2. CONTEXTO HISTÓRICO Fim da Segunda Guerra Mundial Nova Ordem Internacional Guerra Fria (Ordem Bipolar). Duas superpotências com características políticas anticolonialistas. Criação da Organização das Nações Unidas (ONU) Resistências internas Conferência de Bandung
3. Fim da Segunda Guerra Mundial Mudança qualitativa no cenário internacional com uma redefinição ampla das relações internacionais Países que até então exerciam forte peso nas decisões mundiais foram tragados pelas circunstâncias históricas e perderam a sua capacidade de influir decisivamente nos destinos da humanidade; Dois novos pólos que atraíram para si o centro das atenções, transformando-se nos centros mais importantes do processo decisório internacional.
4. O Ocaso da Europa Inglaterra e França, grandes potências coloniais, já não tinham mais como fazer valer como antes a sua vontade perante o mundo. Alemanha e Itália saíram profundamente abaladas do conflito. A II Guerra desgastou expressivamente as metrópoles, o que se traduziu no abalo moral, econômico e humano e que repercutiu nas áreas colonizadas, uma vez que estas logo foram chamadas a ajudar no esforço de guerra. A contribuição se deu com o aumento na produção de alimentos e matérias-primas que eram enviadas como suprimentos para os exércitos aliados. Além do empenho econômico foram organizadas tropas oriundas das regiões colonizadas que se dirigiram ao front para combater junto aos aliados.
5. São raros os registros fotográficos da participação de tropas africanas na Segunda Guerra Mundial. Ao lado tropas oriundas da África Ocidental britânica. Abaixo, tropas africanas e indianas.
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7. Ordem Bipolar Ambos foram favoráveis ao fim do colonialismo porque almejavam colocar em torno de si as áreas que antes eram exclusivas de países europeus. Aos Estados Unidos interessava o livre comércio, ou seja, acesso franco aos mercados africanos, até então reservados às metrópoles, e também o aumento da sua influência no continente africano. À União Soviética interessava o fim do colonialismo por uma questão ideológica e de aumento da sua esfera de influência na ordem bipolar
8. NAÇÕES UNIDAS Uma das mais importantes influências externas favoráveis aos novos Estados foi a Organização das Nações Unidas, que em seu próprio estatuto se declarou pela autodeterminação dos povos. A ONU se tornou a principal tribuna para as reivindicações de autodeterminação dos povos colonizados. Os Estados colonialistas sofriam as mais pesadas críticas contra o domínio e a exploração das colônias, sendo pressionadas principalmente pelo Bloco Oriental e pelos países agregados em torno do grupo de Bandung.
9. Carta da ONU "Nós proclamamos o direito, para todos os povos colonizados, de assumirem seu próprio destino.... A longa noite está morta." (Declaração do V Congresso Pan-Africano, 1945)
10. CONFERÊNCIA DE BANDUNG Também conhecida como Conferência Afro-Asiática Realizada entre 18 e 24 de abril de 1955 Cidade indonésia de Bandung. É reconhecida como tendo inspirado a criação do Movimento dos Não-Alinhados (1961).
11. CONFERÊNCIA DE BANDUNG Participantes: 29 países afro-asiáticos com diferentes regimes políticos mas com objetivos em comum - como a denúncia do colonialismo - se reuniram e deram início a um amplo movimento organizado que pretendia acelerar o processo de descolonização. 4 países africanos e representantes de dois territórios ainda formalmente sob domínio colonial participaram da Conferência (Libéria, Etiópia, Egito, Líbia, Sudão e Gana). Os principais patrocinadores da Conferência foram: Burma (atual Myanmar), Índia, Indonésia, Paquistão e SriLanka.
13. Entre as deliberações tomadas em Bandung, destacam-se as seguintes: a) Resolução de todas as disputas internacionais por meios pacíficos;b) Respeito à integridade territorial e à soberania de todas os Estados;c) Reconhecimento da igualdade de todas as raças;d) Reconhecimento da igualdade de todos os países, independente do seu tamanho;e) Adoção do princípio da não-intervenção nos assuntos internos dos Estados;f) Repúdio dos atos e ameaças de uso da força contra qualquer Estado.
14. As vias de descolonização duas vias: a pacífica e a violenta. No caso da via pacífica, a independência da colônia era realizada progressivamente pela metrópole, com a concessão da autonomia político-administrativa, mantendo-se o controle econômico do novo país, criando, dessa forma, um novo tipo de dependência. As independências que ocorreram pela via da violência, resultaram da intransigência das metrópoles em conceder a autonomia às colônias. Surgiam as lutas de emancipação, geralmente vinculadas ao socialismo, que levaram a cabo as independências.
15. Índia: um caminho para a descolonização Caminho: Desobediência Civil, que se consistia na própria desobediência que ofende a todos os indianos, utilizando sempre a Não-Violência.
19. A Separação A independência da Índia resultava de um longo processo de lutas nacionalistas, permeadas pelas divergências religiosas entre hinduístas e muçulmanos, que levou, em 1949, ao assassinato de Ghandi. O Paquistão Oriental, em 1971 , sob liderança da Liga Auami, separou-se do Paquistão Ocidental, constituindo a República de Bangladesh.
20. Indochina Colonização francesa desde 1887. Conferência de Genebra (1954) paralelo 17 Divisão: Vietnã do Norte/ Vietnã do Sul Guerra do Vietnã (1959 e 30 de abril de 1975) Participação norte-americana: (1965 -1973) 1975 - Vietnã foi reunificado sob governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietnã.
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22. A menina do Vietnã Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de TrangBang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Hoje em dia PhamThi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO. Napalm é um conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada, utilizados como armamento militar. O napalm é na realidade o agente espessante de tais líquidos, que quando misturado com gasolina a transforma num gel pegajoso e incendiário.
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24. Execução em Saigon "O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o coronel com minha câmara? - Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra, autor desta foto que mostra o assassinato, em um de fevereiro de 1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro do Vietcong.
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26. Protesto silencioso ThichQuangDuc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se sacrificou até a morte numa rua movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963. Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído. ThichQuangDuc protestava contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país.
31. Argélia No dia 31 de outubro de 1954, começou a guerra pela independência na Argélia. A luta contra as tropas de ocupação da França durou sete anos e causou a morte de mais de 260 mil pessoas. 1962 - Acordo de Evian, segundo o qual a França reconhecia a independência da Argélia