1. Escola E.B 2,3 de Campo de Besteiros
25 de Abril
A revolução dos cravos
2. Introdução
A «Revolução dos Cravos» é assim que é conhecida, foi um golpe de estado em que os
protagonistas foram os militares. Este movimento, não aprovado por todos derrubou num
só dia, sem grande resistência das forças leais ao governo (que cederam perante a revolta
das forças armadas) o regime político – Ditadura - que vigorava em Portugal desde 1926.
Este grande acontecimento que decidiu o futuro de Portugal, ficou também conhecido
pelos portugueses como 25 de Abril, foi conduzido em 1974 pelos oficiais intermédios da
hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte eram capitães que tinham participado na
Guerra Colonial e inteiramente apoiado e acompanhado pelos cidadãos portugueses.
Neste trabalho vão ser tratados vários assuntos relacionados com este movimento:
Antecedentes;
Todos os passos da revolução;
Símbolos;
Organizadores ( entre outros ).
Nota: É do nosso interesse que gostem do nosso trabalho e, que, seja um
bom instrumento para aumentar o vosso conhecimento histórico.
4. Ideologias defendidas pelo Estado Novo, liderado por Marcelo
Caetano mas liderado até 1968 por Oliveira Salazar.
Guerra Colonial, sucessivas mortes dos
militares lusos e Portugal a ficar cada
vez mais isolado a nível internacional
A insatisfação da população era cada vez maior
A censura
devido à crise económica provocada pelo aumento do
preço do petróleo e consequente aumento do custo
de vida
O exército via-se desprestigiado por não conseguir
derrotar os guerrilheiros africanos, enquanto milhares
de jovens fugiam para o estrangeiro, recusando-se a
participar na guerra.
A Guerra do Ultramar, um dos precedentes para
a revolução
5. Não havia liberdade;
Não havia democracia;
Não havia paz;
Não se podia sair livremente do país;
6. Para resolver os problemas, um grupo de capitães começou a
preparar um movimento conspirativo para pôr fim ao Estado Novo.
E aconteceu o tão esperado……
8. As reuniões e a clandestinidade
A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau,
em 21 de Agosto de 1973.
Uma nova reunião, em 9 de Setembro de 1973 no Monte Sobral
(Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas.
No dia 5 de Março de 1974 é aprovado o primeiro documento do
movimento: "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação". Este
documento é posto a circular clandestinamente.
9. Principais Intervenientes
Capitão Salgueiro Maia António de Spínola
Capitão escolhido para comandar as forças da Escola Foi demitido pelo governo por ter recusado a entrada
Prática de Cavalaria. A sua principal função, e também a numa cerimónia de favor ao regime. Ao fim do dia, depois
mais importante, era ocupar o Terreiro do Paço. Salgueiro de Marcelo Caetano se ter rendido, este não quis dar o
Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o poder aos capitães, fazendo a exigência de o dar a um
Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do superior foi assim escolhido o General Spínola pelo MFA.
governo, Marcelo Caetano. Tornou-se presidente da Junta de Salvação Nacional..
10. Outros Intervenientes
General Gomes da Costa
Otelo Saraiva de Carvalho
Vasco Lourenço
Melo Antunes
11. Principais forças do MFA (Movimento das Forças Armadas)
•Regimento de Engenharia N.º 1 •Regimento de Artilharia Antiaérea
(RE1), Lisboa Fixa (RAAF), Lisboa
•Escola Prática de Administração •10º Grupo de Comandos, Lisboa
Militar (EPAM), Lisboa
•Escola Prática de Infantaria (EPI),
•Batalhão de Caçadores N.º 5 (BC Mafra
5), Lisboa
•Escola Prática de Cavalaria (EPC),
•Regimento de Artilharia Ligeira N.º Santarém
1 (RAL1), Lisboa
•Escola Prática de Artilharia (EPA),
•Carreira de Tiro da Serra da Vendas Novas
Carregueira (CTSC), Lisboa
•Regimento de Cavalaria N.º 3 (RC3),
•Regimento de Infantaria N.º 1 Estremoz
(RI1), Lisboa
•Centro de Instrução de Operações
•Centro de Instrução de Artilharia Especiais (CIOE), Lamego
Antiaérea e de Costa (CIAAC),
Lisboa •Agrupamento do Norte
12. São consideradas forças inimigas:
Guarda Nacional Republicana (GNR)
Polícia de Segurança Pública (PSP)
Direcção-Geral de Segurança (PIDE/DGS)
Legião Portuguesa (LP)
13. Graças ao apoio prestado pela
população, o MFA teve um grande
sucesso e precisão.
Este movimento foi calmo, não
havendo quase nenhum derrame de
sangue.
14. As cores e os símbolos do 25 de Abril: as armas e os cravos
15. O cravo vermelho tornou-se no símbolo da Revolução de Abril de
1974. Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas
ruas, apoiando os soldados revoltosos; alguém (existem várias
versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista
contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi
vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em
seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos
pelos soldados que depressa os colocaram nos canos das
espingardas."
16. Cronologia «Revolução dos Cravos»
Abril de 1974
Dia 25 – 00h20 A canção « Grândola Vila
Morena », de José Afonso, é transmitida na
rádio. Foi a confirmação para o início das
operações.
Dia 24 – 22h55 A canção « E Depois do
Adeus », de Paulo de Carvalho, passa na
rádio. Foi o primeiro sinal para o início da
acção militar.
17. Cronologia «Revolução dos Cravos»
Abril de 1974Dia 25
03h00 – 04h00 Ficam em poder do MFA a 11h00 Salgueiro Maia, que comandava as
Emissora Nacional, o Rádio Clube Português, a forças da Escola Prática de Cavalaria, sai do
RTP e os quartéis-generais das Regiões Terreiro do Paço em direcção ao Largo do
Militares de Lisboa e do Porto. Carmo, sede do comando geral da GNR e
onde Marcelo Caetano se encontra
refugiado.
05h30 Militares da Escola Prática de 14h00 Iniciam-se as conversações entre o
Cavalaria ocupam o Terreiro do Paço, em General Spínola e Marcelo
Lisboa. Caetano, através de intermediários.
18. Cronologia «Revolução dos Cravos»
Abril de 1974Dia 25
19h30 Marcelo Caetano e alguns dos seus 21h00 Rendição da PIDE/DGS (sede).
ministros abandonam o Quartel do Carmo
numa viatura blindada; a Baixa de Lisboa é
invadida por milhares de pessoas que
vitoriam as Forças Armadas.
19. Fracasso da «Primavera Marcelista»
Ausência de
O descontentamento dos oficiais das Forças
democracia em
Armadas gera um “Movimento de Oficiais”.
Portugal
Revolução de 25 de Abril de 1974
Derrube do Governo Constituição da Junta
de Marcelo Caetano de Salvação Nacional
Deu a conhecer o
Programa do MFA
Três objectivos
principais:
-Democratizar
-Descolonizar
-Desenvolver
20. As primeiras medidas revolucionárias
A democratização da sociedade portuguesa iniciou-se na madrugada do dia 26
de Abril, o General Spínola, em nome da Junta de Salvação Nacional, deu a
conhecer através da televisão, o Programa do MFA :
Programa do
MFA
- extinção da Polícia Política, da Legião
Portuguesa e da Mocidade Portuguesa;
- abolição da censura e reconhecimento
da liberdade de expressão e de
pensamento;
- libertação dos presos políticos.
21.
22. Na Constituição de 1976 garantiu-se:
A liberdade de expressão, de opinião, de reunião e de associação;
A igualdade de todos perante a lei;
O direito à greve e à organização sindical;
O direito à educação;
O direito ao voto;
O direito ao trabalho, à segurança social e à protecção da saúde.
23. Conclusão
O «Estado Novo» foi, para muitos civis e militares, um
período de medo e horror principalmente para as famílias
que viam os seus filhos irem para a guerra onde eram
mortos.
Graças ao Movimento das Forças Armadas (MFA), planeado
a fim de derrubar um governo de ideologia fascista
existente no nosso país, e planeado de forma clandestina,
Portugal viu a luz do futuro do qual estava à espera há
muito tempo. Este acontecimento mudou a vida de todos
os portugueses e até as nossas, pois, se não tivesse
acontecido este dia, nós, talvez nasceríamos em plena
ditadura.