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IV Seminário Internacional de Pesquisa em Comunicação




A convergência midiática como elemento
estratégico no processo de construção da
produção televisiva “On Line”.

                                                       Jones Machado
                                           Mestrando em Comunicação
                                   Universidade Federal de Santa Maria
Resumo
Este estudo analisa o seriado “On Line”, produzido pelo Núcleo de Especiais da RBSTV,
com o objetivo de evidenciar a utilização da convergência midiática como recurso
estratégico na busca por estruturação, manifestação e expansão dos textos televisuais,
atendendo às demandas do telespectador e fazendo a gramática de uma mídia perpassar
à de outra.

Busca-se descrever e compreender como se apresentam as estratégias comunicacionais
e discursivas adotadas neste cenário de convergência midiática, caracterizado pela
transposição e apropriação de diferentes plataformas, a fim de propor a interação entre
produtos midiáticos, com ênfase na internet e entre telespectadores e produtos
midiáticos.
Considerações Iniciais

- A configuração das mídias e redes sociais digitais, os telespectadores e a
reconfiguração das práticas comunicativas com os públicos;

    - multidirecionalidade;
    - instantaneidade;
    - sem necessidade de co-presença.


- Neste contexto, a convergência midiática pode ser utilizada como recurso
estratégico na construção do produto televisivo.
Conceitos teóricos que movimentam o estudo

Toda estratégia televisual diz respeito à definição de procedimentos manipulatórios
que interferem na ação do telespectador, consistindo no planejamento e execução de
movimentos e operações que buscam “com - vencer” o interpelado (CASTRO e DUARTE, 2011).


Identidade: diz respeito a um conjunto de traços escolhidos pelo enunciador com vistas
a caracterizar pessoas, produtos, serviços, instituições, etc. Dessa forma, a identidade é
mais um processo discursivo com vistas a evidenciar um conjunto de características, que
se e manifestam através da projeção/introjeção de uma imagem e/ou de uma marca.
Imagem: projeção mental feita pelo enunciador ou uma introjeção mental feita pelo
enunciatário de percepções e associações ligadas a um referente. Sendo uma forma de
manifestação da identidade projetada ou introjetada, a imagem refere-se a um
conjunto de conceitos e valores associados à determinada pessoa, produto, serviço,
instituição, etc (CASTRO e DUARTE, 2011).


Marca: representação simbólica da imagem projetada por determinada pessoa, serviço,
produto ou instituição, que remeta à sua identidade. Essa noção está relacionada à
forma de manifestação estratégica da identidade e imagem projetadas, cuja utilização é
significativa uma vez que está presente - racional e emocionalmente - na vida cotidiana
das pessoas (CASTRO e DUARTE, 2011).
Interação entre texto televisual e internet   (DUARTE, 2010)




      • Inerência: diz respeito à interiorização da articulação entre produto e
      plataforma convocada.


      • Aderência: refere-se à exteriorização dessa articulação, em que o limite do texto
      televisual é ultrapassado com desdobramentos em outras mídias, como a internet.
Convergência: representa uma mudança no modo como encaramos nossas relações com
as mídias; representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são
incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos
midiáticos dispersos (JENKINS, 2008).

“Se o paradigma da revolução digital presumia que as novas mídias substituiriam as antigas,
o emergente paradigma da convergência presume que novas e antigas mídias irão interagir
de formas cada vez mais complexas” (JENKINS, 2008, p. 30-31).


A configuração do cenário de convergência midiática redimensiona os fluxos
comunicacionais promovendo mudanças nas práticas das instâncias emissoras e receptoras,
hoje; com potencial de serem híbridas, fato que não se restringe à internet.
Scolari (2009) traz a concepção de hipertelevisão, no sentido de que por conta da
convergência midiática a TV oferece, hoje, a possibilidade de criação de um hipertexto,
uma rota de navegação pelos conteúdos que são disponibilizados, ora na grade habitual da
programação televisiva, ora em um blog, ora no Twitter, ora via torpedos no celular;



A narrativa adapta-se à modulação da informação, narrações em tempo real, aceleração
do relato, efeito de gravação ao vivo sem edição, relatos não sequenciais e expansão
narrativa com os relatos transmidiáticos. A hipertelevisão nada mais é que uma adaptação a
um público com competências perceptivas, interpretativas e cognitivas características da
navegação na web.
Análise do seriado
• Produção: Núcleo de Especiais da RBS TV – afiliada Rede Globo
• Gênero: ficcional
• Regime de crença: verossimilhança
• Subgênero: seriado
• Formato: On Line
• Tons expectativos: descontraído, humorístico, divertido
• Tons privilegiados: descontraído, humorístico, divertido, pedagógico, lúdico
• Episódios analisados: 8 episódios (1ª e 2ª temporadas)
• Público: pré-adolescentes e adolescentes, de 8 a 16 anos de idade
• Tema: a relação de jovens com os amigos, familiares e com as tecnologias de comunicação
• Exibição: aos sábados, das 12h20min às 12h40min, na RBS TV.
A protagonista - Bianca


• Retrato do jovem que agrega ao seu vocabulário gírias e termos presentes nas mídias e
redes sociais digitais da internet, que passam a fazer parte de suas conversas com amigos e
familiares.


• Além disso, a cultura da internet e da
convergência estão muito presentes nos
comportamentos e hábitos que são
evidenciados pelos personagens.
A identidade construída no e para o programa não prioriza os traços de gauchidade
presentes em outras produções da emissora. Não é estabelecida uma sequência cronológica
nem localiza o espaço onde transcorrem os fatos da série e, os personagens, com exceção do
sotaque marcado, não lembram o povo gaúcho no que diz respeito aos costumes e hábitos.


De forma a ser lembrada como incentivadora
de produções do gênero e com inovações na
narrativa dessas, insere-se uma mensagem
como estratégia de inerência: a apropriação
de um balão, o qual muito lembra a narrativa
da internet e do layout de seus sites de
relacionamento.
Como a televisão brasileira, além de exercer as funções de entreter, informar e educar o
telespectador, também possui uma função promocional desde sua concepção, evidencia-
se na série uma ação de merchandising do Colégio Anchieta. Nesse cenário cotidiano dos
adolescentes, temáticas como relacionamentos amorosos, relações familiares e de
sexualidade são debatidas, perpassadas
pela discussão sobre a influência da mídia
– em particular as digitais – na vida dos
jovens contemporâneos.
Ao final de cada episódio, junto aos créditos da edição, é dado um espaço aos
telespectadores, que aparecem em vídeos amadores contando sobre sua relação com a
internet e com o cotidiano escolar, familiar e amoroso. A estratégia evidencia que, cada
vez mais, a lógica comunicacional da ambiência da internet, que possibilita a interação e
hibridação das instâncias emissoras e
receptoras no processo de comunicação
também pode se fazer presente, por
apropriação, em outras mídias.
Após cada programa é realizado um chat – bate-papo online – entre dois dos atores ou
produtores e os telespectadores.


Além disso, Bianca – a personagem principal de On Line, escreve posts no seu blog, produz
conteúdo como um diário de uma adolescente,
contando sobre sua relação amorosa com um
dos personagens, amizades da escola, postando
imagens das gravações e interagindo com os
“internautas-telespectadores‟, na medida em
que os incentiva a enviar mensagens e assistir
ao programa.
No site dos Curtas Gaúchos, onde está o link de On Line, é possível:
• visualizar trailers,
• ouvir a trilha sonora,
• recuperar vídeos de todos os episódios,
• ver fotos dos personagens,
• ter acesso a extras de gravações,
• manter-se atualizado sobre tudo o que falam acerca do seriado no Twitter e no Facebook,
por meio de aplicativos presente na página inicial do site,
• participar de enquete,
• assistir a vídeos gravados pela protagonista,
• ver imagens dos bastidores, do período que antecede as gravações.
• enviar torpedos para a produção do seriado.
Apontamentos Finais

A narrativa de On Line não se limita aos meios televisivo e digital, também são realizadas
matérias em jornais impressos do Grupo RBS. Tal expansão do texto do seriado
representa mais uma estratégia de aderência da emissora.


Após a identificação das estratégias que a RBSTV lançou mão, percebe-se que as relações
de convergência são em sua maioria da ordem da inerência, que diz respeito à
interiorização da articulação entre produto e plataforma convocada.
Pode-se notar diferentes formas de manifestação, tais como a inserção de vídeos de
telespectadores junto aos créditos, a composição do cenário e de personagens levando em
conta aparatos tecnológicos característicos da internet, a transposição da linguagem usada
na ambiência digital para o seriado, a transposição de características da imagem da web
para a imagem da televisão e o andamento da narrativa em ritmo mais acelerado.
Referências bibliográficas
BARICHELLO, E. M. M. R. Apontamentos sobre as estratégias de comunicação mediadas por computador nas organizações contemporâneas. In: KUNSCH, M. M. K. (Org).
Comunicação Organizacional: histórico, fundamentos e processos. V.1. São Paulo: Saraiva, 2009. 386p.
Blog da Bih no site de On Line. Acesso em 11 Jun. 2011: Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/serieonline/2011/04/08/diario-da-bih-iiihhhhhhhh/?topo=52,1,1,,268,e268>
CASTELLS, M. A Galáxia Internet: reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004. 325p.
______. A sociedade em rede. Tradução de Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 698p.
DUARTE, E. B. On Line: a televisão como espaço material de convergência. In: DUARTE, E.B.; CASTRO, M. L. D. (Orgs.). Convergências Midiáticas: Produção Ficcional - RBS TV.
Porto Alegre: Sulina, 2010. p. 125 - 140.
______. Entre gêneros/subgêneros e formatos. In: DUARTE, E. B. Televisão: ensaios metodológicos. Porto Alegre: Sulina, 2004. p. 65 - 88.
JENKINS, H. Cultura da Convergência. Tradução de Susana Alexandria. São Paulo: Aleph, 2008. 380p.
MACHADO, J. Estratégias de Comunicação em Relações Públicas na Ambiência da Internet: percurso empreendido pela Petrobras em seu portal institucional. 2010. 100f.
Monografia (Graduação em Relações Públicas) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010.
SAAD CORRÊA, E. Estratégias 2.0 para a mídia digital. Internet, informação e comunicação. 2.ed. São Paulo: SENAC, 2008. 218p.
SALAVERRÍA, Ramón. Estructura de la Convergencia. In: FARIÑA, Xosé Pereira; GARCÍA, Xosé Lopez (Coords.). Convergencia Digital: Reconfiguración de los Médios de
Comunicación en España. Santiago de Compostela: Servicio de Publicaciones de Universidad de Santiago de Compostela, 2010. p. 27 - 40; p. 149 - 166.
SCOLARI, C. A. This is the end. Las interminables discusiones sobre el fin de la television. In: CARLÓN, M; SCOLARI, C. A. (Eds.). El fin de los medios masivos. El comienzo de
um debate. Buenos Aires: La Crujía, 2009. p. 189 - 208.
Seção do seriado On Line no site ClicRBS - Núcleo de Especiais. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/rbstvrs/capa-interna,0,0,0,0,On-Line.html>
Site do ClicRBS. Acesso em 11 Jun, 2011. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/rs/>
Site dos Curtas Gaúchos. Acesso em: 11 Jun. 2011. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/rbstvrs/capa-interna,841,0,0,0,Especiais-de-sabado.html>
SODRÉ, M. Antropológica do Espelho: por uma teoria da comunicação linear e em rede. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. 272p.
TREIN, C.; PINHO, K. On Line: a convergência como conceito. In: DUARTE, E.B.; CASTRO, M.L.D. (Orgs). Convergências Midiáticas: Produção Ficcional - RBS TV. Porto Alegre:
Sulina, 2010. p. 141 - 143.
Obrig@do.

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Convergência midiática no seriado On Line

  • 1. IV Seminário Internacional de Pesquisa em Comunicação A convergência midiática como elemento estratégico no processo de construção da produção televisiva “On Line”. Jones Machado Mestrando em Comunicação Universidade Federal de Santa Maria
  • 2. Resumo Este estudo analisa o seriado “On Line”, produzido pelo Núcleo de Especiais da RBSTV, com o objetivo de evidenciar a utilização da convergência midiática como recurso estratégico na busca por estruturação, manifestação e expansão dos textos televisuais, atendendo às demandas do telespectador e fazendo a gramática de uma mídia perpassar à de outra. Busca-se descrever e compreender como se apresentam as estratégias comunicacionais e discursivas adotadas neste cenário de convergência midiática, caracterizado pela transposição e apropriação de diferentes plataformas, a fim de propor a interação entre produtos midiáticos, com ênfase na internet e entre telespectadores e produtos midiáticos.
  • 3. Considerações Iniciais - A configuração das mídias e redes sociais digitais, os telespectadores e a reconfiguração das práticas comunicativas com os públicos; - multidirecionalidade; - instantaneidade; - sem necessidade de co-presença. - Neste contexto, a convergência midiática pode ser utilizada como recurso estratégico na construção do produto televisivo.
  • 4. Conceitos teóricos que movimentam o estudo Toda estratégia televisual diz respeito à definição de procedimentos manipulatórios que interferem na ação do telespectador, consistindo no planejamento e execução de movimentos e operações que buscam “com - vencer” o interpelado (CASTRO e DUARTE, 2011). Identidade: diz respeito a um conjunto de traços escolhidos pelo enunciador com vistas a caracterizar pessoas, produtos, serviços, instituições, etc. Dessa forma, a identidade é mais um processo discursivo com vistas a evidenciar um conjunto de características, que se e manifestam através da projeção/introjeção de uma imagem e/ou de uma marca.
  • 5. Imagem: projeção mental feita pelo enunciador ou uma introjeção mental feita pelo enunciatário de percepções e associações ligadas a um referente. Sendo uma forma de manifestação da identidade projetada ou introjetada, a imagem refere-se a um conjunto de conceitos e valores associados à determinada pessoa, produto, serviço, instituição, etc (CASTRO e DUARTE, 2011). Marca: representação simbólica da imagem projetada por determinada pessoa, serviço, produto ou instituição, que remeta à sua identidade. Essa noção está relacionada à forma de manifestação estratégica da identidade e imagem projetadas, cuja utilização é significativa uma vez que está presente - racional e emocionalmente - na vida cotidiana das pessoas (CASTRO e DUARTE, 2011).
  • 6. Interação entre texto televisual e internet (DUARTE, 2010) • Inerência: diz respeito à interiorização da articulação entre produto e plataforma convocada. • Aderência: refere-se à exteriorização dessa articulação, em que o limite do texto televisual é ultrapassado com desdobramentos em outras mídias, como a internet.
  • 7. Convergência: representa uma mudança no modo como encaramos nossas relações com as mídias; representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos (JENKINS, 2008). “Se o paradigma da revolução digital presumia que as novas mídias substituiriam as antigas, o emergente paradigma da convergência presume que novas e antigas mídias irão interagir de formas cada vez mais complexas” (JENKINS, 2008, p. 30-31). A configuração do cenário de convergência midiática redimensiona os fluxos comunicacionais promovendo mudanças nas práticas das instâncias emissoras e receptoras, hoje; com potencial de serem híbridas, fato que não se restringe à internet.
  • 8. Scolari (2009) traz a concepção de hipertelevisão, no sentido de que por conta da convergência midiática a TV oferece, hoje, a possibilidade de criação de um hipertexto, uma rota de navegação pelos conteúdos que são disponibilizados, ora na grade habitual da programação televisiva, ora em um blog, ora no Twitter, ora via torpedos no celular; A narrativa adapta-se à modulação da informação, narrações em tempo real, aceleração do relato, efeito de gravação ao vivo sem edição, relatos não sequenciais e expansão narrativa com os relatos transmidiáticos. A hipertelevisão nada mais é que uma adaptação a um público com competências perceptivas, interpretativas e cognitivas características da navegação na web.
  • 10. • Produção: Núcleo de Especiais da RBS TV – afiliada Rede Globo • Gênero: ficcional • Regime de crença: verossimilhança • Subgênero: seriado • Formato: On Line • Tons expectativos: descontraído, humorístico, divertido • Tons privilegiados: descontraído, humorístico, divertido, pedagógico, lúdico • Episódios analisados: 8 episódios (1ª e 2ª temporadas) • Público: pré-adolescentes e adolescentes, de 8 a 16 anos de idade • Tema: a relação de jovens com os amigos, familiares e com as tecnologias de comunicação • Exibição: aos sábados, das 12h20min às 12h40min, na RBS TV.
  • 11. A protagonista - Bianca • Retrato do jovem que agrega ao seu vocabulário gírias e termos presentes nas mídias e redes sociais digitais da internet, que passam a fazer parte de suas conversas com amigos e familiares. • Além disso, a cultura da internet e da convergência estão muito presentes nos comportamentos e hábitos que são evidenciados pelos personagens.
  • 12. A identidade construída no e para o programa não prioriza os traços de gauchidade presentes em outras produções da emissora. Não é estabelecida uma sequência cronológica nem localiza o espaço onde transcorrem os fatos da série e, os personagens, com exceção do sotaque marcado, não lembram o povo gaúcho no que diz respeito aos costumes e hábitos. De forma a ser lembrada como incentivadora de produções do gênero e com inovações na narrativa dessas, insere-se uma mensagem como estratégia de inerência: a apropriação de um balão, o qual muito lembra a narrativa da internet e do layout de seus sites de relacionamento.
  • 13. Como a televisão brasileira, além de exercer as funções de entreter, informar e educar o telespectador, também possui uma função promocional desde sua concepção, evidencia- se na série uma ação de merchandising do Colégio Anchieta. Nesse cenário cotidiano dos adolescentes, temáticas como relacionamentos amorosos, relações familiares e de sexualidade são debatidas, perpassadas pela discussão sobre a influência da mídia – em particular as digitais – na vida dos jovens contemporâneos.
  • 14. Ao final de cada episódio, junto aos créditos da edição, é dado um espaço aos telespectadores, que aparecem em vídeos amadores contando sobre sua relação com a internet e com o cotidiano escolar, familiar e amoroso. A estratégia evidencia que, cada vez mais, a lógica comunicacional da ambiência da internet, que possibilita a interação e hibridação das instâncias emissoras e receptoras no processo de comunicação também pode se fazer presente, por apropriação, em outras mídias.
  • 15. Após cada programa é realizado um chat – bate-papo online – entre dois dos atores ou produtores e os telespectadores. Além disso, Bianca – a personagem principal de On Line, escreve posts no seu blog, produz conteúdo como um diário de uma adolescente, contando sobre sua relação amorosa com um dos personagens, amizades da escola, postando imagens das gravações e interagindo com os “internautas-telespectadores‟, na medida em que os incentiva a enviar mensagens e assistir ao programa.
  • 16. No site dos Curtas Gaúchos, onde está o link de On Line, é possível: • visualizar trailers, • ouvir a trilha sonora, • recuperar vídeos de todos os episódios, • ver fotos dos personagens, • ter acesso a extras de gravações, • manter-se atualizado sobre tudo o que falam acerca do seriado no Twitter e no Facebook, por meio de aplicativos presente na página inicial do site, • participar de enquete, • assistir a vídeos gravados pela protagonista, • ver imagens dos bastidores, do período que antecede as gravações. • enviar torpedos para a produção do seriado.
  • 17. Apontamentos Finais A narrativa de On Line não se limita aos meios televisivo e digital, também são realizadas matérias em jornais impressos do Grupo RBS. Tal expansão do texto do seriado representa mais uma estratégia de aderência da emissora. Após a identificação das estratégias que a RBSTV lançou mão, percebe-se que as relações de convergência são em sua maioria da ordem da inerência, que diz respeito à interiorização da articulação entre produto e plataforma convocada.
  • 18. Pode-se notar diferentes formas de manifestação, tais como a inserção de vídeos de telespectadores junto aos créditos, a composição do cenário e de personagens levando em conta aparatos tecnológicos característicos da internet, a transposição da linguagem usada na ambiência digital para o seriado, a transposição de características da imagem da web para a imagem da televisão e o andamento da narrativa em ritmo mais acelerado.
  • 19. Referências bibliográficas BARICHELLO, E. M. M. R. Apontamentos sobre as estratégias de comunicação mediadas por computador nas organizações contemporâneas. In: KUNSCH, M. M. K. (Org). Comunicação Organizacional: histórico, fundamentos e processos. V.1. São Paulo: Saraiva, 2009. 386p. Blog da Bih no site de On Line. Acesso em 11 Jun. 2011: Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/serieonline/2011/04/08/diario-da-bih-iiihhhhhhhh/?topo=52,1,1,,268,e268> CASTELLS, M. A Galáxia Internet: reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004. 325p. ______. A sociedade em rede. Tradução de Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 698p. DUARTE, E. B. On Line: a televisão como espaço material de convergência. In: DUARTE, E.B.; CASTRO, M. L. D. (Orgs.). Convergências Midiáticas: Produção Ficcional - RBS TV. Porto Alegre: Sulina, 2010. p. 125 - 140. ______. Entre gêneros/subgêneros e formatos. In: DUARTE, E. B. Televisão: ensaios metodológicos. Porto Alegre: Sulina, 2004. p. 65 - 88. JENKINS, H. Cultura da Convergência. Tradução de Susana Alexandria. São Paulo: Aleph, 2008. 380p. MACHADO, J. Estratégias de Comunicação em Relações Públicas na Ambiência da Internet: percurso empreendido pela Petrobras em seu portal institucional. 2010. 100f. Monografia (Graduação em Relações Públicas) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010. SAAD CORRÊA, E. Estratégias 2.0 para a mídia digital. Internet, informação e comunicação. 2.ed. São Paulo: SENAC, 2008. 218p. SALAVERRÍA, Ramón. Estructura de la Convergencia. In: FARIÑA, Xosé Pereira; GARCÍA, Xosé Lopez (Coords.). Convergencia Digital: Reconfiguración de los Médios de Comunicación en España. Santiago de Compostela: Servicio de Publicaciones de Universidad de Santiago de Compostela, 2010. p. 27 - 40; p. 149 - 166. SCOLARI, C. A. This is the end. Las interminables discusiones sobre el fin de la television. In: CARLÓN, M; SCOLARI, C. A. (Eds.). El fin de los medios masivos. El comienzo de um debate. Buenos Aires: La Crujía, 2009. p. 189 - 208. Seção do seriado On Line no site ClicRBS - Núcleo de Especiais. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/rbstvrs/capa-interna,0,0,0,0,On-Line.html> Site do ClicRBS. Acesso em 11 Jun, 2011. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/rs/> Site dos Curtas Gaúchos. Acesso em: 11 Jun. 2011. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/rbstvrs/capa-interna,841,0,0,0,Especiais-de-sabado.html> SODRÉ, M. Antropológica do Espelho: por uma teoria da comunicação linear e em rede. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. 272p. TREIN, C.; PINHO, K. On Line: a convergência como conceito. In: DUARTE, E.B.; CASTRO, M.L.D. (Orgs). Convergências Midiáticas: Produção Ficcional - RBS TV. Porto Alegre: Sulina, 2010. p. 141 - 143.
  • 20. Obrig@do. facebook.com/jonesmachado twitter.com/jonesmachado linkedin.com/in/jonesmachado Jones Machado jonesm2@hotmail.com