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CRACK
• O crack é preparado a partir da extração
  de uma substância alcaloide da planta
  Erythroxylon coca, encontrada na América
  Central e América do Sul. Chamada
  benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é
  retirado das folhas da planta, dando
  origem a uma pasta: o sulfato de cocaína.
  Chamada, popularmente, de crack, tal
  droga é fumada em cachimbos.
CONTINUANDO..

• Cerca de cinco vezes mais potente que a
  cocaína, sendo também relativamente mais
  barata e acessível que outras drogas, o crack
  tem sido cada vez mais utilizado, e não somente
  por pessoas de baixo poder aquisitivo, e
  carcerários, como há alguns anos. Ele está,
  hoje, presente em todas as classes sociais e em
  diversas cidades do país. Assustadoramente,
  cerca de 600.000 pessoas são dependentes,
  somente no Brasil.
O PRAZER
• Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a
  droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o
  organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo
  com que seja necessário o uso de quantidades maiores
  da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos
  efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos
  dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos
  a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer
  provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco
  tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la
  sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o
  crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação
  às outras drogas; e o comportamento violento é um
  traço típico.
• Neurônios vão sendo destruídos, e a
  memória, concentração e autocontrole
  são nitidamente prejudicados. Cerca de
  30% dos usuários perdem a vida em um
  prazo de cinco anos – ou pela droga em si
  ou em consequência de seu uso (suicídio,
  envolvimento em brigas, “prestação de
  contas” com traficantes, comportamento
  de risco em busca da droga – como
  prostituição, etc.).
AS CRACOLÂNDIAS
MÃES VICIADAS E BEBÊS
       PREJUDICADOS
• A pediatra e pesquisadora do Rio Grande
  do Sul Gabrielle Cunha desenvolve um
  trabalho no Hospital Materno Infantil
  Presidente Vargas com bebês cujas mães
  usaram crack durante a gravidez.
  Pesquisa desenvolvida por ela em 1999
  aponta que 4,6% das gestantes usavam a
  substância. Segundo ela, o índice é muito
  superior ao verificado em outros países.
• - Nós não temos estatísticas nacionais sobre isso. Mas
  imaginamos que atualmente seja no mínimo o dobro
  [desse percentual de 1999] tendo em vista o número de
  pacientes que chegam até nós.

  Segundo Gabrielle, os recém-nascidos que foram
  expostos ao crack ainda na barriga da mãe apresentam
  logo nas primeiras 48 horas de vida “alterações
  neurológicas e comportamentais provocados pela
  exposição prolongada à droga”. Mas ela ressalta que
  essas crianças não são viciadas e os danos podem ser
  minimizados.
• - No início se pensava que esses bebês teriam má-
  formações e problemas graves, mas, na verdade, as
  alterações são no neurocomportamento. Eles são mais
  irritáveis, são bebês que geralmente têm dificuldade de
  alimentação. Mas conforme o estímulo e o tratamento
  que ele recebe, é possível reverter essa situação que é
  temporária.

  Atualmente, cerca de 150 bebês nessa situação são
  atendidos pelo programa do Hospital Materno Infantil
  Presidente Vargas, de Porto Alegre.
A INTERNAÇÃO
• O seguro saúde cobre usuário de crack e outras
  drogas mas uma internação neste caso não é
  obrigatória, visto que é desnecessária. O
  tratamento de um dependente químico, vai
  muito além de alguns dias internado. Isso
  porque exige tratamento psiquiátrico (e
  demorado) e os seguros de saúde limitam a
  seus pacientes, uma certa porcentagem de dias
  para internações e atendimentos durante o ano.
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Ti 805 drogas

  • 2. • O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack, tal droga é fumada em cachimbos.
  • 3. CONTINUANDO.. • Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos. Ele está, hoje, presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000 pessoas são dependentes, somente no Brasil.
  • 4. O PRAZER • Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com que seja necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o crime, por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o comportamento violento é um traço típico.
  • 5. • Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole são nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio, envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes, comportamento de risco em busca da droga – como prostituição, etc.).
  • 7. MÃES VICIADAS E BEBÊS PREJUDICADOS • A pediatra e pesquisadora do Rio Grande do Sul Gabrielle Cunha desenvolve um trabalho no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas com bebês cujas mães usaram crack durante a gravidez. Pesquisa desenvolvida por ela em 1999 aponta que 4,6% das gestantes usavam a substância. Segundo ela, o índice é muito superior ao verificado em outros países.
  • 8. • - Nós não temos estatísticas nacionais sobre isso. Mas imaginamos que atualmente seja no mínimo o dobro [desse percentual de 1999] tendo em vista o número de pacientes que chegam até nós. Segundo Gabrielle, os recém-nascidos que foram expostos ao crack ainda na barriga da mãe apresentam logo nas primeiras 48 horas de vida “alterações neurológicas e comportamentais provocados pela exposição prolongada à droga”. Mas ela ressalta que essas crianças não são viciadas e os danos podem ser minimizados.
  • 9. • - No início se pensava que esses bebês teriam má- formações e problemas graves, mas, na verdade, as alterações são no neurocomportamento. Eles são mais irritáveis, são bebês que geralmente têm dificuldade de alimentação. Mas conforme o estímulo e o tratamento que ele recebe, é possível reverter essa situação que é temporária. Atualmente, cerca de 150 bebês nessa situação são atendidos pelo programa do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre.
  • 10.
  • 11. A INTERNAÇÃO • O seguro saúde cobre usuário de crack e outras drogas mas uma internação neste caso não é obrigatória, visto que é desnecessária. O tratamento de um dependente químico, vai muito além de alguns dias internado. Isso porque exige tratamento psiquiátrico (e demorado) e os seguros de saúde limitam a seus pacientes, uma certa porcentagem de dias para internações e atendimentos durante o ano.