Trabalho realizado para a disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa, ministrado por Mônica Fontana, do curso de Publicidade e Propaganda, 5º período, na AESO - Faculdades Integradas Barros Melo.
2. Faculdades Integradas AESO Barros Melo
Graduação em Publicidade e Propaganda
Giorgia Carina
João Uchôa
Lillian Melo
Mayara Andréa
3. DEFINIÇÃO
●
Para Yin (2001, p. 32 apud DUARTE; BARROS, (Orgs), 2006, p.216)
o Estudo de Caso deve ser a melhor estratégia quando se quer
responder as questões “como” e “porque” sobre um assunto
específico a partir de pesquisas qualitativas.
●
Para Goode e Hatt (1979, p. 421-422, apud DUARTE; BARROS,
(Orgs), 2006 p.216) este Estudo “é uma abordagem que considera
qualquer unidade social como um todo”.
●
Para Stake (apud DUARTE; BARROS, (Orgs), 2006 p.216 ) o Estudo
de Caso é uma escolha de um objeto “específico funcional”.
4. ●
Para Bruyne, Herman e Schoutheete (apud DUARTE; BARROS,
(Orgs), 2006 p.216 ) este Estudo “reúne, tanto quanto possível,
informações numerosas e detalhadas para aprender a totalidade
de uma situação”
●
Para Merriam (apud DUARTE; BARROS, (Org.), 2006 apud
WIMMER, 1996 p.217) o Estudo de Caso deve ter:
Particularismo: deve estudar e se concentrar em um assunto específico.
Descrição: seu resultado é a descrição detalhada sobre um determinado assunto.
Explicação: o resultado final deve compreender a pergunta em questão.
Indução: descobre-se respostas indutivas à partir de elementos encontrados em
pesquisas.
5. QUANDO UTILIZAR?
●
“Explicar os vínculos casuais em intervenções da vida real que são
complexos demais para as estratégias experimentais ou aquelas
utilizadas em levantamentos”.
●
“Descrever uma intervenção e o contexto da vida real em que
ocorreu”.
●
“Ilustrar determinados tópicos dentro de uma avaliação”.
●
“Explorar situações nas quais a intervenção que está sendo
avaliada não representa um conjunto simples e claro de
resultados”.
●
“Fazer um estudo de avaliação”.
YIN (DUARTE E BARROS (Org.) apud YIN, p. 219 -220)
6. YIN explica que devemos analisar a pergunta
principal que estamos criando para o nosso
trabalho, se esta pergunta for “como” ou
“porque” de determinada situação, devemos
escolher o método Estudo de Caso.
YIN (DUARTE E BARROS (Org.) apud YIN, p. 219 -220)
7. PARADOXOS DO ESTUDO DE CASOS
●
Pesquisas realizadas com opinião do autor;
●
Sentimento Emocional de Certeza;
●
Generalização Científica;
●
Tempo da Pesquisa;
8. MÉTODOS PARA DESENVOLVER UM BOM
ESTUDO DE ESTUDO DE CASO
●
Definir claramente as questões das pesquisas (DUARTE E BARROS
(Org.) apud YIN, p. 26)
●
Elaborar um plano de pesquisa que leve em consideração os
perigos dos sentimentos de certeza (GOODE e HATT, 1979, apud
(DUARTE E BARROS (Org.), p. 428)
●
Evitar textos longos e relatório extensos (YIN, 2001, apud
DUARTE; BARROS, (Orgs), 2006)
●
Realizar uma revisão de literatura do tópico a ser analisado (YIN,
2001, apud DUARTE; BARROS, (Orgs), 2006, p. 28)
●
Ser rigoroso ao delimitar tipos de comportamentos (GOODE e
HATT, 1979, apud (DUARTE E BARROS (Org.), p. 429)
9. PROJETO DE ESTUDO DE CASO
O plano é o início da pesquisa, onde se determina as questões a serem
respondidas e a conclusões a serem obtidas por meio desse estudo. Para
YIN (2001, p.41 apud DUARTE; BARROS (Orgs), 2006 p.223) o
esquema deve possuir:
Quais questões devem ser estudadas, que dados são relevante, quais
dados devem ser coletados e como analisar os resultados.
10. COMPONENTES DO
PROJETO DE PESQUISA
Os composto por cinco elementos que guiarão e orientarão ao
pesquisador ao rumo da pesquisa.
1) Questões de estudo
É o mais importante em um estudo de caso, geralmente
organizado em torno de questões que se referem em “como” e
“por que” da iniciação deste estudo definindo a essência essa
pesquisa é desenvolvida para responder. Por meio delas se definirá
o caminho de todo o trabalho.
11. COMPONENTES DO
PROJETO DE PESQUISA
2) Proposições do estudo
Relacionado ao que pode ajudar a definir e onde procurar evidências
relevantes, a estratégia mais apropriada para o estudo em questão.
3) Unidades de análise
Implica na definição do “caso”, podendo apresentar somente uma
unidade primária de análise, com um único objeto de estudo de caso ou
mais de uma unidade tornando-se um estudo de casos múltiplos.
12. COMPONENTES DO
PROJETO DE PESQUISA
4) Ligações dos Dados à Proposição e a os Critérios para a
Interpretação dos Dados
Representam a análise dos dados pesquisados dos estudos, que servirão
como para a base de pesquisa, relacionando às informações a para a
elaboração do projeto. Com relação aos critérios para interpretação dos
dados, as análises e inferências, em Estudos de Caso, são feitas por
analogia de situações e buscam responder às questões por que e como
inicialmente formuladas. (CAMPOMAR, 1991, apud BRESSAN, 2000).
13. O DESENVOLVIMENTO DE UM
ESTUDO DE CASO
Em exemplo da sua aplicação no marketing, BONOMA (apud BRESSAN,
2000) defende os seguintes estágios de pesquisa:
Estágio Inicial (Drift Stage) - o pesquisador busca compreender o que se
refere ao caso, por meio de uma literatura especifica para o domino dos
fenômenos a serem estudados;
Estágio do projeto - o objeto da coleta de dados é o acesso e o
refinamento das áreas de investigação de pontos já destacados no
projeto preliminar;
14. O DESENVOLVIMENTO DE UM
ESTUDO DE CASO
Estágio de Predição - é a fase em que o pesquisador já possui um
modelo de possíveis generalizações para teste e uma compreensão dos
fatores observados a campo e pode avaliar as suas predições/proposições
iniciais;
Estágio de desconfirmação - consiste no teste das generalizações que
não foram rejeitadas no estágio inicial.
15. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS
PROJETOS DE PESQUISA
Para se julgar a qualidade de um projeto, um conjunto lógico de
preposições concede quatro testes são propostos por YIN (2001,
p.55, apud DUARTE; BARROS (Orgs) p.226) referentes a conceitos
de fidedignidade, credibilidade, confirmabilidade e fidelidade dos
dados.
A avaliação de validade é a mais utilizada em uma grande
variedade de sentidos nos debates sobre a pesquisa quantitativa.
Com distinção no seu uso referindo-se ao tipo e precisão da
informação obtida das amostras individuais, sejam elas indivíduos
ou grupos e deve ser feita à luz do propósito do trabalho de
investigação.
16. TIPOS BÁSICOS DE PROJETOS
DE ESTUDO DE CASO
Yin (2001, DUARTE E BARROS (Org.) apud YIN, p. 227) define
quatro tipos de projetos:
Projetos de CASO ÚNICO - holísticos ou incorporado;
Projetos de CASO MÚLTIPLO - holísticos ou incorporados;
17. CONDUÇÃO DOS ESTUDOS DE CASO:
PREPARANDO A COLETA DE DADOS
●
Yin (2001), diz que o estudo de caso não é um método fácil de ser
aplicado, é um dos métodos mais árduos de pesquisa. É por esse
motivo que é exigido do pesquisador uma série de habilidades, como
por exemplo:
●
A capacidade de fazer boas perguntas;
●
Ser uma bom ouvinte, conseguindo separar suas ideologias e preconceitos.
●
Ser adaptável e flexível;
●
Ter noção clara, seja teórica, política ou exploratória das questões que estãosendo
estudadas;
●
Ser imparcial em relação a noções preconcebidas;
18. TREINAMENTO E PREPARAÇÃO O PARA
UM ESTUDO DE CASO ESPECÍFICO
PESQUISADOR = DETETIVE
O pesquisador deve investigar
os fatos para garantir a
veracidade de sua pesquisa.
19. TREINAMENTO E PREPARAÇÃO O PARA
UM ESTUDO DE CASO ESPECÍFICO
Yin (2001, DUARTE E BARROS (Org.) apud YIN, p. 228) relacionada quatro
conceitos que nortearão a preparação para o estudo de caso específico, são
eles:
●
Por que está sendo realizado?
●
Quais as provas estão sendo procuradas?
●
Quais as variações podem ser antecipadas?
●
O que poderia servir como prova ou corroborativa para qualquer
proposição dada?
20. O PROTOCOLO
O protocolo é uma etapa bastante importante para o estudo de caso,
uma vez que contém os procedimentos e a serem seguidas.
POR QUÊ?
21. O PROTOCOLO
O protocolo deve conter:
●
Um visão geral do projeto de estudo de caso;
●
Procedimentos de campo, credenciais, fontes de informação,
advertências de procedimento;
●
Questões específicas de estudo de caso;
●
Guia para o relatório de estudo de caso;
22. O ESTUDO DE CASO PILOTO
O estudo de caso piloto norteia os pesquisadores na hora de aprimorar os
planos para a coleta de dados.
Yin (2001) diz que o caso-piloto é utilizado de modo formativo, ajudando a
investigar, a definir o instrumento de avaliação, as tecnologias específicas a
serem empregadas na coleta final de dados e articulação final das
proposições teóricas do estudo.
23. COLETA DE DADOS NA CONDUÇÃO DOS ESTUDOS DE CASO
Após a definição do tema, inicia-se a fase da coleta de dados que derivam,
principalmente, das seguintes fontes de dados:
1. Documentos;
2. Registros de arquivo;
3. Entrevistas;
4. Observação direta;
5. Observação participante;
6. Artefatos físicos;
24. ESTRATÉGIAS GERAIS
COMO CONDUZIR UMA ANÁLISE DE ESTUDO DE CASO?
1) Baseando-se em proposições teóricas, seguindo as que deram
origem ao estudo de caso. Servirão de guia para selecionar dados,
organizar e definir explanações alternativas.
2) Desenvolvendo uma descrição do caso, elaborando uma
estrutura descritiva. Servirá para identificar eventos a serem
quantificados, identificar decisões e ajudar o nível de entendimento
dos grupos envolvidos.
25. PRINCIPAIS MÉTODOS DE ANÁLISE
1) Adequação ao padrão
É a comparação de um padrão empírico com outro de base prognóstica
(Com várias outras visões de alternativa). Se houver coincidência de
padrões, pode ajudar o estudo de caso a reforçar sua validade.
2) Construção da explanação
Tem o objetivo de analisar os dados do estudo de caso para construir
uma explanação sobre o caso. É um método de difícil aplicação e ocorre
frequentemente em forma de narrativa.
3) Análise de séries temporais
É conduzida de forma análoga à análise de séries temporais realizada em
experimentos e em pesquisas quase experimentais.
26. PRINCIPAIS MÉTODOS DE ANÁLISE
4 ) Métodos lógicos de programa
É uma combinação das técnicas de adequação ao padrão e análise de
séries temporais.
“O padrão que está sendo buscado é o padrão-chave da
causa-efeito entre variáveis independentes e
dependentes” (PETERSON E BICKMAN apud YIN, 2001,
p.149)
27. A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
●
Pode ser feito escrito, oral ou pictórico.
●
É uma das fases que mais exige esforço do pesquisador e deve ser
iniciada cedo.
●
Podem-se elaborar documentos parciais, como, a bibliografia
utilizada.
●
Segundo Yin, as principais características da elaboração do relatório
são:
1) Identificação do público-alvo e adequar o texto do relatório às suas
necessidades específicas (Banca examinadora, colegas de profissão,
leigos...). Pode-se produzir versões diferentes do mesmo documento para
a melhor comunicação.
28. A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
3 ) As estruturas ilustrativas para as composições do estudo de caso
servem para organizar a estrutura do relatório. Podem ser analíticas
lineares, comparativas, cronológicas.
4 ) Os Procedimentos a serem adotados pelo pesquisador devem ser
personalizados por cada um. Deve revelar ou não a identidade do caso;
ter o relatório revisado por colegas de profissão, participantes e
informantes do caso.
5) Um estudo de caso exemplar deve ser diretamente ligado ao
entusiasmo que o A demonstra durante sua investigação e crença no
achado de conclusões.
29. ESTUDO DE CASO NA PUBLICIDADE
●
É um método bastante utilizado pelos pesquisadores que estudam
Publicidade e Propaganda.
●
O foco em eventos contemporâneos, da vida real e o estudo
profundo e ampliado de um objeto são facilitadores para o estudo de
campanhas, marcas, produtos, etc.
30. EXEMPLO
Estudo de caso da marca Havaianas: Quais fatores conduziram à sua
posição atual? Quais foram os aspectos determinantes para o êxito da
marca?