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Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora                           2007




                                                         ÍNDICE

NOTA INTRODUTÓRIA....................................................................... 2
METODOLOGIA ................................................................................ 5
BREVE CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE ÉVORA ................................. 8
PROTECÇÃO SOCIAL ....................................................................... 13
SANTO ANTÃO .............................................................................. 14
Resultados dos Questionários:.......................................................................................... 15
Principais conclusões:...................................................................................................... 43
Análise S.W.O.T. de Santo Antão: ................................................................................... 45
Instituições: ........................................................................................................... ….46
Análise Social da Freguesia de Santo Antão:.................................................................... 47
Propostas: ................................................................................................................... 49

SÃO MAMEDE ............................................................................... 50
Resultados dos Questionários:.......................................................................................... 52
Principais conclusões:................................................................................................. 75
Análise S.W.O.T. de S. Mamede:..................................................................................... 77
Instituições: ................................................................................................................ 78
Análise Social da Freguesia de São Mamede:................................................................... 79
Propostas: ................................................................................................................... 80

SÉ/SÃO PEDRO ............................................................................ 81
Resultados dos Questionários:.......................................................................................... 83
Principais conclusões:............................................................................................... 106
Análise S.W.O.T. de Sé/São Pedro:................................................................................ 108
Instituições: .............................................................................................................. 109
Análise Social da Freguesia da Sé/São Pedro: ................................................................ 110
Propostas: ................................................................................................................. 111

REFLEXÃO FINAL SOBRE O CENTRO HISTÓRICO .................................. 112
Análise S.W.O.T. do Centro Histórico: .......................................................................... 119
BIBLIOGRAFIA ............................................................................ 120
ADENDA: ................................................................................... 123
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O PAPEL DAS AUTARQUIAS NO ....................................................... 123
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMUNITÁRIO ..................................... 123
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




                                               NOTA INTRODUTÓRIA
                                                                       2
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Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



O diagnóstico apresentado surge da necessidade sentida pelos actores locais, presidentes
das Juntas de Freguesia de Santo Antão, São Mamede e Sé/São Pedro quanto ao
levantamento e reconhecimento das necessidades da população destas freguesias,
também denominada por população intramuros eborense, uma vez que estas freguesias
fazem parte do Centro Histórico de Évora.

Face a esta necessidade e às novas exigências das políticas sociais actuais, cada vez
mais territorializadas e activas, responsabilizando as organizações locais (Autarquias
locais, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Organizações não governamentais
e outras) tornava-se imperativo que houvesse um documento de referência, que não
permitisse apenas a leitura das necessidades/potencialidades mas que apontasse medidas
de combate aos problemas sociais, nestas freguesias.

Compreendendo a necessidade deste estudo, importa defini-lo enquanto conceito: “O
Diagnóstico Social pode ser definido como um processo concertado, permanente e
reiterado, de identificação e de análise, entre os actores implicados, do conjunto das
causas e características das situações de exclusão social. Confere além disso, os
elementos que orientam a acção, ajuda a definir as necessidades, a conhecer os recursos
e os obstáculos existentes e a iniciar o estabelecimento das prioridades, a concretizar e a
adaptar na função de planificação. O Diagnóstico corresponde à análise da realidade
social num determinado contexto social, espacial e temporal, respeitante a uma ou várias
situações problemáticas” (Câmara Municipal de Tondela: 2005, 5).

Este trabalho assenta, sobretudo, numa perspectiva de Desenvolvimento Social e
Comunitário visto aqui como uma “técnica social de promoção humana e de mobilização
de recursos humanos, integrada nos programas nacionais de desenvolvimento; e que
atende, basicamente, ao processo educativo” e à promoção de solidariedades nos
pequenos grupos (Ware cit. in Mascarenas, 1996: 44).

Enquadra-se no âmbito da Rede Social, mais concretamente na Comissão Social Inter
freguesias do Centro Histórico de Évora, que resulta da conjugação de sinergias de
entidades públicas, privadas e de cidadãos, presentes na localidade e que em parceria
procuram combater a pobreza e exclusão social. A Rede Social poderá contribuir
decisivamente para a efectivação de uma consciência pessoal e colectiva dos problemas
sociais, para activação dos meios e agentes de resposta, para as inovações nos modos de
agir e ainda, para promover o desenvolvimento social local. Em suma, trata-se de criar um
modelo de co-responsabilidade e de gestão participada, no combate à pobreza e à
exclusão social, com base territorial.

Para que a análise dos problemas e das suas causas fosse o mais participada possível,
procurando enriquecer-se através da perspectiva de vários profissionais de diferentes
áreas, foi constituída uma equipa em que participaram elementos do Departamento do
Centro Histórico, Património e Cultura da Câmara Municipal de Évora e a Assistente Social
da Comissão Social Interfreguesias do Centro Histórico de Évora, formando um núcleo
restrito de trabalho.

Este grupo conta também com a colaboração pontual de um grupo de alunos de Sociologia
da Universidade de Évora, pois só puderam participar por questões de tempo e interesse
na freguesia de São Mamede e com um grupo de seis voluntários do Programa de
Ocupação de Tempos Livres do Instituto Português da Juventude.

Embora todos os elementos da equipa estivessem presentes apenas no momento da
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recolha de dados, poder-se-á afirmar que todos contribuíram em maior ou menor grau para
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as reflexões apresentadas neste estudo, pelo que se deve um agradecimento aos
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



mesmos, principalmente ao Departamento do Centro Histórico, Património e Cultura da
Câmara Municipal de Évora.

Neste contexto, e sentindo as Juntas de Freguesia do Centro Histórico de Évora – St.
Antão, S. Mamede e Sé/S.Pedro necessidade de um maior conhecimento das principais
características da comunidade intramuros, nos seus aspectos socio-económicos, e
procurando abrir novos caminhos na sua forma de apoiar a comunidade, foi realizado no
ano 2007 um Diagnóstico Social na comunidade intramuros. E este documento que daí
resultou, pretende ser mais do que um instrumento de leitura, um instrumento de
intervenção com finalidade de promoção humana e comunitária.

A metodologia seleccionada para a realização deste diagnóstico foi a metodologia
quantitativa e qualitativa. Quantitativa pois foi utilizado o inquérito por questionário
aplicado, quer a uma amostra representativa dos agregados familiares intramuros, quer às
instituições que fazem parte da Comissão Social de Freguesias do Centro Histórico,
efectuando-se a análise de dados e estatística. Qualitativa quando as técnicas utilizadas
basearam-se na observação directa, sistemática, na análise documental e recolha de
informação através de informadores privilegiados, que em muito contribuíram para as
reflexões apontadas.

Os capítulos seguintes serão apresentados na seguinte ordem: a metodologia que explica
como se fez a estudo aqui presente, uma breve caracterização do concelho de Évora que
inclui dados relativos ao Centro Histórico; depois entramos na análise de cada freguesia
intramuros. O capítulo de cada freguesia é composto pelos resultados dos questionários,
principais conclusões desta análise, análise S.W.O.T., referência às instituições presentes
na comunidade e análise social da freguesia. Terminando no capítulo da reflexão final
sobre o Centro Histórico. Este diagnóstico inclui também uma adenda onde se apresenta
uma pequena reflexão sobre o papel das autarquias locais no desenvolvimento social e
comunitário.




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Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




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                                                       METODOLOGIA
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



Para a concretização do Diagnóstico Social das Freguesias Intramuros, “o Diagnóstico
Social pode ser definido como um processo concertado, permanente e reiterado, de
identificação e de análise, entre os actores implicados, do conjunto das causas e
características das situações de exclusão social. Confere além disso, os elementos que
orientam a acção, ajuda a definir as necessidades, a conhecer os recursos e os obstáculos
existentes e a iniciar o estabelecimento das prioridades, a concretizar e a adaptar na
função de planificação. O Diagnóstico corresponde à análise da realidade social num
determinado contexto social, espacial e temporal, respeitante a uma ou várias situações
problemáticas” (Câmara Municipal de Tondela: 2005, 5). O estudo diagnóstico está
intrinsecamente associada a ideia de intervir, é um momento em que se deve gerar um
conhecimento dos problemas sobre os quais se vai intervir, este conhecimento permite ir
atingindo as restantes fases de intervenção com maior eficácia.

Aqui o objecto de análise é a comunidade, ancorada na necessidade de ter um bom
conhecimento da dinâmica de conjunto da comunidade, desde o seu espaço territorial ao
seu espaço social. Privilegiaram-se as metodologias quantitativas, embora estas não
limitassem o estudo somente à análise numérica, uma vez que os investigadores
participaram em todos os momentos do diagnóstico e que foram eles mesmos a aplicar os
questionários. Situação que permitiu uma observação directa e muitas vezes participante,
o que contribuiu para uma abordagem qualitativa. Houve um contacto privilegiado com a
população que permitiu não só a recolha da informação, mas também a agilização de
respostas a problemas apontados, quase findando numa metodologia de investigação-
acção.

 No que diz respeito aos procedimentos de recolha empírica, o presente estudo apresenta-
se com contributos bastante diversificados. Recorreu-se, deste modo, aos seguintes
instrumentos, para caracterizar cada espaço físico e social:
      a) Consulta de fontes documentais, tendo em vista obtenção de elementos de
         caracterização local, que permitissem contextualizar e melhor compreender as
         dinâmicas existentes, problemas detectados e o contexto sócio-económico-
         político-histórico, tais como: Diagnóstico Social da Rede Social de Évora de 2003,
         o Plano de Desenvolvimento Social de Évora de 2004, Plano Nacional de Acção
         para a Inclusão, entre outros;
      b) Consulta de dados estatísticos existentes disponíveis no Instituto Nacional de
         Estatística;
      c) Recolha e compilação de vários documentos escritos (relatórios, dados,
         levantamentos ou análises sócio-demográficas e urbanísticas) cedidas,
         principalmente pelo Departamento do Centro Histórico, Património e Cultura –
         Câmara Municipal de Évora;
      d) Conversas informais com informadores privilegiados da comunidade; tais como
         os presidentes das Juntas de Freguesia e técnicos que intervinham na área em
         análise.

 Depois de uma primeira fase de contextualização, passou-se para um segundo momento
a construção de questionários a serem aplicados quer à população, quer às intuições
sociais que providenciam apoios socais à comunidade intramuros e que fazem parte da
Comissão Social Interfreguesias do Centro Histórico de Évora. Face ao número de famílias
residentes no Centro Histórico cerca de 2647 (INE, 2001), e ao número dos recursos
humanos disponíveis recorreram-se a amostras aleatórias simples em cada freguesia,
sendo que os meios de recolha foi o chamado “questionário porta-a-porta”, e apenas era
inquirida uma pessoa por agregado familiar. O que contribuiu para uma melhor percepção
territorial, dos espaços habitacionais e comerciais existentes.
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O Instituto Nacional de Estatística define como família clássica residente o conjunto de
pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco; qualquer
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



pessoa independente que ocupa uma parte ou a totalidade de uma unidade de alojamento
e as empregadas domésticas residentes no alojamento onde prestavam serviço.

      Freguesia                 Famílias                Amostra                 Amostra
                               Residentes          Valores Absolutos          Percentagem
Santo Antão                       685                     205                     30%
São Mamede                        1018                    211                     20%
Sé/São Pedro                       944                      112                    12%
Total Centro Histórico             2647                     528                    17%

Em Ciências Sociais define-se que uma amostra representativa de um universo de valor
considerável deve fica situada no mínimo entre os 15% e os 30%, sendo preferencial a
aproximação dos 30% do universo (Duarte, 2005). Atendendo-se a estes valores, na
freguesia da Se/São Pedro não se conseguiu concretizar uma amostra representativa,
devido às limitações temporais.


  Estes questionários tiveram por objectivos:

  - Conhecer a comunidade intramuros, analisando o seu contexto social, económico,
      cultural e ambiental;
  - Conhecer a qualidade de vidas dos habitantes locais,
  - Identificar problemas existentes e as necessidades percepcionadas pela comunidade;
  - Clarificar os recursos e forças existentes na comunidade intramuros
  - Apontar para possíveis prioridades de intervenção;
  - Proporcionar um quadro referencial.


  E atenderam aos seguintes vectores de análise:

  - Análise sócio-histórica e demográfica do meio;
  - Análise dos recursos do meio;
  - Análise condições habitacionais;
  - Análise das redes de solidariedade locais;
  - Análise dos valores culturais;
  - Análise dos problemas sociais na comunidade.

Pode-se afirmar que, os questionários utilizados foram sendo aperfeiçoados ao longo do
contacto com a população, procurando ser um instrumento aberto e dinâmico ao longo da
análise, para que permitissem uma maior compreensão da realidade e da comunidade que
se encontrava a ser analisada.

        Limitações do Diagnóstico Social

Este estudo apresenta limitações que não permitiram o aprofundamento de algumas
questões que serão apresentadas. Entre as limitações identifica-se: o facto de ser um
estudo que se debruça nas características generalistas dos agregados residentes no
Centro Histórico, não houve a análise da vertente mais pública deste território como a
convergência dos serviços, comércio e parque habitacional, portanto privada; o facto de
este diagnóstico ter sido construído num espaço de nove meses e a equipa que tratou da
recolha de dados só esteve disponível em horário laboral, das 9h às 20h; no que concerne
                                                                                                7




aos questionários às instituições presentes na comunidade foram poucos os que
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devolvidos. O que não tornou possível a auscultação das entidades presentes sobre esta
comunidade, no presente estudo.
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




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        BREVE CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE ÉVORA
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora            2007




              “A cidade de Évora é testemunha de um passado irrequieto, marcado pela presença de povos
            e culturas distintas. Évora é uma cidade notável destes períodos remotos da Península Ibérica”.
                                                                                        (Silva et all: 1998)

No estudo aqui apresentado, e apesar de se pretender somente reflectir sobre o Centro
Histórico de Évora, julgou-se ser importante fazer uma breve caracterização da cidade de
Évora, para que se contextualize a realidade envolvente da qual o Centro Histórico
constitui vital parte.

No coração do Alentejo, o concelho de Évora tem a área de 1 308,25 km² (Ficha de
Caracterização Concelhia 1999:207), sendo a sede de um dos maiores municípios de
Portugal, com a configuração mais ou menos circular, com um raio aproximado de 20
quilómetros. Évora situa-se no meio da planície alentejana, a uma altitude média 240
metros.

O município é limitado a norte pelo município de Arraiolos, a nordeste por Estremoz, a
leste pelo Redondo, a sueste por Reguengos de Monsaraz, a sul por Portel, a sudoeste
por Viana do Alentejo e a oeste por Montemor-o-Novo. Situando-se junto do eixo Lisboa -
Madrid. Localizada no ponto de encontro de três grandes bacias hidrográficas – Tejo,
Sado, Guadiana.

Évora é descrita como sendo uma planície docemente ondulada, com uma paisagem
aberta, clima mediterrâneo, suavizado pela influência atlântica. “Évora cidade – museu,
assim classificada por artistas, arqueólogos e escritores, não desmereceu do cognome,
que só aparentemente consagra uma imobilidade estética, de certo modo presa a sombras
tradicionais e tutelares das suas características e origens monumentais, mas que a
dinâmica cultural em vivência, actualidade e cosmopolitismo relegou para a magia
contemplativa da Antiguidade. Évora é uma cidade viva, relativamente pequena (…), mas
de um humanismo e pitoresco inimitáveis, sobretudo no Centro histórico, medalhado em
1982 pela Fundação F.V.S., de Hamburgo, e de valor artístico europeu reconhecido pela
UNESCO” (Roteiro: 2000/2001, 13).

A história de Évora está intrinsecamente ligada à história de Portugal e é uma das grandes
embaixadoras da identidade do povo alentejano e de Portugal, através do turismo dá a
conhecer os costumes, as artes, a gastronomia, etc., projectando uma ideia de romantismo
e de pacatez.

A cidade Évora é o principal pólo regional de comércio e serviços, evidenciando-se nos
últimos anos o turismo como um sector em franco crescimento. Sendo o maior centro
urbano do Alentejo com total de 55 619 habitantes (Anuário Estatístico da Região do
Alentejo, 2004:71), encontra-se subdividido em 19 freguesias. E apesar de ter passado por
períodos de diminuição de população, Évora entre 1991 e 2001 apresentou um
crescimento efectivo de população como se poderá verificar no Quadro A.

                                            Quadro A
Ano       1911            1940          1960     1970               1981          1991          2001
População 14 108          22 174        28 652   28 190             14 851        38 094        58 564
                                     Fonte: INE, Censos 2001

Para Silva et all (1998:267) dois factores que contribuíram para modificar o panorama
socioeconómico de Évora: a dinâmica ganha pela Universidade local e a projecção
                                                                                                               9




decorrente da classificação da cidade como Património da Humanidade pela UNESCO.
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Segundo estes autores, a presença da Universidade permitiu inverter o processo de
envelhecimento da população eborense. É um rejuvenescimento parcial, na medida em
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora      2007



que os jovens não se irão, em geral, fixar na cidade ou no concelho, uma vez diplomados.
Contudo, quando partirem serão substituídos por outros, e graças a esta população
flutuante Évora ganhou uma outra animação. É o aluguer de quartos e casas, é um maior
movimento nos cafés, restaurantes e estabelecimentos similares, e sobretudo, uma vida
cultural e também nocturna com características muito diferentes das tradicionais.

Apesar deste cenário em que se aponta para um crescimento efectivo da população Évora
vive uma dicotomia, se por um lado tem vindo manifestar um crescimento populacional
efectivo, por outro lado o Centro Histórico desta cidade tem perdido população a um ritmo
acentuado. Tal, como demonstrado no seguinte Quadro B e Gráfico 1.

                                          Quadro B
                             Evolução da População Residente
           1911        1940           1960        1970       1980          1990          2000
CHE        14074       18559          15696       12696      10783         7842          5661
CEM        34          3615           12956       15494      4068          30252         41970
                             Fonte: Mourão, Susana – C.M.E. (2001:s/p)


                                              Gráfico 1

                              Evolução da População Residente

            60000
            50000
            40000
                                                                                   CEM
            30000
                                                                                   CHE
            20000
            10000
                  0
                      1911     1940   1960    1970   1980   1990    2000

                             Fonte: Mourão, Susana – C.M.E. (2001:s/p)

Efectivamente, os dados apontam para uma perda de população no Centro Histórico de
Évora (CHE) em benefício da Cidade Extra Muros (CEM), segundo um estudo realizado
pelo Departamento do Centro Histórico e Património da Câmara Municipal de Évora
(Oliveira et all: 2003:3), as causas deste fenómeno demográfico devem-se sobretudo ao
aparecimento de núcleos urbanos fora das muralhas e um centro histórico superpovoado
levou os moradores do Centro Histórico à procura de habitações nestes novos espaços. O
que se traduziu num primeiro momento num equilíbrio entre espaço residencial/população,
mas que depois originou um profundo desequilíbrio, perdendo o centro da cidade
vitalidade. O que segundo os autores deste mesmo estudo “levou a uma rotura
demográfica, dos 20 000 habitantes em 1940, restam pouco mais de ¼” (Ibidem).

Comparativamente à densidade populacional verifica-se que embora afastado da média
                                                                                                 10




nacional, o distrito de Évora se encontra ligeiramente abaixo dos valores apresentados
pela região do Alentejo, tal como demonstra Gráfico 2.
                                                                                                 Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



                                            Gráfico 2
                              Densidade Populacional



                           150               113,92

                           100
                 Hab/Km2
                            50                          24,38     23,11


                              0
                                       Portugal      1
                                                  Alentejo      Distrito Évora




                           Fonte: INE, O País em Números, 2004

No que concerne à distribuição etária, Gráfico 3, verifica-se que a Évora apresenta os
seguintes valores: 15% da população apresenta idades compreendidas entre os 0-14
anos, 12% da população encontra-se entre os 15-24 anos e grande maioria 73% da
população tem idades superiores aos 24 anos. O que demonstra uma população
maioritariamente com idade adulta.

                                            Gráfico 3

                                       Distribuição Etária


                  50000

                  40000

                  30000
                  20000

                  10000
                      0
                           0-14 Anos         15-24 Anos         <24 Anos

                     Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004


Quanto aos indicadores sociais, o concelho, no ano lectivo 2004/2005, encontravam-se
cerca de 67 instituições de ensino, Gráfico 4, sendo que ao nível do ensino pré-escolar 19
estabelecimentos pertencem ao ensino privado e 13 ao ensino público, ao nível do ensino
básico 1 estabelecimento pertence ao ensino privado e 26 ao ensino público, pertencendo
todos os outros níveis ao ensino público.
                                                                                             11
                                                                                             Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora           2007



                                                    Gráfico 4
                               Estabelecimentos de Ensino


                                          3     3     2

                                                                               32


                               27




                Educação Pré-escolar          Ensino Básico               Ensino Secundário
                Escolas Profissionais         Ensino Superior

                      Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004


Nos indicadores de saúde, Évora em 2004 apresentava valores acima da média nacional,
no que respeita a enfermeiros, médicos e farmácias por habitante. Tal como demonstrado
no Gráfico 5.




                                                    Gráfico 5

                                    Indicadores de Saúde

                                          9,9
                      10
                       8
                       6                                         4,4
                              4,2
                       4            3,4              3,3
                       2                                   1,7
                                                                         0,3 0,4 0,4
                       0
                           Enfermeiros por Médicos por Farmácias e
                             1000 Habit.   1000 Habit. postos de med.
                                                         1000 Habt.

                                     Portugal         Alentejo         Évora

                      Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004


Ao nível da protecção social, e no que toca mais exactamente ao número de pensionistas
e subsidiários no final do ano de 2004, esta cidade apresentava os valores apresentados
no Quadro C.
                                                                                                     12
                                                                                                     Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora    2007




                                          Quadro C
                           Protecção Social
                         Pensionista Invalidez                      2091
                          Pensionista Velhice                      9692
                      Pensionista Sobrevivência                    3418
                              Pensionista                          15201
               Beneficiário da prestação de desemprego              1727
                 Abono de família a crianças e jovens              2561
               Subsídio por assistência à terceira pessoa            26
                       Subsídio Mensal vitalício                     9
                            Subsídio funeral                         11
                          Subsídio por doença                      2314
                         Subsídio Maternidade                       348
                       Subsídio de Paternidade                      148
                      Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004


Tendo o Distrito de Évora em 2003, uma totalidade 36 equipamentos sociais, segundo a
Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à População – 2002, sendo estes 8 Creches,
12 Centros de Dia e 16 Lares.

No que se refere à educação, mais propriamente ao analfabetismo, Évora apresenta uma
taxa elevada quando comparada com o Alentejo e Portugal, tal como demonstrado no
seguinte gráfico.

                                          Gráfico 6

                              Taxa de Analfabetismo - 2001



                 20                      15,9
                                                  14,8
                 15
                                  9                                         Portugal

                 10                                                         Alentejo
                                                                            Évora
                  5

                  0
                                  Analfabetos

                               Fonte: INE, O País em Números

Quanto às freguesias do Centro Histórico, em análise – Sé/São Pedro, St. Antão e São
Mamede, três das dezanove freguesias do concelho de Évora, caracteristicamente
urbanas, cingem em si importantes serviços para toda a população eborense, podendo
intitular-se as artérias principais do concelho. Representando no seu conjunto cerca de 9%
da população eborense.
                                                                                              13
                                                                                              Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




                                                                       14




                                                       SANTO ANTÃO
                                                                       Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



A Freguesia de Santo Antão é uma das freguesias urbanas de Évora, sendo a mais
pequena deste Concelho, e consequentemente do Centro Histórico, ocupa uma área
geográfica de cerca de 0,27 Km2 e os limites do seu território entre a Rua dos Mercadores
e a Rua José Elias Garcia. Tem como património a Igreja de Santo Antão, a Fonte
Henriquina, o Convento de Santa Clara, o Teatro Garcia de Resende e o Convento do
Calvário. É, também, nesta freguesia que se situa a famosa Praça do Giraldo, que ainda
hoje serve de ponto da sociedade eborense.

                                Freguesia de Santo Antão




            A Freguesia de Santo Antão corresponde à área sombreada da imagem.
            Fonte: Departamento do Centro Histórico Património e Cultura – C.M.E.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística em 2001, St. Antão apresentava cerca de 1473
habitantes residentes, sendo que 58% são mulheres e 42% são homens, uma densidade
populacional de 5462,8 hab/km2. No que respeita ao edificado apresentava 1020
alojamentos e 697 edifícios, como se poderá verificar pelos dados do Quadro E.

                                         Quadro E
                                                                          Proporção
   N.º Pessoas                            Famílias                            de
    Residente           H         M      ResidentesAlojamentos Edifícios Reformados
       1473            614       859        685        1020      697        38,8%
                                       Fonte: INE 2001

Face ao universo apresentado e às limitações temporais e dos recursos humanos, foi
decidido construir uma amostra da população para a realização de questionários,
efectuando-os “porta-a porta”. Deste modo, os investigadores tiveram a possibilidade de
conhecer melhor a comunidade local e a população.


Resultados dos Questionários:

Quanto à amostra, de um universo de 685 famílias residentes, foram efectuados 205
questionários à população desta freguesia, abrangendo 30% das famílias residentes na
freguesia como comprova o gráfico 1. A recolha de dados foi realizada entre as 9h e as
20h e foram percorridas todas as ruas desta freguesia e inquiridas o máximo de pessoas
possível.
                                                                                             15
                                                                                             Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




                                           Gráfico 1
                                           Amostra
                               Famílias
                             Residentes
                            Inquiridas ;
                              205; 30%

                                                          Famílias
                                                        Residentes
                                                       Não Inquiridas
                                                        ; 480; 70%


Quanto ao sexo dos inquiridos, maioritariamente foram mulheres, cerca de 147 mulheres e
58 homens, com as percentagens representadas no Gráfico 2.




                                           Gráfico 2
                                  Se xo dos Inquiridos




                        Masculino
                          28%




                                                            Feminino
                                                              72%




A apresentação dos dados será dividida através das várias temáticas abordadas no
questionário: caracterização dos agregados familiares, rendimentos, saúde, mobilidade,
habitação, bens de conforto, a relação face ao Centro Histórico, 3º Idade e, e por fim,
factores de interesse.


       Caracterização dos Agregados Familiares:

No que respeita às idades verifica-se, que maioritariamente os agregados familiares são
compostos por adultos, com particular incidência para pessoas nas faixas etárias entre os
31-65 anos e pessoas com idades superiores aos 76 anos de idade, Gráfico 3.
                                                                                            16
                                                                                            Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



                                                    Gráfico 3
                              Idades Elementos Agregados Familiares


                        120                                 119

                        100                                                  96

                        80                         79



             N Ps o s
                                                                    73


              º es a
                        60

                        40

                        20       15
                                           10
                         0
                               0-14      15-18   19-30   31-65    66-75    >76
                                                   idade s




O que nos revela uma população particularmente envelhecida, atendendo a que se
juntarmos as pessoas com idades iguais e superiores aos 66 anos, estas tem mais
representatividade que qualquer outro grupo.


Quanto à composição do agregado familiar verificou-se que os núcleos familiares são
superiores ao grupo de indivíduos que vivem sozinhos, ficando em último lugar a
população flutuante composta pelos jovens estudantes universitários que se encontravam
a residir nesta freguesia, Gráfico 4.




                                                    Gráfico 4
                                          Distribuição População



                                           Pop. Flutuante
                                                5%

                              Pessoas
                                                                             Núcleos
                              Isoladas
                                                                            Familiares
                                40%
                                                                              55%




                         Núcleos Familiares        Pessoas Isoladas       Pop. Flutuante



Os núcleos familiares eram compostos sobretudo por dois elementos, na sua maioria
casais, Gráfico 5.
                                                                                                     17
                                                                                                     Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



                                           Gráfico 5
                          Composição do Agregado Familiar




                              12; 6% 6; 3% 1; 0%
                                         2; 1%
                    21; 10%
                                                                  82; 40%




                         81; 40%




                                   1   2   3   4   5   6   7



 Sendo que são as famílias nucleares e os agregados isolados os mais representados,
 com cerca de 80% da composição dos agregados familiares nesta freguesia.


No que respeita à escolaridade 36% dos indivíduos que componham o agregado familiar
tinham o 1º ciclo do ensino básico (4º ano), 14% tinha o 3º ensino básico (9º ano) e 12%
não sabiam ler nem escrever, havendo depois distribuição por todos os escalões de
escolaridade, tal como presente no Quadro F.

                                       Quadro F
                             Escolaridade
                    Nível de Ensino                            V.A.            %
     Não sabe ler/escrever                                      46             12
     Sabe ler e escrever sem possuir qualquer grau               4             1
     Ensino Básico 1º                                          141             36
     Ensino Básico 2º                                           18             5
     Ensino Básico 3º                                           55             14
     Ensino Secundário                                          37            0,9
     Ensino Médio                                                7             2
     Bacharelato                                                 4             1
     Licenciatura                                               21             5
     Mestrado                                                    3             1
     Doutoramento                                                1            0, 1
     Frequentam Universidade                                    40             10
     Frequentam Escola                                          15             4


Podemos concluir que a amostra caracteriza-se pelas baixas qualificações escolares,
consequência directa desta ser uma população envelhecida com vivências de uma
época em que a escolaridade não era obrigatória nem tinha importância maior.
Contudo, salienta-se a elevada percentagem de analfabetos.
                                                                                            18




Relativamente às categorias profissionais com maior representatividade são: os
trabalhadores não qualificados com 49%, os estudantes com 17% e pessoal dos serviços
                                                                                            Página




ou vendedores com 13%, as restantes categorias também se encontram presentes nesta
freguesia embora em número bastante inferior, Quadro G. Neste item também foram
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora       2007



válidas as profissões dos pensionistas, uma vez que nos permitiam confirmar indicadores
com rendimentos, idades e escolaridade.

                                         Quadro G
                    Categoria Profissional                          V.A.         %
Membros Forças Armadas                                               7            2
Quadros Superiores da Administração Pública                          1           0
Especialistas das profissões intelectuais e científicas              30          8
Técnicos e profissionais de nível intermédio                         3           1
Pessoal administrativo e similares                                   33          8
Pessoal dos serviços e vendedores                                    49          13
Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e                        1
pescas                                                                  2
Operários, artífices e trabalhadores similares                          5            1
Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da                              1
montagem                                                              4
Trabalhadores não qualificados                                       193         48
Estudantes                                                            65         17


 A baixa qualidade de mão-de-obra, encontra-se igualmente relacionada com o facto
 de esta ser uma população envelhecida com baixas qualificações escolares, e o
 mercado de trabalho não se encontrava tão desenvolvido ao nível da especialização.



Quanto à situação profissional em que se encontravam os membros do agregado familiar
verificou-se que 52%; 27% mantinham-se activos, 16% inactivos e aqui incluíram-se
principalmente donas de casa restando 5% da população que se encontrava
desempregada, Gráfico 6.

                                        Gráfico 6
                                 Situação Profissional




                            Activos
                             27%


                   Des empregad                            Reformados
                        os                                    52%
                        5% Inactivos
                              16%




 Mais de metade dos elementos do agregado familiar encontrava-se na reforma, o
                                                                                                19




 que não é surpresa com as idades médias apresentadas nesta amostra.
                                                                                                Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora    2007



No que concerne à naturalidade dos elementos dos agregados, 322 pessoas, nasceram no
Distrito de Évora, representando 81% da amostra, os restantes encontram-se divididos
entre o Baixo Alentejo com 34 pessoas, Alto Alentejo com 5 pessoas, Centro com 3
indivíduos, Sul com 2 pessoas, Norte 5 pessoas, das Ilhas 2 pessoas e do estrangeiro que
surpreendentemente tem representatividade com cerca de 19 pessoas, Gráfico 7. Este
grupo de estrangeiros são sobretudo adultos, vivem em pequenos núcleos familiares com
laços de consanguinidade ou não, activos, exercendo funções em serviços, ou enquanto
operários ou trabalhadores não qualificados.

                                                Gráfico 7
                                               Naturalidade


                                         1% 1% 5%
                                          1%
                                           1%
                                          1%
                                    9%




                                                                  81%


                        Évora         Baixo Alentejo      Alto Alentejo    Centro
                        Sul           Norte               Ilhas            Estrangeiro



       Rendimentos

Quando inquiridos sobre as fontes de rendimento a maioria afirmou que vivia das suas
pensões/reformas (56%). A segunda fonte de rendimento com maior representatividade é
o salário (26%), logo seguido pelo auxílio de terceiros (13%) e aqui encontram-se
representados fundamentalmente os estudantes que subsistem devido ao apoio dos seus
pais. O subsídio de desemprego ficou em quarto lugar (2%), seguido com igual
representatividade (1%) de negócios próprios, Rendimento Social de Inserção e outras
formas de rendimento, Gráfico 8.

                                              Gráfico 8

                                    Fontes de Rendimento


                                         13%      1%
                                                   1%
                                    2%                             26%


                                                                          1%

                                          56%


              Salário                     Negócio Próprio                 Pensão/Reforma
              Subsídio Desemprego         Auxílio de 3ºs                  RSI
              Outro
                                                                                                  20
                                                                                                  Página




Sem surpresas face às idades dos agregados familiares inquiridos, a fonte de
rendimentos advém principalmente das pensões/reformas.
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora         2007



No que respeita aos rendimentos médios do agregado familiar 80 pessoas (20%)
atestaram receber valores inferiores a 250 € e as restantes 102 pessoas (27%) indicaram
usufruir de valores entre os 251€ e 400€. O segundo grupo com maior representatividade
(20%) apresenta valores superiores a 1200€. No terceiro grupo encontram-se pessoas
com rendimentos entre os 601€ e os 800€ (13%). Sendo seguidos de perto pelo grupo de
pessoas que apontam possuir entre os 401€ e 600€ (11%), havendo ainda outros escalões
intermédios destes valores, tal como demonstrado no Gráfico 9.

                                                 Gráfico 9
                             Rendimento Médio Agregado Familiar


                                      20%                        20%

                             6%


                           3%
                                                                        27%
                                13%
                                                 11%


                   <250    250-400    401-600    601-800   801-1000    1001-1200   >1200




Maior área de gastos é a saúde, dado que não é surpreendente articulando-se as idades
dos inquiridos e a necessidade de maiores cuidados médicos.


Relativamente aos gastos do orçamento familiar a maioria, 55%, dos inquiridos indicaram
ser a saúde a área com maior peso para as suas famílias, seguido da alimentação 33%, a
renda/empréstimos com 9% e finalmente a educação com 3%, Gráfico 10.

                                                Gráfico 10

                          Área Maiores Gastos Agregados Familiares



                                                                         67; 33%



                    113; 55%
                                                                           7; 3%
                                                                      18; 9%


                          Alimentação       Educação   Renda/Empréstimo        Saúde


   Podendo-se concluir que cerca de 50% recebe da amostra recebe menos de um
   salário mínimo nacional o que revela agregados familiares de baixos recursos.
                                                                                                  21
                                                                                                  Página




No que respeita a prestações sociais, entendendo-se por estes apoios os complementares
à pensão sob forma pecuniárias de prestações. Dos inquiridos 92% das pessoas
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora         2007



afirmaram não ter qualquer tipo de apoios, 7% atestaram usufruir do Cartão do Munícipe
Idoso, 1% asseveraram receber o Complemento Solidário para Idosos e 1 pessoa recebia
apoio da antiga entidade patronal, não tendo representatividade percentual. Através do
Gráfico 11 consegue-se verificar os valores absolutos.

                                                 Gráfico 11
                                            Prestações Sociais


                        200                                                    187

                        150

                      Nº 100

                         50
                                      15
                                                     2               1
                          0
                               Cartão Idoso      C.S.I.       Entidade    Não tem
                                                              Patronal




 Na amostra constituída o apoio da Câmara Municipal de Évora, através do Cartão do
 Munícipe Idoso, é superior aos apoios complementares concedidos pela Segurança
 Social, por exemplo o Complemento Solidário para Idosos.


Relativamente a apoios institucionais, e entendem-se por estes respostas sociais como
apoio domiciliário, apoio alimentar e apoio da acção social directo das diversas entidades
existentes. Dos inquiridos 91% afirmaram não tem qualquer tipo de apoio, sendo que os
restantes 9% afirmaram receber apoios de diversas entidades, encontrando-se repartidos
pelas seguintes entidades: Cáritas 5%, Santa Casa da Misericórdia 2%, Fundação Alentejo
Terra Mãe/ Associação Pão e Paz (F.A.T.M.) 1% e Câmara Municipal de Évora/Junta de
Freguesia 1%. Tal como se verifica no Gráfico 12.


                                                 Gráfico 12
                                           Apoios Institucionais


                                200                                                   187

                                150

                                100

                                 50
                                            10            4      2        2
                                  0
                                                  M.         .         ta         s
                                    rita
                                        s
                                               sa         .M         un       oi o
                                                        .T        ./J       ap
                                  Cá      . Ca       F.A       .E        em
                                        St                   M
                                                           C.         ot
                                                                   Nã
                                                                                                   22
                                                                                                   Página
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Somente nesta freguesia a Fundação Alentejo Terra Mãe/Associação Pão e Paz
apareceu   como   entidade         que    presta        apoio    alimentar          aos        inquiridos,   apoio
completamente gratuito. O que para pessoas que vivem de parcos rendimentos é um
enorme auxílio.


       Saúde

Quanto à saúde 88% dos inquiridos asseveraram ter médico de família e 12% afirmaram
não ter, este último grupo associado à população universitária e a novos residentes que
não regularizaram a sua situação nos serviços de saúde, Gráfico 13.

                                                    Gráfico 13
                                            Médico Família


                                                 180
                             200

                             150

                  Nº Pessoas 100
                                                                              25
                              50

                               0
                                           Sim                         Não




 Não foi detectado qualquer problema no que se refere ao acesso dos serviços de
 saúde, nesta freguesia.


No que concerne a gastos com medicamentos dos inquiridos 49 pessoas responderam
não ter (25%), 27 não sabem quanto gastam (13%), contudo, 110 pessoas afirmam ter
gastos até 150€ mensais (54%), como se poderá verificar Gráfico 14.



                                                Gráfico 14

                                   Gastos em Medicamentos

                        50                                                                49
                              46     46
                        40

                        30                                                         27
                   Nº
                        20                 18
                                                   11
                        10
                                                           3      3      2
                         0
                             <50 51-100 101-     151-    201-   251-   >300    Não       Não
                                        150      200     250    300            Sabe      tem
                                                                                                                     23




                                                                                        gastos
                                                                                                                     Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




Mesmo com baixos recursos económicos, mais de metade dos inquiridos tem gastos
até 150€ mensais, o que representa uma enorme despesa para esta população.


 No que se refere a doenças crónicas, e aqui ressalva-se o facto de se ter questionado aos
 inquiridos se tinham ou não alguma doença crónica, cerca de 137 pessoas responderam
 não padecer de alguma doença crónica. No entanto, 68 pessoas atestaram sofrer de
 várias doenças, sobretudo diabetes, Gráfico 15.

                                                 Gráfico15
                                         Doenças Crónicas
                 Diabetes          Bronquite      Cardíaca      Asma        Artroses
                 Depressões        Parkinson      Alzhameir     Outras
                             26%

                                                                                48%


                 3%
                  4%
                      1%                 9%           4%
                       1%
                            4%




 No que respeita a incapacidades gerais, 117 (57%) pessoas afirmaram não sentir qualquer
 dificuldade ou incapacidade, todavia 88 (43%) asseguraram: ter dificuldade em transpor
 lanços de escadas (56 pessoas), dificuldade de locomoção (16 pessoas), necessidade de
 dispositivos de compensação (12 pessoas), e (4 pessoas) sofrem de outras incapacidades,
 tais como auditivas e visuais. Como demonstrado no Gráfico 16.


                                               Gráfico 16
                                     Incapacidades Gerais


                                                 5%            18%
                                   14%




                                                   63%


          Incapacidade Locomoção                         Dificuldades Transpor lanços Escadas
          Dispositivos de compensação                    Outras Incapacidades
                                                                                                  24
                                                                                                  Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



 Dos inquiridos 43% apresentavam algumas incapacidades, principalmente, dificuldade
 de transpor lanços de escadas e incapacidades locomoção. Estas incapacidades estão
 relacionadas com as idades dos inquiridos e o consequente aumento do grau de
 dependência.


       Mobilidade urbana

Quanto à mobilidade a maioria dos inquiridos (53%) responderam não ter automóvel, em
oposição a 47% que afirmaram ter automóveis, como se poderá verificar no Gráfico 17.

                                              Gráfico 17
                                     Número Automóveis




                                                                          57; 28%




                   109; 53%

                                                                       39; 19%




                                1 Automóvel      2 Automóvel      Não tem




Relativamente ao meio de transporte utilizado na cidade intramuros, Gráfico 18, 60%
declararam andar a pé, 25% utilizam os transportes públicos e 15% utilizam os próprios
automóveis ou algumas das vezes são os filhos que transportam os pais, situações que se
encontra relacionada com problemas de saúde e dificuldade de deslocação mesmo a pé.
                                     Gráfico 18
                                   Meio Transporte Utilizado


                                                                31; 15%




                                                                            51; 25%
                     123; 60%




                                     Automóvel     Autocarros     Pé




 Podemos afirmar que os inquiridos apresentaram hábitos saudáveis e positivos para o
 ambiente, pois as formas de locomoção privilegiadas são as deslocações a pé e os
 transportes públicos.
                                                                                                25
                                                                                                Página




       Habitação
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



Quanto à função da habitação encontra-se distribuída entre habitação permanente e
segunda habitação, esta última profundamente relacionada com as deslocações de
estudantes que arrendam casas perto da universidade, uma vez que o endereço oficial
destes jovens continua a ser a casa dos seus pais. Maioritariamente, as casas tinham por
função serem permanentes, Gráfico 19.

                                             Gráfico 19
                                     Função Habitação



                                                      16; 8%




                                  189; 92%



                      Segunda Habitação           Habitação Permanente



Quanto ao vínculo contratual da habitação, em larga escala as casas são arrendadas 69%,
seguindo a situação de casa própria 30%, e a habitação cedida cerca de 1%.Esta última
associada a questões familiares em que um membro da família disponibiliza sua habitação
para usufruto de um outro familiar, Gráfico 20.

                                             Gráfico 20

                              Tipo de Vínculo à Habitação


                                              2; 1%
                                                                   61; 30%




                       142; 69%



                                   Própria    Arrendada   Cedida




 A maioria dos inquiridos era arrendatária.



Entre os indivíduos em situação de arrendatários verificou-se que quanto ao contrato
propriamente dito, Gráfico 21, 71% dos casos afirmavam ter contratos ilimitados, seguido
pelos indivíduos que afirmavam não ter contrato mas terem recibos e por aqueles que
asseveravam não ter, nem contrato nem recibos, ambos com 13%. Verificou-se que 3%
dos inquiridos, não sabia qual tipo de contrato que tinham estabelecido. A situação de não
                                                                                             26




existência de contrato ou recibos tinha particular incidência na população universitária.
                                                                                             Página
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                                         Gráfico 21
                                    Tipo de Contrato


                                         4; 3%           18; 13%
                                                                   18; 13%




                         102; 71%



                    Sem Contrato/Sem Recibo          Sem Contrato/Com Recibo
                    Contrato Ilimitado               Não sabe



Quanto aos anos de celebração de contrato verificou-se que 63% dos casos eram
contratos com mais de vinte anos, havendo ainda um valor considerável, 21%, de
contratos com menos de cinco anos. Tal como demonstrado Gráfico 22.




                                         Gráfico 22

                                    Anos de Contrato


                                             3; 1%
                                                                44; 21%
                    58; 28%




                                                                       33; 16%

                                   67; 34%


                              <5    6-20       21-40    41-60    >60


No que toca ao valor da renda verificou-se que, 53% da população paga menos de 100€,
associado a contratos mais antigos. Por sua vez no outro extremo, mas também com
alguma representatividade, 29% têm rendas entre os 301€ e 350€. Encontrando-se entre
estes extremos valores intermédios como se poderá verificar através do Gráfico 23.
                                                                                           27
                                                                                           Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora     2007



                                                Gráfico 23
                                               Valor Renda
                   <50     51-100    101-150    151-200   201-250   251-300      301-350


                           41; 29%
                                                                        50; 35%




                         4; 3%
                           7; 5%                             26; 18%
                             3; 2%
                                    11; 8%



 Concluindo-se que, as rendas baixo valor estão associadas a vínculos contratuais
 antigos, sob a forma de contratos ilimitados e as rendas de elevado valor estão
 associadas a vínculos contratuais mais recentes sob a forma de vínculos sem
 contrato e sem recibos, maioritariamente.

       Bens de Conforto

No que se refere a bens de conforto, todos os inquiridos afirmaram ter fogão, frigorífico e
televisor. No que toca a esquentador 7 afirmaram não ter, 10 asseveraram não ter
máquina de lavar roupa e 6 declararam não ter telefone fixo ou móvel. Quanto ao
computador cerca de 50 pessoas afirmaram não ter, Gráfico 24.



                                                Gráfico 24
                                         Bens de Conforto

                               250
                               200
                               150
                    Nº Pessoas
                               100
                                50
                                 0
                                                r    r                       r
                                          ão do    va fone       Tv frico ado
                                       Fog nta . La    le           ri   ut
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                                         qu                     Fi
                                       Es     M                     Co
                                                           Bens




Relativamente a condições de conforto e salubridade constatou-se que todos os inquiridos
afirmaram ter água canalizada, saneamento básico e electricidade. Contudo, 13 pessoas
afirmaram não ter casa de banho completa, apontando para a falta de uma banheira ou
duche, e 9 pessoas afirmaram não ter cozinha completa, nem as mínimas condições para
                                                                                                  28




cozinhar, Gráfico 25.
                                                                                                  Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



                                          Gráfico 25

                        Condições de Conforto e Salubridade

                                    205
                                    200
                       Nº Pessoas 195
                                    190
                                    185




                                                            a




                                                           al
                                                           o
                                                          de
                                                          co
                                                         ad




                                                        nh


                                                        on
                                                      da
                                                       si
                                                      iz




                                                    Ba


                                                     ci
                                                  Bá
                                                  al




                                                   ci




                                                 ra
                                               t ri
                                              an




                                             de
                                              to




                                             pe
                                            ec
                                           C


                                          en




                                          a


                                          O
                                         El


                                        as
                               ua


                                      am




                                       ha
                                      C
                            Ág




                                    in
                                   ne




                                  oz
                                Sa




                                C
Quanto às patologias no edifício, e aqui foi questionado se os inquiridos identificavam
problemas ao nível da água canalizada, saneamento básico, electricidade, estrutura ou
outros. Dos inquiridos 78%, afirmaram ter a casa não identificar qualquer problema de
relevante importância, todavia 22% apontaram ter problemas de conservação, entre os
quais problemas de salitre, degradação da casa, caixilharia, etc., Gráfico 26.

                                          Gráfico 26
                                    Patologias no Edifício


                                                             46; 22%




                        159; 78%



                                           Sim   Não




       Relação com Centro Histórico

No que se refere à relação dos inquiridos com Centro Histórico, foram aplicadas uma série
de questões que permitiram ver a identificação dos residentes com este território, as redes
de solidariedades locais e as necessidades, potencialidades deste, de acordo com a
opinião da própria população, a identificação dos problemas sociais e possíveis respostas.

Assim, relativamente ao prazer de viver no Centro Histórico de Évora 89% dos inquiridos
afirmou ter gosto em viver neste local e, apenas, 11% atestou que não gostava, Gráfico 27.
                                                                                              29
                                                                                              Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




                                          Gráfico 27
                          Prazer em Viver no Centro Histórico


                                23; 11%




                                                        182; 89%


                                           Sim    Não



Pela forma como os inquiridos respondiam a esta questão de gostarem ou não de morar
no Centro Histórico de Évora muito reactiva e defensiva, podemos aferir que há um
sentimento de orgulho e de pertença associado a este espaço.


Dos 23 inquiridos que asseveraram não gostar de viver no Centro Histórico, 13%
gostariam apenas de mudar de residência, mas não deixariam o Centro Histórico e 87%
prefeririam ir viver para fora dos muros, Gráfico 28. Não se conseguindo aferir as causas
desta possível mudança.




                                          Gráfico 28
                                    Local da Mudança


                                3; 13%




                                                         20; 87%


                                     Fora Muros    Cidade




Relativamente aos principais problemas sociais apontados da população da freguesia, os
inquiridos responderam principalmente pobreza (31%), depois degradação habitacional
(18%) e o isolamento/abandono particularmente face aos idosos (14%), entre outras
problemáticas como se poderá verificar no Quadro H.
                                                                                            30
                                                                                            Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



                                     Quadro H
                     Problemáticas Apontadas                          Nº     %
            Pobreza                                                   93    31
            Isolamento/Abandono                                       42    14
            Doença                                                    32    11
            Degradação Habitacional                                   53    18
            Desemprego                                                32    11
            Especulação Imobiliária                                    1   0,001
            Toxicodependência                                          9    0,3
            Violência Doméstica                                        5    0,2
            Envelhecimento População                                   6    0,2
            Maltrato                                                   1   0,001
            Alcoolismo                                                 8    0,3
            Famílias Disfuncionais                                     3    0,1
            Desertificação                                             3    0,1
            Exclusão Social                                            4    0,1
            Baixa Qualificação Escolar                                 3    0,1
            Mendicidade                                                1   0,001

Foram identificados como principais problemas da população de Santo Antão, por
ordem decrescente: a pobreza, a degradação habitacional, isolamento/abandono dos
idosos, doença e o desemprego.


Quanto aos equipamentos sociais 69% dos inquiridos acharam que eram insuficientes face
as necessidades da população, 14% admitiram ser suficientes aqueles que já existem, em
igual percentagem ficaram aqueles que não sabiam responder e 3% acharam que aqueles
que existem eram demasiados face às necessidades, Gráfico 29.

                                         Gráfico 29
                                  Equipamentos Sociais


                              28; 14%           7; 3%       28; 14%




                                        142; 69%


                         Demais   Suficientes   Insuficientes   Não Sabe



Daqueles que responderem ser insuficientes os equipamentos existentes, 80% apontaram
para a necessidade de haver mais apoio à população envelhecida, particularmente, mais
lares, apoio domiciliário, centros de convívio; 13% aludiram não saber o que fazia
exactamente falta; 5% indicaram a falta de equipamentos na área de infância e de apoio à
população envelhecida e 2% apontaram apenas para a infância, Gráfico 30.
                                                                                            31
                                                                                            Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora       2007




                                              Gráfico 30
                       Áreas Necessidade Equipamentos Sociais


                       10; 5%      27; 13%

                      5; 2%




                                                                     163; 80%



                        3º Idade       Infância   Infância e 3º Idade    Não Sabe




   Quanto aos equipamentos sociais houve uma clara manifestação de maior
   necessidade destes, sendo os equipamentos de apoio à população envelhecida os
   mais indicados como necessários.



No que toca às redes de apoio em situações de emergência ou necessidade, Gráfico 31,
64% dos inquiridos afirmaram procurar a família, 16% socorrem-se dos vizinhos, 16%
procuram instituições e 4% pedem apoio a amigos.

                                              Gráfico 31
                                             Rede Apoio


                                                       9; 4%
                                                                        32; 16%




                                                                                32; 16%
                    132; 64%




                              Amigos     Vizinhos     Instituições      Famílias


Nesta freguesia verificou-se que é a que mais se socorre das instituições em casos de
emergência, o que é indicador de isolamento social.


Quanto à participação em eventos, 66% das pessoas responderam não participar em
qualquer evento, 29% participam em cultos religiosos, 3% participam nos eventos que a
                                                                                                 32




Junta de Freguesia organiza, principalmente nos passeios que promove e 3% participa em
festas da freguesia, Gráfico 32.
                                                                                                 Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




                                            Gráfico 32

                                    Participação em Eventos



                                                              60; 29%



                                                                     6; 3%
                         135; 66%
                                                                  4; 2%


                  Cultos Religiosos                 Eventos Junta de Freguesia
                  Festas das Freguesias             Não Participa em nenhum evento



Mesmo, quando questionados se tem alguma participação enquanto sócios de
associações, colectividades ou outros, 85% afirma não pertencer a qualquer colectividade
ou associação, e apenas 15% afirma ser sócio de alguma entidade, Gráfico 33.

                                            Gráfico 33

                               Participação enquanto Sócios


                                                           31; 15%




                               174; 85%


                                          Sócio   Não Sócio



   A maioria dos inquiridos não participa em qualquer evento, o que revela que há
   muito pouca dinâmica social, cultural ou associativa nesta população.


Relativamente ao local onde normalmente efectuam compras, Gráfico 34, 50% afirmou ir
apenas às grandes superfícies, 33% declarou comprar quer no comércio tradicional, quer
nas grandes superfícies, alguns destes casos mesmo quando as pessoas não se
conseguem deslocar aos grandes supermercados é a família que lhe faz as compras. E
17% apenas efectuam compras no comércio tradicional, questão também associada à
dificuldade mobilidade que a pessoa tem e eventualmente, ao não apoio da família.
                                                                                             33
                                                                                             Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora         2007




                                                  Gráfico 34
                                           Local de Compras


                                                                     68; 33%


                             102; 50%

                                                               35; 17%


                                 Comércio Tradicional e Grandes Superfícies
                                 Comércio Tradicional
                                 Grandes Superfícies



Quanto à ocupação dos tempos livres, 32% afirmou que aproveita estes tempos para
realizar tarefas domésticas, 19% opta por passear, 15% vê televisão e 10% dedica-se à
realização de trabalhos manuais, Gráfico 35.




                                                  Gráfico 35
                                        Ocupação Tempos Livres

                                         4%4% 4%
                                        2%                     19%
                                     15%

                                      5%
                                                                  32%
                                           5% 10%

               Passear                      Cuida Casa                   Trabalhos Manuais
               Apoio Família/Cuida netos    Voluntariado                 Ver Tv
               Teatro                       Ler                          Internet/Computador
               Descansar




Mesmo a ocupação de tempos livres é vivida de forma muito isolada, remetendo quase
na sua totalidade para a esfera privada, indicador de falta de dinâmica social.


No que respeita aos aspectos positivos de morar no Centro Histórico de Évora foram
apontados as seguintes aspectos registados no Quadro I, entre estes destacam-se: a
proximidade dos serviços/comércio, a segurança, vizinhança e a beleza/monumentos.
                                                                                                      34
                                                                                                      Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



                                   Quadro I
                     Aspectos Positivos                      V.A.          %
          Proximidade Comércio/Serviços                      117           39
          Vizinhança                                          23            8
          Segurança                                           57           20
          Sossegado                                           21            7
          Beleza/Monumentos                                   23            8
          Deslocações a Pé                                    10            3
          Linha Azul                                           5           2
          Limpeza                                             11            4
          Proximidade Família                                  3            1
          Diversão Nocturna                                    3            1
          Gosta de Tudo                                        8            3
          Não gosta de nada                                    5            2
          Não Sabe                                             5           2



 O factor positivo, mais apontado, de morar no Centro Histórico foi a proximidade do
 comércio e serviços, o que deve ser considerado em qualquer exercício de intervenção
 e reabilitação deste espaço.

Nos aspectos negativos apontados de relevância verifica-se que, 20% dos inquiridos não
encontraram aspectos negativos, 14% apontaram o estacionamento, 9% a falta de civismo
devido aos dejectos caninos entre outras situações apontadas como se poderá verificar no
Quadro J.




                                     Quadro J
                       Aspectos Negativos                           V.A.        %
       Vizinhança                                                    1          1
       Barulho Bares                                                 16         8
       Falta de Espaços verdes/Desportivos                           8          4
       Abandono/Degradação Casas                                     14         7
       Desertificação/Isolamento pessoas e comércio                  15         8
       Falta de lugares de Estacionamento                            26         14
       Preços das casas/Especulação Imobiliária                      7          4
       Más condições Habitacionais                                   3          2
       Falta de civismo/dejectos caninos                             18         9
       Vandalismo                                                    2          1
       Insegurança                                                   11         5
       Trânsito                                                      10         5
       Calçada                                                       15         8
       Falta de Hipermercados                                        7          4
       Não tem aspectos negativos                                    38         20
                                                                                            35
                                                                                            Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora     2007




 Embora grande parte dos inquiridos não encontrassem nenhum aspecto negativo de
 morar no Centro Histórico, o que demonstra que gostavam de viver neste espaço, de
 entre os aspectos apontados encontramos a falta de lugares de estacionamento,
 que deve ser um elemento importante na reabilitação deste espaço e falta civismo
 dos donos dos cães, que gera sujidade a ponto de incomodar os habitantes desta
 freguesia.

Quanto às sugestões de actividades para a Junta de Freguesia, 51% afirmou não ter
nenhuma sugestão, e entre as mais apontadas encontram-se as actividades desportivas e
as actividades para idosos, como se poderá ver Gráfico 36.


                                              Gráfico 36

                                     Sugestões Actividades


                                   34; 17%                  41; 20%
                                                                  5; 2%


                                                                   20; 10%

                                   105; 51%


              Actividades Idosos         Associação Moradores    Actividades Desportivas
              Não Sabe                   Não sente necessidade


Entre os pedidos endereçados à Junta de Freguesia, que os inquiridos julgavam ser
importantes para melhorarem a sua vida, embora 49% dos inquiridos não lhe ocorresse
nada, entre os que efectivamente tinham pedidos, encontramos pedido de apoio
económico e social 17%, pedido de apoio da conservação das casas 7% e mais
actividades 5%, entre outras que constam no Quadro K.

                                        Quadro K
                     Pedidos à Junta de Freguesia                  V.A.        %
              Não sabe                                             100         49
              Cuidar casas                                          14         7
              Regular bares                                          4         2
              Actividades                                           10         5
              Apoio Social e Económico                              34         17
              Arranjar calçada                                       4         2
              Segurança                                              3         1
              Regular Trânsito                                       4         1
              Promover Associativismo/Voluntariado                   3         1
                                                                                                  36




              Gosta Atendimento Junta                                4         1
              Limitações Orçamentais                                 7         3
                                                                                                  Página




              Criar Espaços verdes                                   3         1
              Nada                                                  15         7
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




     Embora cerca de metade dos inquiridos não soubessem em que medida é que a
     Junta de Freguesia poderia melhorar a sua vida, novo indicador de falta de
     participação cívica; o pedido mais frequente é o apoio económico e social, o que
     indica vulnerabilidades nestas áreas.


         3.ª Idade
Quanto à 3.ª Idade e verificado que grande parte dos inquiridos tinha idades iguais ou
superiores a 65 anos, julgou-se ser importante perceber as dinâmicas desta população em
particular. No que respeita à frequência de equipamentos para a 3.ª Idade, apenas três do
total dos inquiridos se encontravam a frequentar estes equipamentos, Gráfico 37.

                                         Gráfico 37

                        Frequência Equipamentos 3º Idade


                                               3; 1%




                                        202; 99%


                                  Frequenta     Não Frequenta


Quanto a inscrições nestes equipamentos, no total da amostra verificaram-se 12 pessoas
inscritas, Gráfico 38.
                                      Gráfico 38

                          Inscrições Equipamento 3º Idade


                                                  12; 6%




                                   193; 94%
                                                                                             37




                                    Inscrito    Não Inscrito
                                                                                             Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



A todas as pessoas que participaram no questionário também lhes foi perguntado se
tinham algum familiar a residir na freguesia, e 31% responderam afirmativamente, Gráfico
39.

                                          Gráfico 39

                           Família Residente na Freguesia



                                                                 64; 31%




                   141; 69%




                                  Residente    Não Residente


E quando inquiridos sobre se mantinham contacto com familiares, que poderiam ir para
além dos residentes na freguesia, 10% afirmou não ter qualquer contacto com familiares,
mesmo telefónicos, Gráfico 40.

                                          Gráfico 40

                              Contactos com Familiares


                                                       21; 10%




                               184; 90%


                            Não tem Contacto     Mantém Contacto



 Mais metade dos inquiridos não frequentam e não se encontram inscritos em qualquer
 equipamento para a população mais envelhecida e não tem familiares a viver no Centro
 Histórico. Sendo que 10% da amostra não têm qualquer contacto com familiares,
 mesmo telefónicos.
                                                                                             38
                                                                                             Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



       Factores de Relevante Interesse


Durante o tratamento dos questionários sobressaíram aspectos que mereceram especial
atenção, um destes aspectos foi número de pessoas que viviam sozinhas cerca de 40% da
amostra, 82 indivíduos. Face a este facto decidiu-se aprofundar a análise neste grupo
particular.


Quanto às idades neste grupo de 82 indivíduos, verificamos que a maioria (44%) encontra-
se entre os 71 e os 80 anos, e o segundo maior grupo tem idades compreendidas entre os
81 e 90 anos de idade (28%), Gráfico 41.

                                          Gráfico 41

                         Idades Pessoas Vivem Sozinhas

                 40                                36
                 35
                 30
                 25                                       23
              Nº 20
                 15
                 10                8       8
                         6
                  5                                                 1
                  0
                      <30       31-60   61-70   71-80   81-90    >90
                                           Idade



Quanto ao sexo maioritariamente são indivíduos do sexo feminino 78%, Gráfico 42.


                                           Gráfico 42

                                                Sexo


                             18; 22%




                                                                64; 78%



                                        Feminino   Masculino
                                                                                             39
                                                                                             Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




O envelhecimento vive-se sobretudo no feminino, como podemos comprovar pela
amostra.



 No que se refere às profissões, 76% destes indivíduos foram trabalhadores não
qualificados, ficando os restantes distribuídos pelas profissões apresentadas no Quadro L.
                                           Quadro L
                       Categorias Profissionais                     V.A.      %
         Membros Forças Armadas                                      1        1
         Quadros Superiores da Administração Pública                 2        2
         Especialistas das profissões intelectuais e científicas      2       2
         Técnicos e profissionais de nível intermédio                1        1
         Pessoal administrativo e similares                          3        4
         Pessoal dos serviços e vendedores                           6        7
         Trabalhadores não qualificados                              62      76
         Estudantes                                                   5       7




Quanto à situação profissional, 87% encontram-se já reformados, 7% são inactivos e neste
grupo encontramos representados os estudantes e donas de casa e 6% encontram-se no
activo, Gráfico 43.

                                            Gráfico 43

                                 Situação Profissional


                                                      5; 6%   6; 7%




                             71; 87%


                                 Inactivo    Activo    Reformado
                                                                                             40
                                                                                             Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007



    Os rendimentos são em 73% dos inquiridos inferiores a 250€ por mês, obtendo o segundo
    maior grupo rendimentos entre os 250 e os 400€, encontrando-se os seguintes repartidos
    em outros escalões, Gráfico 44.

                                                 Gráfico 44

                                            Rendimentos

                  70     65
                  60
                  50
                  40
                  30
                  20
                                     8
                  10                              3                   3
                                                              1                  2
                   0
                       <250      250-400    400-600      600-800 800-1000     >1200




Cerca de 80% vive de baixos rendimentos, com menos de um salário mínimo nacional, não
atingindo 73% os 250€ mensais.




    A área de maiores gastos continua a ser a saúde 72%, logo seguida pela alimentação
    24%, e depois a renda e a educação com 2%, Gráfico 45.

                                                 Gráfico 45

                                           Maiores Gastos

                                           2; 2%
                                         2; 2%                      20; 24%




                              58; 72%



                              Alimentação        Saúde     Renda   Educação




    Deste grupo 46% indicaram ter alguma doença crónica, 36% afirmaram não saber qual é o
    gasto mensal em medicamentos, assim como 5% atestaram não ter qualquer gasto em
                                                                                                41




    medicamentos, aqueles que indicaram gastos encontram-se representados no Gráfico 46.
                                                                                                Página
Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora   2007




                                         Gráfico 46

                              Gastos em Medicamentos

                                               14
               14                  13
                        12
               12                                         11
               10
                8
                6
                4
                                                                      2
                2
                0
                      <50      50-100     100-150     150-200    200-250




Neste grupo, apenas, 1 pessoa frequenta um equipamento social e 5 encontram-se
inscritos em lares; 56 (58%) inquiridos têm família residente na freguesia e dos 82
indivíduos apenas 69 (84%) mantêm contacto com familiares, e 13 (16%) afirmaram não
ter qualquer contacto com família. O que revela fragilidade nos laços sociais, e aponta para
questões de isolamento.




                                                                                               42
                                                                                               Página
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Diagnóstico das Freguesias do Centro Histórico

  • 1. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 ÍNDICE NOTA INTRODUTÓRIA....................................................................... 2 METODOLOGIA ................................................................................ 5 BREVE CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE ÉVORA ................................. 8 PROTECÇÃO SOCIAL ....................................................................... 13 SANTO ANTÃO .............................................................................. 14 Resultados dos Questionários:.......................................................................................... 15 Principais conclusões:...................................................................................................... 43 Análise S.W.O.T. de Santo Antão: ................................................................................... 45 Instituições: ........................................................................................................... ….46 Análise Social da Freguesia de Santo Antão:.................................................................... 47 Propostas: ................................................................................................................... 49 SÃO MAMEDE ............................................................................... 50 Resultados dos Questionários:.......................................................................................... 52 Principais conclusões:................................................................................................. 75 Análise S.W.O.T. de S. Mamede:..................................................................................... 77 Instituições: ................................................................................................................ 78 Análise Social da Freguesia de São Mamede:................................................................... 79 Propostas: ................................................................................................................... 80 SÉ/SÃO PEDRO ............................................................................ 81 Resultados dos Questionários:.......................................................................................... 83 Principais conclusões:............................................................................................... 106 Análise S.W.O.T. de Sé/São Pedro:................................................................................ 108 Instituições: .............................................................................................................. 109 Análise Social da Freguesia da Sé/São Pedro: ................................................................ 110 Propostas: ................................................................................................................. 111 REFLEXÃO FINAL SOBRE O CENTRO HISTÓRICO .................................. 112 Análise S.W.O.T. do Centro Histórico: .......................................................................... 119 BIBLIOGRAFIA ............................................................................ 120 ADENDA: ................................................................................... 123 1 Página O PAPEL DAS AUTARQUIAS NO ....................................................... 123 DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMUNITÁRIO ..................................... 123
  • 2. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 NOTA INTRODUTÓRIA 2 Página
  • 3. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 O diagnóstico apresentado surge da necessidade sentida pelos actores locais, presidentes das Juntas de Freguesia de Santo Antão, São Mamede e Sé/São Pedro quanto ao levantamento e reconhecimento das necessidades da população destas freguesias, também denominada por população intramuros eborense, uma vez que estas freguesias fazem parte do Centro Histórico de Évora. Face a esta necessidade e às novas exigências das políticas sociais actuais, cada vez mais territorializadas e activas, responsabilizando as organizações locais (Autarquias locais, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Organizações não governamentais e outras) tornava-se imperativo que houvesse um documento de referência, que não permitisse apenas a leitura das necessidades/potencialidades mas que apontasse medidas de combate aos problemas sociais, nestas freguesias. Compreendendo a necessidade deste estudo, importa defini-lo enquanto conceito: “O Diagnóstico Social pode ser definido como um processo concertado, permanente e reiterado, de identificação e de análise, entre os actores implicados, do conjunto das causas e características das situações de exclusão social. Confere além disso, os elementos que orientam a acção, ajuda a definir as necessidades, a conhecer os recursos e os obstáculos existentes e a iniciar o estabelecimento das prioridades, a concretizar e a adaptar na função de planificação. O Diagnóstico corresponde à análise da realidade social num determinado contexto social, espacial e temporal, respeitante a uma ou várias situações problemáticas” (Câmara Municipal de Tondela: 2005, 5). Este trabalho assenta, sobretudo, numa perspectiva de Desenvolvimento Social e Comunitário visto aqui como uma “técnica social de promoção humana e de mobilização de recursos humanos, integrada nos programas nacionais de desenvolvimento; e que atende, basicamente, ao processo educativo” e à promoção de solidariedades nos pequenos grupos (Ware cit. in Mascarenas, 1996: 44). Enquadra-se no âmbito da Rede Social, mais concretamente na Comissão Social Inter freguesias do Centro Histórico de Évora, que resulta da conjugação de sinergias de entidades públicas, privadas e de cidadãos, presentes na localidade e que em parceria procuram combater a pobreza e exclusão social. A Rede Social poderá contribuir decisivamente para a efectivação de uma consciência pessoal e colectiva dos problemas sociais, para activação dos meios e agentes de resposta, para as inovações nos modos de agir e ainda, para promover o desenvolvimento social local. Em suma, trata-se de criar um modelo de co-responsabilidade e de gestão participada, no combate à pobreza e à exclusão social, com base territorial. Para que a análise dos problemas e das suas causas fosse o mais participada possível, procurando enriquecer-se através da perspectiva de vários profissionais de diferentes áreas, foi constituída uma equipa em que participaram elementos do Departamento do Centro Histórico, Património e Cultura da Câmara Municipal de Évora e a Assistente Social da Comissão Social Interfreguesias do Centro Histórico de Évora, formando um núcleo restrito de trabalho. Este grupo conta também com a colaboração pontual de um grupo de alunos de Sociologia da Universidade de Évora, pois só puderam participar por questões de tempo e interesse na freguesia de São Mamede e com um grupo de seis voluntários do Programa de Ocupação de Tempos Livres do Instituto Português da Juventude. Embora todos os elementos da equipa estivessem presentes apenas no momento da 3 recolha de dados, poder-se-á afirmar que todos contribuíram em maior ou menor grau para Página as reflexões apresentadas neste estudo, pelo que se deve um agradecimento aos
  • 4. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 mesmos, principalmente ao Departamento do Centro Histórico, Património e Cultura da Câmara Municipal de Évora. Neste contexto, e sentindo as Juntas de Freguesia do Centro Histórico de Évora – St. Antão, S. Mamede e Sé/S.Pedro necessidade de um maior conhecimento das principais características da comunidade intramuros, nos seus aspectos socio-económicos, e procurando abrir novos caminhos na sua forma de apoiar a comunidade, foi realizado no ano 2007 um Diagnóstico Social na comunidade intramuros. E este documento que daí resultou, pretende ser mais do que um instrumento de leitura, um instrumento de intervenção com finalidade de promoção humana e comunitária. A metodologia seleccionada para a realização deste diagnóstico foi a metodologia quantitativa e qualitativa. Quantitativa pois foi utilizado o inquérito por questionário aplicado, quer a uma amostra representativa dos agregados familiares intramuros, quer às instituições que fazem parte da Comissão Social de Freguesias do Centro Histórico, efectuando-se a análise de dados e estatística. Qualitativa quando as técnicas utilizadas basearam-se na observação directa, sistemática, na análise documental e recolha de informação através de informadores privilegiados, que em muito contribuíram para as reflexões apontadas. Os capítulos seguintes serão apresentados na seguinte ordem: a metodologia que explica como se fez a estudo aqui presente, uma breve caracterização do concelho de Évora que inclui dados relativos ao Centro Histórico; depois entramos na análise de cada freguesia intramuros. O capítulo de cada freguesia é composto pelos resultados dos questionários, principais conclusões desta análise, análise S.W.O.T., referência às instituições presentes na comunidade e análise social da freguesia. Terminando no capítulo da reflexão final sobre o Centro Histórico. Este diagnóstico inclui também uma adenda onde se apresenta uma pequena reflexão sobre o papel das autarquias locais no desenvolvimento social e comunitário. 4 Página
  • 5. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 5 Página METODOLOGIA
  • 6. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Para a concretização do Diagnóstico Social das Freguesias Intramuros, “o Diagnóstico Social pode ser definido como um processo concertado, permanente e reiterado, de identificação e de análise, entre os actores implicados, do conjunto das causas e características das situações de exclusão social. Confere além disso, os elementos que orientam a acção, ajuda a definir as necessidades, a conhecer os recursos e os obstáculos existentes e a iniciar o estabelecimento das prioridades, a concretizar e a adaptar na função de planificação. O Diagnóstico corresponde à análise da realidade social num determinado contexto social, espacial e temporal, respeitante a uma ou várias situações problemáticas” (Câmara Municipal de Tondela: 2005, 5). O estudo diagnóstico está intrinsecamente associada a ideia de intervir, é um momento em que se deve gerar um conhecimento dos problemas sobre os quais se vai intervir, este conhecimento permite ir atingindo as restantes fases de intervenção com maior eficácia. Aqui o objecto de análise é a comunidade, ancorada na necessidade de ter um bom conhecimento da dinâmica de conjunto da comunidade, desde o seu espaço territorial ao seu espaço social. Privilegiaram-se as metodologias quantitativas, embora estas não limitassem o estudo somente à análise numérica, uma vez que os investigadores participaram em todos os momentos do diagnóstico e que foram eles mesmos a aplicar os questionários. Situação que permitiu uma observação directa e muitas vezes participante, o que contribuiu para uma abordagem qualitativa. Houve um contacto privilegiado com a população que permitiu não só a recolha da informação, mas também a agilização de respostas a problemas apontados, quase findando numa metodologia de investigação- acção. No que diz respeito aos procedimentos de recolha empírica, o presente estudo apresenta- se com contributos bastante diversificados. Recorreu-se, deste modo, aos seguintes instrumentos, para caracterizar cada espaço físico e social: a) Consulta de fontes documentais, tendo em vista obtenção de elementos de caracterização local, que permitissem contextualizar e melhor compreender as dinâmicas existentes, problemas detectados e o contexto sócio-económico- político-histórico, tais como: Diagnóstico Social da Rede Social de Évora de 2003, o Plano de Desenvolvimento Social de Évora de 2004, Plano Nacional de Acção para a Inclusão, entre outros; b) Consulta de dados estatísticos existentes disponíveis no Instituto Nacional de Estatística; c) Recolha e compilação de vários documentos escritos (relatórios, dados, levantamentos ou análises sócio-demográficas e urbanísticas) cedidas, principalmente pelo Departamento do Centro Histórico, Património e Cultura – Câmara Municipal de Évora; d) Conversas informais com informadores privilegiados da comunidade; tais como os presidentes das Juntas de Freguesia e técnicos que intervinham na área em análise. Depois de uma primeira fase de contextualização, passou-se para um segundo momento a construção de questionários a serem aplicados quer à população, quer às intuições sociais que providenciam apoios socais à comunidade intramuros e que fazem parte da Comissão Social Interfreguesias do Centro Histórico de Évora. Face ao número de famílias residentes no Centro Histórico cerca de 2647 (INE, 2001), e ao número dos recursos humanos disponíveis recorreram-se a amostras aleatórias simples em cada freguesia, sendo que os meios de recolha foi o chamado “questionário porta-a-porta”, e apenas era inquirida uma pessoa por agregado familiar. O que contribuiu para uma melhor percepção territorial, dos espaços habitacionais e comerciais existentes. 6 Página O Instituto Nacional de Estatística define como família clássica residente o conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco; qualquer
  • 7. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 pessoa independente que ocupa uma parte ou a totalidade de uma unidade de alojamento e as empregadas domésticas residentes no alojamento onde prestavam serviço. Freguesia Famílias Amostra Amostra Residentes Valores Absolutos Percentagem Santo Antão 685 205 30% São Mamede 1018 211 20% Sé/São Pedro 944 112 12% Total Centro Histórico 2647 528 17% Em Ciências Sociais define-se que uma amostra representativa de um universo de valor considerável deve fica situada no mínimo entre os 15% e os 30%, sendo preferencial a aproximação dos 30% do universo (Duarte, 2005). Atendendo-se a estes valores, na freguesia da Se/São Pedro não se conseguiu concretizar uma amostra representativa, devido às limitações temporais. Estes questionários tiveram por objectivos: - Conhecer a comunidade intramuros, analisando o seu contexto social, económico, cultural e ambiental; - Conhecer a qualidade de vidas dos habitantes locais, - Identificar problemas existentes e as necessidades percepcionadas pela comunidade; - Clarificar os recursos e forças existentes na comunidade intramuros - Apontar para possíveis prioridades de intervenção; - Proporcionar um quadro referencial. E atenderam aos seguintes vectores de análise: - Análise sócio-histórica e demográfica do meio; - Análise dos recursos do meio; - Análise condições habitacionais; - Análise das redes de solidariedade locais; - Análise dos valores culturais; - Análise dos problemas sociais na comunidade. Pode-se afirmar que, os questionários utilizados foram sendo aperfeiçoados ao longo do contacto com a população, procurando ser um instrumento aberto e dinâmico ao longo da análise, para que permitissem uma maior compreensão da realidade e da comunidade que se encontrava a ser analisada. Limitações do Diagnóstico Social Este estudo apresenta limitações que não permitiram o aprofundamento de algumas questões que serão apresentadas. Entre as limitações identifica-se: o facto de ser um estudo que se debruça nas características generalistas dos agregados residentes no Centro Histórico, não houve a análise da vertente mais pública deste território como a convergência dos serviços, comércio e parque habitacional, portanto privada; o facto de este diagnóstico ter sido construído num espaço de nove meses e a equipa que tratou da recolha de dados só esteve disponível em horário laboral, das 9h às 20h; no que concerne 7 aos questionários às instituições presentes na comunidade foram poucos os que Página devolvidos. O que não tornou possível a auscultação das entidades presentes sobre esta comunidade, no presente estudo.
  • 8. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 8 Página BREVE CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE ÉVORA
  • 9. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 “A cidade de Évora é testemunha de um passado irrequieto, marcado pela presença de povos e culturas distintas. Évora é uma cidade notável destes períodos remotos da Península Ibérica”. (Silva et all: 1998) No estudo aqui apresentado, e apesar de se pretender somente reflectir sobre o Centro Histórico de Évora, julgou-se ser importante fazer uma breve caracterização da cidade de Évora, para que se contextualize a realidade envolvente da qual o Centro Histórico constitui vital parte. No coração do Alentejo, o concelho de Évora tem a área de 1 308,25 km² (Ficha de Caracterização Concelhia 1999:207), sendo a sede de um dos maiores municípios de Portugal, com a configuração mais ou menos circular, com um raio aproximado de 20 quilómetros. Évora situa-se no meio da planície alentejana, a uma altitude média 240 metros. O município é limitado a norte pelo município de Arraiolos, a nordeste por Estremoz, a leste pelo Redondo, a sueste por Reguengos de Monsaraz, a sul por Portel, a sudoeste por Viana do Alentejo e a oeste por Montemor-o-Novo. Situando-se junto do eixo Lisboa - Madrid. Localizada no ponto de encontro de três grandes bacias hidrográficas – Tejo, Sado, Guadiana. Évora é descrita como sendo uma planície docemente ondulada, com uma paisagem aberta, clima mediterrâneo, suavizado pela influência atlântica. “Évora cidade – museu, assim classificada por artistas, arqueólogos e escritores, não desmereceu do cognome, que só aparentemente consagra uma imobilidade estética, de certo modo presa a sombras tradicionais e tutelares das suas características e origens monumentais, mas que a dinâmica cultural em vivência, actualidade e cosmopolitismo relegou para a magia contemplativa da Antiguidade. Évora é uma cidade viva, relativamente pequena (…), mas de um humanismo e pitoresco inimitáveis, sobretudo no Centro histórico, medalhado em 1982 pela Fundação F.V.S., de Hamburgo, e de valor artístico europeu reconhecido pela UNESCO” (Roteiro: 2000/2001, 13). A história de Évora está intrinsecamente ligada à história de Portugal e é uma das grandes embaixadoras da identidade do povo alentejano e de Portugal, através do turismo dá a conhecer os costumes, as artes, a gastronomia, etc., projectando uma ideia de romantismo e de pacatez. A cidade Évora é o principal pólo regional de comércio e serviços, evidenciando-se nos últimos anos o turismo como um sector em franco crescimento. Sendo o maior centro urbano do Alentejo com total de 55 619 habitantes (Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2004:71), encontra-se subdividido em 19 freguesias. E apesar de ter passado por períodos de diminuição de população, Évora entre 1991 e 2001 apresentou um crescimento efectivo de população como se poderá verificar no Quadro A. Quadro A Ano 1911 1940 1960 1970 1981 1991 2001 População 14 108 22 174 28 652 28 190 14 851 38 094 58 564 Fonte: INE, Censos 2001 Para Silva et all (1998:267) dois factores que contribuíram para modificar o panorama socioeconómico de Évora: a dinâmica ganha pela Universidade local e a projecção 9 decorrente da classificação da cidade como Património da Humanidade pela UNESCO. Página Segundo estes autores, a presença da Universidade permitiu inverter o processo de envelhecimento da população eborense. É um rejuvenescimento parcial, na medida em
  • 10. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 que os jovens não se irão, em geral, fixar na cidade ou no concelho, uma vez diplomados. Contudo, quando partirem serão substituídos por outros, e graças a esta população flutuante Évora ganhou uma outra animação. É o aluguer de quartos e casas, é um maior movimento nos cafés, restaurantes e estabelecimentos similares, e sobretudo, uma vida cultural e também nocturna com características muito diferentes das tradicionais. Apesar deste cenário em que se aponta para um crescimento efectivo da população Évora vive uma dicotomia, se por um lado tem vindo manifestar um crescimento populacional efectivo, por outro lado o Centro Histórico desta cidade tem perdido população a um ritmo acentuado. Tal, como demonstrado no seguinte Quadro B e Gráfico 1. Quadro B Evolução da População Residente 1911 1940 1960 1970 1980 1990 2000 CHE 14074 18559 15696 12696 10783 7842 5661 CEM 34 3615 12956 15494 4068 30252 41970 Fonte: Mourão, Susana – C.M.E. (2001:s/p) Gráfico 1 Evolução da População Residente 60000 50000 40000 CEM 30000 CHE 20000 10000 0 1911 1940 1960 1970 1980 1990 2000 Fonte: Mourão, Susana – C.M.E. (2001:s/p) Efectivamente, os dados apontam para uma perda de população no Centro Histórico de Évora (CHE) em benefício da Cidade Extra Muros (CEM), segundo um estudo realizado pelo Departamento do Centro Histórico e Património da Câmara Municipal de Évora (Oliveira et all: 2003:3), as causas deste fenómeno demográfico devem-se sobretudo ao aparecimento de núcleos urbanos fora das muralhas e um centro histórico superpovoado levou os moradores do Centro Histórico à procura de habitações nestes novos espaços. O que se traduziu num primeiro momento num equilíbrio entre espaço residencial/população, mas que depois originou um profundo desequilíbrio, perdendo o centro da cidade vitalidade. O que segundo os autores deste mesmo estudo “levou a uma rotura demográfica, dos 20 000 habitantes em 1940, restam pouco mais de ¼” (Ibidem). Comparativamente à densidade populacional verifica-se que embora afastado da média 10 nacional, o distrito de Évora se encontra ligeiramente abaixo dos valores apresentados pela região do Alentejo, tal como demonstra Gráfico 2. Página
  • 11. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 2 Densidade Populacional 150 113,92 100 Hab/Km2 50 24,38 23,11 0 Portugal 1 Alentejo Distrito Évora Fonte: INE, O País em Números, 2004 No que concerne à distribuição etária, Gráfico 3, verifica-se que a Évora apresenta os seguintes valores: 15% da população apresenta idades compreendidas entre os 0-14 anos, 12% da população encontra-se entre os 15-24 anos e grande maioria 73% da população tem idades superiores aos 24 anos. O que demonstra uma população maioritariamente com idade adulta. Gráfico 3 Distribuição Etária 50000 40000 30000 20000 10000 0 0-14 Anos 15-24 Anos <24 Anos Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004 Quanto aos indicadores sociais, o concelho, no ano lectivo 2004/2005, encontravam-se cerca de 67 instituições de ensino, Gráfico 4, sendo que ao nível do ensino pré-escolar 19 estabelecimentos pertencem ao ensino privado e 13 ao ensino público, ao nível do ensino básico 1 estabelecimento pertence ao ensino privado e 26 ao ensino público, pertencendo todos os outros níveis ao ensino público. 11 Página
  • 12. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 4 Estabelecimentos de Ensino 3 3 2 32 27 Educação Pré-escolar Ensino Básico Ensino Secundário Escolas Profissionais Ensino Superior Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004 Nos indicadores de saúde, Évora em 2004 apresentava valores acima da média nacional, no que respeita a enfermeiros, médicos e farmácias por habitante. Tal como demonstrado no Gráfico 5. Gráfico 5 Indicadores de Saúde 9,9 10 8 6 4,4 4,2 4 3,4 3,3 2 1,7 0,3 0,4 0,4 0 Enfermeiros por Médicos por Farmácias e 1000 Habit. 1000 Habit. postos de med. 1000 Habt. Portugal Alentejo Évora Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004 Ao nível da protecção social, e no que toca mais exactamente ao número de pensionistas e subsidiários no final do ano de 2004, esta cidade apresentava os valores apresentados no Quadro C. 12 Página
  • 13. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Quadro C Protecção Social Pensionista Invalidez 2091 Pensionista Velhice 9692 Pensionista Sobrevivência 3418 Pensionista 15201 Beneficiário da prestação de desemprego 1727 Abono de família a crianças e jovens 2561 Subsídio por assistência à terceira pessoa 26 Subsídio Mensal vitalício 9 Subsídio funeral 11 Subsídio por doença 2314 Subsídio Maternidade 348 Subsídio de Paternidade 148 Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004 Tendo o Distrito de Évora em 2003, uma totalidade 36 equipamentos sociais, segundo a Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à População – 2002, sendo estes 8 Creches, 12 Centros de Dia e 16 Lares. No que se refere à educação, mais propriamente ao analfabetismo, Évora apresenta uma taxa elevada quando comparada com o Alentejo e Portugal, tal como demonstrado no seguinte gráfico. Gráfico 6 Taxa de Analfabetismo - 2001 20 15,9 14,8 15 9 Portugal 10 Alentejo Évora 5 0 Analfabetos Fonte: INE, O País em Números Quanto às freguesias do Centro Histórico, em análise – Sé/São Pedro, St. Antão e São Mamede, três das dezanove freguesias do concelho de Évora, caracteristicamente urbanas, cingem em si importantes serviços para toda a população eborense, podendo intitular-se as artérias principais do concelho. Representando no seu conjunto cerca de 9% da população eborense. 13 Página
  • 14. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 14 SANTO ANTÃO Página
  • 15. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 A Freguesia de Santo Antão é uma das freguesias urbanas de Évora, sendo a mais pequena deste Concelho, e consequentemente do Centro Histórico, ocupa uma área geográfica de cerca de 0,27 Km2 e os limites do seu território entre a Rua dos Mercadores e a Rua José Elias Garcia. Tem como património a Igreja de Santo Antão, a Fonte Henriquina, o Convento de Santa Clara, o Teatro Garcia de Resende e o Convento do Calvário. É, também, nesta freguesia que se situa a famosa Praça do Giraldo, que ainda hoje serve de ponto da sociedade eborense. Freguesia de Santo Antão A Freguesia de Santo Antão corresponde à área sombreada da imagem. Fonte: Departamento do Centro Histórico Património e Cultura – C.M.E. Segundo o Instituto Nacional de Estatística em 2001, St. Antão apresentava cerca de 1473 habitantes residentes, sendo que 58% são mulheres e 42% são homens, uma densidade populacional de 5462,8 hab/km2. No que respeita ao edificado apresentava 1020 alojamentos e 697 edifícios, como se poderá verificar pelos dados do Quadro E. Quadro E Proporção N.º Pessoas Famílias de Residente H M ResidentesAlojamentos Edifícios Reformados 1473 614 859 685 1020 697 38,8% Fonte: INE 2001 Face ao universo apresentado e às limitações temporais e dos recursos humanos, foi decidido construir uma amostra da população para a realização de questionários, efectuando-os “porta-a porta”. Deste modo, os investigadores tiveram a possibilidade de conhecer melhor a comunidade local e a população. Resultados dos Questionários: Quanto à amostra, de um universo de 685 famílias residentes, foram efectuados 205 questionários à população desta freguesia, abrangendo 30% das famílias residentes na freguesia como comprova o gráfico 1. A recolha de dados foi realizada entre as 9h e as 20h e foram percorridas todas as ruas desta freguesia e inquiridas o máximo de pessoas possível. 15 Página
  • 16. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 1 Amostra Famílias Residentes Inquiridas ; 205; 30% Famílias Residentes Não Inquiridas ; 480; 70% Quanto ao sexo dos inquiridos, maioritariamente foram mulheres, cerca de 147 mulheres e 58 homens, com as percentagens representadas no Gráfico 2. Gráfico 2 Se xo dos Inquiridos Masculino 28% Feminino 72% A apresentação dos dados será dividida através das várias temáticas abordadas no questionário: caracterização dos agregados familiares, rendimentos, saúde, mobilidade, habitação, bens de conforto, a relação face ao Centro Histórico, 3º Idade e, e por fim, factores de interesse. Caracterização dos Agregados Familiares: No que respeita às idades verifica-se, que maioritariamente os agregados familiares são compostos por adultos, com particular incidência para pessoas nas faixas etárias entre os 31-65 anos e pessoas com idades superiores aos 76 anos de idade, Gráfico 3. 16 Página
  • 17. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 3 Idades Elementos Agregados Familiares 120 119 100 96 80 79 N Ps o s 73 º es a 60 40 20 15 10 0 0-14 15-18 19-30 31-65 66-75 >76 idade s O que nos revela uma população particularmente envelhecida, atendendo a que se juntarmos as pessoas com idades iguais e superiores aos 66 anos, estas tem mais representatividade que qualquer outro grupo. Quanto à composição do agregado familiar verificou-se que os núcleos familiares são superiores ao grupo de indivíduos que vivem sozinhos, ficando em último lugar a população flutuante composta pelos jovens estudantes universitários que se encontravam a residir nesta freguesia, Gráfico 4. Gráfico 4 Distribuição População Pop. Flutuante 5% Pessoas Núcleos Isoladas Familiares 40% 55% Núcleos Familiares Pessoas Isoladas Pop. Flutuante Os núcleos familiares eram compostos sobretudo por dois elementos, na sua maioria casais, Gráfico 5. 17 Página
  • 18. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 5 Composição do Agregado Familiar 12; 6% 6; 3% 1; 0% 2; 1% 21; 10% 82; 40% 81; 40% 1 2 3 4 5 6 7 Sendo que são as famílias nucleares e os agregados isolados os mais representados, com cerca de 80% da composição dos agregados familiares nesta freguesia. No que respeita à escolaridade 36% dos indivíduos que componham o agregado familiar tinham o 1º ciclo do ensino básico (4º ano), 14% tinha o 3º ensino básico (9º ano) e 12% não sabiam ler nem escrever, havendo depois distribuição por todos os escalões de escolaridade, tal como presente no Quadro F. Quadro F Escolaridade Nível de Ensino V.A. % Não sabe ler/escrever 46 12 Sabe ler e escrever sem possuir qualquer grau 4 1 Ensino Básico 1º 141 36 Ensino Básico 2º 18 5 Ensino Básico 3º 55 14 Ensino Secundário 37 0,9 Ensino Médio 7 2 Bacharelato 4 1 Licenciatura 21 5 Mestrado 3 1 Doutoramento 1 0, 1 Frequentam Universidade 40 10 Frequentam Escola 15 4 Podemos concluir que a amostra caracteriza-se pelas baixas qualificações escolares, consequência directa desta ser uma população envelhecida com vivências de uma época em que a escolaridade não era obrigatória nem tinha importância maior. Contudo, salienta-se a elevada percentagem de analfabetos. 18 Relativamente às categorias profissionais com maior representatividade são: os trabalhadores não qualificados com 49%, os estudantes com 17% e pessoal dos serviços Página ou vendedores com 13%, as restantes categorias também se encontram presentes nesta freguesia embora em número bastante inferior, Quadro G. Neste item também foram
  • 19. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 válidas as profissões dos pensionistas, uma vez que nos permitiam confirmar indicadores com rendimentos, idades e escolaridade. Quadro G Categoria Profissional V.A. % Membros Forças Armadas 7 2 Quadros Superiores da Administração Pública 1 0 Especialistas das profissões intelectuais e científicas 30 8 Técnicos e profissionais de nível intermédio 3 1 Pessoal administrativo e similares 33 8 Pessoal dos serviços e vendedores 49 13 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e 1 pescas 2 Operários, artífices e trabalhadores similares 5 1 Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da 1 montagem 4 Trabalhadores não qualificados 193 48 Estudantes 65 17 A baixa qualidade de mão-de-obra, encontra-se igualmente relacionada com o facto de esta ser uma população envelhecida com baixas qualificações escolares, e o mercado de trabalho não se encontrava tão desenvolvido ao nível da especialização. Quanto à situação profissional em que se encontravam os membros do agregado familiar verificou-se que 52%; 27% mantinham-se activos, 16% inactivos e aqui incluíram-se principalmente donas de casa restando 5% da população que se encontrava desempregada, Gráfico 6. Gráfico 6 Situação Profissional Activos 27% Des empregad Reformados os 52% 5% Inactivos 16% Mais de metade dos elementos do agregado familiar encontrava-se na reforma, o 19 que não é surpresa com as idades médias apresentadas nesta amostra. Página
  • 20. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 No que concerne à naturalidade dos elementos dos agregados, 322 pessoas, nasceram no Distrito de Évora, representando 81% da amostra, os restantes encontram-se divididos entre o Baixo Alentejo com 34 pessoas, Alto Alentejo com 5 pessoas, Centro com 3 indivíduos, Sul com 2 pessoas, Norte 5 pessoas, das Ilhas 2 pessoas e do estrangeiro que surpreendentemente tem representatividade com cerca de 19 pessoas, Gráfico 7. Este grupo de estrangeiros são sobretudo adultos, vivem em pequenos núcleos familiares com laços de consanguinidade ou não, activos, exercendo funções em serviços, ou enquanto operários ou trabalhadores não qualificados. Gráfico 7 Naturalidade 1% 1% 5% 1% 1% 1% 9% 81% Évora Baixo Alentejo Alto Alentejo Centro Sul Norte Ilhas Estrangeiro Rendimentos Quando inquiridos sobre as fontes de rendimento a maioria afirmou que vivia das suas pensões/reformas (56%). A segunda fonte de rendimento com maior representatividade é o salário (26%), logo seguido pelo auxílio de terceiros (13%) e aqui encontram-se representados fundamentalmente os estudantes que subsistem devido ao apoio dos seus pais. O subsídio de desemprego ficou em quarto lugar (2%), seguido com igual representatividade (1%) de negócios próprios, Rendimento Social de Inserção e outras formas de rendimento, Gráfico 8. Gráfico 8 Fontes de Rendimento 13% 1% 1% 2% 26% 1% 56% Salário Negócio Próprio Pensão/Reforma Subsídio Desemprego Auxílio de 3ºs RSI Outro 20 Página Sem surpresas face às idades dos agregados familiares inquiridos, a fonte de rendimentos advém principalmente das pensões/reformas.
  • 21. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 No que respeita aos rendimentos médios do agregado familiar 80 pessoas (20%) atestaram receber valores inferiores a 250 € e as restantes 102 pessoas (27%) indicaram usufruir de valores entre os 251€ e 400€. O segundo grupo com maior representatividade (20%) apresenta valores superiores a 1200€. No terceiro grupo encontram-se pessoas com rendimentos entre os 601€ e os 800€ (13%). Sendo seguidos de perto pelo grupo de pessoas que apontam possuir entre os 401€ e 600€ (11%), havendo ainda outros escalões intermédios destes valores, tal como demonstrado no Gráfico 9. Gráfico 9 Rendimento Médio Agregado Familiar 20% 20% 6% 3% 27% 13% 11% <250 250-400 401-600 601-800 801-1000 1001-1200 >1200 Maior área de gastos é a saúde, dado que não é surpreendente articulando-se as idades dos inquiridos e a necessidade de maiores cuidados médicos. Relativamente aos gastos do orçamento familiar a maioria, 55%, dos inquiridos indicaram ser a saúde a área com maior peso para as suas famílias, seguido da alimentação 33%, a renda/empréstimos com 9% e finalmente a educação com 3%, Gráfico 10. Gráfico 10 Área Maiores Gastos Agregados Familiares 67; 33% 113; 55% 7; 3% 18; 9% Alimentação Educação Renda/Empréstimo Saúde Podendo-se concluir que cerca de 50% recebe da amostra recebe menos de um salário mínimo nacional o que revela agregados familiares de baixos recursos. 21 Página No que respeita a prestações sociais, entendendo-se por estes apoios os complementares à pensão sob forma pecuniárias de prestações. Dos inquiridos 92% das pessoas
  • 22. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 afirmaram não ter qualquer tipo de apoios, 7% atestaram usufruir do Cartão do Munícipe Idoso, 1% asseveraram receber o Complemento Solidário para Idosos e 1 pessoa recebia apoio da antiga entidade patronal, não tendo representatividade percentual. Através do Gráfico 11 consegue-se verificar os valores absolutos. Gráfico 11 Prestações Sociais 200 187 150 Nº 100 50 15 2 1 0 Cartão Idoso C.S.I. Entidade Não tem Patronal Na amostra constituída o apoio da Câmara Municipal de Évora, através do Cartão do Munícipe Idoso, é superior aos apoios complementares concedidos pela Segurança Social, por exemplo o Complemento Solidário para Idosos. Relativamente a apoios institucionais, e entendem-se por estes respostas sociais como apoio domiciliário, apoio alimentar e apoio da acção social directo das diversas entidades existentes. Dos inquiridos 91% afirmaram não tem qualquer tipo de apoio, sendo que os restantes 9% afirmaram receber apoios de diversas entidades, encontrando-se repartidos pelas seguintes entidades: Cáritas 5%, Santa Casa da Misericórdia 2%, Fundação Alentejo Terra Mãe/ Associação Pão e Paz (F.A.T.M.) 1% e Câmara Municipal de Évora/Junta de Freguesia 1%. Tal como se verifica no Gráfico 12. Gráfico 12 Apoios Institucionais 200 187 150 100 50 10 4 2 2 0 M. . ta s rita s sa .M un oi o .T ./J ap Cá . Ca F.A .E em St M C. ot Nã 22 Página
  • 23. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Somente nesta freguesia a Fundação Alentejo Terra Mãe/Associação Pão e Paz apareceu como entidade que presta apoio alimentar aos inquiridos, apoio completamente gratuito. O que para pessoas que vivem de parcos rendimentos é um enorme auxílio. Saúde Quanto à saúde 88% dos inquiridos asseveraram ter médico de família e 12% afirmaram não ter, este último grupo associado à população universitária e a novos residentes que não regularizaram a sua situação nos serviços de saúde, Gráfico 13. Gráfico 13 Médico Família 180 200 150 Nº Pessoas 100 25 50 0 Sim Não Não foi detectado qualquer problema no que se refere ao acesso dos serviços de saúde, nesta freguesia. No que concerne a gastos com medicamentos dos inquiridos 49 pessoas responderam não ter (25%), 27 não sabem quanto gastam (13%), contudo, 110 pessoas afirmam ter gastos até 150€ mensais (54%), como se poderá verificar Gráfico 14. Gráfico 14 Gastos em Medicamentos 50 49 46 46 40 30 27 Nº 20 18 11 10 3 3 2 0 <50 51-100 101- 151- 201- 251- >300 Não Não 150 200 250 300 Sabe tem 23 gastos Página
  • 24. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Mesmo com baixos recursos económicos, mais de metade dos inquiridos tem gastos até 150€ mensais, o que representa uma enorme despesa para esta população. No que se refere a doenças crónicas, e aqui ressalva-se o facto de se ter questionado aos inquiridos se tinham ou não alguma doença crónica, cerca de 137 pessoas responderam não padecer de alguma doença crónica. No entanto, 68 pessoas atestaram sofrer de várias doenças, sobretudo diabetes, Gráfico 15. Gráfico15 Doenças Crónicas Diabetes Bronquite Cardíaca Asma Artroses Depressões Parkinson Alzhameir Outras 26% 48% 3% 4% 1% 9% 4% 1% 4% No que respeita a incapacidades gerais, 117 (57%) pessoas afirmaram não sentir qualquer dificuldade ou incapacidade, todavia 88 (43%) asseguraram: ter dificuldade em transpor lanços de escadas (56 pessoas), dificuldade de locomoção (16 pessoas), necessidade de dispositivos de compensação (12 pessoas), e (4 pessoas) sofrem de outras incapacidades, tais como auditivas e visuais. Como demonstrado no Gráfico 16. Gráfico 16 Incapacidades Gerais 5% 18% 14% 63% Incapacidade Locomoção Dificuldades Transpor lanços Escadas Dispositivos de compensação Outras Incapacidades 24 Página
  • 25. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Dos inquiridos 43% apresentavam algumas incapacidades, principalmente, dificuldade de transpor lanços de escadas e incapacidades locomoção. Estas incapacidades estão relacionadas com as idades dos inquiridos e o consequente aumento do grau de dependência. Mobilidade urbana Quanto à mobilidade a maioria dos inquiridos (53%) responderam não ter automóvel, em oposição a 47% que afirmaram ter automóveis, como se poderá verificar no Gráfico 17. Gráfico 17 Número Automóveis 57; 28% 109; 53% 39; 19% 1 Automóvel 2 Automóvel Não tem Relativamente ao meio de transporte utilizado na cidade intramuros, Gráfico 18, 60% declararam andar a pé, 25% utilizam os transportes públicos e 15% utilizam os próprios automóveis ou algumas das vezes são os filhos que transportam os pais, situações que se encontra relacionada com problemas de saúde e dificuldade de deslocação mesmo a pé. Gráfico 18 Meio Transporte Utilizado 31; 15% 51; 25% 123; 60% Automóvel Autocarros Pé Podemos afirmar que os inquiridos apresentaram hábitos saudáveis e positivos para o ambiente, pois as formas de locomoção privilegiadas são as deslocações a pé e os transportes públicos. 25 Página Habitação
  • 26. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Quanto à função da habitação encontra-se distribuída entre habitação permanente e segunda habitação, esta última profundamente relacionada com as deslocações de estudantes que arrendam casas perto da universidade, uma vez que o endereço oficial destes jovens continua a ser a casa dos seus pais. Maioritariamente, as casas tinham por função serem permanentes, Gráfico 19. Gráfico 19 Função Habitação 16; 8% 189; 92% Segunda Habitação Habitação Permanente Quanto ao vínculo contratual da habitação, em larga escala as casas são arrendadas 69%, seguindo a situação de casa própria 30%, e a habitação cedida cerca de 1%.Esta última associada a questões familiares em que um membro da família disponibiliza sua habitação para usufruto de um outro familiar, Gráfico 20. Gráfico 20 Tipo de Vínculo à Habitação 2; 1% 61; 30% 142; 69% Própria Arrendada Cedida A maioria dos inquiridos era arrendatária. Entre os indivíduos em situação de arrendatários verificou-se que quanto ao contrato propriamente dito, Gráfico 21, 71% dos casos afirmavam ter contratos ilimitados, seguido pelos indivíduos que afirmavam não ter contrato mas terem recibos e por aqueles que asseveravam não ter, nem contrato nem recibos, ambos com 13%. Verificou-se que 3% dos inquiridos, não sabia qual tipo de contrato que tinham estabelecido. A situação de não 26 existência de contrato ou recibos tinha particular incidência na população universitária. Página
  • 27. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 21 Tipo de Contrato 4; 3% 18; 13% 18; 13% 102; 71% Sem Contrato/Sem Recibo Sem Contrato/Com Recibo Contrato Ilimitado Não sabe Quanto aos anos de celebração de contrato verificou-se que 63% dos casos eram contratos com mais de vinte anos, havendo ainda um valor considerável, 21%, de contratos com menos de cinco anos. Tal como demonstrado Gráfico 22. Gráfico 22 Anos de Contrato 3; 1% 44; 21% 58; 28% 33; 16% 67; 34% <5 6-20 21-40 41-60 >60 No que toca ao valor da renda verificou-se que, 53% da população paga menos de 100€, associado a contratos mais antigos. Por sua vez no outro extremo, mas também com alguma representatividade, 29% têm rendas entre os 301€ e 350€. Encontrando-se entre estes extremos valores intermédios como se poderá verificar através do Gráfico 23. 27 Página
  • 28. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 23 Valor Renda <50 51-100 101-150 151-200 201-250 251-300 301-350 41; 29% 50; 35% 4; 3% 7; 5% 26; 18% 3; 2% 11; 8% Concluindo-se que, as rendas baixo valor estão associadas a vínculos contratuais antigos, sob a forma de contratos ilimitados e as rendas de elevado valor estão associadas a vínculos contratuais mais recentes sob a forma de vínculos sem contrato e sem recibos, maioritariamente. Bens de Conforto No que se refere a bens de conforto, todos os inquiridos afirmaram ter fogão, frigorífico e televisor. No que toca a esquentador 7 afirmaram não ter, 10 asseveraram não ter máquina de lavar roupa e 6 declararam não ter telefone fixo ou móvel. Quanto ao computador cerca de 50 pessoas afirmaram não ter, Gráfico 24. Gráfico 24 Bens de Conforto 250 200 150 Nº Pessoas 100 50 0 r r r ão do va fone Tv frico ado Fog nta . La le ri ut e aq Te go mp qu Fi Es M Co Bens Relativamente a condições de conforto e salubridade constatou-se que todos os inquiridos afirmaram ter água canalizada, saneamento básico e electricidade. Contudo, 13 pessoas afirmaram não ter casa de banho completa, apontando para a falta de uma banheira ou duche, e 9 pessoas afirmaram não ter cozinha completa, nem as mínimas condições para 28 cozinhar, Gráfico 25. Página
  • 29. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 25 Condições de Conforto e Salubridade 205 200 Nº Pessoas 195 190 185 a al o de co ad nh on da si iz Ba ci Bá al ci ra t ri an de to pe ec C en a O El as ua am ha C Ág in ne oz Sa C Quanto às patologias no edifício, e aqui foi questionado se os inquiridos identificavam problemas ao nível da água canalizada, saneamento básico, electricidade, estrutura ou outros. Dos inquiridos 78%, afirmaram ter a casa não identificar qualquer problema de relevante importância, todavia 22% apontaram ter problemas de conservação, entre os quais problemas de salitre, degradação da casa, caixilharia, etc., Gráfico 26. Gráfico 26 Patologias no Edifício 46; 22% 159; 78% Sim Não Relação com Centro Histórico No que se refere à relação dos inquiridos com Centro Histórico, foram aplicadas uma série de questões que permitiram ver a identificação dos residentes com este território, as redes de solidariedades locais e as necessidades, potencialidades deste, de acordo com a opinião da própria população, a identificação dos problemas sociais e possíveis respostas. Assim, relativamente ao prazer de viver no Centro Histórico de Évora 89% dos inquiridos afirmou ter gosto em viver neste local e, apenas, 11% atestou que não gostava, Gráfico 27. 29 Página
  • 30. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 27 Prazer em Viver no Centro Histórico 23; 11% 182; 89% Sim Não Pela forma como os inquiridos respondiam a esta questão de gostarem ou não de morar no Centro Histórico de Évora muito reactiva e defensiva, podemos aferir que há um sentimento de orgulho e de pertença associado a este espaço. Dos 23 inquiridos que asseveraram não gostar de viver no Centro Histórico, 13% gostariam apenas de mudar de residência, mas não deixariam o Centro Histórico e 87% prefeririam ir viver para fora dos muros, Gráfico 28. Não se conseguindo aferir as causas desta possível mudança. Gráfico 28 Local da Mudança 3; 13% 20; 87% Fora Muros Cidade Relativamente aos principais problemas sociais apontados da população da freguesia, os inquiridos responderam principalmente pobreza (31%), depois degradação habitacional (18%) e o isolamento/abandono particularmente face aos idosos (14%), entre outras problemáticas como se poderá verificar no Quadro H. 30 Página
  • 31. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Quadro H Problemáticas Apontadas Nº % Pobreza 93 31 Isolamento/Abandono 42 14 Doença 32 11 Degradação Habitacional 53 18 Desemprego 32 11 Especulação Imobiliária 1 0,001 Toxicodependência 9 0,3 Violência Doméstica 5 0,2 Envelhecimento População 6 0,2 Maltrato 1 0,001 Alcoolismo 8 0,3 Famílias Disfuncionais 3 0,1 Desertificação 3 0,1 Exclusão Social 4 0,1 Baixa Qualificação Escolar 3 0,1 Mendicidade 1 0,001 Foram identificados como principais problemas da população de Santo Antão, por ordem decrescente: a pobreza, a degradação habitacional, isolamento/abandono dos idosos, doença e o desemprego. Quanto aos equipamentos sociais 69% dos inquiridos acharam que eram insuficientes face as necessidades da população, 14% admitiram ser suficientes aqueles que já existem, em igual percentagem ficaram aqueles que não sabiam responder e 3% acharam que aqueles que existem eram demasiados face às necessidades, Gráfico 29. Gráfico 29 Equipamentos Sociais 28; 14% 7; 3% 28; 14% 142; 69% Demais Suficientes Insuficientes Não Sabe Daqueles que responderem ser insuficientes os equipamentos existentes, 80% apontaram para a necessidade de haver mais apoio à população envelhecida, particularmente, mais lares, apoio domiciliário, centros de convívio; 13% aludiram não saber o que fazia exactamente falta; 5% indicaram a falta de equipamentos na área de infância e de apoio à população envelhecida e 2% apontaram apenas para a infância, Gráfico 30. 31 Página
  • 32. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 30 Áreas Necessidade Equipamentos Sociais 10; 5% 27; 13% 5; 2% 163; 80% 3º Idade Infância Infância e 3º Idade Não Sabe Quanto aos equipamentos sociais houve uma clara manifestação de maior necessidade destes, sendo os equipamentos de apoio à população envelhecida os mais indicados como necessários. No que toca às redes de apoio em situações de emergência ou necessidade, Gráfico 31, 64% dos inquiridos afirmaram procurar a família, 16% socorrem-se dos vizinhos, 16% procuram instituições e 4% pedem apoio a amigos. Gráfico 31 Rede Apoio 9; 4% 32; 16% 32; 16% 132; 64% Amigos Vizinhos Instituições Famílias Nesta freguesia verificou-se que é a que mais se socorre das instituições em casos de emergência, o que é indicador de isolamento social. Quanto à participação em eventos, 66% das pessoas responderam não participar em qualquer evento, 29% participam em cultos religiosos, 3% participam nos eventos que a 32 Junta de Freguesia organiza, principalmente nos passeios que promove e 3% participa em festas da freguesia, Gráfico 32. Página
  • 33. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 32 Participação em Eventos 60; 29% 6; 3% 135; 66% 4; 2% Cultos Religiosos Eventos Junta de Freguesia Festas das Freguesias Não Participa em nenhum evento Mesmo, quando questionados se tem alguma participação enquanto sócios de associações, colectividades ou outros, 85% afirma não pertencer a qualquer colectividade ou associação, e apenas 15% afirma ser sócio de alguma entidade, Gráfico 33. Gráfico 33 Participação enquanto Sócios 31; 15% 174; 85% Sócio Não Sócio A maioria dos inquiridos não participa em qualquer evento, o que revela que há muito pouca dinâmica social, cultural ou associativa nesta população. Relativamente ao local onde normalmente efectuam compras, Gráfico 34, 50% afirmou ir apenas às grandes superfícies, 33% declarou comprar quer no comércio tradicional, quer nas grandes superfícies, alguns destes casos mesmo quando as pessoas não se conseguem deslocar aos grandes supermercados é a família que lhe faz as compras. E 17% apenas efectuam compras no comércio tradicional, questão também associada à dificuldade mobilidade que a pessoa tem e eventualmente, ao não apoio da família. 33 Página
  • 34. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 34 Local de Compras 68; 33% 102; 50% 35; 17% Comércio Tradicional e Grandes Superfícies Comércio Tradicional Grandes Superfícies Quanto à ocupação dos tempos livres, 32% afirmou que aproveita estes tempos para realizar tarefas domésticas, 19% opta por passear, 15% vê televisão e 10% dedica-se à realização de trabalhos manuais, Gráfico 35. Gráfico 35 Ocupação Tempos Livres 4%4% 4% 2% 19% 15% 5% 32% 5% 10% Passear Cuida Casa Trabalhos Manuais Apoio Família/Cuida netos Voluntariado Ver Tv Teatro Ler Internet/Computador Descansar Mesmo a ocupação de tempos livres é vivida de forma muito isolada, remetendo quase na sua totalidade para a esfera privada, indicador de falta de dinâmica social. No que respeita aos aspectos positivos de morar no Centro Histórico de Évora foram apontados as seguintes aspectos registados no Quadro I, entre estes destacam-se: a proximidade dos serviços/comércio, a segurança, vizinhança e a beleza/monumentos. 34 Página
  • 35. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Quadro I Aspectos Positivos V.A. % Proximidade Comércio/Serviços 117 39 Vizinhança 23 8 Segurança 57 20 Sossegado 21 7 Beleza/Monumentos 23 8 Deslocações a Pé 10 3 Linha Azul 5 2 Limpeza 11 4 Proximidade Família 3 1 Diversão Nocturna 3 1 Gosta de Tudo 8 3 Não gosta de nada 5 2 Não Sabe 5 2 O factor positivo, mais apontado, de morar no Centro Histórico foi a proximidade do comércio e serviços, o que deve ser considerado em qualquer exercício de intervenção e reabilitação deste espaço. Nos aspectos negativos apontados de relevância verifica-se que, 20% dos inquiridos não encontraram aspectos negativos, 14% apontaram o estacionamento, 9% a falta de civismo devido aos dejectos caninos entre outras situações apontadas como se poderá verificar no Quadro J. Quadro J Aspectos Negativos V.A. % Vizinhança 1 1 Barulho Bares 16 8 Falta de Espaços verdes/Desportivos 8 4 Abandono/Degradação Casas 14 7 Desertificação/Isolamento pessoas e comércio 15 8 Falta de lugares de Estacionamento 26 14 Preços das casas/Especulação Imobiliária 7 4 Más condições Habitacionais 3 2 Falta de civismo/dejectos caninos 18 9 Vandalismo 2 1 Insegurança 11 5 Trânsito 10 5 Calçada 15 8 Falta de Hipermercados 7 4 Não tem aspectos negativos 38 20 35 Página
  • 36. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Embora grande parte dos inquiridos não encontrassem nenhum aspecto negativo de morar no Centro Histórico, o que demonstra que gostavam de viver neste espaço, de entre os aspectos apontados encontramos a falta de lugares de estacionamento, que deve ser um elemento importante na reabilitação deste espaço e falta civismo dos donos dos cães, que gera sujidade a ponto de incomodar os habitantes desta freguesia. Quanto às sugestões de actividades para a Junta de Freguesia, 51% afirmou não ter nenhuma sugestão, e entre as mais apontadas encontram-se as actividades desportivas e as actividades para idosos, como se poderá ver Gráfico 36. Gráfico 36 Sugestões Actividades 34; 17% 41; 20% 5; 2% 20; 10% 105; 51% Actividades Idosos Associação Moradores Actividades Desportivas Não Sabe Não sente necessidade Entre os pedidos endereçados à Junta de Freguesia, que os inquiridos julgavam ser importantes para melhorarem a sua vida, embora 49% dos inquiridos não lhe ocorresse nada, entre os que efectivamente tinham pedidos, encontramos pedido de apoio económico e social 17%, pedido de apoio da conservação das casas 7% e mais actividades 5%, entre outras que constam no Quadro K. Quadro K Pedidos à Junta de Freguesia V.A. % Não sabe 100 49 Cuidar casas 14 7 Regular bares 4 2 Actividades 10 5 Apoio Social e Económico 34 17 Arranjar calçada 4 2 Segurança 3 1 Regular Trânsito 4 1 Promover Associativismo/Voluntariado 3 1 36 Gosta Atendimento Junta 4 1 Limitações Orçamentais 7 3 Página Criar Espaços verdes 3 1 Nada 15 7
  • 37. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Embora cerca de metade dos inquiridos não soubessem em que medida é que a Junta de Freguesia poderia melhorar a sua vida, novo indicador de falta de participação cívica; o pedido mais frequente é o apoio económico e social, o que indica vulnerabilidades nestas áreas. 3.ª Idade Quanto à 3.ª Idade e verificado que grande parte dos inquiridos tinha idades iguais ou superiores a 65 anos, julgou-se ser importante perceber as dinâmicas desta população em particular. No que respeita à frequência de equipamentos para a 3.ª Idade, apenas três do total dos inquiridos se encontravam a frequentar estes equipamentos, Gráfico 37. Gráfico 37 Frequência Equipamentos 3º Idade 3; 1% 202; 99% Frequenta Não Frequenta Quanto a inscrições nestes equipamentos, no total da amostra verificaram-se 12 pessoas inscritas, Gráfico 38. Gráfico 38 Inscrições Equipamento 3º Idade 12; 6% 193; 94% 37 Inscrito Não Inscrito Página
  • 38. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 A todas as pessoas que participaram no questionário também lhes foi perguntado se tinham algum familiar a residir na freguesia, e 31% responderam afirmativamente, Gráfico 39. Gráfico 39 Família Residente na Freguesia 64; 31% 141; 69% Residente Não Residente E quando inquiridos sobre se mantinham contacto com familiares, que poderiam ir para além dos residentes na freguesia, 10% afirmou não ter qualquer contacto com familiares, mesmo telefónicos, Gráfico 40. Gráfico 40 Contactos com Familiares 21; 10% 184; 90% Não tem Contacto Mantém Contacto Mais metade dos inquiridos não frequentam e não se encontram inscritos em qualquer equipamento para a população mais envelhecida e não tem familiares a viver no Centro Histórico. Sendo que 10% da amostra não têm qualquer contacto com familiares, mesmo telefónicos. 38 Página
  • 39. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Factores de Relevante Interesse Durante o tratamento dos questionários sobressaíram aspectos que mereceram especial atenção, um destes aspectos foi número de pessoas que viviam sozinhas cerca de 40% da amostra, 82 indivíduos. Face a este facto decidiu-se aprofundar a análise neste grupo particular. Quanto às idades neste grupo de 82 indivíduos, verificamos que a maioria (44%) encontra- se entre os 71 e os 80 anos, e o segundo maior grupo tem idades compreendidas entre os 81 e 90 anos de idade (28%), Gráfico 41. Gráfico 41 Idades Pessoas Vivem Sozinhas 40 36 35 30 25 23 Nº 20 15 10 8 8 6 5 1 0 <30 31-60 61-70 71-80 81-90 >90 Idade Quanto ao sexo maioritariamente são indivíduos do sexo feminino 78%, Gráfico 42. Gráfico 42 Sexo 18; 22% 64; 78% Feminino Masculino 39 Página
  • 40. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 O envelhecimento vive-se sobretudo no feminino, como podemos comprovar pela amostra. No que se refere às profissões, 76% destes indivíduos foram trabalhadores não qualificados, ficando os restantes distribuídos pelas profissões apresentadas no Quadro L. Quadro L Categorias Profissionais V.A. % Membros Forças Armadas 1 1 Quadros Superiores da Administração Pública 2 2 Especialistas das profissões intelectuais e científicas 2 2 Técnicos e profissionais de nível intermédio 1 1 Pessoal administrativo e similares 3 4 Pessoal dos serviços e vendedores 6 7 Trabalhadores não qualificados 62 76 Estudantes 5 7 Quanto à situação profissional, 87% encontram-se já reformados, 7% são inactivos e neste grupo encontramos representados os estudantes e donas de casa e 6% encontram-se no activo, Gráfico 43. Gráfico 43 Situação Profissional 5; 6% 6; 7% 71; 87% Inactivo Activo Reformado 40 Página
  • 41. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Os rendimentos são em 73% dos inquiridos inferiores a 250€ por mês, obtendo o segundo maior grupo rendimentos entre os 250 e os 400€, encontrando-se os seguintes repartidos em outros escalões, Gráfico 44. Gráfico 44 Rendimentos 70 65 60 50 40 30 20 8 10 3 3 1 2 0 <250 250-400 400-600 600-800 800-1000 >1200 Cerca de 80% vive de baixos rendimentos, com menos de um salário mínimo nacional, não atingindo 73% os 250€ mensais. A área de maiores gastos continua a ser a saúde 72%, logo seguida pela alimentação 24%, e depois a renda e a educação com 2%, Gráfico 45. Gráfico 45 Maiores Gastos 2; 2% 2; 2% 20; 24% 58; 72% Alimentação Saúde Renda Educação Deste grupo 46% indicaram ter alguma doença crónica, 36% afirmaram não saber qual é o gasto mensal em medicamentos, assim como 5% atestaram não ter qualquer gasto em 41 medicamentos, aqueles que indicaram gastos encontram-se representados no Gráfico 46. Página
  • 42. Diagnóstico Social das Freguesias do Centro Histórico – Évora 2007 Gráfico 46 Gastos em Medicamentos 14 14 13 12 12 11 10 8 6 4 2 2 0 <50 50-100 100-150 150-200 200-250 Neste grupo, apenas, 1 pessoa frequenta um equipamento social e 5 encontram-se inscritos em lares; 56 (58%) inquiridos têm família residente na freguesia e dos 82 indivíduos apenas 69 (84%) mantêm contacto com familiares, e 13 (16%) afirmaram não ter qualquer contacto com família. O que revela fragilidade nos laços sociais, e aponta para questões de isolamento. 42 Página