SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 11
Downloaden Sie, um offline zu lesen
O QUE É LITERATURA DE CORDEL                                  É história contada em versos
                     Jorge Marcos de Oliveira1                             Em estrofes a rimar,
                                                                         Escrita em papel comum
                     Responder esta pergunta não                          Feita pra ler ou cantar
         é tarefa das mais fáceis. É extremamente                                   (...)
         difícil encontrar uma resposta que                             O cordel é uma expressão
         satisfaça a todos os estudiosos do tema.                          Da autêntica poesia
         Encontramos diversas formas de definir                          Do povo da minha terra
         o que é Literatura de Cordel, também                            Que luta pra que um dia
         conhecida por folhetos de feiras, "folhas                      Acabem a fome e miséria,
         volantes" ou "folhas soltas" ou ainda                            Haja paz e harmonia.5
         literatura de cego2. Uma delas é de
         autoria de Marco Haurélio 3, que assim a                           Literatura de Cordel é, como
         define é:                                              qualquer outra forma artística, uma
                                                                manifestação cultural. Por meio da
                       “a poesia popular impressa e             escrita são transmitidas as cantigas, os
                       herdeira do romanceiro                   poemas e as histórias do povo — pelo
                       tradicional, da literatura               próprio povo.6 É uma modalidade
                       oral (em especial dos contos             impressa de poesia, original do Nordeste
                       populares,              com              do Brasil, que já foi muito estigmatizada,
                       predominância dos contos de              mas hoje em dia é bem aceita e
                       encantamento)”.                          respeitada7, possuindo, inclusive uma
                                                                Academia Brasileira de Literatura de
                    Francisco Diniz4 recorre ao                 Cordel, fundada em 1988 8. Segundo Ana
         formado de cordel para definir, segundo                Paula Araujo9,
         seu ponto de vista o que é Literatura e
         Cordel:                                                              “devido      ao    linguajar
                                                                              despreocupado,
                     Literatura de Cordel                                     regionalizado e informal
                      É poesia popular,                                       utilizado para a composição
                                                                              dos textos essa modalidade
         1
           Jorge Marcos de Oliveira. Professor de História
           da Rede Pública e Privada de Ensino. Coautor
           de “De Massaranduba a Industrial” e “Os              5
                                                                  Este texto faz parte do Cd Literatura de Cordel
                                                                6
           Símbolos Municipais”, entre outros.                        http://www.lendo.org/o-que-e-literatura-de-
         2
                                                                                                                     21 de março de 2013




             Esta nomenclatura é devido a uma lei                 cordel-autores-obras/
                                                                7
           promulgada por Dom João V, autorizando o                  Araújo,      A.     Ana     Paula     de   in
           comércio dos folhetos pela Irmandade dos               http://www.infoescola.com/literatura/literatura-
           Homens Cegos de Lisboa.                                de-cordel/
         3                                                      8
            Cordelista e pesquisador da Cultura Popular            Concebida por Gonçalo Ferreira da Silva,
           Brasileira. Coordena pela editora Nova                 cearense de Ipu, poeta com raízes eruditas e
           Alexandria, a Coleção Clássicos em Cordel.             populares. A Academia acabou se fundindo
           Literatura de Cordel: Tradição e modernidade           com a Casa de Cultura São Saruê, criada pelo
           in                                                     General Humberto Pelegrino, e incorporou ao
           http://www.recantodasletras.com.br/cordel/181          seu acervo preciosidades hoje à disposição de
1




           7119. Acessado em 27 de agosto de 2012.                estudiosos e entusiastas do cordel.
Página




         4                                                      9
            Francisco Diniz. O que é Literatura de Cordel?           Araújo,      A.     Ana     Paula     de   in
           In      http://literaturadecordel.vila.bol.com.br.     http://www.infoescola.com/literatura/literatura-
           Acessado em 27 de agosto de 2012.                      de-cordel/
de literatura nem sempre foi          ilustradas pelos artistas responsáveis
                         respeitada”.                          pela xilogravura no cordel.
                                                                           A Literatura de Cordel faz
                     Encontramos esta outra                    parte do folclore, da cultura popular.
         definição de Literatura de Cordel:                    Para a Comissão Nacional do Folclore
                                                               (1995) Cultura Popular e Folclore são
                         “literatura de cordel é um            entendidos como sinônimo. Pode ser
                                                               assim definida: “conjunto das criações
                         tipo    de      poesia    popular,
                                                               culturais de uma comunidade, baseado
                         originalmente oral, e depois          nas suas tradições expressas individual
                         impressa         em       folhetos    ou coletivamente, representativo de sua
                                                               identidade social” 11
                         rústicos ou outra qualidade
                                                                           Luis da Câmara define o
                         de     papel,    expostos    para     folclore como “[...] a cultura do popular,
                         venda pendurados em cordas            tornada normativa pela tradição”.
                                                               Portanto, para o autor o folclore é a
                         ou cordéis, o que deu origem
                                                               própria cultura popular 12.
                         ao nome que vem lá de                             Cristiane Nepomuceno assim
                         Portugal,        que     tinha   a    se posiciona quanto cultura popular:
                         tradição         de      pendurar
                                                                              “cultura      popular   que
                         folhetos em barbantes”10.                            perpassa a tradição e possui
                                                                              característica dinâmica e
                                                                              transformadora. Na cultura
                     Diferentemente de outras
                                                                              que ao passo que se
         formas de literatura, o cordel é derivado                            moderniza e se transforma,
         da tradição oral. Isto é, surge da fala                              também não esquece suas
         comum das pessoas, e também das                                      raízes: À própria cultura
         histórias como contadas por elas, e não                              popular e ao povo cabe
         como fixadas no papel. A literatura
                                                               11
         nasceu oral e foi assim durante muito                      COMISSÃO NACIONAL DE FOLCLORE.
                                                                  Carta do folclore brasileiro. Salvador: [s.n.],
         tempo.                                                   1995, 1 In: BRASIL. Ministério da Educação.
                                                                  Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em:
                      Com a diversidade de                        <http://www.fundaj.gov.br/geral/folclore/carta.
                                                                  pdf>. Citado por ASSIS, Regiane Alves de;
         assuntos que aborda e com uma                            TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA,
                                                                                                                       21 de março de 2013




         linguagem poético-visual, o folheto de                   Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte
                                                                  de informação. Ver CRB-8 Digital, São Paulo,
         cordel atrai olhares e é – ou foi - fonte de             v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 |
         inspiração para grandes escritores. A                    http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de
         admiração entre cordel e grandes autores                 agosto de 2012.
                                                               12
                                                                   CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do
         é recíproca. Clássicos da literatura                     folclore brasileiro. 11.ed. São Paulo: Global,
         mundial já podem ser lidos em                            2001., p. 240. Citado por ASSIS, Regiane
         adaptações produzidas por cordelistas e                  Alves de; TENÓRIO, Carolina Martins;
                                                                  BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de
2




                                                                  cordel como fonte de informação. Ver CRB-8
Página




         10
              Literatura do Cordel.                               Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012
              http://aracajumaisbela.no.comunidades.net/inde      | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de
              x.php?pagina=1063035625                             agosto de 2012.
reinventar,      recriar     e        galanteios para, quase sempre agradar
                          ressignificar o seu saber e o         aos poderosos.14
                          seu saber-fazer. Revelar a                        Posteriormente, esses artistas
                          todos que seu universo vai
                                                                começaram a registrar suas falas em
                          além      da     conservação,
                          preservação ou resgate,               folhas soltas, prendendo-as em torno do
                          tampouco pré-moderna e                corpo em barbantes para que as
                          atrasada. Necessário se faz           recitassem e, ao mesmo tempo,
                          apreender a cultura popular           garantissem as mãos livres para os
                          como resultado de momentos            movimentos.15        Esses       autores,
                          históricos    específicos    e        denominados de trovadores, geralmente,
                          consequentemente dinâmica,
                                                                quando       as     declamava,      eram
                          apta a apropriar-se das
                          práticas     culturais    mais        acompanhados por uma viola, que eles
                          diversas e adaptá-las ao seu          mesmos tocam.16 Eles “se apresentavam
                          cotidiano”.13                         para o povo e falavam da cultura popular
                                                                da localidade, dos acontecimentos mais
                      Dentre      as     diferentes             falados nas redondezas, de amor, etc.”
         expressões da cultura popular, podemos                             Segundo Érica Georgino 17, o
         incluir a Literatura de Cordel.
                                                                verbete "cordel" apareceu apenas em
         ORIGEM            DA     LITERATURA            DE      1881, registrado no dicionário português
         CORDEL                                                 Caldas Aulete. Era sinônimo de
                                                                publicação de baixo valor e prestígio,
                     Quando surgiu a Literatura                 como as que na época eram vendidas
         de Cordel? Eis outra difícil pergunta a                penduradas em cordões na porta das
         ser respondida.                                        livrarias - esses "varais" de literatura
                     Para alguns, as origens do                 logo caíram em desuso, mas o nome
         cordel nos remete a Idade Média. A                     prevaleceu.
         origem dos cordéis são as cantigas dos                             O termo “literatura de
         trovadores medievais, que comentavam                   cordel” foi cunhado pela primeira vez
         as notícias da época usando versos, que                pelo pesquisador francês Raymond
         eles próprios cantavam. Esta forma                     Cantel “para designar os folhetos da
         literária era muito praticada pelos                    literatura popular, vendidos nas feiras
         trovadores, que declamavam louvações e                 populares, pendurados em pequenas
                                                                cordas, cordinhas, cordões”.18

         13                                                     14
                                                                                                                      21 de março de 2013




               NEPOMUCENO, Cristiane Maria. O jeito                  Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da
              nordestino de ser globalizado. 2005, p. 31.          Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
              193 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais)–         Ver Como surgiu a literatura de cordel de Érica
              Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes,          Georgino.
                                                                15
              Universidade Federal do Rio Grande do Norte,          Como surgiu a literatura de cordel de Érica
              Natal,        2005.       Disponível        em:      Georgino.
                                                                16
              <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado//tde          Araújo,    A.     Ana    Paula      de    in
              _busca/ arquivo.php?codArquivo=149>. Citado          http://www.infoescola.com/literatura/literatura-
              por ASSIS, Regiane Alves de; TENÓRIO,                de-cordel/
                                                                17
              Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia             Ver Como surgiu a literatura de cordel de
3




              Literatura de cordel como fonte de informação.       Érica Georgino.
Página




                                                                18
              Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-       Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel
              21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br.          (2005, p. 45 apud VASQUEZ, 2008, p. 11).
              Acessado em 28 de agosto de 2012.                    Citado por ASSIS, Regiane Alves de;
multidões onde ali se estaria narrando, a
         O CORDEL NO BRASIL                                  modo de reportagem, algum feito
                                                             heroico, alguma novidade espetacular.
                      A literatura de cordel é hoje                       Desde os tempos medievais,
         uma das mais importantes manifestações              mesmo nos pequenos vilarejos, existia ,
         da literatura popular brasileira. O cordel          pelo menos um dia da semana, quando
         está presente em todo o Brasil, mas é no            se realizavam as tocas de mercadorias –
         nordeste que mostra sua força. Aqui o               as feiras. Era justamente nessas ocasiões,
         cordel fincou suas raízes e floresceu.              que, “um grande número de pessoas se
         Não resta a menor dúvida entre os                   dirigia à cidade, e ali os camponeses
         estudiosos que foram os portugueses os              vendiam seus produtos, os comerciantes
         responsáveis      pela    introdução    da          ofereciam suas mercadorias e artistas se
         Literatura de Cordel no Brasil. No                  apresentavam para a multidão”. Em
         Brasil, a literatura de cordel é produção           meio as transações comerciais surgia o
         típica do Nordeste. Por volta de 1750,              artista querido por muitos – o trovador
         apareceram       os    primeiros    poetas          ou menestrel, que logo começavam a
         populares que narravam sagas em                     contar histórias de todo tipo: de
         versos, visto que a maioria desse povo,             aventuras, de romance, de paixões e
         sequer sabia ler e as histórias eram                lendas de reis valentes.
         decoradas e recitadas nas feiras ou nas                          Ao final da performace, da
         praças19.                                           apresentação, a plateia agradecida,
                      Foi no Nordeste, desde a               recompensava o artista, jogando moedas
         época da colonização, distante dos                  dentro do estojo do instrumento musical
         centros do litoral, abandonado pelas                do artista (alaúde). O trovador, satisfeito,
         autoridades, dominado pelos grandes                 agradecia e partia em direção a outra
         proprietários de terras – os fazendeiros e          cidade ou da próxima feira.20
         senhores de engenhos, onde as leis, as
         normas, os valores e costumes eram                               Segundo Paulo Moura21,
         ditados por eles. Esse foi o cenário ideal
         para se talhado o homem nordestino –                             “o ano de 1830              é
         valente e destemido.                                             considerado historicamente,
                      O nordestino absorveu do                            o ponto de partida da poesia
         colonizador europeu a poesia e a prosa                           popular nordestina. Tendo
         transformado em discurso em meio às                              como      seus     primeiros
                                                                                                                 21 de março de 2013




                                                                          divulgadores    os     poetas
            TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA,                           Ugolino de Sabugi e seu
            Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte                irmão Nicandro, filhos do
            de informação, p.11. Ver CRB-8 Digital, São                   não      menos        famoso
            Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 |
            http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de
                                                             20
            agosto de 2012.                                       Fábio Sombra. “Proseando Sobre Cordel”.
         19
                 Literatura de Cordel. Poesia popular           Extraído do Blog Cultura Nordestina.
                                                             21
            característica do Nordeste in Pedagogia &            Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura
4




            Comunicação,              p.        3       in      in
Página




            http://educacao.uol.com.br/cultura-                 http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42-
            brasileira/literatura-de-cordel-1-poesia-           cultura/358-origem-da-literatura-de-
            popular-caracteristica-do-nordeste.jhtm             cordel.html
Agostinho Nunes da Costa                            A literatura de cordel como
                      Teixeira. Estes, os primeiros          um meio de comunicação, retrata a
                      cantadores da poesia de pé             cultura do povo nordestino através da
                      de parede e dos contos que             expressão de seus valores, convidando a
                      se faziam acompanhar com o             refletir acerca da realidade da sociedade
                      repique da viola, da rabeca,           em que vivemos, possibilitando a
                      do pandeiro ou até mesmo               inserção de ideias e dessa maneira
                      do ganzá”.                             influencia e modifica o leitor por meio
                                                             de seus folhetos25. A literatura de cordel
                      Outros afirmam que “as                 evoluiu, passando da comunicação oral
         honras de "pai" da literatura de cordel             para a comunicação escrita, e atualmente
         brasileira cabem ao paraibano Leandro               modificou a forma de se comunicar com
         Gomes de Barros, que começou a                      seus leitores, se desprendendo de seu
         imprimir livretos e alcançou o mérito,              suporte tradicional, o folheto, e indo para
         digno de poucos poetas, populares ou                o mundo digital26.
         não, de sustentar a família apenas com
         os dividendos das centenas de títulos                           A incorporação dessas novas
         lançados”. 22                                       tecnologias     tem     garantido      “a
                                                             sobrevivência dos cordelistas, que não
                     Com         as     primeiras            dependiam mais de um único suporte
         publicações, a literatura de cordel se              para a produção de sua arte”27. Esta nova
         transformou na coqueluche do nordeste,
         alcançando quase todos os estados                   25
                                                                 SILVA, Silvio Profirio da et. al. Literatura de
         nordestinos em particular e os de todo o               cordel: linguagem, comunicação, cultura,
         país, de certa forma.23 Um dos primeiros               memória e interdisciplinaridade. Raídos,
                                                                Dourados, MS, v. 4, n. 7, p. 303-322, jan./jun.
         cordéis de sucesso foi A Guerra de                     2010. Citado por ASSIS, Regiane Alves de;
         Canudos, em que o conflito de 1896 e                   TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA,
                                                                Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte
         1897, opondo Antônio Conselheiro ao                    de informação, p.9. Ver CRB-8 Digital, São
         Exército brasileiro.24                                 Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 |
                                                                http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de
                                                                agosto de 2012.
         LITERATURA DE CORDEL COMO                           26
                                                                 SILVA, 2010, p. citado por ASSIS, Regiane
         MEIO DE COMUNICAÇÃO                                    Alves de; TENÓRIO, Carolina Martins;
                                                                BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de
                                                                cordel como fonte de informação, p.9. Ver
                                                                CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21,
         22
                                                                                                                     21 de março de 2013




             Ver Como surgiu a literatura de cordel de          jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado
            Érica Georgino.                                     em 28 de agosto de 2012.
         23                                                  27
             Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura           DINIZ, Madson Góis. Do folheto de cordel
            in                                                  para o cordel virtual: interfaces hipertextuais da
            http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42-      cultura popular. Hipertextus: revista digital. v.
            cultura/358-origem-da-literatura-de-                1.          2007.         Disponível          em:
            cordel.html                                         <http://www.hipertextus.net/volume1/artigo11-
         24
             O tema foi “retratado em versos por João           madson-gois.pdf>. Citado por ASSIS, Regiane
            Melquíades Ferreira da Silva, que fora soldado      Alves de; TENÓRIO, Carolina Martins;
            naquelas batalhas e se tornaria um grande           BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de
5




            nome da primeira geração de cordelistas             cordel como fonte de informação. 9. Ver CRB-
Página




            brasileiros”. Citado por Érica Gregorino em         8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan.
            Como surgiu a Literatura de Cordel. Acessado        2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em
            em 27 de agosto de 2012.                            28 de agosto de 2012.
forma de se comunicar e manter viva a                    Humorísticos e picarescos (os mais
         tradição do cordel também permitem que                   populares); Exemplos morais (deixam
         surjam novos autores e novas formas de                   uma lição); Pelejas (relatos de cantorias
         colaboração. As famosas pelejas dos                      entre repentistas. Os textos são frutos da
         folhetos de cordel foram incorporadas no                 imaginação do cordelista); Folhetos de
         meio digital e não perderam seu                          discussão (apresentam dois pontos de
         dinamismo, e seus leitores podem                         vista sobre uma mesma questão) e
         acompanhar tanto o resultado final desse                 conselhos,     profecias,     cachorradas,
         embate.                                                  descaração, política, educação e aqueles
                                                                  feitos sob encomenda.29 Com o advento
         OS TEMAS                                                 dos meios de comunicação de massa, os
                                                                  astros da TV também passaram a
                     O que os cordelistas falam                   aparecer como personagens de cordel.
         em seus folhetos? Na literatura de cordel
         nordestina há uma grande variedade de
         temas, tradicionais ou contemporâneos,
         que refletem a vivência popular, desde
         os problemas atuais até a conservação de
         narrativas inspiradas no imaginário
         ibérico. Portanto, os temas são os mais
         variados.

                      Eis alguns temas: Romances
         (histórias de amor não correspondido,
         virtudes ou sacrifícios); Histórias
         mágicas e maravilhosas (histórias da
         carochinha, que falam de príncipes,
                                                                               Acervo da Cordelteca “João
         fadas, dragões e reinos encantados);                                          Firmino”
         Histórias ligadas ao cangaço e a tema
         religioso (apresentam o imaginário
         nordestino ligado a figuras como
         Lampião); Noticiosos (funcionam como
         jornais) 28;   Histórias   de    valentia
         (apresentam personagens lendários na
                                                                                                                        21 de março de 2013




         região);     Anti-heróis    (falam     de
         nordestinos que vencem mais pela
         esperteza do        que pela       força);

         28
               Como no Nordeste, no início do século XIX
              não havia jornais, rádio ou televisão, os cordéis
              passaram a falar também sobre os
                                                                  29
              acontecimentos recentes. Ver De que nos fala a            Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura
6




              literatura               de               cordel?        in
Página




              http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/ima         http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42-
              ges/atividadespedagogicas/atividade-literatura-          cultura/358-origem-da-literatura-de-
              de-cordel.pdf                                            cordel.html
Segundo Mark J. Curran31 os
                                                             folhetos cumpriram o papel de jornal e
                                                             novela do povo sertanejo, exerceram a
                                                             função de ao mesmo tempo informar e
                                                             entreter,    em    muitos    momentos
                                                             integrando à vida nacional populações
                                                             que ainda não haviam sido atendidas
                                                             pelos     serviços   tradicionais    de
                                                             comunicação.

                                                                          Na opinião de Raymond
                                                                    32
                      Acervo da Cordelteca “João             Cantel , o nosso cordel "o mais
                              Firmino”                       importante, no sentido quantitativo, entre
                                                             as literaturas populares do mundo" em
                                                             função da quantidade de livretos
                                                             publicados.

                                                             A XILOGRAVURA

                                                                         A xilogravura foi adotada
                                                             pela Academia Brasileira de Literatura
                                                             de Cordel como a ilustração por
                                                             excelência dos folhetos de cordel. Ela é a
                                                             ilustração mais característica, mas não a
                                                             única.

                                                                          Como diz Marco Haurélio,
                      Acervo da Cordelteca “João
                              Firmino”                       “a ilustração não nasceu com o cordel.
                                                             As primeiras publicações não utilizavam
                     No século XX, marcado                   capas     ilustradas.  Nas     primeiras
         pelas inovações tecnológicas, novas                 publicações eram usadas as chamadas
         formas de comunicação entre as pessoas,             “capas cegas”, sem qualquer ilustração”.
         “o teor da literatura de cordel jamais
         parou de se desenvolver. Os versos não
                                                                                                                21 de março de 2013




                                                                Literatura de Cordel. Acessado em 27 de
         abandonaram o tom matuto, o diálogo do                 agosto de 2012.
                                                             31
                                                                 Mark J. Curran. Retrato do Brasil em Cordel.
         sertanejo com suas crenças, suas                       Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a
         percepções e seus dilemas cotidianos,                  Literatura de Cordel. Acessado em 27 de
                                                                agosto de 2012.
         embora ao longo das décadas a realidade             32
                                                                 Segundo Érica Gregorino, Raymond Cantel é
         do povo nordestino mudasse e muitos                    autoridade internacional no tema. Chegou ao
         autores e leitores partissem, em ondas                 Brasil na década de 1950 para pesquisas de
                                                                campo, tornou-se um dedicado colecionador
         migratórias, para o centro-sul do país”. 30
7




                                                                das histórias e introduziu seu estudo na
Página




                                                                Universidade de Sorbonne, em Paris. Ver Érica
         30
              Mark J. Curran. Retrato do Brasil em Cordel.      Gregorino in Como surgiu a Literatura de
              Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a       Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012.
As editoras preferiam os desenhos e os               acervo. Cabe a toda a Biblioteca e ao
         clichês de cartões postais e com fotos de            “profissional bibliotecário disponibilizar
         artistas de Hollywood.33                             e divulgar este tipo de literatura,
                                                              demonstrando seu valor e importância. A
                                                              presença da literatura de cordel na
                                                              biblioteca contribui não só para a
                                                              valorização de seu conteúdo informativo,
                                                              mas também de seu autor”34.

                                                                         Desde 2013 funciona no
                                                              térreo da Biblioteca Clodomir Silva no
                                                              bairro Siqueira Campos, a primeira
                                                              Cordelteca do Estado de Sergipe. A
                                                              iniciativa foi do cordelista Gilmar
                                                              Santana Ferreira. Trata-se de uma
                                                              pequena sala onde abriga um minúsculo
                                                              acervo cordelista sergipano bem como a
                                                              biografia e foto de 36 cordelistas
          Exemplo de Xilogravura. Acervo da Cordelteca
                                                              sergipanos ou radicalizado aqui.
                        “João Firmino”

         REPENTISTA X CORDELISTA

                     Por         conta       desta
         musicalidade, o cordel é constantemente
         confundido com o repente. É sempre
         bom lembrar que repentista não é
         cordelista, e cordelista não é repentista.
         Repentista pode ser cordelista, e vice-
         versa. Mas não é regra. Têm-se registros
                                                                     Interior da Cordelteca “João Firmino” na
         de repentistas que se aventuram com                                Biblioteca “Clodomir Silva”
         sucesso pela literatura de cordel, apesar
         de raros nos dias atuais, existem.                               A este espaço foi dado o
         CLODOMIR            SILVA        E      A            nome de “Cordelteca João Firmino
         CORDELTECA                                           Cabral”, “conhecido por ser o maior
                                                                                                                      21 de março de 2013




                                                              cordelista do estado de Sergipe em
                     Embora seja a literatura de              atividade. Ele cresceu ouvindo e lendo as
         cordel potencial fonte de informação e               histórias escritas pelo pai. É dele a
         um meio de comunicação de linguagem                  missão de abrir todas as manhãs a única
         acessível, ainda são poucas as
         bibliotecas que possuem folhetos em seu              34
                                                                      ASSIS, Regiane Alves de; TENÓRIO,
                                                                   Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia
8




         33
               Literatura de Cordel: Tradição e modernidade        Literatura de cordel como fonte de informação,
Página




              in                                                   p. 18. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1,
              http://www.recantodasletras.com.br/cordel/181        p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br.
              7119. Acessado em 27 de agosto de 2012.              Acessado em 28 de agosto de 2012.
barraca do Mercado Antônio Franco 35 no                       João Firmino Cabral38
         centro de Aracaju, destinada a literatura        BIBLIOGRAFIA BÁSICA
         de cordel. João Firmino é natural de
         Itabaiana, nascido no ano de 1940.               ACOPIARA, Moreira de. Cordel em
         Aprendeu a ler praticamente sozinho,                  arte e versos. Xilogravuras de
         ouvindo as leituras do seu mestre                     Erivaldo Ferreira da Silva. São
         Manoel D’Almeida Filho. Aos dezessete                 Paulo: Acatu, 2009.
         anos escreveu seu primeiro folheto, uma          ______. O que é cultura popular.
                                                               Xilogravura de Erivaldo da Silva.
         profecia do Padre Cícero.36
                                                               São Paulo: [s.n], 2006.
                                                          AMORIM, Maria Alice. Existe um
                    João Firmino há 55 anos tem                novo       cordel?:      Imaginário,
         procurado elevar a cultura nordestina.                tradição, cibercultura. [2008?].
         Possui mais de 200 obras publicadas e                 Acervo Maria Alice Amorim:
         tem grande reconhecimento fora do                     catálogo de literatura de cordel.
         estado. Reina uma certa mágoa, pois,                  Acesso em: 25 out. 2011.
                                                               Disponível            em:          <
         sendo filho ilustre da terra sente muito
                                                               http://www.cibertecadecordel.com.
         pela desvalorização do povo de Sergipe.               br/pdf/existeumnovo cordel.pdf>.
         “A gente aqui vende mais para turista, o         ÂNGELO, Assis. As origens do cordel.
         pessoal daqui mesmo não leva muito, só                In:______.        Presença       dos
         estudantes       de      escolas     ou               cordelistas       e      cantadores
         universidades”. 37                                    repentistas em São Paulo. São
                                                               Paulo: IBRASA, 1996.
                                                          ______. Uma breve história do cordel.
                                                               Xilo: Nireuda. São Paulo: [s.n.],
                                                               [2003].
                                                          ARANTES, Antonio Augusto. O que é
                                                               cultura popular. São Paulo:
                                                               Brasiliense, 1995.
                                                          ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO ,
                                                               Carolina Martins; BARBOSA,
                                                               Cleiton Garcia Literatura de cordel
                                                               como fonte de informação.
                                                               Trabalho de conclusão de curso da
                                                               Faculdade de Biblioteconomia e
                                                               Ciência      da    Informação     da
                                                               Fundação Escola de Sociologia e
                                                               Política de São Paulo (FESPSP)
                                                                                                          21 de março de 2013




                                                               sob orientação da Profª Dra. Tânia
                                                               Callegaro e coordenação da Profº
                                                               Dra. Maria Ignês Carlos Magno.
                                                               CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n.
         35
           Horário de funcionamento: das 09 ás 17              1, p. 3-21, jan. 2012 |
         horas.                                                http://revista.crb8.org.br. Acessado
         36
                                                               em 28 de agosto de 2012.
         http://reporterpontocom.wordpress.com/2011/04/
9




         30/o-cordel-em-sergipe/
Página




         37

         http://reporterpontocom.wordpress.com/2011/04/   38 Acervo da Cordelteca – Biblioteca Clodomir
         30/o-cordel-em-sergipe/                          Silva
BRANDÃO, Adelino. Crime e castigo         HAURÉLIO, Marco; SÁ, João Gomes
             no cordel: (crime e pena no               de. O cordel: sua história, seus
             folheto de cordel e no romanceiro         valores. Revista Cultura Crítica,
             folclórico do Brasil). Rio de             São Paulo, p. 17-21, jul./dez. 2007.
             Janeiro: Presença, 1991.              KUNZ, Martine. Cordel, criação
         CASA NOVA, Vera L. C. Cordel e                mestiça. Revista Cultura Crítica,
             biblioteca. R. Esc. Bibliotecon.          São Paulo, p. 26-31, jul./dez. 2007.
             UFMG, Belo Horizonte, v. 1, n.        LUCIANO, Aderaldo. Literatura de
             11, p. 7-13, mar. 1982.                   cordel,      literatura     brasileira.
         CASCUDO,        Luís     da     Câmara.       Revista Cultura Crítica, São
             Dicionário do folclore brasileiro.        Paulo, p. 32-37, jul./dez. 2007.
             11. Ed. São Paulo: Global, 2001.      LUYTEN, Joseph M. O que é literatura
         CHAUI, Marilena. Introdução, como de          de cordel. São Paulo: Brasiliense,
             praxe. In:______. Conformismo e           2007. (Coleção Primeiros Passos;
             resistência: aspectos da cultura          317).
             popular no Brasil. São Paulo:         MATOS, Edilene. Literatura de cordel: a
             Brasiliense, 1996.                        escuta de uma voz poética. Revista
         CLÁSSICOS rimados: obras célebres             Cultura Crítica, São Paulo, p. 8-
             como “Os miseráveis” e “O                 14, jul./dez. 2007.
             alienista” ganham versões de          MELO, Veríssimo. Literatura de cordel:
             cordel. Folha de S. Paulo, São            visão     histórica      e   aspectos
             Paulo, 30 mar. 2009. Folhateen, p.        principais. In: LOPES, José
             5.                                        Ribamar (Org.). Literatura de
         COMISSÃO           NACIONAL         DE        cordel: antologia. 3. ed. Fortaleza:
             FOLCLORE. Carta do folclore               Banco do Nordeste do Brasil,
             brasileiro. Salvador: [s.n.], 1995.       1994.
             In: BRASIL. Ministério da             NEPOMUCENO, Cristiane Maria. O
             Educação. Fundação Joaquim                jeito     nordestino       de      ser
             Nabuco.         Disponível      em:       globalizado. 2005. 193 f. Tese
             <http://www.fundaj.gov.br/geral/fo        (Doutorado em Ciências Sociais)–
             lclore/carta.pdf>. Acesso em: 27          Centro de Ciências Humanas,
             jul. 2011.                                Letras e Artes, Universidade
         DINIZ, Madson Góis. Do folheto de             Federal do Rio Grande do Norte,
             cordel para o cordel virtual:             Natal, 2005. Disponível em:
             interfaces hipertextuais da cultura       <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimp
             popular. Hipertextus: revista             lificado//tde_busca/
             digital. v. 1. 2007. Disponível em:       arquivo.php?codArquivo=149>.
             <http://www.hipertextus.net/volum         Acesso em: 15 jul. 2011.
             e1/artigo11-madson-gois.pdf>.         OLIVEIRA, Maria José. Benditos sejam:
                                                                                                 21 de março de 2013




             Acesso em: 02 maio 2011.                  uma nova maneira de perceber a
         FREIRE, Wilson. O cordel e suas               Literatura      de      Cordel.     In:
             histórias: medicina preventiva.           INTERCOM – SOCIEDADE
             São Paulo: Abooks, [2002?].               BRASILEIRA DE ESTUDOS
         GALVÃO, Ana Maria de Oliveira.                INTERDISCIPLINARES                 DA
             Papéis atribuídos à leitura/audição       COMUNICAÇÃO;                    XXVI
             de folhetos. In:______. Cordel:           CONGRESSO BRASILEIRO DE
             leitores     e    ouvintes.    Belo       CIÊNCIAS                           DA
10




             Horizonte:      Autêntica,    2001.       COMUNICAÇÃO; CONGRESSO
Página




             (Coleção Historial).                      ANUAL EM CIÊNCIA DA
                                                       COMUNICAÇÃO, 26., 2003,
Belo         Horizonte.       Anais     SILVA, Fernanda Isis C. da; SOUZA,
             eletrônicos... Belo Horizonte,              Edivanio Duarte de. Informação e
             2003.         Disponível         em:        formação da identidade cultural: o
             <http://galaxy.intercom.org.br:818          acesso à informação na literatura
             0/A3C7D68D-3C3F-4AD2-A342-                  de cordel. Inf. & Soc.:Est., João
             310326349856/FinalDownload/Do               Pessoa, v. 16, n. 1, p. 215-222,
             wnloadId-                                   jan./jun. 2006. Disponível em:
             13B34F0C6001DD7D426562E96                   <http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index
             E8FC3AF/A3C7D68D-3C3F-                      .php/ies/article/view/455/1506>.
             4AD2-A342-                                  Acesso em: 5 out. 2010.
             310326349856/dspace/bitstream/1         SILVA, Silvio Profirio da et. al.
             904/51                                      Literatura de cordel: linguagem,
             31/1/NP17OLIVEIRA.pdf>.                     comunicação, cultura, memória e
             Acesso em: 23 mar. 2011.                    interdisciplinaridade.      Raídos,
         PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag et             Dourados, MS, v. 4, n. 7, p. 303-
             al. Literatura de cordel: veículo de        322, jan./jun. 2010.
             comunicação e educação em               TAVARES, Bráulio. A pedra do meio-
             saúde. Texto Contexto Enferm,               dia ou Artur e Isadora: literatura
             Florianópolis, v. 16, n. 4, p. 662-         de cordel. São Paulo: Ed. 34, 1998.
             670, out./dez. 2007. Disponível         TERRA, Ruth Brito Lemos. Memória
             em:                                         de lutas: literatura de folhetos do
             <http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n          nordeste: 1893-1930. São Paulo:
             4/ a10v16n4.pdf>. Acesso em: 11             Global, 1983.
             ago. 2010.                              VASQUEZ, Pedro Afonso. O universo
         PINTO, Maria Rosário. A evolução da             do cordel. In: INSTITUTO
             Literatura     de     cordel.     In:       CULTURAL BANCO REAL. O
             INSTITUTO              CULTURAL             universo do cordel. Recife: Banco
             BANCO REAL. O universo do                   Real, 2008.
             cordel. Recife: Banco Real, 2008.




                                                                                               21 de março de 2013
11
Página

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Educação
EducaçãoEducação
EducaçãoMayjö .
 
Clube dos poetas mortos pt
Clube dos poetas mortos ptClube dos poetas mortos pt
Clube dos poetas mortos ptAnabela Barreira
 
Análise estrutural da narrativa em "O diário de Anne Frank"
Análise estrutural da narrativa em "O diário de Anne Frank"Análise estrutural da narrativa em "O diário de Anne Frank"
Análise estrutural da narrativa em "O diário de Anne Frank"Professora Lucimara
 
Complemento agente da passiva
Complemento agente da passivaComplemento agente da passiva
Complemento agente da passivaLuís Ventura
 
Advérbios e preposições
Advérbios e preposiçõesAdvérbios e preposições
Advérbios e preposiçõesBlog Estudo
 
Actividades para o pré escolar
Actividades para o pré escolarActividades para o pré escolar
Actividades para o pré escolarDébora Frazao
 
Diário de Anne Frank Ana 6ºC
Diário de Anne Frank Ana 6ºCDiário de Anne Frank Ana 6ºC
Diário de Anne Frank Ana 6ºCAlexandra Santos
 
O meu-pe-de-laranja-lima ficha-trabalho(1)
O meu-pe-de-laranja-lima ficha-trabalho(1)O meu-pe-de-laranja-lima ficha-trabalho(1)
O meu-pe-de-laranja-lima ficha-trabalho(1)ziquinha
 
Resumos gramática inglês
Resumos gramática inglêsResumos gramática inglês
Resumos gramática inglêsLuciana Viter
 
O rapaz do pijama às riscas
O rapaz do pijama às riscasO rapaz do pijama às riscas
O rapaz do pijama às riscasOdete Almeida
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoafromgaliza
 
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militarVítor Santos
 
O rapaz-do-pijama-às-riscas-ficha-de-leitura
O rapaz-do-pijama-às-riscas-ficha-de-leituraO rapaz-do-pijama-às-riscas-ficha-de-leitura
O rapaz-do-pijama-às-riscas-ficha-de-leituraJWM V.
 
Portugues 9º ano 1º teste.pdf fidalgo
Portugues 9º ano 1º teste.pdf fidalgoPortugues 9º ano 1º teste.pdf fidalgo
Portugues 9º ano 1º teste.pdf fidalgoRúben Henriques
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em PortugalMichele Pó
 
Protocolo experimental
Protocolo experimentalProtocolo experimental
Protocolo experimentalpiefohmania
 

Was ist angesagt? (20)

Educação
EducaçãoEducação
Educação
 
Clube dos poetas mortos pt
Clube dos poetas mortos ptClube dos poetas mortos pt
Clube dos poetas mortos pt
 
Análise estrutural da narrativa em "O diário de Anne Frank"
Análise estrutural da narrativa em "O diário de Anne Frank"Análise estrutural da narrativa em "O diário de Anne Frank"
Análise estrutural da narrativa em "O diário de Anne Frank"
 
Complemento agente da passiva
Complemento agente da passivaComplemento agente da passiva
Complemento agente da passiva
 
Advérbios e preposições
Advérbios e preposiçõesAdvérbios e preposições
Advérbios e preposições
 
é Natal peça de teatro
é Natal  peça de teatroé Natal  peça de teatro
é Natal peça de teatro
 
Actividades para o pré escolar
Actividades para o pré escolarActividades para o pré escolar
Actividades para o pré escolar
 
Diário de Anne Frank Ana 6ºC
Diário de Anne Frank Ana 6ºCDiário de Anne Frank Ana 6ºC
Diário de Anne Frank Ana 6ºC
 
O meu-pe-de-laranja-lima ficha-trabalho(1)
O meu-pe-de-laranja-lima ficha-trabalho(1)O meu-pe-de-laranja-lima ficha-trabalho(1)
O meu-pe-de-laranja-lima ficha-trabalho(1)
 
Resumos gramática inglês
Resumos gramática inglêsResumos gramática inglês
Resumos gramática inglês
 
O rapaz do pijama às riscas
O rapaz do pijama às riscasO rapaz do pijama às riscas
O rapaz do pijama às riscas
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
9 ano 9_3_portugal da primeira república à ditadura militar
 
Peddy paper
Peddy paperPeddy paper
Peddy paper
 
O rapaz-do-pijama-às-riscas-ficha-de-leitura
O rapaz-do-pijama-às-riscas-ficha-de-leituraO rapaz-do-pijama-às-riscas-ficha-de-leitura
O rapaz-do-pijama-às-riscas-ficha-de-leitura
 
AMI
AMIAMI
AMI
 
Portugues 9º ano 1º teste.pdf fidalgo
Portugues 9º ano 1º teste.pdf fidalgoPortugues 9º ano 1º teste.pdf fidalgo
Portugues 9º ano 1º teste.pdf fidalgo
 
José saramago
José saramagoJosé saramago
José saramago
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
Protocolo experimental
Protocolo experimentalProtocolo experimental
Protocolo experimental
 

Andere mochten auch

Atividade literatura de cordel
Atividade literatura de cordelAtividade literatura de cordel
Atividade literatura de cordeljuditholima
 
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA Isabel Aguiar
 
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILIsabel Aguiar
 
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALA SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALIsabel Aguiar
 
O REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO IO REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO IIsabel Aguiar
 
Rebelioes regenciais blog
Rebelioes regenciais blogRebelioes regenciais blog
Rebelioes regenciais blogIsabel Aguiar
 
A EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXA EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXIsabel Aguiar
 
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIOQUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIOIsabel Aguiar
 
Slide imigração e fim trafico negreiro
Slide imigração e fim trafico negreiro Slide imigração e fim trafico negreiro
Slide imigração e fim trafico negreiro Isabel Aguiar
 
SEGUNDO REINADO 1840-1889
SEGUNDO REINADO 1840-1889SEGUNDO REINADO 1840-1889
SEGUNDO REINADO 1840-1889Isabel Aguiar
 
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870Isabel Aguiar
 

Andere mochten auch (17)

Atividade literatura de cordel
Atividade literatura de cordelAtividade literatura de cordel
Atividade literatura de cordel
 
Literatura de Cordel
Literatura de CordelLiteratura de Cordel
Literatura de Cordel
 
O que é literatura de cordel
O que é literatura de cordelO que é literatura de cordel
O que é literatura de cordel
 
Projeto literatura de cordel
Projeto literatura de cordelProjeto literatura de cordel
Projeto literatura de cordel
 
Cartilha cordel completa
Cartilha cordel completaCartilha cordel completa
Cartilha cordel completa
 
Revista Cordel
Revista CordelRevista Cordel
Revista Cordel
 
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
 
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
 
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALA SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
 
O REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO IO REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO I
 
Rebelioes regenciais blog
Rebelioes regenciais blogRebelioes regenciais blog
Rebelioes regenciais blog
 
A EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXA EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIX
 
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIOQUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
 
Slide imigração e fim trafico negreiro
Slide imigração e fim trafico negreiro Slide imigração e fim trafico negreiro
Slide imigração e fim trafico negreiro
 
AFRICANOS NO BRASIL
AFRICANOS NO BRASILAFRICANOS NO BRASIL
AFRICANOS NO BRASIL
 
SEGUNDO REINADO 1840-1889
SEGUNDO REINADO 1840-1889SEGUNDO REINADO 1840-1889
SEGUNDO REINADO 1840-1889
 
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
GUERRA DO PARAGUAI 1864-1870
 

Ähnlich wie O que é literatura de cordel

CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARCULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARRita Almeida
 
Criação de literatura de cordel - Seduc.
Criação de literatura de cordel - Seduc.Criação de literatura de cordel - Seduc.
Criação de literatura de cordel - Seduc.MarcusEuricoPereiraF
 
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.Tissiane Gomes
 
Projeto cordel em sala de aula
Projeto cordel em sala de aulaProjeto cordel em sala de aula
Projeto cordel em sala de aulaAline Ramalho
 
Boletim "Contacto" - novembro 2011
Boletim "Contacto" - novembro 2011Boletim "Contacto" - novembro 2011
Boletim "Contacto" - novembro 2011Isabel Martins
 
16 - A literatura de cordel e a sua importancia
16 - A literatura de cordel e a sua importancia16 - A literatura de cordel e a sua importancia
16 - A literatura de cordel e a sua importanciassuser784e30
 
Professora Wiliane
Professora WilianeProfessora Wiliane
Professora Wilianejoaoxxiii
 
O que é literatura
O que é literaturaO que é literatura
O que é literaturaadrianaleira
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordelLidiane Lima
 
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De LiteraturaC:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De LiteraturaEneida da Rosa
 
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)Tânia Regina
 
Destaques Enciclopédicos 11 08-2014 a 16-08-2014 - Umberto Neves
Destaques Enciclopédicos 11 08-2014 a 16-08-2014 - Umberto NevesDestaques Enciclopédicos 11 08-2014 a 16-08-2014 - Umberto Neves
Destaques Enciclopédicos 11 08-2014 a 16-08-2014 - Umberto NevesUmberto Neves
 
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...Universidade Federal de Roraima
 

Ähnlich wie O que é literatura de cordel (20)

O que é literatura de cordel
O que é literatura de cordelO que é literatura de cordel
O que é literatura de cordel
 
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARCULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
 
Criação de literatura de cordel - Seduc.
Criação de literatura de cordel - Seduc.Criação de literatura de cordel - Seduc.
Criação de literatura de cordel - Seduc.
 
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
 
Projeto cordel em sala de aula
Projeto cordel em sala de aulaProjeto cordel em sala de aula
Projeto cordel em sala de aula
 
Boletim "Contacto" - novembro 2011
Boletim "Contacto" - novembro 2011Boletim "Contacto" - novembro 2011
Boletim "Contacto" - novembro 2011
 
16 - A literatura de cordel e a sua importancia
16 - A literatura de cordel e a sua importancia16 - A literatura de cordel e a sua importancia
16 - A literatura de cordel e a sua importancia
 
Professora Wiliane
Professora WilianeProfessora Wiliane
Professora Wiliane
 
C o r d e l bnb final
C o r d e l   bnb finalC o r d e l   bnb final
C o r d e l bnb final
 
Slide projeto
Slide projetoSlide projeto
Slide projeto
 
O que é literatura
O que é literaturaO que é literatura
O que é literatura
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
Apresentação sd 2016.2
Apresentação sd 2016.2Apresentação sd 2016.2
Apresentação sd 2016.2
 
Artigo tcc final
Artigo tcc finalArtigo tcc final
Artigo tcc final
 
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De LiteraturaC:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
 
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
 
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
 
Haroldo de campos
Haroldo de camposHaroldo de campos
Haroldo de campos
 
Destaques Enciclopédicos 11 08-2014 a 16-08-2014 - Umberto Neves
Destaques Enciclopédicos 11 08-2014 a 16-08-2014 - Umberto NevesDestaques Enciclopédicos 11 08-2014 a 16-08-2014 - Umberto Neves
Destaques Enciclopédicos 11 08-2014 a 16-08-2014 - Umberto Neves
 
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
 

Mehr von Jorge Marcos Oliveira (20)

Texto sobre corrupção
Texto sobre corrupçãoTexto sobre corrupção
Texto sobre corrupção
 
19 de novembro
19 de novembro19 de novembro
19 de novembro
 
Memória das praças praça valadão
Memória das praças   praça valadãoMemória das praças   praça valadão
Memória das praças praça valadão
 
Um sonho e um pesadelo
Um sonho e um pesadeloUm sonho e um pesadelo
Um sonho e um pesadelo
 
Carnaval antigo
Carnaval antigoCarnaval antigo
Carnaval antigo
 
Aribé banese
Aribé baneseAribé banese
Aribé banese
 
Preseed 2014-revisão 23
Preseed 2014-revisão 23Preseed 2014-revisão 23
Preseed 2014-revisão 23
 
Preseed 2014-revisão 20
Preseed 2014-revisão 20Preseed 2014-revisão 20
Preseed 2014-revisão 20
 
Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18
 
Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18
 
Preseed 2014-revisão 16
Preseed 2014-revisão 16Preseed 2014-revisão 16
Preseed 2014-revisão 16
 
Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18
 
Preseed 2014-revisão 17
Preseed 2014-revisão 17Preseed 2014-revisão 17
Preseed 2014-revisão 17
 
Preseed 2014-revisão 15
Preseed 2014-revisão 15Preseed 2014-revisão 15
Preseed 2014-revisão 15
 
Preseed 2014-revisão 14
Preseed 2014-revisão 14Preseed 2014-revisão 14
Preseed 2014-revisão 14
 
Preseed 2014-revisão 13
Preseed 2014-revisão 13Preseed 2014-revisão 13
Preseed 2014-revisão 13
 
Preseed 2014-revisão 13
Preseed 2014-revisão 13Preseed 2014-revisão 13
Preseed 2014-revisão 13
 
Preseed 2014-revisão 12
Preseed 2014-revisão 12Preseed 2014-revisão 12
Preseed 2014-revisão 12
 
Preseed 2014-revisão 11
Preseed 2014-revisão 11Preseed 2014-revisão 11
Preseed 2014-revisão 11
 
Preseed 2014-revisão 10
Preseed 2014-revisão 10Preseed 2014-revisão 10
Preseed 2014-revisão 10
 

Kürzlich hochgeladen

Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 

O que é literatura de cordel

  • 1. O QUE É LITERATURA DE CORDEL É história contada em versos Jorge Marcos de Oliveira1 Em estrofes a rimar, Escrita em papel comum Responder esta pergunta não Feita pra ler ou cantar é tarefa das mais fáceis. É extremamente (...) difícil encontrar uma resposta que O cordel é uma expressão satisfaça a todos os estudiosos do tema. Da autêntica poesia Encontramos diversas formas de definir Do povo da minha terra o que é Literatura de Cordel, também Que luta pra que um dia conhecida por folhetos de feiras, "folhas Acabem a fome e miséria, volantes" ou "folhas soltas" ou ainda Haja paz e harmonia.5 literatura de cego2. Uma delas é de autoria de Marco Haurélio 3, que assim a Literatura de Cordel é, como define é: qualquer outra forma artística, uma manifestação cultural. Por meio da “a poesia popular impressa e escrita são transmitidas as cantigas, os herdeira do romanceiro poemas e as histórias do povo — pelo tradicional, da literatura próprio povo.6 É uma modalidade oral (em especial dos contos impressa de poesia, original do Nordeste populares, com do Brasil, que já foi muito estigmatizada, predominância dos contos de mas hoje em dia é bem aceita e encantamento)”. respeitada7, possuindo, inclusive uma Academia Brasileira de Literatura de Francisco Diniz4 recorre ao Cordel, fundada em 1988 8. Segundo Ana formado de cordel para definir, segundo Paula Araujo9, seu ponto de vista o que é Literatura e Cordel: “devido ao linguajar despreocupado, Literatura de Cordel regionalizado e informal É poesia popular, utilizado para a composição dos textos essa modalidade 1 Jorge Marcos de Oliveira. Professor de História da Rede Pública e Privada de Ensino. Coautor de “De Massaranduba a Industrial” e “Os 5 Este texto faz parte do Cd Literatura de Cordel 6 Símbolos Municipais”, entre outros. http://www.lendo.org/o-que-e-literatura-de- 2 21 de março de 2013 Esta nomenclatura é devido a uma lei cordel-autores-obras/ 7 promulgada por Dom João V, autorizando o Araújo, A. Ana Paula de in comércio dos folhetos pela Irmandade dos http://www.infoescola.com/literatura/literatura- Homens Cegos de Lisboa. de-cordel/ 3 8 Cordelista e pesquisador da Cultura Popular Concebida por Gonçalo Ferreira da Silva, Brasileira. Coordena pela editora Nova cearense de Ipu, poeta com raízes eruditas e Alexandria, a Coleção Clássicos em Cordel. populares. A Academia acabou se fundindo Literatura de Cordel: Tradição e modernidade com a Casa de Cultura São Saruê, criada pelo in General Humberto Pelegrino, e incorporou ao http://www.recantodasletras.com.br/cordel/181 seu acervo preciosidades hoje à disposição de 1 7119. Acessado em 27 de agosto de 2012. estudiosos e entusiastas do cordel. Página 4 9 Francisco Diniz. O que é Literatura de Cordel? Araújo, A. Ana Paula de in In http://literaturadecordel.vila.bol.com.br. http://www.infoescola.com/literatura/literatura- Acessado em 27 de agosto de 2012. de-cordel/
  • 2. de literatura nem sempre foi ilustradas pelos artistas responsáveis respeitada”. pela xilogravura no cordel. A Literatura de Cordel faz Encontramos esta outra parte do folclore, da cultura popular. definição de Literatura de Cordel: Para a Comissão Nacional do Folclore (1995) Cultura Popular e Folclore são “literatura de cordel é um entendidos como sinônimo. Pode ser assim definida: “conjunto das criações tipo de poesia popular, culturais de uma comunidade, baseado originalmente oral, e depois nas suas tradições expressas individual impressa em folhetos ou coletivamente, representativo de sua identidade social” 11 rústicos ou outra qualidade Luis da Câmara define o de papel, expostos para folclore como “[...] a cultura do popular, venda pendurados em cordas tornada normativa pela tradição”. Portanto, para o autor o folclore é a ou cordéis, o que deu origem própria cultura popular 12. ao nome que vem lá de Cristiane Nepomuceno assim Portugal, que tinha a se posiciona quanto cultura popular: tradição de pendurar “cultura popular que folhetos em barbantes”10. perpassa a tradição e possui característica dinâmica e transformadora. Na cultura Diferentemente de outras que ao passo que se formas de literatura, o cordel é derivado moderniza e se transforma, da tradição oral. Isto é, surge da fala também não esquece suas comum das pessoas, e também das raízes: À própria cultura histórias como contadas por elas, e não popular e ao povo cabe como fixadas no papel. A literatura 11 nasceu oral e foi assim durante muito COMISSÃO NACIONAL DE FOLCLORE. Carta do folclore brasileiro. Salvador: [s.n.], tempo. 1995, 1 In: BRASIL. Ministério da Educação. Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em: Com a diversidade de <http://www.fundaj.gov.br/geral/folclore/carta. pdf>. Citado por ASSIS, Regiane Alves de; assuntos que aborda e com uma TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA, 21 de março de 2013 linguagem poético-visual, o folheto de Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, cordel atrai olhares e é – ou foi - fonte de v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | inspiração para grandes escritores. A http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de admiração entre cordel e grandes autores agosto de 2012. 12 CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do é recíproca. Clássicos da literatura folclore brasileiro. 11.ed. São Paulo: Global, mundial já podem ser lidos em 2001., p. 240. Citado por ASSIS, Regiane adaptações produzidas por cordelistas e Alves de; TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de 2 cordel como fonte de informação. Ver CRB-8 Página 10 Literatura do Cordel. Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 http://aracajumaisbela.no.comunidades.net/inde | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de x.php?pagina=1063035625 agosto de 2012.
  • 3. reinventar, recriar e galanteios para, quase sempre agradar ressignificar o seu saber e o aos poderosos.14 seu saber-fazer. Revelar a Posteriormente, esses artistas todos que seu universo vai começaram a registrar suas falas em além da conservação, preservação ou resgate, folhas soltas, prendendo-as em torno do tampouco pré-moderna e corpo em barbantes para que as atrasada. Necessário se faz recitassem e, ao mesmo tempo, apreender a cultura popular garantissem as mãos livres para os como resultado de momentos movimentos.15 Esses autores, históricos específicos e denominados de trovadores, geralmente, consequentemente dinâmica, quando as declamava, eram apta a apropriar-se das práticas culturais mais acompanhados por uma viola, que eles diversas e adaptá-las ao seu mesmos tocam.16 Eles “se apresentavam cotidiano”.13 para o povo e falavam da cultura popular da localidade, dos acontecimentos mais Dentre as diferentes falados nas redondezas, de amor, etc.” expressões da cultura popular, podemos Segundo Érica Georgino 17, o incluir a Literatura de Cordel. verbete "cordel" apareceu apenas em ORIGEM DA LITERATURA DE 1881, registrado no dicionário português CORDEL Caldas Aulete. Era sinônimo de publicação de baixo valor e prestígio, Quando surgiu a Literatura como as que na época eram vendidas de Cordel? Eis outra difícil pergunta a penduradas em cordões na porta das ser respondida. livrarias - esses "varais" de literatura Para alguns, as origens do logo caíram em desuso, mas o nome cordel nos remete a Idade Média. A prevaleceu. origem dos cordéis são as cantigas dos O termo “literatura de trovadores medievais, que comentavam cordel” foi cunhado pela primeira vez as notícias da época usando versos, que pelo pesquisador francês Raymond eles próprios cantavam. Esta forma Cantel “para designar os folhetos da literária era muito praticada pelos literatura popular, vendidos nas feiras trovadores, que declamavam louvações e populares, pendurados em pequenas cordas, cordinhas, cordões”.18 13 14 21 de março de 2013 NEPOMUCENO, Cristiane Maria. O jeito Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da nordestino de ser globalizado. 2005, p. 31. Academia Brasileira de Literatura de Cordel. 193 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais)– Ver Como surgiu a literatura de cordel de Érica Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Georgino. 15 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Como surgiu a literatura de cordel de Érica Natal, 2005. Disponível em: Georgino. 16 <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado//tde Araújo, A. Ana Paula de in _busca/ arquivo.php?codArquivo=149>. Citado http://www.infoescola.com/literatura/literatura- por ASSIS, Regiane Alves de; TENÓRIO, de-cordel/ 17 Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Ver Como surgiu a literatura de cordel de 3 Literatura de cordel como fonte de informação. Érica Georgino. Página 18 Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3- Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel 21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. (2005, p. 45 apud VASQUEZ, 2008, p. 11). Acessado em 28 de agosto de 2012. Citado por ASSIS, Regiane Alves de;
  • 4. multidões onde ali se estaria narrando, a O CORDEL NO BRASIL modo de reportagem, algum feito heroico, alguma novidade espetacular. A literatura de cordel é hoje Desde os tempos medievais, uma das mais importantes manifestações mesmo nos pequenos vilarejos, existia , da literatura popular brasileira. O cordel pelo menos um dia da semana, quando está presente em todo o Brasil, mas é no se realizavam as tocas de mercadorias – nordeste que mostra sua força. Aqui o as feiras. Era justamente nessas ocasiões, cordel fincou suas raízes e floresceu. que, “um grande número de pessoas se Não resta a menor dúvida entre os dirigia à cidade, e ali os camponeses estudiosos que foram os portugueses os vendiam seus produtos, os comerciantes responsáveis pela introdução da ofereciam suas mercadorias e artistas se Literatura de Cordel no Brasil. No apresentavam para a multidão”. Em Brasil, a literatura de cordel é produção meio as transações comerciais surgia o típica do Nordeste. Por volta de 1750, artista querido por muitos – o trovador apareceram os primeiros poetas ou menestrel, que logo começavam a populares que narravam sagas em contar histórias de todo tipo: de versos, visto que a maioria desse povo, aventuras, de romance, de paixões e sequer sabia ler e as histórias eram lendas de reis valentes. decoradas e recitadas nas feiras ou nas Ao final da performace, da praças19. apresentação, a plateia agradecida, Foi no Nordeste, desde a recompensava o artista, jogando moedas época da colonização, distante dos dentro do estojo do instrumento musical centros do litoral, abandonado pelas do artista (alaúde). O trovador, satisfeito, autoridades, dominado pelos grandes agradecia e partia em direção a outra proprietários de terras – os fazendeiros e cidade ou da próxima feira.20 senhores de engenhos, onde as leis, as normas, os valores e costumes eram Segundo Paulo Moura21, ditados por eles. Esse foi o cenário ideal para se talhado o homem nordestino – “o ano de 1830 é valente e destemido. considerado historicamente, O nordestino absorveu do o ponto de partida da poesia colonizador europeu a poesia e a prosa popular nordestina. Tendo transformado em discurso em meio às como seus primeiros 21 de março de 2013 divulgadores os poetas TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA, Ugolino de Sabugi e seu Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte irmão Nicandro, filhos do de informação, p.11. Ver CRB-8 Digital, São não menos famoso Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de 20 agosto de 2012. Fábio Sombra. “Proseando Sobre Cordel”. 19 Literatura de Cordel. Poesia popular Extraído do Blog Cultura Nordestina. 21 característica do Nordeste in Pedagogia & Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura 4 Comunicação, p. 3 in in Página http://educacao.uol.com.br/cultura- http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42- brasileira/literatura-de-cordel-1-poesia- cultura/358-origem-da-literatura-de- popular-caracteristica-do-nordeste.jhtm cordel.html
  • 5. Agostinho Nunes da Costa A literatura de cordel como Teixeira. Estes, os primeiros um meio de comunicação, retrata a cantadores da poesia de pé cultura do povo nordestino através da de parede e dos contos que expressão de seus valores, convidando a se faziam acompanhar com o refletir acerca da realidade da sociedade repique da viola, da rabeca, em que vivemos, possibilitando a do pandeiro ou até mesmo inserção de ideias e dessa maneira do ganzá”. influencia e modifica o leitor por meio de seus folhetos25. A literatura de cordel Outros afirmam que “as evoluiu, passando da comunicação oral honras de "pai" da literatura de cordel para a comunicação escrita, e atualmente brasileira cabem ao paraibano Leandro modificou a forma de se comunicar com Gomes de Barros, que começou a seus leitores, se desprendendo de seu imprimir livretos e alcançou o mérito, suporte tradicional, o folheto, e indo para digno de poucos poetas, populares ou o mundo digital26. não, de sustentar a família apenas com os dividendos das centenas de títulos A incorporação dessas novas lançados”. 22 tecnologias tem garantido “a sobrevivência dos cordelistas, que não Com as primeiras dependiam mais de um único suporte publicações, a literatura de cordel se para a produção de sua arte”27. Esta nova transformou na coqueluche do nordeste, alcançando quase todos os estados 25 SILVA, Silvio Profirio da et. al. Literatura de nordestinos em particular e os de todo o cordel: linguagem, comunicação, cultura, país, de certa forma.23 Um dos primeiros memória e interdisciplinaridade. Raídos, Dourados, MS, v. 4, n. 7, p. 303-322, jan./jun. cordéis de sucesso foi A Guerra de 2010. Citado por ASSIS, Regiane Alves de; Canudos, em que o conflito de 1896 e TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte 1897, opondo Antônio Conselheiro ao de informação, p.9. Ver CRB-8 Digital, São Exército brasileiro.24 Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012. LITERATURA DE CORDEL COMO 26 SILVA, 2010, p. citado por ASSIS, Regiane MEIO DE COMUNICAÇÃO Alves de; TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação, p.9. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, 22 21 de março de 2013 Ver Como surgiu a literatura de cordel de jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado Érica Georgino. em 28 de agosto de 2012. 23 27 Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura DINIZ, Madson Góis. Do folheto de cordel in para o cordel virtual: interfaces hipertextuais da http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42- cultura popular. Hipertextus: revista digital. v. cultura/358-origem-da-literatura-de- 1. 2007. Disponível em: cordel.html <http://www.hipertextus.net/volume1/artigo11- 24 O tema foi “retratado em versos por João madson-gois.pdf>. Citado por ASSIS, Regiane Melquíades Ferreira da Silva, que fora soldado Alves de; TENÓRIO, Carolina Martins; naquelas batalhas e se tornaria um grande BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de 5 nome da primeira geração de cordelistas cordel como fonte de informação. 9. Ver CRB- Página brasileiros”. Citado por Érica Gregorino em 8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. Como surgiu a Literatura de Cordel. Acessado 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em em 27 de agosto de 2012. 28 de agosto de 2012.
  • 6. forma de se comunicar e manter viva a Humorísticos e picarescos (os mais tradição do cordel também permitem que populares); Exemplos morais (deixam surjam novos autores e novas formas de uma lição); Pelejas (relatos de cantorias colaboração. As famosas pelejas dos entre repentistas. Os textos são frutos da folhetos de cordel foram incorporadas no imaginação do cordelista); Folhetos de meio digital e não perderam seu discussão (apresentam dois pontos de dinamismo, e seus leitores podem vista sobre uma mesma questão) e acompanhar tanto o resultado final desse conselhos, profecias, cachorradas, embate. descaração, política, educação e aqueles feitos sob encomenda.29 Com o advento OS TEMAS dos meios de comunicação de massa, os astros da TV também passaram a O que os cordelistas falam aparecer como personagens de cordel. em seus folhetos? Na literatura de cordel nordestina há uma grande variedade de temas, tradicionais ou contemporâneos, que refletem a vivência popular, desde os problemas atuais até a conservação de narrativas inspiradas no imaginário ibérico. Portanto, os temas são os mais variados. Eis alguns temas: Romances (histórias de amor não correspondido, virtudes ou sacrifícios); Histórias mágicas e maravilhosas (histórias da carochinha, que falam de príncipes, Acervo da Cordelteca “João fadas, dragões e reinos encantados); Firmino” Histórias ligadas ao cangaço e a tema religioso (apresentam o imaginário nordestino ligado a figuras como Lampião); Noticiosos (funcionam como jornais) 28; Histórias de valentia (apresentam personagens lendários na 21 de março de 2013 região); Anti-heróis (falam de nordestinos que vencem mais pela esperteza do que pela força); 28 Como no Nordeste, no início do século XIX não havia jornais, rádio ou televisão, os cordéis passaram a falar também sobre os 29 acontecimentos recentes. Ver De que nos fala a Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura 6 literatura de cordel? in Página http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/ima http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42- ges/atividadespedagogicas/atividade-literatura- cultura/358-origem-da-literatura-de- de-cordel.pdf cordel.html
  • 7. Segundo Mark J. Curran31 os folhetos cumpriram o papel de jornal e novela do povo sertanejo, exerceram a função de ao mesmo tempo informar e entreter, em muitos momentos integrando à vida nacional populações que ainda não haviam sido atendidas pelos serviços tradicionais de comunicação. Na opinião de Raymond 32 Acervo da Cordelteca “João Cantel , o nosso cordel "o mais Firmino” importante, no sentido quantitativo, entre as literaturas populares do mundo" em função da quantidade de livretos publicados. A XILOGRAVURA A xilogravura foi adotada pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel como a ilustração por excelência dos folhetos de cordel. Ela é a ilustração mais característica, mas não a única. Como diz Marco Haurélio, Acervo da Cordelteca “João Firmino” “a ilustração não nasceu com o cordel. As primeiras publicações não utilizavam No século XX, marcado capas ilustradas. Nas primeiras pelas inovações tecnológicas, novas publicações eram usadas as chamadas formas de comunicação entre as pessoas, “capas cegas”, sem qualquer ilustração”. “o teor da literatura de cordel jamais parou de se desenvolver. Os versos não 21 de março de 2013 Literatura de Cordel. Acessado em 27 de abandonaram o tom matuto, o diálogo do agosto de 2012. 31 Mark J. Curran. Retrato do Brasil em Cordel. sertanejo com suas crenças, suas Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a percepções e seus dilemas cotidianos, Literatura de Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012. embora ao longo das décadas a realidade 32 Segundo Érica Gregorino, Raymond Cantel é do povo nordestino mudasse e muitos autoridade internacional no tema. Chegou ao autores e leitores partissem, em ondas Brasil na década de 1950 para pesquisas de campo, tornou-se um dedicado colecionador migratórias, para o centro-sul do país”. 30 7 das histórias e introduziu seu estudo na Página Universidade de Sorbonne, em Paris. Ver Érica 30 Mark J. Curran. Retrato do Brasil em Cordel. Gregorino in Como surgiu a Literatura de Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012.
  • 8. As editoras preferiam os desenhos e os acervo. Cabe a toda a Biblioteca e ao clichês de cartões postais e com fotos de “profissional bibliotecário disponibilizar artistas de Hollywood.33 e divulgar este tipo de literatura, demonstrando seu valor e importância. A presença da literatura de cordel na biblioteca contribui não só para a valorização de seu conteúdo informativo, mas também de seu autor”34. Desde 2013 funciona no térreo da Biblioteca Clodomir Silva no bairro Siqueira Campos, a primeira Cordelteca do Estado de Sergipe. A iniciativa foi do cordelista Gilmar Santana Ferreira. Trata-se de uma pequena sala onde abriga um minúsculo acervo cordelista sergipano bem como a biografia e foto de 36 cordelistas Exemplo de Xilogravura. Acervo da Cordelteca sergipanos ou radicalizado aqui. “João Firmino” REPENTISTA X CORDELISTA Por conta desta musicalidade, o cordel é constantemente confundido com o repente. É sempre bom lembrar que repentista não é cordelista, e cordelista não é repentista. Repentista pode ser cordelista, e vice- versa. Mas não é regra. Têm-se registros Interior da Cordelteca “João Firmino” na de repentistas que se aventuram com Biblioteca “Clodomir Silva” sucesso pela literatura de cordel, apesar de raros nos dias atuais, existem. A este espaço foi dado o CLODOMIR SILVA E A nome de “Cordelteca João Firmino CORDELTECA Cabral”, “conhecido por ser o maior 21 de março de 2013 cordelista do estado de Sergipe em Embora seja a literatura de atividade. Ele cresceu ouvindo e lendo as cordel potencial fonte de informação e histórias escritas pelo pai. É dele a um meio de comunicação de linguagem missão de abrir todas as manhãs a única acessível, ainda são poucas as bibliotecas que possuem folhetos em seu 34 ASSIS, Regiane Alves de; TENÓRIO, Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia 8 33 Literatura de Cordel: Tradição e modernidade Literatura de cordel como fonte de informação, Página in p. 18. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, http://www.recantodasletras.com.br/cordel/181 p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. 7119. Acessado em 27 de agosto de 2012. Acessado em 28 de agosto de 2012.
  • 9. barraca do Mercado Antônio Franco 35 no João Firmino Cabral38 centro de Aracaju, destinada a literatura BIBLIOGRAFIA BÁSICA de cordel. João Firmino é natural de Itabaiana, nascido no ano de 1940. ACOPIARA, Moreira de. Cordel em Aprendeu a ler praticamente sozinho, arte e versos. Xilogravuras de ouvindo as leituras do seu mestre Erivaldo Ferreira da Silva. São Manoel D’Almeida Filho. Aos dezessete Paulo: Acatu, 2009. anos escreveu seu primeiro folheto, uma ______. O que é cultura popular. Xilogravura de Erivaldo da Silva. profecia do Padre Cícero.36 São Paulo: [s.n], 2006. AMORIM, Maria Alice. Existe um João Firmino há 55 anos tem novo cordel?: Imaginário, procurado elevar a cultura nordestina. tradição, cibercultura. [2008?]. Possui mais de 200 obras publicadas e Acervo Maria Alice Amorim: tem grande reconhecimento fora do catálogo de literatura de cordel. estado. Reina uma certa mágoa, pois, Acesso em: 25 out. 2011. Disponível em: < sendo filho ilustre da terra sente muito http://www.cibertecadecordel.com. pela desvalorização do povo de Sergipe. br/pdf/existeumnovo cordel.pdf>. “A gente aqui vende mais para turista, o ÂNGELO, Assis. As origens do cordel. pessoal daqui mesmo não leva muito, só In:______. Presença dos estudantes de escolas ou cordelistas e cantadores universidades”. 37 repentistas em São Paulo. São Paulo: IBRASA, 1996. ______. Uma breve história do cordel. Xilo: Nireuda. São Paulo: [s.n.], [2003]. ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1995. ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação. Trabalho de conclusão de curso da Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) 21 de março de 2013 sob orientação da Profª Dra. Tânia Callegaro e coordenação da Profº Dra. Maria Ignês Carlos Magno. CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 35 Horário de funcionamento: das 09 ás 17 1, p. 3-21, jan. 2012 | horas. http://revista.crb8.org.br. Acessado 36 em 28 de agosto de 2012. http://reporterpontocom.wordpress.com/2011/04/ 9 30/o-cordel-em-sergipe/ Página 37 http://reporterpontocom.wordpress.com/2011/04/ 38 Acervo da Cordelteca – Biblioteca Clodomir 30/o-cordel-em-sergipe/ Silva
  • 10. BRANDÃO, Adelino. Crime e castigo HAURÉLIO, Marco; SÁ, João Gomes no cordel: (crime e pena no de. O cordel: sua história, seus folheto de cordel e no romanceiro valores. Revista Cultura Crítica, folclórico do Brasil). Rio de São Paulo, p. 17-21, jul./dez. 2007. Janeiro: Presença, 1991. KUNZ, Martine. Cordel, criação CASA NOVA, Vera L. C. Cordel e mestiça. Revista Cultura Crítica, biblioteca. R. Esc. Bibliotecon. São Paulo, p. 26-31, jul./dez. 2007. UFMG, Belo Horizonte, v. 1, n. LUCIANO, Aderaldo. Literatura de 11, p. 7-13, mar. 1982. cordel, literatura brasileira. CASCUDO, Luís da Câmara. Revista Cultura Crítica, São Dicionário do folclore brasileiro. Paulo, p. 32-37, jul./dez. 2007. 11. Ed. São Paulo: Global, 2001. LUYTEN, Joseph M. O que é literatura CHAUI, Marilena. Introdução, como de de cordel. São Paulo: Brasiliense, praxe. In:______. Conformismo e 2007. (Coleção Primeiros Passos; resistência: aspectos da cultura 317). popular no Brasil. São Paulo: MATOS, Edilene. Literatura de cordel: a Brasiliense, 1996. escuta de uma voz poética. Revista CLÁSSICOS rimados: obras célebres Cultura Crítica, São Paulo, p. 8- como “Os miseráveis” e “O 14, jul./dez. 2007. alienista” ganham versões de MELO, Veríssimo. Literatura de cordel: cordel. Folha de S. Paulo, São visão histórica e aspectos Paulo, 30 mar. 2009. Folhateen, p. principais. In: LOPES, José 5. Ribamar (Org.). Literatura de COMISSÃO NACIONAL DE cordel: antologia. 3. ed. Fortaleza: FOLCLORE. Carta do folclore Banco do Nordeste do Brasil, brasileiro. Salvador: [s.n.], 1995. 1994. In: BRASIL. Ministério da NEPOMUCENO, Cristiane Maria. O Educação. Fundação Joaquim jeito nordestino de ser Nabuco. Disponível em: globalizado. 2005. 193 f. Tese <http://www.fundaj.gov.br/geral/fo (Doutorado em Ciências Sociais)– lclore/carta.pdf>. Acesso em: 27 Centro de Ciências Humanas, jul. 2011. Letras e Artes, Universidade DINIZ, Madson Góis. Do folheto de Federal do Rio Grande do Norte, cordel para o cordel virtual: Natal, 2005. Disponível em: interfaces hipertextuais da cultura <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimp popular. Hipertextus: revista lificado//tde_busca/ digital. v. 1. 2007. Disponível em: arquivo.php?codArquivo=149>. <http://www.hipertextus.net/volum Acesso em: 15 jul. 2011. e1/artigo11-madson-gois.pdf>. OLIVEIRA, Maria José. Benditos sejam: 21 de março de 2013 Acesso em: 02 maio 2011. uma nova maneira de perceber a FREIRE, Wilson. O cordel e suas Literatura de Cordel. In: histórias: medicina preventiva. INTERCOM – SOCIEDADE São Paulo: Abooks, [2002?]. BRASILEIRA DE ESTUDOS GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. INTERDISCIPLINARES DA Papéis atribuídos à leitura/audição COMUNICAÇÃO; XXVI de folhetos. In:______. Cordel: CONGRESSO BRASILEIRO DE leitores e ouvintes. Belo CIÊNCIAS DA 10 Horizonte: Autêntica, 2001. COMUNICAÇÃO; CONGRESSO Página (Coleção Historial). ANUAL EM CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO, 26., 2003,
  • 11. Belo Horizonte. Anais SILVA, Fernanda Isis C. da; SOUZA, eletrônicos... Belo Horizonte, Edivanio Duarte de. Informação e 2003. Disponível em: formação da identidade cultural: o <http://galaxy.intercom.org.br:818 acesso à informação na literatura 0/A3C7D68D-3C3F-4AD2-A342- de cordel. Inf. & Soc.:Est., João 310326349856/FinalDownload/Do Pessoa, v. 16, n. 1, p. 215-222, wnloadId- jan./jun. 2006. Disponível em: 13B34F0C6001DD7D426562E96 <http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index E8FC3AF/A3C7D68D-3C3F- .php/ies/article/view/455/1506>. 4AD2-A342- Acesso em: 5 out. 2010. 310326349856/dspace/bitstream/1 SILVA, Silvio Profirio da et. al. 904/51 Literatura de cordel: linguagem, 31/1/NP17OLIVEIRA.pdf>. comunicação, cultura, memória e Acesso em: 23 mar. 2011. interdisciplinaridade. Raídos, PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag et Dourados, MS, v. 4, n. 7, p. 303- al. Literatura de cordel: veículo de 322, jan./jun. 2010. comunicação e educação em TAVARES, Bráulio. A pedra do meio- saúde. Texto Contexto Enferm, dia ou Artur e Isadora: literatura Florianópolis, v. 16, n. 4, p. 662- de cordel. São Paulo: Ed. 34, 1998. 670, out./dez. 2007. Disponível TERRA, Ruth Brito Lemos. Memória em: de lutas: literatura de folhetos do <http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n nordeste: 1893-1930. São Paulo: 4/ a10v16n4.pdf>. Acesso em: 11 Global, 1983. ago. 2010. VASQUEZ, Pedro Afonso. O universo PINTO, Maria Rosário. A evolução da do cordel. In: INSTITUTO Literatura de cordel. In: CULTURAL BANCO REAL. O INSTITUTO CULTURAL universo do cordel. Recife: Banco BANCO REAL. O universo do Real, 2008. cordel. Recife: Banco Real, 2008. 21 de março de 2013 11 Página