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O USO DA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DO TERRENO NO PROCESSO DE
 ELABORAÇÃO DE MAPEAMENTO GEOTÉCNICO : SISTEMATIZAÇÃO E
      APLICAÇÃO PARA A QUADRÍCULA DE CAMPINAS (SP).


                          Volume I




                JOSÉ AUGUSTO DE LOLLO


                Tese apresentada à Escola de Engenharia de São
                Carlos,   da    Universidade   de   São   Paulo,   como
                parte dos requisitos para a obtenção do título
                de Doutor em Engenharia : Geotecnia.


                ORIENTADOR : Prof. Dr. Lázaro Valentin Zuquette




                          São Carlos
                               1995
O USO DA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DO TERRENO NO PROCESSO DE
 ELABORAÇÃO DE MAPEAMENTO GEOTÉCNICO : SISTEMATIZAÇÃO E
      APLICAÇÃO PARA A QUADRÍCULA DE CAMPINAS (SP).


                          Volume II




                JOSÉ AUGUSTO DE LOLLO


                Tese apresentada à Escola de Engenharia de São
                Carlos,    da    Universidade   de   São   Paulo,   como
                parte dos requisitos para a obtenção do título
                de Doutor em Engenharia : Geotecnia.


                ORIENTADOR : Prof. Dr. Lázaro Valentin Zuquette




                          São Carlos
                                1995
Lollo, José Augusto de

L837a     O uso da técnica de avaliação do terreno no processo de

        elaboração de   mapeamento    geotécnico   :   sistematização   e   aplicação   na

        Quadrícula de Campinas (SP) / José Augusto de Lollo.--

        São Carlos, 1995.

        2v.



          Tese (Doutorado) -- Escola de Engenharia de São Carlos -

        Universidade de São      Paulo, 1995

          Orientador : Prof. Dr. Lázaro Valentin Zuquette



        1. Geologia de Engenharia. 2. Mapeamento Geotécnico. I. Título.
FOLHA DE APROVAÇÃO




             Tese defendida e aprovada em ___/___/___,
                     pela comissão julgadora :




____________________________________________________________________




____________________________________________________________________




____________________________________________________________________




____________________________________________________________________




____________________________________________________________________




                           _____________________________________
                                     Presidente da CPG
AGRADECIMENTOS



     Ao Professor Lázaro Valentin Zuquette pela orientação segura e
extremamente capaz, e por todos os conselhos durante o decorrer do
presente trabalho.


     Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior
- CAPES, pela bolsa de estudos concedida.


     Faculdade     de   Engenharia   de   Ilha   Solteira   -    UNESP,   pelo
afastamento concedido.


     Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, pelos recursos.


     A todos os colegas, professores e funcionários do Departamento
de Geotecnia da EESC - USP, pela amizade e apoio.


     A   Rossana   e    Marcela,   pela   capacidade   de   me   proporcionar
momentos de grande alegria durante um período de tantas dificuldades
e incertezas.
“Seja modesto e prudente antes de abrir a boca,
mas, depois de abrí-la, seja arrogante e orgulhoso.
Não seja choramingas e complexado, isso aborrece.”




 Umberto Eco (1977), sobre a postura a
 ser assumida ao se escrever uma tese.
LISTA DE FIGURAS



Figura 01 - Aplicação da técnica de avaliação do terreno......... 12
Figura 02 - Uso da avaliação do terreno para zoneamento regional. 13
Figura 03 - Zoneamento visando o aproveitamento agrícola......... 14
Figura 04 - Uso da técnica para levantamento de agregado......... 15
Figura 05 - Zoneamento para condições de estabilidade............ 16
Figura 06 - Levantamento de faixa para obra linear............... 18
Figura 07 - Zoneamento para fins agrícolas....................... 19
Figura 08 - Zoneamento regional multifinalidade.................. 20
Figura 09 - Levantamento regional para finalidades rodoviárias... 21
Figura 10 - Zoneamento de risco para estabilidade de terrenos.... 22
Figura 11 - Aplicação em zoneamento multifinalidade.............. 24
Figura 12 - Levatntamento de feições para análise de estabilidade 25
Figura 13 - Carta de risco para a região de Ribeirão Preto....... 28
Figura 14 - Localização da área estudada......................... 30
Figura 15 - Núcleos urbanos e ligações rodoviárias da área....... 31
Figura 16 - Mapeamentos geotécnicos efetuados na área na EESC.... 32
Figura 17 - Distribuição dos tipos climáticos na área estudada... 33
Figura 18 - Distribuição dos tipos vegetais na área estudada..... 34
Figura 19 - Bacias hidrográficas presentes na área............... 36
Figura 20 - Sistemas aquíferos presentes na área estudada........ 37
Figura 21 - Associações geomorfológicas presentes na área........ 38
Figura 22 - Mapa geológico simplificado da área.................. 40
Figura 23 - Distribuição dos principais grupos de solos na área.. 48
Figura 24 - Capacidade de uso da terra na área estudada.......... 50
Figura 25 - Carta de uso da terra para a área estudada........... 51
Figura 26 - Estereopar representativo de sistema de terreno...... 56
Figura 27 - Procedimento usado para montagem dos fotomosaicos.... 58
Figura 28 - Estereopar representativo de unidade de terreno...... 59
Figura 29 - Estereopar representativo de elemento de terreno..... 63
Figura 30 - Elaboração de seções cruzadas........................ 65
Figura 31 - Representação do sistema 1........................... 82
Figura 32 - Representação do sistema 2........................... 83
Figura 33 - Representação do sistema 3........................... 84
Figura 34 - Representação do sistema 4........................... 85
Figura 35 - Representação do sistema 5........................... 86
Figura 36 - Representação do sistema 6........................... 87
Figura 37 - Representação do sistema 7........................... 88
Figura 38 - Representação da unidade 1.1......................... 90
Figura 39 - Representação da Unidade 1.2......................... 91
Figura 40 - Representação da Unidade 1.3......................... 92
Figura 41 - Representação da Unidade 2.1......................... 93
Figura 42 - Representação da Unidade 2.2......................... 94
Figura 43 - Representação da Unidade 2.3......................... 95
Figura 44 - Representação da Unidade 2.4......................... 96
Figura 45 - Representação da Unidade 3.1......................... 97
Figura 46 - Representação da Unidade 3.2......................... 98
Figura 47 - Representação da Unidade 3.3......................... 99
Figura 48 - Representação da Unidade 3.4........................ 100
Figura 49 - Representação da Unidade 4.1........................ 101
Figura 50 - Representação da Unidade 4.2........................ 102
Figura 51 - Representação da Unidade 4.3........................ 103
Figura 52 - Representação da Unidade 4.4........................ 104
Figura 53 - Representação da Unidade 5.1........................ 105
Figura 54 - Representação da Unidade 5.2........................ 106
Figura 55 - Representação da Unidade 5.3........................ 107
Figura 56 - Representação da Unidade 6.1........................ 108
Figura 57 - Representação da Unidade 6.2........................ 109
Figura 58 - Representação da Unidade 6.3........................ 110
Figura 59 - Representação da Unidade 7.1........................ 111
Figura 60 - Representação da Unidade 7.2........................ 112
Figura 61 - Representação da Unidade 7.3........................ 113
Figura 62 - Representação da Unidade 7.4........................ 114
Figura 63 - Representação da Unidade 7.5........................ 115
Figura 64 - Características Geotécnicas da Unidade 1.1.......... 117
Figura 65 - Características Geotécnicas da Unidade 1.2.......... 118
Figura 66 - Características Geotécnicas da Unidade 1.3.......... 119
Figura 67 - Características Geotécnicas da Unidade 2.1.......... 121
Figura 68 - Características Geotécnicas da Unidade 2.2.......... 122
Figura 69 - Características Geotécnicas da Unidade 2.3.......... 123
Figura 70 - Características Geotécnicas da Unidade 2.4.......... 124
Figura 71 - Características Geotécnicas da Unidade 3.1.......... 126
Figura 72 - Características Geotécnicas da Unidade 3.2.......... 127
Figura 73 - Características Geotécnicas da Unidade 3.3.......... 128
Figura 74 - Características Geotécnicas da Unidade 3.4.......... 129
Figura 75 - Características Geotécnicas da Unidade 4.1.......... 131
Figura 76 - Características Geotécnicas da Unidade 4.2.......... 132
Figura 77 - Características Geotécnicas da Unidade 4.3.......... 133
Figura 78 - Características Geotécnicas da Unidade 4.4.......... 134
Figura 79 - Características Geotécnicas da Unidade 5.1.......... 136
Figura 80 - Características Geotécnicas da Unidade 5.2.......... 137
Figura 81 - Características Geotécnicas da Unidade 5.3.......... 138
Figura 82 - Características Geotécnicas da Unidade 6.1.......... 140
Figura 83 - Características Geotécnicas da Unidade 6.2.......... 141
Figura 84 - Características Geotécnicas da Unidade 6.3.......... 142
Figura 85 - Características Geotécnicas da Unidade 7.1.......... 144
Figura 86 - Características Geotécnicas da Unidade 7.2.......... 145
Figura 87 - Características Geotécnicas da Unidade 7.3.......... 146
Figura 88 - Características Geotécnicas da Unidade 7.4.......... 147
Figura 89 - Características Geotécnicas da Unidade 7.5.......... 148
Figura 90 - Áreas de ocorrência do sistema 1 na área............ 151
Figura 91 - Áreas de ocorrência do sistema 2 na área............ 153
Figura 92 - Áreas de ocorrência do sistema 3 na área............ 156
Figura 93 - Áreas de ocorrência do sistema 4 na área............ 159
Figura 94 - Áreas de ocorrência do sistema 5 na área............ 162
Figura 95 - Áreas de ocorrência do sistema 6 na área............ 165
Figura 96 - Áreas de ocorrência do sistema 7 na área............ 168
LISTA DE TABELAS



Tabela 01 - Critérios de Reconhecimento de Unidades de Terreno... 60
Tabela 02 - Critérios de Descrição de Unidades de Terreno........ 61
Tabela 03 - Classificação de horizontes para perfis homogêneos... 67
Tabela 04 - Classificação de horizontes para massas heterogêneas. 68
Tabela 05 - Quadro-resumo das unidades do sistema 1............. 179
Tabela 06 - Quadro-resumo das unidades do sistema 2............. 180
Tabela 07 - Quadro-resumo das unidades do sistema 3............. 181
Tabela 08 - Quadro-resumo das unidades do sistema 4............. 182
Tabela 09 - Quadro-resumo das unidades do sistema 5............. 183
Tabela 10 - Quadro-resumo das unidades do sistema 6............. 184
Tabela 11 - Quadro-resumo das unidades do sistema 7............. 185
RESUMO



LOLLO, J.A. O uso da técnica de avaliação do terreno no processo de
mapeamento geotécnico : sistematização e aplicação para a Quadrícula
de Campinas (SP). São Carlos, 1995. 2v. Tese (doutorado) - Escola de
Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.




        O presente trabalho representa uma aplicação para analisar a
eficácia   da    técnica     de     avaliação      do    terreno        numa   região      inter-
trópicos. Com esta finalidade a técnica foi analisada chegando-se à
uma proposta metodológica julgada adequada à área estudada. A área
                                              17.000km2
em   estudo     abrange     cerca       de                    e    se   localiza      entre    os
paralelos 22°00’ e 23°00’S e os meridianos 46°30’ e 48°00’W, tendo
sido escolhida em função da diversidade geológica e geomorfológica
que apresentava, com a finalidade de se avaliar a técnica de forma
mais    completa    possível.       O    trabalho       foi    conduzido       à    dois   níveis
hierárquicos       de    “landform”      :    sistema         de   terreno     e    unidade   de
terreno, segundo metodologia proposta. Os resultados mostraram que a
aplicação da técnica é altamente compatível com as condições locais,
já que os sistemas de terreno identificados mostraram intima relação
com as unidades do substrato rochoso enquanto as unidades de terreno
foram     coincidentes        com       condições         específicas          de     materiais
inconsolidados,         especialmente        no   que    diz       respeito    ao    perfil   de
alteração destes materiais.




     Palavras-chave : avaliação do terreno, mapeamento geotécnico.
ABSTRACT



LOLLO, J.A. The use of terrain evaluation in engineering geological
 mapping   :   sistematization   and   application   in   the   Campinas
 Quadrícula, State of São Paulo, Brazil. São Carlos, 1995. 2v. Tese
 (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de
 São Paulo.




     This study presents a test of efficacy of terrain evaluation
technique in tropical climate. With this finality the technique was
analised for the proposition of a methodology considered suitable
for the studied area. The work region mesures around 17.000km2, and
is localized in the central part of São Paulo State between the
meridians 46°30’ and 48°00’WG and the parallels 22°00’ and 23°00’S.
This area was chosen due your diversity in terms of geology and
geomorphology, with teh finallity of evaluate the technique in the
most complete mean. The work was conduced at two levels of landform
(land system and lsnd unit) according the presented methodological
proposition. The results shows that the technique is compatible with
the considered conditions, because the identified land systems shows
strong relationships with the rock units presents in the area, while
land units shows good relationships with the soil units, not in
terms of their texture, but in terms of evolutive stage of the
weathering profile.




   Keywords : terrain evaluation, engineering gological mapping.
SUMÁRIO



VOLUME I
LISTA DE FIGURAS.................................................. i
LISTA DE TABELAS................................................. iv
RESUMO............................................................ v
ABSTRACT......................................................... vi
1 INTRODUÇÃO...................................................... 1
2 OBJETIVOS....................................................... 4
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................... 5
3.1 Conceitos e Aplicações da Avaliação do Terreno................ 5
3.1.1 Conceituação................................................ 6
3.1.2 Descrição................................................... 9
3.1.2.1 Estudos Genéticos........................................ 10
3.1.2.2 Avaliação Visual......................................... 10
3.1.2.3 Avaliação do Terreno..................................... 11
3.1.3 Aplicações da Avaliação do Terreno......................... 11
3.1.3.1 Reino Unido.............................................. 17
3.1.3.2 Estados Unidos da América................................ 18
3.1.3.3 Austrália................................................ 19
3.1.3.4 África do Sul............................................ 21
3.1.3.5 Hong Kong................................................ 22
3.1.3.6 Holanda.................................................. 23
3.1.3.7 (Ex) União Soviétiva..................................... 24
3.1.3.8 Aplicações no Brasil..................................... 26
3.2 Área Estudada................................................ 29
3.2.1 Localização................................................ 30
3.2.2 Clima...................................................... 32
3.2.3 Vegetação.................................................. 34
3.2.4 Hidrologia e Hidrogeologia................................. 35
3.2.5 Geomorfologia.............................................. 38
3.2.6 Geologia................................................... 40
3.2.6.1 Pré-cambriano e Cambriano................................ 41
3.2.6.2 Paleozóico............................................... 42
3.2.6.3 Mesozóico................................................ 44
3.2.6.4 Mesozóico / Cenozóico.................................... 45
3.2.6.5 Cenozóico................................................ 46
3.2.6.6 Geologia Estrutural...................................... 46
3.2.6.7 Recursos Minerais........................................ 47
3.2.7 Solos...................................................... 48
3.2.8 Ocupação e Uso da Terra.................................... 49
4 MATERIAL E MÉTODOS............................................. 52
4.1 Bases Metodológicas.......................................... 52
4.2 Uso de Fotografias Aéreas.................................... 55
4.2.1 Sistema de Terreno......................................... 55
4.2.2 Unidade de Terreno......................................... 59
4.2.3 Elemento de Terreno........................................ 62
4.3 Trabalhos de Campo........................................... 64
4.4 Uso de Mapas Anteriores...................................... 69
4.5 Amostragem e Ensaios......................................... 69
4.6 Elaboração dos Mapas......................................... 70
4.7 Sistematização da Técnica.................................... 71
4.8 Aplicação da Sistemática Proposta............................ 73
4.9 Material Utilizado........................................... 73
4.9.1 Informações Anteriores..................................... 74
4.9.2 Mapas Topográficos......................................... 75
4.9.3 Mapas Geológicos........................................... 76
4.9.4 Outros Mapas............................................... 77
4.9.5 Fotografias Aéreas......................................... 78
4.9.6 Mapas Geotécnicos Anteriores............................... 79
4.9.7 Equipamentos............................................... 80
4.9.8 Aplicativos Computacionais................................. 80
5 RESULTADOS..................................................... 81
5.1 Avaliação do Terreno......................................... 81
5.1.1 Sistemas de Terreno........................................ 81
5.1.1.1 Sistema 1................................................ 82
5.1.1.2 Sistema 2................................................ 83
5.1.1.3 Sistema 3................................................ 84
5.1.1.4 Sistema 4................................................ 85
5.1.1.5 Sistema 5................................................ 86
5.1.1.6 Sistema 6................................................ 87
5.1.1.7 Sistema 7................................................ 88
5.1.2 Unidades de Terreno........................................ 89
5.1.2.1 Sistema 1................................................ 90
5.1.2.2 Sistema 2................................................ 93
5.1.2.3 Sistema 3................................................ 97
5.1.2.4 Sistema 4............................................... 101
5.1.2.5 Sistema 5............................................... 105
5.1.2.6 Sistema 6............................................... 108
5.1.2.7 Sistema 7............................................... 111
5.2 Significado Geológico / Geotécnico Suposto.................. 116
5.2.1 Sistema 1................................................. 116
5.2.1.1 Unidade 1.1............................................. 117
5.2.1.2 Unidade 1.2............................................. 118
5.2.1.3 Unidade 1.3............................................. 119
5.2.2 Sistema 2................................................. 120
5.2.2.1 Unidade 2.1............................................. 121
5.2.2.2 Unidade 2.2............................................. 122
5.2.2.3 Unidade 2.3............................................. 123
5.2.2.4 Unidade 2.4............................................. 124
5.2.3 Sistema 3................................................. 125
5.2.3.1 Unidade 3.1............................................. 126
5.2.3.2 Unidade 3.2............................................. 127
5.2.3.3 Unidade 3.3............................................. 128
5.2.3.4 Unidade 3.4............................................. 129
5.2.4 Sistema 4................................................. 130
5.2.4.1 Unidade 4.1............................................. 131
5.2.4.2 Unidade 4.2............................................. 132
5.2.4.3 Unidade 4.3............................................. 133
5.2.4.4 Unidade 4.4............................................. 134
5.2.5 Sistema 5................................................. 135
5.2.5.1 Unidade 5.1............................................. 136
5.2.5.2 Unidade 5.2............................................. 137
5.2.5.3 Unidade 5.3............................................. 138
5.2.6 Sistema 6................................................. 139
5.2.6.1 Unidade 6.1............................................. 140
5.2.6.2 Unidade 6.2............................................. 141
5.2.6.3 Unidade 6.3............................................. 142
5.2.7 Sistema 7................................................. 143
5.2.7.1 Unidade 7.1............................................. 144
5.2.7.2 Unidade 7.2............................................. 145
5.2.7.3 Unidade 7.3............................................. 146
5.2.7.4 Unidade 7.4............................................. 147
5.2.7.5 Unidade 7.5............................................. 148
6 ANÁLISES...................................................... 149
6.1 Análise dos Resultados Obtidos.............................. 149
6.1.1 Sistema 1................................................. 150
6.1.1.1 Unidade 1.1............................................. 151
6.1.1.2 Unidade 1.2............................................. 151
6.1.1.3 Unidade 1.3............................................. 152
6.1.2 Sistema 2................................................. 152
6.1.2.1 Unidade 2.1............................................. 154
6.1.2.2 Unidade 2.2............................................. 154
6.1.2.3 Unidade 2.3............................................. 155
6.1.2.4 Unidade 2.4............................................. 155
6.1.3 Sistema 3................................................. 155
6.1.3.1 Unidade 3.1............................................. 157
6.1.3.2 Unidade 3.2............................................. 157
6.1.3.3 Unidade 3.3............................................. 158
6.1.3.4 Unidade 3.4............................................. 158
6.1.4 Sistema 4................................................. 158
6.1.4.1 Unidade 4.1............................................. 160
6.1.4.2 Unidade 4.2............................................. 160
6.1.4.3 Unidade 4.3............................................. 161
6.1.4.4 Unidade 4.4............................................. 161
6.1.5 Sistema 5................................................. 161
6.1.5.1 Unidade 5.1............................................. 163
6.1.5.2 Unidade 5.2............................................. 163
6.1.5.3 Unidade 5.3............................................. 164
6.1.6 Sistema 6................................................. 164
6.1.6.1 Unidade 6.1............................................. 166
6.1.6.2 Unidade 6.2............................................. 167
6.1.6.3 Unidade 6.3............................................. 167
6.1.7 Sistema 7................................................. 168
6.1.7.1 Unidade 7.1............................................. 170
6.1.7.2 Unidade 7.2............................................. 170
6.1.7.3 Unidade 7.3............................................. 171
6.1.7.4 Unidade 7.4............................................. 171
6.1.7.5 Unidade 7.5............................................. 172
6.1.8 Comparação entre os Sistemas Identificados................ 173
6.1.9 Comparação entre as Unidades Identificadas................ 175
6.1.10 Quadros-Resumo........................................... 178
6.2 Análise da Aplicabilidade da Técnica........................ 186
6.2.1 Aplicabilidade em Mapeamento Geotécnico................... 186
6.2.2 Com relação aos Trabalhos Anteriores...................... 190
6.2.2.1 Mapas Básicos........................................... 190
6.2.2.2 Mapas Geotécnicos....................................... 192
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.................................... 195
7.1 Conclusões.................................................. 195
7.2 Recomendações para Trabalhos Futuros........................ 197
7.2.1 Uso da Técnica para Trabalhos de Detalhe.................. 198
7.2.2 Uso de Fotografias Aéreas de Baixa Altitude............... 198
7.2.3 Uso de Redes Neuronais Artificiais........................ 198
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................... 201
VOLUME II
ANEXOS
Anexo 01 - Mapa de Sistemas de Terreno
Anexo 02 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha São Carlos
Anexo 03 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Piracicaba
Anexo 04 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Araras
Anexo 05 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Campinas
Anexo 06 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Mogi-Guaçu
Anexo 07 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Bragança Paulista
Anexo 08 - Tabela Resumo das Unidades de Terreno
1 INTRODUÇÃO :

      Desde de que pressões técnicas, sociais, econômicas ou legais
conduziram a engenharia civil no sentido de uma melhor integração
com o meio, teve origem uma preocupação de se criar métodos de
levantamento e apresentação das condições naturais como forma de
facilitar a harmonização das obras com o meio físico.


      Neste       contexto       o     mapeamento    geotécnico        surgiu     como     uma
tentativa de coletar, analisar e representar as condições do meio
físico     numa    forma     tecnicamente      adequada          à   estudos     posteriores
visando a implantação de projetos de engenharia civil.


      Na busca de processos de caracterização dos elementos naturais
que conjugassem menor custo e maior agilidade possível o mapeamento
geotécnico encontrou na geomorfologia uma ferramenta bastante útil.


      A     possibilidade         de    zoneamento     do       terreno    em    termos    da
homogeneidade de suas formas (quot;landformsquot;) e sua associação com os
materiais presentes, proporcionou um novo impulso aos trabalhos de
caracterização do meio físico.


      Este    método       de    zoneamento    do    terreno,        denominado    quot;terrain
evaluationquot; (avaliação do terreno), se baseia na possibilidade de
reconhecimento (por meio de trabalhos de campo e do uso de sensores
remotos) das formas de terreno e de suas associações espaciais, e
seu   posterior     zoneamento          considerando       a    premissa   de     que    estas
unidades    básicas    do       terreno    (desde    que       evoluindo   sob    as    mesmas
condições ambientais) devam se constituir em unidades básicas de
materiais.
Isso facilitaria a disseminação da aplicação do mapeamento
geotécnico       ao   planejamento          territorial,              já     que        a       etapa    de
reconhecimento        e    individualização               de    unidades          do    meio        físico
constitui-se num trabalho árduo e dispendioso.


        Com base nos princípios teóricos considerados e na experiência
prática adquirida com o tempo, a técnica passou a ser bastante usada
no exterior como critério preliminar de zoneamento do meio físico.


        Este desenvolvimento se deu principalmente em países de clima
temperado    onde     o    conhecimento         acumulado           acerca    dos       processos        de
morfogênese       e   pedogênese       e       de        sua    implicação         em           termos   de
propriedades de materiais naturais tem permitido o uso em larga
escala da avaliação do terreno para descrição de condições naturais.


        Porém sempre existiram suspeitas acerca da eficácia da técnica
em    regiões    de   clima   tropical.             Supunha-se       que     as    características
particulares       dos     processos       de       pedogênese        e    morfogênese              nestas
condições       criariam    obstáculos          à    aplicação        do     método,            fazendo-se
necessário um aprofundamento dos conhecimentos nestas condições para
validar a eficácia de um zoneamento do meio físico que levasse em
conta estas características.


        A recente aplicação da técnica de avaliação do terreno para
mapeamento geotécnico no Brasil, sem estudos prévios de sua validade
nas    condições      brasileiras,         e        as     suspeitas         sobre          a     possível
inadequação do método à estas condições, foram o impulso inicial do
presente trabalho.


        Com o objetivo de testar a aplicação da técnica de avaliação
do    terreno     como     ferramenta       básica             no   processo           de       zoneamento
geotécnico preliminar propôs-se então um estudo que analisasse a
questão do ponto de vista teórico e prático.
No campo teórico o estudo contempla a revisão e aprofundamento
das bases conceituais da técnica de avaliação do terreno bem como a
sistematização da aplicação da técnica para sua posterior utilização
no mapeamento geotécnico.


           Do ponto de vista prático tem-se a aplicação da técnica de
avaliação do terreno em uma determinada área, e a posterior checagem
deste resultado com trabalhos de mapeamento geotécnico já efetuados
na    mesma    área     por   outros       métodos,        para      desta     forma     avaliar   a
aplicabilidade da técnica e validar a sistemática proposta.


           Deveria-se     escolher        portanto     uma      área      de   trabalho     com    um
volume razoável de informações anteriores acerca do meio físico, na
qual já tivessem sido executados trabalhos de mapeamento geotécnico,
e    que    apresentasse      uma    variabilidade           significativa         em    termos    de
tipos litológicos, geologia estrutural, tipos de relevo e condições
hidrológicas.


           Estas condições foram encontradas na Quadrícula de Campinas
(escala      1:250.000)       a    qual    tem   sido      alvo      do   Projeto       quot;Mapeamento
Geotécnico do Centro-leste do Estado de São Pauloquot; desenvolvido no
Departamento de Geotecnia da EESC/USP, sendo portanto a área de
teste escolhida.


           Estabelecidos os princípios e propósitos gerais do trabalho e
escolhida a área de estudo passou-se então às etapas de execução do
projeto que se constituiram de : revisão bibliográfica, levantamento
de    informações         anteriores,         aplicação         do     método,      análise       dos
resultados       e      seu       confronto      com       os     trabalhos        anteriormente
desenvolvidos        na   área,      discussão       dos     resultados        e   elaboração      do
texto final.
2 OBJETIVOS :

     As atividades desenvolvidas no decorrer dos trabalhos visaram
atingir os seguintes objetivos :


     .   revisar    e        ampliar   os   conceitos     de      quot;landformquot;        e   suas

associações;


     .    revisar       as    sistemáticas      de    aplicação       da      técnica    de

avaliação de terreno existentes e exemplos de aplicações das mesmas;


     .   apresentar uma sistemática de avaliação do terreno para

aplicação no presente trabalho;


     .   selecionar          uma   área   de   trabalho      para    a     aplicação     da

sistemática proposta, e levantar informações acerca desta área;


     .   promover       o    zoneamento,       em   termos    de    homogeneidade        de

“landform”, da área estudada;


     .   testar     a    validade      do   zoneamento       obtido      em    termos    de

unidades do meio físico, a partir de seu confronto com trabalhos de
mapeamento geotécnico já produzidos para a mesma área;


     .   analisar       os    resultados       obtidos,      em    termos     não   só   do

zoneamento do meio físico, mas também em termos da aplicabilidade da
técnica em mapeamento geotécnico e em investigações geotécnicas com
vistas à projetos e obras.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA :

     A necessidade de conhecimento e aprofundamento dos aspectos
teóricos das técnicas de análise da paisagem e do levantamento das
informações pré-existentes da área estudada fez com que a revisão
bibliográfica fosse dividida em duas etapas.


     A primeira delas diz respeito à revisão acerca dos conceitos,
princípios e métodos de zoneamento do terreno em termos de suas
formas. A segunda compõe-se do levantamento das condições da área
estudada.




     3.1 CONCEITOS E APLICAÇÕES DA AVALIAÇÃO DO TERRENO :


     A primeira observação importante acerca do método de avaliação
do terreno é que o mesmo se baseia no reconhecimento, interpretação
e análise de feições do relevo (denominadas quot;landformsquot;) as quais,
sendo reflexo dos processos naturais atuantes sobre os materiais da
superfície terrestre, devem refletir as condições dos mesmos.


     Portanto para que os aspectos teóricos do processo sejam bem
entendidos é preciso, antes de mais nada, que se faça uma revisão de
conceitos e descrições de quot;landformquot; para em seguida tratar de sua
aplicação como ferramenta de análise.


     Para que esta parte do texto não se tornasse extensa e maçante
optou-se    por   um   texto   mais   sintético,   porém   informações   mais
detalhadas podem ser encontradas em AITCHISON & GRANT (1968), GRANT
(1970a), EDWARDS (1982), COOKE & DOORNKAMP (1990), ZUQUETTE (1991) e
LOLLO (1994).


     3.1.1 Conceituação :


     Uma das primeiras tarefas para se entender as possibilidades
de uso das quot;landformsquot; como ferramenta de análise das condições do
terreno     é     um    bom    entendimento        do        significado    e   amplitude      do
conceito, porém a grande disseminação do uso de quot;landformsquot; para
análise da paisagem e as múltiplas aplicações que o termo tem tido
fazem com que existam conceitos com significados diversos para o
mesmo termo.


     Alguns conceitos apresentam caráter eminentemente fisiográfico
descrevendo       quot;landformquot;        como    uma    parcela       do   terreno      passível    de
individualização das demais :


     • para HOWARD & SPOCK (1940) quot;landformquot; pode ser definido como
quot;qualquer       elemento      da    paisagem       caracterizado       por      uma   expressão
distinta     da     superfície       ou     da    estrutura       interna,      ou    ambas,   e
suficientemente          evidente          para        ser     incluído     numa      descrição
fisiográficaquot;.


     • BELCHER (1946) descreve quot;landformquot; como quot;elementos do meio
físico que possuem composição definida, assim como as variações das
características visuais e físicas, tais como : forma topográfica,
modelo de drenagem e morfologia:quot;.


     • de forma resumida GARNER (1974) define quot;landformquot; como quot;uma
forma discreta desenvolvida sobre uma área da litosferaquot;.


     •     considerando         o   aspecto       da    variabilidade      interna     COOKE   &
DOORNKAMP       (1978b)       afirmam      que    quot;estas       unidades    homogêneas      podem
apresentar        uma   variação        interna        relativamente       pequena    em    suas
propriedades geomorfológicas, sendo porém cada uma delas diferente
das unidades vizinhasquot;.
• MONKHOUSE & SMALL (1978) descrevem o termo como quot;o contorno,
forma e natureza de uma feição específica da superfície da terraquot;.


       • KRIEG & REGER (1986) definem como quot;elemento da paisagem que
possui   composição,    e   variação   de   propriedades      visuais    e   físicas
definidas como forma topográfica, padrão de drenagem e morfologia de
canais, que ocorrem em todos os locais onde o landform ocorraquot;.


       Outros     autores   porém   preferem     caracterizar     quot;landformquot;      em
função de seus aspectos genéticos :


       • MITCHELL (1948) apresenta uma visão interpretativa para o
termo, descrevendo-o como quot;forma fisiográfica considerada em relação
à sua origem, causa ou históriaquot;.


       • para RUHE (1969, apud DANIELS, GAMBLE & CADY, 1971) o termo
pode ser entendido como quot; uma feição do terreno produzida por um
conjunto particular de processosquot;.


       • WAY (1973) define o termo como quot;feições do terreno formadas
por   processos    naturais   que   apresentam       uma   composição    e   tamanho
definível    de   características      físicas   e    visuais   que     ocorram   em
qualquer local que a feição estejaquot;.


       • segundo BATES & JACKSON (1980) o termo descreve quot;qualquer
contorno ou feição física reconhecível da superfície da terra que
possua uma forma característica e que seja produzida por causas
naturaisquot;.


       Em alguns casos os materiais (solos e rochas) presentes são
utilizados como critério de definição e descrição :


       • GREGORY (1978) define quot;landformquot; como quot;F = ∫ (PM) dtquot; onde F
é o landform, P são os processos responsáveis por sua formação e M
são os materiais que o compõem.
• segundo WOLF (1983) o termo descreve uma quot;porção do terreno
com        forma        topográfica,          origem        geológica,      rochas      e     solos
específicosquot;.


           • para FOOKES & VAUGHAN (1986) quot;landformquot; pode ser entendido
como       quot;o    produto       de       interações     extremamente      complexas      entre    a
resistência dos materiais presentes na terra de um lado e as forças
tectonicamente e climaticamente derivadas de outroquot;.


           A importância das estruturas geológicas no desenvolvimento da
forma é considerada por alguns autores :


           • HUNT (1974) destaca a importância da estrutura geológica                           ao
definir quot;landformquot; como quot;uma forma física do terreno que reflete a
estrutura            geológica      e   os   processos      geomorfológicos       que   a    tenham
esculpidoquot;.


           •    já    GEODFREY      &    CLEAVES     (1991)      descrevem    quot;landformquot;       como
quot;parte da paisagem que geralmente pode ser visualizada em termos de
sua integridade e reflete a litologia, a geologia estrutural e os
processos geomórficos que a tenham produzidoquot;.


           Outro aspecto importante diz respeito à distinção entre formas
devidas          a     processos         erosivos      ou     deposicionais,         tendo    sido
considerado por RICE (1956) e AMERICAN GEOLOGICAL INSTITUTE (1974),
descrevendo o termo como quot;aplicado por geógrafos para cada uma das
diversas feições presentes na superfície da terra, incluindo tanto
feições grandes como planícies, platôs e montanhas, como feições
menores como escarpas, vales e encostas, muitas delas sendo produtos
de     erosão,          mas      havendo      também        formas   devidas      à     processos
deposicionaisquot;.


           Em    virtude       desta      diversidade       de   enfoques    considerados       na
conceituação de quot;landformquot; optou-se no presente trabalho pela adoção
de    um       conceito       operacional      considerado        adequado    à   aplicação     em
questão. A discussão relativa à elaboração deste conceito bem como
sua apresentação encontram-se no capítulo 4 deste trabalho.
3.1.2 Descrição :


     Antes que se apresente as técnicas mais comuns de descrição e
análise de quot;landformsquot; e se discuta a possibilidade de sua aplicação
para mapear o meio físico para fins geotécnicos é importante que se
comente algumas contribuições que lançaram as bases para a análise
da paisagem.


     Os primeiros trabalhos de aplicação das formas do terreno como
critério de descrição regional se devem a HERBERSON (1905, apud
GRANT, 1970a) e FENNEMAN (1916, apud GRANT, 1970a), porém a primeira
discussão do uso destes elementos para o zoneamento regional se deve
a BOURNE (1931) com o quot;princípio da similaridade dos elementos da
paisagemquot;.


     A interligação entre os elementos da paisagem e as condições
de solos e rochas e como consequência as condições geotécnicas se
deve a BELCHER (1942a, 1942b, e 1943).


     Após estes trabalhos, foram desenvolvidos estudos visando a
utilização de fotografias aéreas para a identificação de formas do
terreno e sua aplicação à projetos de engenharia civil, como em
BELCHER et al. (1943), BELCHER (1946), JENKINS et al. (1946), e
HITTLE (1949).


     A   partir   do   início   da   década   de   50   houve   uma   grande
proliferação de trabalhos com enfoques variados.


     Enquanto parte dos pesquisadores partiu para uma linha mais
voltada aos aspectos puramente geomorfológicos, outro grupo atuou no
sentido da aplicação dos conceitos para a avaliação das condições
naturais. Neste segundo grupo podem ser identificadas duas correntes
de trabalho : a avaliação visual da paisagem (quot;aesthetic landscape
evaluationquot;) e a avaliação do terreno (quot;terrain evaluationquot;).




     3.1.2.1 Estudos Genéticos :


     Os        estudos   de   gênese   e    evolução      das     formas    incluem   as
atividades de geógrafos e geomorfólogos visando o aprofundamento das
análises genéticas das formas e sua relação com sistemas climáticos,
erosivos e deposicionais.


     Contribuições fundamentais neste campo foram dadas por                       HORTON
(1945), PELTIER (1950), STRAHLER (1950 e 1952), LEOPOLD & MADDOCK
(1953), PENCK (1953), SCHUMM (1956), CHORLEY (1957), HACK (1957),
LEOPOLD    &    WOLMAN   (1957),   WOLMAN    &    LEOPOLD   (1957),        HACK   (1960),
LEOPOLD    &    WOLMAN   (1960),   SCHUMM    (1960a,      1960b    e   1961),     CHORLEY
(1962), LEOPOLD & LANGBEIN (1962), RUHE & WALKER (1968), WALKER &
RUHE (1968), THOMAS (1974), HUGGET (1975), TWIDALE (1976), KNOTT et
al. (1980), BRINK et al. (1982), BIRKELAND (1984), BURT & TRUDGILL
(1984), CURRAN et alii (1984), GOUDIE (1984), RUELLAN (1985), SHARMA
(1986), AHNERT (1987), COATES (1987), SUMMERFIELD (1988), TWIDALE
(1990), GERRARD (1992), e EASTERBROOK (1993).




     3.1.2.2 Avaliação Visual :


     A avaliação visual da paisagem corresponde a um conjunto de
técnicas       normalmente    utilizadas     na    área     de    paisagismo,      sendo
divididos em dois tipos segundo COOKE & DOORNKAMP (1978a).


     No primeiro caso tem-se o uso de componentes mensuráveis do
terreno (físicos, biológicos e de uso da terra) avaliados em termos
quantitativos pela atribuição de índices numéricos para cada fator e
obtenção de um índice médio para zoneamento do terreno, como o
quot;Método de Leopold para a Avaliação do Terrenoquot; (LEOPOLD, 1969a e
1969b) e o quot;Método de Linton da Diferenciação Arealquot; (LINTON, 1968).
O segundo grupo corresponde à ênfase na percepção da qualidade
cênica por consumidores potenciais, tendo um caráter qualitativo.
Exemplo clássico neste caso é o quot;Método de Análise de Respostas
Pessoais ao Cenárioquot; de FINES (1968).

       3.1.2.3 Avaliação do Terreno :


       O método de avaliação do terreno (quot;terrain evaluationquot;) é sem
sombra de dúvida o mais útil para o levantamento das condições do
meio físico para fins de ocupação já que foi desenvolvido exatamente
com este objetivo.


       Os primeiros trabalhos visavam a elaboração, a partir de fotos
aéreas, de mapas utilizados para o zoneamento geral multifinalidade
de determinada área, como nos trabalhos de MILES (1951), MINTZER &
FROST (1952), CHRISTIAN & STEWART (1953), BECKETT & WEBSTER (1962),
e MILES (1962).




       3.1.3 Aplicações da Avaliação do Terreno :


       Na base das aplicações da técnica de avaliação do terreno
encontra-se     a   possibilidade        de       se   dividir    a    área       em    estudo    em
unidades    cada    vez    menores       (função         da    escala       e    da     finalidade
pretendidas) a partir do uso de sensores remotos (preferencialmente)
ou de trabalhos de campo, tendo-se como base sua uniformidade em
termos     de   formas     do   terreno,          para    posteriormente               proceder   a
avaliação das propriedades dos materiais presentes nestas unidades.


       Os níveis hierárquicos utilizados para este tipo de zoneamento
são sistema de terreno (quot;land systemquot;), unidade de terreno (quot;land
unitquot;) e elemento de terreno (quot;land elementquot;).


       Os procedimentos mais comumente usados para esta análise podem
ser   verificados     em   COOKE     &    DOORNKAMP           (1978b    e       1978c),    GARTNER
(1980),    BOYER    (1981),     DOUGLAS       &    SPENCER      (1982),         EDWARDS    (1982),
GARCIA (1982), VAN ZUIDAM (1982), MITCHELL (1987), HAWKINS (1990), e
GEODFREY & CLEAVES (1991).


     A figura 1 representa a aplicação da técnica de avaliação do
terreno, considerando os níveis hierárquicos citados.




      FIGURA 1 - Aplicação da técnica de avaliação do terreno,
                  modificado de COOKE & DOORNKAMP (1990)


     Com relação à aplicação para fins geotécnicos, tem-se grande
variação   em     termos   de   escalas     e   finalidades,     determinando
características    diferentes   para   os   trabalhos,   os   quais   são   aqui
classificados em três categorias : (1) regional multifinalidade; (2)
regional finalidade específica; e (3) local.




     No          primeiro              grupo          (trabalhos           regionais        multifinalidade)
incluem-se aqueles que tratam do zoneamento do terreno orientado à
identificação de solos com vistas à caracterização e planejamento
regional. Neste caso podem ser incluídos trabalhos como os de GRANT
(s.d.), AMERICAN SOCIETY OF PHOTOGRAMMETRY (1960), RANZANI (1969),
SOARES & FIORI (1976), MARQUETTI & GARCIA (1977), SWAIN (1978),
LEGGET (1980), VIBERG & ADESTAM (1980), OKAGBUE (1986), SINGHROY
(1986),   SMALL             (1986),            BEAUMONT         (1987),      DUMBLETON       (1987),        KATE   &
PATHAK (1987), MITCHELL (1987), PAREDES (1987), HARDEN (1990), GUPTA
(1991) e FORSTER & CULSHAW (1994).


     Na figura 2 pode-se observar o resultado de um zoneamento de
tipos de solos objetivando o planejamento regional, apresentado por
DUMBLETON        (1987)           para         uma       região       da   Nigéria,       sendo       as   unidades
apresentadas em termos de unidades de relevo e solos associados.



                                                                                             A
                       B

                                                     B

                       A
                                                            C

                                                                                      B               A




                                                                  A



                                                                                                  B




                 B



                                                                                      C



            A        COLINAS, SOLOS ARENOSOS

            B        VALES, SOLOS ARGILOSOS

            C        PLANÍCIES REBAIXADAS, ARGILAS EXPANSIVAS
             C
FIGURA 2 - Uso da avaliação do terreno para zoneamento regional,
                          modificado de DUMBLETON (1987)




       Nos trabalhos regionais de finalidade específica os interesses
mais comuns são a atividade agrícola, a análise regional de riscos e
a    avaliação     para       a   implantação       de   obras    lineares.    Exemplos
interessante deste tipo de aplicação são os trabalhos de BREYER
(1982), JHA (1982), LANYON & HALL (1983), TRAUTMANN (1986), BELL
(1987), NAGARAJAN & SHAH (1987), BLISS & REYBOLD (1989), EVANS &
ROTH   (1992),     IRIGARAY       et   alii   (1994),     IVINS   &   BELL    (1994),   e
ROCKAWAY & SMITH (1994).


       Uma destas aplicações pode ser observada na figura 3, onde se
apresenta o resultado de um zoneamento efetuado por BREYER (1982) no
nordeste de Botswana com o objetivo de avaliar condições limitantes
para atividade agrícola, em termos das características dos materiais
inconsolidados.




                                                3
                          2

               1


                                                                         5
                                                         4



               PLATÔS ELEVADOS, SOLOS ARENOSOS LATERIZADOS
           1
                 ESCARPAS, SOLOS ARENOSOS
           2
                 ENCOSTAS SUAVES, SOLOS SILTOSOS
           3
               PLATÔS REBAIXADOS, SOLOS ARGILOSOS LATERIZADOS
           4
                 ENCOSTAS ÍNGREMES, CALCRETE
           5

FIGURA 3 - Zoneamento visando aproveitamento agrícola de uma região,
                              modificado de BREYER (1982)
Os trabalhos locais incluem estudos de avaliação do terreno
para fins de prospecção de materiais de construção e para análise de
risco de estabilidade dos terrenos, como os trabalhos de NANDA &
AKINYEDE (s.d.), SCHOFIELD (1957b), ACKROYD (1959), ZARUBA & MENCL
(1969), CONNORS (1980), PALMIQUIST & BIBLE (1980), CUNHA et alii
(1986), CHANDLER & MOORE (1989), FOOKES et al. (1991), CHACÓN et
alii (1994), IRIGARAY et alii (1994b), KOARAI et alii (1994), LI
(1994), PAVLOVIC & MARKOVIC (1994), POTHÉRAT (1994), RUIZ & GIJÓN
(1994), WESTERN et alii (1994), e YU & JACOBSSON (1994).


     Com o objetivo de delimitar áreas de ocorrência de calcrete
para sua utilização como agregado para obras rodoviárias na Nigéria
NANDA & AKINYEDE (s.d.) usaram a técnica de avaliação do terreno. O
resultado deste trabalho é apresentado na figura 4, que representa o
zoneamento   da   região   em   termos   dos   tipos   de   materiais   e   da
possibilidade de uso dos mesmos.
1

                                                    2
                     3

                                           1

                                                    2




                           1                         2

                                                                     1

          1   DUNAS, AREAIS SILTOSAS


          2    INTER-DUNAS, AREIAS SILTOSAS COM CALCRETE

          3    INTER-DUNAS, AREIAS ARGILOSAS COM CALCRETE



FIGURA 4 - Uso de avaliação do terreno para levantamento de agregado
       para construção, modificado de NANDA & AKINYEDE (s.d.)


     Um   exemplo     de       aplicação   da   técnica   para   a       avaliação   de
estabilidade de terrenos é apresentado na figura 5. Neste caso o
terreno é zoneado em termos das condições de estabilidade e da
constatação de evidências de processos de instabilização.
A




           C




                                               B




      COSTAS SUAVES, ARGILITOS, SEM REGISTRO DE PROBL
        A
      NCOSTAS ÍNGREMES, CALCÁRIOS, MOVIMENTOS RECENTES
        B
      ESCARPAS, CALCÁRIOS, MOVIMENTOS ANTIGOS
        C


  FIGURA 5 - Zoneamento de condições de estabilidade dos terrenos,
                 modificado de FOOKES, DALE & LAND (1991)


     Em      função   desta   diferenciação    em    termos    de    princípios,
técnicas   e   finalidades    de   avaliação   do   terreno,    a   proliferação
destes trabalhos pelo mundo se deu no sentido da adaptação do método
para as necessidades locais.


     Neste sentido alguns grupos de pesquisadores de certos países
se destacaram, seja em função da importância de seus trabalhos como
referência     para    outros      profissionais,    seja      em    função   da
especificidade dos trabalhos desenvolvidos.
Sem dúvida os grandes pioneiros na avaliação do terreno para
fins de engenharia foram os profissionais do Reino Unido, seguidos
pelos dos Estados Unidos da América e os da Austrália.


        Contribuições importantes foram dadas também na África do Sul
e   Hong     Kong        (que   tiveram      grande        influência     dos    trabalhos
desenvolvidos       no    Reino   Unido),      e    nos    trabalhos    desenvolvidos   na
Holanda e na União Soviética (que buscaram caminhos próprios de
desenvolvimento da técnica).




        3.1.3.1 Reino Unido :


        Os trabalhos desenvolvidos no Reino Unido tiveram sua origem
nas atividades do quot;Military Engineering Experimental Establishmentquot;
e apresentam como principais características o seu pioneirismo, a
concentração de atividades nas colônias africanas, e a utilização da
técnica para trabalhos regionais finalidade específica tais como
obras    lineares        e   prospecção      de     materiais      de   construção     para
rodovias.


        Exemplos típicos destas atividades podem ser verificados em
SCHOFIELD (1957a e 1957b), CLARE & BEAVAN (1962), BECKETT & WEBSTER
(1962), DOWLING (1963 e 1964), BECKETT & WEBSTER (1965), KNOTT et
al. (1980), e JONES et al. (1986).


        Na figura 6 tem-se um exemplo de aplicação da técnica para
estabelecer     um       zoneamento     de     unidades      de    terreno   e   materiais
associados    num        levantamento     de       faixa    para   implantação    de    uma
adutora.
3



                                         2



                                                                  1




            1    SUPERFÍCIE PRÉ-GLACIAL, SOLOS ARENOSOS PROFUNDOS
            2     ENCOSTAS DE INCISÃO FLUVIAL, SOLOS ARGILOSOS EVOLUÍDOS
            3    SUPERFÍCIE PÓS-GLACIAL, COLÚVIOS FINOS A GROSSEIROS



  FIGURA 6 - Levantamento de faixa para obra linear, modificado de
                          KNOTT, DOORNKAMP & JONES (1980)




     3.1.3.2 Estados Unidos da América :


     Nos        Estados   Unidos    da       América     os   trabalhos         tiveram     grande
desenvolvimento, com intensa utilização de fotointerpretação, sendo
orientados       principalmente      para        finalidades          rodoviárias      (fruto    do
interesse       do   quot;Highway    Research        Boardquot;)      e       finalidades      agrícolas,
constituindo-se em trabalhos regionais finalidade específica.


     Contribuições          importantes          foram     dadas        por    KRIEG    &   REGER
(s.d.), BELCHER (1942a, 1942b, 1943, 1946, e 1948), LUEDER (1951),
MILES (1951), HOFMAN & FLECKENSTEIN (1960 e 1961), BYERS (1961),
JACKSON (1961), LUND (1961), MATTHEWS & COOK (1961), MILES & SPENCER
(1961),     MOULTROP      (1961),    STOECKELER          (1961),            ROCKAWAY   (1975)    e
SHAMBURGUER (1980).

     No     exemplo       da    figura       7   a   técnica          foi     usada    visando   o
zoneamento dos terrenos para fins agrícolas, identificando-se as
formas de relevo e o tipo de solo associado.
3
                                                      4
                          1


                               2


          1    PLANÍCIE ALUVIAL, SOLOS ARENOSOS FINOS
          2    PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO, SOLOS ORGÂNICOS
          3     CAMPO DE DUNAS, SOLOS ARENOSOS
          4    COLINAS AMPLAS, SOLOS ARGILOSOS



      FIGURA 7 - Zoneamento para fins agrícolas, modificado de
                                    MILES (1961)




     3.1.3.3 Austrália :


     Na       Austrália   os    trabalhos       de        avaliação    do       terreno   se
desenvolveram a partir da fundação do quot;Council for Scientific and
Industrial Researchquot; em 1946, tendo como finalidade o levantamento
sistemático do território (com ênfase em áreas desocupadas) visando
a elaboração de um inventário de condições naturais para fins de
planejamento       regional,        sendo      portanto        trabalhos          regionais
multifinalidade.


     Posteriormente,          com    a      criação       do   CSIRO    (quot;Commonwealth
Scientific and Industrial Research Organizationquot;) foi desenvolvido o
programa PUCE, o qual foi bastante difundido em todo o mundo.
A evolução destes conhecimentos e os tipos de aplicação da
técnica em território australiano podem ser verificados em CHRISTIAN
& STEWART (1953), MABBUT & STEWART (1963), GRANT (1965), AITCHISON
(1968), AITCHISON & GRANT (1968), GRANT & LODWICK (1968), GRANT
(1970b   e       1972),   ARNOT   &   GRANT       (1974),   GRANT   (1975a   e   1975b),
FINLAYSON & GRANT (1978), GRANT & FINLAYSON (1978), PAHL et al.
(1978), FINLAYSON (1981, 1982a, 1982b, e 1984), GOZZARD (1985), e
FINLAYSON & BUCKLAND (1987).


     No exemplo apresentado na figura 8, observa-se um zoneamento
regional multifinalidade que associa características do relevo com
condições de materiais inconsolidados.




                             2




                                              3                     4




                  1




             1    ESCARPAS ÍNGREMES, LATERITAS
             2 COLINAS SUAVES, SOLOS RESIDUAIS ARENOSOS
             3 PLANÍCIES, RESIDUAIS COM CROSTA LATERÍTICA
             4   VALES, DEPÓSITOS ALUVIONARES ARENOSOS



                 FIGURA 8 - Zoneamento regional multifinalidade,
                      modificado de MABBUT & STEWART (1963)
3.1.3.4 África do Sul :


       Os trabalhos desenvolvidos na África do Sul tiveram sua origem
a   partir    dos     trabalhos     do       Reino   Unido,      com   orientação      para
finalidades rodoviárias, e apresentando como novidade a melhoria
dos serviços de armazenamento e recuperação de informações.


       Tratam-se      de   trabalhos         regionais   finalidade      específica     que
podem ser exemplificados pelos trabalhos de JENNINGS & BRINK (1961),
BRINK (1962), BRINK & WILLIAMS (1964), BRINK et al. (1966), BRINK &
PARTRIDGE (1967), e BRUNSDEN et al. (1975).


       Na    figura    9   tem-se       um    exemplo    deste    tipo       de   aplicação,
orientada para finalidades rodoviárias, descrevendo a área em termos
de condições de relevo e de materiais inconsolidados presentes.




                                                           4


                                               3




                                                     1

                                    2

                1                   1                                    1

            1 COLINAS ONDULADAS, SOLOS RESIDUAIS ARGILOSOS
            2 PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO, ALÚVIOS ARENOSOS
            3 ESCARPAS, COLÚVIOS GROSSEIROS
            4 COLINAS APLAINADAS, SOLOS RESIDUAIS ARENOSOS


    FIGURA 9 - Reconhecimento regional para finalidades rodoviárias,
        modificado de BRUNSDEN, DOORNKAMP, HINCH & JONES (1975)
3.1.3.5 Hong Kong :


       Em Hong Kong os trabalhos tiveram início nas atividades do
quot;Geotechnical Control Office of Hong Kongquot; com vistas à análise de
risco de estabilidade de taludes.


       Os   trabalhos              executados         em       Hong    Kong   também     derivaram       dos
trabalhos      desenvolvidos                    no        Reino        Unido,      porém         adquiriram
personalidade própria em função da necessidade local (problemas de
estabilidade) compreendendo o levantamento sistemático do território
por trabalhos regionais finalidade específica e trabalhos locais,
como   se   pode   verificar               em    BRAND         et     al.   (1982),    BRYANT       (1982),
BURNETT & STYLES (1982), e STYLES et al. (1986).


       Um   exemplo            deste   tipo          de    aplicação        pode   ser       observado   na
figura 10, onde é apresentado um mapa que relaciona as condições de
relevo e solos com o risco de instabilização dos terrenos.


                       4                                              2
                                       1
                                                                                             4

        3                                                        3
                           2




                                                                                         4
                                                           2



                   4           1

       1    BAIXA LIMITAÇÃO, RESIDUAIS EM TALUDES SUAVES
       2 LIMITAÇÃO MODERADA, COLÚVIOS EM TALUDES SUAVES
       3 ALTA LIMITAÇÃO, COLÚVIOS EM TALUDES SUAVES, EROSÃO ASSOCIADA
       4 LIMITAÇÃO EXTREMA, COLÚVIOS EM TALUDES ÍNGREMES E INTÁVEIS



   FIGURA 10 - Zoneamento de risco para estabilidade de terrenos,
               modificado de BRAND, BURNETT & STYLES (1982)
3.1.3.6 Holanda :


     O uso da avaliação do terreno na Holanda se desenvolveu a
partir dos trabalhos do quot;International Institute of Aerial Survey
and Earth Sciencesquot; com vistas ao planejamento urbano e regional,
incluindo trabalhos regionais multifinalidade (para o levantamento
sistemático    do   território)    e   trabalhos     regionais    finalidade
específica (para o detalhamento de áreas de interesse).


     O desenvolvimento e aplicação do método holandês (denominado
quot;ITC Systemquot;) pode ser verificado em VERSTAPEEN & VAN ZUIDAM (1968 e
1975), RENGERS (1981), SOETERS & RENGERS (1981), VAN ZUIDAM (1982),
VINK (1982), FLEMING (1984), VERBAKEL (1984), DE MULDER (1986), DE
MULDER (1989), DE MULDER (1990), e WESTEN et alii (1994).


     SOETERS    &   RENGERS   (1981)   com   o   objetivo   de   caracterizar
genericamente uma determinada área usam a avaliação do terreno para
apresentar um zoneamento em termos de forma de terreno associadas ao
tipo de material inconsolidado presente (figura 11).
1




                           3



                                                  1


               2




           1     COLINAS SUAVES, COLÚVIOS PROFUNDOS

           2     MORROTES ALONGADOS, CAMBISSOLOS

           3     MORROS ARREDONDADOS, RESIDUAIS DE GRANITO



           FIGURA 11 - Aplicação em zoneamento multifinalidade,
                    modificado de SOETERS & RENGERS (1981)




     3.1.3.7 (Ex) União Soviética :


     Também na Ex-União Soviética partiu-se para a busca de métodos
próprios    de     análise,     resultando   no       método   denominado   quot;Análise
Indicacionalquot; orientado para levantamentos expeditos com vistas a
implantação        de   obras   lineares,    se       constituindo   em     trabalhos
regionais finalidade específica, aqui exemplificados pelos trabalhos
de SOLENTSEV (1962), AKINFIEV et al. (1978), ASEYEV et al. (1979),
SPIRIDONOV et al. (1979), SIMONOV (1979), REVZON (1984 e 1987), e
IVANOV & CHALOVA (1987).
Usando esta técnica para avaliação das condições do terreno
para a implantação de um túnel, REVZON (1987) apresenta um mapa onde
são apresentadas áreas de ocorrência de processos de instabilização
e elementos estruturais julgados importantes para a obra em análise
(figura 12).




                   FALHAS NÃO ATIVAS

                   FALHAS ATIVAS
                   DESLIZAMENTOS RECENTES


 FIGURA 12 - Levantamento de feições de interesse para avaliação de
                 estabilidade, modificado de REVZON (1987)


       Pelo que já foi descrito é fácil se verificar como a técnica
de   avaliação   do   terreno   tem   sido   útil   para   o   levantamento   de
condições geotécnicas.
Tal fato é demonstrado por sua intensa aplicação como critério
básico de zoneamento do terreno para fins de engenharia, tanto para
multifinalidade       como       para    finalidades         específicas,        como       se    pôde
perceber nos estudos do MEXE no Reino Unido, do HRB nos Estados
Unidos da América, do CSIRO na Austrália, do ITC na Holanda, do
GCOHK em Hong Kong, e das aplicação efetuadas na África do Sul e na
União Soviética.


      Além    deste     intenso          desenvolvimento           nos   países        citados,     o
método obviamente também tem sido aplicado em outros países para
diversas     finalidades,          das    quais       pode-se       destacar       :    (1)       para
zoneamento    geral     os       trabalhos       de   TRICART      (1982),       MALOMO      et    al.
(1983), BURT (1986), SALAMON & GOSNELL (1986), e DE DAPPER et al.
(1988); (2) estudos para implantação de obras lineares e projetos
locais, como KRIEG & REGER (1986), CONNORS (1980), e JHA (1982); e
(3) análise de riscos, como em JONES et al. (1986), ANDERSEN & GOSK
(1989), e FOOKES et al. (1991).




      3.1.3.8 Aplicações no Brasil :


      Com relação às aplicações em território nacional é preciso que
antes de analisá-las, se apresente algumas discussões existentes na
bibliografia acerca de aspectos relacionados à evolução das formas
em   clima   tropical        e    de     suas    diferenças        em    relação        à    aquelas
evoluídas sob clima temperado.


      Componentes da evolução do terreno tais como taxas erosivas,
intensidade     de      lixiviação,             mobilidade         de     soluções          fluídas,
variabilidade vertical e lateral do fluxo da água e transporte de
materiais,     sofrem        grande       influência         das    condições          climáticas,
condicionando    a     evolução          do     relevo   e    dos       perfis    de     materiais
inconsolidados associados.
Espera-se           que        estas       condições       favoreçam          a    suavização         das
formas    e    o       espessamento          do    manto       de     alteração,         dificultando         a
identificação             de         quot;landformsquot;,              além      de         proporcionarem            o
desenvolvimento da denominada quot;superfície tripla de aplainamentoquot;
(uma superior entre as porções laterítica e saprolítica do perfil,
uma   intermediária             entre        a    porção       saprolítica          e    a    rocha       pouco
alterada, e uma superfície inferior situada entre a rocha alterada e
a rocha sã)


      Análises mais completas das condições evolutivas das formas e
dos solos em ambiente tropical podem ser encontradas em MORIN &
TODOR (s.d.), GRIM & BRADLEY (1963), MOSS (1968), MOSS (1969), YOUNG
(1969), TRICART (1972), KANTOR & SCHWERTMANN (1974), LEWIS (1974),
LEWIS (1975), MADU (1975), YAALON (1975), GIDIGASU (1976), YOUNG
(1976), MADU (1977), GOGO & GIDIGASU (1980), MILLOT (1982), ALEVA
(1983), OLA (1983), MORAES LEME (1985), ROSELLO et al. (1985), SMITH
(1985), LHENAFF (1986), OLLIER (1986), e NOVAIS PINTO (1988).


      Como         consequência          destas        características                  particulares         de
evolução, os perfis de alteração gerados nestas condições apresentam
características bastante particulares.


      Este         fato    foi       primeiramente             descrito       por       MILNE    (1935)      ao
estudar a variabilidade lateral dos perfis de solo evoluídos nestas
condições,         e    posteriormente            detalhados          por     NYE       (1954),      PANABOKE
(1959),       RADWANSKI          &     OLLIER       (1959),           WATSON    (1964a           E       1964b),
SCHELLMANN         (1979),       GIDIGASU         (1980),       MILLOT        (1981),         GOGO       (1984),
NOVAIS    FERREIRA         (1985),       GIDIGASU          &    KUMA     (1987),         KOMOO       &   MOGAMA
(1988), e EMMERICH (1990).


      Considerados             estes     aspectos,             pode-se      passar        à   análise       dos
(poucos) trabalhos já desenvolvidos no Brasil que aplicam a técnica
de avaliação do terreno para a cartografia geotécnica.
De    forma     geral    pode-se       afirmar      que   estes   trabalhos       são
basicamente     orientados           à     escalas         regionais     e      análises
multifinalidade     tais      como   ÁVILA    et    al.    (1985),   ZUQUETTE    (1991),
SOUZA (1992), COLLARES (1994), COLLARES & LORANDI (1994), SARAIVA
(1994),    BARISSON    (1995),       e   COLLARES    (1995a     e   1995b),    apesar   de
ZUQUETTE et al. (1991) e ZUQUETTE et alii (1992) usarem a técnica
para análise de risco, e da sugestão de ZUQUETTE (1993) de aplicação
da   técnica   como     princípio        básico     para    avaliação     de    impactos
ambientais.


      Na figura 13 observa-se uma carta de risco elaborada para a
região de Ribeirão Preto (SP) tendo como base a técnica de avaliação
do terreno. Nesta carta são apresentadas as condições dos terrenos e
o tipo de risco associado.
FIGURA 13 - Carta de risco para a região de Ribeirão Preto (SP),
         modificado de ZUQUETTE, PEJON, SINELLI & GANDOLFI (1991)


        3.2 ÁREA ESTUDADA :


        Em virtude dos requisitos básicos a serem atendidos pela área
de estudo, quais sejam, variabilidade litológica e de sistemas de
relevo, quantidade e facilidade de acesso à material fotográfico e
cartográfico, e existência de trabalhos anteriores de cartografia
geotécnica, optou-se pela Quadrícula de Campinas (SF-23-Y-A, escala
1:250.000) do IBGE (1980) como área de estudo.


        Do ponto de vista da variabilidade litológica a área apresenta
boas condições, incluindo tipos sedimentares da Bacia do Paraná e
depósitos do Cenóico Paulista, rochas ígneas do evento Serra Geral e
correlatas,      além     das   intrusivas        alcalinas    do     Complexo      Poços   de
Caldas, e associações metamórficas de graus variados representadas
pelos complexos Socorro, Varginha, Amparo e Itabira e pela sequência
metassedimentar da Formação Eleutério.


        Estas unidades foram aqui descritas a partir da análise de
vários trabalhos elaborados em escala regional tais como WERNICK
(1967), MEZZALIRA (1965), ANDRADE & SOARES (1971), SOARES & LANDIM
(1973),    SOARES       et   al.    (1973),      EBERT    (1974),     SCHNEIDER      (1974),
WERNICK    &    PENALVA      (1974a    e    1974b),    WERNICK      (1978),   DEPARTAMENTO
NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979), BARCHA (1980), LANDIM et al.
(1980), INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS                      (1981a), DEPARTAMENTO
DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA / UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (1982),
AZEVEDO & MASSOLI (1983), PETRI & FÚLFARO (1983), RADAMBRASIL (1983)
e DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA (1984).


        Considerando-se         o   aspecto      geomorfológico       a   área   escolhida
apresenta      boa   diversidade           de   associações    de    formas    de    relevo,
incluindo colinas de diversos tipos, morros e morrotes, espigões, e
planícies. Revisões da geomorfologia da área podem ser encontradas
em    ALMEIDA     (1964),       PENTEADO        (1968),    DEPARTAMENTO       NACIONAL      DA
PRODUÇÃO       MINERAL       (1979),       INSTITUTO      DE   PESQUISAS      TECNOLÓGICAS
(1981b), INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (1983) e RADAMBRASIL
(1983).


     Além das diversidades litológica e geomorfológica exigidas, a
área apresenta uma razoável cobertura de trabalhos de levantamentos
de informações e de caracterização geotécnica confiáveis. Dentre
estes pode-se destacar CAMPOS (1979), ZUQUETTE (1982), BORTOLUCCI
(1983), COTTAS (1983), CAMPOS & VICELLI NETO (1987), COTTAS et al.
(1987a,    1987b   e   1987c),    ZUQUETTE   (1987),    AGUIAR    (1988      e   1989),
ALBRETCH     (1989),    BROLLO    (1989),    CARDOSO    (1989),      CUNHA       (1989),
GONÇALVES (1989), GRUBER (1989), LOLLO (1989), NISHIYAMA (1989), DE
MIO (1990), SOUZA, N.C.D.C. (1990), BROLLO (1991), LOLLO (1991),
NISHIYAMA (1991), PARAGUAÇU et al. (1991), ALBRETCH (1992), DE MIO
(1992), PEJON (1992), SOUZA N.C.D.C. (1992), ZUQUETTE & GANDOLFI
(1992), CARDOSO (1993), GRUBER (1993), SOUZA N.M. (1994), COLLARES
(1994), SARAIVA (1994), BARISSON (1995), COLLARES (1995a e 1995b), e
AGUIAR (1995).




     3.2.1 Localização :


     A     Quadrícula    de   Campinas    abrange   a   porção    centro-leste         do
Estado de São Paulo e uma parcela do sudoeste do Estado de Minas
Gerais,    situando-se    entre    os    meridianos     46°30'   e   48°00'W       e   os
paralelos 22°00' e 23°00'S. Sua localização pode ser observada na
figura 14.
FIGURA 14 - Localização da área estudada.



     A região apresenta uma área de cerca de 17.000 km2 com uma
população    da   ordem   de   3,5    milhões   de   habitantes,        segundo   IBGE
(1991),     o que representa 11% da população do Estado de São Paulo ou
23% da população do interior do Estado. Deste total apenas 1,8%
encontra-se no Estado de Minas Gerais.


     É uma região bastante importante economicamente, seja do ponto
de vista agropecuário, industrial, e de prestação de serviços.


     Os principais núcleos urbanos presentes na área são as cidades
de São Carlos, Piraçununga, Rio Claro, Piracicaba, Leme, Araras,
Limeira,     Americana,    Mogi-Guaçu,      Mogi-Mirim,        Bragança    Paulista,
Aguaí,    Águas    de   Lindóia,     Socorro,   Amparo,   Campinas,        Itapira   e
Andradas.     A   localização      dos   centros     urbanos     mais     expressivos
presentes na área em estudo, bem como as principais rodovias pode
ser observada na figura 15.
FIGURA 15 - Principais núcleos urbanos e ligações
                   rodoviárias da área estudada.


     A   distribuição   dos   trabalhos   de   mapeamento   geotécnico
elaborados no âmbito do projeto quot;Mapeamento Geoténico do Centro-
Leste do Estado de São Pauloquot; na área em questão pode ser observada
na figura 16.
2

            1                      6            12          11           20

                7
                                   5        4/22             9            8

                        12
                                  13            14          19           17

                10
                                                                         16
                                  3        15/18            21

           ZUQUETTE (1981)                      PARAGUAÇU et al. (1991)
      1                                    12
           AGUIAR R.L. (1989)                   CARDOSO (1993)
      2                                    13
           GONÇALVES (1989)                     GRUBER (1993)
      3                                    14
           CUNHA (1989)                         SOUZA N.M. (1994)
      4                                    15
           BROLLO (1991)                        COLLARES (1994)
      5                                    16
           LOLLO (1991)                         SARAIVA (1994)
      6                                    17
            NISHIYAMA (1991)                    ZUQUETTE (1987)
      7                                    18
            ALBRETCH (1992)                     BARISON (1995)
      8                                    19
           DE MIO (1992)                        COLLARES (1995a)
      9                                    20
           PEJON (1992)                         COLLARES (1995b)
      10                                   21
           SOUZA N.D.C. (1992)                  AGUIAR A.D.C. (1995)
      11                                   22



  FIGURA 16 - Trabalhos de mapeamento geotécnico efetuados na área
           estudada pelo Departamento de Geotecnia da EESC/USP.




     3.2.2 Clima :


     De     maneira   geral   o    clima    da       área   pode   ser    descrito   como
mesotérmico (C, na classificação de Köppen) apresentando três sub-
tipos (Cwa, Cwb, e Cfa) conforme distribuição mostrada na figura 17.
FIGURA 17 - Distribuição dos tipos climáticos na área estudada,
  modificado de DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979).


     O tipo Cwa (mesotérmico de inverno seco) apresenta temperatura
média inferior à 18°C no mês mais frio, e média do mês mais quente
superior à 22°C, com índice pluviométrico entre 1.100 e 1.700mm.


     O tipo Cwb (mesotérmico de inverno seco e verão brando) se
caracteriza   por   apresentar   temperatura   média   do   mês   mais   quente
inferior à 22°C e em torno de 16,5°C no mês mais frio, e índice
pluviométrico variando entre 1.300 e 1.700mm.


     O tipo Cfa (mesotérmico úmido) apresenta médias superiores à
22°C no mês mais quente e inferiores à 18°C no mês mais frio, com
índice pluviométrico entre 1.100 e 2.000mm.

     Caracterizações mais pormenorizadas do clima da região podem
ser encontradas em SETZER (1945), SETZER (1966), MELFI (1967), ABREU
(1972), PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAS (1972), DEPARTAMENTO NACIONAL
DE PRODUÇÃO MINMERAL (1979), MELLO (1979), OLIVEIRA et al. (1979 e
1982) e OLIVEIRA & PRADO (1984).
3.2.3 Vegetação :


     Apesar     de     quase   totalmente     retirada    na     região   (devido   à
ocupação     humana)    a   cobertura   vegetal       original    apresenta   ainda
algumas manchas que permitem seu zoneamento segundo se apresenta na
figura 18.




                                                  s




                s




   FIGURA 18 - Distribuição dos tipos vegetais na área estudada,
  modificado de DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979).


     Predominava        o   grupo   vegetal   denominado       floresta   mesófila,
típica de condições tropicais pluviais e com tipos florestais de
pequeno porte. As outras associações aparecem dispersas no interior
da floresta mesófila.


     Estes tipos são o cerrado (caracterizado por uma combinação de
vegetação rasteira associada à árvores de pequeno porte), a floresta
sub-tropical (composta por tipos florestais de médio porte) e o
campo limpo (formação herbácea).
A caracterização da área em termos de unidades vegetais é
melhor descrita nos trabalhos de SETZER (1945 e 1966), MELFI (1967),
DEPARTAMENTO    NACIONAL   DA   PRODUÇÃO   MINERAL   (1979),   INSTITUTO
GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (1980), ÁVILA et al. (1981), OLIVEIRA et
al. (1979 e 1982) e OLIVEIRA & PRADO (1984).




     3.2.4 Hidrologia e Hidrogeologia :


     Do ponto de vista hidrológico a área estudada abrange parcelas
das Zonas Hidrográficas 1, 2, e 7 (DAEE, 1984) ocupando parte das
Regiões Administrativas 4, 5, e 6 do Estado de São Paulo (regiões de
Sorocaba, Campinas e Ribeirão Preto respectivamente).


     Este conjunto de características do meio físico foi descrito
tendo-se como base os estudos de DAEE (1972, 1973, 1974, 1981 e
1982).


     Além dos trabalhos do DAEE, foram utilizados também para as
descrições e considerações apresentadas a seguir, as contribuições
de DURANTE et. al. (1965), ABREU (1972), PREFEITURA MUNICIPAL DE
ARARAS (1972), TOGNA (1973), MEZZALIRA (1977), TORRES & MEZZALIRA
(1977), MELLO (1979), DIOGO et. al. (1981), MAYER (1982), CETESB
(1984), TOGNON (1985), e CETESB (1986).

     A zona hidrográfica número 1 engloba a Bacia do Piracicaba e
parte da Bacia do Tietê (alto e médio superior), na zona número 2
tem-se parte da Bacia do Tietê (médio), e na zona 7 a Bacia do
Pardo-Grande.
Uma melhor compartimentação desta área em termos de bacias
hidrográficas, correspondendo às Bacias dos rios Tietê, Piracicaba e
Moji-Guaçu, pode ser observada na figura 19.


                                                       13
                                                                          14
                                                                                                    16

                 17
                                                                10


                                                                                                         15

                                     4             12
                             5



                                                                                             11
                                                            6


                        3
                                                                                   9

                                                                                       8
                                                                               7



                1
                                                                2
                                 2




        1 - Rio Tietê                7 - Rio Atibaia                       13 - Rib. do Meio
        2 - Rio Capivari             8 - Rio Jaguari                       14 - Rio da Itupeva
        3 - Rio Piracicaba           9 - Rio Camanducaia                   15 - Rib. da Cachoeira
        4 - Rio da Cabeça            10 - Rio Moji-Guaçu                   16 - Rio Jaguari-Mirim
        5 - Rib. da Água Vermelha    11 - Rio do Peixe                     17 - Rio Jacaré-Guaçu
        6 - Rib. do Pinhal           12 - Rib. das Araras




 FIGURA 19 - Bacias hidrográficas presentes na área, modificado de
           DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA (1984).


     Hidrogeologicamente                     a         área          apresenta             parte     dos      aquíferos
Cristalino,         Tubarão,             Passa          Dois,         Botucatu,             Diabásio,         e   Bauru
conforme distribuição apresentada na figura 20.
FIGURA 20 - Sistemas aquíferos presentes na área estudada,
   modificado de DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA (1981).


        O Aquífero Cristalino ocupa a parcela leste da área e engloba
os complexos pré-cambrianos e o maciço alcalino de Poços de Caldas,
sendo       um    aquífero      tipicamente    controlado       pelas     descontinuidades
presentes nas rochas.


        O Sistema Aquífero Tubarão ocupa a parte central da região
estudada, tendo o sistema de armazenamento e circulação controlado
pelos interstícios dos grãos dos clásticos grosseiros.


        Ocorrendo        numa    faixa   estreita      na    porção    leste   da   área,   o
Aquífero         Passa   Dois    tem   suas    zonas    aquíferas       condicionadas     por
porosidade de interstícios (associados aos pacotes de litologias
mais grosseiras) e por fissuras (nas unidades litológicas ricas em
finos).


        O        Aquífero    Botucatu    tem    um     sistema    de      armazenamento     e
circulação         tipicamente     controlado     por       porosidade,    e   situa-se     no
extremo noroeste da área estudada.
O Aquífero Diabásio ocorre na área de forma dispersa sendo
caracterizado por um controle tipicamente estrutural (através de
fraturas) das condições de circulação e armazenamento.


        O Aquífero Bauru tem suas características controladas pela
distribuição dos sedimentos detríticos mais grosseiros e ocorre na
porção oeste da área.




        3.2.5 Geomorfologia :


        Do ponto de vista geomorfológico a área apresenta associações
de formas de relevo que vão desde as Cuestas Arenito-basálticas até
o Planalto Sul de Minas (planaltos de Poços de Caldas e de São Pedro
de    Caldas),        passando   pela    Depressão   Periférica       e       pela   Zona
Cristalina       do   Norte   (DEPARTAMENTO     NACIONAL   DA   PRODUÇÃO        MINERAL,
1979), cuja distribuição pode ser vista na figura 21.


                                                                          5

                  1                                                   5


                                                                  3

                                         2




                                                                          4




             1    CUESTAS ARENITO-BASÁLTICAS
             2    DEPRESSÃO PERIFÉRICA
             3    ZONA CRISTALINA DO NORTE
             4    PLANALTO DE SÃO PEDRO DE CALDAS
             5    PLANALTO DE POÇOS DE CALDAS



       FIGURA 21 - Associações geomorfológicas presentes na área,
     modificado de DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979).
As Cuestas Arenito-basálticas constituem escarpas esculpidas
em estruturas monoclinais, devido à erosão diferencial nos arenitos
da Formação Botucatu e derrames basálticos.


       A   Depressão      Periférica     apresenta     uniformidade       paisagística,
com relevo de colinas suaves e interflúvios abatidos, compreendendo
rochas do Grupo Passa-Dois e do Supergrupo Tubarão da Bacia do
Paraná.


       A Zona Cristalina do Norte representa um relevo de transição
entre a Depressão Periférica e as área mais altas do Planalto Sul de
Minas,     sendo   um    relevo   movimentado     e    dissecado,        constituído       de
metamorfitos pré-cambrianos.


       A porção do Planalto Sul de Minas que ocorre nesta área pode
ser dividida em duas unidades, o Planalto de São Pedro de Caldas
(mais a sul) com relevo bastante movimentado em litotipos graníticos
e migmatíticos, e o Planalto de Poços de Caldas, que corresponde à
uma   chaminé      alcalina    composta     de   morros      de   vertentes       suaves   e
constituída primordialmente por foiaítos e tinguaítos.


       A Serra da Mantiqueira é representada na área pelo Planalto de
Campos do Jordão caracterizado por um relevo bastante elevado e
semi-aplainado       com      encostas      convexas     e     suaves,     formado     por
granitóides e migmatitos.


       Caracterizações         mais   completas       destas      unidades    podem    ser
encontradas     em   ALMEIDA      (1964),    PENTEADO     (1968)       AB'SABER    (1969),
PENTEADO     (1969),     PENTEADO     (1970),    ABREU       (1972),     SOARES    (1973),
MODENESI (1974), DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979),
PONÇANO et al. (1979a e 1979b), INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS
(1981b),     MAYER      (1982),   MENDES     (1982),    RODRIGUES        (1982),    VIEIRA
(1982b), e RADAMBRASIL (1983).
3.2.6 Geologia :


     Em    termos           de           unidades            litoestratigráficas                                        a        área     engloba
litologias metamórficas e magmáticas do Pré-cambriano, sedimentares
e intrusivas básicas da Bacia do Paraná, intrusivas alcalinas do
Planalto de Poços de Caldas, e coberturas cenozóicas.


     Devido às dificuldades de posicionamento estratigráfico e de
ambientes de formação de certas unidades optou-se por apresentar as
mesmas em termos de sua idade, a exemplo de DEPARTAMENTO NACIONAL DA
PRODUÇÃO       MINERAL               (1979).             Uma                 representação                              esquemática           da
distribuição destas unidades na área encontra-se na figura 22.

                                                                                                                                      9
                    3                                                                                2
                                                             2
                            3
                                                                               8                                   14
                                                                     1


                        5
                                                     6

                                                                                            2


           3                             2                               4


                                 2
                                                 4                                                                          13
                                                                                                              12

                                                 7
                                                                                                13
                                                                 8
               5                                                                       14
                                                                               4
                                     6                   2
                                                                                                         11
                                                                                                                                 10
                                             2




           1 - Depósitos Aluviais                                              8 - Sub-Grupo Itararé
           2 - Sedimentos Cenozóicos Arenosos                                  9 - Complexo Alcalino Poços de Caldas
           3 - Grupo Bauru                                                     10 - Complexo Socorro
           4 - Intrusivas Básicas                                              11 - Formação Eleutério
           5 - Grupo São Bento (Fm. Serra Geral, Botucatu e Pirambóia)         12 - Complexo Itapira
           6 - Grupo Passa Dois (Fm. Corumbataí e Irati)                       13 - Complexo Amparo
           7 - Supergupo Tubarão (Fm. Tatui)                                   14 - Complexo Varginha




   FIGURA 22 - Mapa geológico simplificado da área, modificado de
           DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979).
3.2.6.1 Pré-cambriano e Cambriano :


       As   dificuldades     de   ordenação   estratigráfica       das     unidades
metamórficas    e    magmáticas   Pré-cambrianas   e     Cambrianas      induziu   à
apresentação das mesmas em associações (segundo proposta de BRAUN,
1974) seguindo um procedimento já aplicado por DEPARTAMENTO NACIONAL
DA PRODUÇÃO MINERAL (1979).


       As unidades apresentadas correspondem aos complexos Socorro,
Varginha, Amparo e Itapira, à Formação Eleutério, e às unidades
litológicas    não    agrupadas    estratigraficamente      tais    como    rochas
cataclásticas, arenitos indiferenciados e plauenitos gnássicos.


       Sua apresentação corresponde a uma síntese dos trabalhos de
EBERT (1967), WERNICK (1967), EBERT (1971), OLIVEIRA (1972), WERNICK
(1972), WERNICK & PENALVA (1973), EBERT (1974), OLIVEIRA & ALVES
(1974), WERNICK & PENALVA (1974a e 1974b), RODRIGUES (1976), FIORI
et al. (1978), WERNICK (1978), ARTUR (1980), FIORI et al. (1980).


       O Complexo Socorro é composto por uma associação de granitos,
granitóides, migmatitos e granulitos, que ocorrem na porção sudeste
da área. No extremo sudeste predominam os               granitos e granitóides
profiroblásticos, os termos granulíticos com migmatitos associados
são encontrados numa faixa vizinha à Falha de Socorro e a porção
rica   em     charnoquitos    e    migmatitos    distribui-se       numa     faixa
discontínua de sentido sudeste - nordeste.


       O Complexo Varginha apresenta características similares às do
Complexo    Socorro,     diferenciando-se       deste     apenas    pela     maior
predominância de termos dos fácies granulítico e anfibolítico. É
composto de migmatitos, granitos e granitóides porfiroblásticos na
porção sudeste da área, e por migmatitos granitóides, granulitos,
charnoquitos e anfibolitos na porção nordeste.
Sendo composto principalmente por gnaisses, o Complexo Amparo
aparece nas porções sudeste e centro-leste da área, limitando-se à
sudeste com o Complexo Socorro através da Falha de Socorro e à
nordeste    com   os     complexos      Varginha       e    Itapira     e     com    as   rochas
sedimentares da Bacia do Paraná através das falhas de Campinas e
Jacutinga.


      Ocorrendo        numa    faixa     de     orientação       sul    -    norte    e    sendo
delimitado pelas falhas de Campinas e Valinhos o Complexo Itapira é
composto de gnaisses, migmatitos, quartzo-dioritos, meta-calcários e
quartzitos.


      A    Formação      Eleutério       pode    ser       dividida     em    dois    domínios
litológicos    distintos.        O    primeiro     deles     é    composto      por   granitos
porfiroblásticos e granitos cinzentos e aflora entre as falhas de
Valinhos e Socorro (na porção sudeste da área). O segundo é composto
por arenitos, siltitos e conglomerados com ocorrência limitada à
porção nordeste da área.


      As     principais       ocorrências        de    rochas         cataclásticas        estão
limitadas às vizinhanças das falhas de Valinhos (sudeste da área) e
de   Jacutinga         (nordeste),       constituindo-se           de        associações      de
milonitos, blastomilonitos, cataclasitos e ultramilonitos.


      Além     das     associações        e     complexos        citados,      ocorrem,       nas
proximidades      do    Maciço       Alcalino    de    Poços     de    Caldas,       corpos   de
arenitos indiferenciados e de plauenitos gnássicos.




      3.2.6.2 Paleozóico :


      Representado por rochas sedimentares da Bacia do Paraná, de
idades    Permianas      e    Carboníferas,       o    Paleozóico       da    Quadrícula      de
Campinas abrange os tipos litológicos do Supergrupo Tubarão e do
Grupo Passa Dois.
O   Supergrupo           Tubarão       é       composto       pelos    Grupos    Itararé   (com
unidades      depositadas             em   ambiente           continental          e    marinho     com
contribuições           de     ambiente       glacial)           e    Guatá      (ambiente    marinho
transgressivo), já para o Grupo Passa Dois tem-se ambiente marinho
raso   para       a    Formação       Irati       e    marinho       raso    à   litorâneao   para   a
Formação Corumbataí.


       Pormenores das informações                       apresentadas podem ser encontradas
em   FIGUEIREDO         FILHO     &    FRAKES         (1968),        NORTHFLEET    et   al.   (1969),
LANDIM (1970), AMARAL (1971), ANDRADE & SOARES (1971), LANDIM &
BARROS (1972), LANDIM & FÚLFARO (1972), SOARES (1972), SOARES &
LANDIM (1973), SOARES et al. (1973), MUHLMANN et al. (1974), ROCHA-
CAMPOS (1967), ROCHA-CAMPOS et al. (1977), SOARES et al. (1977),
GAMA JÚNIOR (1979), COTTAS et al. (1981), FÚLFARO et al. (1984), e
SOUZA FILHO (1986).


       O Grupo Itararé ocorre na parte central da área estudada numa
extensa     faixa            norte-sul,       sendo          constituido          por    arenitos    e
diamectitos em sua porção inferior, e por arenitos, conglomerados e
diamectitos com siltitos folhelhos e ritmitos subordinados, em sua
porção superior.


       O Grupo Guatá é representado na região pela Formação Tatuí,
que ocorre numa faixa estreita que se estende do sudoeste até o
centro-norte da área. Em sua porção inferior predominam siltitos
arenosos      e       arenitos    médios,         e     na   superior        siltitos    arenosos    e
argilosos com arenitos finos à médios.
O    Grupo     Passa   Dois       é    dividido        nas    formações    Irati     e
Corumbataí. A Formação Irati ocorre desde o sudoeste até o centro-
norte da área e apresenta uma seção inferior rica em siltitos e
folhelhos (apresentando as vezes um conglomerado basal), e uma seção
superior composta pela intercalação de folhelhos pirobetuminosos e
calcários      dolomíticos.    Já    a       Formação     Corumbataí     é   composta      de
argilitos, siltitos e folhelhos em sua seção inferior, e argilitos e
arenitos na porção superior, apresentando uma maior distribuição
areal, estendendo-se desde o extremo sudoeste da Quadrícula até o
centro-norte     em   faixa   vizinha         à   área   de     ocorrência   da   formação
Irati.




       3.2.6.3 Mesozóico :


       As unidades de idade mesozóica que ocorrem na área pertencem
aos   Grupos    São   Bento   (de    idade        triássica      /   cretácica)   e   Bauru
(cretácico).


       O Grupo São Bento é dividido nas formações Pirambóia (ambiente
fluvial), Botucatu (ambiente eólico), e Serra Geral (intrusões e
derrames de vulcanismo de fissura). O Grupo Bauru representa um
período de deposição em ambiente fluvio-lacustre.


       As informações apresentadas acerca destas unidades se baseiam
nos trabalhos de BJORNBERG et. al. (1970), ANDRADE & SOARES (1971),
BOSIO (1972), SOARES (1973), SOARES et. al. (1973), SUGUIO (1973),
MEZZALIRA (1974), MUHLMANN et. al. (1974), SOARES (1975), BARCHA
(1980), BRANDT NETO et. al. (1980), SOARES et. al. (1980), COTTAS &
BARCELOS (1981), e BARCELOS (1984).


       A   Formação    Pirambóia     ocorre        na    área    numa   faixa    vizinha   à
ocorrência da Formação Corumbataí, além de ocorrências esparsas na
porção noroeste. É composta principalmente por arenitos variados com
intercalações de siltitos e argilitos.
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Tese de Doutorado

  • 1. O USO DA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DO TERRENO NO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE MAPEAMENTO GEOTÉCNICO : SISTEMATIZAÇÃO E APLICAÇÃO PARA A QUADRÍCULA DE CAMPINAS (SP). Volume I JOSÉ AUGUSTO DE LOLLO Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Engenharia : Geotecnia. ORIENTADOR : Prof. Dr. Lázaro Valentin Zuquette São Carlos 1995
  • 2. O USO DA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DO TERRENO NO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE MAPEAMENTO GEOTÉCNICO : SISTEMATIZAÇÃO E APLICAÇÃO PARA A QUADRÍCULA DE CAMPINAS (SP). Volume II JOSÉ AUGUSTO DE LOLLO Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Engenharia : Geotecnia. ORIENTADOR : Prof. Dr. Lázaro Valentin Zuquette São Carlos 1995
  • 3. Lollo, José Augusto de L837a O uso da técnica de avaliação do terreno no processo de elaboração de mapeamento geotécnico : sistematização e aplicação na Quadrícula de Campinas (SP) / José Augusto de Lollo.-- São Carlos, 1995. 2v. Tese (Doutorado) -- Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade de São Paulo, 1995 Orientador : Prof. Dr. Lázaro Valentin Zuquette 1. Geologia de Engenharia. 2. Mapeamento Geotécnico. I. Título.
  • 4. FOLHA DE APROVAÇÃO Tese defendida e aprovada em ___/___/___, pela comissão julgadora : ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ _____________________________________ Presidente da CPG
  • 5. AGRADECIMENTOS Ao Professor Lázaro Valentin Zuquette pela orientação segura e extremamente capaz, e por todos os conselhos durante o decorrer do presente trabalho. Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior - CAPES, pela bolsa de estudos concedida. Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - UNESP, pelo afastamento concedido. Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, pelos recursos. A todos os colegas, professores e funcionários do Departamento de Geotecnia da EESC - USP, pela amizade e apoio. A Rossana e Marcela, pela capacidade de me proporcionar momentos de grande alegria durante um período de tantas dificuldades e incertezas.
  • 6. “Seja modesto e prudente antes de abrir a boca, mas, depois de abrí-la, seja arrogante e orgulhoso. Não seja choramingas e complexado, isso aborrece.” Umberto Eco (1977), sobre a postura a ser assumida ao se escrever uma tese.
  • 7. LISTA DE FIGURAS Figura 01 - Aplicação da técnica de avaliação do terreno......... 12 Figura 02 - Uso da avaliação do terreno para zoneamento regional. 13 Figura 03 - Zoneamento visando o aproveitamento agrícola......... 14 Figura 04 - Uso da técnica para levantamento de agregado......... 15 Figura 05 - Zoneamento para condições de estabilidade............ 16 Figura 06 - Levantamento de faixa para obra linear............... 18 Figura 07 - Zoneamento para fins agrícolas....................... 19 Figura 08 - Zoneamento regional multifinalidade.................. 20 Figura 09 - Levantamento regional para finalidades rodoviárias... 21 Figura 10 - Zoneamento de risco para estabilidade de terrenos.... 22 Figura 11 - Aplicação em zoneamento multifinalidade.............. 24 Figura 12 - Levatntamento de feições para análise de estabilidade 25 Figura 13 - Carta de risco para a região de Ribeirão Preto....... 28 Figura 14 - Localização da área estudada......................... 30 Figura 15 - Núcleos urbanos e ligações rodoviárias da área....... 31 Figura 16 - Mapeamentos geotécnicos efetuados na área na EESC.... 32 Figura 17 - Distribuição dos tipos climáticos na área estudada... 33 Figura 18 - Distribuição dos tipos vegetais na área estudada..... 34 Figura 19 - Bacias hidrográficas presentes na área............... 36 Figura 20 - Sistemas aquíferos presentes na área estudada........ 37 Figura 21 - Associações geomorfológicas presentes na área........ 38 Figura 22 - Mapa geológico simplificado da área.................. 40 Figura 23 - Distribuição dos principais grupos de solos na área.. 48 Figura 24 - Capacidade de uso da terra na área estudada.......... 50 Figura 25 - Carta de uso da terra para a área estudada........... 51 Figura 26 - Estereopar representativo de sistema de terreno...... 56 Figura 27 - Procedimento usado para montagem dos fotomosaicos.... 58 Figura 28 - Estereopar representativo de unidade de terreno...... 59 Figura 29 - Estereopar representativo de elemento de terreno..... 63 Figura 30 - Elaboração de seções cruzadas........................ 65 Figura 31 - Representação do sistema 1........................... 82 Figura 32 - Representação do sistema 2........................... 83 Figura 33 - Representação do sistema 3........................... 84
  • 8. Figura 34 - Representação do sistema 4........................... 85 Figura 35 - Representação do sistema 5........................... 86 Figura 36 - Representação do sistema 6........................... 87 Figura 37 - Representação do sistema 7........................... 88 Figura 38 - Representação da unidade 1.1......................... 90 Figura 39 - Representação da Unidade 1.2......................... 91 Figura 40 - Representação da Unidade 1.3......................... 92 Figura 41 - Representação da Unidade 2.1......................... 93 Figura 42 - Representação da Unidade 2.2......................... 94 Figura 43 - Representação da Unidade 2.3......................... 95 Figura 44 - Representação da Unidade 2.4......................... 96 Figura 45 - Representação da Unidade 3.1......................... 97 Figura 46 - Representação da Unidade 3.2......................... 98 Figura 47 - Representação da Unidade 3.3......................... 99 Figura 48 - Representação da Unidade 3.4........................ 100 Figura 49 - Representação da Unidade 4.1........................ 101 Figura 50 - Representação da Unidade 4.2........................ 102 Figura 51 - Representação da Unidade 4.3........................ 103 Figura 52 - Representação da Unidade 4.4........................ 104 Figura 53 - Representação da Unidade 5.1........................ 105 Figura 54 - Representação da Unidade 5.2........................ 106 Figura 55 - Representação da Unidade 5.3........................ 107 Figura 56 - Representação da Unidade 6.1........................ 108 Figura 57 - Representação da Unidade 6.2........................ 109 Figura 58 - Representação da Unidade 6.3........................ 110 Figura 59 - Representação da Unidade 7.1........................ 111 Figura 60 - Representação da Unidade 7.2........................ 112 Figura 61 - Representação da Unidade 7.3........................ 113 Figura 62 - Representação da Unidade 7.4........................ 114 Figura 63 - Representação da Unidade 7.5........................ 115 Figura 64 - Características Geotécnicas da Unidade 1.1.......... 117 Figura 65 - Características Geotécnicas da Unidade 1.2.......... 118 Figura 66 - Características Geotécnicas da Unidade 1.3.......... 119 Figura 67 - Características Geotécnicas da Unidade 2.1.......... 121 Figura 68 - Características Geotécnicas da Unidade 2.2.......... 122 Figura 69 - Características Geotécnicas da Unidade 2.3.......... 123 Figura 70 - Características Geotécnicas da Unidade 2.4.......... 124
  • 9. Figura 71 - Características Geotécnicas da Unidade 3.1.......... 126 Figura 72 - Características Geotécnicas da Unidade 3.2.......... 127 Figura 73 - Características Geotécnicas da Unidade 3.3.......... 128 Figura 74 - Características Geotécnicas da Unidade 3.4.......... 129 Figura 75 - Características Geotécnicas da Unidade 4.1.......... 131 Figura 76 - Características Geotécnicas da Unidade 4.2.......... 132 Figura 77 - Características Geotécnicas da Unidade 4.3.......... 133 Figura 78 - Características Geotécnicas da Unidade 4.4.......... 134 Figura 79 - Características Geotécnicas da Unidade 5.1.......... 136 Figura 80 - Características Geotécnicas da Unidade 5.2.......... 137 Figura 81 - Características Geotécnicas da Unidade 5.3.......... 138 Figura 82 - Características Geotécnicas da Unidade 6.1.......... 140 Figura 83 - Características Geotécnicas da Unidade 6.2.......... 141 Figura 84 - Características Geotécnicas da Unidade 6.3.......... 142 Figura 85 - Características Geotécnicas da Unidade 7.1.......... 144 Figura 86 - Características Geotécnicas da Unidade 7.2.......... 145 Figura 87 - Características Geotécnicas da Unidade 7.3.......... 146 Figura 88 - Características Geotécnicas da Unidade 7.4.......... 147 Figura 89 - Características Geotécnicas da Unidade 7.5.......... 148 Figura 90 - Áreas de ocorrência do sistema 1 na área............ 151 Figura 91 - Áreas de ocorrência do sistema 2 na área............ 153 Figura 92 - Áreas de ocorrência do sistema 3 na área............ 156 Figura 93 - Áreas de ocorrência do sistema 4 na área............ 159 Figura 94 - Áreas de ocorrência do sistema 5 na área............ 162 Figura 95 - Áreas de ocorrência do sistema 6 na área............ 165 Figura 96 - Áreas de ocorrência do sistema 7 na área............ 168
  • 10. LISTA DE TABELAS Tabela 01 - Critérios de Reconhecimento de Unidades de Terreno... 60 Tabela 02 - Critérios de Descrição de Unidades de Terreno........ 61 Tabela 03 - Classificação de horizontes para perfis homogêneos... 67 Tabela 04 - Classificação de horizontes para massas heterogêneas. 68 Tabela 05 - Quadro-resumo das unidades do sistema 1............. 179 Tabela 06 - Quadro-resumo das unidades do sistema 2............. 180 Tabela 07 - Quadro-resumo das unidades do sistema 3............. 181 Tabela 08 - Quadro-resumo das unidades do sistema 4............. 182 Tabela 09 - Quadro-resumo das unidades do sistema 5............. 183 Tabela 10 - Quadro-resumo das unidades do sistema 6............. 184 Tabela 11 - Quadro-resumo das unidades do sistema 7............. 185
  • 11. RESUMO LOLLO, J.A. O uso da técnica de avaliação do terreno no processo de mapeamento geotécnico : sistematização e aplicação para a Quadrícula de Campinas (SP). São Carlos, 1995. 2v. Tese (doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. O presente trabalho representa uma aplicação para analisar a eficácia da técnica de avaliação do terreno numa região inter- trópicos. Com esta finalidade a técnica foi analisada chegando-se à uma proposta metodológica julgada adequada à área estudada. A área 17.000km2 em estudo abrange cerca de e se localiza entre os paralelos 22°00’ e 23°00’S e os meridianos 46°30’ e 48°00’W, tendo sido escolhida em função da diversidade geológica e geomorfológica que apresentava, com a finalidade de se avaliar a técnica de forma mais completa possível. O trabalho foi conduzido à dois níveis hierárquicos de “landform” : sistema de terreno e unidade de terreno, segundo metodologia proposta. Os resultados mostraram que a aplicação da técnica é altamente compatível com as condições locais, já que os sistemas de terreno identificados mostraram intima relação com as unidades do substrato rochoso enquanto as unidades de terreno foram coincidentes com condições específicas de materiais inconsolidados, especialmente no que diz respeito ao perfil de alteração destes materiais. Palavras-chave : avaliação do terreno, mapeamento geotécnico.
  • 12. ABSTRACT LOLLO, J.A. The use of terrain evaluation in engineering geological mapping : sistematization and application in the Campinas Quadrícula, State of São Paulo, Brazil. São Carlos, 1995. 2v. Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. This study presents a test of efficacy of terrain evaluation technique in tropical climate. With this finality the technique was analised for the proposition of a methodology considered suitable for the studied area. The work region mesures around 17.000km2, and is localized in the central part of São Paulo State between the meridians 46°30’ and 48°00’WG and the parallels 22°00’ and 23°00’S. This area was chosen due your diversity in terms of geology and geomorphology, with teh finallity of evaluate the technique in the most complete mean. The work was conduced at two levels of landform (land system and lsnd unit) according the presented methodological proposition. The results shows that the technique is compatible with the considered conditions, because the identified land systems shows strong relationships with the rock units presents in the area, while land units shows good relationships with the soil units, not in terms of their texture, but in terms of evolutive stage of the weathering profile. Keywords : terrain evaluation, engineering gological mapping.
  • 13. SUMÁRIO VOLUME I LISTA DE FIGURAS.................................................. i LISTA DE TABELAS................................................. iv RESUMO............................................................ v ABSTRACT......................................................... vi 1 INTRODUÇÃO...................................................... 1 2 OBJETIVOS....................................................... 4 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................... 5 3.1 Conceitos e Aplicações da Avaliação do Terreno................ 5 3.1.1 Conceituação................................................ 6 3.1.2 Descrição................................................... 9 3.1.2.1 Estudos Genéticos........................................ 10 3.1.2.2 Avaliação Visual......................................... 10 3.1.2.3 Avaliação do Terreno..................................... 11 3.1.3 Aplicações da Avaliação do Terreno......................... 11 3.1.3.1 Reino Unido.............................................. 17 3.1.3.2 Estados Unidos da América................................ 18 3.1.3.3 Austrália................................................ 19 3.1.3.4 África do Sul............................................ 21 3.1.3.5 Hong Kong................................................ 22 3.1.3.6 Holanda.................................................. 23 3.1.3.7 (Ex) União Soviétiva..................................... 24 3.1.3.8 Aplicações no Brasil..................................... 26 3.2 Área Estudada................................................ 29 3.2.1 Localização................................................ 30 3.2.2 Clima...................................................... 32 3.2.3 Vegetação.................................................. 34 3.2.4 Hidrologia e Hidrogeologia................................. 35 3.2.5 Geomorfologia.............................................. 38 3.2.6 Geologia................................................... 40 3.2.6.1 Pré-cambriano e Cambriano................................ 41 3.2.6.2 Paleozóico............................................... 42 3.2.6.3 Mesozóico................................................ 44 3.2.6.4 Mesozóico / Cenozóico.................................... 45
  • 14. 3.2.6.5 Cenozóico................................................ 46 3.2.6.6 Geologia Estrutural...................................... 46 3.2.6.7 Recursos Minerais........................................ 47 3.2.7 Solos...................................................... 48 3.2.8 Ocupação e Uso da Terra.................................... 49 4 MATERIAL E MÉTODOS............................................. 52 4.1 Bases Metodológicas.......................................... 52 4.2 Uso de Fotografias Aéreas.................................... 55 4.2.1 Sistema de Terreno......................................... 55 4.2.2 Unidade de Terreno......................................... 59 4.2.3 Elemento de Terreno........................................ 62 4.3 Trabalhos de Campo........................................... 64 4.4 Uso de Mapas Anteriores...................................... 69 4.5 Amostragem e Ensaios......................................... 69 4.6 Elaboração dos Mapas......................................... 70 4.7 Sistematização da Técnica.................................... 71 4.8 Aplicação da Sistemática Proposta............................ 73 4.9 Material Utilizado........................................... 73 4.9.1 Informações Anteriores..................................... 74 4.9.2 Mapas Topográficos......................................... 75 4.9.3 Mapas Geológicos........................................... 76 4.9.4 Outros Mapas............................................... 77 4.9.5 Fotografias Aéreas......................................... 78 4.9.6 Mapas Geotécnicos Anteriores............................... 79 4.9.7 Equipamentos............................................... 80 4.9.8 Aplicativos Computacionais................................. 80 5 RESULTADOS..................................................... 81 5.1 Avaliação do Terreno......................................... 81 5.1.1 Sistemas de Terreno........................................ 81 5.1.1.1 Sistema 1................................................ 82 5.1.1.2 Sistema 2................................................ 83 5.1.1.3 Sistema 3................................................ 84 5.1.1.4 Sistema 4................................................ 85 5.1.1.5 Sistema 5................................................ 86 5.1.1.6 Sistema 6................................................ 87 5.1.1.7 Sistema 7................................................ 88 5.1.2 Unidades de Terreno........................................ 89
  • 15. 5.1.2.1 Sistema 1................................................ 90 5.1.2.2 Sistema 2................................................ 93 5.1.2.3 Sistema 3................................................ 97 5.1.2.4 Sistema 4............................................... 101 5.1.2.5 Sistema 5............................................... 105 5.1.2.6 Sistema 6............................................... 108 5.1.2.7 Sistema 7............................................... 111 5.2 Significado Geológico / Geotécnico Suposto.................. 116 5.2.1 Sistema 1................................................. 116 5.2.1.1 Unidade 1.1............................................. 117 5.2.1.2 Unidade 1.2............................................. 118 5.2.1.3 Unidade 1.3............................................. 119 5.2.2 Sistema 2................................................. 120 5.2.2.1 Unidade 2.1............................................. 121 5.2.2.2 Unidade 2.2............................................. 122 5.2.2.3 Unidade 2.3............................................. 123 5.2.2.4 Unidade 2.4............................................. 124 5.2.3 Sistema 3................................................. 125 5.2.3.1 Unidade 3.1............................................. 126 5.2.3.2 Unidade 3.2............................................. 127 5.2.3.3 Unidade 3.3............................................. 128 5.2.3.4 Unidade 3.4............................................. 129 5.2.4 Sistema 4................................................. 130 5.2.4.1 Unidade 4.1............................................. 131 5.2.4.2 Unidade 4.2............................................. 132 5.2.4.3 Unidade 4.3............................................. 133 5.2.4.4 Unidade 4.4............................................. 134 5.2.5 Sistema 5................................................. 135 5.2.5.1 Unidade 5.1............................................. 136 5.2.5.2 Unidade 5.2............................................. 137 5.2.5.3 Unidade 5.3............................................. 138 5.2.6 Sistema 6................................................. 139 5.2.6.1 Unidade 6.1............................................. 140 5.2.6.2 Unidade 6.2............................................. 141 5.2.6.3 Unidade 6.3............................................. 142 5.2.7 Sistema 7................................................. 143 5.2.7.1 Unidade 7.1............................................. 144
  • 16. 5.2.7.2 Unidade 7.2............................................. 145 5.2.7.3 Unidade 7.3............................................. 146 5.2.7.4 Unidade 7.4............................................. 147 5.2.7.5 Unidade 7.5............................................. 148 6 ANÁLISES...................................................... 149 6.1 Análise dos Resultados Obtidos.............................. 149 6.1.1 Sistema 1................................................. 150 6.1.1.1 Unidade 1.1............................................. 151 6.1.1.2 Unidade 1.2............................................. 151 6.1.1.3 Unidade 1.3............................................. 152 6.1.2 Sistema 2................................................. 152 6.1.2.1 Unidade 2.1............................................. 154 6.1.2.2 Unidade 2.2............................................. 154 6.1.2.3 Unidade 2.3............................................. 155 6.1.2.4 Unidade 2.4............................................. 155 6.1.3 Sistema 3................................................. 155 6.1.3.1 Unidade 3.1............................................. 157 6.1.3.2 Unidade 3.2............................................. 157 6.1.3.3 Unidade 3.3............................................. 158 6.1.3.4 Unidade 3.4............................................. 158 6.1.4 Sistema 4................................................. 158 6.1.4.1 Unidade 4.1............................................. 160 6.1.4.2 Unidade 4.2............................................. 160 6.1.4.3 Unidade 4.3............................................. 161 6.1.4.4 Unidade 4.4............................................. 161 6.1.5 Sistema 5................................................. 161 6.1.5.1 Unidade 5.1............................................. 163 6.1.5.2 Unidade 5.2............................................. 163 6.1.5.3 Unidade 5.3............................................. 164 6.1.6 Sistema 6................................................. 164 6.1.6.1 Unidade 6.1............................................. 166 6.1.6.2 Unidade 6.2............................................. 167 6.1.6.3 Unidade 6.3............................................. 167 6.1.7 Sistema 7................................................. 168 6.1.7.1 Unidade 7.1............................................. 170 6.1.7.2 Unidade 7.2............................................. 170 6.1.7.3 Unidade 7.3............................................. 171
  • 17. 6.1.7.4 Unidade 7.4............................................. 171 6.1.7.5 Unidade 7.5............................................. 172 6.1.8 Comparação entre os Sistemas Identificados................ 173 6.1.9 Comparação entre as Unidades Identificadas................ 175 6.1.10 Quadros-Resumo........................................... 178 6.2 Análise da Aplicabilidade da Técnica........................ 186 6.2.1 Aplicabilidade em Mapeamento Geotécnico................... 186 6.2.2 Com relação aos Trabalhos Anteriores...................... 190 6.2.2.1 Mapas Básicos........................................... 190 6.2.2.2 Mapas Geotécnicos....................................... 192 7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.................................... 195 7.1 Conclusões.................................................. 195 7.2 Recomendações para Trabalhos Futuros........................ 197 7.2.1 Uso da Técnica para Trabalhos de Detalhe.................. 198 7.2.2 Uso de Fotografias Aéreas de Baixa Altitude............... 198 7.2.3 Uso de Redes Neuronais Artificiais........................ 198 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................... 201 VOLUME II ANEXOS Anexo 01 - Mapa de Sistemas de Terreno Anexo 02 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha São Carlos Anexo 03 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Piracicaba Anexo 04 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Araras Anexo 05 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Campinas Anexo 06 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Mogi-Guaçu Anexo 07 - Mapa de Unidades de Terreno, Folha Bragança Paulista Anexo 08 - Tabela Resumo das Unidades de Terreno
  • 18. 1 INTRODUÇÃO : Desde de que pressões técnicas, sociais, econômicas ou legais conduziram a engenharia civil no sentido de uma melhor integração com o meio, teve origem uma preocupação de se criar métodos de levantamento e apresentação das condições naturais como forma de facilitar a harmonização das obras com o meio físico. Neste contexto o mapeamento geotécnico surgiu como uma tentativa de coletar, analisar e representar as condições do meio físico numa forma tecnicamente adequada à estudos posteriores visando a implantação de projetos de engenharia civil. Na busca de processos de caracterização dos elementos naturais que conjugassem menor custo e maior agilidade possível o mapeamento geotécnico encontrou na geomorfologia uma ferramenta bastante útil. A possibilidade de zoneamento do terreno em termos da homogeneidade de suas formas (quot;landformsquot;) e sua associação com os materiais presentes, proporcionou um novo impulso aos trabalhos de caracterização do meio físico. Este método de zoneamento do terreno, denominado quot;terrain evaluationquot; (avaliação do terreno), se baseia na possibilidade de reconhecimento (por meio de trabalhos de campo e do uso de sensores remotos) das formas de terreno e de suas associações espaciais, e seu posterior zoneamento considerando a premissa de que estas unidades básicas do terreno (desde que evoluindo sob as mesmas condições ambientais) devam se constituir em unidades básicas de materiais.
  • 19. Isso facilitaria a disseminação da aplicação do mapeamento geotécnico ao planejamento territorial, já que a etapa de reconhecimento e individualização de unidades do meio físico constitui-se num trabalho árduo e dispendioso. Com base nos princípios teóricos considerados e na experiência prática adquirida com o tempo, a técnica passou a ser bastante usada no exterior como critério preliminar de zoneamento do meio físico. Este desenvolvimento se deu principalmente em países de clima temperado onde o conhecimento acumulado acerca dos processos de morfogênese e pedogênese e de sua implicação em termos de propriedades de materiais naturais tem permitido o uso em larga escala da avaliação do terreno para descrição de condições naturais. Porém sempre existiram suspeitas acerca da eficácia da técnica em regiões de clima tropical. Supunha-se que as características particulares dos processos de pedogênese e morfogênese nestas condições criariam obstáculos à aplicação do método, fazendo-se necessário um aprofundamento dos conhecimentos nestas condições para validar a eficácia de um zoneamento do meio físico que levasse em conta estas características. A recente aplicação da técnica de avaliação do terreno para mapeamento geotécnico no Brasil, sem estudos prévios de sua validade nas condições brasileiras, e as suspeitas sobre a possível inadequação do método à estas condições, foram o impulso inicial do presente trabalho. Com o objetivo de testar a aplicação da técnica de avaliação do terreno como ferramenta básica no processo de zoneamento geotécnico preliminar propôs-se então um estudo que analisasse a questão do ponto de vista teórico e prático.
  • 20. No campo teórico o estudo contempla a revisão e aprofundamento das bases conceituais da técnica de avaliação do terreno bem como a sistematização da aplicação da técnica para sua posterior utilização no mapeamento geotécnico. Do ponto de vista prático tem-se a aplicação da técnica de avaliação do terreno em uma determinada área, e a posterior checagem deste resultado com trabalhos de mapeamento geotécnico já efetuados na mesma área por outros métodos, para desta forma avaliar a aplicabilidade da técnica e validar a sistemática proposta. Deveria-se escolher portanto uma área de trabalho com um volume razoável de informações anteriores acerca do meio físico, na qual já tivessem sido executados trabalhos de mapeamento geotécnico, e que apresentasse uma variabilidade significativa em termos de tipos litológicos, geologia estrutural, tipos de relevo e condições hidrológicas. Estas condições foram encontradas na Quadrícula de Campinas (escala 1:250.000) a qual tem sido alvo do Projeto quot;Mapeamento Geotécnico do Centro-leste do Estado de São Pauloquot; desenvolvido no Departamento de Geotecnia da EESC/USP, sendo portanto a área de teste escolhida. Estabelecidos os princípios e propósitos gerais do trabalho e escolhida a área de estudo passou-se então às etapas de execução do projeto que se constituiram de : revisão bibliográfica, levantamento de informações anteriores, aplicação do método, análise dos resultados e seu confronto com os trabalhos anteriormente desenvolvidos na área, discussão dos resultados e elaboração do texto final.
  • 21. 2 OBJETIVOS : As atividades desenvolvidas no decorrer dos trabalhos visaram atingir os seguintes objetivos : . revisar e ampliar os conceitos de quot;landformquot; e suas associações; . revisar as sistemáticas de aplicação da técnica de avaliação de terreno existentes e exemplos de aplicações das mesmas; . apresentar uma sistemática de avaliação do terreno para aplicação no presente trabalho; . selecionar uma área de trabalho para a aplicação da sistemática proposta, e levantar informações acerca desta área; . promover o zoneamento, em termos de homogeneidade de “landform”, da área estudada; . testar a validade do zoneamento obtido em termos de unidades do meio físico, a partir de seu confronto com trabalhos de mapeamento geotécnico já produzidos para a mesma área; . analisar os resultados obtidos, em termos não só do zoneamento do meio físico, mas também em termos da aplicabilidade da técnica em mapeamento geotécnico e em investigações geotécnicas com vistas à projetos e obras.
  • 22. 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA : A necessidade de conhecimento e aprofundamento dos aspectos teóricos das técnicas de análise da paisagem e do levantamento das informações pré-existentes da área estudada fez com que a revisão bibliográfica fosse dividida em duas etapas. A primeira delas diz respeito à revisão acerca dos conceitos, princípios e métodos de zoneamento do terreno em termos de suas formas. A segunda compõe-se do levantamento das condições da área estudada. 3.1 CONCEITOS E APLICAÇÕES DA AVALIAÇÃO DO TERRENO : A primeira observação importante acerca do método de avaliação do terreno é que o mesmo se baseia no reconhecimento, interpretação e análise de feições do relevo (denominadas quot;landformsquot;) as quais, sendo reflexo dos processos naturais atuantes sobre os materiais da superfície terrestre, devem refletir as condições dos mesmos. Portanto para que os aspectos teóricos do processo sejam bem entendidos é preciso, antes de mais nada, que se faça uma revisão de conceitos e descrições de quot;landformquot; para em seguida tratar de sua aplicação como ferramenta de análise. Para que esta parte do texto não se tornasse extensa e maçante optou-se por um texto mais sintético, porém informações mais detalhadas podem ser encontradas em AITCHISON & GRANT (1968), GRANT
  • 23. (1970a), EDWARDS (1982), COOKE & DOORNKAMP (1990), ZUQUETTE (1991) e LOLLO (1994). 3.1.1 Conceituação : Uma das primeiras tarefas para se entender as possibilidades de uso das quot;landformsquot; como ferramenta de análise das condições do terreno é um bom entendimento do significado e amplitude do conceito, porém a grande disseminação do uso de quot;landformsquot; para análise da paisagem e as múltiplas aplicações que o termo tem tido fazem com que existam conceitos com significados diversos para o mesmo termo. Alguns conceitos apresentam caráter eminentemente fisiográfico descrevendo quot;landformquot; como uma parcela do terreno passível de individualização das demais : • para HOWARD & SPOCK (1940) quot;landformquot; pode ser definido como quot;qualquer elemento da paisagem caracterizado por uma expressão distinta da superfície ou da estrutura interna, ou ambas, e suficientemente evidente para ser incluído numa descrição fisiográficaquot;. • BELCHER (1946) descreve quot;landformquot; como quot;elementos do meio físico que possuem composição definida, assim como as variações das características visuais e físicas, tais como : forma topográfica, modelo de drenagem e morfologia:quot;. • de forma resumida GARNER (1974) define quot;landformquot; como quot;uma forma discreta desenvolvida sobre uma área da litosferaquot;. • considerando o aspecto da variabilidade interna COOKE & DOORNKAMP (1978b) afirmam que quot;estas unidades homogêneas podem apresentar uma variação interna relativamente pequena em suas propriedades geomorfológicas, sendo porém cada uma delas diferente das unidades vizinhasquot;.
  • 24. • MONKHOUSE & SMALL (1978) descrevem o termo como quot;o contorno, forma e natureza de uma feição específica da superfície da terraquot;. • KRIEG & REGER (1986) definem como quot;elemento da paisagem que possui composição, e variação de propriedades visuais e físicas definidas como forma topográfica, padrão de drenagem e morfologia de canais, que ocorrem em todos os locais onde o landform ocorraquot;. Outros autores porém preferem caracterizar quot;landformquot; em função de seus aspectos genéticos : • MITCHELL (1948) apresenta uma visão interpretativa para o termo, descrevendo-o como quot;forma fisiográfica considerada em relação à sua origem, causa ou históriaquot;. • para RUHE (1969, apud DANIELS, GAMBLE & CADY, 1971) o termo pode ser entendido como quot; uma feição do terreno produzida por um conjunto particular de processosquot;. • WAY (1973) define o termo como quot;feições do terreno formadas por processos naturais que apresentam uma composição e tamanho definível de características físicas e visuais que ocorram em qualquer local que a feição estejaquot;. • segundo BATES & JACKSON (1980) o termo descreve quot;qualquer contorno ou feição física reconhecível da superfície da terra que possua uma forma característica e que seja produzida por causas naturaisquot;. Em alguns casos os materiais (solos e rochas) presentes são utilizados como critério de definição e descrição : • GREGORY (1978) define quot;landformquot; como quot;F = ∫ (PM) dtquot; onde F é o landform, P são os processos responsáveis por sua formação e M são os materiais que o compõem.
  • 25. • segundo WOLF (1983) o termo descreve uma quot;porção do terreno com forma topográfica, origem geológica, rochas e solos específicosquot;. • para FOOKES & VAUGHAN (1986) quot;landformquot; pode ser entendido como quot;o produto de interações extremamente complexas entre a resistência dos materiais presentes na terra de um lado e as forças tectonicamente e climaticamente derivadas de outroquot;. A importância das estruturas geológicas no desenvolvimento da forma é considerada por alguns autores : • HUNT (1974) destaca a importância da estrutura geológica ao definir quot;landformquot; como quot;uma forma física do terreno que reflete a estrutura geológica e os processos geomorfológicos que a tenham esculpidoquot;. • já GEODFREY & CLEAVES (1991) descrevem quot;landformquot; como quot;parte da paisagem que geralmente pode ser visualizada em termos de sua integridade e reflete a litologia, a geologia estrutural e os processos geomórficos que a tenham produzidoquot;. Outro aspecto importante diz respeito à distinção entre formas devidas a processos erosivos ou deposicionais, tendo sido considerado por RICE (1956) e AMERICAN GEOLOGICAL INSTITUTE (1974), descrevendo o termo como quot;aplicado por geógrafos para cada uma das diversas feições presentes na superfície da terra, incluindo tanto feições grandes como planícies, platôs e montanhas, como feições menores como escarpas, vales e encostas, muitas delas sendo produtos de erosão, mas havendo também formas devidas à processos deposicionaisquot;. Em virtude desta diversidade de enfoques considerados na conceituação de quot;landformquot; optou-se no presente trabalho pela adoção de um conceito operacional considerado adequado à aplicação em questão. A discussão relativa à elaboração deste conceito bem como sua apresentação encontram-se no capítulo 4 deste trabalho.
  • 26. 3.1.2 Descrição : Antes que se apresente as técnicas mais comuns de descrição e análise de quot;landformsquot; e se discuta a possibilidade de sua aplicação para mapear o meio físico para fins geotécnicos é importante que se comente algumas contribuições que lançaram as bases para a análise da paisagem. Os primeiros trabalhos de aplicação das formas do terreno como critério de descrição regional se devem a HERBERSON (1905, apud GRANT, 1970a) e FENNEMAN (1916, apud GRANT, 1970a), porém a primeira discussão do uso destes elementos para o zoneamento regional se deve a BOURNE (1931) com o quot;princípio da similaridade dos elementos da paisagemquot;. A interligação entre os elementos da paisagem e as condições de solos e rochas e como consequência as condições geotécnicas se deve a BELCHER (1942a, 1942b, e 1943). Após estes trabalhos, foram desenvolvidos estudos visando a utilização de fotografias aéreas para a identificação de formas do terreno e sua aplicação à projetos de engenharia civil, como em BELCHER et al. (1943), BELCHER (1946), JENKINS et al. (1946), e HITTLE (1949). A partir do início da década de 50 houve uma grande proliferação de trabalhos com enfoques variados. Enquanto parte dos pesquisadores partiu para uma linha mais voltada aos aspectos puramente geomorfológicos, outro grupo atuou no sentido da aplicação dos conceitos para a avaliação das condições naturais. Neste segundo grupo podem ser identificadas duas correntes
  • 27. de trabalho : a avaliação visual da paisagem (quot;aesthetic landscape evaluationquot;) e a avaliação do terreno (quot;terrain evaluationquot;). 3.1.2.1 Estudos Genéticos : Os estudos de gênese e evolução das formas incluem as atividades de geógrafos e geomorfólogos visando o aprofundamento das análises genéticas das formas e sua relação com sistemas climáticos, erosivos e deposicionais. Contribuições fundamentais neste campo foram dadas por HORTON (1945), PELTIER (1950), STRAHLER (1950 e 1952), LEOPOLD & MADDOCK (1953), PENCK (1953), SCHUMM (1956), CHORLEY (1957), HACK (1957), LEOPOLD & WOLMAN (1957), WOLMAN & LEOPOLD (1957), HACK (1960), LEOPOLD & WOLMAN (1960), SCHUMM (1960a, 1960b e 1961), CHORLEY (1962), LEOPOLD & LANGBEIN (1962), RUHE & WALKER (1968), WALKER & RUHE (1968), THOMAS (1974), HUGGET (1975), TWIDALE (1976), KNOTT et al. (1980), BRINK et al. (1982), BIRKELAND (1984), BURT & TRUDGILL (1984), CURRAN et alii (1984), GOUDIE (1984), RUELLAN (1985), SHARMA (1986), AHNERT (1987), COATES (1987), SUMMERFIELD (1988), TWIDALE (1990), GERRARD (1992), e EASTERBROOK (1993). 3.1.2.2 Avaliação Visual : A avaliação visual da paisagem corresponde a um conjunto de técnicas normalmente utilizadas na área de paisagismo, sendo divididos em dois tipos segundo COOKE & DOORNKAMP (1978a). No primeiro caso tem-se o uso de componentes mensuráveis do terreno (físicos, biológicos e de uso da terra) avaliados em termos quantitativos pela atribuição de índices numéricos para cada fator e obtenção de um índice médio para zoneamento do terreno, como o quot;Método de Leopold para a Avaliação do Terrenoquot; (LEOPOLD, 1969a e 1969b) e o quot;Método de Linton da Diferenciação Arealquot; (LINTON, 1968).
  • 28. O segundo grupo corresponde à ênfase na percepção da qualidade cênica por consumidores potenciais, tendo um caráter qualitativo. Exemplo clássico neste caso é o quot;Método de Análise de Respostas Pessoais ao Cenárioquot; de FINES (1968). 3.1.2.3 Avaliação do Terreno : O método de avaliação do terreno (quot;terrain evaluationquot;) é sem sombra de dúvida o mais útil para o levantamento das condições do meio físico para fins de ocupação já que foi desenvolvido exatamente com este objetivo. Os primeiros trabalhos visavam a elaboração, a partir de fotos aéreas, de mapas utilizados para o zoneamento geral multifinalidade de determinada área, como nos trabalhos de MILES (1951), MINTZER & FROST (1952), CHRISTIAN & STEWART (1953), BECKETT & WEBSTER (1962), e MILES (1962). 3.1.3 Aplicações da Avaliação do Terreno : Na base das aplicações da técnica de avaliação do terreno encontra-se a possibilidade de se dividir a área em estudo em unidades cada vez menores (função da escala e da finalidade pretendidas) a partir do uso de sensores remotos (preferencialmente) ou de trabalhos de campo, tendo-se como base sua uniformidade em termos de formas do terreno, para posteriormente proceder a avaliação das propriedades dos materiais presentes nestas unidades. Os níveis hierárquicos utilizados para este tipo de zoneamento são sistema de terreno (quot;land systemquot;), unidade de terreno (quot;land unitquot;) e elemento de terreno (quot;land elementquot;). Os procedimentos mais comumente usados para esta análise podem ser verificados em COOKE & DOORNKAMP (1978b e 1978c), GARTNER (1980), BOYER (1981), DOUGLAS & SPENCER (1982), EDWARDS (1982),
  • 29. GARCIA (1982), VAN ZUIDAM (1982), MITCHELL (1987), HAWKINS (1990), e GEODFREY & CLEAVES (1991). A figura 1 representa a aplicação da técnica de avaliação do terreno, considerando os níveis hierárquicos citados. FIGURA 1 - Aplicação da técnica de avaliação do terreno, modificado de COOKE & DOORNKAMP (1990) Com relação à aplicação para fins geotécnicos, tem-se grande variação em termos de escalas e finalidades, determinando características diferentes para os trabalhos, os quais são aqui
  • 30. classificados em três categorias : (1) regional multifinalidade; (2) regional finalidade específica; e (3) local. No primeiro grupo (trabalhos regionais multifinalidade) incluem-se aqueles que tratam do zoneamento do terreno orientado à identificação de solos com vistas à caracterização e planejamento regional. Neste caso podem ser incluídos trabalhos como os de GRANT (s.d.), AMERICAN SOCIETY OF PHOTOGRAMMETRY (1960), RANZANI (1969), SOARES & FIORI (1976), MARQUETTI & GARCIA (1977), SWAIN (1978), LEGGET (1980), VIBERG & ADESTAM (1980), OKAGBUE (1986), SINGHROY (1986), SMALL (1986), BEAUMONT (1987), DUMBLETON (1987), KATE & PATHAK (1987), MITCHELL (1987), PAREDES (1987), HARDEN (1990), GUPTA (1991) e FORSTER & CULSHAW (1994). Na figura 2 pode-se observar o resultado de um zoneamento de tipos de solos objetivando o planejamento regional, apresentado por DUMBLETON (1987) para uma região da Nigéria, sendo as unidades apresentadas em termos de unidades de relevo e solos associados. A B B A C B A A B B C A COLINAS, SOLOS ARENOSOS B VALES, SOLOS ARGILOSOS C PLANÍCIES REBAIXADAS, ARGILAS EXPANSIVAS C
  • 31. FIGURA 2 - Uso da avaliação do terreno para zoneamento regional, modificado de DUMBLETON (1987) Nos trabalhos regionais de finalidade específica os interesses mais comuns são a atividade agrícola, a análise regional de riscos e a avaliação para a implantação de obras lineares. Exemplos interessante deste tipo de aplicação são os trabalhos de BREYER (1982), JHA (1982), LANYON & HALL (1983), TRAUTMANN (1986), BELL (1987), NAGARAJAN & SHAH (1987), BLISS & REYBOLD (1989), EVANS & ROTH (1992), IRIGARAY et alii (1994), IVINS & BELL (1994), e ROCKAWAY & SMITH (1994). Uma destas aplicações pode ser observada na figura 3, onde se apresenta o resultado de um zoneamento efetuado por BREYER (1982) no nordeste de Botswana com o objetivo de avaliar condições limitantes para atividade agrícola, em termos das características dos materiais inconsolidados. 3 2 1 5 4 PLATÔS ELEVADOS, SOLOS ARENOSOS LATERIZADOS 1 ESCARPAS, SOLOS ARENOSOS 2 ENCOSTAS SUAVES, SOLOS SILTOSOS 3 PLATÔS REBAIXADOS, SOLOS ARGILOSOS LATERIZADOS 4 ENCOSTAS ÍNGREMES, CALCRETE 5 FIGURA 3 - Zoneamento visando aproveitamento agrícola de uma região, modificado de BREYER (1982)
  • 32. Os trabalhos locais incluem estudos de avaliação do terreno para fins de prospecção de materiais de construção e para análise de risco de estabilidade dos terrenos, como os trabalhos de NANDA & AKINYEDE (s.d.), SCHOFIELD (1957b), ACKROYD (1959), ZARUBA & MENCL (1969), CONNORS (1980), PALMIQUIST & BIBLE (1980), CUNHA et alii (1986), CHANDLER & MOORE (1989), FOOKES et al. (1991), CHACÓN et alii (1994), IRIGARAY et alii (1994b), KOARAI et alii (1994), LI (1994), PAVLOVIC & MARKOVIC (1994), POTHÉRAT (1994), RUIZ & GIJÓN (1994), WESTERN et alii (1994), e YU & JACOBSSON (1994). Com o objetivo de delimitar áreas de ocorrência de calcrete para sua utilização como agregado para obras rodoviárias na Nigéria NANDA & AKINYEDE (s.d.) usaram a técnica de avaliação do terreno. O resultado deste trabalho é apresentado na figura 4, que representa o zoneamento da região em termos dos tipos de materiais e da possibilidade de uso dos mesmos.
  • 33. 1 2 3 1 2 1 2 1 1 DUNAS, AREAIS SILTOSAS 2 INTER-DUNAS, AREIAS SILTOSAS COM CALCRETE 3 INTER-DUNAS, AREIAS ARGILOSAS COM CALCRETE FIGURA 4 - Uso de avaliação do terreno para levantamento de agregado para construção, modificado de NANDA & AKINYEDE (s.d.) Um exemplo de aplicação da técnica para a avaliação de estabilidade de terrenos é apresentado na figura 5. Neste caso o terreno é zoneado em termos das condições de estabilidade e da constatação de evidências de processos de instabilização.
  • 34. A C B COSTAS SUAVES, ARGILITOS, SEM REGISTRO DE PROBL A NCOSTAS ÍNGREMES, CALCÁRIOS, MOVIMENTOS RECENTES B ESCARPAS, CALCÁRIOS, MOVIMENTOS ANTIGOS C FIGURA 5 - Zoneamento de condições de estabilidade dos terrenos, modificado de FOOKES, DALE & LAND (1991) Em função desta diferenciação em termos de princípios, técnicas e finalidades de avaliação do terreno, a proliferação destes trabalhos pelo mundo se deu no sentido da adaptação do método para as necessidades locais. Neste sentido alguns grupos de pesquisadores de certos países se destacaram, seja em função da importância de seus trabalhos como referência para outros profissionais, seja em função da especificidade dos trabalhos desenvolvidos.
  • 35. Sem dúvida os grandes pioneiros na avaliação do terreno para fins de engenharia foram os profissionais do Reino Unido, seguidos pelos dos Estados Unidos da América e os da Austrália. Contribuições importantes foram dadas também na África do Sul e Hong Kong (que tiveram grande influência dos trabalhos desenvolvidos no Reino Unido), e nos trabalhos desenvolvidos na Holanda e na União Soviética (que buscaram caminhos próprios de desenvolvimento da técnica). 3.1.3.1 Reino Unido : Os trabalhos desenvolvidos no Reino Unido tiveram sua origem nas atividades do quot;Military Engineering Experimental Establishmentquot; e apresentam como principais características o seu pioneirismo, a concentração de atividades nas colônias africanas, e a utilização da técnica para trabalhos regionais finalidade específica tais como obras lineares e prospecção de materiais de construção para rodovias. Exemplos típicos destas atividades podem ser verificados em SCHOFIELD (1957a e 1957b), CLARE & BEAVAN (1962), BECKETT & WEBSTER (1962), DOWLING (1963 e 1964), BECKETT & WEBSTER (1965), KNOTT et al. (1980), e JONES et al. (1986). Na figura 6 tem-se um exemplo de aplicação da técnica para estabelecer um zoneamento de unidades de terreno e materiais associados num levantamento de faixa para implantação de uma adutora.
  • 36. 3 2 1 1 SUPERFÍCIE PRÉ-GLACIAL, SOLOS ARENOSOS PROFUNDOS 2 ENCOSTAS DE INCISÃO FLUVIAL, SOLOS ARGILOSOS EVOLUÍDOS 3 SUPERFÍCIE PÓS-GLACIAL, COLÚVIOS FINOS A GROSSEIROS FIGURA 6 - Levantamento de faixa para obra linear, modificado de KNOTT, DOORNKAMP & JONES (1980) 3.1.3.2 Estados Unidos da América : Nos Estados Unidos da América os trabalhos tiveram grande desenvolvimento, com intensa utilização de fotointerpretação, sendo orientados principalmente para finalidades rodoviárias (fruto do interesse do quot;Highway Research Boardquot;) e finalidades agrícolas, constituindo-se em trabalhos regionais finalidade específica. Contribuições importantes foram dadas por KRIEG & REGER (s.d.), BELCHER (1942a, 1942b, 1943, 1946, e 1948), LUEDER (1951), MILES (1951), HOFMAN & FLECKENSTEIN (1960 e 1961), BYERS (1961), JACKSON (1961), LUND (1961), MATTHEWS & COOK (1961), MILES & SPENCER (1961), MOULTROP (1961), STOECKELER (1961), ROCKAWAY (1975) e SHAMBURGUER (1980). No exemplo da figura 7 a técnica foi usada visando o zoneamento dos terrenos para fins agrícolas, identificando-se as formas de relevo e o tipo de solo associado.
  • 37. 3 4 1 2 1 PLANÍCIE ALUVIAL, SOLOS ARENOSOS FINOS 2 PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO, SOLOS ORGÂNICOS 3 CAMPO DE DUNAS, SOLOS ARENOSOS 4 COLINAS AMPLAS, SOLOS ARGILOSOS FIGURA 7 - Zoneamento para fins agrícolas, modificado de MILES (1961) 3.1.3.3 Austrália : Na Austrália os trabalhos de avaliação do terreno se desenvolveram a partir da fundação do quot;Council for Scientific and Industrial Researchquot; em 1946, tendo como finalidade o levantamento sistemático do território (com ênfase em áreas desocupadas) visando a elaboração de um inventário de condições naturais para fins de planejamento regional, sendo portanto trabalhos regionais multifinalidade. Posteriormente, com a criação do CSIRO (quot;Commonwealth Scientific and Industrial Research Organizationquot;) foi desenvolvido o programa PUCE, o qual foi bastante difundido em todo o mundo.
  • 38. A evolução destes conhecimentos e os tipos de aplicação da técnica em território australiano podem ser verificados em CHRISTIAN & STEWART (1953), MABBUT & STEWART (1963), GRANT (1965), AITCHISON (1968), AITCHISON & GRANT (1968), GRANT & LODWICK (1968), GRANT (1970b e 1972), ARNOT & GRANT (1974), GRANT (1975a e 1975b), FINLAYSON & GRANT (1978), GRANT & FINLAYSON (1978), PAHL et al. (1978), FINLAYSON (1981, 1982a, 1982b, e 1984), GOZZARD (1985), e FINLAYSON & BUCKLAND (1987). No exemplo apresentado na figura 8, observa-se um zoneamento regional multifinalidade que associa características do relevo com condições de materiais inconsolidados. 2 3 4 1 1 ESCARPAS ÍNGREMES, LATERITAS 2 COLINAS SUAVES, SOLOS RESIDUAIS ARENOSOS 3 PLANÍCIES, RESIDUAIS COM CROSTA LATERÍTICA 4 VALES, DEPÓSITOS ALUVIONARES ARENOSOS FIGURA 8 - Zoneamento regional multifinalidade, modificado de MABBUT & STEWART (1963)
  • 39. 3.1.3.4 África do Sul : Os trabalhos desenvolvidos na África do Sul tiveram sua origem a partir dos trabalhos do Reino Unido, com orientação para finalidades rodoviárias, e apresentando como novidade a melhoria dos serviços de armazenamento e recuperação de informações. Tratam-se de trabalhos regionais finalidade específica que podem ser exemplificados pelos trabalhos de JENNINGS & BRINK (1961), BRINK (1962), BRINK & WILLIAMS (1964), BRINK et al. (1966), BRINK & PARTRIDGE (1967), e BRUNSDEN et al. (1975). Na figura 9 tem-se um exemplo deste tipo de aplicação, orientada para finalidades rodoviárias, descrevendo a área em termos de condições de relevo e de materiais inconsolidados presentes. 4 3 1 2 1 1 1 1 COLINAS ONDULADAS, SOLOS RESIDUAIS ARGILOSOS 2 PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO, ALÚVIOS ARENOSOS 3 ESCARPAS, COLÚVIOS GROSSEIROS 4 COLINAS APLAINADAS, SOLOS RESIDUAIS ARENOSOS FIGURA 9 - Reconhecimento regional para finalidades rodoviárias, modificado de BRUNSDEN, DOORNKAMP, HINCH & JONES (1975)
  • 40. 3.1.3.5 Hong Kong : Em Hong Kong os trabalhos tiveram início nas atividades do quot;Geotechnical Control Office of Hong Kongquot; com vistas à análise de risco de estabilidade de taludes. Os trabalhos executados em Hong Kong também derivaram dos trabalhos desenvolvidos no Reino Unido, porém adquiriram personalidade própria em função da necessidade local (problemas de estabilidade) compreendendo o levantamento sistemático do território por trabalhos regionais finalidade específica e trabalhos locais, como se pode verificar em BRAND et al. (1982), BRYANT (1982), BURNETT & STYLES (1982), e STYLES et al. (1986). Um exemplo deste tipo de aplicação pode ser observado na figura 10, onde é apresentado um mapa que relaciona as condições de relevo e solos com o risco de instabilização dos terrenos. 4 2 1 4 3 3 2 4 2 4 1 1 BAIXA LIMITAÇÃO, RESIDUAIS EM TALUDES SUAVES 2 LIMITAÇÃO MODERADA, COLÚVIOS EM TALUDES SUAVES 3 ALTA LIMITAÇÃO, COLÚVIOS EM TALUDES SUAVES, EROSÃO ASSOCIADA 4 LIMITAÇÃO EXTREMA, COLÚVIOS EM TALUDES ÍNGREMES E INTÁVEIS FIGURA 10 - Zoneamento de risco para estabilidade de terrenos, modificado de BRAND, BURNETT & STYLES (1982)
  • 41. 3.1.3.6 Holanda : O uso da avaliação do terreno na Holanda se desenvolveu a partir dos trabalhos do quot;International Institute of Aerial Survey and Earth Sciencesquot; com vistas ao planejamento urbano e regional, incluindo trabalhos regionais multifinalidade (para o levantamento sistemático do território) e trabalhos regionais finalidade específica (para o detalhamento de áreas de interesse). O desenvolvimento e aplicação do método holandês (denominado quot;ITC Systemquot;) pode ser verificado em VERSTAPEEN & VAN ZUIDAM (1968 e 1975), RENGERS (1981), SOETERS & RENGERS (1981), VAN ZUIDAM (1982), VINK (1982), FLEMING (1984), VERBAKEL (1984), DE MULDER (1986), DE MULDER (1989), DE MULDER (1990), e WESTEN et alii (1994). SOETERS & RENGERS (1981) com o objetivo de caracterizar genericamente uma determinada área usam a avaliação do terreno para apresentar um zoneamento em termos de forma de terreno associadas ao tipo de material inconsolidado presente (figura 11).
  • 42. 1 3 1 2 1 COLINAS SUAVES, COLÚVIOS PROFUNDOS 2 MORROTES ALONGADOS, CAMBISSOLOS 3 MORROS ARREDONDADOS, RESIDUAIS DE GRANITO FIGURA 11 - Aplicação em zoneamento multifinalidade, modificado de SOETERS & RENGERS (1981) 3.1.3.7 (Ex) União Soviética : Também na Ex-União Soviética partiu-se para a busca de métodos próprios de análise, resultando no método denominado quot;Análise Indicacionalquot; orientado para levantamentos expeditos com vistas a implantação de obras lineares, se constituindo em trabalhos regionais finalidade específica, aqui exemplificados pelos trabalhos de SOLENTSEV (1962), AKINFIEV et al. (1978), ASEYEV et al. (1979), SPIRIDONOV et al. (1979), SIMONOV (1979), REVZON (1984 e 1987), e IVANOV & CHALOVA (1987).
  • 43. Usando esta técnica para avaliação das condições do terreno para a implantação de um túnel, REVZON (1987) apresenta um mapa onde são apresentadas áreas de ocorrência de processos de instabilização e elementos estruturais julgados importantes para a obra em análise (figura 12). FALHAS NÃO ATIVAS FALHAS ATIVAS DESLIZAMENTOS RECENTES FIGURA 12 - Levantamento de feições de interesse para avaliação de estabilidade, modificado de REVZON (1987) Pelo que já foi descrito é fácil se verificar como a técnica de avaliação do terreno tem sido útil para o levantamento de condições geotécnicas.
  • 44. Tal fato é demonstrado por sua intensa aplicação como critério básico de zoneamento do terreno para fins de engenharia, tanto para multifinalidade como para finalidades específicas, como se pôde perceber nos estudos do MEXE no Reino Unido, do HRB nos Estados Unidos da América, do CSIRO na Austrália, do ITC na Holanda, do GCOHK em Hong Kong, e das aplicação efetuadas na África do Sul e na União Soviética. Além deste intenso desenvolvimento nos países citados, o método obviamente também tem sido aplicado em outros países para diversas finalidades, das quais pode-se destacar : (1) para zoneamento geral os trabalhos de TRICART (1982), MALOMO et al. (1983), BURT (1986), SALAMON & GOSNELL (1986), e DE DAPPER et al. (1988); (2) estudos para implantação de obras lineares e projetos locais, como KRIEG & REGER (1986), CONNORS (1980), e JHA (1982); e (3) análise de riscos, como em JONES et al. (1986), ANDERSEN & GOSK (1989), e FOOKES et al. (1991). 3.1.3.8 Aplicações no Brasil : Com relação às aplicações em território nacional é preciso que antes de analisá-las, se apresente algumas discussões existentes na bibliografia acerca de aspectos relacionados à evolução das formas em clima tropical e de suas diferenças em relação à aquelas evoluídas sob clima temperado. Componentes da evolução do terreno tais como taxas erosivas, intensidade de lixiviação, mobilidade de soluções fluídas, variabilidade vertical e lateral do fluxo da água e transporte de materiais, sofrem grande influência das condições climáticas, condicionando a evolução do relevo e dos perfis de materiais inconsolidados associados.
  • 45. Espera-se que estas condições favoreçam a suavização das formas e o espessamento do manto de alteração, dificultando a identificação de quot;landformsquot;, além de proporcionarem o desenvolvimento da denominada quot;superfície tripla de aplainamentoquot; (uma superior entre as porções laterítica e saprolítica do perfil, uma intermediária entre a porção saprolítica e a rocha pouco alterada, e uma superfície inferior situada entre a rocha alterada e a rocha sã) Análises mais completas das condições evolutivas das formas e dos solos em ambiente tropical podem ser encontradas em MORIN & TODOR (s.d.), GRIM & BRADLEY (1963), MOSS (1968), MOSS (1969), YOUNG (1969), TRICART (1972), KANTOR & SCHWERTMANN (1974), LEWIS (1974), LEWIS (1975), MADU (1975), YAALON (1975), GIDIGASU (1976), YOUNG (1976), MADU (1977), GOGO & GIDIGASU (1980), MILLOT (1982), ALEVA (1983), OLA (1983), MORAES LEME (1985), ROSELLO et al. (1985), SMITH (1985), LHENAFF (1986), OLLIER (1986), e NOVAIS PINTO (1988). Como consequência destas características particulares de evolução, os perfis de alteração gerados nestas condições apresentam características bastante particulares. Este fato foi primeiramente descrito por MILNE (1935) ao estudar a variabilidade lateral dos perfis de solo evoluídos nestas condições, e posteriormente detalhados por NYE (1954), PANABOKE (1959), RADWANSKI & OLLIER (1959), WATSON (1964a E 1964b), SCHELLMANN (1979), GIDIGASU (1980), MILLOT (1981), GOGO (1984), NOVAIS FERREIRA (1985), GIDIGASU & KUMA (1987), KOMOO & MOGAMA (1988), e EMMERICH (1990). Considerados estes aspectos, pode-se passar à análise dos (poucos) trabalhos já desenvolvidos no Brasil que aplicam a técnica de avaliação do terreno para a cartografia geotécnica.
  • 46. De forma geral pode-se afirmar que estes trabalhos são basicamente orientados à escalas regionais e análises multifinalidade tais como ÁVILA et al. (1985), ZUQUETTE (1991), SOUZA (1992), COLLARES (1994), COLLARES & LORANDI (1994), SARAIVA (1994), BARISSON (1995), e COLLARES (1995a e 1995b), apesar de ZUQUETTE et al. (1991) e ZUQUETTE et alii (1992) usarem a técnica para análise de risco, e da sugestão de ZUQUETTE (1993) de aplicação da técnica como princípio básico para avaliação de impactos ambientais. Na figura 13 observa-se uma carta de risco elaborada para a região de Ribeirão Preto (SP) tendo como base a técnica de avaliação do terreno. Nesta carta são apresentadas as condições dos terrenos e o tipo de risco associado.
  • 47. FIGURA 13 - Carta de risco para a região de Ribeirão Preto (SP), modificado de ZUQUETTE, PEJON, SINELLI & GANDOLFI (1991) 3.2 ÁREA ESTUDADA : Em virtude dos requisitos básicos a serem atendidos pela área de estudo, quais sejam, variabilidade litológica e de sistemas de relevo, quantidade e facilidade de acesso à material fotográfico e cartográfico, e existência de trabalhos anteriores de cartografia geotécnica, optou-se pela Quadrícula de Campinas (SF-23-Y-A, escala 1:250.000) do IBGE (1980) como área de estudo. Do ponto de vista da variabilidade litológica a área apresenta boas condições, incluindo tipos sedimentares da Bacia do Paraná e depósitos do Cenóico Paulista, rochas ígneas do evento Serra Geral e correlatas, além das intrusivas alcalinas do Complexo Poços de Caldas, e associações metamórficas de graus variados representadas pelos complexos Socorro, Varginha, Amparo e Itabira e pela sequência metassedimentar da Formação Eleutério. Estas unidades foram aqui descritas a partir da análise de vários trabalhos elaborados em escala regional tais como WERNICK (1967), MEZZALIRA (1965), ANDRADE & SOARES (1971), SOARES & LANDIM (1973), SOARES et al. (1973), EBERT (1974), SCHNEIDER (1974), WERNICK & PENALVA (1974a e 1974b), WERNICK (1978), DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979), BARCHA (1980), LANDIM et al. (1980), INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (1981a), DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA / UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (1982), AZEVEDO & MASSOLI (1983), PETRI & FÚLFARO (1983), RADAMBRASIL (1983) e DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA (1984). Considerando-se o aspecto geomorfológico a área escolhida apresenta boa diversidade de associações de formas de relevo, incluindo colinas de diversos tipos, morros e morrotes, espigões, e planícies. Revisões da geomorfologia da área podem ser encontradas em ALMEIDA (1964), PENTEADO (1968), DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979), INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS
  • 48. (1981b), INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (1983) e RADAMBRASIL (1983). Além das diversidades litológica e geomorfológica exigidas, a área apresenta uma razoável cobertura de trabalhos de levantamentos de informações e de caracterização geotécnica confiáveis. Dentre estes pode-se destacar CAMPOS (1979), ZUQUETTE (1982), BORTOLUCCI (1983), COTTAS (1983), CAMPOS & VICELLI NETO (1987), COTTAS et al. (1987a, 1987b e 1987c), ZUQUETTE (1987), AGUIAR (1988 e 1989), ALBRETCH (1989), BROLLO (1989), CARDOSO (1989), CUNHA (1989), GONÇALVES (1989), GRUBER (1989), LOLLO (1989), NISHIYAMA (1989), DE MIO (1990), SOUZA, N.C.D.C. (1990), BROLLO (1991), LOLLO (1991), NISHIYAMA (1991), PARAGUAÇU et al. (1991), ALBRETCH (1992), DE MIO (1992), PEJON (1992), SOUZA N.C.D.C. (1992), ZUQUETTE & GANDOLFI (1992), CARDOSO (1993), GRUBER (1993), SOUZA N.M. (1994), COLLARES (1994), SARAIVA (1994), BARISSON (1995), COLLARES (1995a e 1995b), e AGUIAR (1995). 3.2.1 Localização : A Quadrícula de Campinas abrange a porção centro-leste do Estado de São Paulo e uma parcela do sudoeste do Estado de Minas Gerais, situando-se entre os meridianos 46°30' e 48°00'W e os paralelos 22°00' e 23°00'S. Sua localização pode ser observada na figura 14.
  • 49. FIGURA 14 - Localização da área estudada. A região apresenta uma área de cerca de 17.000 km2 com uma população da ordem de 3,5 milhões de habitantes, segundo IBGE (1991), o que representa 11% da população do Estado de São Paulo ou 23% da população do interior do Estado. Deste total apenas 1,8% encontra-se no Estado de Minas Gerais. É uma região bastante importante economicamente, seja do ponto de vista agropecuário, industrial, e de prestação de serviços. Os principais núcleos urbanos presentes na área são as cidades de São Carlos, Piraçununga, Rio Claro, Piracicaba, Leme, Araras, Limeira, Americana, Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Bragança Paulista, Aguaí, Águas de Lindóia, Socorro, Amparo, Campinas, Itapira e Andradas. A localização dos centros urbanos mais expressivos presentes na área em estudo, bem como as principais rodovias pode ser observada na figura 15.
  • 50. FIGURA 15 - Principais núcleos urbanos e ligações rodoviárias da área estudada. A distribuição dos trabalhos de mapeamento geotécnico elaborados no âmbito do projeto quot;Mapeamento Geoténico do Centro- Leste do Estado de São Pauloquot; na área em questão pode ser observada na figura 16.
  • 51. 2 1 6 12 11 20 7 5 4/22 9 8 12 13 14 19 17 10 16 3 15/18 21 ZUQUETTE (1981) PARAGUAÇU et al. (1991) 1 12 AGUIAR R.L. (1989) CARDOSO (1993) 2 13 GONÇALVES (1989) GRUBER (1993) 3 14 CUNHA (1989) SOUZA N.M. (1994) 4 15 BROLLO (1991) COLLARES (1994) 5 16 LOLLO (1991) SARAIVA (1994) 6 17 NISHIYAMA (1991) ZUQUETTE (1987) 7 18 ALBRETCH (1992) BARISON (1995) 8 19 DE MIO (1992) COLLARES (1995a) 9 20 PEJON (1992) COLLARES (1995b) 10 21 SOUZA N.D.C. (1992) AGUIAR A.D.C. (1995) 11 22 FIGURA 16 - Trabalhos de mapeamento geotécnico efetuados na área estudada pelo Departamento de Geotecnia da EESC/USP. 3.2.2 Clima : De maneira geral o clima da área pode ser descrito como mesotérmico (C, na classificação de Köppen) apresentando três sub- tipos (Cwa, Cwb, e Cfa) conforme distribuição mostrada na figura 17.
  • 52. FIGURA 17 - Distribuição dos tipos climáticos na área estudada, modificado de DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979). O tipo Cwa (mesotérmico de inverno seco) apresenta temperatura média inferior à 18°C no mês mais frio, e média do mês mais quente superior à 22°C, com índice pluviométrico entre 1.100 e 1.700mm. O tipo Cwb (mesotérmico de inverno seco e verão brando) se caracteriza por apresentar temperatura média do mês mais quente inferior à 22°C e em torno de 16,5°C no mês mais frio, e índice pluviométrico variando entre 1.300 e 1.700mm. O tipo Cfa (mesotérmico úmido) apresenta médias superiores à 22°C no mês mais quente e inferiores à 18°C no mês mais frio, com índice pluviométrico entre 1.100 e 2.000mm. Caracterizações mais pormenorizadas do clima da região podem ser encontradas em SETZER (1945), SETZER (1966), MELFI (1967), ABREU (1972), PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAS (1972), DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINMERAL (1979), MELLO (1979), OLIVEIRA et al. (1979 e 1982) e OLIVEIRA & PRADO (1984).
  • 53. 3.2.3 Vegetação : Apesar de quase totalmente retirada na região (devido à ocupação humana) a cobertura vegetal original apresenta ainda algumas manchas que permitem seu zoneamento segundo se apresenta na figura 18. s s FIGURA 18 - Distribuição dos tipos vegetais na área estudada, modificado de DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979). Predominava o grupo vegetal denominado floresta mesófila, típica de condições tropicais pluviais e com tipos florestais de pequeno porte. As outras associações aparecem dispersas no interior da floresta mesófila. Estes tipos são o cerrado (caracterizado por uma combinação de vegetação rasteira associada à árvores de pequeno porte), a floresta sub-tropical (composta por tipos florestais de médio porte) e o campo limpo (formação herbácea).
  • 54. A caracterização da área em termos de unidades vegetais é melhor descrita nos trabalhos de SETZER (1945 e 1966), MELFI (1967), DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979), INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (1980), ÁVILA et al. (1981), OLIVEIRA et al. (1979 e 1982) e OLIVEIRA & PRADO (1984). 3.2.4 Hidrologia e Hidrogeologia : Do ponto de vista hidrológico a área estudada abrange parcelas das Zonas Hidrográficas 1, 2, e 7 (DAEE, 1984) ocupando parte das Regiões Administrativas 4, 5, e 6 do Estado de São Paulo (regiões de Sorocaba, Campinas e Ribeirão Preto respectivamente). Este conjunto de características do meio físico foi descrito tendo-se como base os estudos de DAEE (1972, 1973, 1974, 1981 e 1982). Além dos trabalhos do DAEE, foram utilizados também para as descrições e considerações apresentadas a seguir, as contribuições de DURANTE et. al. (1965), ABREU (1972), PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAS (1972), TOGNA (1973), MEZZALIRA (1977), TORRES & MEZZALIRA (1977), MELLO (1979), DIOGO et. al. (1981), MAYER (1982), CETESB (1984), TOGNON (1985), e CETESB (1986). A zona hidrográfica número 1 engloba a Bacia do Piracicaba e parte da Bacia do Tietê (alto e médio superior), na zona número 2 tem-se parte da Bacia do Tietê (médio), e na zona 7 a Bacia do Pardo-Grande.
  • 55. Uma melhor compartimentação desta área em termos de bacias hidrográficas, correspondendo às Bacias dos rios Tietê, Piracicaba e Moji-Guaçu, pode ser observada na figura 19. 13 14 16 17 10 15 4 12 5 11 6 3 9 8 7 1 2 2 1 - Rio Tietê 7 - Rio Atibaia 13 - Rib. do Meio 2 - Rio Capivari 8 - Rio Jaguari 14 - Rio da Itupeva 3 - Rio Piracicaba 9 - Rio Camanducaia 15 - Rib. da Cachoeira 4 - Rio da Cabeça 10 - Rio Moji-Guaçu 16 - Rio Jaguari-Mirim 5 - Rib. da Água Vermelha 11 - Rio do Peixe 17 - Rio Jacaré-Guaçu 6 - Rib. do Pinhal 12 - Rib. das Araras FIGURA 19 - Bacias hidrográficas presentes na área, modificado de DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA (1984). Hidrogeologicamente a área apresenta parte dos aquíferos Cristalino, Tubarão, Passa Dois, Botucatu, Diabásio, e Bauru conforme distribuição apresentada na figura 20.
  • 56. FIGURA 20 - Sistemas aquíferos presentes na área estudada, modificado de DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA (1981). O Aquífero Cristalino ocupa a parcela leste da área e engloba os complexos pré-cambrianos e o maciço alcalino de Poços de Caldas, sendo um aquífero tipicamente controlado pelas descontinuidades presentes nas rochas. O Sistema Aquífero Tubarão ocupa a parte central da região estudada, tendo o sistema de armazenamento e circulação controlado pelos interstícios dos grãos dos clásticos grosseiros. Ocorrendo numa faixa estreita na porção leste da área, o Aquífero Passa Dois tem suas zonas aquíferas condicionadas por porosidade de interstícios (associados aos pacotes de litologias mais grosseiras) e por fissuras (nas unidades litológicas ricas em finos). O Aquífero Botucatu tem um sistema de armazenamento e circulação tipicamente controlado por porosidade, e situa-se no extremo noroeste da área estudada.
  • 57. O Aquífero Diabásio ocorre na área de forma dispersa sendo caracterizado por um controle tipicamente estrutural (através de fraturas) das condições de circulação e armazenamento. O Aquífero Bauru tem suas características controladas pela distribuição dos sedimentos detríticos mais grosseiros e ocorre na porção oeste da área. 3.2.5 Geomorfologia : Do ponto de vista geomorfológico a área apresenta associações de formas de relevo que vão desde as Cuestas Arenito-basálticas até o Planalto Sul de Minas (planaltos de Poços de Caldas e de São Pedro de Caldas), passando pela Depressão Periférica e pela Zona Cristalina do Norte (DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL, 1979), cuja distribuição pode ser vista na figura 21. 5 1 5 3 2 4 1 CUESTAS ARENITO-BASÁLTICAS 2 DEPRESSÃO PERIFÉRICA 3 ZONA CRISTALINA DO NORTE 4 PLANALTO DE SÃO PEDRO DE CALDAS 5 PLANALTO DE POÇOS DE CALDAS FIGURA 21 - Associações geomorfológicas presentes na área, modificado de DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979).
  • 58. As Cuestas Arenito-basálticas constituem escarpas esculpidas em estruturas monoclinais, devido à erosão diferencial nos arenitos da Formação Botucatu e derrames basálticos. A Depressão Periférica apresenta uniformidade paisagística, com relevo de colinas suaves e interflúvios abatidos, compreendendo rochas do Grupo Passa-Dois e do Supergrupo Tubarão da Bacia do Paraná. A Zona Cristalina do Norte representa um relevo de transição entre a Depressão Periférica e as área mais altas do Planalto Sul de Minas, sendo um relevo movimentado e dissecado, constituído de metamorfitos pré-cambrianos. A porção do Planalto Sul de Minas que ocorre nesta área pode ser dividida em duas unidades, o Planalto de São Pedro de Caldas (mais a sul) com relevo bastante movimentado em litotipos graníticos e migmatíticos, e o Planalto de Poços de Caldas, que corresponde à uma chaminé alcalina composta de morros de vertentes suaves e constituída primordialmente por foiaítos e tinguaítos. A Serra da Mantiqueira é representada na área pelo Planalto de Campos do Jordão caracterizado por um relevo bastante elevado e semi-aplainado com encostas convexas e suaves, formado por granitóides e migmatitos. Caracterizações mais completas destas unidades podem ser encontradas em ALMEIDA (1964), PENTEADO (1968) AB'SABER (1969), PENTEADO (1969), PENTEADO (1970), ABREU (1972), SOARES (1973), MODENESI (1974), DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979), PONÇANO et al. (1979a e 1979b), INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (1981b), MAYER (1982), MENDES (1982), RODRIGUES (1982), VIEIRA (1982b), e RADAMBRASIL (1983).
  • 59. 3.2.6 Geologia : Em termos de unidades litoestratigráficas a área engloba litologias metamórficas e magmáticas do Pré-cambriano, sedimentares e intrusivas básicas da Bacia do Paraná, intrusivas alcalinas do Planalto de Poços de Caldas, e coberturas cenozóicas. Devido às dificuldades de posicionamento estratigráfico e de ambientes de formação de certas unidades optou-se por apresentar as mesmas em termos de sua idade, a exemplo de DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979). Uma representação esquemática da distribuição destas unidades na área encontra-se na figura 22. 9 3 2 2 3 8 14 1 5 6 2 3 2 4 2 4 13 12 7 13 8 5 14 4 6 2 11 10 2 1 - Depósitos Aluviais 8 - Sub-Grupo Itararé 2 - Sedimentos Cenozóicos Arenosos 9 - Complexo Alcalino Poços de Caldas 3 - Grupo Bauru 10 - Complexo Socorro 4 - Intrusivas Básicas 11 - Formação Eleutério 5 - Grupo São Bento (Fm. Serra Geral, Botucatu e Pirambóia) 12 - Complexo Itapira 6 - Grupo Passa Dois (Fm. Corumbataí e Irati) 13 - Complexo Amparo 7 - Supergupo Tubarão (Fm. Tatui) 14 - Complexo Varginha FIGURA 22 - Mapa geológico simplificado da área, modificado de DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979).
  • 60. 3.2.6.1 Pré-cambriano e Cambriano : As dificuldades de ordenação estratigráfica das unidades metamórficas e magmáticas Pré-cambrianas e Cambrianas induziu à apresentação das mesmas em associações (segundo proposta de BRAUN, 1974) seguindo um procedimento já aplicado por DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (1979). As unidades apresentadas correspondem aos complexos Socorro, Varginha, Amparo e Itapira, à Formação Eleutério, e às unidades litológicas não agrupadas estratigraficamente tais como rochas cataclásticas, arenitos indiferenciados e plauenitos gnássicos. Sua apresentação corresponde a uma síntese dos trabalhos de EBERT (1967), WERNICK (1967), EBERT (1971), OLIVEIRA (1972), WERNICK (1972), WERNICK & PENALVA (1973), EBERT (1974), OLIVEIRA & ALVES (1974), WERNICK & PENALVA (1974a e 1974b), RODRIGUES (1976), FIORI et al. (1978), WERNICK (1978), ARTUR (1980), FIORI et al. (1980). O Complexo Socorro é composto por uma associação de granitos, granitóides, migmatitos e granulitos, que ocorrem na porção sudeste da área. No extremo sudeste predominam os granitos e granitóides profiroblásticos, os termos granulíticos com migmatitos associados são encontrados numa faixa vizinha à Falha de Socorro e a porção rica em charnoquitos e migmatitos distribui-se numa faixa discontínua de sentido sudeste - nordeste. O Complexo Varginha apresenta características similares às do Complexo Socorro, diferenciando-se deste apenas pela maior predominância de termos dos fácies granulítico e anfibolítico. É composto de migmatitos, granitos e granitóides porfiroblásticos na porção sudeste da área, e por migmatitos granitóides, granulitos, charnoquitos e anfibolitos na porção nordeste.
  • 61. Sendo composto principalmente por gnaisses, o Complexo Amparo aparece nas porções sudeste e centro-leste da área, limitando-se à sudeste com o Complexo Socorro através da Falha de Socorro e à nordeste com os complexos Varginha e Itapira e com as rochas sedimentares da Bacia do Paraná através das falhas de Campinas e Jacutinga. Ocorrendo numa faixa de orientação sul - norte e sendo delimitado pelas falhas de Campinas e Valinhos o Complexo Itapira é composto de gnaisses, migmatitos, quartzo-dioritos, meta-calcários e quartzitos. A Formação Eleutério pode ser dividida em dois domínios litológicos distintos. O primeiro deles é composto por granitos porfiroblásticos e granitos cinzentos e aflora entre as falhas de Valinhos e Socorro (na porção sudeste da área). O segundo é composto por arenitos, siltitos e conglomerados com ocorrência limitada à porção nordeste da área. As principais ocorrências de rochas cataclásticas estão limitadas às vizinhanças das falhas de Valinhos (sudeste da área) e de Jacutinga (nordeste), constituindo-se de associações de milonitos, blastomilonitos, cataclasitos e ultramilonitos. Além das associações e complexos citados, ocorrem, nas proximidades do Maciço Alcalino de Poços de Caldas, corpos de arenitos indiferenciados e de plauenitos gnássicos. 3.2.6.2 Paleozóico : Representado por rochas sedimentares da Bacia do Paraná, de idades Permianas e Carboníferas, o Paleozóico da Quadrícula de Campinas abrange os tipos litológicos do Supergrupo Tubarão e do Grupo Passa Dois.
  • 62. O Supergrupo Tubarão é composto pelos Grupos Itararé (com unidades depositadas em ambiente continental e marinho com contribuições de ambiente glacial) e Guatá (ambiente marinho transgressivo), já para o Grupo Passa Dois tem-se ambiente marinho raso para a Formação Irati e marinho raso à litorâneao para a Formação Corumbataí. Pormenores das informações apresentadas podem ser encontradas em FIGUEIREDO FILHO & FRAKES (1968), NORTHFLEET et al. (1969), LANDIM (1970), AMARAL (1971), ANDRADE & SOARES (1971), LANDIM & BARROS (1972), LANDIM & FÚLFARO (1972), SOARES (1972), SOARES & LANDIM (1973), SOARES et al. (1973), MUHLMANN et al. (1974), ROCHA- CAMPOS (1967), ROCHA-CAMPOS et al. (1977), SOARES et al. (1977), GAMA JÚNIOR (1979), COTTAS et al. (1981), FÚLFARO et al. (1984), e SOUZA FILHO (1986). O Grupo Itararé ocorre na parte central da área estudada numa extensa faixa norte-sul, sendo constituido por arenitos e diamectitos em sua porção inferior, e por arenitos, conglomerados e diamectitos com siltitos folhelhos e ritmitos subordinados, em sua porção superior. O Grupo Guatá é representado na região pela Formação Tatuí, que ocorre numa faixa estreita que se estende do sudoeste até o centro-norte da área. Em sua porção inferior predominam siltitos arenosos e arenitos médios, e na superior siltitos arenosos e argilosos com arenitos finos à médios.
  • 63. O Grupo Passa Dois é dividido nas formações Irati e Corumbataí. A Formação Irati ocorre desde o sudoeste até o centro- norte da área e apresenta uma seção inferior rica em siltitos e folhelhos (apresentando as vezes um conglomerado basal), e uma seção superior composta pela intercalação de folhelhos pirobetuminosos e calcários dolomíticos. Já a Formação Corumbataí é composta de argilitos, siltitos e folhelhos em sua seção inferior, e argilitos e arenitos na porção superior, apresentando uma maior distribuição areal, estendendo-se desde o extremo sudoeste da Quadrícula até o centro-norte em faixa vizinha à área de ocorrência da formação Irati. 3.2.6.3 Mesozóico : As unidades de idade mesozóica que ocorrem na área pertencem aos Grupos São Bento (de idade triássica / cretácica) e Bauru (cretácico). O Grupo São Bento é dividido nas formações Pirambóia (ambiente fluvial), Botucatu (ambiente eólico), e Serra Geral (intrusões e derrames de vulcanismo de fissura). O Grupo Bauru representa um período de deposição em ambiente fluvio-lacustre. As informações apresentadas acerca destas unidades se baseiam nos trabalhos de BJORNBERG et. al. (1970), ANDRADE & SOARES (1971), BOSIO (1972), SOARES (1973), SOARES et. al. (1973), SUGUIO (1973), MEZZALIRA (1974), MUHLMANN et. al. (1974), SOARES (1975), BARCHA (1980), BRANDT NETO et. al. (1980), SOARES et. al. (1980), COTTAS & BARCELOS (1981), e BARCELOS (1984). A Formação Pirambóia ocorre na área numa faixa vizinha à ocorrência da Formação Corumbataí, além de ocorrências esparsas na porção noroeste. É composta principalmente por arenitos variados com intercalações de siltitos e argilitos.