SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 47
Prescrição de Medicamentos
durante a Consulta de
Enfermagem
Novo contexto
O trabalho de enfermagem tornou-se mais
técnico e mais especializado e o enfermeiro
passou a ter maior destaque como membro
da equipe multidisciplinar, com seu próprio
corpo de conhecimentos para a prestação
de cuidados ao cliente.
Novo contexto
Contexto:
 Contenção de custos para a saúde e,
 Aumento da demanda para novos e
dispendiosos tratamentos
Enfermeiros vêm desenvolvendo seu papel de forma
inovadora, ora expandindo ora estendendo suas
funções, e a prescrição de medicamentos pode ser
vista como uma dessas inovações da profissão de
enfermagem, que vem sendo implementada na prática
dos enfermeiros em muitos países, desde o início da
década de 1990.
Modelos de Enfermeiros
Prescritores
1) Independente, autônomo ou substitutivo;
2) Dependente, colaborador, semi-
autônomo, complementar ou suplementar;
3) Grupo protocolo
4) Prescrição alterando horário e dosagem.
Independente, autônomo ou
substitutivo
 O profissional de saúde assume toda a responsabilidade
pela avaliação do cliente, usualmente fazendo um
diagnóstico diferencial dentro de uma série de
possibilidades sugeridas pelos sinais e sintomas e indica
a medicação e tratamento adequados, efetuando a
PRESCRIÇÃO.
 Essa categoria de prescritor, na maioria dos países, é
limitada a médicos, dentistas e veterinários, mas também
enfermeiros em vários países têm esse direito.
 Exemplo: muitos estados dos Estados Unidos.
Dependente, colaborador, semi-
autônomo, complementar ou
suplementar
 O prescritor dependente é aquele que pode prescrever em
colaboração com o prescritor independente, geralmente
médico, mas sem necessidade de supervisão direta.
 Não assume a responsabilidade pelo diagnóstico ou exame
de avaliação do cliente.
 É muito útil nas consultas subseqüentes do cliente, após ele
já ter passado por um médico na primeira consulta. Mas, o
enfermeiro não deve se limitar a repetir a medicação, pois
deve ter competência para alterar alguns aspectos da
prescrição, como dose ou freqüência.
Grupo protocolo
 Segue uma instrução escrita específica para administração
de determinados medicamentos em uma determinada
situação clínica.
 Essa instrução pode ser elaborada dentro de qualquer
instituição, pública ou privada, e aprovada pelo dirigente
local. É aplicado para grupos de clientes ou usuários
previamente identificados.
 Usado no Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia e Brasil.
 Não deve ser visto como prescrição independente, porque
apenas permite que o enfermeiro prescreva medicamentos
dentro dos termos de um determinado protocolo.
Prescrição alterando horário e
dosagem
 O protocolo é por cliente e não por grupo e admite que
enfermeiros alterem o horário e a dose de
medicamentos específicos.
 É modelo comumente usado por enfermeiros atuando
com pacientes psiquiátricos, diabéticos e de cuidados
paliativos.
 Esse tipo também não é caso de prescrição
independente, mas administração de medicação sob a
autoridade e responsabilidade do médico.
Países e Características
 Suécia
 Austrália
 Canadá
 Estados Unidos
 Reino Unido
 Nova Zelândia
 África do Sul
 Botsuana
 Irlanda
 Quênia
a) forte liderança e uma organização de enfermagem
em nível nacional bem articulada e com experientes
e ativos lobistas que obtiveram a aprovação de leis
b) sistema educacional na enfermagem que deu a
capacitação, confiança e competência para assumir
o direito de prescrever.
c) um sistema de saúde e de enfermagem
comunitária bem estabelecida, com práticas e
funções avançadas para enfermeiros.
A prescrição de medicamentos por enfermeiros
constituía uma atraente opção para promover a
assistência à saúde com recursos existentes e
contenção de custos.
CIE – Conselho Internacional de Enfermeiras
A Prescrição de Medicamentos por
Enfermeiros no Brasil
COFEN:
 Lei do Exercício Profissional nº 7.498/86
 Resolução n.º 195, de 18 de fevereiro de 1997
 Resolução n.º 271, em 12 de Julho de 2002
 Decreto 94.406/97
A legislação brasileira do Exercício Profissional de
Enfermagem (Lei n.º 7.498, de 25 de Junho de
1986) prevê a prescrição de medicamentos por
enfermeiros, como integrantes da equipe de
saúde, quando previamente estabelecidos em
programas de saúde coletiva e em rotina
aprovada por instituição de saúde.
Legislação
Lei N.º 7498, em 25 de Junho de 1986
Regulamenta ações do enfermeiro:
 na consulta,
 prescrição de medicamentos e
 requisição de exames.
O enfermeiro tem autonomia na escolha dos
medicamentos e respectiva
posologia, respondendo integralmente pelos
atos praticados.
Legislação
Resolução N.º 271, em 12 de Julho de 2002
Essa resolução encontra-se respaldada:
Programas do Ministério da Saúde:
 Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS da
Coordenadoria de Assistência à Saúde;
 Viva Mulher; Assistência Integral;
 Saúde da Mulher e da Criança;
 Controle de Doenças Transmissíveis, dentre outros.
Legislação
Resolução N.º 195, de 18 de fevereiro de 1997
Essa resolução encontra-se respaldada:
Manuais de Normas Técnicas publicados pelo Ministério:
 Capacitação de enfermeiros em Saúde Pública para Sistema Único
de Saúde
 Controle das Doenças Transmissíveis;
 Pré-natal de baixo risco (1986);
 Capacitação do instrutor/supervisor enfermeiro na área de controle
da hanseníase (1988);
 Procedimento para atividade e controle da tuberculose (1989);
 Normas Técnicas e Procedimentos para utilização dos esquemas de
poliquimioterapia no tratamento da hanseníase (1990);
 Guia de controle de hanseníase (1994);
 Normas de atenção à saúde integral do adolescente (1995)
Legislação
Resolução N.º 195, de 18 de fevereiro de 1997
Legislação
Portaria MS n. 648/2006, regulamenta a Política
Nacional de Atenção Básica e a execução da
Estratégia Saúde da Família.
Portaria MS 1625/2007
Consulta de Enfermagem
Compreende:
 histórico (entrevista),
 exame físico,
 diagnóstico de enfermagem,
 prescrição de enfermagem e
 evolução de enfermagem.
Resolução COFEN N. 272/2002
A prescrição de medicamentos por
enfermeiros não pode ser vista como uma
atividade isolada, mas algo complementar à
consulta de enfermagem, com os objetivos de
conhecer e intervir sobre os problemas de
saúde/doença, englobando outras ações, tais
como a solicitação de exames de rotina e
complementares.
Consulta de Enfermagem x
Prescrição de Medicamentos?
Equipe de Saúde da
Família
 A Enfermagem tem exercido papel fundamental no
desenvolvimento do processo de cuidar nesta nova
estratégia de saúde.
 Sua função peculiar de prestar atenção à comunidade e
desempenhar atividades de promoção e educação em
saúde, manutenção e recuperação da saúde, prevenção
às doenças, tratamento e reabilitação têm condicionado
aos Enfermeiros, grande autonomia no exercer da
APS, resultando numa significante ascensão social e
política da profissão.
 Se a consulta de enfermagem é realizada como fim em
si mesma, ou seja, se não está inserida visando a
objetivos epidemiológicos e programáticos, torna-se
reprodutora do modelo biomédico de assistência.
 Além disso, se essa consulta se centra na
medicalização da assistência de Enfermagem e do
cliente, transforma-se numa pseudo-consulta médica
baseada no modelo clínicocurativo de assistência à
saúde individual.
(XIMENES NETO et al, 2007)
PROTOCOLOS
Ministério da Saúde
SAÚDE DA MULHER
PRÉ – NATAL DE BAIXO RISCO
Doenças e Agravos:
 Anemia Ferropriva
 Infecção Urinária
 IST
 Escabiose
 Vômitos
Medicamentos da Farmácia Básica:
 SULFATO FERROSO
 ÁCIDO FÓLICO
 METROCLOPRAMIDA
PRÉ - NATAL
 Anemia
 Hemoglobina < 11 g/dl e > 8 g/dl: diagnóstico de
anemia leve a moderada.
 Solicitar exame parasitológico de fezes e tratar
parasitoses, se presentes
 Prescrever sulfato ferroso em dose de tratamento de
anemia ferropriva (120 a 240 mg de ferro
elementar/dia), de três a seis drágeas de sulfato
ferroso/dia, via oral, uma hora antes das principais
refeições.
 SULFATO FERROSO: um comprimido = 200 mg, o
que corresponde a 40 mg de ferro elementar.
RECEITUÁRIO
R/
1- sulfato ferroso ------ 200mg--
---- 30cps
Uso: 01 comp. Via oral uma hora
antes do almoço.
2- Ácido fólico ----- ------- 30
cps
Uso: 01 comp. Via oral antes do
almoço.
Assinatura
Coren
Data
PRÉ - NATAL
 Hematêmese
Antiemético
 Metoclopramida –
10 mg de 4/4 h;
RECEITUÁRIO
R/
1- Metroclopramida ------ 10mg--
---- 10cps
Uso: 01 comp. Via oral de 4/4
horas.
Assinatura
Coren
Data
ABORDAGEM SINDRÔMICA
Medicamentos da Farmácia Básica:
 NISTATINA creme vaginal
 MICONAZOL creme vaginal
 METRONIDAZOL creme vaginal
 METRONIDAZOL comp. 250mg
 METRONIDAZOL comp. 500mg
Preventivo:
 Processo Inflamatório
 Gardenerella vaginallis
 Lactobacilos
 Cocos
Planejamento Familiar
 Norestin
(noretisterona)
 Ciclo 21
(levonorgestrel
+ etinilestradiol)
 Mesigyna
 Contracep
Norestin ----------------------
----- 1 cx
Uso: 01 comp. Via oral diariamente
no mesmo horário.
Injetável mensal
Uso: 01 dose com validade de 28 a
30 dias.
Injetável trimensal
Uso: 01 dose com validade de
aproximadamente 3 meses.
OBS: seguir tabela da medicação.
ACO
Primeira cartela:
Inicia as doses diárias no terceiro ou
quarto dia da menstruação; após os 21
comprimidos e 21 dias aguarda sete a oito
dias para iniciar a próxima cartela;
Planejamento Familiar
SAÚDE DO ADULTO
Diabetes
Fármaco Posologia
Metformina 500mg a 2550gr, fracionada em 1 a 3 vezes ao dia, nas refeições
Sulfoniluréias
Glibenclamida 2,5mg a 20mg, 1 a 2 vezes ao dia, nas refeições.
Glicazida 2,5 a 20 mg, 1 a 3 vezes ao dia, nas refeições.
40mg a 320mg, 1 a 2 vezes ao dia, nas refeições.
Insulina
NPH 10 U NPH ao deitar (ou 0,2U/kg), aumento gradual de 2U; reduzir
em 4U quando houver hipoglicemia. Se necessário, adicionar 1 a 2
injeções diárias.
Regular Em situações de descompensação aguda ou em esquemas de
injeções múltiplas
Hipertensos
Grupos e representantes Dose diária
(mg)
Intervalo de
dose (h)
Riscos
Diuréticos
Tiazídicos
Hidroclorotiazida
De alça
Furosemida
12,5 – 50
20 - 320
24
12-24
Hipocalemia, hiperuremia
Hipovolemia, hipocalemia
Antagonistas adrenérgicos
Bloqueadores beta
Propanolol 80 - 320 6-12
Broncoespasmo, doença
arterial periférica,
bradiarritmias
Antagonistas do SRA
Inibidores da ECA
Captopril
Enolapril
80 – 320
12,5 – 150
5 – 40
6-12
12-24
Tosse, hipocalemia
HANSENÍASE
HANSENÍASE
 Paucibacilar : 06 cartelas
HANSENÍASE
 Multibacilar : 12 cartelas
TUBERCULOSE
SAÚDE DA CRIANÇA
Saúde da Criança
 Febre
 Tosse
 Anemia
 Escabiose
 Verme de cachorro
 (bicho geográfico)
 IRA
Medicamentos
 Amoxilina
Cç < 20kg 20 a 50mg/kg/dia 8/8h
Cç > 20Kg 250 a 500mg/dose 8/8h
 Cefalexina
20 a 50mg/kg/dia 8/8h
 Eritromicina
30 a 50mg/kg/dia 6/6h
 Nistatina oral
Lactentes 200.000U de 6/6h
400.000 a 600.000U de 6/6h
Medicamentos
 Dipirona
6 a 10mg/kg/dose
 Paracetamol
0 a 3 meses 40mg/dose
4 a 11 meses 80mg/dose
12 a 23 meses 120mg/dose
 Metroclopramida
0,5 a 1mg/kg/dia
 Diclofenaco resinato
> 1 ano 0,5 a 2mg/kg/dose 8/8h e 12/12h
Medicamentos
 Mebendazol
100mg de 12/12h por 3 dias consecutivos
repetir após 15 a 20 dias.
 Iodeto de Potássio
 SRO
“Urge, portanto, que os enfermeiros se
dediquem com afinco a sua atividade e se
capacitem cada vez mais, não só para uma
utilização racional de medicamentos, uma vez
que a prescrição medicamentosa não é o
aspecto essencial da assistência de
enfermagem, mas para manter elevados os
ideais de sua profissão, diante de um cotidiano
tão desafiador que é o Programa de Saúde da
Família.”
É preciso trilhar pelo caminho da PRUDÊNCIA
Referências
 Brasil. Lei n.º 7.498, de 25 de Junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e
dá outras providências. In: Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Documentos básicos
de enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. São Paulo (SP): COREN-SP; 2001.
 Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução 271/2002. Regulamenta as ações do enfermeiro na
consulta, prescrição de medicamentos e requisição de exames. Rio de Janeiro (RJ): COFEN; 2002.
 Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução 195/1997. Dispõe sobre a solicitação de exames de rotina
e complementares por enfermeiro. In: Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo.
Documentos básicos de enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. São Paulo (SP): COREN-SP; 2001.
 Brasil. Decreto-Lei n.º 94.406, de 08 de Junho de 1987. Regulamenta a Lei n.º 7.498, de 25 de Junho de
1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem. In: Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São
Paulo. Documentos básicos de enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. São Paulo (SP): COREN-SP;
2001.
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada
– manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual
de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde. 2005.
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em
Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica / - Brasília : Ministério da
Saúde, 2007. 199 p. : il. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 21)
Referências
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão
arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 58 p. – (Cadernos de
Atenção Básica; 16) (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes
Mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2006. 64 p. il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 16) (Série A. Normas e Manuais
Técnicos)
 Brasil. Ministério da Saúde. Unicef. Cadernos de Atenção Básica: Carências de Micronutrientes / Ministério
da Saúde, Unicef; Bethsáida de Abreu Soares Schmitz. - Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p. - (Série A.
Normas e Manuais Técnicos)
 Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo
do útero e da mama / Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2006. xx p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica; n. 13) (Série A. Normas e Manuais
Técnicos)
 Carneiro, Alan D.et al. Prescrição de medicamentos e solicitação de exames por enfermeiros no PSF:
 aspectos, éticos e legais. Rev. Eletr. Enf. 2008;10(3):756-65. Available from:
http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n3/v10n3a21.htm
 OGUISSO, Taka; FREITAS, Genival F de. Enfermeiros prescrevendo medicamentos: possibilidades e
perspectivas. Rev Bras Enferm, Brasília 2007 mar-abr; 60(2):141-4.
 XIMENES NETO, FRG et al. Olhares dos enfermeiros acerca de seu processo de trabalho na
prescrição medicamentosa na Estratégia Saúde da Família. Rev Bras Enferm, Brasília 2007 mar-abr;
60(2):133-40.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)resenfe2013
 
Transformações na gestação
Transformações na gestaçãoTransformações na gestação
Transformações na gestaçãoAlinebrauna Brauna
 
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemIntrodução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemRAYANE DORNELAS
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivosresenfe2013
 
Aula 4 - OBSTETRÍCIA - Alterações fisiológicas da gravidez, gravidez ectópica...
Aula 4 - OBSTETRÍCIA - Alterações fisiológicas da gravidez, gravidez ectópica...Aula 4 - OBSTETRÍCIA - Alterações fisiológicas da gravidez, gravidez ectópica...
Aula 4 - OBSTETRÍCIA - Alterações fisiológicas da gravidez, gravidez ectópica...Caroline Reis Gonçalves
 
Administração medicamenos via vaginal
Administração medicamenos via vaginalAdministração medicamenos via vaginal
Administração medicamenos via vaginalViviane da Silva
 
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com redeSaúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com redeAngelica Reis Angel
 
Modelo de evolução técnico de enfermagem
Modelo de evolução técnico de enfermagemModelo de evolução técnico de enfermagem
Modelo de evolução técnico de enfermagemRaíssa Soeiro
 
Apresentação administração de medicamentos (1)
Apresentação administração de medicamentos (1)Apresentação administração de medicamentos (1)
Apresentação administração de medicamentos (1)ANDRESSA POUBEL
 
Resenha golpe do destino.
Resenha golpe do destino.Resenha golpe do destino.
Resenha golpe do destino.luzienne moraes
 

Was ist angesagt? (20)

Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
 
Transformações na gestação
Transformações na gestaçãoTransformações na gestação
Transformações na gestação
 
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemIntrodução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
 
Prescrição Médica Hospitalar
Prescrição Médica HospitalarPrescrição Médica Hospitalar
Prescrição Médica Hospitalar
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivos
 
Farmacologia aula-1
Farmacologia aula-1Farmacologia aula-1
Farmacologia aula-1
 
Saude da mulher1
Saude da mulher1Saude da mulher1
Saude da mulher1
 
Aula 4 - OBSTETRÍCIA - Alterações fisiológicas da gravidez, gravidez ectópica...
Aula 4 - OBSTETRÍCIA - Alterações fisiológicas da gravidez, gravidez ectópica...Aula 4 - OBSTETRÍCIA - Alterações fisiológicas da gravidez, gravidez ectópica...
Aula 4 - OBSTETRÍCIA - Alterações fisiológicas da gravidez, gravidez ectópica...
 
Administração medicamenos via vaginal
Administração medicamenos via vaginalAdministração medicamenos via vaginal
Administração medicamenos via vaginal
 
Adm med via intramuscular
Adm med via intramuscularAdm med via intramuscular
Adm med via intramuscular
 
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com redeSaúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
 
7ª aula classes de medicamentos
7ª aula   classes de medicamentos7ª aula   classes de medicamentos
7ª aula classes de medicamentos
 
Modelo de evolução técnico de enfermagem
Modelo de evolução técnico de enfermagemModelo de evolução técnico de enfermagem
Modelo de evolução técnico de enfermagem
 
Apresentação administração de medicamentos (1)
Apresentação administração de medicamentos (1)Apresentação administração de medicamentos (1)
Apresentação administração de medicamentos (1)
 
Pré natal
Pré natalPré natal
Pré natal
 
5ª aula vias de administração
5ª aula   vias de administração5ª aula   vias de administração
5ª aula vias de administração
 
INTERAÇ
INTERAÇINTERAÇ
INTERAÇ
 
AssistêNcia Ao Parto
AssistêNcia Ao PartoAssistêNcia Ao Parto
AssistêNcia Ao Parto
 
Resenha golpe do destino.
Resenha golpe do destino.Resenha golpe do destino.
Resenha golpe do destino.
 
Formas farmaceuticas
Formas farmaceuticasFormas farmaceuticas
Formas farmaceuticas
 

Ähnlich wie Prescrição de medicamentos durante a consulta de enfermagem

Manual Farmacêutico do Hospital Israelita Albert Einstein 2011/2012
Manual Farmacêutico do Hospital Israelita Albert Einstein 2011/2012Manual Farmacêutico do Hospital Israelita Albert Einstein 2011/2012
Manual Farmacêutico do Hospital Israelita Albert Einstein 2011/2012jaddy xavier
 
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdfatencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdfNaidilene Aguilar
 
Farmcia clnica.apostila pdf
Farmcia clnica.apostila pdfFarmcia clnica.apostila pdf
Farmcia clnica.apostila pdfDaiane Santos
 
A fitoterapia na rede básica de saúde
A fitoterapia na rede básica de saúdeA fitoterapia na rede básica de saúde
A fitoterapia na rede básica de saúdeNayara Dávilla
 
Implementação e Avaliação.pptx
Implementação e Avaliação.pptxImplementação e Avaliação.pptx
Implementação e Avaliação.pptxKeylaSilvaNobrePires
 
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitáriaCassyano Correr
 
Aula do módulo 03 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...
Aula do módulo 03 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...Aula do módulo 03 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...
Aula do módulo 03 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...LAFARCLIN UFPB
 
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...martinsfmf
 
Reconciliacao-medicamentosa farmacia-ppt.ppt
Reconciliacao-medicamentosa farmacia-ppt.pptReconciliacao-medicamentosa farmacia-ppt.ppt
Reconciliacao-medicamentosa farmacia-ppt.pptOdilonCalian1
 
Revista Ciência Saudável
Revista Ciência SaudávelRevista Ciência Saudável
Revista Ciência SaudávelLeandro Ceolin
 
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptx
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptxAssistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptx
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptxKarellineRosenstock1
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfMarciaRodrigues615662
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfMarciaRodrigues615662
 
ATUALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
ATUALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃOATUALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
ATUALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃOmartinsfmf
 

Ähnlich wie Prescrição de medicamentos durante a consulta de enfermagem (20)

Manual Farmacêutico do Hospital Israelita Albert Einstein 2011/2012
Manual Farmacêutico do Hospital Israelita Albert Einstein 2011/2012Manual Farmacêutico do Hospital Israelita Albert Einstein 2011/2012
Manual Farmacêutico do Hospital Israelita Albert Einstein 2011/2012
 
Manual farm11
Manual farm11Manual farm11
Manual farm11
 
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdfatencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
 
Farmcia clnica.apostila pdf
Farmcia clnica.apostila pdfFarmcia clnica.apostila pdf
Farmcia clnica.apostila pdf
 
A fitoterapia na rede básica de saúde
A fitoterapia na rede básica de saúdeA fitoterapia na rede básica de saúde
A fitoterapia na rede básica de saúde
 
Implementação e Avaliação.pptx
Implementação e Avaliação.pptxImplementação e Avaliação.pptx
Implementação e Avaliação.pptx
 
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
7 passos para a implementação de serviços farmacêuticos na farmácia comunitária
 
Aula do módulo 03 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...
Aula do módulo 03 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...Aula do módulo 03 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...
Aula do módulo 03 do Curso de Serviços farmacêuticos direcionados ao paciente...
 
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...
Assistência Clínica na Farmacoterapia Antineoplásica Oral: uma experiência pr...
 
Conceitos de Atenção Farmacêutica
Conceitos de  Atenção FarmacêuticaConceitos de  Atenção Farmacêutica
Conceitos de Atenção Farmacêutica
 
Adesão antirretroviral
Adesão antirretroviralAdesão antirretroviral
Adesão antirretroviral
 
Adesão antirretroviral HAAT
Adesão antirretroviral HAATAdesão antirretroviral HAAT
Adesão antirretroviral HAAT
 
Reconciliacao-medicamentosa farmacia-ppt.ppt
Reconciliacao-medicamentosa farmacia-ppt.pptReconciliacao-medicamentosa farmacia-ppt.ppt
Reconciliacao-medicamentosa farmacia-ppt.ppt
 
Revista Ciência Saudável
Revista Ciência SaudávelRevista Ciência Saudável
Revista Ciência Saudável
 
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptx
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptxAssistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptx
Assistência de enfermagem nas intervenções clínicas e laboratoriais.pptx
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
 
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdfFarmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
Farmácia Clínica _ Passei Direto.pdf
 
Atenção farmacêutica
Atenção farmacêuticaAtenção farmacêutica
Atenção farmacêutica
 
ADM e Drogas 2
ADM e Drogas 2ADM e Drogas 2
ADM e Drogas 2
 
ATUALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
ATUALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃOATUALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
ATUALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
 

Prescrição de medicamentos durante a consulta de enfermagem

  • 1. Prescrição de Medicamentos durante a Consulta de Enfermagem
  • 2. Novo contexto O trabalho de enfermagem tornou-se mais técnico e mais especializado e o enfermeiro passou a ter maior destaque como membro da equipe multidisciplinar, com seu próprio corpo de conhecimentos para a prestação de cuidados ao cliente.
  • 3. Novo contexto Contexto:  Contenção de custos para a saúde e,  Aumento da demanda para novos e dispendiosos tratamentos Enfermeiros vêm desenvolvendo seu papel de forma inovadora, ora expandindo ora estendendo suas funções, e a prescrição de medicamentos pode ser vista como uma dessas inovações da profissão de enfermagem, que vem sendo implementada na prática dos enfermeiros em muitos países, desde o início da década de 1990.
  • 4. Modelos de Enfermeiros Prescritores 1) Independente, autônomo ou substitutivo; 2) Dependente, colaborador, semi- autônomo, complementar ou suplementar; 3) Grupo protocolo 4) Prescrição alterando horário e dosagem.
  • 5. Independente, autônomo ou substitutivo  O profissional de saúde assume toda a responsabilidade pela avaliação do cliente, usualmente fazendo um diagnóstico diferencial dentro de uma série de possibilidades sugeridas pelos sinais e sintomas e indica a medicação e tratamento adequados, efetuando a PRESCRIÇÃO.  Essa categoria de prescritor, na maioria dos países, é limitada a médicos, dentistas e veterinários, mas também enfermeiros em vários países têm esse direito.  Exemplo: muitos estados dos Estados Unidos.
  • 6. Dependente, colaborador, semi- autônomo, complementar ou suplementar  O prescritor dependente é aquele que pode prescrever em colaboração com o prescritor independente, geralmente médico, mas sem necessidade de supervisão direta.  Não assume a responsabilidade pelo diagnóstico ou exame de avaliação do cliente.  É muito útil nas consultas subseqüentes do cliente, após ele já ter passado por um médico na primeira consulta. Mas, o enfermeiro não deve se limitar a repetir a medicação, pois deve ter competência para alterar alguns aspectos da prescrição, como dose ou freqüência.
  • 7. Grupo protocolo  Segue uma instrução escrita específica para administração de determinados medicamentos em uma determinada situação clínica.  Essa instrução pode ser elaborada dentro de qualquer instituição, pública ou privada, e aprovada pelo dirigente local. É aplicado para grupos de clientes ou usuários previamente identificados.  Usado no Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia e Brasil.  Não deve ser visto como prescrição independente, porque apenas permite que o enfermeiro prescreva medicamentos dentro dos termos de um determinado protocolo.
  • 8. Prescrição alterando horário e dosagem  O protocolo é por cliente e não por grupo e admite que enfermeiros alterem o horário e a dose de medicamentos específicos.  É modelo comumente usado por enfermeiros atuando com pacientes psiquiátricos, diabéticos e de cuidados paliativos.  Esse tipo também não é caso de prescrição independente, mas administração de medicação sob a autoridade e responsabilidade do médico.
  • 9. Países e Características  Suécia  Austrália  Canadá  Estados Unidos  Reino Unido  Nova Zelândia  África do Sul  Botsuana  Irlanda  Quênia a) forte liderança e uma organização de enfermagem em nível nacional bem articulada e com experientes e ativos lobistas que obtiveram a aprovação de leis b) sistema educacional na enfermagem que deu a capacitação, confiança e competência para assumir o direito de prescrever. c) um sistema de saúde e de enfermagem comunitária bem estabelecida, com práticas e funções avançadas para enfermeiros. A prescrição de medicamentos por enfermeiros constituía uma atraente opção para promover a assistência à saúde com recursos existentes e contenção de custos. CIE – Conselho Internacional de Enfermeiras
  • 10. A Prescrição de Medicamentos por Enfermeiros no Brasil COFEN:  Lei do Exercício Profissional nº 7.498/86  Resolução n.º 195, de 18 de fevereiro de 1997  Resolução n.º 271, em 12 de Julho de 2002  Decreto 94.406/97
  • 11. A legislação brasileira do Exercício Profissional de Enfermagem (Lei n.º 7.498, de 25 de Junho de 1986) prevê a prescrição de medicamentos por enfermeiros, como integrantes da equipe de saúde, quando previamente estabelecidos em programas de saúde coletiva e em rotina aprovada por instituição de saúde. Legislação Lei N.º 7498, em 25 de Junho de 1986
  • 12. Regulamenta ações do enfermeiro:  na consulta,  prescrição de medicamentos e  requisição de exames. O enfermeiro tem autonomia na escolha dos medicamentos e respectiva posologia, respondendo integralmente pelos atos praticados. Legislação Resolução N.º 271, em 12 de Julho de 2002
  • 13. Essa resolução encontra-se respaldada: Programas do Ministério da Saúde:  Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS da Coordenadoria de Assistência à Saúde;  Viva Mulher; Assistência Integral;  Saúde da Mulher e da Criança;  Controle de Doenças Transmissíveis, dentre outros. Legislação Resolução N.º 195, de 18 de fevereiro de 1997
  • 14. Essa resolução encontra-se respaldada: Manuais de Normas Técnicas publicados pelo Ministério:  Capacitação de enfermeiros em Saúde Pública para Sistema Único de Saúde  Controle das Doenças Transmissíveis;  Pré-natal de baixo risco (1986);  Capacitação do instrutor/supervisor enfermeiro na área de controle da hanseníase (1988);  Procedimento para atividade e controle da tuberculose (1989);  Normas Técnicas e Procedimentos para utilização dos esquemas de poliquimioterapia no tratamento da hanseníase (1990);  Guia de controle de hanseníase (1994);  Normas de atenção à saúde integral do adolescente (1995) Legislação Resolução N.º 195, de 18 de fevereiro de 1997
  • 15. Legislação Portaria MS n. 648/2006, regulamenta a Política Nacional de Atenção Básica e a execução da Estratégia Saúde da Família. Portaria MS 1625/2007
  • 16. Consulta de Enfermagem Compreende:  histórico (entrevista),  exame físico,  diagnóstico de enfermagem,  prescrição de enfermagem e  evolução de enfermagem. Resolução COFEN N. 272/2002
  • 17. A prescrição de medicamentos por enfermeiros não pode ser vista como uma atividade isolada, mas algo complementar à consulta de enfermagem, com os objetivos de conhecer e intervir sobre os problemas de saúde/doença, englobando outras ações, tais como a solicitação de exames de rotina e complementares. Consulta de Enfermagem x Prescrição de Medicamentos?
  • 18. Equipe de Saúde da Família  A Enfermagem tem exercido papel fundamental no desenvolvimento do processo de cuidar nesta nova estratégia de saúde.  Sua função peculiar de prestar atenção à comunidade e desempenhar atividades de promoção e educação em saúde, manutenção e recuperação da saúde, prevenção às doenças, tratamento e reabilitação têm condicionado aos Enfermeiros, grande autonomia no exercer da APS, resultando numa significante ascensão social e política da profissão.
  • 19.  Se a consulta de enfermagem é realizada como fim em si mesma, ou seja, se não está inserida visando a objetivos epidemiológicos e programáticos, torna-se reprodutora do modelo biomédico de assistência.  Além disso, se essa consulta se centra na medicalização da assistência de Enfermagem e do cliente, transforma-se numa pseudo-consulta médica baseada no modelo clínicocurativo de assistência à saúde individual. (XIMENES NETO et al, 2007)
  • 22. PRÉ – NATAL DE BAIXO RISCO Doenças e Agravos:  Anemia Ferropriva  Infecção Urinária  IST  Escabiose  Vômitos Medicamentos da Farmácia Básica:  SULFATO FERROSO  ÁCIDO FÓLICO  METROCLOPRAMIDA
  • 23. PRÉ - NATAL  Anemia  Hemoglobina < 11 g/dl e > 8 g/dl: diagnóstico de anemia leve a moderada.  Solicitar exame parasitológico de fezes e tratar parasitoses, se presentes  Prescrever sulfato ferroso em dose de tratamento de anemia ferropriva (120 a 240 mg de ferro elementar/dia), de três a seis drágeas de sulfato ferroso/dia, via oral, uma hora antes das principais refeições.  SULFATO FERROSO: um comprimido = 200 mg, o que corresponde a 40 mg de ferro elementar.
  • 24. RECEITUÁRIO R/ 1- sulfato ferroso ------ 200mg-- ---- 30cps Uso: 01 comp. Via oral uma hora antes do almoço. 2- Ácido fólico ----- ------- 30 cps Uso: 01 comp. Via oral antes do almoço. Assinatura Coren Data
  • 25. PRÉ - NATAL  Hematêmese Antiemético  Metoclopramida – 10 mg de 4/4 h; RECEITUÁRIO R/ 1- Metroclopramida ------ 10mg-- ---- 10cps Uso: 01 comp. Via oral de 4/4 horas. Assinatura Coren Data
  • 26. ABORDAGEM SINDRÔMICA Medicamentos da Farmácia Básica:  NISTATINA creme vaginal  MICONAZOL creme vaginal  METRONIDAZOL creme vaginal  METRONIDAZOL comp. 250mg  METRONIDAZOL comp. 500mg Preventivo:  Processo Inflamatório  Gardenerella vaginallis  Lactobacilos  Cocos
  • 27.
  • 28.
  • 29. Planejamento Familiar  Norestin (noretisterona)  Ciclo 21 (levonorgestrel + etinilestradiol)  Mesigyna  Contracep Norestin ---------------------- ----- 1 cx Uso: 01 comp. Via oral diariamente no mesmo horário. Injetável mensal Uso: 01 dose com validade de 28 a 30 dias. Injetável trimensal Uso: 01 dose com validade de aproximadamente 3 meses. OBS: seguir tabela da medicação.
  • 30. ACO Primeira cartela: Inicia as doses diárias no terceiro ou quarto dia da menstruação; após os 21 comprimidos e 21 dias aguarda sete a oito dias para iniciar a próxima cartela; Planejamento Familiar
  • 32.
  • 33. Diabetes Fármaco Posologia Metformina 500mg a 2550gr, fracionada em 1 a 3 vezes ao dia, nas refeições Sulfoniluréias Glibenclamida 2,5mg a 20mg, 1 a 2 vezes ao dia, nas refeições. Glicazida 2,5 a 20 mg, 1 a 3 vezes ao dia, nas refeições. 40mg a 320mg, 1 a 2 vezes ao dia, nas refeições. Insulina NPH 10 U NPH ao deitar (ou 0,2U/kg), aumento gradual de 2U; reduzir em 4U quando houver hipoglicemia. Se necessário, adicionar 1 a 2 injeções diárias. Regular Em situações de descompensação aguda ou em esquemas de injeções múltiplas
  • 34. Hipertensos Grupos e representantes Dose diária (mg) Intervalo de dose (h) Riscos Diuréticos Tiazídicos Hidroclorotiazida De alça Furosemida 12,5 – 50 20 - 320 24 12-24 Hipocalemia, hiperuremia Hipovolemia, hipocalemia Antagonistas adrenérgicos Bloqueadores beta Propanolol 80 - 320 6-12 Broncoespasmo, doença arterial periférica, bradiarritmias Antagonistas do SRA Inibidores da ECA Captopril Enolapril 80 – 320 12,5 – 150 5 – 40 6-12 12-24 Tosse, hipocalemia
  • 40. Saúde da Criança  Febre  Tosse  Anemia  Escabiose  Verme de cachorro  (bicho geográfico)  IRA
  • 41. Medicamentos  Amoxilina Cç < 20kg 20 a 50mg/kg/dia 8/8h Cç > 20Kg 250 a 500mg/dose 8/8h  Cefalexina 20 a 50mg/kg/dia 8/8h  Eritromicina 30 a 50mg/kg/dia 6/6h  Nistatina oral Lactentes 200.000U de 6/6h 400.000 a 600.000U de 6/6h
  • 42. Medicamentos  Dipirona 6 a 10mg/kg/dose  Paracetamol 0 a 3 meses 40mg/dose 4 a 11 meses 80mg/dose 12 a 23 meses 120mg/dose  Metroclopramida 0,5 a 1mg/kg/dia  Diclofenaco resinato > 1 ano 0,5 a 2mg/kg/dose 8/8h e 12/12h
  • 43. Medicamentos  Mebendazol 100mg de 12/12h por 3 dias consecutivos repetir após 15 a 20 dias.  Iodeto de Potássio  SRO
  • 44. “Urge, portanto, que os enfermeiros se dediquem com afinco a sua atividade e se capacitem cada vez mais, não só para uma utilização racional de medicamentos, uma vez que a prescrição medicamentosa não é o aspecto essencial da assistência de enfermagem, mas para manter elevados os ideais de sua profissão, diante de um cotidiano tão desafiador que é o Programa de Saúde da Família.”
  • 45. É preciso trilhar pelo caminho da PRUDÊNCIA
  • 46. Referências  Brasil. Lei n.º 7.498, de 25 de Junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. In: Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Documentos básicos de enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. São Paulo (SP): COREN-SP; 2001.  Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução 271/2002. Regulamenta as ações do enfermeiro na consulta, prescrição de medicamentos e requisição de exames. Rio de Janeiro (RJ): COFEN; 2002.  Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução 195/1997. Dispõe sobre a solicitação de exames de rotina e complementares por enfermeiro. In: Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Documentos básicos de enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. São Paulo (SP): COREN-SP; 2001.  Brasil. Decreto-Lei n.º 94.406, de 08 de Junho de 1987. Regulamenta a Lei n.º 7.498, de 25 de Junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem. In: Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Documentos básicos de enfermagem: enfermeiros, técnicos e auxiliares. São Paulo (SP): COREN-SP; 2001.  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde. 2005.  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica / - Brasília : Ministério da Saúde, 2007. 199 p. : il. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 21)
  • 47. Referências  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 58 p. – (Cadernos de Atenção Básica; 16) (Série A. Normas e Manuais Técnicos)  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 64 p. il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 16) (Série A. Normas e Manuais Técnicos)  Brasil. Ministério da Saúde. Unicef. Cadernos de Atenção Básica: Carências de Micronutrientes / Ministério da Saúde, Unicef; Bethsáida de Abreu Soares Schmitz. - Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos)  Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama / Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. xx p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica; n. 13) (Série A. Normas e Manuais Técnicos)  Carneiro, Alan D.et al. Prescrição de medicamentos e solicitação de exames por enfermeiros no PSF:  aspectos, éticos e legais. Rev. Eletr. Enf. 2008;10(3):756-65. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n3/v10n3a21.htm  OGUISSO, Taka; FREITAS, Genival F de. Enfermeiros prescrevendo medicamentos: possibilidades e perspectivas. Rev Bras Enferm, Brasília 2007 mar-abr; 60(2):141-4.  XIMENES NETO, FRG et al. Olhares dos enfermeiros acerca de seu processo de trabalho na prescrição medicamentosa na Estratégia Saúde da Família. Rev Bras Enferm, Brasília 2007 mar-abr; 60(2):133-40.