordenha robotizada;
Flexibilidade e disciplina para controlar o sistema e
as vacas;
Capacidade de trabalho com sistemas informáticos;
Bastante atenção para um bom funcionamento do
tráfego dos animais, e vontade de investir em
pequenas modificações no estábulo de modo a obter
um tráfego correcto.
16. O papel do veterinário na análise
dos dados e a sua interpretação
Adaptação de uma exploração a um robot
de ordenha
o Adaptação dos animais
o Alimentação e a variação
do numero de visitas
o Localização
o Rotina diária do produtor
o Tipo de estábulo e como
adaptar ao robot
o Maneio da Alimentação no
AMS
o Optimização do AMS
17. Economia e maneio
O elevado custo da aquisição da mesma em termos de
investimento;
O crescente controlo, que impossibilita qualquer venda de
leite fora de quota;
O custo elevado a pagar de multa estipulado pela União
Europeia em caso de se ultrapassar a mesma;
A dificuldade de um bom planeamento do nível de produção
ao longo do ano, de modo a que esta seja ajustada, evitando
ultrapassagens e produções abaixo da quota possuída;
A crescente importância do valor do subsídio anexado à
quota na economia global da exploração e as imposições da
união europeia para obtenção do mesmo
18. Economia e maneio
INTRODUÇÃO DE BASE DE DADOS
Quota disponível 800.000 Quota a Adquirir VALOR 0
Quota a Adquirir % 0
Número de vacas em lactação
ACTUAL
90 Quota total 800000
Preço médio do leite 0,31 € Custo compra 1000 litros de quota 300 €
Custo dia Alimentação 3,50 € Subsidio por 1000 litros de quota 25 €
Kg de Matéria seca Consumidos
vaca e dia
19 Custo aluguer 1000 litros de quota 3 €
Custo por Kg de Matéria Seca 0,18 € Custo pagamento multa/1000 litros 332 €
Média de Prod/dia/vaca presente 24
Valor acrescido por cada 0,1% de gordura
por 1000 litros de leite produzido
24 €
Prod vaca e ano 8.889 Perda de Prod 3x-2x 12%
% de Gordura associada à
quota
3,7
Valor de correcção do leite por diminuição de
0,1% de gordura
0,018
21. Economia e maneio
-18 €
-13 €
-8 €
-3 €
2 €
CustoEuros/1000kgporDiminuiçaoda
produçao
1% 2% 3% 5% 12%
% de Diminuiçao da Produçao posivèl em relaçao à quota
Soluçao tècnicas Possivèis do ponto de vista Biologico
Diminuiçao da Gordura <3,7%
Secagem >60 dias
Passar de 3 a 2 ordenhas
22. Economia e maneio
-25 €
-20 €
-15 €
-10 €
-5 €
0 €
5 €
10 €
15 €
20 €
25 €
30 €
80 85 90 95 100
NºDEVACAS EM PRODUÇAO
Soluçao econòmica de Crescimento
A umento da pro dutividade po r animal e diminuiçao
do numero de animais
A umento da pro dutividade po r animal e Aumento
do numero de animais co m compra de quo ta
A umento do numero de animais com pagamento
de multa
24. Economia e maneio
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45
Vacas emProd.
Litrosvaca/diaeVacasemProd
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
KGMS/vacaeDia
Numero de animais emProduçao
Produçao Lt/vaca/dia possivèl comquota actual
Consumo KG MS
25. Nutrição e Alimentação
Representa 50 a 60 % dos gastos
(J.Baucells 1997)
Representando a venda do leite 70-85
% do capital gerado pela exploração
28. Nutrição e Alimentação
Problemáticas observadas
Baixa Produção Leiteira
Diminuição do Nível de consumo de Matéria
seca
Diminuição do conteúdo em gordura do leite
Diminuição da Proteína do Leite
Infertilidade
Retenção de Placenta
Cetose
Deslocamento de Abomaso
29. Nutrição e Alimentação
Formulação
Nutrientes
Curva de lactação
Produção de Gordura e Proteína
Ingestão de Matéria seca e condição
corporal
30. Nutrição e Alimentação
Ao longo dos diferentes períodos de
Lactação
Período de transição
Alimentação da vaca seca
Alimentação no pré-parto
Parto
Vaca recém-parida
Inicio da lactação
31. Nutrição e Alimentação
Maneio sobre o ponto de vista nutricional do
robot de ordenha
o Existência de demasiados problemas pós-
parto (deslocamento de abomaso, cetose e
fígado gordo, acidose e de retenção de
placenta);
o Morreram 2 novilhas, ambas à autópsia
apresentavam sinais de Acidose ruminal;
o A produção baixa de 29 para os 23 litros
/vaca produção /dia, tendo um total de 57
animais em ordenha;
o Os picos de produção estavam baixos e
bem como apresentava um intervalo parto
inseminação fértil de 140 dias;
o As novilhas ao parir perdiam a condição
corporal muito rapidamente.
32. Nutrição e Alimentação
Passos de avaliação e formulação
1. Avaliar o concentrado no robot e dado que se
encontrava equilibrado não se alterou
2. Confirmar e verificar alguma incoerência em termos da
fórmula descrita pelo produtor que poderia será
causadora dos problemas mencionados
3. Avaliar a ração actual com 6Kg de concentrado no
robot
4. Avaliação da Mistura oferecida no Unifeed real
5. Avaliação da Mistura oferecida no Unifeed estimando
os mesmos Kg de Ms que se deseja que consumam
6. Decide-se efectuar uma mistura que sem concentrado
do robot, forneça 19 Kg MS e 0,987 UFL
7. Mistura final estipulando um consumo de concentrado
no robot de 3kg e uma ingestão total de 21,6 Kg de
MS
33. Reprodução
Problemas dos programas de sincronização
Utilizar um programa que funcione (que
tenha sido estudado e que estejam
definidos os parâmetros óptimos e reais de
funcionamento)
Que se integre no calendário de
actividades e na forma de pensar dos
proprietários e encarregados da exploração
34. Reprodução
Problemas dos programas de sincronização
o Controlo na exploração de
um programa hormonal
o Modo de implementação
com sucesso dos protocolos
hormonais
o Problemática de um
protocolo mal elaborado ou
mal executado
o Vantagens de um programa
de sincronização
o Desvantagens de um
programa de sincronização
o Questões de monitorização
% de vacas
localizadas
Eficácia de protocolo
OVOSYINCH %
98% 90%
95% 77%
90% 59%
35. Reprodução
Uso de plano hormonal e identificação de pontos críticos
TIPOS DE GRUPOS
Código Hormona a aplicar
Exemplo de produto
comercial
Presynch
PP Prostaglandina Dinolitic®/Estrumate®
PG1 Prostaglandina Dinolitic®/Estrumate®
PG2 Prostaglandina Dinolitic®/Estrumate®
OVOSYNCH
GPG1 GnRh Receptal®
GPG2 Prostaglandina Dinolitic®/Estrumate®
GPG3 GnRh Receptal®
GPG4 Inseminar
RSGPG1 GnRh Receptal®
RSGPG2 (8:30 A 10H) Prostaglandina Dinolitic®/Estrumate®
RSGPG3 (16.30 a 18h) GnRh Receptal®
RSGPG4 (8:30 A 10H)
36. Reprodução
Problemas dos programas de sincronização
Outubro
2ª 3a 4a 5a 6a S D
AM PP 1 2
PM
AM
3 4 5 6 7 8 9
PM
AM
1
0
11 PG1 12 13 14
1
5
1
6
PM
AM 1
7
18 19 20 21
2
2
2
3PM
AM
2
4/
3
1
25 PG2 26 27 28
2
9
3
0
PM
37. Reprodução
Problemas dos programas de sincronização
Novembro
2a 3a 4a 5a
6
a
S D
AM 31 1 2 3 4 5 6
PM
AM 7 8 GPG1 (8:30 A 10H) 9 10
1
1
1
2
1
3
PM
AM
14 15
GPG2 (8:30 A 10H)
16 17
GPG4(8:30 a 10H) 1
8
1
9
2
0
PM GPG3 (16.30 a 18h)
AM
21 22 23 24
2
5
2
6
2
7PM
AM
28 29 30
PM
38. Reprodução
Problemas dos programas de sincronização
Dezembro
2
a
3a 4a 5a 6a S D
AM 1 2 3 4
PM
AM
5 6 7 8 9
1
0
1
1PM
AM 1
2
13 14 15 16
1
7
1
8PM
AM 1
9
RSGPG1 (8:30 A 10H)
20 21 22 23
2
4
2
5PM
AM
2
6
DIAG. DE GESTAÇÃO 27
28 29
RSGPG4
(8:30a10H) 30RSGPG2 (8:30 A 10H)
PM RSGPG3 (16.30 a18h)
39. Reprodução
Problemas dos programas de sincronização
MONITORIZAÇÃO
Dias médios e gráfico de distribuição, do Parto -1ª Inseminação
Dias Médios e gráfico de distribuição do Parto - inseminação
Fértil
Vacas Problema (% >150 DEL não prenhas)
Média de dias em Lactação (DEL)
% De vacas gestantes
Nº de inseminações por prenhes
Fertilidade à 1ª inseminação
Nº e cobrições mensais
Nº de gestações Mensais
Fertilidade Mensal Global %
Fertilidade Mensal 1ª Cobrição%
% de vacas prenhas PRESHINCH
% de vacas prenhas OVOSYNCH
% de vacas prenhas RESYNCH
40. Clínica de Campo
ETIOLOGIA E PREVENÇÃO DA PATOLOGIA
DE TORÇÕES DE ABOMASSO
Problemas de alimentação
Maximizar a ingestão de MS
Estimular o desenvolvimento correcto
das papilas ruminais
Minimizar o balanço negativo de
energia e proteína
Manter a homeostase do cálcio
Minimizar a disfunção imunitária
41. Clínica de Campo - Programas de
controlo de patologias no período de
transição
11 44 88 1212 1616 2020 2424 2828 3232 3636 4040 4444 4848 5252
00
55
1010
1515
2020
2525
3030
3535
4040
4545 55
44
33
22
11
4,54,5
3,53,5
2,52,5
1,51,5
semanassemanas
KgsKgs
PériodoPériodo dede inséminacaoinséminacao
Balamço energètico -
Producao
de leite
Capacidade
de ingestao
42. Clínica de Campo - Programas de
controlo de patologias no período de
transição
Problemàtica da
Condiçao Corporal
CC ao parto
>4
Diminuiciao
ingestiao Materia
seca MS
Pèrdua de Condiçao
corporal CC >0’75
Cetose
subclínica
Diminuicao
Fertilidade
Atraso Parto-Ins Artf
fèrtil
Aumento do
DEL(dias en
lactaçao)
CC ao secar
aumentada
Propilenglicol
Melhorar
maneio
Programa de
monitorizaçao de
reproduçao e
hormonal
Secagem
basseada em
critèrios de
produçao e
CC
1a IA
Bezerras
>17m
Necessàrio
monitorizar CC e
correcta idade
1a cobriçao
43. Clínica de Campo
Protocolo de actuação para prevenção e
diagnostico precoce das torções de
Abomaso e o papel do produtor
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
1 2 3 4 5
Parque
PREVALÊNCIA POR PARQUE
Distribuiçao em%deDA
porParque
Variaçao da%da
concentraçao deanimais
nosParques
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
1 2 3 >4
Nº de lactaçao
PREVALÊNCIA PORLACTAÇAO
Distribuiçaoem% deDA por
Lactaçao
0%
20%
40%
60%
<60 >60
DEL
PREVALÊNCIAPORDEL
Distribuiçaoem%deDA
porDEL
0
1
2
3
4
1 2 3 4 5
PARQUE
RELAÇAOPARQUE/LACTAÇAO 1
2
3
>4
44. Sanidade e programas
profiláticos
Normas de biosegurança e a aplicação das
explorações de bovinos de leite
Compras exteriores e Quarentena
Visitas
Visitas técnicas/ Veterinário
Pessoal da exploração
Transporte
Saída e entrada de animais/Quarentena
45. Sanidade e programas
profiláticos Normas de biosegurança e a
aplicação das explorações de bovinos de leite
Prevenção de disseminação de doenças
Geral
Ordenha
Partos
Nascimentos e primeiro ano de vida
Nutrição
Água
Qualidade das matérias-primas
Animais doentes
Vacinação e doenças reprodutivas
Necropsias
Limpezas
46. Sanidade e programas
profiláticos Normas de biosegurança e a
aplicação das explorações de bovinos de leite
Desinfestação, Desratização , controlo de Aves e desparasitações
Geral
Aves
Roedores
Cocidioses
Nematodas
Trematodas
Piolhos
Sarna
Moscas/Mosquitos
Caraças
Miases
47. Sanidade e programas
profiláticos
Planos de vacinação
Patologias em vitelos recém-
nascidos
Pneumonia ou doenças respiratórias
em vitelos
Possíveis infecções reprodutivas em
vitelos
Doenças reprodutivas e abortos em
novilhas de reposição
Doenças reprodutivas e abortos em
vacas adultas
48. Sanidade e programas profiláticos
Planos de vacinação
Patologias em vitelos recém-
nascidos
Pneumonia ou doenças respiratórias
em vitelos
Possíveis infecções reprodutivas em
vitelos
Doenças reprodutivas e abortos em
novilhas de reposição
Doenças reprodutivas e abortos em
vacas adultas
49. Sanidade e programas profiláticos
Erradicação e prevenção de IBR
1. Livres de BHV-1
2. Sem planos oficiais
nacionais de erradicação
3. Programas voluntários
de erradicação e
legislação nacional
4. Programa de erradicação
em curso
50. Sanidade e programas profiláticos
Prevenção de Paratuberculose
1 Remover os vitelos imediatamente após o parto
2 Limpar bem o úbere da vaca removendo toda a sujidade aderente,
3 Utilizar apenas utensílios para alimentar os vitelos limpos e desinfectados.
4 Criar os vitelos num local onde não exista contacto com fezes dos adultos. O uso de casotas individuais é o
ideal.
5 Assegurar-se que o alimento não é contaminado com fezes. Planear o uso de leite pasteurizado ou de
substituição. Não utilizar sobras de comida dos adultos para os vitelos e novilhas.
6 Vitelos em pastagem devem ser mantidos em pastos não contaminados e mantidos no Inverno em áreas
separadas dos adultos.
7 Proteger as áreas onde estão os vitelos da drenagem de material contaminado proveniente de áreas ocupadas
pelos adultos inclusive a água de bebida dos vitelos.
8 Fazer cultivos cada 6 meses de todos os animais em explorações infectadas.
9 Remover todos os animais positivos da exploração
10 Testar e remover imediatamente para matadouro os animais que apresentem sinais recorrentes de diarreia.
Estes animais são um foco de infecção permanente.
11 Utilizar sémen de touros não infectados.
12 Uso de ácido creslyc ou Ortofenilato de sódio como desinfectante para eliminar as micobactérias. Antes de
limpar as áreas expostas, remover todos os restos de matéria orgânica.
13 Sempre comprar animais de explorações negativas a John´s desease ou testar os animais antes de entrar na
exploração ou mantê-los em quarentena até receber os resultados das provas por cultivo fecal.
14 Limpar e desinfectar o calçado quando se desloca da zona dos adultos para a zona dos vitelos