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Professores analisar e complementar. PPP
DIVERSIDADE EDUCACIONAL
INCLUSÃO
Numa sociedade plural e democrática, a inclusão escolar representa
um amadurecimento da política educacional. Trazer a diversidade humana que
está na sociedade para dentro do espaço escolar significa democratizar esse
espaço, tornando-o mais humanizado e representativo dos diferentes
segmentos que compõem o heterogêneo social.
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política,
cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os
alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de
discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional
fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e
diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de
equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da
exclusão dentro e fora da escola. Ao reconhecer que as dificuldades
enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar
as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação
inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade
contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A
partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a
organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando
uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham
suas especificidades atendidas.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
A Educação do campo a partir das últimas reflexões e lutas dos
movimentos Sociais como o Programa de Educação de Reforma Agrária
(PRONERA) e o legislativo com as Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do Campo aprovada em 2001, trazem uma perspectiva de
Educação do Campo como meio de possibilidades de organização social,
identidade, lazer, sociabilidade e sustentabilidade. Onde a Educação do
Campo tratada no meio rural é concebida como espaço heterogêneo
destacando a diversidade cultural e econômica de atividades agrícolas e não-
agrícolas.
A educação formal assumiu com isso o compromisso de contribuir
articulando as práticas empíricas aos conhecimentos científicos, não o inverso,
como erroneamente esta acontecendo na maioria das práticas pedagógicas
das Escolas do Campo. Neste viés a educação trás sua contribuição
sociabilizando instrumentos que possam superar a alienação subjetivamente
implícita dos órgãos institucionalizados, através da reestruturação das nossas
condições de existência, como também mudanças em nossa maneira de ser.
Sendo o papel dos que fazem a escola articular meio de reestruturação
de instrumentos que possam superar a alienação presente em algumas
práticas educativas. Com isso comungamos da afirmação de Mészáros quando
pontua que: “o papel da educação é soberano, tanto para elaboração de
estratégias apropriadas e adequadas para mudar as condições objetivas de
reprodução, como para a auto mudança consciente dos indivíduos chamados a
concretizar a criação de uma ordem social metabólica radicalmente diferente.”
(2005:65).
HISTÓRIA DO PARANÁ
“Para estudar o passado de um povo, de uma
instituição, de uma classe, não basta aceitar
ao pé da letra tudo quanto nos deixou a
simples tradição escrita. É preciso fazer falar
a multidão imensa dos figurantes mudos que
enchem o panorama da História e são muitas
vezes mais interessantes e mais importantes
do que os outros, os que apenas escrevem a
História.”
Sérgio Buarque de Holanda
A Lei 13381/01, torna obrigatória no Ensino Fundamental e Médio da
Rede Publica o ensino de Historia do Paraná nas escolas publicas, sendo que
os conteúdos deverão ser trabalhados de forma interdisciplinar evalorizando a
história cotidiana, história que faz despertar, emergir as memórias das
comunidades, municípios e regiões, visando as experiências, tanto individuais
como coletivas na construção de uma consciência histórica pautada em fatos
reais vivenciados no dia à dia de cada aluno.
Como seres históricos que somos partindo da nossa realidade para
assim valorizar aquilo que nossos antepassados nos deixaram e que aquilo
que deixaremos para os nossos filhos, isto é, o processo histórico no qual
fundamentamos nossa ação.
Desafios Educacionais Contemporâneos
São demandas que envolvem a compreensão de currículo escolar e,
numa perspectiva progressista, não se reduz a legitimação da lógica capitalista.
Entende-se que o papel dessas demandas, a partir do movimento dialético,
passa pelo currículo, convergem com a intencionalidade da escola, permitindo
a formação de sujeitos críticos. Defende-se que a consciência dos sujeitos se
dá na práxis, numa perspectiva de totalidade, não pode acontecer deforma
fragmentada, dissociada dos conteúdos planejados. É necessário esclarecer
ainda que alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos estão
ancorados em leis e a escola não pode negá-los, mas chamá-los ao currículo
como parte do conteúdo, explicando fatos sociais, seja por questões de
violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental, do uso indevido
de drogas ou dos Direitos Humanos.
Diversidade
Trabalhar com o tema diversidade na escola, principalmente em nossa
escola que é pública, não é apenas seguir as orientações da SEED, mas tornar
possível o entendimento que não se deve conceber formas hierárquicas de
superioridade ou inferioridade, mas criar mecanismos de enfrentamento aos
diversos preconceitos existentes e garantir a todos igualmente o acesso e a
permanência com qualidade de ensino no processo educacional. O Colégio
Albaerto Santos Dumont, em sua ampla gama de diversidade cultural, sexual,
étnico-racial, etária, entre outros, trabalha pedagogicamente para a superação
do preconceito e da discriminação através do diálogo e da reflexão.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AGENDA 21
A expressão “Educação Ambiental” surgiu por volta dos anos 70,
porém a educação ambiental está presente na vida humana desde sempre,
afinal a relação de dependência entre os recursos naturais e o Homem sempre
existiu, no início como sobrevivência, hoje como superexploração.
A Rio/92 apresentou como um de seus resultados um documento
denominado
Agenda 21, o qual foi definido, como um plano de ação que contém os
compromissos assumidos por 179 países com o objetivo de elaborar um novo
modelo de desenvolvimento para que se alcance melhor qualidade de vida.
Portanto, deve-se classificar a Agenda 21 como um plano de ação
prioritário para combater o impacto das ações humanas ao meio ambiente, cujo
processo de construção é todo participativo.
Como consequência deste processo cada país se comprometeu em
construir sua própria Agenda 21, conforme as especificidades de cada um e no
caso do Brasil, foi criada a Comissão de Políticas de Desenvolvimento
Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS).
A Agenda 21 Brasileira apresenta como diretriz principal o
desenvolvimento de
programas objetivando o acesso da população a melhores condições
de vida, ou seja, a inclusão social da população e o direito a serviços de
educação, de saúde e a distribuição de renda mais justa. Dessa forma é
possível contribuir para a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos
recursos naturais e minerais e o desenvolvimento da política de planejamento
visando alcançar o desenvolvimento sustentável.
O processo de implementação da Agenda 21 parte do regional para o
local, isto é, iniciou-se com a elaboração do documento nacional para em etapa
posterior serem desenvolvidas as Agendas 21, estadual, regional, municipal,
local e a escolar.
Considerando a importância da temática ambiental, no tempo e no
espaço, e a visão integrada do mundo, entende-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Desta forma, a educação ambiental desperta a condição de cidadania
ativa, ampliando seu significado para um movimento de pertencimento e
corresponsabilidade das ações coletivas, visando ao bem-estar da
comunidade.
Por ser um eixo temático de caráter transversal que deve permear por
todas as disciplinas de nosso currículo escolar, em todas as modalidades do
ensino formal, portanto, cada professor tem a responsabilidade de
compreender, estudar e discutir junto a seus pares de disciplina, de sua área
do conhecimento ou entre equipes interdisciplinares, a educação ambiental no
âmbito escolar, seja para desenvolver a temática em sua disciplina específica,
seja em parceria com seus pares e/ou com outras instituições formais ou não
formais. Assim, inserir a educação ambiental com a sua condição de
transversalidade contempla o ideal de uma nova organização de
conhecimentos por meio de práticas interdisciplinares. Inclusive, a questão da
interdisciplinaridade metodológica e epistemológica da educação ambiental
está presente na Lei Federal como “componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada em todos os
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal” -
(Art. 2º) – Política Nacional de Educação Ambiental.
EDUCAÇÃO FISCAL
A educação historicamente desempenha a função de ponte entre os
direitos políticos e os sociais, devendo refletir diretamente na vida das pessoas
e da sociedade, levando diretamente ao conhecimento dos princípios que
fundamentam as práticas sociais e o reconhecimento das práticas
democráticas, jamais perdendo de vista a sua função que é ajudar na
construção da cidadania, garantindo que todas as crianças sejam
escolarizadas considerando as exigências da natureza da cidadania
estimulando o desenvolvimento do cidadão em formação. A educação escolar
cidadã é aquela que leva o educando a ter uma leitura de mundo,
compreendendo suas relações naturais e principalmente as sociais e políticas.
O homem transforma-se para poder transformar a sociedade rompendo
com uma situação primeira, para conquistar mais justiça e igualdade, onde o
pensamento crítico e a participação possam alicerçá-lo na construção da
cidadania. Mas a construção da cidadania é conquistar direitos e cumprir
deveres. Conquistar refere - se a direitos, cumprir refere - se a deveres, é
preciso cumprir os deveres de cidadão para assegurar os direitos. Portanto, é
preciso garantir a conscientização e a formação da cidadania para poder atuar
com uma visão crítica das diversas formas ideológicas.
A Educação Fiscal é um programa que tem por objetivo geral promover
e Institucionalizar a educação fiscal para o exercício da cidadania. (Programa
Nacional de Educação Fiscal – Internet 26/11/2012).
A Educação Fiscal consiste em promover a cidadania, levando
informações ao
cidadão a respeito da função social dos tributos, a importância do
recolhimento de impostos e taxas para o bem comum e melhoria de qualidade
de vida da população. Ela deve promover a participação do indivíduo levando-o
a interagir positivamente no seu contexto social, através de uma prática
comprometida com modificação da realidade em benefício da sociedade e da
qualidade de vida da população, levando-o a compreender os problemas que
assolam as sociedades de forma complexas. A formação dessa consciência
deve ser, de que esta é uma prática permanente e que a população já perdeu
muito por omissão ou desconhecimento. Para disseminar o Programa de
Educação Fiscal a escola implanta as seguintes ações:
• Desenvolver projetos interdisciplinares durante as atividades anuais,
objetivando a formação de uma consciência de bem comum através de ação
individual e permanente de cada um; cobrando a nota fiscal, compreendendo a
sua função, entender os processos administrativos municipais, estaduais,e
federais, mostrando qual o papel do contador;
• Desenvolver atividades práticas com os alunos sobre impostos e
taxas, através de pesquisas de campo, levando-os ao recolhimento de notas
fiscais, ao cálculo do imposto embutido em tudo que consumimos, a função
socioeconômica dos tributos e acompanhar a sua aplicação preferencialmente
na disciplina de matemática.
CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS
“A educação é aqui concebida como um meio para a efetivação de
direitos, já que educar pessoas é formar cidadãos; mas também é concebida
como um fim em si mesma: a educação é um direito fundamental assegurado
em documentos internacionais de Direitos Humanos e na Constituição
brasileira.” (Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos).
A educação em direitos humanos constitui pré-requisito
indispensável à cidadania e à construção de uma cultura em direitos humanos.
A cidadania é definida, contemporaneamente, como uma prática de
ressignificação, desencadeada pelos conflitos de interpretação engendrada por
políticas culturais. A luta pelos direitos humanos constitui um grande desafio
que depende de práticas pedagógicas e projetos participativos que promovam
a organização do trabalho pedagógico do colégio de forma a favorecer a
formação de cidadãos e a construção de valores Desenvolvendo praticas
educativas que articulem o desenvolvimento dos valores nos alunos: respeito
as diferenças e o direito de ser diferente, amor, aceitação, afeto, tolerância,
amizade, lealdade, senso de proteção coletiva, solidariedade, justiça social,
cidadania, conceitos sobre o bem comum, educação sexual, respeito a
natureza e ao espaço físico. Valoresque perpassam por todas as áreas do
conhecimento, promovendo ações coletivas como: debates, palestras,
discussões, projetos pedagógicos e feiras culturais, partindo das necessidades
reais da comunidade escolar e outras atividades que venham a enriquecer o
desenvolvimento de todos os envolvidos no processo educacional. Erradicar a
violência moral e física entre os alunos, por meio de ações coletivas a partir
dos valores citados acima. Logo, a Educação em Direitos Humanos se
configura como um conjunto de ações com metas e objetivos integrados,
baseados nos marcos legais dos quais o Estado brasileiro é signatário e onde
se estabelece que o direito de aprender é um direito humano fundamental que
deve ser garantido.
ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA NA ESCOLA
A reflexão sobre a violência nas escolas demanda uma análise da
cultura da escola, que se constitui pelo conjunto dos saberes, teorias,
princípios, práticas educativas, normas, modos de pensar e agir presentes nas
instituições escolares. A violência tem aumentado assustadoramente em nossa
civilização indo além das instâncias socioeconômicas e instaurando-se nas
escolas como um fenômeno crescente, presente em especial nas que se
localizam nas áreas urbanas, alterando o comportamento dos jovens que
expressam a sua frustração sobre a família, o trabalho, a escola e a
comunidade. (YUS, 2002, p.17)
O colégio tem como uma de suas funções desenvolver um pensamento
reflexivo nos alunos ajudando-os a construir uma compreensão coerente da
realidade resgatando os princípios éticos e desenvolvendo ações que visam à
promoção e difusão dos valores de solidariedade, respeito, honestidade,
responsabilidade, fraternidade e de convivência que parecem estar sendo
deixados de lado.
Faz-se necessária a formação de uma cultura da paz, bem como o uso
de diversas estratégias para a conscientização sobre o conflito e a sua
resolução por meios pacíficos, pois os sujeitos constroem a sua cultura, seus
modos de agir epensar com base nos valores que pautam e orientam a sua
formação. É preciso fazer com que os alunos estejam certos de que o bem
comum é a finalidade da humanidade.
A violência nas escolas tem razões extraescolares, portanto o seu
enfrentamento requer a participação da sociedade em geral e da comunidade
local, em particular. Pensar que medidas podem ser tomadas e apoiar as
iniciativas de mobilização social que assumem o compromisso com a redução
da violência na sociedade e nas escolas é um dos caminhos viáveis, assim
como promover a realização e disseminação de projetos nas comunidades
enfatizando o diálogo e o respeito aos ideais dos alunos viabilizando a
participação familiar e comunitária através do desenvolvimento de propostas de
ação local.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA
A trajetória da população negra brasileira, desde o sequestro na África,
é marcada pela luta contra o preconceito, a discriminação e o racismo que
marcaram – e marcam – a vida dessa população. Nesse processo de
enfrentamento, podemos considerar – entre outros – três momentos
fundamentais de resistência: a) a estratégias de luta contra a escravidão negra
na formação dos quilombos; b) a resistência pós-escravidão, com a fundação
de várias entidades negras locais, regionais e nacionais; c) o processo vivido
ao longo desses quase dois séculos, em torno da constituição de dispositivos
legais que atendam às reivindicações históricas da população negra. Entre as
reivindicações históricas, a educação sempre foi pautada como uma
possibilidade de construção de uma sociedade capaz de assegurar direitos
sociais, políticos, econômicos e culturais a todos/as brasileiros/as. O desafio
atual da educação é implementar nos municípios e estados da Federação
políticas publicas de promoção da igualdade racial. Para isso, três fatores são
fundamentais: investimentos na escola pública; uma proposta de formação dos
profissionais de educação, centrada na reflexão sobre as desigualdades raciais
historicamente construídas que permeiam o espaço escolar, e a construção de
projetos político-pedagógicos nas escolas que dêem conta da diversidade na
formação do povo brasileiro. O projeto político-pedagógico deve ser a
expressão de vozes que foram silenciadas e um diálogo democrático em torno
dos silenciamentos. É neste contexto que a Lei n.10.639/03 das Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e a vasta
produção teórica dos últimos anos nos convocam a propor estratégias que
poderão auxiliar no trabalho dos educadores/as das várias áreas do
conhecimento e não podem ficar fora do projeto político-pedagógico que deve
ser a expressão do pensamento da comunidade educativa, com as marcas de
um currículo sócio-político-histórico e cultural, contemplando a diversidade na
constituição do povo brasileiro. Essas produções nos ajudam a descortinar um
legado de produção negra em todas as áreas de conhecimento. A Educação
para as Relações Étnico-Raciaise Cultura Afro-brasileira e Africana no colégio
tem uma interface direta com todos os níveis e modalidades de ensino. O
objetivo é divulgar e produzir conhecimentos, atitudes, posturas e valores que
(re)eduquem alunos, educadoras/es, gestoras/es e a comunidade escolar como
um todo para a igualdade étnico-racial e de gênero.
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
A prevenção ao uso indevido de drogas no âmbito das escolas públicas
Estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que
requer uma abordagem fundamentada teoricamente por meio de
conhecimentos científicos. As propostas de prevenção utilizadas são moralistas
e repressivas, limitando a compreensão de várias manifestações das drogas na
sociedade. Do jovem drogado e violento é extraída a humanidade, ou seja, ele
deixa de existir como sujeito e passa a ser um problema social, não mais um
cidadão. Nessa situação original, reflete-se sobre os direitos dos indivíduos. A
juventude pode ser definida como uma fase de “limiaridade” entre a
dependência da família e a autonomia advinda de sua inserção no mercado de
trabalho e das suas relações sociais adultas. A sociedade de hoje não tem
condições de absorver a mão de obra jovem, e a escola, que não atualizou as
formas de relação com a educação, caracteriza-se como um lugar pouco
atraente e gerador de exclusão.
É necessário que se reconheça o problema para que se possa
enfrentá-lo. Os educadores ao compreenderem que o tema drogas foi inserido
na agenda governamental, podem problematizar de forma concreta e direta as
suas causas e consequências. Ao disseminarem conhecimento, promoverão
reflexões e questionamentos permitindo a reavaliação de posturas “socialmente
aceitas”, mostrando ao aluno e em conjunto com ele, que este comportamento,
de ser usuário de drogas, traz conseqüências que podem afetar a si mesmo e a
outros, e que, nem sempre, essas consequências serão toleradas socialmente.
Um dos principais desafios é o de repensar os discursos e as práticas
repressivas predominantes nos debates sobre prevenção. E assim, encaminhar
outras práticas pedagógicas de prevenção de caráter critico, articulados aos
conteúdos das diferentes disciplinas da educação básica.
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDIGENA
Os problemas enfrentados pelos povos indígenas são muitos: a maioria
das terras ainda está em fase de demarcação ou homologação; as áreas
indígenas invadidas por não índios; dificuldade de acesso à saúde e à
educação.
Entretanto, diversas etnias têm buscado, nos últimos tempos, a
educação escolar como um instrumento em favor da redução das
desigualdades, de afirmação de direitos e conquistas e de facilitar o diálogo
Intercultural com os diferentes agentes sociais.
A educação indígena se caracteriza pelos processos tradicionais de
aprendizagem e aquisição dos saberes peculiares de cada etnia, esse
conhecimento é transmitido de forma oral no dia-a-dia, nos rituais e nos mitos.
Lideranças indígenas e pesquisadores fazem distinção entre educação
indígena e educação escolar indígena. Essa última complementaria aqueles
conhecimentos tradicionais por processos de ensino-aprendizagem que lhes
garantissem acesso aos códigos escolares não indígenas. A formação da
consciência da cidadania, a capacidade de reformulação de estratégias de
resistência, a promoção de suas culturas e a apropriação das estruturas da
sociedade não indígenas, pela aquisição de novos conhecimentos úteis para
melhoria de suas condições de vida, estão em pauta nas propostas relativas à
educação escolar indígena.
Abandonam-se os pressupostos educacionais que, desde a colônia,
tinham características integracionistas visando a homogeneização da
sociedade brasileira pela aculturação e assimilação. Atendendo às demandas e
às experiências inovadoras desenvolvidas por organizações indígenas, a
educação escolar indígena passa a ser reconhecida pela constituição de 1988
e pela legislação relativa à educação como comunitária, intercultural, bilíngue,
específica e diferenciada. A educação diferenciada possibilita que o ensino
trabalhado em cada escola preserve os universos socioculturais específicos de
cada etnia. Daí ela ser bilíngue, preferencialmente ministrada por professores
indígenas em escolas indígenas nas aldeias e com programas curriculares
definidos pelas próprias comunidades.
GENERO E DIVERSIDADE SEXUAL
Durante todo o século XX e início do século XXI as lutas pela igualdade
de gênero, étnico-racial e também pelo respeito á diversidade têm sido
constantes. Todavia, o predomínio de atitudes e convenções sociais
discriminatórias, em todas as sociedades, ainda é uma realidade tão
persistente quanto naturalizada.
O Brasil tem conquistado importantes resultados na ampliação do
acesso e no exercício dos direitos, por parte de seus cidadãos. No entanto, há
ainda imensos desafios a vencer, quer do ponto de vista objetivo, como a
ampliação do acesso à educação básica e de nível médio, assim como do
ponto de vista subjetivo, como o respeito e a valorização da diversidade. As
discriminações de gênero, étnico-racial e por orientação sexual, como também
a violência homofóbica, são produzidas e reproduzidas em todos os espaços
da vida social brasileira. A escola, infelizmente, é um deles.
Não bastarão leis, se não houver a transformação de mentalidades e
práticas,daí o papel estruturante que adquirem as ações que promovam a
discussão desses temas, motivem a reflexão individual e coletiva e contribuam
para a superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso. Ações
educacionais no campo da formação de profissionais e alunos, como Gênero e
Diversidade na Escola, são fundamentais para ampliar a compreensão e
fortalecer a ação de combate à discriminação e ao preconceito.
Contribuição da Professora Vanilde
A21E – SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS PARA FORMAÇÃO GLOBAL
DOS DISCENTES.
A A21E consiste num plano de atividades que visem à preservação
ambiental, bem como a sustentabilidade da sociedade no que concernem as
modificações e utilização dos recursos naturais em prol da manutenção e
desenvolvimento da sociedade. A elaboração da agenda conta com a
participação da comunidade escolar e comunidade de entorno (sociedade no
Geral), composta pela família e circulo de relacionamento do educando.
Ao pensarmos como o trabalho com a agenda A21E pode contribuir
com recursos para o trabalho pedagógico pode-se refletir:
A construção do plano de ação da A21E (Agenda 21 escolar) passa por
cinco fases distintas e integradas, a partir das quais os trabalhos são
estruturados, desenvolvidos e avaliados e em cada uma das cinco fases que
serão relatadas a seguir é fornecido uma ampla gama de possibilidades para o
desenvolvimento global do educando, e o aproveitamento destes subsídios se
dá na medida em que o docente consegue envolver o educando em todas as
etapas do processo.
1° Motivação e reflexão:
É a fase em que os educandos e a comunidade escolar e comunidade
de entorno são convidados a conhecer e refletir sobre uma determinada
realidade ambiental e sensibilizar o respectivo público da importância da
participação ativa e os ganhos que as iniciativas ou projetos originados da
A21E trarão para os envolvidos.
2° Criação do fórum permanente de discussões:
É o momento em que iniciam em caráter oficial os trabalhos da A21E
do estabelecimento de ensino. É neste momento que são previstos e propostos
os trabalhos a serem executados pelos participantes, neste ponto os
educandos podem ser envolvidos nas discussões de quais são os problemas
ambientais encontrados na sua comunidade, bairro ou cidade, ou até mesmo
na própria escola. O grupo de discussão deve ser formado por representantes
de todos os seguimentos envolvidos na A21E, educandos, educadores,
comunidade de entorno e quem mais representar um seguimento distinto. O
fórum servirá como base e ponto de encontro para avaliação e manutenção do
plano de trabalho elaborado para a A21E.
3° Diagnóstico:
Momento em que o grupo de trabalho estuda a fundo o problema ou
cenário ambiental no qual se pretende interferir, por exemplo: implantar na
escola um programa de coleta seletiva do lixo, a partir da verificação que os
lixos são coletados de forma unificada e que isso implica em dificuldades para
os agentes de reciclagem, como catadores de papel. Os educandos são
inseridos no contexto e constatam o problema, podem entender que isso é feito
devido a falta de recipientes individualizados e identificados para ajudar na
seletividade do descarte do lixo. Entendendo esse cenário poderão identificar
soluções possíveis para o problema, como exemplo a implantação de lixeiras
específicas e identificadas para cada tipo de rejeito, (papel, plástico, rejeito
orgânico, dentre outros).
4° Ação:
Este é o momento de por em prática as propostas de solução para os
problemas identificados na fase de diagnóstico; o educando poderia ser
envolvido para concretizar as iniciativas propostas, ainda utilizando o exemplo
da coleta seletiva do lixo, os educandos poderiam ser conduzidos e tomar
iniciativas para aquisição dos repositórios de lixo identificados, várias matérias
poderiam ser envolvidas objetivando a interdisciplinariedade, onde podemos
citar: a matemática para calculo dos valores e capacidades de cada lixeira;
biologia, na contextualização de como a natureza seria beneficiada com a
reciclagem do lixo; a geografia na definição de quais os espaços públicos e da
comunidade de entorno que deveriam ser munidos com as lixeiras para coleta
seletiva do lixo; língua portuguesa e artes, na confecção de cartazes
comunicando as pessoas sobre a importância da coleta seletiva, dentre outras
matérias que poderiam ser trabalhadas visando dotar o educando de uma visão
ampla e de como as disciplinas e saberes se relacionam entre si e como é
importante o domínio dos conteúdos.
5° Avaliação/ Acompanhamento / Revisão:
Esses processos são executados durante o fórum e visam avaliar e
acompanhar o andamento das atividades e ações empreendidas para resolver
os problemas ambientais elencados na A21E.
Os educandos poderiam ser envolvidos no acompanhamento e
fiscalização das ações propostas e o cumprimento dos prazos. Os educandos
devem ser levados a refletir sobre os resultados das ações quanto sua eficácia
ou ineficácia, sendo que para o ultimo caso levado a pensar quais motivos
levaram ao insucesso e se as ações devem ser reavaliadas e quais devem ser
abandonadas por motivo de inaplicabilidade. Mais uma vez várias disciplinas
poderiam ajudar no processo de avaliação, dentre as quais podemos citar a
matemática para construção de indicadores; a sociologia na busca do
entendimento dos fatores sociais que motivam as pessoas a aderirem ou
repudiarem determinadas iniciativas para preservação ambiental, inclusive o
inconsciente coletivo que demonstra que embora a maioria das pessoas aceite
que devem ter atitudes que preservem o meio ambiente mais não fazem o
mínimo para que isso efetivamente aconteça; a biologia, física e química
poderiam contextualizar quais os problemas ambientais que a coleta seletiva
de lixo poderá evitar a longo prazo para a comunidade e para si próprios,
constatando assim a eficácia das ações da A21E que foram bem sucedidas. Os
resultados poderiam ser expostos em murais e cartazes dentro da instituição
reforçando o sucesso do projeto e o compromisso de manter os trabalhos de
coleta seletiva do lixo ao longo dos anos, reconhecendo o esforço empreendido
e o sucesso conquistado levando ao educando a motivar-se com o trabalho e a
satisfação que o mesmo pode trazer ao longo da sua vida pessoal e
profissional.

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Educação inclusiva e diversidade

  • 1. Professores analisar e complementar. PPP DIVERSIDADE EDUCACIONAL INCLUSÃO Numa sociedade plural e democrática, a inclusão escolar representa um amadurecimento da política educacional. Trazer a diversidade humana que está na sociedade para dentro do espaço escolar significa democratizar esse espaço, tornando-o mais humanizado e representativo dos diferentes segmentos que compõem o heterogêneo social. O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. EDUCAÇÃO DO CAMPO A Educação do campo a partir das últimas reflexões e lutas dos movimentos Sociais como o Programa de Educação de Reforma Agrária (PRONERA) e o legislativo com as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo aprovada em 2001, trazem uma perspectiva de Educação do Campo como meio de possibilidades de organização social, identidade, lazer, sociabilidade e sustentabilidade. Onde a Educação do Campo tratada no meio rural é concebida como espaço heterogêneo
  • 2. destacando a diversidade cultural e econômica de atividades agrícolas e não- agrícolas. A educação formal assumiu com isso o compromisso de contribuir articulando as práticas empíricas aos conhecimentos científicos, não o inverso, como erroneamente esta acontecendo na maioria das práticas pedagógicas das Escolas do Campo. Neste viés a educação trás sua contribuição sociabilizando instrumentos que possam superar a alienação subjetivamente implícita dos órgãos institucionalizados, através da reestruturação das nossas condições de existência, como também mudanças em nossa maneira de ser. Sendo o papel dos que fazem a escola articular meio de reestruturação de instrumentos que possam superar a alienação presente em algumas práticas educativas. Com isso comungamos da afirmação de Mészáros quando pontua que: “o papel da educação é soberano, tanto para elaboração de estratégias apropriadas e adequadas para mudar as condições objetivas de reprodução, como para a auto mudança consciente dos indivíduos chamados a concretizar a criação de uma ordem social metabólica radicalmente diferente.” (2005:65). HISTÓRIA DO PARANÁ “Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao pé da letra tudo quanto nos deixou a simples tradição escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa dos figurantes mudos que enchem o panorama da História e são muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a História.” Sérgio Buarque de Holanda A Lei 13381/01, torna obrigatória no Ensino Fundamental e Médio da Rede Publica o ensino de Historia do Paraná nas escolas publicas, sendo que os conteúdos deverão ser trabalhados de forma interdisciplinar evalorizando a história cotidiana, história que faz despertar, emergir as memórias das
  • 3. comunidades, municípios e regiões, visando as experiências, tanto individuais como coletivas na construção de uma consciência histórica pautada em fatos reais vivenciados no dia à dia de cada aluno. Como seres históricos que somos partindo da nossa realidade para assim valorizar aquilo que nossos antepassados nos deixaram e que aquilo que deixaremos para os nossos filhos, isto é, o processo histórico no qual fundamentamos nossa ação. Desafios Educacionais Contemporâneos São demandas que envolvem a compreensão de currículo escolar e, numa perspectiva progressista, não se reduz a legitimação da lógica capitalista. Entende-se que o papel dessas demandas, a partir do movimento dialético, passa pelo currículo, convergem com a intencionalidade da escola, permitindo a formação de sujeitos críticos. Defende-se que a consciência dos sujeitos se dá na práxis, numa perspectiva de totalidade, não pode acontecer deforma fragmentada, dissociada dos conteúdos planejados. É necessário esclarecer ainda que alguns dos Desafios Educacionais Contemporâneos estão ancorados em leis e a escola não pode negá-los, mas chamá-los ao currículo como parte do conteúdo, explicando fatos sociais, seja por questões de violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental, do uso indevido de drogas ou dos Direitos Humanos. Diversidade Trabalhar com o tema diversidade na escola, principalmente em nossa escola que é pública, não é apenas seguir as orientações da SEED, mas tornar possível o entendimento que não se deve conceber formas hierárquicas de superioridade ou inferioridade, mas criar mecanismos de enfrentamento aos diversos preconceitos existentes e garantir a todos igualmente o acesso e a permanência com qualidade de ensino no processo educacional. O Colégio Albaerto Santos Dumont, em sua ampla gama de diversidade cultural, sexual, étnico-racial, etária, entre outros, trabalha pedagogicamente para a superação do preconceito e da discriminação através do diálogo e da reflexão.
  • 4. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AGENDA 21 A expressão “Educação Ambiental” surgiu por volta dos anos 70, porém a educação ambiental está presente na vida humana desde sempre, afinal a relação de dependência entre os recursos naturais e o Homem sempre existiu, no início como sobrevivência, hoje como superexploração. A Rio/92 apresentou como um de seus resultados um documento denominado Agenda 21, o qual foi definido, como um plano de ação que contém os compromissos assumidos por 179 países com o objetivo de elaborar um novo modelo de desenvolvimento para que se alcance melhor qualidade de vida. Portanto, deve-se classificar a Agenda 21 como um plano de ação prioritário para combater o impacto das ações humanas ao meio ambiente, cujo processo de construção é todo participativo. Como consequência deste processo cada país se comprometeu em construir sua própria Agenda 21, conforme as especificidades de cada um e no caso do Brasil, foi criada a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). A Agenda 21 Brasileira apresenta como diretriz principal o desenvolvimento de programas objetivando o acesso da população a melhores condições de vida, ou seja, a inclusão social da população e o direito a serviços de educação, de saúde e a distribuição de renda mais justa. Dessa forma é possível contribuir para a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e o desenvolvimento da política de planejamento visando alcançar o desenvolvimento sustentável. O processo de implementação da Agenda 21 parte do regional para o local, isto é, iniciou-se com a elaboração do documento nacional para em etapa posterior serem desenvolvidas as Agendas 21, estadual, regional, municipal, local e a escolar. Considerando a importância da temática ambiental, no tempo e no espaço, e a visão integrada do mundo, entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
  • 5. conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Desta forma, a educação ambiental desperta a condição de cidadania ativa, ampliando seu significado para um movimento de pertencimento e corresponsabilidade das ações coletivas, visando ao bem-estar da comunidade. Por ser um eixo temático de caráter transversal que deve permear por todas as disciplinas de nosso currículo escolar, em todas as modalidades do ensino formal, portanto, cada professor tem a responsabilidade de compreender, estudar e discutir junto a seus pares de disciplina, de sua área do conhecimento ou entre equipes interdisciplinares, a educação ambiental no âmbito escolar, seja para desenvolver a temática em sua disciplina específica, seja em parceria com seus pares e/ou com outras instituições formais ou não formais. Assim, inserir a educação ambiental com a sua condição de transversalidade contempla o ideal de uma nova organização de conhecimentos por meio de práticas interdisciplinares. Inclusive, a questão da interdisciplinaridade metodológica e epistemológica da educação ambiental está presente na Lei Federal como “componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal” - (Art. 2º) – Política Nacional de Educação Ambiental. EDUCAÇÃO FISCAL A educação historicamente desempenha a função de ponte entre os direitos políticos e os sociais, devendo refletir diretamente na vida das pessoas e da sociedade, levando diretamente ao conhecimento dos princípios que fundamentam as práticas sociais e o reconhecimento das práticas democráticas, jamais perdendo de vista a sua função que é ajudar na construção da cidadania, garantindo que todas as crianças sejam escolarizadas considerando as exigências da natureza da cidadania estimulando o desenvolvimento do cidadão em formação. A educação escolar cidadã é aquela que leva o educando a ter uma leitura de mundo, compreendendo suas relações naturais e principalmente as sociais e políticas. O homem transforma-se para poder transformar a sociedade rompendo com uma situação primeira, para conquistar mais justiça e igualdade, onde o
  • 6. pensamento crítico e a participação possam alicerçá-lo na construção da cidadania. Mas a construção da cidadania é conquistar direitos e cumprir deveres. Conquistar refere - se a direitos, cumprir refere - se a deveres, é preciso cumprir os deveres de cidadão para assegurar os direitos. Portanto, é preciso garantir a conscientização e a formação da cidadania para poder atuar com uma visão crítica das diversas formas ideológicas. A Educação Fiscal é um programa que tem por objetivo geral promover e Institucionalizar a educação fiscal para o exercício da cidadania. (Programa Nacional de Educação Fiscal – Internet 26/11/2012). A Educação Fiscal consiste em promover a cidadania, levando informações ao cidadão a respeito da função social dos tributos, a importância do recolhimento de impostos e taxas para o bem comum e melhoria de qualidade de vida da população. Ela deve promover a participação do indivíduo levando-o a interagir positivamente no seu contexto social, através de uma prática comprometida com modificação da realidade em benefício da sociedade e da qualidade de vida da população, levando-o a compreender os problemas que assolam as sociedades de forma complexas. A formação dessa consciência deve ser, de que esta é uma prática permanente e que a população já perdeu muito por omissão ou desconhecimento. Para disseminar o Programa de Educação Fiscal a escola implanta as seguintes ações: • Desenvolver projetos interdisciplinares durante as atividades anuais, objetivando a formação de uma consciência de bem comum através de ação individual e permanente de cada um; cobrando a nota fiscal, compreendendo a sua função, entender os processos administrativos municipais, estaduais,e federais, mostrando qual o papel do contador; • Desenvolver atividades práticas com os alunos sobre impostos e taxas, através de pesquisas de campo, levando-os ao recolhimento de notas fiscais, ao cálculo do imposto embutido em tudo que consumimos, a função socioeconômica dos tributos e acompanhar a sua aplicação preferencialmente na disciplina de matemática.
  • 7. CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS “A educação é aqui concebida como um meio para a efetivação de direitos, já que educar pessoas é formar cidadãos; mas também é concebida como um fim em si mesma: a educação é um direito fundamental assegurado em documentos internacionais de Direitos Humanos e na Constituição brasileira.” (Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos). A educação em direitos humanos constitui pré-requisito indispensável à cidadania e à construção de uma cultura em direitos humanos. A cidadania é definida, contemporaneamente, como uma prática de ressignificação, desencadeada pelos conflitos de interpretação engendrada por políticas culturais. A luta pelos direitos humanos constitui um grande desafio que depende de práticas pedagógicas e projetos participativos que promovam a organização do trabalho pedagógico do colégio de forma a favorecer a formação de cidadãos e a construção de valores Desenvolvendo praticas educativas que articulem o desenvolvimento dos valores nos alunos: respeito as diferenças e o direito de ser diferente, amor, aceitação, afeto, tolerância, amizade, lealdade, senso de proteção coletiva, solidariedade, justiça social, cidadania, conceitos sobre o bem comum, educação sexual, respeito a natureza e ao espaço físico. Valoresque perpassam por todas as áreas do conhecimento, promovendo ações coletivas como: debates, palestras, discussões, projetos pedagógicos e feiras culturais, partindo das necessidades reais da comunidade escolar e outras atividades que venham a enriquecer o desenvolvimento de todos os envolvidos no processo educacional. Erradicar a violência moral e física entre os alunos, por meio de ações coletivas a partir dos valores citados acima. Logo, a Educação em Direitos Humanos se configura como um conjunto de ações com metas e objetivos integrados, baseados nos marcos legais dos quais o Estado brasileiro é signatário e onde se estabelece que o direito de aprender é um direito humano fundamental que deve ser garantido. ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA NA ESCOLA A reflexão sobre a violência nas escolas demanda uma análise da cultura da escola, que se constitui pelo conjunto dos saberes, teorias, princípios, práticas educativas, normas, modos de pensar e agir presentes nas instituições escolares. A violência tem aumentado assustadoramente em nossa
  • 8. civilização indo além das instâncias socioeconômicas e instaurando-se nas escolas como um fenômeno crescente, presente em especial nas que se localizam nas áreas urbanas, alterando o comportamento dos jovens que expressam a sua frustração sobre a família, o trabalho, a escola e a comunidade. (YUS, 2002, p.17) O colégio tem como uma de suas funções desenvolver um pensamento reflexivo nos alunos ajudando-os a construir uma compreensão coerente da realidade resgatando os princípios éticos e desenvolvendo ações que visam à promoção e difusão dos valores de solidariedade, respeito, honestidade, responsabilidade, fraternidade e de convivência que parecem estar sendo deixados de lado. Faz-se necessária a formação de uma cultura da paz, bem como o uso de diversas estratégias para a conscientização sobre o conflito e a sua resolução por meios pacíficos, pois os sujeitos constroem a sua cultura, seus modos de agir epensar com base nos valores que pautam e orientam a sua formação. É preciso fazer com que os alunos estejam certos de que o bem comum é a finalidade da humanidade. A violência nas escolas tem razões extraescolares, portanto o seu enfrentamento requer a participação da sociedade em geral e da comunidade local, em particular. Pensar que medidas podem ser tomadas e apoiar as iniciativas de mobilização social que assumem o compromisso com a redução da violência na sociedade e nas escolas é um dos caminhos viáveis, assim como promover a realização e disseminação de projetos nas comunidades enfatizando o diálogo e o respeito aos ideais dos alunos viabilizando a participação familiar e comunitária através do desenvolvimento de propostas de ação local. CULTURA AFRO-BRASILEIRA A trajetória da população negra brasileira, desde o sequestro na África, é marcada pela luta contra o preconceito, a discriminação e o racismo que marcaram – e marcam – a vida dessa população. Nesse processo de enfrentamento, podemos considerar – entre outros – três momentos fundamentais de resistência: a) a estratégias de luta contra a escravidão negra na formação dos quilombos; b) a resistência pós-escravidão, com a fundação de várias entidades negras locais, regionais e nacionais; c) o processo vivido
  • 9. ao longo desses quase dois séculos, em torno da constituição de dispositivos legais que atendam às reivindicações históricas da população negra. Entre as reivindicações históricas, a educação sempre foi pautada como uma possibilidade de construção de uma sociedade capaz de assegurar direitos sociais, políticos, econômicos e culturais a todos/as brasileiros/as. O desafio atual da educação é implementar nos municípios e estados da Federação políticas publicas de promoção da igualdade racial. Para isso, três fatores são fundamentais: investimentos na escola pública; uma proposta de formação dos profissionais de educação, centrada na reflexão sobre as desigualdades raciais historicamente construídas que permeiam o espaço escolar, e a construção de projetos político-pedagógicos nas escolas que dêem conta da diversidade na formação do povo brasileiro. O projeto político-pedagógico deve ser a expressão de vozes que foram silenciadas e um diálogo democrático em torno dos silenciamentos. É neste contexto que a Lei n.10.639/03 das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e a vasta produção teórica dos últimos anos nos convocam a propor estratégias que poderão auxiliar no trabalho dos educadores/as das várias áreas do conhecimento e não podem ficar fora do projeto político-pedagógico que deve ser a expressão do pensamento da comunidade educativa, com as marcas de um currículo sócio-político-histórico e cultural, contemplando a diversidade na constituição do povo brasileiro. Essas produções nos ajudam a descortinar um legado de produção negra em todas as áreas de conhecimento. A Educação para as Relações Étnico-Raciaise Cultura Afro-brasileira e Africana no colégio tem uma interface direta com todos os níveis e modalidades de ensino. O objetivo é divulgar e produzir conhecimentos, atitudes, posturas e valores que (re)eduquem alunos, educadoras/es, gestoras/es e a comunidade escolar como um todo para a igualdade étnico-racial e de gênero. PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS A prevenção ao uso indevido de drogas no âmbito das escolas públicas Estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que
  • 10. requer uma abordagem fundamentada teoricamente por meio de conhecimentos científicos. As propostas de prevenção utilizadas são moralistas e repressivas, limitando a compreensão de várias manifestações das drogas na sociedade. Do jovem drogado e violento é extraída a humanidade, ou seja, ele deixa de existir como sujeito e passa a ser um problema social, não mais um cidadão. Nessa situação original, reflete-se sobre os direitos dos indivíduos. A juventude pode ser definida como uma fase de “limiaridade” entre a dependência da família e a autonomia advinda de sua inserção no mercado de trabalho e das suas relações sociais adultas. A sociedade de hoje não tem condições de absorver a mão de obra jovem, e a escola, que não atualizou as formas de relação com a educação, caracteriza-se como um lugar pouco atraente e gerador de exclusão. É necessário que se reconheça o problema para que se possa enfrentá-lo. Os educadores ao compreenderem que o tema drogas foi inserido na agenda governamental, podem problematizar de forma concreta e direta as suas causas e consequências. Ao disseminarem conhecimento, promoverão reflexões e questionamentos permitindo a reavaliação de posturas “socialmente aceitas”, mostrando ao aluno e em conjunto com ele, que este comportamento, de ser usuário de drogas, traz conseqüências que podem afetar a si mesmo e a outros, e que, nem sempre, essas consequências serão toleradas socialmente. Um dos principais desafios é o de repensar os discursos e as práticas repressivas predominantes nos debates sobre prevenção. E assim, encaminhar outras práticas pedagógicas de prevenção de caráter critico, articulados aos conteúdos das diferentes disciplinas da educação básica. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDIGENA Os problemas enfrentados pelos povos indígenas são muitos: a maioria das terras ainda está em fase de demarcação ou homologação; as áreas indígenas invadidas por não índios; dificuldade de acesso à saúde e à educação. Entretanto, diversas etnias têm buscado, nos últimos tempos, a educação escolar como um instrumento em favor da redução das desigualdades, de afirmação de direitos e conquistas e de facilitar o diálogo Intercultural com os diferentes agentes sociais.
  • 11. A educação indígena se caracteriza pelos processos tradicionais de aprendizagem e aquisição dos saberes peculiares de cada etnia, esse conhecimento é transmitido de forma oral no dia-a-dia, nos rituais e nos mitos. Lideranças indígenas e pesquisadores fazem distinção entre educação indígena e educação escolar indígena. Essa última complementaria aqueles conhecimentos tradicionais por processos de ensino-aprendizagem que lhes garantissem acesso aos códigos escolares não indígenas. A formação da consciência da cidadania, a capacidade de reformulação de estratégias de resistência, a promoção de suas culturas e a apropriação das estruturas da sociedade não indígenas, pela aquisição de novos conhecimentos úteis para melhoria de suas condições de vida, estão em pauta nas propostas relativas à educação escolar indígena. Abandonam-se os pressupostos educacionais que, desde a colônia, tinham características integracionistas visando a homogeneização da sociedade brasileira pela aculturação e assimilação. Atendendo às demandas e às experiências inovadoras desenvolvidas por organizações indígenas, a educação escolar indígena passa a ser reconhecida pela constituição de 1988 e pela legislação relativa à educação como comunitária, intercultural, bilíngue, específica e diferenciada. A educação diferenciada possibilita que o ensino trabalhado em cada escola preserve os universos socioculturais específicos de cada etnia. Daí ela ser bilíngue, preferencialmente ministrada por professores indígenas em escolas indígenas nas aldeias e com programas curriculares definidos pelas próprias comunidades. GENERO E DIVERSIDADE SEXUAL Durante todo o século XX e início do século XXI as lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e também pelo respeito á diversidade têm sido constantes. Todavia, o predomínio de atitudes e convenções sociais discriminatórias, em todas as sociedades, ainda é uma realidade tão persistente quanto naturalizada. O Brasil tem conquistado importantes resultados na ampliação do acesso e no exercício dos direitos, por parte de seus cidadãos. No entanto, há ainda imensos desafios a vencer, quer do ponto de vista objetivo, como a ampliação do acesso à educação básica e de nível médio, assim como do
  • 12. ponto de vista subjetivo, como o respeito e a valorização da diversidade. As discriminações de gênero, étnico-racial e por orientação sexual, como também a violência homofóbica, são produzidas e reproduzidas em todos os espaços da vida social brasileira. A escola, infelizmente, é um deles. Não bastarão leis, se não houver a transformação de mentalidades e práticas,daí o papel estruturante que adquirem as ações que promovam a discussão desses temas, motivem a reflexão individual e coletiva e contribuam para a superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso. Ações educacionais no campo da formação de profissionais e alunos, como Gênero e Diversidade na Escola, são fundamentais para ampliar a compreensão e fortalecer a ação de combate à discriminação e ao preconceito. Contribuição da Professora Vanilde A21E – SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS PARA FORMAÇÃO GLOBAL DOS DISCENTES. A A21E consiste num plano de atividades que visem à preservação ambiental, bem como a sustentabilidade da sociedade no que concernem as modificações e utilização dos recursos naturais em prol da manutenção e
  • 13. desenvolvimento da sociedade. A elaboração da agenda conta com a participação da comunidade escolar e comunidade de entorno (sociedade no Geral), composta pela família e circulo de relacionamento do educando. Ao pensarmos como o trabalho com a agenda A21E pode contribuir com recursos para o trabalho pedagógico pode-se refletir: A construção do plano de ação da A21E (Agenda 21 escolar) passa por cinco fases distintas e integradas, a partir das quais os trabalhos são estruturados, desenvolvidos e avaliados e em cada uma das cinco fases que serão relatadas a seguir é fornecido uma ampla gama de possibilidades para o desenvolvimento global do educando, e o aproveitamento destes subsídios se dá na medida em que o docente consegue envolver o educando em todas as etapas do processo. 1° Motivação e reflexão: É a fase em que os educandos e a comunidade escolar e comunidade de entorno são convidados a conhecer e refletir sobre uma determinada realidade ambiental e sensibilizar o respectivo público da importância da participação ativa e os ganhos que as iniciativas ou projetos originados da A21E trarão para os envolvidos. 2° Criação do fórum permanente de discussões: É o momento em que iniciam em caráter oficial os trabalhos da A21E do estabelecimento de ensino. É neste momento que são previstos e propostos os trabalhos a serem executados pelos participantes, neste ponto os educandos podem ser envolvidos nas discussões de quais são os problemas ambientais encontrados na sua comunidade, bairro ou cidade, ou até mesmo na própria escola. O grupo de discussão deve ser formado por representantes de todos os seguimentos envolvidos na A21E, educandos, educadores, comunidade de entorno e quem mais representar um seguimento distinto. O fórum servirá como base e ponto de encontro para avaliação e manutenção do plano de trabalho elaborado para a A21E. 3° Diagnóstico: Momento em que o grupo de trabalho estuda a fundo o problema ou cenário ambiental no qual se pretende interferir, por exemplo: implantar na escola um programa de coleta seletiva do lixo, a partir da verificação que os lixos são coletados de forma unificada e que isso implica em dificuldades para
  • 14. os agentes de reciclagem, como catadores de papel. Os educandos são inseridos no contexto e constatam o problema, podem entender que isso é feito devido a falta de recipientes individualizados e identificados para ajudar na seletividade do descarte do lixo. Entendendo esse cenário poderão identificar soluções possíveis para o problema, como exemplo a implantação de lixeiras específicas e identificadas para cada tipo de rejeito, (papel, plástico, rejeito orgânico, dentre outros). 4° Ação: Este é o momento de por em prática as propostas de solução para os problemas identificados na fase de diagnóstico; o educando poderia ser envolvido para concretizar as iniciativas propostas, ainda utilizando o exemplo da coleta seletiva do lixo, os educandos poderiam ser conduzidos e tomar iniciativas para aquisição dos repositórios de lixo identificados, várias matérias poderiam ser envolvidas objetivando a interdisciplinariedade, onde podemos citar: a matemática para calculo dos valores e capacidades de cada lixeira; biologia, na contextualização de como a natureza seria beneficiada com a reciclagem do lixo; a geografia na definição de quais os espaços públicos e da comunidade de entorno que deveriam ser munidos com as lixeiras para coleta seletiva do lixo; língua portuguesa e artes, na confecção de cartazes comunicando as pessoas sobre a importância da coleta seletiva, dentre outras matérias que poderiam ser trabalhadas visando dotar o educando de uma visão ampla e de como as disciplinas e saberes se relacionam entre si e como é importante o domínio dos conteúdos. 5° Avaliação/ Acompanhamento / Revisão: Esses processos são executados durante o fórum e visam avaliar e acompanhar o andamento das atividades e ações empreendidas para resolver os problemas ambientais elencados na A21E. Os educandos poderiam ser envolvidos no acompanhamento e fiscalização das ações propostas e o cumprimento dos prazos. Os educandos devem ser levados a refletir sobre os resultados das ações quanto sua eficácia ou ineficácia, sendo que para o ultimo caso levado a pensar quais motivos levaram ao insucesso e se as ações devem ser reavaliadas e quais devem ser abandonadas por motivo de inaplicabilidade. Mais uma vez várias disciplinas poderiam ajudar no processo de avaliação, dentre as quais podemos citar a
  • 15. matemática para construção de indicadores; a sociologia na busca do entendimento dos fatores sociais que motivam as pessoas a aderirem ou repudiarem determinadas iniciativas para preservação ambiental, inclusive o inconsciente coletivo que demonstra que embora a maioria das pessoas aceite que devem ter atitudes que preservem o meio ambiente mais não fazem o mínimo para que isso efetivamente aconteça; a biologia, física e química poderiam contextualizar quais os problemas ambientais que a coleta seletiva de lixo poderá evitar a longo prazo para a comunidade e para si próprios, constatando assim a eficácia das ações da A21E que foram bem sucedidas. Os resultados poderiam ser expostos em murais e cartazes dentro da instituição reforçando o sucesso do projeto e o compromisso de manter os trabalhos de coleta seletiva do lixo ao longo dos anos, reconhecendo o esforço empreendido e o sucesso conquistado levando ao educando a motivar-se com o trabalho e a satisfação que o mesmo pode trazer ao longo da sua vida pessoal e profissional.