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Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE
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Desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
José Lauro Martins1
Raquel Aparecida Souza2
1
Universidade Federal do Tocantins, colegiado de Comunicação Social, jlauro@uft.edu.br
2
Universidade Federal do Tocantins, colegiado de Pedagogia, raquelas@uft.edu.br
Resumo: Esse trabalho apresenta a análise de uma experiência didática com o uso de
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) em um curso on line.
Trata-se de cursistas que são coordenadores pedagógicos atuantes em escolas públicas
do extremo norte do Tocantins e que compõem uma turma do curso lato sensu de
Especialização em Coordenação Pedagógica, ofertado na modalidade à distância pela
Universidade Federal do Tocantins, em parceria com o Programa Nacional Escola de
Gestores, Secretaria do Estado do Tocantins (SEDUC) e União dos Dirigentes
Municipais do Tocantins (UNDIME-TO). Dentre os objetivos, buscou-se: compreender
como os cursistas fazem uso de recursos tecnológicos exigidos pelo curso, os quais
permitem o acesso e a permanência nele; entender quais as maiores dificuldades e os
desafios referentes às TDICs, bem como saber como esse público enfrenta essas questões
no curso de pós-graduação. Para alcançar esses objetivos, foram analisadas as
respostas do primeiro Memorial Reflexivo respondido por essa turma. O Memorial é um
dos instrumentos de avaliação utilizados no curso e constitui-se de um documento de
cunho pessoal que possibilita ao cursista registrar informações de forma livre e numa
perspectiva investigativa, realizando, assim, uma auto-avaliação a partir de suas
práticas e, de igual modo, contribuindo para uma avaliação geral do curso. De forma
geral, destaca-se que, embora grande parte dos alunos, no ato da inscrição, tenha
manifestado ter o domínio quanto ao uso de tecnologias, percebe-se que essa habilidade
não vem sendo confirmada, o que expressa que o principal desafio não é o de ter ou não
acesso à tecnologia, mas sim ter habilidades necessárias para utilizá-las em práticas
sociais.
Palavras-Chave: Educação e Tecnologias. Inclusão digital. Alfabetização e
Letramento digital
Abstract – This paper presents a study on the analysis of an experience with the use
of Information and Communication Digital Technologies (ICDT) in an online
course. It is about students that are pedagogical coordinators that work in public
schools in the far north of Tocantins-Brazil and comprise a class of postgraduate
course in Coordinating Education, offered in distance mode by the Federal
University of Tocantins in partnership with the Brazilian National Program School
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Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE
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of Managers, Secretary of Education in the State of Tocantins (SEST) and National
Union of Municipal Directors of Education of Tocantins (UNDIME-TO). Among the
objectives sought to understand how students make use of technological resources
required for the access and permanence; understand what the major difficulties and
challenges related technologies, as well as how they cope with these issues in the
postgraduate course. To achieve these goals, we analyzed the responses of the first
Memorial Reflective answered by this class. The Memorial is an assessment
instruments used in the course and consists of an personal document that allows the
student to record information in a free style in an investigative perspective, thus
creating a self-assessment from their practices, contributing to a assessment of the
course. In general it is emphasized that, although most students have expressed the
time of registration, have the domain with the use of technology, it is clear that these
skills are not being confirmed, which states that the main challenge is not or not
having access to technology, but have skills needed to use them in social practices.
Keywords: Education and Technology. Digital inclusion. Alphabetization and
Digital Literacy.
1. Tecnologias Digitais e a inclusão digital
Ao iniciar um curso mediado por tecnologias digitais, espera-se que um cursista possua
habilidades mínimas exigidas, como, por exemplo, ter conhecimentos básicos quanto ao uso
da internet. Associado a esses conhecimentos, o cursista também precisa vencer o desafio da
“alfabetização digital” e do “letramento digital”, de forma que não só tenha conhecimentos
para usar as tecnologias e dominar um saber instrumental, mas que seja capaz de tomar
iniciativas necessárias na gestão da sua própria aprendizagem em curso on line.
Nesse sentido, Oliveira e Fumes (2008), compreendem como condição de
alfabetização digital o fato de uma pessoa superar o simples mecanismo de saber usar
programas e ferramentas computacionais. Segundo os autores, à medida que o indivíduo as
usa, consegue fazer associações com questões do seu cotidiano de forma significativa.
A alfabetização digital sobrepõe a concepção que seria apenas a habilidade para usar
programas e ferramentas do computador. Percebemos a alfabetização digital como a
capacidade de buscar, selecionar, filtrar e organizar as informações e relacioná-las
com o cotidiano e o contexto da educação superior (OLIVEIRA; FUMES, 2008,
p.63).
Essa perspectiva pode ser melhor compreendida no sentido do “letramento digital”.
Valente (2008), ao utilizar esse termo, destaca-o a partir dos conceitos de alfabetização e de
letramento, lembrando que, de forma geral, um indivíduo é considerado alfabetizado quando
“sabe decodificar os sinais gráficos do seu idioma, porém de modo superficial [...]. Já o
sujeito letrado não só adquiriu a capacidade do ler e do escrever, mas sabe usar esses
conhecimentos em práticas sociais de leitura e escrita” (Ibidem, p. 15). Assim, o letramento
digital é um termo usado para distinguir a condição da pessoa que, para além de dominar o
uso de tecnologias digitais, não é “mero apertador de botão” (Ibidem), mas usa as tecnologias
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com um sentido maior em suas práticas sociais.
No mesmo sentido, falar em inclusão digital que se restringe a ter habilidades
instrumentais é dar condições apenas de alfabetização digital. Consequentemente, o sujeito
ficará à margem da comunicação e da interação, possibilidades oferecidas pelas Tecnologias
Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs).
Dessa forma, ao invés de o uso das tecnologias incluir o indivíduo, acaba por excluí-lo
das práticas do diálogo e das possibilidades do “estar junto virtual”, que, de acordo com
Valente (2003), é uma perspectiva de aprender/ensinar em curso on line, que envolve
múltiplas interações no sentido de promover acompanhamento e assessoramento, com a
proposição de desafios para auxiliar o cursista a atribuir significado ao que está
desenvolvendo.
As interações com o professor devem ser realizadas enfatizando a construção do
conhecimento. Isto somente pode acontecer quando o especialista participa das
atividades de planejamento, observação, reflexão e análise do trabalho que o
professor está realizando. Assim, essa abordagem de EAD significa criar condições
para o especialista estar junto, ao “lado” do professor, vivenciando e auxiliando-o na
resolução de seus problemas e, com isso, construir novos conhecimentos.
(VALENTE, 2003, p.4)
As interações criam meios para que o cursista possa aplicar, transformar e buscar
outras informações e, assim, construir novos conhecimentos. Oliveira e Fumes (2008) ainda
destacam como um grande desafio de estudar utilizando-se um Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA) a gestão da própria aprendizagem, pois é uma questão ainda mais
complexa do que as práticas dos cursos presenciais e mesmo dos cursos à distância nos
modelos tradicionais.
Logo, não há dúvidas de que, na EaD, o papel de cada agente educacional precisa ser
ressignificado, pois, para se desenvolver uma educação autônoma, exigem-se também
indivíduos autônomos e, como afirma Belloni (2008), essa perspectiva representa um
processo que está centrado naquele que aprende, “aprendente”, e o professor é um gestor
desse processo, capaz de “auto-dirigir e auto-regular”. Nesse caso, os cursos à distância estão
dirigidos a indivíduos adultos, os quais precisam aprender a partir de “maturidade e
motivação necessária à auto-aprendizagem e possuindo um mínimo de habilidades de estudo”
(BELLONI, 2008, p.40). Porém, a autora apresenta alguns estudos com experiências em EaD
que mostram que muitos estudantes tendem a realizar ainda uma aprendizagem “passiva”, em
que o “aprendente autônomo, ou independente, capaz de autogestão de seus estudos, é ainda
embrionário, do mesmo modo que o estudante autônomo é ainda exceção” (Ibidem p. 41).
Dessa forma, sem desenvolver essa maturidade necessária, não haverá o
desenvolvimento de comunicação e interação capazes de contribuir e de consolidar uma
educação com qualidade e que seja, de fato, prazerosa na modalidade a distância. E
ressaltamos que o fator maturidade precisa ser desenvolvido tanto por gestores, professores,
assistentes de turma, quanto pelos cursistas. Nesse sentido, nossos desafios como agentes da
EaD são ainda enormes.
Considerando a velocidade das mudanças tecnológicas em nossa sociedade e as
alterações que elas exigem da educação, é perceptível a necessidade de demanda por
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formação em diversas áreas do conhecimento. Assim, profissionais e estudantes estão cada
vez mais em busca de aprender, de se qualificar; contudo, não contam com muita
disponibilidade de tempo e de deslocamento para realizar cursos nos moldes presenciais e
tradicionais. Logo, cresce a procura por cursos on line ou mediados por tecnologias  ou
cursos à distância, como mais comumente conhecidos.
É fácil compreender que os modelos tradicionais de educação (sejam presenciais ou à
distância) não atendem mais à crescente demanda de formação. Além disso, muitos deles não
visam a promover o acesso às redes virtuais de informação, as quais possibilitam a preparação
contínua de profissionais e alunos para a descoberta de conhecimentos relevantes com vistas
ao processo de aprendizagem autônoma, como destaca Pierre Levy (1999). Nesse cenário, a
demanda por formação não só está passando por um enorme crescimento quantitativo, como
também está sofrendo uma profunda mutação qualitativa, no sentido de uma crescente
necessidade de diversificação e personalização. Os indivíduos suportam cada vez menos
acompanhar cursos uniformes ou rígidos que não correspondem às suas reais necessidades e à
especificidade de seus trajetos de vida (Ibidem).
É importante destacar que, mesmo considerando esses apontamentos iniciais a partir
dos significados de alfabetização e de letramento digital, e uma vez compreendida essa
dinâmica do “aprender” e do “ensinar” mediados por recursos tecnológicos, é perceptível que
o uso das TDICs por si só não resolverá todos os problemas da educação. Mas, como destaca
Kenski (2003), o uso correto, a partir da reflexão acerca do por que e do como se usam ou não
determinados recursos, pode sim contribuir para um melhor desempenho nas práticas
pedagógicas entre professores e alunos. A autora destaca que “A diferença didática não está
no uso ou não uso das novas tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades. Mais
ainda, na compreensão da lógica que permeia a movimentação entre os saberes no atual
estágio da sociedade tecnológica.” (KENSKI, 2003, p.49).
Dessa forma, é evidente que os cursos que usam intensivamente TDICs apresentam
grandes desafios, exigindo novas práticas, em especial na formação docente e na prática dos
cursistas em EAD. É possível que, nos casos de cursistas que tiveram sua formação inicial
realizada somente na forma tradicional e presencial, estes apresentem mais dificuldades para o
desenvolvimento de habilidades necessárias para incorporação e uso de TDCIs em processos
educacionais desenvolvidos em Ambientes Virtuais de Aprendizagens (AVAS).
Porém, mesmo nesses casos, os cursos de formação continuada podem e devem incluir
o uso de tecnologias, pois, além de essa prática possibilitar o acesso, também cumpre o papel
de promover a experiência de uso estruturado e orientado de tecnologias. Nessa perspectiva,
vamos compreender como ocorre a experiência do uso de algumas TDICs por coordenadores
pedagógicos em um curso de especialização ofertado à distância no Tocantins.
2. Desafios dos aprendentes em curso de pós graduação: análise a partir do
Memorial Reflexivo
A Universidade Federal do Tocantins oferece um curso de Especialização em Coordenação
Pedagógica para coordenadores da rede pública de ensino do estado, em parceria com o
Ministério da Educação, da Secretaria da Educação Básica e do Programa Nacional Escola de
Gestores, e com a colaboração dos parceiros articuladores, Secretaria de Estado da Educação
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(SEDUC-TO) e a União dos Dirigentes Municipais da Educação (UNDIME-TO).
O objetivo, de acordo com o Projeto Político do Curso, é contribuir com a formação de
coordenadores pedagógicos que atuam em instituições públicas de educação básica, “visando
à ampliação de suas capacidades de análise e resolução de problemas, elaboração e
desenvolvimento de projetos e atividades” (PPC, 2010).
Os Coordenadores Pedagógicos da Rede Municipal e da Rede Estadual de Educação
que se inscrevessem no curso deveriam atender a alguns requisitos presentes no edital de
seleção, como “Ter concluído o curso de graduação em Pedagogia ou em outra licenciatura”,
“Pertencer à rede pública de educação básica”, “Ter acesso a internet banda larga, “Ter
disponibilidade para dedicar, no mínimo, 10 (dez) horas/semanais ao curso”, “Ter
disponibilidade para participar dos encontros presenciais obrigatórios nos pólos de seu curso”
e “Ter conhecimentos básicos de informática, isto é, ser capaz de pesquisar na web e digitar
seus trabalhos sem dependência de terceiros”.
Esses requisitos completaram algumas regras utilizadas no processo seletivo, o qual
visava a selecionar coordenadores que, de fato, tivessem perfil para participar do curso on
line. Também foi solicitada a assinatura de um Termo de Compromisso em que o candidato
garantia que teria acesso à internet. Além disso, o candidato preencheu um formulário de
inscrição on line que fornecia informações diversas sobre sua vida profissional e sua
familiaridade com os recursos de informática, além de dar informações sobre sua formação
acadêmica.
Foram ofertadas 400 (quatrocentas) vagas, sendo 40 (quarenta) para cada um dos 10
(dez) polos localizados em cidades do Tocantins que atendessem a algumas características
apontadas pelo MEC, dentre elas, ter baixo Ideb. Ao todo, 731(setecentos e trinta e uma)
inscrições foram processadas, das quais 63% dos candidatos informaram que teriam acesso ao
curso virtual a partir de sua residência própria, e 90% deles afirmaram ter o nível ideal de
habilidades para realizarem o curso.
Como recorte para esse estudo, realizamos as análises em um polo do norte do
Tocantins, por ser o mais distante da capital, uma região considerada muito pobre e com
acesso a bens extremamente restrito. Para ofertar uma turma do curso nesse polo, contou-se
com o auxilio de duas professoras mestres da UFT, sendo que uma desempenha o papel de
coordenadora e outra, de professora da turma. Ambas possuem experiência em gestão da
educação básica e também experiência na docência do ensino a distância. Essa turma ainda
conta com a ajuda de duas professoras assistentes que atuam na Diretoria Regional de Ensino
(DRE) e ambas são pedagogas com especialização em educação.
Esse polo teve 86 candidatos inscritos para as 40 vagas disponíveis, sendo 74%
candidatos mulheres e 26% candidatos homens. Nas questões do formulário de inscrição
referentes ao acesso à internet e sobre habilidade para o uso de ferramentas de informática,
identificamos que 43,7% dos candidatos afirmaram que acessariam o ambiente do curso a
partir da sua residência; 46%, na escola em que trabalhavam; e 10,3% deles informaram que
teriam acesso em outros locais. Constatamos ainda que 82,8% dos candidatos manifestaram
ter nível ótimo de habilidades com o uso do computador e da internet.
Conforme supracitado, para compreendermos como os cursistas fazem uso de recursos
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tecnológicos exigidos para acesso ao curso e permanência nele, para visualizarmos quais sãos
as maiores dificuldades e os desafios referentes às TDICs, bem como para sabermos como
esse público os enfrenta no curso de pós-graduação on line, analisamos as respostas do
primeiro Memorial Reflexivo (MR) respondido por essa turma. Este é um dos instrumentos de
avaliação utilizado no curso, constituindo um documento de cunho pessoal que possibilita ao
cursista registrar informações de forma livre, numa perspectiva investigativa (BORGES,
2009, p. 64). Ao longo de todo o curso, o cursista responde o MR em três momentos, sendo
um após os três primeiros meses, outro em meados do curso e, um último, ao final. O objetivo
é proporcionar ao cursista um espaço em que questione suas próprias ações.
Esse instrumento é composto de três questões. A primeira convida o estudante a
refletir sobre o que aprender e a relatar tal aprendizado. Na segunda questão, solicita-se a ele
que relate as dificuldades enfrentadas ao longo do curso, bem como as soluções por ele
encontradas a fim de viabilizar seu aprendizado. Por fim, na terceira questão, tem-se o espaço
para que o aluno teça comentários a respeito do curso, faça críticas e sugestões a ele,
contribuindo, dessa forma, com uma avaliação geral.
Considerando que o curso está em desenvolvimento, destacamos alguns elementos
mais presentes nas respostas do Memorial Reflexivo 1 do referido polo, pautando-se as
observações no uso das tecnologias necessárias para os cursistas terem acesso ao curso e
permanência nele.
Todos os 40 (quarenta) alunos tentaram realizar o MR 1, mas apenas 34 (trinta e
quatro) concluíram. No ambiente moodle, plataforma usada no curso, utilizou-se a ferramenta
“Questionário” com questões abertas para que o cursista tivesse liberdade na escrita. Contudo,
alguns acessaram a ferramenta, responderam as questões, mas tiveram dificuldades para
finalizar o processo, pois, ao final das três questões, aparecem os links:
Muitos cursistas acabaram não enviando e teminando o processo. Assim, deixaram em
aberto seu questionário, inviabilizando as análises.
Com relação à primeira questão do MR, foi possível organizar as respostas a partir de
4 (quatro) elementos mais presentes, das quais se destacam: “Desenvolvimento Pessoal”,
“Aprendizagem Teórica”, “Desenvolvimento Profissional” e “Domínio da Tecnologia”.
No gráfico 1, observamos que, quando os cursistas refletem e escrevem sobre o que
aprenderam na primeira fase do curso, uma parcela significativa afirma ter aprendido muito
sobre o uso de recursos tecnológicos, dando grande ênfase no elemento “Domínio da
Tecnologia”.
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Gráfico 1 : Principais aprendizagens
A partir dos extratos textuais das respostas de alguns cursistas, é possível perceber
melhor essa perspectiva, quando eles apontam como o curso vem contribuindo para a inclusão
digital, a partir do momento em que há a exigência de que todos saibam utilizar as
ferramentas digitais, bem como de que compreendam o porquê precisam empregar
determinados recursos tecnológicos para realizarem suas tarefas e se comunicarem no curso.
Aprendi a navegar na sala do curso, visitando fórum de noticias, biblioteca do
curso, fórum de conversas paralelas, chat, [...], biblioteca da sala de introdução ao
ambiente, ver as noticias, acessar todos os fórum de debates e discussões.
(CURSISTA A)
[...] quero afirmar que a primeira coisa que aprendi foi estudar via internet e
buscar as salas de aula e as atividades contidas nas mesmas. (CURSISTA B)
Foi muito gratificante porque aprendi muito em relação às tecnologias e acesso ao
computador. Eu era muito leiga no assunto, mais ao passar dos dias e com o acesso
no mesmo estou progredindo muito (CURSISTA C)
Além de somar ganhos à prática da coordenação pedagógica, eu avancei no uso do
computador, a explorar os recursos da informática, principalmente o de baixar
vídeo. (CURSISTA D)
Também se destaca a reflexão que os cursistas fazem sobre a aprendizagem
significativa e autônoma que reconhecem estar se desenvolvendo no curso a distância de que
estão participando, o que, para alguns, não parecia ser possível ocorrer:
Aprendi principalmente a navegar pelo ambiente de forma autônoma, encontrando
o material necessário para o estudo do curso, a respeitar a opinião dos colegas.
(CURSISTA E)
Posso dizer, sem medo, que aprendi muito. Primeiro a "brincar" com as salas, fazer
amizades, ler e assistir coisas interessantes e ter aulas, tudo através de um
computador, coisas que eu não acreditava muito. Mas acima de tudo, aprendi que
um curso à distância pode ser bem feito, basta um pouco de esforço e força de
vontade (CURSISTA F)
Elementos Presentes nas Respostas
Desenvolvimento pessoal
Aprendizagem teórica
Domínio da tecnologia
Desenvolvimento profissional
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Portanto nesta fase para mim, a adaptação com todo este método de estudo foi a
minha maior luta, e hoje quero aprofundar mais ainda, descobri esta vontade de
aprender e de buscar mais os conhecimentos... (CURSISTA G)
Mesmo com grandes dificuldades em compreender o ambiente e as ferramentas do
curso, um cursista destaca que vai continuar se esforçando para aprender:
[...] de extrema preocupação o manuseio das tecnologias que usamos para acessar
cada sala, é difícil o acesso e só agora estou me adaptando, no momento do
manuseio cliquei em umas das laterais que não podia, teve perda total em todas as
atividades, não tinha nem como enviar o projeto do curso. Mais sei que vou
aprender bastante ... (CURSISTA H)
Também, os alunos deixaram claro que o curso possibilita o aprendizado quanto a
questões teóricas e profissionais, bem como e afirmam que puderam perceber que a inclusão
digital de coordenadores pedagógicos vem sendo praticada.
Essa inclusão, para além das habilidades no uso de técnicas e recursos do ambiente de
aprendizagem, revela que muitos cursistas estão aprendendo a se relacionar no sentido do
“Estar Junto Virtualmente” com seus colegas e professores, por meio do diálogo e da troca de
experiências que ocorre em vários espaços de interação. De igual modo, os alunos também
demonstram aprender a usar os diversos recursos com relevância às suas necessidades diárias
no curso, como é perceptível na resposta de um cursista:
Diante das dificuldades que foi o inicio do nosso curso a minha aprendizagem nesta
fase ... foi de forma eficaz diante das necessidades de aprendizagem que eu detinha
dentro da tecnologia para fazer curso à distancia, [...] hoje a minha valorização é
maior em relação ao curso [...] os conteúdos são diversos e de fácil acesso no
portal, mas para mim a minha maior vitória foi participar dos debates e as trocas
de experiências foi um enriquecer na minha aprendizagem. (CURSISTA I)
De forma geral, ainda que a maioria dos cursistas tenha informado no ato da inscrição
que não teria problemas com acesso a internet nem com facilidade de manuseio dessa
ferramenta, as respostas que forneceram revelaram muita dificuldade com o AVA do curso,
conforme verificaremos a partir das análises da questão 2 (dois) do Memorial Reflexivo.
Quando os cursistas respondem sobre as dificuldades e refletem sobre como as enfrentaram, é
possível selecionar 8 (oito) elementos mais presentes nas respostas, conforme se verifica no
gráfico 2.
Gráfico 2: Principais dificuldades
Dificuldades
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Falta de computador
Habilidade o uso das
tecnologias
Acesso a internet
Dificuldade de
gerenciar o tempo
Projeto de intervenção
Muita atividade
Entender as
atividades
Acesso - zona rural
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As questões referentes a dificuldades com o uso de tecnologias estiveram presentes em
52% das manifestações dos cursistas e, mais especificamente, 31,8% manifestaram ter
dificuldades quanto ao acesso e ao uso dos recursos e das ferramentas do AVA (MOODLE)
empregadas no curso, conforme fica expresso nos extratos textuais retirados das respostas:
A maior dificuldade que tive até o momento foi sobre as ferramentas tecnológicas,
pois as vezes ainda deparo com situações que preciso de ajuda. Outra dificuldade
que encontro é sobre baixar vídeos, até o momento não consegui baixar nenhum,
sempre que preciso peço ajuda. (CURSISTA J)
A maior dificuldade no início do curso foi reconhecer as ferramentas necessárias
para a realização e postagem das atividades. [...] Porém, essas dificuldades foram
sanadas com ajudas da minha colega de trabalho [...] e dedicação das professoras e
a paciência em nos ajudar a superar as dificuldades foi ponto valioso para a
superação de todas as dificuldades. (CURSISTA L)
Em primeiro lugar, minha maior dificuldade é acessar o site, pois na verdade não
tenho tempo para estar acessando e realizando as atividades. Com isso a cada dia
que passa esta se tornando mais difícil. (CURSISTA M)
Interessante notar que essa dificuldade esteve muito associada à própria falta de tempo
do cursista para realizar as atividades do curso e, consequentemente, para aprender a usar os
recursos. O percentual apresentado sobre a dificuldade de acesso ao curso é superior ao
constatado a partir das inscrições dos candidatos, quando apenas 17,2% não manifestaram ter
o nível considerado ótimo de habilidades para o uso do computador e da internet, conforme
necessidades exigidas pelo curso. Nesse caso, as respostas nos memoriais vêm desvendar que
os cursistas nem sempre são tão honestos com os pré-requisitos exigidos.
Com relação à questão de acesso à internet, observamos que esse não é o principal
problema dos estudantes nessa turma, pois apenas 6,8% do total dos que responderam o
memorial destacaram essa dificuldade.
[...] difícil acesso ao curso devido a problemas no provedor e também ao acúmulo
de atividades dentro da escola. Aos poucos estou buscando superar as falhas
adequando-me à metodologia do curso. (CURSISTA N)
Dificuldades enfrento até hoje, pois moro na zona rural de Araguatins [...] acesso
muito ruim não tem internet no povoado onde moro e tenho que ir em Araguatins
para acessar, [...] (CURSISTA O)
A forma de superação dos problemas e, em particular, as dificuldades referentes à
tecnologia confirmam que a atuação colaborativa de professores e colegas do curso ajudam a
melhorar as habilidade de uso das tecnologias, pois desenvolve-se o incentivo para uma ação
mais cooperativa a fim de que haja o apoio entre eles, como verificamos no gráfico 3 e a partir
das respostas de alguns cursistas:
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Gráfico 3: Superação das dificuldades
[...] foi como lidar com a virtualidade, e o que fez superar foi praticar, usar as
ferramentas necessárias, pedir ajuda quando não foi possível descobrir sozinha,
quando não se sabe temos que ter humildade de pedir para quem tem mais
experiência, tem que ir de encontro a quem sabe para poder sanar as dificuldades.
(CURSISTA P)
[...] tive que enfrentar muitas dificuldades: como a utilização das tecnologias,
ambiente virtual do curso, isso porque, o curso é desenvolvido por meio das
estratégias de ensino à distância, utiliza-se das tecnologias da internet e recursos
do ambiente virtual, deixou-me assustado no inicio. Tudo isso foi superado com a
interação entre professora e aluno, os acessos contínuos ao ambiente do curso,
executando as atividades on line e a participação nos fóruns de estudos.
(CURSISTA Q)
[...] mais venho superando todas essas dificuldades, um fator importante na
superação das dificuldades tem sido a força de vontade, coragem, persistência e
habilidade para navegar na internet isso tem ajudado bastante na condução das
tarefas que estão sendo desenvolvidas até agora, tenho dificuldade mas, estou
superando aos poucos [...](CURSISTA R)
A partir das respostas acima, percebemos também que há alunos que reconhecem a
necessidade de se ter força de vontade para superar os desafios, fator muito importante de
auto-avaliação que faz com que o cursista compreenda que a inclusão depende também dele.
Com relação à questão 3 (três) do Memorial Reflexivo, destacamos a liberdade de
expressão que os alunos apresentam ao fazerem comentários, sugestões e críticas a respeito de
sua percepção do curso. Porém, nessa primeira etapa do curso, os avaliadores se detiveram
mais aos comentários, que, de forma geral, foram de aprovação, o que nos leva a perceber que
as dificuldades enfrentadas não têm sido identificadas com relação à gestão do curso, mas
vinculam-se a questões sociais e pessoais do cotidiano dos coordenadores pedagógicos e, em
especial, estão relacionadas com o domínio pessoal no que se refere aos recursos
tecnológicos.
Conforme mencionado, a partir do gráfico 4, observamos que a maior parte dos
comentários foram de elogio aos professores e ao curso.
Solução
0
2
4
6
8
10
Ajuda dos professores
Ajuda dos colegas
Nos encontros
presenciais
Motivação externa
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Gráfico 4: Principais Comentários
Foram relativamente poucas as sugestões para o curso, as quais de destacam mais
como sendo de ordem administrativa, não havendo nenhuma a respeito das tecnologias
empregadas no curso. Considerando que o Memorial Reflexivo é um espaço de reflexão e
auto-avaliação do cursista, a orientação dos professores é que, nos próximos memoriais, essa
questão 3 (três) possa ser ainda mais explorada pelos cursistas.
3. Considerações Finais
Se ponderarmos as possibilidades de uma aprendizagem significativa em um curso a distância
que utiliza recursos tecnológicos e ambientes virtuais de aprendizagem como auxílio na
mediação das relações que se processam entre professor, cursista e conteúdo, é preciso
considerar a necessidade de ocorrer a inclusão digital para que os sujeitos não só dominem
ferramentas tecnológicas, mas, ao mesmo tempo, utilizem-nas para compreender as práticas
sociais desenvolvidas em um curso on line.
Nesse sentido, no presente estudo, ficou perceptível que não basta apenas ter o acesso
ao computador e à internet, pois o desenvolvimento de habilidades para o uso desses recursos
continua sendo um grande desafio. No caso da turma analisada, as manifestações no
Memorial Reflexivo indicaram que o aprendizado sobre o uso significativo das tecnologias
vem acontecendo durante o desenvolvimento do curso, mas ainda representa um desafio para
cursistas e professores e, ao mesmo tempo, não se constitui impedimento para o acesso à
formação continuada on line, pois é evidente o apontamento sobre as principais
aprendizagens, as dificuldades e, ainda, a reflexão sobre como superou estas. Além disso, são
apresentadas sugestões e comentários sobre o que precisa ser repensado de maneira geral em
todo o curso.
Referências
BARRETO, Raquel Goulart. Tecnologia e Educação: Trabalho e Formação Docente.
Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/es/v25n89/22617.pdf>. Acesso em: 2 mar. 2011
BELLONI, Maria Luiza. Educação à distância. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2003.
Comentários
0
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15
20
Os encontro são
ótimos
Curso muito bom
Elogio aos
professores
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BORGES, Marilene, A F. Apropriação das tecnologias de informação e comunicação pelos
gestores educacionais. 2009. 321 f. Tese (Doutorado em Educação). Pontifícia
Universidade Católica, São Paulo, 2009.
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Desafios da inclusão digital em curso online

  • 1.
  • 2. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 1 Desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line José Lauro Martins1 Raquel Aparecida Souza2 1 Universidade Federal do Tocantins, colegiado de Comunicação Social, jlauro@uft.edu.br 2 Universidade Federal do Tocantins, colegiado de Pedagogia, raquelas@uft.edu.br Resumo: Esse trabalho apresenta a análise de uma experiência didática com o uso de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) em um curso on line. Trata-se de cursistas que são coordenadores pedagógicos atuantes em escolas públicas do extremo norte do Tocantins e que compõem uma turma do curso lato sensu de Especialização em Coordenação Pedagógica, ofertado na modalidade à distância pela Universidade Federal do Tocantins, em parceria com o Programa Nacional Escola de Gestores, Secretaria do Estado do Tocantins (SEDUC) e União dos Dirigentes Municipais do Tocantins (UNDIME-TO). Dentre os objetivos, buscou-se: compreender como os cursistas fazem uso de recursos tecnológicos exigidos pelo curso, os quais permitem o acesso e a permanência nele; entender quais as maiores dificuldades e os desafios referentes às TDICs, bem como saber como esse público enfrenta essas questões no curso de pós-graduação. Para alcançar esses objetivos, foram analisadas as respostas do primeiro Memorial Reflexivo respondido por essa turma. O Memorial é um dos instrumentos de avaliação utilizados no curso e constitui-se de um documento de cunho pessoal que possibilita ao cursista registrar informações de forma livre e numa perspectiva investigativa, realizando, assim, uma auto-avaliação a partir de suas práticas e, de igual modo, contribuindo para uma avaliação geral do curso. De forma geral, destaca-se que, embora grande parte dos alunos, no ato da inscrição, tenha manifestado ter o domínio quanto ao uso de tecnologias, percebe-se que essa habilidade não vem sendo confirmada, o que expressa que o principal desafio não é o de ter ou não acesso à tecnologia, mas sim ter habilidades necessárias para utilizá-las em práticas sociais. Palavras-Chave: Educação e Tecnologias. Inclusão digital. Alfabetização e Letramento digital Abstract – This paper presents a study on the analysis of an experience with the use of Information and Communication Digital Technologies (ICDT) in an online course. It is about students that are pedagogical coordinators that work in public schools in the far north of Tocantins-Brazil and comprise a class of postgraduate course in Coordinating Education, offered in distance mode by the Federal University of Tocantins in partnership with the Brazilian National Program School
  • 3. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 2 of Managers, Secretary of Education in the State of Tocantins (SEST) and National Union of Municipal Directors of Education of Tocantins (UNDIME-TO). Among the objectives sought to understand how students make use of technological resources required for the access and permanence; understand what the major difficulties and challenges related technologies, as well as how they cope with these issues in the postgraduate course. To achieve these goals, we analyzed the responses of the first Memorial Reflective answered by this class. The Memorial is an assessment instruments used in the course and consists of an personal document that allows the student to record information in a free style in an investigative perspective, thus creating a self-assessment from their practices, contributing to a assessment of the course. In general it is emphasized that, although most students have expressed the time of registration, have the domain with the use of technology, it is clear that these skills are not being confirmed, which states that the main challenge is not or not having access to technology, but have skills needed to use them in social practices. Keywords: Education and Technology. Digital inclusion. Alphabetization and Digital Literacy. 1. Tecnologias Digitais e a inclusão digital Ao iniciar um curso mediado por tecnologias digitais, espera-se que um cursista possua habilidades mínimas exigidas, como, por exemplo, ter conhecimentos básicos quanto ao uso da internet. Associado a esses conhecimentos, o cursista também precisa vencer o desafio da “alfabetização digital” e do “letramento digital”, de forma que não só tenha conhecimentos para usar as tecnologias e dominar um saber instrumental, mas que seja capaz de tomar iniciativas necessárias na gestão da sua própria aprendizagem em curso on line. Nesse sentido, Oliveira e Fumes (2008), compreendem como condição de alfabetização digital o fato de uma pessoa superar o simples mecanismo de saber usar programas e ferramentas computacionais. Segundo os autores, à medida que o indivíduo as usa, consegue fazer associações com questões do seu cotidiano de forma significativa. A alfabetização digital sobrepõe a concepção que seria apenas a habilidade para usar programas e ferramentas do computador. Percebemos a alfabetização digital como a capacidade de buscar, selecionar, filtrar e organizar as informações e relacioná-las com o cotidiano e o contexto da educação superior (OLIVEIRA; FUMES, 2008, p.63). Essa perspectiva pode ser melhor compreendida no sentido do “letramento digital”. Valente (2008), ao utilizar esse termo, destaca-o a partir dos conceitos de alfabetização e de letramento, lembrando que, de forma geral, um indivíduo é considerado alfabetizado quando “sabe decodificar os sinais gráficos do seu idioma, porém de modo superficial [...]. Já o sujeito letrado não só adquiriu a capacidade do ler e do escrever, mas sabe usar esses conhecimentos em práticas sociais de leitura e escrita” (Ibidem, p. 15). Assim, o letramento digital é um termo usado para distinguir a condição da pessoa que, para além de dominar o uso de tecnologias digitais, não é “mero apertador de botão” (Ibidem), mas usa as tecnologias
  • 4. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 3 com um sentido maior em suas práticas sociais. No mesmo sentido, falar em inclusão digital que se restringe a ter habilidades instrumentais é dar condições apenas de alfabetização digital. Consequentemente, o sujeito ficará à margem da comunicação e da interação, possibilidades oferecidas pelas Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs). Dessa forma, ao invés de o uso das tecnologias incluir o indivíduo, acaba por excluí-lo das práticas do diálogo e das possibilidades do “estar junto virtual”, que, de acordo com Valente (2003), é uma perspectiva de aprender/ensinar em curso on line, que envolve múltiplas interações no sentido de promover acompanhamento e assessoramento, com a proposição de desafios para auxiliar o cursista a atribuir significado ao que está desenvolvendo. As interações com o professor devem ser realizadas enfatizando a construção do conhecimento. Isto somente pode acontecer quando o especialista participa das atividades de planejamento, observação, reflexão e análise do trabalho que o professor está realizando. Assim, essa abordagem de EAD significa criar condições para o especialista estar junto, ao “lado” do professor, vivenciando e auxiliando-o na resolução de seus problemas e, com isso, construir novos conhecimentos. (VALENTE, 2003, p.4) As interações criam meios para que o cursista possa aplicar, transformar e buscar outras informações e, assim, construir novos conhecimentos. Oliveira e Fumes (2008) ainda destacam como um grande desafio de estudar utilizando-se um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) a gestão da própria aprendizagem, pois é uma questão ainda mais complexa do que as práticas dos cursos presenciais e mesmo dos cursos à distância nos modelos tradicionais. Logo, não há dúvidas de que, na EaD, o papel de cada agente educacional precisa ser ressignificado, pois, para se desenvolver uma educação autônoma, exigem-se também indivíduos autônomos e, como afirma Belloni (2008), essa perspectiva representa um processo que está centrado naquele que aprende, “aprendente”, e o professor é um gestor desse processo, capaz de “auto-dirigir e auto-regular”. Nesse caso, os cursos à distância estão dirigidos a indivíduos adultos, os quais precisam aprender a partir de “maturidade e motivação necessária à auto-aprendizagem e possuindo um mínimo de habilidades de estudo” (BELLONI, 2008, p.40). Porém, a autora apresenta alguns estudos com experiências em EaD que mostram que muitos estudantes tendem a realizar ainda uma aprendizagem “passiva”, em que o “aprendente autônomo, ou independente, capaz de autogestão de seus estudos, é ainda embrionário, do mesmo modo que o estudante autônomo é ainda exceção” (Ibidem p. 41). Dessa forma, sem desenvolver essa maturidade necessária, não haverá o desenvolvimento de comunicação e interação capazes de contribuir e de consolidar uma educação com qualidade e que seja, de fato, prazerosa na modalidade a distância. E ressaltamos que o fator maturidade precisa ser desenvolvido tanto por gestores, professores, assistentes de turma, quanto pelos cursistas. Nesse sentido, nossos desafios como agentes da EaD são ainda enormes. Considerando a velocidade das mudanças tecnológicas em nossa sociedade e as alterações que elas exigem da educação, é perceptível a necessidade de demanda por
  • 5. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 4 formação em diversas áreas do conhecimento. Assim, profissionais e estudantes estão cada vez mais em busca de aprender, de se qualificar; contudo, não contam com muita disponibilidade de tempo e de deslocamento para realizar cursos nos moldes presenciais e tradicionais. Logo, cresce a procura por cursos on line ou mediados por tecnologias  ou cursos à distância, como mais comumente conhecidos. É fácil compreender que os modelos tradicionais de educação (sejam presenciais ou à distância) não atendem mais à crescente demanda de formação. Além disso, muitos deles não visam a promover o acesso às redes virtuais de informação, as quais possibilitam a preparação contínua de profissionais e alunos para a descoberta de conhecimentos relevantes com vistas ao processo de aprendizagem autônoma, como destaca Pierre Levy (1999). Nesse cenário, a demanda por formação não só está passando por um enorme crescimento quantitativo, como também está sofrendo uma profunda mutação qualitativa, no sentido de uma crescente necessidade de diversificação e personalização. Os indivíduos suportam cada vez menos acompanhar cursos uniformes ou rígidos que não correspondem às suas reais necessidades e à especificidade de seus trajetos de vida (Ibidem). É importante destacar que, mesmo considerando esses apontamentos iniciais a partir dos significados de alfabetização e de letramento digital, e uma vez compreendida essa dinâmica do “aprender” e do “ensinar” mediados por recursos tecnológicos, é perceptível que o uso das TDICs por si só não resolverá todos os problemas da educação. Mas, como destaca Kenski (2003), o uso correto, a partir da reflexão acerca do por que e do como se usam ou não determinados recursos, pode sim contribuir para um melhor desempenho nas práticas pedagógicas entre professores e alunos. A autora destaca que “A diferença didática não está no uso ou não uso das novas tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades. Mais ainda, na compreensão da lógica que permeia a movimentação entre os saberes no atual estágio da sociedade tecnológica.” (KENSKI, 2003, p.49). Dessa forma, é evidente que os cursos que usam intensivamente TDICs apresentam grandes desafios, exigindo novas práticas, em especial na formação docente e na prática dos cursistas em EAD. É possível que, nos casos de cursistas que tiveram sua formação inicial realizada somente na forma tradicional e presencial, estes apresentem mais dificuldades para o desenvolvimento de habilidades necessárias para incorporação e uso de TDCIs em processos educacionais desenvolvidos em Ambientes Virtuais de Aprendizagens (AVAS). Porém, mesmo nesses casos, os cursos de formação continuada podem e devem incluir o uso de tecnologias, pois, além de essa prática possibilitar o acesso, também cumpre o papel de promover a experiência de uso estruturado e orientado de tecnologias. Nessa perspectiva, vamos compreender como ocorre a experiência do uso de algumas TDICs por coordenadores pedagógicos em um curso de especialização ofertado à distância no Tocantins. 2. Desafios dos aprendentes em curso de pós graduação: análise a partir do Memorial Reflexivo A Universidade Federal do Tocantins oferece um curso de Especialização em Coordenação Pedagógica para coordenadores da rede pública de ensino do estado, em parceria com o Ministério da Educação, da Secretaria da Educação Básica e do Programa Nacional Escola de Gestores, e com a colaboração dos parceiros articuladores, Secretaria de Estado da Educação
  • 6. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 5 (SEDUC-TO) e a União dos Dirigentes Municipais da Educação (UNDIME-TO). O objetivo, de acordo com o Projeto Político do Curso, é contribuir com a formação de coordenadores pedagógicos que atuam em instituições públicas de educação básica, “visando à ampliação de suas capacidades de análise e resolução de problemas, elaboração e desenvolvimento de projetos e atividades” (PPC, 2010). Os Coordenadores Pedagógicos da Rede Municipal e da Rede Estadual de Educação que se inscrevessem no curso deveriam atender a alguns requisitos presentes no edital de seleção, como “Ter concluído o curso de graduação em Pedagogia ou em outra licenciatura”, “Pertencer à rede pública de educação básica”, “Ter acesso a internet banda larga, “Ter disponibilidade para dedicar, no mínimo, 10 (dez) horas/semanais ao curso”, “Ter disponibilidade para participar dos encontros presenciais obrigatórios nos pólos de seu curso” e “Ter conhecimentos básicos de informática, isto é, ser capaz de pesquisar na web e digitar seus trabalhos sem dependência de terceiros”. Esses requisitos completaram algumas regras utilizadas no processo seletivo, o qual visava a selecionar coordenadores que, de fato, tivessem perfil para participar do curso on line. Também foi solicitada a assinatura de um Termo de Compromisso em que o candidato garantia que teria acesso à internet. Além disso, o candidato preencheu um formulário de inscrição on line que fornecia informações diversas sobre sua vida profissional e sua familiaridade com os recursos de informática, além de dar informações sobre sua formação acadêmica. Foram ofertadas 400 (quatrocentas) vagas, sendo 40 (quarenta) para cada um dos 10 (dez) polos localizados em cidades do Tocantins que atendessem a algumas características apontadas pelo MEC, dentre elas, ter baixo Ideb. Ao todo, 731(setecentos e trinta e uma) inscrições foram processadas, das quais 63% dos candidatos informaram que teriam acesso ao curso virtual a partir de sua residência própria, e 90% deles afirmaram ter o nível ideal de habilidades para realizarem o curso. Como recorte para esse estudo, realizamos as análises em um polo do norte do Tocantins, por ser o mais distante da capital, uma região considerada muito pobre e com acesso a bens extremamente restrito. Para ofertar uma turma do curso nesse polo, contou-se com o auxilio de duas professoras mestres da UFT, sendo que uma desempenha o papel de coordenadora e outra, de professora da turma. Ambas possuem experiência em gestão da educação básica e também experiência na docência do ensino a distância. Essa turma ainda conta com a ajuda de duas professoras assistentes que atuam na Diretoria Regional de Ensino (DRE) e ambas são pedagogas com especialização em educação. Esse polo teve 86 candidatos inscritos para as 40 vagas disponíveis, sendo 74% candidatos mulheres e 26% candidatos homens. Nas questões do formulário de inscrição referentes ao acesso à internet e sobre habilidade para o uso de ferramentas de informática, identificamos que 43,7% dos candidatos afirmaram que acessariam o ambiente do curso a partir da sua residência; 46%, na escola em que trabalhavam; e 10,3% deles informaram que teriam acesso em outros locais. Constatamos ainda que 82,8% dos candidatos manifestaram ter nível ótimo de habilidades com o uso do computador e da internet. Conforme supracitado, para compreendermos como os cursistas fazem uso de recursos
  • 7. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 6 tecnológicos exigidos para acesso ao curso e permanência nele, para visualizarmos quais sãos as maiores dificuldades e os desafios referentes às TDICs, bem como para sabermos como esse público os enfrenta no curso de pós-graduação on line, analisamos as respostas do primeiro Memorial Reflexivo (MR) respondido por essa turma. Este é um dos instrumentos de avaliação utilizado no curso, constituindo um documento de cunho pessoal que possibilita ao cursista registrar informações de forma livre, numa perspectiva investigativa (BORGES, 2009, p. 64). Ao longo de todo o curso, o cursista responde o MR em três momentos, sendo um após os três primeiros meses, outro em meados do curso e, um último, ao final. O objetivo é proporcionar ao cursista um espaço em que questione suas próprias ações. Esse instrumento é composto de três questões. A primeira convida o estudante a refletir sobre o que aprender e a relatar tal aprendizado. Na segunda questão, solicita-se a ele que relate as dificuldades enfrentadas ao longo do curso, bem como as soluções por ele encontradas a fim de viabilizar seu aprendizado. Por fim, na terceira questão, tem-se o espaço para que o aluno teça comentários a respeito do curso, faça críticas e sugestões a ele, contribuindo, dessa forma, com uma avaliação geral. Considerando que o curso está em desenvolvimento, destacamos alguns elementos mais presentes nas respostas do Memorial Reflexivo 1 do referido polo, pautando-se as observações no uso das tecnologias necessárias para os cursistas terem acesso ao curso e permanência nele. Todos os 40 (quarenta) alunos tentaram realizar o MR 1, mas apenas 34 (trinta e quatro) concluíram. No ambiente moodle, plataforma usada no curso, utilizou-se a ferramenta “Questionário” com questões abertas para que o cursista tivesse liberdade na escrita. Contudo, alguns acessaram a ferramenta, responderam as questões, mas tiveram dificuldades para finalizar o processo, pois, ao final das três questões, aparecem os links: Muitos cursistas acabaram não enviando e teminando o processo. Assim, deixaram em aberto seu questionário, inviabilizando as análises. Com relação à primeira questão do MR, foi possível organizar as respostas a partir de 4 (quatro) elementos mais presentes, das quais se destacam: “Desenvolvimento Pessoal”, “Aprendizagem Teórica”, “Desenvolvimento Profissional” e “Domínio da Tecnologia”. No gráfico 1, observamos que, quando os cursistas refletem e escrevem sobre o que aprenderam na primeira fase do curso, uma parcela significativa afirma ter aprendido muito sobre o uso de recursos tecnológicos, dando grande ênfase no elemento “Domínio da Tecnologia”. Salvar sem enviar Enviar páginaEnviar tudo e terminar
  • 8. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 7 Gráfico 1 : Principais aprendizagens A partir dos extratos textuais das respostas de alguns cursistas, é possível perceber melhor essa perspectiva, quando eles apontam como o curso vem contribuindo para a inclusão digital, a partir do momento em que há a exigência de que todos saibam utilizar as ferramentas digitais, bem como de que compreendam o porquê precisam empregar determinados recursos tecnológicos para realizarem suas tarefas e se comunicarem no curso. Aprendi a navegar na sala do curso, visitando fórum de noticias, biblioteca do curso, fórum de conversas paralelas, chat, [...], biblioteca da sala de introdução ao ambiente, ver as noticias, acessar todos os fórum de debates e discussões. (CURSISTA A) [...] quero afirmar que a primeira coisa que aprendi foi estudar via internet e buscar as salas de aula e as atividades contidas nas mesmas. (CURSISTA B) Foi muito gratificante porque aprendi muito em relação às tecnologias e acesso ao computador. Eu era muito leiga no assunto, mais ao passar dos dias e com o acesso no mesmo estou progredindo muito (CURSISTA C) Além de somar ganhos à prática da coordenação pedagógica, eu avancei no uso do computador, a explorar os recursos da informática, principalmente o de baixar vídeo. (CURSISTA D) Também se destaca a reflexão que os cursistas fazem sobre a aprendizagem significativa e autônoma que reconhecem estar se desenvolvendo no curso a distância de que estão participando, o que, para alguns, não parecia ser possível ocorrer: Aprendi principalmente a navegar pelo ambiente de forma autônoma, encontrando o material necessário para o estudo do curso, a respeitar a opinião dos colegas. (CURSISTA E) Posso dizer, sem medo, que aprendi muito. Primeiro a "brincar" com as salas, fazer amizades, ler e assistir coisas interessantes e ter aulas, tudo através de um computador, coisas que eu não acreditava muito. Mas acima de tudo, aprendi que um curso à distância pode ser bem feito, basta um pouco de esforço e força de vontade (CURSISTA F) Elementos Presentes nas Respostas Desenvolvimento pessoal Aprendizagem teórica Domínio da tecnologia Desenvolvimento profissional
  • 9. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 8 Portanto nesta fase para mim, a adaptação com todo este método de estudo foi a minha maior luta, e hoje quero aprofundar mais ainda, descobri esta vontade de aprender e de buscar mais os conhecimentos... (CURSISTA G) Mesmo com grandes dificuldades em compreender o ambiente e as ferramentas do curso, um cursista destaca que vai continuar se esforçando para aprender: [...] de extrema preocupação o manuseio das tecnologias que usamos para acessar cada sala, é difícil o acesso e só agora estou me adaptando, no momento do manuseio cliquei em umas das laterais que não podia, teve perda total em todas as atividades, não tinha nem como enviar o projeto do curso. Mais sei que vou aprender bastante ... (CURSISTA H) Também, os alunos deixaram claro que o curso possibilita o aprendizado quanto a questões teóricas e profissionais, bem como e afirmam que puderam perceber que a inclusão digital de coordenadores pedagógicos vem sendo praticada. Essa inclusão, para além das habilidades no uso de técnicas e recursos do ambiente de aprendizagem, revela que muitos cursistas estão aprendendo a se relacionar no sentido do “Estar Junto Virtualmente” com seus colegas e professores, por meio do diálogo e da troca de experiências que ocorre em vários espaços de interação. De igual modo, os alunos também demonstram aprender a usar os diversos recursos com relevância às suas necessidades diárias no curso, como é perceptível na resposta de um cursista: Diante das dificuldades que foi o inicio do nosso curso a minha aprendizagem nesta fase ... foi de forma eficaz diante das necessidades de aprendizagem que eu detinha dentro da tecnologia para fazer curso à distancia, [...] hoje a minha valorização é maior em relação ao curso [...] os conteúdos são diversos e de fácil acesso no portal, mas para mim a minha maior vitória foi participar dos debates e as trocas de experiências foi um enriquecer na minha aprendizagem. (CURSISTA I) De forma geral, ainda que a maioria dos cursistas tenha informado no ato da inscrição que não teria problemas com acesso a internet nem com facilidade de manuseio dessa ferramenta, as respostas que forneceram revelaram muita dificuldade com o AVA do curso, conforme verificaremos a partir das análises da questão 2 (dois) do Memorial Reflexivo. Quando os cursistas respondem sobre as dificuldades e refletem sobre como as enfrentaram, é possível selecionar 8 (oito) elementos mais presentes nas respostas, conforme se verifica no gráfico 2. Gráfico 2: Principais dificuldades Dificuldades 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Falta de computador Habilidade o uso das tecnologias Acesso a internet Dificuldade de gerenciar o tempo Projeto de intervenção Muita atividade Entender as atividades Acesso - zona rural
  • 10. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 9 As questões referentes a dificuldades com o uso de tecnologias estiveram presentes em 52% das manifestações dos cursistas e, mais especificamente, 31,8% manifestaram ter dificuldades quanto ao acesso e ao uso dos recursos e das ferramentas do AVA (MOODLE) empregadas no curso, conforme fica expresso nos extratos textuais retirados das respostas: A maior dificuldade que tive até o momento foi sobre as ferramentas tecnológicas, pois as vezes ainda deparo com situações que preciso de ajuda. Outra dificuldade que encontro é sobre baixar vídeos, até o momento não consegui baixar nenhum, sempre que preciso peço ajuda. (CURSISTA J) A maior dificuldade no início do curso foi reconhecer as ferramentas necessárias para a realização e postagem das atividades. [...] Porém, essas dificuldades foram sanadas com ajudas da minha colega de trabalho [...] e dedicação das professoras e a paciência em nos ajudar a superar as dificuldades foi ponto valioso para a superação de todas as dificuldades. (CURSISTA L) Em primeiro lugar, minha maior dificuldade é acessar o site, pois na verdade não tenho tempo para estar acessando e realizando as atividades. Com isso a cada dia que passa esta se tornando mais difícil. (CURSISTA M) Interessante notar que essa dificuldade esteve muito associada à própria falta de tempo do cursista para realizar as atividades do curso e, consequentemente, para aprender a usar os recursos. O percentual apresentado sobre a dificuldade de acesso ao curso é superior ao constatado a partir das inscrições dos candidatos, quando apenas 17,2% não manifestaram ter o nível considerado ótimo de habilidades para o uso do computador e da internet, conforme necessidades exigidas pelo curso. Nesse caso, as respostas nos memoriais vêm desvendar que os cursistas nem sempre são tão honestos com os pré-requisitos exigidos. Com relação à questão de acesso à internet, observamos que esse não é o principal problema dos estudantes nessa turma, pois apenas 6,8% do total dos que responderam o memorial destacaram essa dificuldade. [...] difícil acesso ao curso devido a problemas no provedor e também ao acúmulo de atividades dentro da escola. Aos poucos estou buscando superar as falhas adequando-me à metodologia do curso. (CURSISTA N) Dificuldades enfrento até hoje, pois moro na zona rural de Araguatins [...] acesso muito ruim não tem internet no povoado onde moro e tenho que ir em Araguatins para acessar, [...] (CURSISTA O) A forma de superação dos problemas e, em particular, as dificuldades referentes à tecnologia confirmam que a atuação colaborativa de professores e colegas do curso ajudam a melhorar as habilidade de uso das tecnologias, pois desenvolve-se o incentivo para uma ação mais cooperativa a fim de que haja o apoio entre eles, como verificamos no gráfico 3 e a partir das respostas de alguns cursistas:
  • 11. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 10 Gráfico 3: Superação das dificuldades [...] foi como lidar com a virtualidade, e o que fez superar foi praticar, usar as ferramentas necessárias, pedir ajuda quando não foi possível descobrir sozinha, quando não se sabe temos que ter humildade de pedir para quem tem mais experiência, tem que ir de encontro a quem sabe para poder sanar as dificuldades. (CURSISTA P) [...] tive que enfrentar muitas dificuldades: como a utilização das tecnologias, ambiente virtual do curso, isso porque, o curso é desenvolvido por meio das estratégias de ensino à distância, utiliza-se das tecnologias da internet e recursos do ambiente virtual, deixou-me assustado no inicio. Tudo isso foi superado com a interação entre professora e aluno, os acessos contínuos ao ambiente do curso, executando as atividades on line e a participação nos fóruns de estudos. (CURSISTA Q) [...] mais venho superando todas essas dificuldades, um fator importante na superação das dificuldades tem sido a força de vontade, coragem, persistência e habilidade para navegar na internet isso tem ajudado bastante na condução das tarefas que estão sendo desenvolvidas até agora, tenho dificuldade mas, estou superando aos poucos [...](CURSISTA R) A partir das respostas acima, percebemos também que há alunos que reconhecem a necessidade de se ter força de vontade para superar os desafios, fator muito importante de auto-avaliação que faz com que o cursista compreenda que a inclusão depende também dele. Com relação à questão 3 (três) do Memorial Reflexivo, destacamos a liberdade de expressão que os alunos apresentam ao fazerem comentários, sugestões e críticas a respeito de sua percepção do curso. Porém, nessa primeira etapa do curso, os avaliadores se detiveram mais aos comentários, que, de forma geral, foram de aprovação, o que nos leva a perceber que as dificuldades enfrentadas não têm sido identificadas com relação à gestão do curso, mas vinculam-se a questões sociais e pessoais do cotidiano dos coordenadores pedagógicos e, em especial, estão relacionadas com o domínio pessoal no que se refere aos recursos tecnológicos. Conforme mencionado, a partir do gráfico 4, observamos que a maior parte dos comentários foram de elogio aos professores e ao curso. Solução 0 2 4 6 8 10 Ajuda dos professores Ajuda dos colegas Nos encontros presenciais Motivação externa
  • 12. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 11 Gráfico 4: Principais Comentários Foram relativamente poucas as sugestões para o curso, as quais de destacam mais como sendo de ordem administrativa, não havendo nenhuma a respeito das tecnologias empregadas no curso. Considerando que o Memorial Reflexivo é um espaço de reflexão e auto-avaliação do cursista, a orientação dos professores é que, nos próximos memoriais, essa questão 3 (três) possa ser ainda mais explorada pelos cursistas. 3. Considerações Finais Se ponderarmos as possibilidades de uma aprendizagem significativa em um curso a distância que utiliza recursos tecnológicos e ambientes virtuais de aprendizagem como auxílio na mediação das relações que se processam entre professor, cursista e conteúdo, é preciso considerar a necessidade de ocorrer a inclusão digital para que os sujeitos não só dominem ferramentas tecnológicas, mas, ao mesmo tempo, utilizem-nas para compreender as práticas sociais desenvolvidas em um curso on line. Nesse sentido, no presente estudo, ficou perceptível que não basta apenas ter o acesso ao computador e à internet, pois o desenvolvimento de habilidades para o uso desses recursos continua sendo um grande desafio. No caso da turma analisada, as manifestações no Memorial Reflexivo indicaram que o aprendizado sobre o uso significativo das tecnologias vem acontecendo durante o desenvolvimento do curso, mas ainda representa um desafio para cursistas e professores e, ao mesmo tempo, não se constitui impedimento para o acesso à formação continuada on line, pois é evidente o apontamento sobre as principais aprendizagens, as dificuldades e, ainda, a reflexão sobre como superou estas. Além disso, são apresentadas sugestões e comentários sobre o que precisa ser repensado de maneira geral em todo o curso. Referências BARRETO, Raquel Goulart. Tecnologia e Educação: Trabalho e Formação Docente. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/es/v25n89/22617.pdf>. Acesso em: 2 mar. 2011 BELLONI, Maria Luiza. Educação à distância. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2003. Comentários 0 5 10 15 20 Os encontro são ótimos Curso muito bom Elogio aos professores
  • 13. ESUD 2011 – VIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Ouro Preto, 3 – 5 de outubro de 2011 - UNIREDE 12 BORGES, Marilene, A F. Apropriação das tecnologias de informação e comunicação pelos gestores educacionais. 2009. 321 f. Tese (Doutorado em Educação). Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2009. KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas-SP: Papirus, 2003. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. OLIVEIRA, Aristóteles da S.; FUMES, Neisa de L. F. Inclusão digital do professor universitário para atuar na educação on line. In.: MERCADO , Luis P . L. (Org). Práticas de Formação de Professores. Maceió: EDUFAL, 2008. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=5hyT1VAUEnAC&printsec=frontcover&dq=%22a prendizagem+tecnologica%22#v=onepage&q&f=false>.Acesso em: 10 fev. 2006. PROJETO POLÍTICO DO CURSO. Especialização em Coordenação Pedagógica. Universidade Federal do Tocantins, 2010. VALENTE, José Armando. As tecnologias digitais e os diferentes letramentos. In. Pátio: revista pedagógica, Porto Alegre: v.11, n.44, (jan. 2008), p.12-15 ________. (2003). O Papel do Computador no Processo Ensino-Aprendizagem. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/. Acesso em: 15 abr. 2006.