Este documento apresenta o plano de ensino da disciplina de Mecanoterapia para o ano de 2014/2. O sumário inclui:
1) Objetivos da disciplina como estimular o desenvolvimento de técnicas de abordagem ao paciente e criatividade nos atendimentos;
2) Conteúdo programático incluindo os tipos de dispositivos mecanoterápicos aplicados e propriocepção;
3) Metodologia com aulas teórico-práticas, estudos de caso, provas e confecção de dispositivos.
4. PLANO DE ENSINO
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DISCIPLINA: MECANOTERAPIA CÓDIGO: 6997
DEPARTAMENTO: EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1. Universidade de Santa Cruz do Sul
2. Endereço: Av. Independência, 2293 – Santa Cruz do Sul
3. Curso(s) onde é ofertada: 218 FISIOTERAPIA
4. Nº de créditos: 4.0 Carga Horária: 60.0 h
5. Tipo de oferta da disciplina: ( X ) Presencial ( ) Semipresencial – 100%
6. Professora: LISIANE LISBOA CARVALHO
7. Semestre / Ano: 2014/2
8. Laboratório(s): ( )Não ( X)Sim
Qual(is)? LAB 3422
Nº máximo de alunos: 20
5. II – EMENTA
DISPOSITIVOS INSTRUMENTAIS DE NATUREZA MECÂNICA APLICADO AO
MOVIMENTO MÚSCULO-ARTICULAR PARA TERAPÊUTICA E PREVENÇÃO DE
ACOMETIMENTOS FÍSICOS FUNCIONAIS. CONSTRUÇÃO DE DISPOSITIVOS
ALTERNATIVOS. PROPRIOCEPÇÃO E SUA RELAÇÃO COM OS DISPOSITIVOS
MECÂNICOS.
III – OBJETIVOS
Estimular e proporcionar ao estudante o desenvolvimento de técnicas de
abordagem ao paciente, atenção à saúde, e criatividade nos atendimentos
fisioterapêuticos com a utilização da mecanoterapia.
Propor o acompanhamento dos estudantes durante atendimentos fisioterapêuticos
na clinica Escola, para estimular a articulação teórica e prática.
Sugerir a confecção de dispositivos ou adaptação dos existentes para o
desenvolvimento da criatividade e redução de custos aos pacientes.
Estimular o raciocínio para o tratamento fisioterapêutico através de estudos de
casos.
Executar em aula a prescrição de exercícios com e sem dispositivos aplicados na
presença de pacientes para relatar a realidade nos atendimentos.
Estimular à leitura de artigos científicos com intuito de incentivar o estudante a
produção científica.
6. IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Dispositivos mecânicos:
1.1 caracterização.
1.2 definição.
1.3 classificação dos dispositivos mecânicos.
2. Tipos de dispositivos aplicados aos exercícios de força, potência e
resistência à fadiga.
3. Tipos de propriocepção e sua relação com os dispositivos
mecânicos.
4. Construção e/ou adaptação de dispositivos mecanoterapêuticos.
5. Noções de pilates solo.
7. V – PROGRAMAÇÃO
Data/Tempo previsto Conteúdo
04/08/2014 Apresentação/distribuição dos grupos e conteúdos;
Considerações iniciais, definições e reconhecimento dos
dispositivos.
11/08/2014 Princípios; resistências; classificação dos aparelhos e dispositivos.
18/08/2014 Dispositivos de Membros superiores/ Prática; estudo dirigido sobre a
temática.
25/08/2014 Grupo 01 apresentação: estudo de caso de membros superiores- 2,0
(1,0 conteúdo + 1,0 apresentação individual).
01/09/2014 Dispositivos de Membros Inferiores/ Prática; estudo dirigido sobre a
temática.
08/09/2014 Grupo 02 apresentação: estudo de caso de membros inferiores- 2,0
(1,0 conteúdo + 1,0 apresentação individual).
15/09/2014 Dispositivos de equilíbrio/Cama ortostática - estudo dirigido sobre a
temática
22/09/2014 Dispositivos mecanoterapêuticos para coluna: Tração; cervical e
lombar.
29/09/2014 Grupo 03 apresentação: estudo de caso de tração- 2,0 (1,0
conteúdo + 1,0 apresentação individual).
8. 06/10/2014 Grupo 4 apresentação: estudo de caso sobre lesões do trabalho e o
uso da mecanoterapia- 2,0 (escrita 1,0 + 1,0 apresentação).
20/10/2014 Prova teórica: 2,5
27/10/2014 Oficina do mecanoplus e bola suiça: Cada grupo irá apresentar uma
série de 4 exercícios para cada equipamento seguindo o que estudou
no estudo de caso.
03/11/2014 Saída de Campo (studio de pilates). Demonstração de uma aula
experimental de pilates completo.
10/11/2014 Prescrição de exercícios terapêuticos com exemplos práticos em aula
a partir de artigos e estudos de casos.
17/11/2014 Discussão em aula sobre artigos científicos que utilizam a
mecanoterapia em suas diferentes áreas de atuação.
24/11/2014 Prova prática - estudo de casos (3,0)
01/12/2014 Oficina sobre elaboração de atestado, relatórios, encaminhamentos.
Após socialização dos grupos (teatro).
08/12/2014 Entrega do dispositivo e ou adaptação (1,5). Entrega do Relatório
observacional de um dispositivo mecânico (1,0).
Encerramento da disciplina com discussão e avaliação coletiva.
15/12/2014 EXAME
10. VI- AVALIAÇÕES
• Estudo de caso em grupo (1,0 conteúdo + 1,0
apresentação de cada integrante) = 2.0
• Prova teórica: 2,5
• Prova prática em dupla: 3,0
• Relatório observacional de um dispositivo mecânico na
clínica FisioUnisc: 1,0
• Confecção/adaptação dispositivo: 1,5
12. Estudos de caso em grupo:
Criar um caso com uma patologia direcionada ao segmento
corporal já definido;
Apresentar a terapêutica e os recursos fisioterapêuticos
adequados, incluindo a MECANOTERAPIA.
Contextualizar a patologia com conceito, sinais e sintomas,
atenção e cuidados fisioterápicos adequados.
Preparar uma aula prática para que todos executem as
atividades apresentadas e propostas.
Providenciar material impresso para professora.
Valor: 2,0 (1,0 escrita + 1,0 apresentação) cada acadêmico
receberá a nota de apresentação individual.
13. Observação Individual:
O aluno deverá marcar a data de sua observação com à
secretária da Clínica FisioUnisc.
No relatório deve constar: Patologia do paciente,
métodos/objetivos utilizados pelo estagiário de fisioterapia
durante a observação;
Nome do dispositivo, princípios e classificação dos
dispositivos de mecanoterapia.
Relatório observacional de um dispositivo mecânico na clínica
FisioUnisc: 1,0.
14. IV – REFERÊNCIAS BÁSICAS Nº ex.
ACHOUR JÚNIOR, Abdallah. Exercícios de alongamento: anatomia e
fisiologia. 1. ed. São Paulo: Manole, 2002. 550 p.
17
BANDY, William D.; SANDERS, Barbara. Exercício terapêutico: técnicas
para intervenção. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 361 p.
5
MUNIZ, José Wagner Cavalcante; TEIXEIRA, Renato da Costa.
Fundamentos de administração em fisioterapia. Barueri: Manole, 2003.
179 p.
8
O'SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J. Fisioterapia: avaliação e
tratamento. 4. ed. São Paulo: Manole, 2004. 1152 p.
6
PRENTICE, William E.; QUILLEN, William S.; UNDERWOOD, Frank B.
Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. 2. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2004. 472 p.
10
SHANKAR, Kamala. Prescrição de exercícios. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2002. 358 p.
9
V – REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES Nº ex.
GROSS, Jeffrey; FETTO, Joseph; ROSEN, Elaine. Exame
musculoesquelético. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. 470 p.
13
KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos:
fundamentos e técnicas. 5. ed. São Paulo: Manole, 2009. 972 p. ISBN 978-
85-204-2726-2
23
SOUZA, Angélica de. Propriocepção. Rio de Janeiro: MEDSI, 2004.
198p.
10
15. “é um dos recursos fisioterápicos, que associado à
cinesioterapia se utiliza de aparelhos (dispositivos) na execução
das atividades terapêuticas que visam melhorar a funcionalidade
de segmentos corporais, podendo ou não usar resistência
associada.
CONCEITO DE MECANOTERAPIA:
(Silva, A. C. F. 2006)
16. É qualquer forma de exercício em que a resistência é aplicada por
meio de algum tipo de equipamento.
O exercício com resistência mecânica é um componente integral da
reabilitação e dos programas de condicionamento para pessoas de
todas as idades.
EXERCÍCIOS COM RESISTÊNCIA MECÂNICA
(Kisner, C; Colby, L. A. 2009)
17. OBJETIVOS:
(Gradiner, 1995; Kisner, C; Colby, L. A. 2009)
Exercício Resistido:
Melhorar a função;
Aumentar a resistência muscular à fadiga;
Aumentar a força;
Aumentar a potência muscular.
18. OBJETIVOS:
(Gradiner, 1995; Kisner, C; Colby, L. A. 2009)
Mecanoterapia:
Desenvolver e aprimorar movimentos;
Estabelecer o equilíbrio do segmento corpóreo através do
exercício com ajuda do dispositivo mecânico;
Tracionar segmentos corpóreos com ajuda de algum dispositivo;
Estimular a manutenção e o aumento da amplitude de
movimento;
Interage especialmente com a cinesioterapia e a hidroterapia;
Proporciona desafio aos pacientes e terapeutas;
Condiciona o paciente a querer sempre “o a mais”
Desenvolve a capacidade criativa do FISIOTERAPEUTA.
19. INDICAÇÕES
(Kisner, C; Colby, L. A. 2009)
Mecanoterapia:
Sempre que houver possibilidade;
Poderão ser realizados exercícios ativos/ativos-assistidos/ativos-
resistidos;
Para incrementar o atendimento e possibilitar a motivação para
alcançar dos objetivos propostos;
Sempre que o paciente apresentar condições físicas compatíveis;
Para ganho resistência à fadiga muscular , de força e da potência.
Exercício Resistido:
Aumentar a resistência muscular à fadiga;
Aumentar a força;
Aumentar a potência muscular.
20. CONTRA-INDICAÇÕES:
Dor:
O paciente não pode referir dor durante a atividade ou após 24hs, Caso
aconteça a terapêutica deverá ser reavaliada. Porque a dor é um sinal
NEGATIVO importante nas atividades físicas e deve ser constantemente
avaliada e respeitada.
(Kisner, C; Colby, L. A. 2009)
Processos inflamatórios:
O exercício resistido não é indicado quando o músculo ou a articulação
apresentarem-se inflamados e/ou edemaciados porque haverá um aumento
deste edema, do calor e consequentemente a piora da lesão.
21. Pacientes clinicamente muito debilitados E/OU intolerantes a carga
ou atividade física ativa (doença cardiopulmonar grave);
Patologias que poderão ter efeito contrário ao solicitado ( pós-
cirúrgico imediato).
CONTRA-INDICAÇÕES:
23. Podem ser:
• Móveis: podem ser colocados em
qualquer lugar;
• Semimóveis: alguns aspectos mudam de
lugar ou parte do dispositivo
• Fixos: não podem mudar de lugar ou não
há alteração em sua configuração
24. São eles:
• Aparelhos facilitadores
• Aparelhos que proporcionam resistência
ao movimento
• Treino de marcha
• Aparelhos de Tração
• Dispositivos de equilíbrio
25. Facilitadores
• São aqueles que auxiliam, ajudam na
execução do movimento – não apresentam
nenhum tipo de resistência...
• Barra de ling; Prancha ortostática; Tábua de
quadríceps; Exercitador de ombro; Skate
abdução; Flap; Exercitador de tornozelo livre,
etc.
26. Resistência ao movimento
• São aqueles que ao mesmo tempo que
auxiliam o movimento proporcionam
resistência ao longo de sua execução -
apresentam algum tipo de resistência.
27. Exemplos
• Flexor de dedos; Rolo de punho ;Prono-
supinador; Mesa de Kanavel; Polia de
teto; Roda de ombro; Escada de dedos;
Duplex; Halteres; Bota de delorme; Mesa
(tábua) de quadríceps ;Mesa de Bonet;
Exercitador de tornozelo c/mola; Bicicleta
estacionária Vertical e Horizontal; Esteira
mecânica e elétrica; Proprioceptor; Cama
elástica; ...
28. Aparelhos de tração
• São aqueles que tracionam o segmento corporal.
Esta tração poderá ocorrer através de vários
princípios de tracionamento(pneumático, mecânico,
manual, elétrico
As trações a serem estudadas
• Tração cervical mecânica ou elétrica (fixa)
• Tração lombar mecânica ou elétrica (semimóvel)
• Tração cervical pneumática
29. Aparelhos para treino de marcha
• Barras paralelas
• Treino móvel com cinta de
sustentação(acima das paralelas)
• Escada de canto
• Escada-rampa
• Rampa
• Tábua de inversão-eversão