O documento descreve as atribuições e cuidados do enfermeiro em oncologia, incluindo ensino, pesquisa, assistência, coordenação de serviços, auditorias e planejamento. Detalha os cuidados com feridas neoplásicas, como controle da dor, odor e condições a serem reportadas. A ênfase é na abordagem paliativa para melhorar a qualidade de vida do paciente.
2. Atuações do enfermeiro em Oncologia
• Ensino
• Pesquisas Clínicas
• Assistência
• Coordenando Serviços
• Auditorias
• Planejamento, Supervisão, Execução e Avaliação de
todas as atividades de enfermagem.
3. Atuações do enfermeiro em Oncologia
Na promoção da melhoria da qualidade de vida dos clientes;
Nas informações dadas em vários momentos pertinentes ao
tratamento;
Nas orientações para o autocuidado, desde o pré-operatório até a
fase de reabilitação;
No estímulo para que ocorra a adesão ao tratamento proposto;
No cuidado humanizado, construindo uma relação interpessoal de
confiança;
Educação do cliente e do familiar
4. Monitorização de Complicações
Infecções
Hemorragia
Tromboflebite
Deiscência da Ferida
Desequilíbrio Hidroeletrolítico
5. O impacto emocional
de uma lesão que
cresce
desordenadamente e,
na maioria das vezes,
desfigura a pessoa,
promove o isolamento
e vem associada a
desconfortos físicos
que requerem
condutas diferenciadas
daquelas utilizadas em
outras lesões.
6. Impactos das lesões neoplásicas
Sensação de multilação
Rejeição de si mesma e social
Perda da autoestima
Medo e perda de esperança
Diminuição da libido
Discriminação(nojo, humilhação,pena)
“Sentir podre por dentro”
7. Definição
Ferida neoplásica, maligna ou tumoral lesão que apresenta
uma quebra na integridade epidérmica causada pela infiltração
de células malignas, em decorrência da proliferação celular
descontrolada, que é provocado pelo processo de oncogênese.
Podem ser reconhecidas pela semelhança com infecções
dérmicas por fungos, podendo, inicialmente, apresentar-se
com a forma de nódulos ou como uma lesão ulcerativa.
8. Classificação quanto ao aspecto
Ferida Ulcerativa
Maligna
Ferida Fungosa
Proliferativa
lesão mista Aspecto de couve -
flor
Lesão em forma
de cratera
Ferida Fungoide
Ulcerada
9. Características
Geralmente proveniente de neoplasias: cabeça e pescoço,
mama, sarcoma de tecidos moles
Invasivas
Entumecimento
Presença de tecido friável
Sangramento
Constante presença de infecção fúngica
Odor fétido
Exsudação abundante
10. Estágios
Estágio 1 Estágio 1N
Pele íntegra
Tecido de coloração
avermelhada e/ou violácea
Nódulo visível e delimitado
Assintomático
Ferida fechada ou com
abertura superficial – orifício
Drenagem de secreção
límpida, amarelada ou com
aspecto purulento
Tecido avermelhado ou
violáceo
Pode haver dor ou prurido
Não apresenta odor
11. Estágios
Estágio 2 Estágio 3
Feridas abertas (epiderme e
derme)
Ulceração geralmente friável
Sensível à manipulação
Intenso processo inflamatório
Tecido avermelhado ou
violáceo
Feridas com áreas secas e
úmidas
Pode ter odor e dor
Não ultrapassa tec subcutâneo
Lesão envolve
epiderme, derme e
subcutâneo
Profundidade regular, com
saliências e formação
irregular
Friáveis
Ulcerações com tec necrótico
liquefeito ou sólido e aderido
Fétida, secretiva, aspecto
vegetativo
Lesões satélites
12. Estágios
Estágio 4
Feridas invadindo profundas
estruturas anatômicas
Profundidade expressiva
Secreção abundante
Odor fétido e dor
Tecido ao redor: avermelhada
e violácea
Leito: predominantemente
amarelada
17. Biópsia
Quem faz?
Como faz?
Coleta de material para
cultura X biópsia
Mesmo após a ressecção do
tumor, a ferida pode não
cicatrizar – alto risco de
descência
18. DOR
“Experiência sensitiva e emocional desagradável, associada a dano
real ou potencial dos tecidos ,ou descrita em termos de tais
lesões”
É uma experiência única e individual!
Causas:
Relacionadas ao tumor;
Relacionadas ao tratamento;
Ao surgimento de síndromes paraneoplásicas;
Não relacionadas ao tumor;
“Impõe limitações no estilo de vida, na mobilidade, paciência,
resignação, podendo ser interpretada como um “saldo” da
doença que progride” Cecily Saunders.
19. Controle da dor
Administrar pré-analgesia 30 minutos antes de proceder ao
curativo se a via de administração for VO ou SC; 5 minutos se for
injetável.
Utilizar opióide como dose de resgate ou anestésicos tópicos.
Registrar o procedimento.
Avaliar a dor mensurada pela escala da dor.
Ponderar necessidade de revisão do esquema analgésico
prescrito junto à equipe médica.
20.
21. Classificação da Dor
Aguda ou Crônica
Somática e Visceral
Neuropática
Orientações da OMS
Avaliar a intensidade da dor (ESCALAS);
Doses individualizadas;
Medicações em intervalos regulares;
Disponibilizar de doses de resgate;
Utilizar a via oral sempre que possível;
Controlar os efeitos adversos;
22. Controle do odor
Odor grau I (sentido ao abrir o curativo) -Hidróxido de Alumínio
após higienização com S.F. 0,9% ou água tratada (fervida e filtrada)
irrigando a ferida e deixando gazes embebidas com Hidróxido de
Alumínio no leito ulceral.
Odor grau II (sentido no ambiente próximo ao paciente, sem abrir o
curativo) - Metronidazol gel 0,8% , sobre o leito ulceral, após
higienização da ferida com água tratada ou S.F. 0,9%.
Odor grau III (sentido no ambiente, sem abrir o curativo é
caracteristicamente forte e/ou nauseante) – Clorohexedine,
Metronidazol gel 0,8% tópico e considerar possibilidade de uso
sistêmico por 15 dias
23. Condições a serem reportadas à equipe médica
Exsudato, mau cheiro, prurido persistente e presença de celulite
Piora ou mudança na característica da dor
Sangramento severo e Estresse emocional
Febre (pois será indicativo da necessidade de antibioticoterapia
sistêmica a critério médico)
Mudanças não usuais na ferida (miíases, fístulas e
comprometimento de outros órgãos).
24. Resultados esperados com o uso do protocolo para
feridas
Que ele saiba usar intervenções para o cuidado da ferida em
domicílio de acordo com as necessidades específicas
Que ele saiba identificar e reportar as condições de maneira
apropriada;
Que ele tenha conforto, bem-estar físico e psicológico,
autoestima e reintegração no meio social nos últimos dias de
vida;
25. Atenção!
As metas do tratamento da ferida neoplásica é paliativa
- Redução da dor
- Redução do odor Melhor qualidade de vida
- Redução do desconforto
Não utilizar produtos que estimulem a neovascularização!
26. Cuidados Paliativos: Definição
São uma abordagem que melhora a qualidade de vida de
pacientes e suas famílias enfrentando problemas associados com
doenças que ameaçam a vida, através da prevenção e alívio do
sofrimento por meio da identificação precoce, avaliação
impecável e tratamento da dor e outros problemas físicos,
psicossociais e espirituais.
28. CUIDADOS PALIATIVOS
•Discutir os desejos finais do paciente
•Afirmar a VIDA e considerar a MORTE como um processo
natural;
•Não pretendem acelerar nem adiar a morte;
•Preparar a família para o luto
•Alertar para incapacidades irreversíveis
•Identificar necessidades e oferecer suporte ao paciente e à
família
•Discutir as opções terapêuticas
•Evitar intervenções inapropriadas
30. “Qualquer que seja a doença, não
importa quão avançada esteja ou quais
tratamentos já tenham sido
recebidos,haverá sempre alguma coisa
que pode ser feita para promover a
qualidade de vida que resta para o
paciente”.
(Kubbler- Ross)