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21/03/2012




                      Reforma Religiosa



              As Reformas Religiosas                  Prof. Jorge Miklos
                                                            Março/2012




       O que foi a Reforma Religiosa?
• Rompimento da unidade cristã na Europa do século XVI,
  devido às transformações na ordem feudal que levaram a um
  afastamento entre os homens e a Igreja Católica.
• A substituição da mentalidade teocêntrica, típica da Idade
  Média, pela antropocêntrica que valorizava o ser humano e
  suas capacidades individuais, levou ao questionamento da
  doutrina católica, assim como o comportamento pouco
  adequado do clero gerou críticas à instituição.
• O desenvolvimento das forças capitalistas exigia uma nova
  ética religiosa frente às atividades econômicas da burguesia.




                    Contexto Histórico
      Mundo Moderno
•    Individualismo
• Os ideais do homem burguês

• A centralização política das
    monarquias

• As navegações e a descoberta da
    América

• As transformações econômicas,
    sociais e culturais da
    modernidade




                                                                                   1
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    Fatores da Reforma Religiosa
• FATORES RELIGIOSOS
  – Corrupção
     • Indulgências (O Papa
       Leão X com o intuito de
       construir a Basílica de S.
       Pedro negociou a venda
       das indulgências com o
       banqueiro Jacob Füguer,             Uma indulgência de Tetzel 1517 que
       dando-lhes um caráter de              diz: "Pela autoridade de todos os
       operação mercantil                 santos, e misericórdia para com você,
     • Simonia (vendas de                   eu te absolvo de todos os pecados
       cargos e relíquias                    e más ações e remeter todos os
                                                    castigos por dez dias.
       religiosas)




     Fatores da Reforma Religiosa
                                                      Caricatura
                                                      anônima
                                                      representando o
                                                      frade dominicano
                                                      Johann Tetzel
                                                      durante a
                                                      campanha de
                                                      venda de
                                                      indulgências na
                                                      Alemanha: “ Logo
                                                      que o ouro tilinta
                                                      na caixa, o céu
                                                      recebe uma alma”




    Fatores da Reforma Religiosa




   Recibo de indulgência impresso e dado a dois irmãos e Einsiedeln, em 1521
                           por um monge beneditino




                                                                                          2
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    Fatores da Reforma Religiosa
• POLÍTICOS

  – Universalismo da Igreja X
    Interesses do Estado Nacional

  – Conflito poder Espiritual X
    Poder Temporal

  – Interferência da Igreja em
    assuntos internos dos Estados
    e vice-versa




                Reforma Religiosa
                                      •     IDEOLÓGICOS

                                      •     Humanismo
                                            renascentista buscava
                                            um cristianismo
                                            modernizado



     A idéia de que a Igreja estava
     afundando. Gravura de 1497.




    Fatores da Reforma Religiosa
                                          • Ilustração dos altos e
                                             baixos da Reforma.
                                           • A Igreja está com o teto
                                                       para baixo; um
                                                 camponês celebra a
                                               missa; um nobre e um
                                               monge lavram a terra.

                                                 • Gravura de 1548.




                                                                                3
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          Reforma Luterana
                      • Liderança de Lutero:

                      • Religioso alemão

                      • Atormentado com a
                       noção do pecado
                       original, queria saber o
                       que poderia garantir a
                       salvação




          Reforma Luterana
 Em 31/10/1517
  Lutero Publica as
  95 Teses em que
  condena a venda
  das indulgências




                          Foi na porta da Igreja do
                          Castelo de Wittenberg que
                          Martinho Lutero pregou suas
                          95 teses.




                                                                4
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     Princípios Teológicos de Lutero
• só a fé salva: portanto,
  nenhuma instituição
  religiosa poderia ser
  intermediária entre Deus
  e os homens
• só a leitura bíblica tem os
  ensinamentos: assim a
  autoridade dos religiosos
  era restrita
• só a graça, um fator
  divino, poderia assegurar
  aos homens a salvação




                Reforma Luterana

 • Lutero é
   excomungado
   pelo Papa
   Leão X




                Reforma Luterana
    – Lutero é também
      perseguido pelo
      Imperador
    – Carlos V




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                       Reforma Luterana
 • Porém Lutero recebe a
   proteção de alguns
   nobres alemães
 • Frederico da Saxônia
 • Em 1502 ele fundou a
   Universidade de
   Wittenberg, onde
   Martinho Lutero
   ensinava Teologia
GUERRAS CAMPONESAS




                      Na esteira dessas novas idéias surgiram na
                         Alemanha rebeliões camponesas que
                     passaram a contestar alem da Igreja, a própria
                                   estrutura feudal.




                       Reforma Luterana
 • Liderados por
   Thomas Münzer
 • Münzer liderou os
   Anabatistas – ala
   radical dos
   reformadores
   alemães.




                                                                              6
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 O que pensavam os Anabatistas?
1. Desconsideravam o batismo da Igreja Católica
   Apostólica Romana. Assim, rebatizavam todos os
   que já tivessem sido batizados em criança,
   crendo que o verdadeiro batismo só tem valor
   quando      as     pessoas     se     convertem
   conscientemente a Cristo.
2. Münzer proclamou uma guerra contra todas as
   autoridades instituídas, e uma tentativa de
   estabelecer pela força o seu ideal de irmandade
   cristã, com a igualdade absoluta e a igualdade
   dos bens.




 O que pensavam os Anabatistas?
  “O mais pobre dos homens possui título tão
   autêntico e direito tão justo à terra quanto o
  mais rico dentre eles... A verdadeira liberdade
  reside no livre desfrute da terra... Se o comum
       do povo não tem maior liberdade na
    Alemanha do que a de viver em meio a seus
  irmãos mais velhos e para esses trabalhar em
   troca de salário, então que liberdade tem ele
   na Alemanha a mais do que na Inglaterra ou
                    na França?”




  Camponeses saqueando um mosteiro na Alemanha em 1525. Alguns
  tiram os peixes do viveiro, outros apoderam-se dos sacos de farinha,
  outros se embriagam no átrio enquanto os chefes comem no refeitório




                                                                                 7
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              Reforma Luterana
• Em 1525 Lutero escreveu Contra as Turbas de
  Camponeses Assassinos e Saqueadores,
  documento no qual afirmava que somente
  com o extermínio das insurreições seria
  possível salvar os homens para a vida eterna e
  restaurar a autoridade política.




              Reforma Luterana
     “Só há uma maneira desse turba fazer sua
  obrigação. É constrangendo-o pela lei e pela
  espada, prendendo-o em cadeias e gaiolas, da
       mesma forma como se faz com bestas
     selvagens . . . melhor a morte de todos os
  camponeses do que a morte dos príncipes . . .
    estrangulem os rebeldes como fariam com
    cães raivosos. Que todo seu sangue recaia
                      sobre mim"




              Reforma Religiosa
• Esse discurso forneceu
  aos príncipes alemães a
  justificativa moral para
  desencadear       violenta
  repressão              aos
  camponeses.
• Os exércitos dos príncipes
  massacraram milhares de
  camponeses.
• Com isso consolidou-se o
  poder e a estrutura feudal
  na Alemanha.




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     A guerra religiosa na Alemanha
        encerrou em 1555 com a
            Paz de Augsburg

                  Cujus regio, ejus religio
             É uma frase em latim que significa,
         "De acordo com a sua região, sua religião".




  Características do Luteranismo:


      Basicamente, a doutrina luterana divergia
        do catolicismo nos seguintes pontos:




            Características do Luteranismo

• Livre-exame.

  – O crente teria direito de
    ler a Bíblia e tirar suas
    próprias conclusões.
  – Desta forma, Lutero
    negava à Igreja o direito
    de ser a intérprete da
    palavra divina.             A Bíblia de Lutero é uma tradução alemã da Bíblia, produzida por
                                   Martinho Lutero, impressa pela primeira vez em 1534. Esta
                                       tradução é considerada como sendo em grande parte
                                       responsável pela evolução da moderna língua alemã.




                                                                                                           9
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          Características do Luteranismo
• Salvação pela fé.

   – Com base em uma
     interpretação que Lutero
     faz do texto Bíblico contido
     nas epístolas de São Paulo
     (Romanos), Lutero
     afirmava que o homem
     está destinado a pecar.
   – Para São Paulo o homem
     não é capaz de fazer o bem
     que quer mas faz o mal
     que não quer.
   – Assim não se salvará pelas
     obras, mas sim pelo
     arrependimento e pela fé.




          Características do Luteranismo

• Condenação do
  celibato.

   – Para Lutero não havia
     fundamento bíblico para
     o celibato do clero.
     Sendo assim, os
     ministros da Igreja
     deveriam se casar.




          Características do Luteranismo

• Negação da
  infalibilidade papal.

   – Para Lutero os papas
     estavam sujeitos ao erro
     como qualquer ser
     humano.




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             Reforma Religiosa

                    CALVINISMO




                 CALVINISMO
• O francês João Calvino
  (Jean Calvin) encontrou
  em Genebra (Suíça) um
  clima favorável para
  divulgar suas idéias.




                 CALVINISMO
• Calvino defendia a idéia
  da Predestinação, isto
  é, que a Salvação
  precedia a existência.
• Para ele o homem já
  nascia predestinado, ou
  seja escolhido por Deus,
  para a vida eterna ou
  para a danação eterna.




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                 CALVINISMO
• A doutrina calvinista
  estabelecia para seus
  adeptos uma vida
  regrada, disciplinada,
  dedicada ao trabalho,
  afastada do ócio, dos
  vícios e da ostentação.




                 CALVINISMO
• “O trabalhador é o que
  mais se assemelha a
  Deus... Um homem que
  não quer trabalhar não
  deve comer... O pobre é
  suspeito de preguiça, o
  que constitui uma
  injúria a Deus.”




                 CALVINISMO
• Esse código de conduta levou alguns autores a
  considerar esses princípios do calvinismo
  como fatores que favoreceriam o processo de
  acumulação capitalista.




                                                         12
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ANGLICANISMO




                  Reforma Anglicana
                                   • Na Inglaterra durante o
                                     governo de Henrique
                                     VIII, o monarca se
                                     desentendeu com o
                                     papa.




                  Reforma Anglicana
     • Sedento por riquezas e
       desejoso de confiscar as
       terras e bens da Igreja o
       rei solicitou a anulação
       de seu casamento com
       Catarina de Aragão
       alegando a falta de um
       sucessor masculino.




                                                                      13
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           Reforma Anglicana
                          • Diante da negativa do
                            Papa em conceder-lhe o
                            divórcio o rei rompeu
                            com o papado
                            promovendo uma
                            reforma na igreja
                            inglesa. Casou-se com
                            Ana Bolena.




           Reforma Anglicana
• Em 1534 Henrique VIII
  decretou o Ato de
  Supremacia
  consolidando a
  separação entre a
  Inglaterra e o papa
  criando uma Igreja
  Nacional chamada de
  Anglicana.




           Reforma Anglicana
• Henrique VIII
  transformou-se no
  chefe do
  Anglicanismo
  fortalecendo o poder
  real consolidado no
  reinado de
• Elizabeth I.




                                                            14
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                                              Curiosidade

                       Henrique VIII casou-se seis vezes!!




     Catherine of Aragon                                                                              Jane Seymour
                                                          Anne Boleyn




        Anne of Cleaves                             Catherine Howard                                    Catherine Parr
      CONTRARREFORMA




 Apesar do termo, Contrarreforma, o movimento de reação iniciado pela Igreja Católica a partir da
expansão do protestantismo na Europa ocidental apresentou muito mais um caráter reformista. Ou
 seja, ainda que reagindo violentamente à expansão das novas doutrinas religiosas pelo continente
europeu, a alta hierarquia do clero católico percebeu a necessidade de alterar importantes aspectos
                       de sua existência, sob risco de perder ainda mais fiéis.




                                                                                                                                15
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              Reforma Católica
         •   Papa Paulo III reuniu o Concilio de Trento (1545-1563)




              Reforma Católica
                                           O Index Librorum
                                          Prohibitorum ou Index
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                                              de publicações
                                           proibidas pela Igreja
                                            Católica, de "livros
                                          perniciosos" contendo
                                         ainda as regras da igreja
                                          relativamente a livros.




   Index Librorvm Prohibithorvm
• Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Giordano
  Bruno, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Rotterdam,
  Baruch de Espinosa, John Locke, Berkeley, Denis
  Diderot, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, René
  Descartes, Rousseau, Montesquieu, David Hume
  e Immanuel Kant pertenceram a esta lista
• O índice foi abolido em 1966 pelo Papa Paulo VI,
  sendo anunciado formalmente em 15 de junho
  de 1966.




                                                                             16
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              Reforma Católica

     Tribunal
        do
      Santo
      Ofício




              Reforma Católica
• Foi restaurada a
  Inquisição, de origem
  medieval, cujo objetivo
  era perseguir hereges.
• Agiu com extrema
  violência e conteve o
                                 Galileu diante do Santo Ofício, pintura do
  avanço do                     século XIX de Joseph-Nicolas Robert-Fleury.
  protestantismo onde
  atuou: Portugal,
  Espanha e Itália




                               Auto-da-fé ou Auto-de-fé refere-se a
                                 eventos de penitência realizados
                            publicamente ou (em espaços reservados
                            para isso) com humilhação de heréticos e
                            apóstatas bem como punição aos cristãos-
                            novos pelo não cumprimento ou vigilância
                              da nova fé lhes outorgada, postos em
                            prática pela Inquisição, principalmente em
                                        Portugal e Espanha.




                                                                                     17
21/03/2012



Companhia de Jesus




         Ad Maiorem Dei Gloriam ou ad majorem Dei gloriam ("para maior glória de Deus", em latim),
        também conhecido pelo acrônimo AMDG, é o lema da Sociedade de Jesus, cujos membros são
          comumente conhecidos como jesuítas. A sociedade é uma ordem religiosa dentro da Igreja
                                            Católica Romana




                             Reforma Católica

                                                     • Foi fundada
                                                       por Ignácio de
                                                       Loyola e
                                                       ratificada pelo
                                                       Papa Paulo III
                                                       em 1540




 Sua ação foi fundamental para a Conquista Espiritual da América
    onde fundaram missões e reduções construindo escolas e
                         universidades




                                                                                                            18
21/03/2012




No espírito da Contrarreforma difundiu-se o
           estilo artístico Barroco
       Distingue-se pelo esplendor
               exuberante




                                                            Caravaggio
                               O Martírio de São Matheus, 1599 - 1600
                                                          Óleo sobre tela
                                                            323 x 343cm
                         Capela Contarelli, San Luigi dei Francesi, Roma




                                                          Caravaggio
                                                          Cupido, 1602
                                                        Óleo sobre tela
                                                           156x113cm
                                                                 Berlin
                                        Staatliche Museen Preussischer
                                          Kulturbesitz, Gemäldegalerie




                                                                                   19
21/03/2012




                                  Rembrandt
Palestra de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp, 1632
                               Óleo sobre tela
                             169,5 x 216,5 cm
                       Mauritshuis, The Hague




                                    Vermeer
               A empregada da cozinha, 1658
                               45,5 x 41 cm
                    Rijksmuseum, Amsterdam




                                    Vermeer
             Moça com brinco de pérola, 1662
                                     46x40cm
                               Óleo sobre tela




                                                         20
21/03/2012




                           Bernini
 O êxtase de Santa Teresa, 1645-52
                            350cm
                          Mármore
             Capela Cornaro, Roma




                    Andrea Pozzo
A Apoteose de Santo Inácio, 1688-90
                           Afresco




                          Rubens
 A união da terra com a água, 1618
                    Óleo sobre tela
                 222,5 x 180,5 cm
        Hermitage, São Petersburgo




                                             21
21/03/2012




                      Rubens
O Julgamento de Paris, 1635-38
             Óleo sobre painel
             144,8 x 193,7 cm
       National Gallery, London




                   Velázquez
            Las Meninas, 1656
              Óleo sobre tela
                   318x276cm
       Museo del Prado, Madrid




                                         22
21/03/2012




                           Poussin
  Estupro da mulher Sabina, 1633-34
                     Óleo sobre tela
                   154,6 x 209,9 cm
Metropolitan Museum of Art, New York




                           Le Brun
           O Chanceler Séguier, 1655
                    Óleo sobre linho
                      295 x 351 cm
                       Louvre, Paris




         Serpente de bronze, 1714-15
                            Lã e seda
                            367x604
   Autor do modelo: Le Brun em 1650




                                               23
21/03/2012




             Simon Vouet
    Alegoria da saúde, 1649
             Óleo sobre tela
                170x124cm
        Coleção de Luis XIII




   Jean-Antoine Watteau
La gamme d'amour, 1717-20
             Óleo sobre tela
             51,3 x 59,4 cm
    National Gallery, London




        François Boucher
           La Toilette, 1742
            Óleo sobre tela
                        1742
          Coleção Particular




                                      24
21/03/2012



    Divina Providência, 1633-1639.
    Pietro da Cortona: O triunfo da

    Afresco em teto do Palazzo
    Barberini, Roma




                                      Referências
•      BRONOWSKI, J. e MAZLISCH, B. A Reforma. In: A Tradição Intelectual do Ocidente.
       Lisboa, Ed. 70, 1988, pp. 93-122.
•      DAVIDSON, N. S. A Contrarreforma. SP: Martins Fontes, 1991.
•      DELUMEAU, Jean. Nascimento e afirmação da reforma. SP: Pioneira, 1989.
•      GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: Guanabara, 1998.
•      LA COUTURE, Jean. Os jesuítas: os conquistadores. Porto Alegre: L&PM, 1994.
•      LEBRUN, F. As Reformas: devoções comunitárias e piedade individual. In: História
       da Vida Privada, Renascença. Lisboa, Afrontamento, 1990, pp. 71-111.
•      MULLET, Michel. A contrarreforma. Lisboa: Gradiva, 1985 [1984].
•      TREVOR-ROPPER, H.R. Religião, reforma transformação social. Lisboa: Editorial
•      Presença/Martins Fontes, 1981. (II-IV)
•      WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São
       Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1987.




                                                                                                 25

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Reformas religiosas

  • 1. 21/03/2012 Reforma Religiosa As Reformas Religiosas Prof. Jorge Miklos Março/2012 O que foi a Reforma Religiosa? • Rompimento da unidade cristã na Europa do século XVI, devido às transformações na ordem feudal que levaram a um afastamento entre os homens e a Igreja Católica. • A substituição da mentalidade teocêntrica, típica da Idade Média, pela antropocêntrica que valorizava o ser humano e suas capacidades individuais, levou ao questionamento da doutrina católica, assim como o comportamento pouco adequado do clero gerou críticas à instituição. • O desenvolvimento das forças capitalistas exigia uma nova ética religiosa frente às atividades econômicas da burguesia. Contexto Histórico Mundo Moderno • Individualismo • Os ideais do homem burguês • A centralização política das monarquias • As navegações e a descoberta da América • As transformações econômicas, sociais e culturais da modernidade 1
  • 2. 21/03/2012 Fatores da Reforma Religiosa • FATORES RELIGIOSOS – Corrupção • Indulgências (O Papa Leão X com o intuito de construir a Basílica de S. Pedro negociou a venda das indulgências com o banqueiro Jacob Füguer, Uma indulgência de Tetzel 1517 que dando-lhes um caráter de diz: "Pela autoridade de todos os operação mercantil santos, e misericórdia para com você, • Simonia (vendas de eu te absolvo de todos os pecados cargos e relíquias e más ações e remeter todos os castigos por dez dias. religiosas) Fatores da Reforma Religiosa Caricatura anônima representando o frade dominicano Johann Tetzel durante a campanha de venda de indulgências na Alemanha: “ Logo que o ouro tilinta na caixa, o céu recebe uma alma” Fatores da Reforma Religiosa Recibo de indulgência impresso e dado a dois irmãos e Einsiedeln, em 1521 por um monge beneditino 2
  • 3. 21/03/2012 Fatores da Reforma Religiosa • POLÍTICOS – Universalismo da Igreja X Interesses do Estado Nacional – Conflito poder Espiritual X Poder Temporal – Interferência da Igreja em assuntos internos dos Estados e vice-versa Reforma Religiosa • IDEOLÓGICOS • Humanismo renascentista buscava um cristianismo modernizado A idéia de que a Igreja estava afundando. Gravura de 1497. Fatores da Reforma Religiosa • Ilustração dos altos e baixos da Reforma. • A Igreja está com o teto para baixo; um camponês celebra a missa; um nobre e um monge lavram a terra. • Gravura de 1548. 3
  • 4. 21/03/2012 Reforma Luterana • Liderança de Lutero: • Religioso alemão • Atormentado com a noção do pecado original, queria saber o que poderia garantir a salvação Reforma Luterana  Em 31/10/1517 Lutero Publica as 95 Teses em que condena a venda das indulgências Foi na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg que Martinho Lutero pregou suas 95 teses. 4
  • 5. 21/03/2012 Princípios Teológicos de Lutero • só a fé salva: portanto, nenhuma instituição religiosa poderia ser intermediária entre Deus e os homens • só a leitura bíblica tem os ensinamentos: assim a autoridade dos religiosos era restrita • só a graça, um fator divino, poderia assegurar aos homens a salvação Reforma Luterana • Lutero é excomungado pelo Papa Leão X Reforma Luterana – Lutero é também perseguido pelo Imperador – Carlos V 5
  • 6. 21/03/2012 Reforma Luterana • Porém Lutero recebe a proteção de alguns nobres alemães • Frederico da Saxônia • Em 1502 ele fundou a Universidade de Wittenberg, onde Martinho Lutero ensinava Teologia GUERRAS CAMPONESAS Na esteira dessas novas idéias surgiram na Alemanha rebeliões camponesas que passaram a contestar alem da Igreja, a própria estrutura feudal. Reforma Luterana • Liderados por Thomas Münzer • Münzer liderou os Anabatistas – ala radical dos reformadores alemães. 6
  • 7. 21/03/2012 O que pensavam os Anabatistas? 1. Desconsideravam o batismo da Igreja Católica Apostólica Romana. Assim, rebatizavam todos os que já tivessem sido batizados em criança, crendo que o verdadeiro batismo só tem valor quando as pessoas se convertem conscientemente a Cristo. 2. Münzer proclamou uma guerra contra todas as autoridades instituídas, e uma tentativa de estabelecer pela força o seu ideal de irmandade cristã, com a igualdade absoluta e a igualdade dos bens. O que pensavam os Anabatistas? “O mais pobre dos homens possui título tão autêntico e direito tão justo à terra quanto o mais rico dentre eles... A verdadeira liberdade reside no livre desfrute da terra... Se o comum do povo não tem maior liberdade na Alemanha do que a de viver em meio a seus irmãos mais velhos e para esses trabalhar em troca de salário, então que liberdade tem ele na Alemanha a mais do que na Inglaterra ou na França?” Camponeses saqueando um mosteiro na Alemanha em 1525. Alguns tiram os peixes do viveiro, outros apoderam-se dos sacos de farinha, outros se embriagam no átrio enquanto os chefes comem no refeitório 7
  • 8. 21/03/2012 Reforma Luterana • Em 1525 Lutero escreveu Contra as Turbas de Camponeses Assassinos e Saqueadores, documento no qual afirmava que somente com o extermínio das insurreições seria possível salvar os homens para a vida eterna e restaurar a autoridade política. Reforma Luterana “Só há uma maneira desse turba fazer sua obrigação. É constrangendo-o pela lei e pela espada, prendendo-o em cadeias e gaiolas, da mesma forma como se faz com bestas selvagens . . . melhor a morte de todos os camponeses do que a morte dos príncipes . . . estrangulem os rebeldes como fariam com cães raivosos. Que todo seu sangue recaia sobre mim" Reforma Religiosa • Esse discurso forneceu aos príncipes alemães a justificativa moral para desencadear violenta repressão aos camponeses. • Os exércitos dos príncipes massacraram milhares de camponeses. • Com isso consolidou-se o poder e a estrutura feudal na Alemanha. 8
  • 9. 21/03/2012 A guerra religiosa na Alemanha encerrou em 1555 com a Paz de Augsburg Cujus regio, ejus religio É uma frase em latim que significa, "De acordo com a sua região, sua religião". Características do Luteranismo: Basicamente, a doutrina luterana divergia do catolicismo nos seguintes pontos: Características do Luteranismo • Livre-exame. – O crente teria direito de ler a Bíblia e tirar suas próprias conclusões. – Desta forma, Lutero negava à Igreja o direito de ser a intérprete da palavra divina. A Bíblia de Lutero é uma tradução alemã da Bíblia, produzida por Martinho Lutero, impressa pela primeira vez em 1534. Esta tradução é considerada como sendo em grande parte responsável pela evolução da moderna língua alemã. 9
  • 10. 21/03/2012 Características do Luteranismo • Salvação pela fé. – Com base em uma interpretação que Lutero faz do texto Bíblico contido nas epístolas de São Paulo (Romanos), Lutero afirmava que o homem está destinado a pecar. – Para São Paulo o homem não é capaz de fazer o bem que quer mas faz o mal que não quer. – Assim não se salvará pelas obras, mas sim pelo arrependimento e pela fé. Características do Luteranismo • Condenação do celibato. – Para Lutero não havia fundamento bíblico para o celibato do clero. Sendo assim, os ministros da Igreja deveriam se casar. Características do Luteranismo • Negação da infalibilidade papal. – Para Lutero os papas estavam sujeitos ao erro como qualquer ser humano. 10
  • 11. 21/03/2012 Reforma Religiosa CALVINISMO CALVINISMO • O francês João Calvino (Jean Calvin) encontrou em Genebra (Suíça) um clima favorável para divulgar suas idéias. CALVINISMO • Calvino defendia a idéia da Predestinação, isto é, que a Salvação precedia a existência. • Para ele o homem já nascia predestinado, ou seja escolhido por Deus, para a vida eterna ou para a danação eterna. 11
  • 12. 21/03/2012 CALVINISMO • A doutrina calvinista estabelecia para seus adeptos uma vida regrada, disciplinada, dedicada ao trabalho, afastada do ócio, dos vícios e da ostentação. CALVINISMO • “O trabalhador é o que mais se assemelha a Deus... Um homem que não quer trabalhar não deve comer... O pobre é suspeito de preguiça, o que constitui uma injúria a Deus.” CALVINISMO • Esse código de conduta levou alguns autores a considerar esses princípios do calvinismo como fatores que favoreceriam o processo de acumulação capitalista. 12
  • 13. 21/03/2012 ANGLICANISMO Reforma Anglicana • Na Inglaterra durante o governo de Henrique VIII, o monarca se desentendeu com o papa. Reforma Anglicana • Sedento por riquezas e desejoso de confiscar as terras e bens da Igreja o rei solicitou a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão alegando a falta de um sucessor masculino. 13
  • 14. 21/03/2012 Reforma Anglicana • Diante da negativa do Papa em conceder-lhe o divórcio o rei rompeu com o papado promovendo uma reforma na igreja inglesa. Casou-se com Ana Bolena. Reforma Anglicana • Em 1534 Henrique VIII decretou o Ato de Supremacia consolidando a separação entre a Inglaterra e o papa criando uma Igreja Nacional chamada de Anglicana. Reforma Anglicana • Henrique VIII transformou-se no chefe do Anglicanismo fortalecendo o poder real consolidado no reinado de • Elizabeth I. 14
  • 15. 21/03/2012 Curiosidade Henrique VIII casou-se seis vezes!! Catherine of Aragon Jane Seymour Anne Boleyn Anne of Cleaves Catherine Howard Catherine Parr CONTRARREFORMA Apesar do termo, Contrarreforma, o movimento de reação iniciado pela Igreja Católica a partir da expansão do protestantismo na Europa ocidental apresentou muito mais um caráter reformista. Ou seja, ainda que reagindo violentamente à expansão das novas doutrinas religiosas pelo continente europeu, a alta hierarquia do clero católico percebeu a necessidade de alterar importantes aspectos de sua existência, sob risco de perder ainda mais fiéis. 15
  • 16. 21/03/2012 Reforma Católica • Papa Paulo III reuniu o Concilio de Trento (1545-1563) Reforma Católica O Index Librorum Prohibitorum ou Index Librorvm Prohibithorvm ("Índice dos Livros Proibidos”) foi uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica, de "livros perniciosos" contendo ainda as regras da igreja relativamente a livros. Index Librorvm Prohibithorvm • Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Rotterdam, Baruch de Espinosa, John Locke, Berkeley, Denis Diderot, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, David Hume e Immanuel Kant pertenceram a esta lista • O índice foi abolido em 1966 pelo Papa Paulo VI, sendo anunciado formalmente em 15 de junho de 1966. 16
  • 17. 21/03/2012 Reforma Católica Tribunal do Santo Ofício Reforma Católica • Foi restaurada a Inquisição, de origem medieval, cujo objetivo era perseguir hereges. • Agiu com extrema violência e conteve o Galileu diante do Santo Ofício, pintura do avanço do século XIX de Joseph-Nicolas Robert-Fleury. protestantismo onde atuou: Portugal, Espanha e Itália Auto-da-fé ou Auto-de-fé refere-se a eventos de penitência realizados publicamente ou (em espaços reservados para isso) com humilhação de heréticos e apóstatas bem como punição aos cristãos- novos pelo não cumprimento ou vigilância da nova fé lhes outorgada, postos em prática pela Inquisição, principalmente em Portugal e Espanha. 17
  • 18. 21/03/2012 Companhia de Jesus Ad Maiorem Dei Gloriam ou ad majorem Dei gloriam ("para maior glória de Deus", em latim), também conhecido pelo acrônimo AMDG, é o lema da Sociedade de Jesus, cujos membros são comumente conhecidos como jesuítas. A sociedade é uma ordem religiosa dentro da Igreja Católica Romana Reforma Católica • Foi fundada por Ignácio de Loyola e ratificada pelo Papa Paulo III em 1540 Sua ação foi fundamental para a Conquista Espiritual da América onde fundaram missões e reduções construindo escolas e universidades 18
  • 19. 21/03/2012 No espírito da Contrarreforma difundiu-se o estilo artístico Barroco Distingue-se pelo esplendor exuberante Caravaggio O Martírio de São Matheus, 1599 - 1600 Óleo sobre tela 323 x 343cm Capela Contarelli, San Luigi dei Francesi, Roma Caravaggio Cupido, 1602 Óleo sobre tela 156x113cm Berlin Staatliche Museen Preussischer Kulturbesitz, Gemäldegalerie 19
  • 20. 21/03/2012 Rembrandt Palestra de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp, 1632 Óleo sobre tela 169,5 x 216,5 cm Mauritshuis, The Hague Vermeer A empregada da cozinha, 1658 45,5 x 41 cm Rijksmuseum, Amsterdam Vermeer Moça com brinco de pérola, 1662 46x40cm Óleo sobre tela 20
  • 21. 21/03/2012 Bernini O êxtase de Santa Teresa, 1645-52 350cm Mármore Capela Cornaro, Roma Andrea Pozzo A Apoteose de Santo Inácio, 1688-90 Afresco Rubens A união da terra com a água, 1618 Óleo sobre tela 222,5 x 180,5 cm Hermitage, São Petersburgo 21
  • 22. 21/03/2012 Rubens O Julgamento de Paris, 1635-38 Óleo sobre painel 144,8 x 193,7 cm National Gallery, London Velázquez Las Meninas, 1656 Óleo sobre tela 318x276cm Museo del Prado, Madrid 22
  • 23. 21/03/2012 Poussin Estupro da mulher Sabina, 1633-34 Óleo sobre tela 154,6 x 209,9 cm Metropolitan Museum of Art, New York Le Brun O Chanceler Séguier, 1655 Óleo sobre linho 295 x 351 cm Louvre, Paris Serpente de bronze, 1714-15 Lã e seda 367x604 Autor do modelo: Le Brun em 1650 23
  • 24. 21/03/2012 Simon Vouet Alegoria da saúde, 1649 Óleo sobre tela 170x124cm Coleção de Luis XIII Jean-Antoine Watteau La gamme d'amour, 1717-20 Óleo sobre tela 51,3 x 59,4 cm National Gallery, London François Boucher La Toilette, 1742 Óleo sobre tela 1742 Coleção Particular 24
  • 25. 21/03/2012 Divina Providência, 1633-1639. Pietro da Cortona: O triunfo da Afresco em teto do Palazzo Barberini, Roma Referências • BRONOWSKI, J. e MAZLISCH, B. A Reforma. In: A Tradição Intelectual do Ocidente. Lisboa, Ed. 70, 1988, pp. 93-122. • DAVIDSON, N. S. A Contrarreforma. SP: Martins Fontes, 1991. • DELUMEAU, Jean. Nascimento e afirmação da reforma. SP: Pioneira, 1989. • GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: Guanabara, 1998. • LA COUTURE, Jean. Os jesuítas: os conquistadores. Porto Alegre: L&PM, 1994. • LEBRUN, F. As Reformas: devoções comunitárias e piedade individual. In: História da Vida Privada, Renascença. Lisboa, Afrontamento, 1990, pp. 71-111. • MULLET, Michel. A contrarreforma. Lisboa: Gradiva, 1985 [1984]. • TREVOR-ROPPER, H.R. Religião, reforma transformação social. Lisboa: Editorial • Presença/Martins Fontes, 1981. (II-IV) • WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1987. 25