O documento contém relatórios de 8 alunos com dificuldades de aprendizagem. Menciona desafios como baixo compromisso, ansiedade, falta de estratégias de estudo e necessidade de acompanhamento contínuo para promover o sucesso escolar no futuro.
Análise Questionario aos Encarregados de Educação 2014
8e 3período
1. Ana Catarina Pereira Teixeira
Da informação recolhida e comunicável podemos constatar que a aluna revela
dificuldades cognitivas que, apesar de não limitarem linearmente a possibilidade de
cumprir o currículo, associadas ao muito baixo compromisso com o papel de aluna, têm
impedido uma obtenção mais rápida de sucesso. De facto, não parece exisitir resistência
à escola, não obstante não existir uma rotina de estudo individual. Como tal, os papéis
sociais são mais valorizados, essencialmente porque representam uma fonte de
autoestima, enquanto que a escola representa fonte de frustração. É recomendável o
encaminhamento da aluna para um percurso educativo-formativo, em caso de retenção,
por forma a que consiga com maior facilidade concluir o 3º ciclo.
Joana Margarida Sampaio Oliveira
Ao longo do 3º período não houve lugar a acompanhamentos, uma vez que a informação
recolhida no que diz respeito ao diagnóstico foi enviada para consulta médica de
especialidade. É de reforçar que a aluna revela dificuldades ao nível da atenção,
associadas a dificuldades de aprendizagem não especificadas, das quais não conseguimos
obter diagnóstico mais concreto. De salientar também que ao nível do estudo autónomo,
a aluna faz um elevado esforço para conseguir manter níveis mínimos de sucesso,
situação que aliada a alguma instabilidade emocional por motivos pessoais denota um
grande compromisso com a escola e a aprendizagem. Deverá haver lugar à continuidade
da intervenção psicológica mais sistemática no próximo ano letivo, preferencialmente de
caráter clínico.
Juliana Patrícia Ferreira Neves
Ao longo do 3º período, foi mantida a supervisão dos resultados, sendo a aluna instada a
investir mais no estudo autónomo. A compreensão da regularidade destas estratégias,
bem como uma maior integração da escola no projeto de vida não é com facilidade
integrada pela aluna, razão pela qual enceta alguns esforços de melhoria que nem
sempre se traduzem nos resultados necessários. Em caso de retenção, deverá ser
ponderado um percurso formativo-educativo mais orientado para atividades práticas,
que facilite um envolvimento mais substancial nas tarefas de aprendizagem.
Patricia Daniela Alves Tinoco
O acompanhamento ao longo deste período foi de caráter esporádico, uma vez que
parecem ter havido melhorias significativas ao nível do autoconceito, o que se verifica
por uma maior abertura à comunicação e à interação com colegas. Não obstante, a
ausência de estratégias de estudo consistentes não permitem uma mudança profunda
dos resultados, sendo expectável que progressivamente a aluna vá, caso seja do ponto
de vista emocional reforçada, melhorando a sua prestação. É essencial não permitir a
desvalorização do papel de aluna em detrimento de outros papéis de vida, situação que
poderá acontecer caso haja uma elevada disparidade entre a escola como fonte de
autoestima e outros contextos.
Pedro Miguel RibeiroAraújo
Não se procedeu à realização de acompanhamentos regulares, sendo mantida a
supervisão dos progressos do aluno através de contactos informais com o aluno e com a
2. encarregada de educação. De facto, houve uma alteração positiva de comportamento
face ao estudo autónomo e ao valor atribuído à escola, sendo contudo de reforçar a
necessidade de supervisão atenta por parte do conselho de turma no decorrer do 9º ano,
no qual a importância atribuída à avaliação através de exame poderá gerar alguma
descontinuidade entre o sucesso obtido este ano letivo e o sucesso necessário no
próximo ano.
Rúben Daniel Sá Costa
O aluno foi acompanhado por forma a promover uma maior compreensão entre o
investimento no estudo autónomo e os resultados escolares. Pareceu evidenciar ao
longo do ano pouca consciência da necessidade de cumprir as tarefas, nomeadamente
trabalhos de casa e até a preparação para os testes, situação que deriva de uma
desmobilização face à escola. A família parece não conseguir eficazmente garantir uma
maior valorização do papel de aluno, razão pela qual o mesmo não foi recuperando os
baixos resultados. A esta situação associa-se, do ponto de vista comportamental, o facto
de assentir com muita facilidade ao que lhe é proposto ao nível das estratégias de estudo
mas depois não cumprir. Não revela dificuldades de caráter cognitivo, pelo que as
estratégias no próximo ano letivo deverão assentar na promoção de uma maior
mobilização para com o valor da escola.
Sofia Isabel Sampaio da Costa
A aluna foi sinalizada por evidenciar dificuldades escolares, associadas a um muito baixo
investimento no papel de aluna. Não parece existir uma compreensão total e coerente
da necessidade de esforço continuado, ao que algum sobreprotecionismo familiar
associado tem conduzido a uma desvalorização de prazos de trabalhos, de caráter
autónomo. Apesar da aluna ter uma atitude bastante positiva em sala de aula,
conseguimos compreender que evidencia um quadro ansioso bastante acentuado, que
não justifica a totalidade dos resultados mas que em grande medida compromete a
obtenção de níveis mais satisfatórios, especialmente nos testes. Os comportamentos de
evitamento frequente são comportamentos classicamente associados a perturbações de
ansiedade, assim como a somatização (tradução em sintomas físicos de estados
emocionais) ou o défice de atenção. Como tal, sugere-se a continuidade no próximo ano
letivo do acompanhamento psicológico, devendo o mesmo ser, preferencialmente, de
caráter clínico. Ao nível escolar, sugere-se a manutenção coerente (de todos os
professores) de estratégias de reforço positivo dos sucessos.
TelmoPires da Silva
A intervenção ao longo deste período incidiu na valorização dos sucessos
comportamentais obtidos, a par do reforço das estratégias de estudo autónomo
desenvolvidas. A motivação do aluno e da família no sentido da toma da medicação
prescrita e no âmbito do quadro de perturbação de défice de atenção parece também
ter surtido particular efeito. Deverá haver continuidade no próximo ano letivo, por forma
a garantir a manutenção dos níveis motivacionais do aluno e eficazmente transitar para o
ensino secundário.