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Psicologia & Educação
O ponto de vista da epistemologia genética
Práticas
de Entrevista
Clínica
João Alberto da Silva
joaosilva@furg.br
Contexto de elaboração:
• Anos 20 - Métodos dominantes no
estudo da psicologia infantil:
- observação mais ou menos sistemática,
- provas padronizadas para diagnóstico.
• A partir do trabalho de Piaget:
- projeto de estudo dos problemas
epistemológicos (ao longo da história das
ciências ou no indivíduo examinando a gênese
de algumas noções),
- familiarização com o trabalho clínico e de
diagnóstico com Bleuler, em Zurique,
- Paris (1919): trabalho com Simon na
padronização dos testes de raciocínio de Burt,
- colocação de novos problemas:
- por que os sujeitos tinham tantas
dificuldades para resolver alguns problemas,
- por que os erros cometidos eram tão
sistemáticos.
- estudo das causas que estavam por trás das
respostas erradas e na relação que tinham
com a forma de pensamento,
- questionamento das crianças sobre as
justificativas que elas mesmas ofereciam de
suas respostas.
Etapas do Método Clínico
• 1920 – 1930: Elaboração do método: pesquisas
sobre a representação do mundo na criança.
• 1930 – 1940: Observação crítica: estudo das
origens da inteligência.
• 1940 – 1955: Método clínico e formalização:
estudo das operações mentais concretas e
formais.
• 1955 em diante: Desenvolvimentos recentes.
Primeiros esboços
• - Resultados dos estudos sobre as perguntas do
teste de Burt:
1921: identifica que as crianças têm problemas
para entender a noção de parte,
1922: estudos sobre a multiplicação lógica e as
origens do pensamento formal. Identifica que as
crianças têm dificuldade para raciocinar sobre a
forma de enunciados.
• 1923: Primeiro livro – A linguagem e o
pensamento na criança
- observações das produções verbais
espontâneas das crianças.
• 1924: Segundo livro – O juízo e o raciocínio na
criança
- relações lógicas através da linguagem,
- aparecem mescladas provas mais ou menos
padronizadas e observações ao lado de
conversas abertas com as crianças sobre
alguns problemas.
Constituição do Método
• 1926a – A representação do mundo na criança
- estudo das características gerais que se
atribuem à realidade física e mental nas
representações do mundo que as crianças
estabelecem,
- compara o método que propõe com a
observação e os testes e em seguida descreve
os tipos de respostas das crianças.
• 1927 – A causalidade física na criança
- trata da explicação de fenômenos físicos
concretos,
- cria situações concretas que o sujeito
deve explicar.
• 1932 – O juízo moral na criança
- estudo das idéias morais da criança, sua
noção das normas e sua compreensão de
justiça,
- recorre ao estudo das regras que as
crianças utilizam em seus jogos para
evidenciar a concepção que elas têm das
normas,
- apóia-se na ação do sujeito.
Método não-verbal
• Estudo das origens da inteligência antes do
aparecimento da linguagem.
1936 – O nascimento da inteligência na criança
1937 – A construção do real na criança
1945 – A formação do símbolo na criança
- Em vez de questionar o sujeito por meio da
linguagem limita-se a pô-lo em situações que
possam revelar sua forma de pensamento
Manipulação e
formalização
- recorre à lógica formal para a formalização
dos estudos,
- descoberta das estruturas lógicas subjacentes
ao pensamento do sujeito: grupos,
agrupamentos, redes,
- realização de experiências sobre materiais
familiares para a criança,
- cria-se uma situação a partir do material que é
oferecido ao sujeito para ver como ele explica
o que está ocorrendo diante dele,
- utiliza a linguagem, mas apoiando-se na
atividade que o sujeito realiza.
Desenvolvimentos
posteriores
- aparecimento de novos problemas,
- uso mais intenso de dados estatísticos,
- Inhelder e colaboradores: método de
exploração crítica,
- constância do método: as diferenças
dependem mais do tipo de problema que
da estratégia de pesquisa utilizada.
Caracterização do Método
Clínico
• É um procedimento para investigar como
as crianças pensam, percebem, agem e
sentem, que procura descobrir o que não
é evidente no que os sujeitos fazem ou
dizem, o que está por trás da aparência
de sua conduta, seja em ações ou
palavras (Delval, 2002, p. 67).
- o que o diferencia de outros métodos é a
intervenção sistemática do experimentador
diante da atuação do sujeito e como resposta
às suas ações ou explicações,
- o experimentador procura analisar o que está
acontecendo e esclarecer seu significado,
- o experimentador deve se perguntar a cada
momento qual é o significado da conduta do
sujeito e a relação com suas capacidades
mentais,
- a intervenção deve ser flexível e sensível
ao que o sujeito está fazendo,
- a intervenção sistemática do
experimentador ocorre como reação às
ações ou respostas do sujeito e sempre é
guiada pela tentativa de descobrir o
significado de suas ações ou explicações.
Pressupostos
- os sujeitos têm uma estrutura de pensamento
coerente, constroem representações da
realidade à sua volta e revelam isso ao longo
da entrevista ou de suas ações,
- o interesse está menos voltado ao sujeito
individual do que às características gerais da
forma de explicar ou de resolver um problema,
- o sujeito tem uma concepção do mundo,
geralmente implícita, da qual ele próprio não
tem consciência, mas é dela que se vale para
dar sua explicação,
- experimentador deve buscar esclarecer qual é
o sentido dos termos utilizados pela criança
dentro da estrutura mental deste sujeito
(criança),
- é preciso que o experimentador vá formulando
hipóteses acerca da explicação dada pelo
sujeito, de suas razões e de seu sentido, e
modificando-as ao mesmo tempo,
- o experimentador deve modificar suas
perguntas ou a situação experimental em
função da conduta ou das respostas do
sujeito.
Tipos de resposta
• Crenças desencadeadas
• Fabulação
• Não-importismo
• Resposta pouco frequentes
Algumas provas piagetianas:
• Conservações:
- Conservação do sólido
Modificações em massa de modelar
- Conservação do líquido
Transvazamento de líquidos em copos
com formatos diferentes
- Conservação numérica
Correspondência termo a termo de
fichas com cores diferentes.
• Quantificação da inclusão:
Com fichas de cores diferentes, explorar a
relação “todos” e “alguns”.
Prática do Método Clínico
1- A criança se defronta com um problema
2- O experimentador solicita que a criança
justifique sua resposta ou sua ação
3- O experimentador coloca outras questões em
função das respostas da criança
4- Pode-se fazer contra-sugestões “..., mas uma
outra criança me disse que...”
5 – Usa-se colocações de “eco”.
6- O experimentador não é juiz. Não existe
resposta boa
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Entrevista Clínica

  • 1. Psicologia & Educação O ponto de vista da epistemologia genética Práticas de Entrevista Clínica João Alberto da Silva joaosilva@furg.br
  • 2. Contexto de elaboração: • Anos 20 - Métodos dominantes no estudo da psicologia infantil: - observação mais ou menos sistemática, - provas padronizadas para diagnóstico.
  • 3. • A partir do trabalho de Piaget: - projeto de estudo dos problemas epistemológicos (ao longo da história das ciências ou no indivíduo examinando a gênese de algumas noções), - familiarização com o trabalho clínico e de diagnóstico com Bleuler, em Zurique, - Paris (1919): trabalho com Simon na padronização dos testes de raciocínio de Burt,
  • 4. - colocação de novos problemas: - por que os sujeitos tinham tantas dificuldades para resolver alguns problemas, - por que os erros cometidos eram tão sistemáticos. - estudo das causas que estavam por trás das respostas erradas e na relação que tinham com a forma de pensamento, - questionamento das crianças sobre as justificativas que elas mesmas ofereciam de suas respostas.
  • 5. Etapas do Método Clínico • 1920 – 1930: Elaboração do método: pesquisas sobre a representação do mundo na criança. • 1930 – 1940: Observação crítica: estudo das origens da inteligência. • 1940 – 1955: Método clínico e formalização: estudo das operações mentais concretas e formais. • 1955 em diante: Desenvolvimentos recentes.
  • 6. Primeiros esboços • - Resultados dos estudos sobre as perguntas do teste de Burt: 1921: identifica que as crianças têm problemas para entender a noção de parte, 1922: estudos sobre a multiplicação lógica e as origens do pensamento formal. Identifica que as crianças têm dificuldade para raciocinar sobre a forma de enunciados.
  • 7. • 1923: Primeiro livro – A linguagem e o pensamento na criança - observações das produções verbais espontâneas das crianças. • 1924: Segundo livro – O juízo e o raciocínio na criança - relações lógicas através da linguagem, - aparecem mescladas provas mais ou menos padronizadas e observações ao lado de conversas abertas com as crianças sobre alguns problemas.
  • 8. Constituição do Método • 1926a – A representação do mundo na criança - estudo das características gerais que se atribuem à realidade física e mental nas representações do mundo que as crianças estabelecem, - compara o método que propõe com a observação e os testes e em seguida descreve os tipos de respostas das crianças.
  • 9. • 1927 – A causalidade física na criança - trata da explicação de fenômenos físicos concretos, - cria situações concretas que o sujeito deve explicar.
  • 10. • 1932 – O juízo moral na criança - estudo das idéias morais da criança, sua noção das normas e sua compreensão de justiça, - recorre ao estudo das regras que as crianças utilizam em seus jogos para evidenciar a concepção que elas têm das normas, - apóia-se na ação do sujeito.
  • 11. Método não-verbal • Estudo das origens da inteligência antes do aparecimento da linguagem. 1936 – O nascimento da inteligência na criança 1937 – A construção do real na criança 1945 – A formação do símbolo na criança - Em vez de questionar o sujeito por meio da linguagem limita-se a pô-lo em situações que possam revelar sua forma de pensamento
  • 12. Manipulação e formalização - recorre à lógica formal para a formalização dos estudos, - descoberta das estruturas lógicas subjacentes ao pensamento do sujeito: grupos, agrupamentos, redes, - realização de experiências sobre materiais familiares para a criança, - cria-se uma situação a partir do material que é oferecido ao sujeito para ver como ele explica o que está ocorrendo diante dele, - utiliza a linguagem, mas apoiando-se na atividade que o sujeito realiza.
  • 13. Desenvolvimentos posteriores - aparecimento de novos problemas, - uso mais intenso de dados estatísticos, - Inhelder e colaboradores: método de exploração crítica, - constância do método: as diferenças dependem mais do tipo de problema que da estratégia de pesquisa utilizada.
  • 14. Caracterização do Método Clínico • É um procedimento para investigar como as crianças pensam, percebem, agem e sentem, que procura descobrir o que não é evidente no que os sujeitos fazem ou dizem, o que está por trás da aparência de sua conduta, seja em ações ou palavras (Delval, 2002, p. 67).
  • 15. - o que o diferencia de outros métodos é a intervenção sistemática do experimentador diante da atuação do sujeito e como resposta às suas ações ou explicações, - o experimentador procura analisar o que está acontecendo e esclarecer seu significado, - o experimentador deve se perguntar a cada momento qual é o significado da conduta do sujeito e a relação com suas capacidades mentais,
  • 16. - a intervenção deve ser flexível e sensível ao que o sujeito está fazendo, - a intervenção sistemática do experimentador ocorre como reação às ações ou respostas do sujeito e sempre é guiada pela tentativa de descobrir o significado de suas ações ou explicações.
  • 17. Pressupostos - os sujeitos têm uma estrutura de pensamento coerente, constroem representações da realidade à sua volta e revelam isso ao longo da entrevista ou de suas ações, - o interesse está menos voltado ao sujeito individual do que às características gerais da forma de explicar ou de resolver um problema, - o sujeito tem uma concepção do mundo, geralmente implícita, da qual ele próprio não tem consciência, mas é dela que se vale para dar sua explicação,
  • 18. - experimentador deve buscar esclarecer qual é o sentido dos termos utilizados pela criança dentro da estrutura mental deste sujeito (criança), - é preciso que o experimentador vá formulando hipóteses acerca da explicação dada pelo sujeito, de suas razões e de seu sentido, e modificando-as ao mesmo tempo, - o experimentador deve modificar suas perguntas ou a situação experimental em função da conduta ou das respostas do sujeito.
  • 19. Tipos de resposta • Crenças desencadeadas • Fabulação • Não-importismo • Resposta pouco frequentes
  • 20. Algumas provas piagetianas: • Conservações: - Conservação do sólido Modificações em massa de modelar - Conservação do líquido Transvazamento de líquidos em copos com formatos diferentes - Conservação numérica Correspondência termo a termo de fichas com cores diferentes.
  • 21. • Quantificação da inclusão: Com fichas de cores diferentes, explorar a relação “todos” e “alguns”.
  • 22. Prática do Método Clínico 1- A criança se defronta com um problema 2- O experimentador solicita que a criança justifique sua resposta ou sua ação 3- O experimentador coloca outras questões em função das respostas da criança 4- Pode-se fazer contra-sugestões “..., mas uma outra criança me disse que...” 5 – Usa-se colocações de “eco”. 6- O experimentador não é juiz. Não existe resposta boa - Não há padrão exato de conduta - O Estudo Piloto tende a melhorar muito a aplicação da prova