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O IMPERIALISMO




            Jorge Miklos
            História Contemporânea I
            Faculdades Guarulhos
            Segundo Semestre 2011.
Por meio de sua exploração do mercado mundial, a burguesia deu
um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os
países. Para desespero dos reacionários, retirou da indústria sua
base nacional. As velhas indústrias nacionais foram destruídas ou
estão-se destruindo dia a dia. São suplantadas por novas indústrias,
cuja introdução se torna uma questão de vida e morte para todas as
nações civilizadas, por indústrias que não empregam matérias-
primas autóctones, mas matérias-primas vindas das zonas mais
remotas; indústrias cujos produtos se consomem não somente no
próprio país, mas em todas as partes do globo. Em lugar das
antigas necessidades, satisfeitas pela produção nacional,
encontramos novas necessidades que requerem para sua satisfação
os produtos das regiões mais longínquas e dos climas mais
diversos. Em lugar do antigo isolamento local e da auto-suficiência
das nações, desenvolvem-se, em todas as direções, um intercâmbio
e uma interdependência universais.
E isso tanto na produção material quanto na intelectual. (...) Com o
rápido aprimoramento dos meios de produção, com as imensas
facilidades dos meios de comunicação, a burguesia arrasta todas as
nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização. Os baixos
preços de suas mercadorias formam a artilharia pesada com que
destrói todas as muralhas da China, com que obriga à capitulação
dos bárbaros mais hostis aos estrangeiros. Força todas as nações,
sob pena de extinção, a adotarem o modo burguês de produção;
força-as a adotarem o que ela chama de civilização, isto é, a se
tornarem burguesas. Em uma palavra, cria um mundo à sua
imagem.

 MARX, Karl e ENGELS, F. Manifesto Comunista. Rio de Janeiro: Zahar, 1982, p. 97
“O mundo está quase todo parcelado, e o que dele
resta está sendo dividido, conquistado, colonizado.
Pense nas estrelas que vemos à noite, esses vastos
mundos que jamais poderemos atingir. Eu anexaria
     os planetas, se pudesse; penso sempre nisso.
 Entristece-me vê-los tão clara mente, e ao mesmo
                              tempo tão distantes.”
                                (Cecil Rhodes 1895)
O IMPERIALISMO
                    DEFINIÇÃO
• Imperialismo ou
  Neocolonialismo:
  fenômeno econômico,
  social, político e cultural
  ocorrido no mundo de
  finais do século XIX e
  início do XX (mais
  especificamente, entre
  1875 e 1914), marcado
  basicamente pela divisão
  do planeta entre as
  potências industriais-
  capitalistas européias.
O IMPERIALISMO
            FATORES GERADORES
• Na segunda metade do
  século XIX, a Revolução
  Industrial, até então
  praticamente restrita à
  Inglaterra, expandiu-se e
  alcançou outras partes da
  Europa e do mundo,
  notadamente Alemanha e
  Itália recém-unificadas,
  Rússia, Estados Unidos e
  Japão.
O IMPERIALISMO
            FATORES GERADORES
• Além disso, a tecnologia
  industrial sofisticou-se,
  atingindo vários setores
  da produção
  (metalurgia, siderurgia,
  petroquímica),
  ampliando
  significativamente a
  produtividade das
  indústrias.
O IMPERIALISMO
               FATORES GERADORES
• Uma produção crescente de
  mercadorias exigia novos
  mercados consumidores de
  gêneros industriais, uma vez
  que a população européia, em
  sua      maioria     miseráveis
  moradores       das    cidades
  industriais, não detinha poder
  aquisitivo para consumir, na
  escala exigida pelas novas
  indústrias, as mercadorias que
  saíam da fábricas, onde
  normalmente       trabalhavam.
  Verificava-se, na Europa desse
  período, o fenômeno da
  superprodução.
O IMPERIALISMO
                FATORES GERADORES
• crescimento demográfico: a
  partir de meados do século XIX, a
  população européia passou a
  crescer em ritmo acelerado,
  devido, sobretudo, à queda da
  mortalidade dadas às inovações
  da ciência médica; surgiu assim
  um excedente demográfico,
  formado principalmente, por
  pobres, que ameaçava a
  estabilidade da relações sociais
  na Europa, até porque, esses
  marginalizados buscavam, cada
  vez mais, organizar-se em torno
  das propostas socialistas;
O IMPERIALISMO
            FATORES GERADORES
• busca de matérias-
  primas: a indústria
  começava a usar uma
  tecnologia cada vez
  mais sofisticada, o que
  exigia matérias-primas
  exóticas, encontradas
  em pontos remotos do
  planeta, como o cobre,
  o petróleo, manganês,
  borracha, etc.
O IMPERIALISMO
             FATORES GERADORES
• busca de investimentos de
  capital: na Europa, havia
  um grande capital que não
  podia ser reinvestido na
  produção sem agravar o
  problema do excedente
  produtivo; assim, esse
  capital precisava ser
  direcionado para outras
  áreas do planeta,
  favorecendo o controle
  político e o escoamento de
  mercadorias nas regiões
  dominadas pelos países
  europeus;
O IMPERIALISMO
                   FATORES GERADORES
•   ascensão do movimento operário: os
    trabalhadores europeus estavam
    paulatinamente se organizando em
    torno dos sindicatos e dos partidos
    operários, adeptos normalmente das
    ideologias socialista e anarquista;
    para neutralizar a força política dos
    trabalhadores que ameaçava a
    dominação burguesa, apelou-se para
    um discurso que minimizava as
    reivindicações operárias (salário,
    jornada de trabalho, direitos
    trabalhistas...) em detrimento da
    busca da grandeza da nação, da qual
    todos, mais cedo ou mais tarde,
    seriam beneficiários.
O IMPERIALISMO
             CARACTERÍSTICAS
• concentração da
  produção e do capital
  em um número
  reduzido de países e
  indivíduos (alta
  burguesia);
O IMPERIALISMO
               CARACTERÍSTICAS
• capital financeiro:
  fusão entre capital
  industrial e capital
  bancário, com
  predomínio deste
  último;
O IMPERIALISMO
               CARACTERÍSTICAS
• exportação de capitais
  dos núcleos capitalistas
  desenvolvidos para a
  periferia; os
  investimentos realizados
  nas colônias ou áreas de
  influência privilegiavam a
  infra-estrutura de
  transportes, energia e
  comunicações, a fim de
  agilizar o escoamento
  das mercadorias e
  facilitar a dominação;
O IMPERIALISMO
             CARACTERÍSTICAS
• associações
  monopolistas:
  surgimento de trustes,
  cartéis e holdings que
  controlavam produção e
  mercados;
O IMPERIALISMO
                CARACTERÍSTICAS
• partilha do mercado
  mundial e divisão
  territorial do planeta entre
  potências industriais; a
  dominação poderia ser
  direta - quando uma região
  se converte em colônia de
  uma nação - ou indireta -
  quando uma nação
  industrializada estabelece o
  controle econômico sobre
  certas regiões, contando,
  para isso, com a conivência
  da elite nativa;
O IMPERIALISMO
                  CARACTERÍSTICAS
• Darwinismo Social
• Transposição da teoria de
  Darwin acerca dos fenômenos
  biológicos para os fenônemos
  sociais
• Foi empregado para tentar
  explicar a pobreza pós-
  revolução industrial, sugerindo
  que os que estavam pobres
  eram os menos aptos
  (segundo interpretação da
  época da teoria de Darwin) e
  os mais ricos que evoluíram
  economicamente seriam os
  mais aptos a sobreviver por
  isso os mais evoluídos.
O IMPERIALISMO
                           CARACTERÍSTICAS
• “o fardo do homem branco”:
• "The White Man's Burden"
    justificativa ideológica do
    imperialismo; os europeus
    brancos julgavam-se uma raça
    superior detentora da
    civilização; os demais povos
    não-brancos eram
    considerados, até mesmo
    biologicamente, inferiores.
    Cabia, pois, aos brancos a
    “dura missão” de levar aos que
    viviam nas trevas da
    ignorância e da barbárie, a luz
    da civilização e do
    conhecimento.
 Esta propaganda de sabão usa o tema do "Fardo do Homem
 Branco" para encorajar pessoas brancas a ensinar noções de
 higiene a membros de outras raças.
O IMPERIALISMO
              CARACTERÍSTICAS
• A África e a Ásia foram
  os continentes sobre os
  quais se estabeleceu o
  imperialismo europeu
  de fins do século XIX.
IMPERIALISMO NA ÁSIA
                  Índia
• A partir de meados do
  século XIX, a Inglaterra
  intensificou o controle
  sobre a Índia, impondo ao
  país uma administração
  britânica, que construiu
  estradas e organizou
  missões políticas e
  religiosas,
  desestruturando o antigo
  modo de vida dos
  indiano.
IMPERIALISMO NA ÁSIA
                   Índia
• Tal fato gerou
  movimentos de cunho
  nacionalista que tinham
  por objetivo diminuir a
  influência britânica na
  região. Em 1857, eclodiu
  a Guerra dos Cipaios
  (soldados indianos), luta
  nacionalista contra os
  ingleses que acabou
  sendo violentamente
  sufocada em 1859.
                              Rani Lakshmibai
IMPERIALISMO NA ÁSIA
                  Índia
• A revolta serviu de
  pretexto para que a
  Inglaterra passasse a
  exercer mais de perto o
  poder sobre a Índia.
• Em 1877, a rainha Vitória
  foi aclamada imperatriz
  da Índia, consolidando,
  assim, o predomínio
  britânico sobre o país,
  que se transformou numa
  colônia inglesa.
IMPERIALISMO NA ÁSIA
                   China
• A China, em meados do
  século XIX, apresentava o
  poder centralizado em
  mãos da dinastia Manchu,
  mas esse poder dava sinais
  de enfraquecimento devido
  ao predomínio da
  aristocracia agrária.
• Ao mesmo tempo, a China
  representava um atraente
  mercado consumidor
  devido ao número de seus
  habitantes (cerca de 400
  milhões).
IMPERIALISMO NA ÁSIA
                    China
• Durante anos, o capitalismo
  britânico penetrou na China
  através da ação da Companhia
  das Índias Orientais, mas
  outras nações também
  almejavam conquistar espaço
  no mercado chinês, gerando
  inúmeras rivalidades.
• Após a Guerra do Ópio (1841),
  a frágil resistência chinesa ao
  avanço do imperialismo sobre
  seu território foi
  definitivamente neutralizada.
                             Tratado de Nanquim (1842), a China teve de
                             abrir cinco de seus portos ao livre comércio e
                             entregar a ilha de Hong-Kong aos ingleses.
IMPERIALISMO NA ÁSIA
                 China
• Além da Inglaterra,
  França e Estados
  Unidos, outros países
  acabaram se
  beneficiando da
  abertura do mercado
  chinês como a Rússia, a
  Alemanha e o Japão.
IMPERIALISMO NA ÁSIA
                   China
• Em 1900, uma nova
  tentativa chinesa de reduzir
  a presença imperialista em
  seu território redundou no
  aprofundamento da
  dominação estrangeira
  sobre a China: trata-se da
  Guerra dos Boxers, reação
  nacionalista chinesa,
  violentamente reprimida
  pela intervenção militar das
  grandes potências
  industriais.
O IMPERIALISMO NA ÁFRICA
• A África foi a maior vítima
  da ação imperialista
  européia no século XIX: seu
  território foi
  completamente partilhado
  entre as potências
  industriais, seus recursos
  foram largamente
  explorados e sua população
  violentamente subjugada,
  ocasionando graves
  problemas que se refletem
  na atualidade do
  continente.
O IMPERIALISMO NA ÁFRICA
• Iniciada a partir da segunda
  metade do século XIX, a
  efetiva partilha da África
  atingiu seu ponto máximo na
  Conferência de Berlim (1884-
  1885), da qual participaram 14
  países europeus e os Estados
  Unidos.
• Visando estabelecer fronteiras
  e normas a serem seguidas
  pelas nações colonizadoras, a
  conferência, porém, não
  conseguiu remover
  divergências entre os países
  quanto às suas ambições
  imperialistas.
O IMPERIALISMO NA ÁFRICA
• A divisão do território africano
  entre os países
  industrializados do Ocidente
  não levou em consideração a
  realidade geográfica e humana
  do continente, desrespeitando
  características naturais e
  tradições que acabaram por
  desestruturar a forma de vida
  nativa.
• Tal fato até hoje causa
  problemas aos africanos como
  a imprensa denuncia
  constantemente.
O IMPERIALISMO NA ÁFRICA
• Dentre os principais efeitos da
  política imperialista podemos
  destacar a ampliação territorial
  de alguns países - Inglaterra (10
  milhões de km2), França (9
  milhões), Alemanha (750 mil),
  Itália (250 mil).
• Os Estados Unidos não
  estabeleceram áreas de
  dominação direta, pois já tinham
  na América Latina sua área de
  influência exclusiva.
• Portugal e Espanha mantiveram
  seus domínios na África
  sobretudo porque os países
  europeus não chegariam a um
  acordo pacífico sobre sua divisão.
Guerras dos Bôeres
• As guerras dos bôeres ou
  guerras dos bôers foram dois
  confrontos armados na atual
  África do Sul que opuseram os
  colonos de origem holandesa
  e francesa, os chamados
  bôeres ao exército britânico,
  que pretendia se apoderar das
  minas de diamante e ouro
  recentemente encontradas
  naquele território. Em
  consequência das guerras, os
  bôeres ficaram sob o domínio
  britânico, com a promessa de
  autogoverno.[
O IMPERIALISMO NA ÁFRICA
• Além disso, as
  divergências quanto à
  partilha de territórios
  aprofundou as tensões
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  países europeus,
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O IMPERIALISMO

  • 1. O IMPERIALISMO Jorge Miklos História Contemporânea I Faculdades Guarulhos Segundo Semestre 2011.
  • 2. Por meio de sua exploração do mercado mundial, a burguesia deu um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reacionários, retirou da indústria sua base nacional. As velhas indústrias nacionais foram destruídas ou estão-se destruindo dia a dia. São suplantadas por novas indústrias, cuja introdução se torna uma questão de vida e morte para todas as nações civilizadas, por indústrias que não empregam matérias- primas autóctones, mas matérias-primas vindas das zonas mais remotas; indústrias cujos produtos se consomem não somente no próprio país, mas em todas as partes do globo. Em lugar das antigas necessidades, satisfeitas pela produção nacional, encontramos novas necessidades que requerem para sua satisfação os produtos das regiões mais longínquas e dos climas mais diversos. Em lugar do antigo isolamento local e da auto-suficiência das nações, desenvolvem-se, em todas as direções, um intercâmbio e uma interdependência universais.
  • 3. E isso tanto na produção material quanto na intelectual. (...) Com o rápido aprimoramento dos meios de produção, com as imensas facilidades dos meios de comunicação, a burguesia arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização. Os baixos preços de suas mercadorias formam a artilharia pesada com que destrói todas as muralhas da China, com que obriga à capitulação dos bárbaros mais hostis aos estrangeiros. Força todas as nações, sob pena de extinção, a adotarem o modo burguês de produção; força-as a adotarem o que ela chama de civilização, isto é, a se tornarem burguesas. Em uma palavra, cria um mundo à sua imagem. MARX, Karl e ENGELS, F. Manifesto Comunista. Rio de Janeiro: Zahar, 1982, p. 97
  • 4. “O mundo está quase todo parcelado, e o que dele resta está sendo dividido, conquistado, colonizado. Pense nas estrelas que vemos à noite, esses vastos mundos que jamais poderemos atingir. Eu anexaria os planetas, se pudesse; penso sempre nisso. Entristece-me vê-los tão clara mente, e ao mesmo tempo tão distantes.” (Cecil Rhodes 1895)
  • 5. O IMPERIALISMO DEFINIÇÃO • Imperialismo ou Neocolonialismo: fenômeno econômico, social, político e cultural ocorrido no mundo de finais do século XIX e início do XX (mais especificamente, entre 1875 e 1914), marcado basicamente pela divisão do planeta entre as potências industriais- capitalistas européias.
  • 6. O IMPERIALISMO FATORES GERADORES • Na segunda metade do século XIX, a Revolução Industrial, até então praticamente restrita à Inglaterra, expandiu-se e alcançou outras partes da Europa e do mundo, notadamente Alemanha e Itália recém-unificadas, Rússia, Estados Unidos e Japão.
  • 7. O IMPERIALISMO FATORES GERADORES • Além disso, a tecnologia industrial sofisticou-se, atingindo vários setores da produção (metalurgia, siderurgia, petroquímica), ampliando significativamente a produtividade das indústrias.
  • 8. O IMPERIALISMO FATORES GERADORES • Uma produção crescente de mercadorias exigia novos mercados consumidores de gêneros industriais, uma vez que a população européia, em sua maioria miseráveis moradores das cidades industriais, não detinha poder aquisitivo para consumir, na escala exigida pelas novas indústrias, as mercadorias que saíam da fábricas, onde normalmente trabalhavam. Verificava-se, na Europa desse período, o fenômeno da superprodução.
  • 9. O IMPERIALISMO FATORES GERADORES • crescimento demográfico: a partir de meados do século XIX, a população européia passou a crescer em ritmo acelerado, devido, sobretudo, à queda da mortalidade dadas às inovações da ciência médica; surgiu assim um excedente demográfico, formado principalmente, por pobres, que ameaçava a estabilidade da relações sociais na Europa, até porque, esses marginalizados buscavam, cada vez mais, organizar-se em torno das propostas socialistas;
  • 10. O IMPERIALISMO FATORES GERADORES • busca de matérias- primas: a indústria começava a usar uma tecnologia cada vez mais sofisticada, o que exigia matérias-primas exóticas, encontradas em pontos remotos do planeta, como o cobre, o petróleo, manganês, borracha, etc.
  • 11. O IMPERIALISMO FATORES GERADORES • busca de investimentos de capital: na Europa, havia um grande capital que não podia ser reinvestido na produção sem agravar o problema do excedente produtivo; assim, esse capital precisava ser direcionado para outras áreas do planeta, favorecendo o controle político e o escoamento de mercadorias nas regiões dominadas pelos países europeus;
  • 12. O IMPERIALISMO FATORES GERADORES • ascensão do movimento operário: os trabalhadores europeus estavam paulatinamente se organizando em torno dos sindicatos e dos partidos operários, adeptos normalmente das ideologias socialista e anarquista; para neutralizar a força política dos trabalhadores que ameaçava a dominação burguesa, apelou-se para um discurso que minimizava as reivindicações operárias (salário, jornada de trabalho, direitos trabalhistas...) em detrimento da busca da grandeza da nação, da qual todos, mais cedo ou mais tarde, seriam beneficiários.
  • 13. O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS • concentração da produção e do capital em um número reduzido de países e indivíduos (alta burguesia);
  • 14. O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS • capital financeiro: fusão entre capital industrial e capital bancário, com predomínio deste último;
  • 15. O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS • exportação de capitais dos núcleos capitalistas desenvolvidos para a periferia; os investimentos realizados nas colônias ou áreas de influência privilegiavam a infra-estrutura de transportes, energia e comunicações, a fim de agilizar o escoamento das mercadorias e facilitar a dominação;
  • 16. O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS • associações monopolistas: surgimento de trustes, cartéis e holdings que controlavam produção e mercados;
  • 17. O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS • partilha do mercado mundial e divisão territorial do planeta entre potências industriais; a dominação poderia ser direta - quando uma região se converte em colônia de uma nação - ou indireta - quando uma nação industrializada estabelece o controle econômico sobre certas regiões, contando, para isso, com a conivência da elite nativa;
  • 18. O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS • Darwinismo Social • Transposição da teoria de Darwin acerca dos fenômenos biológicos para os fenônemos sociais • Foi empregado para tentar explicar a pobreza pós- revolução industrial, sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo interpretação da época da teoria de Darwin) e os mais ricos que evoluíram economicamente seriam os mais aptos a sobreviver por isso os mais evoluídos.
  • 19. O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS • “o fardo do homem branco”: • "The White Man's Burden" justificativa ideológica do imperialismo; os europeus brancos julgavam-se uma raça superior detentora da civilização; os demais povos não-brancos eram considerados, até mesmo biologicamente, inferiores. Cabia, pois, aos brancos a “dura missão” de levar aos que viviam nas trevas da ignorância e da barbárie, a luz da civilização e do conhecimento. Esta propaganda de sabão usa o tema do "Fardo do Homem Branco" para encorajar pessoas brancas a ensinar noções de higiene a membros de outras raças.
  • 20.
  • 21. O IMPERIALISMO CARACTERÍSTICAS • A África e a Ásia foram os continentes sobre os quais se estabeleceu o imperialismo europeu de fins do século XIX.
  • 22. IMPERIALISMO NA ÁSIA Índia • A partir de meados do século XIX, a Inglaterra intensificou o controle sobre a Índia, impondo ao país uma administração britânica, que construiu estradas e organizou missões políticas e religiosas, desestruturando o antigo modo de vida dos indiano.
  • 23. IMPERIALISMO NA ÁSIA Índia • Tal fato gerou movimentos de cunho nacionalista que tinham por objetivo diminuir a influência britânica na região. Em 1857, eclodiu a Guerra dos Cipaios (soldados indianos), luta nacionalista contra os ingleses que acabou sendo violentamente sufocada em 1859. Rani Lakshmibai
  • 24. IMPERIALISMO NA ÁSIA Índia • A revolta serviu de pretexto para que a Inglaterra passasse a exercer mais de perto o poder sobre a Índia. • Em 1877, a rainha Vitória foi aclamada imperatriz da Índia, consolidando, assim, o predomínio britânico sobre o país, que se transformou numa colônia inglesa.
  • 25. IMPERIALISMO NA ÁSIA China • A China, em meados do século XIX, apresentava o poder centralizado em mãos da dinastia Manchu, mas esse poder dava sinais de enfraquecimento devido ao predomínio da aristocracia agrária. • Ao mesmo tempo, a China representava um atraente mercado consumidor devido ao número de seus habitantes (cerca de 400 milhões).
  • 26. IMPERIALISMO NA ÁSIA China • Durante anos, o capitalismo britânico penetrou na China através da ação da Companhia das Índias Orientais, mas outras nações também almejavam conquistar espaço no mercado chinês, gerando inúmeras rivalidades. • Após a Guerra do Ópio (1841), a frágil resistência chinesa ao avanço do imperialismo sobre seu território foi definitivamente neutralizada. Tratado de Nanquim (1842), a China teve de abrir cinco de seus portos ao livre comércio e entregar a ilha de Hong-Kong aos ingleses.
  • 27. IMPERIALISMO NA ÁSIA China • Além da Inglaterra, França e Estados Unidos, outros países acabaram se beneficiando da abertura do mercado chinês como a Rússia, a Alemanha e o Japão.
  • 28. IMPERIALISMO NA ÁSIA China • Em 1900, uma nova tentativa chinesa de reduzir a presença imperialista em seu território redundou no aprofundamento da dominação estrangeira sobre a China: trata-se da Guerra dos Boxers, reação nacionalista chinesa, violentamente reprimida pela intervenção militar das grandes potências industriais.
  • 29.
  • 30. O IMPERIALISMO NA ÁFRICA • A África foi a maior vítima da ação imperialista européia no século XIX: seu território foi completamente partilhado entre as potências industriais, seus recursos foram largamente explorados e sua população violentamente subjugada, ocasionando graves problemas que se refletem na atualidade do continente.
  • 31. O IMPERIALISMO NA ÁFRICA • Iniciada a partir da segunda metade do século XIX, a efetiva partilha da África atingiu seu ponto máximo na Conferência de Berlim (1884- 1885), da qual participaram 14 países europeus e os Estados Unidos. • Visando estabelecer fronteiras e normas a serem seguidas pelas nações colonizadoras, a conferência, porém, não conseguiu remover divergências entre os países quanto às suas ambições imperialistas.
  • 32. O IMPERIALISMO NA ÁFRICA • A divisão do território africano entre os países industrializados do Ocidente não levou em consideração a realidade geográfica e humana do continente, desrespeitando características naturais e tradições que acabaram por desestruturar a forma de vida nativa. • Tal fato até hoje causa problemas aos africanos como a imprensa denuncia constantemente.
  • 33. O IMPERIALISMO NA ÁFRICA • Dentre os principais efeitos da política imperialista podemos destacar a ampliação territorial de alguns países - Inglaterra (10 milhões de km2), França (9 milhões), Alemanha (750 mil), Itália (250 mil). • Os Estados Unidos não estabeleceram áreas de dominação direta, pois já tinham na América Latina sua área de influência exclusiva. • Portugal e Espanha mantiveram seus domínios na África sobretudo porque os países europeus não chegariam a um acordo pacífico sobre sua divisão.
  • 34. Guerras dos Bôeres • As guerras dos bôeres ou guerras dos bôers foram dois confrontos armados na atual África do Sul que opuseram os colonos de origem holandesa e francesa, os chamados bôeres ao exército britânico, que pretendia se apoderar das minas de diamante e ouro recentemente encontradas naquele território. Em consequência das guerras, os bôeres ficaram sob o domínio britânico, com a promessa de autogoverno.[
  • 35. O IMPERIALISMO NA ÁFRICA • Além disso, as divergências quanto à partilha de territórios aprofundou as tensões existentes entre os países europeus, culminando com a Primeira Guerra Mundial.