SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 11
Catequização dos Índios
 A religiosidade sempre esteve presente no
processo de colonização do Brasil. Sendo
sobre a fixação em terra da primeira cruz,
seguida da primeira missa proferida pelo frei
Henrique de Coimbra em 1500 ou até mesmo
muito antes disso com os ritos e cerimônias
tupis.
 Os lusitanos costumavam dizer que os índios
não possuíam conhecimento de Deus e nem
de outros ídolos, sendo que, muitas vezes
foram associados a animais ou demonizados,
alegando o colonizador que estes povos não
possuíam alma. Para os índios não existia
muita diferença entre a realidade acordada e
a realidade dos sonhos: os pássaros, o
mundo dos espíritos, o parto, a lua, tudo
estava entrelaçado.
 Outra coisa que causava a repugnância dos
portugueses para com os índios era o fato
desses nativos praticarem a antropofagia.
Para os tupis, a mais honrada atividade era a
guerra. Entre as pessoas da mesma tribo a
convivência era pacífica e amigável, mas
eram implacáveis no que diz respeito a grupos
rivais. Ao fim da “guerra”, os derrotados eram
feitos prisioneiros e depois através de rituais,
eram sacrificados e devorados. Os índios
acreditavam que a força do guerreiro abatido
passaria para aqueles que o comessem.
 De início, os portugueses não tiveram muita
dificuldade em conseguir a confiança dos
nativos. Através de maravilhosos presentes
(espelhos, tesouras, facas, panos, etc.),
objetos que eram desconhecidos entre os
indígenas, os europeus tornaram-se muito
próximos desses povos. Pouco depois esses
objetos já não eram adquiridos tão facilmente,
os nativos tiveram que dar algo em troca,
como mulheres, mão-de-obra, pau-de-tinta,
etc, implantando-se assim a prática do
escambo.
 A Igreja, representada pelos jesuítas chegou
com uma enumerada quantidade de
devoções. A missa, a comunhão, a confissão,
o batismo, a oração, o casamento, a
penitência, foram alguns instrumentos da
catequização que no decorrer da Colonização
foram assimilados ou rejeitados pelos índios.
 Os jesuítas

 Os jesuítas faziam parte de uma ordem
religiosa católica chamada Companhia de
Jesus que foi fundada em 1534 por um grupo
de estudantes liderados por Inácio de Loyola,
sendo aprovada pelo Papa Paulo III em 1540.
 Criados com o objetivo de espalhar a fé
católica pelo mundo, os jesuítas eram
subordinados a um regime de privações,
preparando-os assim para viverem em locais
distantes, adaptando-os às mais adversas
condições.
 Em 1549, a mando do Rei Dom João III, os
primeiros jesuítas desembarcaram no Brasil,
liderados por Manuel da Nóbrega (sacerdote
português). A catequização dos índios era
uma das obras colonizadoras mais desejadas
pelo Rei, obra que atenderia não só os
objetivos da colonização como também aos
intentos de uma sociedade sagrada, portanto,
obra de Deus. O padre Simão de Vasconcelos
reafirma:
 “À Alteza del-Rei Dom João III que então vivia,
Príncipe tão pio, e inclinado a propagar a fé, que se
lhe ouvira muitas vezes, que desejava mais a
conversão das almas, que a dilatação de seu império.
E com esta disposição da parte do Rei, e obrigação
de nosso Instituto, foi fácil ajustar os intentos, e
concluir, que se expedisse uma gloriosa missão a
partes tão necessitadas. E consultando o negócio
com os Padres mais graves, com o mesmo Rei D.
João, e mais eficazmente com a Majestade divina,
caiu a sorte venturosa sobre o Padre Manuel da
Nóbrega. (José Maria de Paiva. Transmitindo Cultura:
“A catequização dos índios do Brasil, 1549-1600”.
Revista Diálogo Educacional. P. 1-22)
 O Padre Manuel da Nóbrega foi um dos
principais jesuítas que desembarcaram na
Bahia. Depois de algum tempo, vieram outros
jesuítas que foram historicamente importantes
como José de Anchieta e Antônio Vieira.
 Durante o tempo em que os jesuítas
permaneceram no Brasil, foram criados
colégios, igrejas, capelas, onde os nativos e
os descendentes de portugueses recebiam
instrução e formação.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Imperialismo: Aula 01> África
Imperialismo:  Aula 01> ÁfricaImperialismo:  Aula 01> África
Imperialismo: Aula 01> África
carlosbidu
 
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da ÁsiaImperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Portal do Vestibulando
 
Independência da América Espanhola
Independência da América EspanholaIndependência da América Espanhola
Independência da América Espanhola
Aulas de História
 
Mineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil ColôniaMineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil Colônia
Jerry Guimarães
 

Was ist angesagt? (20)

Imperialismo: Aula 01> África
Imperialismo:  Aula 01> ÁfricaImperialismo:  Aula 01> África
Imperialismo: Aula 01> África
 
Roma Antiga
Roma AntigaRoma Antiga
Roma Antiga
 
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da ÁsiaImperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
 
1° ano aula slide - feudalismo
1° ano   aula slide - feudalismo1° ano   aula slide - feudalismo
1° ano aula slide - feudalismo
 
O que foi o holocausto?
O que foi o holocausto?O que foi o holocausto?
O que foi o holocausto?
 
Cristianismo
CristianismoCristianismo
Cristianismo
 
Tratado de tordesilhas
Tratado de tordesilhasTratado de tordesilhas
Tratado de tordesilhas
 
Astecas maias e incas
Astecas maias e incasAstecas maias e incas
Astecas maias e incas
 
Nazismo Fascismo
Nazismo Fascismo Nazismo Fascismo
Nazismo Fascismo
 
Independência da América Espanhola
Independência da América EspanholaIndependência da América Espanhola
Independência da América Espanhola
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
Islamismo
IslamismoIslamismo
Islamismo
 
O Nazismo
O NazismoO Nazismo
O Nazismo
 
Independência dos EUA
Independência dos EUAIndependência dos EUA
Independência dos EUA
 
As missões jesuíticas
As missões jesuíticasAs missões jesuíticas
As missões jesuíticas
 
Holocausto
HolocaustoHolocausto
Holocausto
 
3º ano - Mineração, expansão territorial e escravidão.
3º ano - Mineração, expansão territorial e escravidão.3º ano - Mineração, expansão territorial e escravidão.
3º ano - Mineração, expansão territorial e escravidão.
 
Primeira Guerra Mundial
Primeira Guerra MundialPrimeira Guerra Mundial
Primeira Guerra Mundial
 
Conjuração Mineira e Baiana
Conjuração Mineira e BaianaConjuração Mineira e Baiana
Conjuração Mineira e Baiana
 
Mineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil ColôniaMineração no Brasil Colônia
Mineração no Brasil Colônia
 

Andere mochten auch

Jesuitas e a educação - História da educação
Jesuitas e a educação - História da educação Jesuitas e a educação - História da educação
Jesuitas e a educação - História da educação
Cristiene Stephanie
 
Os portugueses e os primeiros contatos com os indígenas.
Os portugueses e os primeiros contatos com os indígenas.Os portugueses e os primeiros contatos com os indígenas.
Os portugueses e os primeiros contatos com os indígenas.
Dalton Lopes Reis Jr.
 
Brasil Pré Colonial (1500 1530)
Brasil Pré Colonial (1500 1530)Brasil Pré Colonial (1500 1530)
Brasil Pré Colonial (1500 1530)
dmflores21
 
Plano de aula 4º ano História
Plano de aula 4º ano HistóriaPlano de aula 4º ano História
Plano de aula 4º ano História
André Moraes
 

Andere mochten auch (14)

Padre José de Anchieta
Padre José de AnchietaPadre José de Anchieta
Padre José de Anchieta
 
Brasil colonial
Brasil colonial Brasil colonial
Brasil colonial
 
Jesuitas e a educação - História da educação
Jesuitas e a educação - História da educação Jesuitas e a educação - História da educação
Jesuitas e a educação - História da educação
 
Literatura jesuítica
Literatura jesuíticaLiteratura jesuítica
Literatura jesuítica
 
A educação jesuítica no brasil
A educação jesuítica no brasilA educação jesuítica no brasil
A educação jesuítica no brasil
 
Literatura de informação
Literatura de informaçãoLiteratura de informação
Literatura de informação
 
Características do ensino jesuítico no Brasil Colônia
Características do ensino jesuítico no Brasil ColôniaCaracterísticas do ensino jesuítico no Brasil Colônia
Características do ensino jesuítico no Brasil Colônia
 
Os portugueses e os primeiros contatos com os indígenas.
Os portugueses e os primeiros contatos com os indígenas.Os portugueses e os primeiros contatos com os indígenas.
Os portugueses e os primeiros contatos com os indígenas.
 
Período Pré Colonial
Período Pré ColonialPeríodo Pré Colonial
Período Pré Colonial
 
Brasil Pré Colonial (1500 1530)
Brasil Pré Colonial (1500 1530)Brasil Pré Colonial (1500 1530)
Brasil Pré Colonial (1500 1530)
 
Brasil ColôNia
Brasil ColôNiaBrasil ColôNia
Brasil ColôNia
 
Brasil Colônia
Brasil ColôniaBrasil Colônia
Brasil Colônia
 
Brasil Colônia I
Brasil Colônia IBrasil Colônia I
Brasil Colônia I
 
Plano de aula 4º ano História
Plano de aula 4º ano HistóriaPlano de aula 4º ano História
Plano de aula 4º ano História
 

Ähnlich wie Catequização dos índios/ Dicas para o Enem

História e cultura dos povos indígenas no brasil
História e cultura dos povos indígenas no brasilHistória e cultura dos povos indígenas no brasil
História e cultura dos povos indígenas no brasil
dayvid
 
Encontros culturais
Encontros culturaisEncontros culturais
Encontros culturais
cattonia
 
A missão evangelizadora
A missão evangelizadoraA missão evangelizadora
A missão evangelizadora
Dulce Gomes
 
3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma
Hist8
 
Os moravianos e as missões2
Os moravianos e as missões2Os moravianos e as missões2
Os moravianos e as missões2
Leandro Silva
 

Ähnlich wie Catequização dos índios/ Dicas para o Enem (20)

Cultura e religião no brasil colônia
Cultura e religião no brasil colôniaCultura e religião no brasil colônia
Cultura e religião no brasil colônia
 
Institutogamaliel.com o legado dos jesuítas no brasil
Institutogamaliel.com o legado dos jesuítas no brasilInstitutogamaliel.com o legado dos jesuítas no brasil
Institutogamaliel.com o legado dos jesuítas no brasil
 
História e cultura dos povos indígenas no brasil
História e cultura dos povos indígenas no brasilHistória e cultura dos povos indígenas no brasil
História e cultura dos povos indígenas no brasil
 
Apostila protestantismo no brasil
Apostila protestantismo no brasilApostila protestantismo no brasil
Apostila protestantismo no brasil
 
Encontros culturais
Encontros culturaisEncontros culturais
Encontros culturais
 
A história da educação no brasi1
A história da educação no brasi1A história da educação no brasi1
A história da educação no brasi1
 
Idade
IdadeIdade
Idade
 
A missão evangelizadora
A missão evangelizadoraA missão evangelizadora
A missão evangelizadora
 
A Religiosidade na América Portuguesa
A Religiosidade na América PortuguesaA Religiosidade na América Portuguesa
A Religiosidade na América Portuguesa
 
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média   aula 1 - 2 biA igreja católica na idade média   aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 bi
 
A cristianização da América portuguesa
A cristianização da América portuguesaA cristianização da América portuguesa
A cristianização da América portuguesa
 
A cristianização da América portuguesa
A cristianização da América portuguesaA cristianização da América portuguesa
A cristianização da América portuguesa
 
3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma
 
Fundhist mod02 08_colonia_busca_paraiso
Fundhist mod02 08_colonia_busca_paraisoFundhist mod02 08_colonia_busca_paraiso
Fundhist mod02 08_colonia_busca_paraiso
 
05 as novas representações da humanidade
05 as novas representações da humanidade05 as novas representações da humanidade
05 as novas representações da humanidade
 
Aula 06 juvenis ia explosão do movimento pentecostal i ebd 2017
Aula 06 juvenis ia explosão do movimento pentecostal  i ebd 2017Aula 06 juvenis ia explosão do movimento pentecostal  i ebd 2017
Aula 06 juvenis ia explosão do movimento pentecostal i ebd 2017
 
Os moravianos e as missões2
Os moravianos e as missões2Os moravianos e as missões2
Os moravianos e as missões2
 
O Choque Cultural Branco íNdio
O Choque Cultural Branco íNdioO Choque Cultural Branco íNdio
O Choque Cultural Branco íNdio
 
História do Espírito Santo
História do Espírito SantoHistória do Espírito Santo
História do Espírito Santo
 
Instituto teológico gamaliel
Instituto teológico gamalielInstituto teológico gamaliel
Instituto teológico gamaliel
 

Mehr von Joemille Leal

Mehr von Joemille Leal (20)

Dia Internacional da Mulher 
Dia Internacional da Mulher Dia Internacional da Mulher 
Dia Internacional da Mulher 
 
Walter Benedix Schönflies Benjamin
Walter Benedix Schönflies BenjaminWalter Benedix Schönflies Benjamin
Walter Benedix Schönflies Benjamin
 
Matrizes Africanas
Matrizes AfricanasMatrizes Africanas
Matrizes Africanas
 
Handebol
HandebolHandebol
Handebol
 
Gripe
GripeGripe
Gripe
 
ENEM 2015
ENEM 2015ENEM 2015
ENEM 2015
 
ENEM 2016
ENEM 2016ENEM 2016
ENEM 2016
 
BRASIL X EUA
BRASIL X EUABRASIL X EUA
BRASIL X EUA
 
Homo Neandertal
Homo Neandertal Homo Neandertal
Homo Neandertal
 
MT ST
MT STMT ST
MT ST
 
Revolta da Chibata
Revolta da ChibataRevolta da Chibata
Revolta da Chibata
 
Skinner
SkinnerSkinner
Skinner
 
Currículo, Utopia e Pós-Modernidade
Currículo, Utopia e Pós-Modernidade Currículo, Utopia e Pós-Modernidade
Currículo, Utopia e Pós-Modernidade
 
O Perfil do novo profissional frente as novas Tecnologias
O Perfil do novo profissional frente as novas TecnologiasO Perfil do novo profissional frente as novas Tecnologias
O Perfil do novo profissional frente as novas Tecnologias
 
O Período Sensório Motor, Jean Piaget
O Período Sensório Motor, Jean Piaget O Período Sensório Motor, Jean Piaget
O Período Sensório Motor, Jean Piaget
 
HISTÓRIA DAS CRIANÇAS NO BRASIL
HISTÓRIA DAS CRIANÇAS NO BRASIL  HISTÓRIA DAS CRIANÇAS NO BRASIL
HISTÓRIA DAS CRIANÇAS NO BRASIL
 
BULLYING
BULLYING  BULLYING
BULLYING
 
Reforma do Ensino Médio - Considerações Finais
Reforma do Ensino Médio - Considerações FinaisReforma do Ensino Médio - Considerações Finais
Reforma do Ensino Médio - Considerações Finais
 
Autoestima
Autoestima Autoestima
Autoestima
 
Trabalho de Roanld - MOFO
Trabalho de Roanld - MOFOTrabalho de Roanld - MOFO
Trabalho de Roanld - MOFO
 

Kürzlich hochgeladen

ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 

Kürzlich hochgeladen (20)

aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autoresModelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 

Catequização dos índios/ Dicas para o Enem

  • 2.  A religiosidade sempre esteve presente no processo de colonização do Brasil. Sendo sobre a fixação em terra da primeira cruz, seguida da primeira missa proferida pelo frei Henrique de Coimbra em 1500 ou até mesmo muito antes disso com os ritos e cerimônias tupis.
  • 3.  Os lusitanos costumavam dizer que os índios não possuíam conhecimento de Deus e nem de outros ídolos, sendo que, muitas vezes foram associados a animais ou demonizados, alegando o colonizador que estes povos não possuíam alma. Para os índios não existia muita diferença entre a realidade acordada e a realidade dos sonhos: os pássaros, o mundo dos espíritos, o parto, a lua, tudo estava entrelaçado.
  • 4.  Outra coisa que causava a repugnância dos portugueses para com os índios era o fato desses nativos praticarem a antropofagia. Para os tupis, a mais honrada atividade era a guerra. Entre as pessoas da mesma tribo a convivência era pacífica e amigável, mas eram implacáveis no que diz respeito a grupos rivais. Ao fim da “guerra”, os derrotados eram feitos prisioneiros e depois através de rituais, eram sacrificados e devorados. Os índios acreditavam que a força do guerreiro abatido passaria para aqueles que o comessem.
  • 5.  De início, os portugueses não tiveram muita dificuldade em conseguir a confiança dos nativos. Através de maravilhosos presentes (espelhos, tesouras, facas, panos, etc.), objetos que eram desconhecidos entre os indígenas, os europeus tornaram-se muito próximos desses povos. Pouco depois esses objetos já não eram adquiridos tão facilmente, os nativos tiveram que dar algo em troca, como mulheres, mão-de-obra, pau-de-tinta, etc, implantando-se assim a prática do escambo.
  • 6.  A Igreja, representada pelos jesuítas chegou com uma enumerada quantidade de devoções. A missa, a comunhão, a confissão, o batismo, a oração, o casamento, a penitência, foram alguns instrumentos da catequização que no decorrer da Colonização foram assimilados ou rejeitados pelos índios.
  • 7.  Os jesuítas   Os jesuítas faziam parte de uma ordem religiosa católica chamada Companhia de Jesus que foi fundada em 1534 por um grupo de estudantes liderados por Inácio de Loyola, sendo aprovada pelo Papa Paulo III em 1540.
  • 8.  Criados com o objetivo de espalhar a fé católica pelo mundo, os jesuítas eram subordinados a um regime de privações, preparando-os assim para viverem em locais distantes, adaptando-os às mais adversas condições.
  • 9.  Em 1549, a mando do Rei Dom João III, os primeiros jesuítas desembarcaram no Brasil, liderados por Manuel da Nóbrega (sacerdote português). A catequização dos índios era uma das obras colonizadoras mais desejadas pelo Rei, obra que atenderia não só os objetivos da colonização como também aos intentos de uma sociedade sagrada, portanto, obra de Deus. O padre Simão de Vasconcelos reafirma:
  • 10.  “À Alteza del-Rei Dom João III que então vivia, Príncipe tão pio, e inclinado a propagar a fé, que se lhe ouvira muitas vezes, que desejava mais a conversão das almas, que a dilatação de seu império. E com esta disposição da parte do Rei, e obrigação de nosso Instituto, foi fácil ajustar os intentos, e concluir, que se expedisse uma gloriosa missão a partes tão necessitadas. E consultando o negócio com os Padres mais graves, com o mesmo Rei D. João, e mais eficazmente com a Majestade divina, caiu a sorte venturosa sobre o Padre Manuel da Nóbrega. (José Maria de Paiva. Transmitindo Cultura: “A catequização dos índios do Brasil, 1549-1600”. Revista Diálogo Educacional. P. 1-22)
  • 11.  O Padre Manuel da Nóbrega foi um dos principais jesuítas que desembarcaram na Bahia. Depois de algum tempo, vieram outros jesuítas que foram historicamente importantes como José de Anchieta e Antônio Vieira.  Durante o tempo em que os jesuítas permaneceram no Brasil, foram criados colégios, igrejas, capelas, onde os nativos e os descendentes de portugueses recebiam instrução e formação.