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João Philipe do Nascimento
Dia 26/05/2012

Gruta de Maquiné, Cordisburgo, Minas Gerais

No 3º dia do trabalho de campo fomos até o município de Cordisburgo com 8.667
habitantes (IBGE Censo2010), situado no Grande Vale do São Francisco e a 120 quilômetros
de Belo Horizonte sentido noroeste. O município é famoso por ser a terra-natal de João
Guimarães Rosa, um dos mais notáveis escritores brasileiros, e também, por lá se encontrar
umas das mais importantes cavernas do país, a Gruta de Maquiné, que é considerada o
berço da paleontologia, arqueologia e da espeleogia brasileira graças aos trabalhos do
naturalista dinamarquês Peter W. Lund.

Dados cartográficos ©2012 Google, MapLink
Breve histórico da região:
Uma das principais formas de colonização do território brasileiro foi pelo Vale do São
Francisco através da pecuária que abastecia as áreas de mineração do Brasil Colônia, sendo
os bandeirantes os primeiros desbravadores. Vários fazendeiros se apossaram das terras da
região e por lá se estabeleceram, sendo que, em 1883 o Padre João de Santo Antônio
decidiu fundar uma povoação onde hoje é o município Cordisburgo.
Uma curiosidade daquele período foi no seu meio rural, em que, do final do século
XVIII ate o século XIX, havia uma tímida possibilidade de ascensão social. O gado era criado
em grandes latifúndios e os peões da fazenda podiam utilizar pequenas parcelas das terras
para sua subsistência e, como não recebiam salário, muitas vezes sua forma de pagamento
era através de gado, com isso, alguns empregados conseguiram comprar porções de terra,
porem não foi uma mudança considerável no cenário rural brasileiro, mas mesmo assim, é
de se evidenciar, pois uma possibilidade ascensão econômica no campo é bem mais difícil se
comparado a cidade.
No inicio do século XX a região foi marcada pela estrutura de poder dos coronéis, o
Coronelismo, que, por sinal, essa realidade foi muito bem retratada no clássico livro “Grande
Sertão Veredas” de Guimarães Rosa. A origem do Coronelismo vem do Brasil Colônia e
consistia no grande latifundiário influenciando fortemente a economia e a política local, foi
um período de práticas autoritárias e violentas comandadas pelos coronéis que controlavam
as pessoas e as obrigava a obedecer a regimes, tributos e a promover a candidatura de seu
político preferido. Esta estrutura de poder perdurou ate meados do século passado, porem
ainda existem grandes propriedades remanescentes dessa época.

“O cenário que envolvia e promovia o coronelismo era o do mundo
rural brasileiro, dominado pelo latifúndio, o engenho, a fazenda e a
estância. Um universo próprio, interiorano, bem afastado das grandes
cidades, isolado do mundo. [...] As comunicações eram raras e difíceis, feitas
por canoa, barco, balsa, carro de boi, charrete, ou na sela do cavalo,
puxando os arreios da mula ou do jerico. Praticamente ninguém ao redor
dele era instruído, sendo comum entre os considerados alfabetizados
apenas saberem desenhar o nome no papel, o suficiente para que se
tornassem eleitores fiéis dos candidatos propostos pelo coronel.”
(Schilling, 2010)

Ainda na primeira metade do século XX havia poucas rodovias no interior do Brasil e
a navegação do rio São Francisco era uma das principais alternativas para unir todas as
cidades do vale, portanto, o rio era uma importante hidrovia para o transporte de pessoas e
das mais variadas mercadorias. Com o regime militar (1964 a 1985) deu-se a continuidade do
projeto de integração nacional iniciado com Juscelino Kubitschek, porem sem nenhuma
preocupação ambiental. Nos anos de 1970 foram construídas varias rodovias no Brasil e
conciliando com a abertura das primeiras siderúrgicas (que necessitam de carvão vegetal)
em Minas Gerais, da recém-criada capital federal (Brasília), com crescimento da região
metropolitana de Belo Horizonte e, conseqüentemente, com um forte aumento da
concentração demográfica do centro-sul brasileiro, o cerrado foi fortemente desmatado.
“Durante as três ultimas décadas, algumas regiões do Centro-Sul do
Brasil mudaram do ponto de vista da organização humana, dos espaços
herdados da natureza, incorporando padrões modernos que abafaram, por
substituição parcial, velhas e arcaicas estruturas sociais e econômicas. Essas
mudanças ocorreram principalmente, devido à implantação das novas
infraestruturas viárias e energéticas, alem da descoberta de impensadas
vocações dos solos regionais para as atividades agrárias rentáveis”.
(AB’ SABER, 2003, P. 35)

Numa analise mais regional, com a abertura das novas rodovias e das varias
siderúrgicas em torno de Sete Lagoas e das cidades próximas (entre elas Cordisburgo), a
vegetação natural foi fortemente degradada, além disso, na época predominava a idéia de
que o cerrado inútil, improdutivo e que podia ser livremente derrubado. Ao mesmo tempo,
nos anos 70 com a chegada de novas técnicas de cultivo, as regiões do cerrado mineiro
sofreram mais um forte impacto com um intenso desenvolvimento da agricultura,
principalmente no município de Paracatu, localizado no noroeste do estado, por
conseguinte, o desenvolvimento da agricultura ajudou a ascender inúmeros políticos ligados
ao agronegócio, principalmente durante o regime militar, sendo que, muitos ainda possuem
forte presença no cenário político atual.

Gruta de Maquiné

Historia
A Gruta de Maquiné foi descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria
Maquiné, na época o proprietário das terras, a caverna possui sete salões explorados,
totalizando 650 metros lineares (dados da Prefeitura Municipal de Cordisburgo).
Em 1834 a caverna começou a ser analisada cientificamente pelo naturalista
dinamarquês Dr. Peter W. Lund que permaneceu pesquisando-a por aproximadamente dois
anos descobrindo várias inscrições rupestres, fosseis humanos e de animais do Quaternário
(1,6 milhões de anos atrás até os dias atuais). O naturalista Lund nasceu em uma família rica,
estudou letras e era medico de formação, mas preferiu especializar-se em botânica,
zoologia e paleontologia, viajou em 1825 para o Brasil, onde percorreu inicialmente os
estados do Rio de Janeiro e São Paulo, para depois se fixar em Minas Gerais. Em todas suas
excursões coletou grande quantidade de material, que enviava para o Museu de História
Natural da Dinamarca, pois suas pesquisas eram financiadas pela Sociedade Real da
Dinamarca.
Lund fez seus estudos em uma época em que a Teoria da Seleção Natural de Charles
Darwin não existia, sendo assim, ele acreditava que desastres naturais teriam levado à
extinção de diversas formas de vida e dado origem a outras, ou seja, acreditava na teoria do
Catastrofismo, que era a mais aceita da época. Segundo esta teoria a Terra sofreu vários
fenômenos catastróficos, principalmente inundações, que afetaram todas as espécies e
resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, é como se toda vida que
conhecemos tivesse um tempo para começar e terminar dando origem, logo depois, a outra
forma de vida. Entretanto, os próprios fósseis que Lund descobriu vão na contramão desse
pensamento. Ao encontrar em suas pesquisas fósseis de seres extintos e atuais, inclusive de
humanos, nos mesmos estratos geológicos, sem querer ele acabou constatando que as
espécies já conviveram no passado. Seu achado contrariava o pensamento catastrofista, no
qual considerava que somente após a última catástrofe o ser humano havia se estabelecido
no planeta, mas poderia ser usado como prova para reforçar a teoria do evolucionismo de
Charles Darwin.
Hoje a Gruta de Maquiné é um dos principais pontos turísticos de Minas Gerais e tem
uma enorme importância econômica para a região, sendo que, se transformou no
Monumento Natural Estadual Peter Lund em 2005. No entanto, apresenta uma serie de
avarias causadas por vandalismo e pela atividade turística, até a própria estrutura que foi
projetada para facilitar a visitação turística prejudicou cenário original da caverna. Apesar da
grande influencia antrópica, não deixa de ser atração extremamente bela.
“A caverna é um ambiente extremamente frágil, que em sua
natureza mantém um delicado equilíbrio ecossistêmico. Por apresentar
como características a ausência de luz e a constância de temperatura e
umidade, o meio cavernícola apresenta condições para o desenvolvimento
de uma fisiografia singular bem como uma fauna única, com muitas
espécies endêmicas e raras. [...] Por outro lado, a importância turística das
cavernas é expressa diretamente na geração de empregos para a
comunidade local, principalmente nas regiões onde este tipo de atividade é
a principal opção econômica, além do fator ligado aos consumidores
daquele

ambiente,

turistas,

principalmente

quando

se

trata

do

espeleoturismo.”
MORAIS, M. S. ; & LIMA T. F.
Geologia da gruta
A caverna é formada por rocha calcaria (basicamente calcita ou carbonato de cálcio,
CaCO3) de idade proterozóica (2,5 bilhões a 542 milhões de anos atrás), entretanto, não
significa que a caverna possui a mesma idade da rocha. A formação da caverna aconteceu
possivelmente na era cenozóica (a 65,5 milhões de anos atrás ate os dias atuais), ou seja,
bem mais jovem que a deposição de rocha matriz (calcário). Foi o poder erosivo da água que
moldou a caverna.
A água que corre na superfície da Terra pode se tornar ácida devido à associação com
o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, conseqüentemente ela se torna H2CO3. Quando
esta água encontra um terreno com muito calcário (isto é, formado por CaCO3), tem início
um processo de dissolução da rocha formando o bicarbonato de cálcio (Ca(HCO3)2). O
processo pode alongar-se por milhares de anos, transformando a região em uma paisagem
carstica, ou seja, inicia-se um processo de erosão química do calcário, com a formação de
fendas, veios e fissuras através da rocha.

A água da superfície (especialmente da chuva) infiltra no solo e quebra os
minerais da rocha que esta logo abaixo da terra, gerando o processo de
lixiviação do calcário, conseqüentemente as fendas vão se expandindo
lentamente e formando a caverna. Ao mesmo tempo, pode ocorrer
intemperismo químico e físico através de aqüíferos ou rios que fluem no
interior caverna.
Os calcários são rochas sedimentares, mais especificamente de deposição marinha, o
que indica que a região já foi fundo de mar e uma das características das cavernas
carbonaticas são a abundancia de espeleotemas, que são todas as formações rochosas
dentro das cavernas. Logo na entrada da caverna é possível avistar varias estalagmites e
estalactites (ambas espeleotemas) formadas pela precipitação e deposição do bicarbonato
de cálcio, isto é, parte do bicarbonato de cálcio (Ca(HCO3)2) que goteja da caverna e que é
depositado, perde acido carbônico (H2CO3) e, conseqüentemente, volta a se o tornar um
carbonato de cálcio (CaCO3). A água ao se infiltrar no plano de acamamento da rocha realiza
a dissolução formando as estalactites (formação rochosa sedimentar que se origina no teto)
e estalagmites (formação rochosa sedimentar que cresce a partir do chão em direção ao
teto, sendo formada pela precipitação vinda da parte superior da caverna, na maioria das
vezes precipitação vinda de uma estalactite), com o passar do tempo, estalactites e
estalagmites podem se unir, formando colunas, paredes e outras formações, sendo assim,
podemos constatar a abundância destas formações em toda caverna.
A caverna possui
abundância de
Estalactites e
Estalagmites.
Algumas se unindo
e construindo
diversas formações
rochosas.
Fonte(site): Viajar, turismo receptivo

Ao mesmo tempo, podemos observar vários travertinos, estes nada mais são que
rochas sedimentares, também formadas pela deposição do bicarbonato de cálcio nas áreas
alagadas da caverna. A calcita dissolvida na água que esfiltra das paredes da caverna vai
acumulando ao redor das poças existentes no chão formando travertinos de diversos
tamanhos, podendo variar de centímetros até metros, alguns inclusive podem desenvolver
uma fina camada superficial de calcita por cima da água, dando uma falsa impressão de ser
solo.
Travertino situado na
Gruta de Maquiné.

Fonte: excursao-campus-x-gruta-do-maquine-mg.blogspot.com.br

Travertino da Gruta de Maquiné com aproximadamente 1 metro de altura,
atualmente a maioria deles são abastecidos de água artificialmente.

No terceiro salão da caverna é possível observar um escorrimento de calcita nos
planos de fratura do calcário e uma parte mais avermelhada na rocha, essa mancha na
verdade se trata de oxido de ferro (Fe2O3) que também chegou até aquele ponto devido ao
intemperismo químico causado pela água, que através da dissolução, retirou o oxido de
ferro do solo e o transportou até o local.
No quarto salão percebemos perfeitamente a tensão de cisalhamento na rocha
gerada pelas forças tectônicas ligadas ainda com o processo de formação do Complexo do
Espinhaço, é perto da serra que as deformações nas rochas são mais sinuosas e à medida
que vai se afastando se torna mais amena.
No corredor de acesso para o quinto salão da caverna é possível observar na falha da
rocha um escorrimento de calcita formando um extenso espeleotema (nome de todas as
formações rochosas que ocorrem tipicamente no interior de cavernas como resultado da
sedimentação e cristalização de minerais dissolvidos na água). Outro interessante evento
que ocorreu no naquele local, foi uma grande estalactite (espeleotema) que se desprendeu
do teto devido seu peso e pela própria ação da água.

Grande estalactite
que se soltou do
teto da caverna.

No teto do quinto salão aconteceu a perda de material causado pela ação química e
mecânica da água subterrânea, pois o seu nível dentro da caverna já foi muito maior que o
atual, alcançando até o teto, na verdade, houve uma variação do nível freático dentro da
caverna. As cavernas evoluem pela água que vem por cima (ex: chuvas), fazendo o processo
de dissolução, mas também evoluem da água que vem por baixo, de um aqüífero ou rio,
causando intemperismo físico e químico. Uma evidencia de que a água, em algum momento,
chegou a alcançar o teto é a presença de manchas de barro e as “cicatrizes” que o canal
fluvial deixou a milhares de anos na rocha. No corredor de acesso para o sexto salão é
possível ver com mais detalhes as marcas deixadas pelo fluxo hídrico, ali foi um centro
preferencial da passagem de água e mostra que a caverna, durante um determinado
período, foi desgastada mais intensamente de baixo para cima. Ou seja, na sua formação,
também foi essencial o processo de decomposição da rocha causado pela água subterrânea
e pela incisão do canal de drenagem, à medida que o rio escava seu leito, ele também acaba
rebaixando o nível do lençol freático e, por conseguinte, expõe a cavidade da gruta,
exemplo: se a milhões de anos atrás o rio corria em um determinado ponto em uma altitude
em relação ao nível do mar de 1000 metros, hoje ele pode correr a 400 metros, nessas
circunstâncias, a milhares de anos atrás seu nível em relação ao mar era bem mais elevado
que o atual. Isto é, foi a ação em conjunto da água superficial e subterrânea que aos poucos
deu origem a caverna.

Referencias bibliográficas
AB´SABER, Aziz. Os domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
MORAIS, M. S.; LIMA, T. F. Contribuições para o desenvolvimento de plano de
manejo em ambiente cavernícola- Gruta de Maquiné: um estudo de caso. Geonomos, v. IX,
p. 45-53, 2006.
SANTOS, M. e SILVEIRA, M. L. O Brasil: Território e sociedade no inicio do século XXI.
Rio de Janeiro: Record, 2001.
http://www.pamals.mil.br/internet/peter.htm
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=311890#
http://www.cdcc.usp.br/quimica/ciencia/cavernas.html

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Gruta de Maquiné

  • 1. João Philipe do Nascimento Dia 26/05/2012 Gruta de Maquiné, Cordisburgo, Minas Gerais No 3º dia do trabalho de campo fomos até o município de Cordisburgo com 8.667 habitantes (IBGE Censo2010), situado no Grande Vale do São Francisco e a 120 quilômetros de Belo Horizonte sentido noroeste. O município é famoso por ser a terra-natal de João Guimarães Rosa, um dos mais notáveis escritores brasileiros, e também, por lá se encontrar umas das mais importantes cavernas do país, a Gruta de Maquiné, que é considerada o berço da paleontologia, arqueologia e da espeleogia brasileira graças aos trabalhos do naturalista dinamarquês Peter W. Lund. Dados cartográficos ©2012 Google, MapLink
  • 2. Breve histórico da região: Uma das principais formas de colonização do território brasileiro foi pelo Vale do São Francisco através da pecuária que abastecia as áreas de mineração do Brasil Colônia, sendo os bandeirantes os primeiros desbravadores. Vários fazendeiros se apossaram das terras da região e por lá se estabeleceram, sendo que, em 1883 o Padre João de Santo Antônio decidiu fundar uma povoação onde hoje é o município Cordisburgo. Uma curiosidade daquele período foi no seu meio rural, em que, do final do século XVIII ate o século XIX, havia uma tímida possibilidade de ascensão social. O gado era criado em grandes latifúndios e os peões da fazenda podiam utilizar pequenas parcelas das terras para sua subsistência e, como não recebiam salário, muitas vezes sua forma de pagamento era através de gado, com isso, alguns empregados conseguiram comprar porções de terra, porem não foi uma mudança considerável no cenário rural brasileiro, mas mesmo assim, é de se evidenciar, pois uma possibilidade ascensão econômica no campo é bem mais difícil se comparado a cidade. No inicio do século XX a região foi marcada pela estrutura de poder dos coronéis, o Coronelismo, que, por sinal, essa realidade foi muito bem retratada no clássico livro “Grande Sertão Veredas” de Guimarães Rosa. A origem do Coronelismo vem do Brasil Colônia e consistia no grande latifundiário influenciando fortemente a economia e a política local, foi um período de práticas autoritárias e violentas comandadas pelos coronéis que controlavam as pessoas e as obrigava a obedecer a regimes, tributos e a promover a candidatura de seu político preferido. Esta estrutura de poder perdurou ate meados do século passado, porem ainda existem grandes propriedades remanescentes dessa época. “O cenário que envolvia e promovia o coronelismo era o do mundo rural brasileiro, dominado pelo latifúndio, o engenho, a fazenda e a estância. Um universo próprio, interiorano, bem afastado das grandes cidades, isolado do mundo. [...] As comunicações eram raras e difíceis, feitas por canoa, barco, balsa, carro de boi, charrete, ou na sela do cavalo, puxando os arreios da mula ou do jerico. Praticamente ninguém ao redor dele era instruído, sendo comum entre os considerados alfabetizados
  • 3. apenas saberem desenhar o nome no papel, o suficiente para que se tornassem eleitores fiéis dos candidatos propostos pelo coronel.” (Schilling, 2010) Ainda na primeira metade do século XX havia poucas rodovias no interior do Brasil e a navegação do rio São Francisco era uma das principais alternativas para unir todas as cidades do vale, portanto, o rio era uma importante hidrovia para o transporte de pessoas e das mais variadas mercadorias. Com o regime militar (1964 a 1985) deu-se a continuidade do projeto de integração nacional iniciado com Juscelino Kubitschek, porem sem nenhuma preocupação ambiental. Nos anos de 1970 foram construídas varias rodovias no Brasil e conciliando com a abertura das primeiras siderúrgicas (que necessitam de carvão vegetal) em Minas Gerais, da recém-criada capital federal (Brasília), com crescimento da região metropolitana de Belo Horizonte e, conseqüentemente, com um forte aumento da concentração demográfica do centro-sul brasileiro, o cerrado foi fortemente desmatado. “Durante as três ultimas décadas, algumas regiões do Centro-Sul do Brasil mudaram do ponto de vista da organização humana, dos espaços herdados da natureza, incorporando padrões modernos que abafaram, por substituição parcial, velhas e arcaicas estruturas sociais e econômicas. Essas mudanças ocorreram principalmente, devido à implantação das novas infraestruturas viárias e energéticas, alem da descoberta de impensadas vocações dos solos regionais para as atividades agrárias rentáveis”. (AB’ SABER, 2003, P. 35) Numa analise mais regional, com a abertura das novas rodovias e das varias siderúrgicas em torno de Sete Lagoas e das cidades próximas (entre elas Cordisburgo), a vegetação natural foi fortemente degradada, além disso, na época predominava a idéia de que o cerrado inútil, improdutivo e que podia ser livremente derrubado. Ao mesmo tempo, nos anos 70 com a chegada de novas técnicas de cultivo, as regiões do cerrado mineiro sofreram mais um forte impacto com um intenso desenvolvimento da agricultura, principalmente no município de Paracatu, localizado no noroeste do estado, por conseguinte, o desenvolvimento da agricultura ajudou a ascender inúmeros políticos ligados
  • 4. ao agronegócio, principalmente durante o regime militar, sendo que, muitos ainda possuem forte presença no cenário político atual. Gruta de Maquiné Historia A Gruta de Maquiné foi descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, na época o proprietário das terras, a caverna possui sete salões explorados, totalizando 650 metros lineares (dados da Prefeitura Municipal de Cordisburgo). Em 1834 a caverna começou a ser analisada cientificamente pelo naturalista dinamarquês Dr. Peter W. Lund que permaneceu pesquisando-a por aproximadamente dois anos descobrindo várias inscrições rupestres, fosseis humanos e de animais do Quaternário (1,6 milhões de anos atrás até os dias atuais). O naturalista Lund nasceu em uma família rica, estudou letras e era medico de formação, mas preferiu especializar-se em botânica, zoologia e paleontologia, viajou em 1825 para o Brasil, onde percorreu inicialmente os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, para depois se fixar em Minas Gerais. Em todas suas excursões coletou grande quantidade de material, que enviava para o Museu de História Natural da Dinamarca, pois suas pesquisas eram financiadas pela Sociedade Real da Dinamarca. Lund fez seus estudos em uma época em que a Teoria da Seleção Natural de Charles Darwin não existia, sendo assim, ele acreditava que desastres naturais teriam levado à extinção de diversas formas de vida e dado origem a outras, ou seja, acreditava na teoria do Catastrofismo, que era a mais aceita da época. Segundo esta teoria a Terra sofreu vários
  • 5. fenômenos catastróficos, principalmente inundações, que afetaram todas as espécies e resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, é como se toda vida que conhecemos tivesse um tempo para começar e terminar dando origem, logo depois, a outra forma de vida. Entretanto, os próprios fósseis que Lund descobriu vão na contramão desse pensamento. Ao encontrar em suas pesquisas fósseis de seres extintos e atuais, inclusive de humanos, nos mesmos estratos geológicos, sem querer ele acabou constatando que as espécies já conviveram no passado. Seu achado contrariava o pensamento catastrofista, no qual considerava que somente após a última catástrofe o ser humano havia se estabelecido no planeta, mas poderia ser usado como prova para reforçar a teoria do evolucionismo de Charles Darwin. Hoje a Gruta de Maquiné é um dos principais pontos turísticos de Minas Gerais e tem uma enorme importância econômica para a região, sendo que, se transformou no Monumento Natural Estadual Peter Lund em 2005. No entanto, apresenta uma serie de avarias causadas por vandalismo e pela atividade turística, até a própria estrutura que foi projetada para facilitar a visitação turística prejudicou cenário original da caverna. Apesar da grande influencia antrópica, não deixa de ser atração extremamente bela. “A caverna é um ambiente extremamente frágil, que em sua natureza mantém um delicado equilíbrio ecossistêmico. Por apresentar como características a ausência de luz e a constância de temperatura e umidade, o meio cavernícola apresenta condições para o desenvolvimento de uma fisiografia singular bem como uma fauna única, com muitas espécies endêmicas e raras. [...] Por outro lado, a importância turística das cavernas é expressa diretamente na geração de empregos para a comunidade local, principalmente nas regiões onde este tipo de atividade é a principal opção econômica, além do fator ligado aos consumidores daquele ambiente, turistas, principalmente quando se trata do espeleoturismo.” MORAIS, M. S. ; & LIMA T. F.
  • 6. Geologia da gruta A caverna é formada por rocha calcaria (basicamente calcita ou carbonato de cálcio, CaCO3) de idade proterozóica (2,5 bilhões a 542 milhões de anos atrás), entretanto, não significa que a caverna possui a mesma idade da rocha. A formação da caverna aconteceu possivelmente na era cenozóica (a 65,5 milhões de anos atrás ate os dias atuais), ou seja, bem mais jovem que a deposição de rocha matriz (calcário). Foi o poder erosivo da água que moldou a caverna. A água que corre na superfície da Terra pode se tornar ácida devido à associação com o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, conseqüentemente ela se torna H2CO3. Quando esta água encontra um terreno com muito calcário (isto é, formado por CaCO3), tem início um processo de dissolução da rocha formando o bicarbonato de cálcio (Ca(HCO3)2). O processo pode alongar-se por milhares de anos, transformando a região em uma paisagem carstica, ou seja, inicia-se um processo de erosão química do calcário, com a formação de fendas, veios e fissuras através da rocha. A água da superfície (especialmente da chuva) infiltra no solo e quebra os minerais da rocha que esta logo abaixo da terra, gerando o processo de lixiviação do calcário, conseqüentemente as fendas vão se expandindo lentamente e formando a caverna. Ao mesmo tempo, pode ocorrer intemperismo químico e físico através de aqüíferos ou rios que fluem no interior caverna.
  • 7. Os calcários são rochas sedimentares, mais especificamente de deposição marinha, o que indica que a região já foi fundo de mar e uma das características das cavernas carbonaticas são a abundancia de espeleotemas, que são todas as formações rochosas dentro das cavernas. Logo na entrada da caverna é possível avistar varias estalagmites e estalactites (ambas espeleotemas) formadas pela precipitação e deposição do bicarbonato de cálcio, isto é, parte do bicarbonato de cálcio (Ca(HCO3)2) que goteja da caverna e que é depositado, perde acido carbônico (H2CO3) e, conseqüentemente, volta a se o tornar um carbonato de cálcio (CaCO3). A água ao se infiltrar no plano de acamamento da rocha realiza a dissolução formando as estalactites (formação rochosa sedimentar que se origina no teto) e estalagmites (formação rochosa sedimentar que cresce a partir do chão em direção ao teto, sendo formada pela precipitação vinda da parte superior da caverna, na maioria das vezes precipitação vinda de uma estalactite), com o passar do tempo, estalactites e estalagmites podem se unir, formando colunas, paredes e outras formações, sendo assim, podemos constatar a abundância destas formações em toda caverna. A caverna possui abundância de Estalactites e Estalagmites. Algumas se unindo e construindo diversas formações rochosas. Fonte(site): Viajar, turismo receptivo Ao mesmo tempo, podemos observar vários travertinos, estes nada mais são que rochas sedimentares, também formadas pela deposição do bicarbonato de cálcio nas áreas alagadas da caverna. A calcita dissolvida na água que esfiltra das paredes da caverna vai acumulando ao redor das poças existentes no chão formando travertinos de diversos tamanhos, podendo variar de centímetros até metros, alguns inclusive podem desenvolver uma fina camada superficial de calcita por cima da água, dando uma falsa impressão de ser solo.
  • 8. Travertino situado na Gruta de Maquiné. Fonte: excursao-campus-x-gruta-do-maquine-mg.blogspot.com.br Travertino da Gruta de Maquiné com aproximadamente 1 metro de altura, atualmente a maioria deles são abastecidos de água artificialmente. No terceiro salão da caverna é possível observar um escorrimento de calcita nos planos de fratura do calcário e uma parte mais avermelhada na rocha, essa mancha na verdade se trata de oxido de ferro (Fe2O3) que também chegou até aquele ponto devido ao intemperismo químico causado pela água, que através da dissolução, retirou o oxido de ferro do solo e o transportou até o local. No quarto salão percebemos perfeitamente a tensão de cisalhamento na rocha gerada pelas forças tectônicas ligadas ainda com o processo de formação do Complexo do Espinhaço, é perto da serra que as deformações nas rochas são mais sinuosas e à medida que vai se afastando se torna mais amena.
  • 9. No corredor de acesso para o quinto salão da caverna é possível observar na falha da rocha um escorrimento de calcita formando um extenso espeleotema (nome de todas as formações rochosas que ocorrem tipicamente no interior de cavernas como resultado da sedimentação e cristalização de minerais dissolvidos na água). Outro interessante evento que ocorreu no naquele local, foi uma grande estalactite (espeleotema) que se desprendeu do teto devido seu peso e pela própria ação da água. Grande estalactite que se soltou do teto da caverna. No teto do quinto salão aconteceu a perda de material causado pela ação química e mecânica da água subterrânea, pois o seu nível dentro da caverna já foi muito maior que o atual, alcançando até o teto, na verdade, houve uma variação do nível freático dentro da caverna. As cavernas evoluem pela água que vem por cima (ex: chuvas), fazendo o processo de dissolução, mas também evoluem da água que vem por baixo, de um aqüífero ou rio, causando intemperismo físico e químico. Uma evidencia de que a água, em algum momento, chegou a alcançar o teto é a presença de manchas de barro e as “cicatrizes” que o canal fluvial deixou a milhares de anos na rocha. No corredor de acesso para o sexto salão é possível ver com mais detalhes as marcas deixadas pelo fluxo hídrico, ali foi um centro preferencial da passagem de água e mostra que a caverna, durante um determinado período, foi desgastada mais intensamente de baixo para cima. Ou seja, na sua formação, também foi essencial o processo de decomposição da rocha causado pela água subterrânea e pela incisão do canal de drenagem, à medida que o rio escava seu leito, ele também acaba rebaixando o nível do lençol freático e, por conseguinte, expõe a cavidade da gruta,
  • 10. exemplo: se a milhões de anos atrás o rio corria em um determinado ponto em uma altitude em relação ao nível do mar de 1000 metros, hoje ele pode correr a 400 metros, nessas circunstâncias, a milhares de anos atrás seu nível em relação ao mar era bem mais elevado que o atual. Isto é, foi a ação em conjunto da água superficial e subterrânea que aos poucos deu origem a caverna. Referencias bibliográficas AB´SABER, Aziz. Os domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. MORAIS, M. S.; LIMA, T. F. Contribuições para o desenvolvimento de plano de manejo em ambiente cavernícola- Gruta de Maquiné: um estudo de caso. Geonomos, v. IX, p. 45-53, 2006. SANTOS, M. e SILVEIRA, M. L. O Brasil: Território e sociedade no inicio do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. http://www.pamals.mil.br/internet/peter.htm http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=311890# http://www.cdcc.usp.br/quimica/ciencia/cavernas.html