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Especialização em Gestão do Design
Resenha do artigo: Identidade e consumo na pós-modernidade: crise e revolução
                            no marketing.




              Docente: Ms. Cleuza Bittencourt Ribas Fornasier
               Disciplina: Design e Sociedade Contemporânea
            Discente: Jenneffer Priscila Montemor Keffer Avelino
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                                             “O Indivíduo converteu-se numa verdadeira metamorfose ambulante”.
                                                                          FILHO & LOPES & CARRASCOZA



           Para onde caminha o consumidor? Como defini-lo? Essas sem dúvida são as
principais indagações do artigo. Perguntas aparentemente fácies de responder com a
velha formula dos nichos sociais. Esses nichos são caixas apertadas de mais para o
consumidor pós-moderno. Resultado do homem moderno, que padronizado pela
                                   produção em serie se acostumou a não ver o produto final de
                                   seu trabalho, se acostumou ao descontentamento. O target
                                   perdeu o sentido na sociedade contemporânea ficou limitado
                                   de mais para o novo consumidor, para o homem pós-
                                   moderno, fragmentado. Não um homem que olha a mesma
                                   face no espelho quebrado, mas aquele que vê os vários “eus”
                                   em     cada     fragmento.       Uma      verdadeira       metamorfose
                                   ambulante. Não uma metamorfose coletiva onde larvas se
transformam em borboletas, mas uma transformação individual dentro de cada
personagem interpretado pelo homem. Perde-se aquele elo entre esses personagens, não
são mais todos vilões ou mocinhos, cada um é dono de seu próprio papel individual
dentro do indivíduo.
           O que antes era massificado, emoldurado dentro dos padrões sociais. Hoje perde
o sentido. O marketing que nasceu das necessidades do consumidor que detinha a
atenção no sistema capitalista, desenvolvendo teorias para explicar o comportamento
procura agora entender a luta entre a Massa e o Indivíduo. Como comunicar para uma
só pessoa? Comunicar para uma só pessoa, ainda não é comunicar para o homem pós-
moderno, visto que ele é ao mesmo tempo único e coletivo. Mas na modernidade
bastava encontrar a unicidade do coletivo social, cultural e econômico que
encontrávamos a linha comunicacional a ser seguida. Nosso target estava feito. Era
simples viver na modernidade. E o mundo mudou...
           Basta assistir o novo comercial do Club Social – Inconfundível (novos sabores)1
para entender toda essa mudança, são as escolhas diz o comercial. Para quem acabou de
ler o artigo de FILHO & LOPES & CARRASCOZA não são as escolhas e sim a pós-
modernidade, a fragmentação do eu, o coletivo de mim mesmo.

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    Assista pelo link, opção club social portfólio - http://www.clubsocial.com.br/campanha/
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          Para esse homem do novo mundo, esse fragmento de várias faces, as agências de
propaganda incorporaram como uma nova arma, o signo. O signo que transformou o
jeans em liberdade. Para uma geração que ambiciona liberdade. A sociedade da
ausência se alimenta dos signos para preencher as lacunas de sua vontade. Encontrou
conforto nos produtos que são anunciados como detentores de poderes mágicos, de
signos.
          Observemos as duas fazes de um mesmo produto. No primeiro anúncio nota-se a
necessidade de quebrar os valores da época, introduzir um produto novo, a preocupação
da propaganda é voltada para o uso e eficiência do produto. Ideal para uma sociedade
padronizada. Para uma sociedade com sentido coletivo de indivíduo. Mãe e filha alegres
por lavarem suas roupas com sabão OMO.




                                        Figura 2 – Anúncio atual


Figura 1 – Anúncio dos anos 60
          Agora analise o segundo anúncio. O que aconteceu com as roupas? Para onde foi
a função do “milagre azul”?. Porque toda criança tem direito de ser criança? Quem
compra esse produto afinal?. Não existe um produto, mas um signo. Um signo de
liberdade, de ócio e perfume.
          A conclusão do autor é simples, entendo que ele considere os dois lados da pós-
modernidade e de suas conseqüências na sociedade e no destino das marcas e de suas
relações. Como quando defrontamos os dois anúncios. Parece ridículo a propaganda dos
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anos 60, mas ela estava totalmente adaptada àquela sociedade. Ela obtinha o resultado
que se propunha a fazer, aumentar as vendas, divulgar a marca. Hoje também
adaptamos nossa propaganda aos anseios da sociedade, agora fragmentada, mas ainda
sedenta por informação, produtos e preenchimento. São outros valores, outras
propagandas e os mesmos produtos. Novas ideias, novos conceitos. A ideologia não é
mais a mesma, mas a sociedade está aí para ser investigada e saciada. O que não
podemos fazer é continuar usando o target como leme de nosso marketing. Talvez até o
meeting points precise de uma “repaginada”. Como estamos ainda sendo objetos de
estudo de nosso próprio momento fica difícil escrever o que pode ou deve ser feito. Essa
é a grande dificuldade do autor. Mesmo que alguns digam que estamos na Era da
Informação, muito de pós-moderno ainda reina soberano para nos confrontar todos os
dias.




Bibliografia:


FILHO, Clovis de Barros & LOPES, Felipe & CARRASCOZA, Jorão. Identidade e
consumo na pós-modernidade: crise e revolução no marketing. Porto Alegre: 2006


Internetografia:


Club Social - www.clubsocial.com.br
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  • 1. Especialização em Gestão do Design Resenha do artigo: Identidade e consumo na pós-modernidade: crise e revolução no marketing. Docente: Ms. Cleuza Bittencourt Ribas Fornasier Disciplina: Design e Sociedade Contemporânea Discente: Jenneffer Priscila Montemor Keffer Avelino
  • 2. 2 “O Indivíduo converteu-se numa verdadeira metamorfose ambulante”. FILHO & LOPES & CARRASCOZA Para onde caminha o consumidor? Como defini-lo? Essas sem dúvida são as principais indagações do artigo. Perguntas aparentemente fácies de responder com a velha formula dos nichos sociais. Esses nichos são caixas apertadas de mais para o consumidor pós-moderno. Resultado do homem moderno, que padronizado pela produção em serie se acostumou a não ver o produto final de seu trabalho, se acostumou ao descontentamento. O target perdeu o sentido na sociedade contemporânea ficou limitado de mais para o novo consumidor, para o homem pós- moderno, fragmentado. Não um homem que olha a mesma face no espelho quebrado, mas aquele que vê os vários “eus” em cada fragmento. Uma verdadeira metamorfose ambulante. Não uma metamorfose coletiva onde larvas se transformam em borboletas, mas uma transformação individual dentro de cada personagem interpretado pelo homem. Perde-se aquele elo entre esses personagens, não são mais todos vilões ou mocinhos, cada um é dono de seu próprio papel individual dentro do indivíduo. O que antes era massificado, emoldurado dentro dos padrões sociais. Hoje perde o sentido. O marketing que nasceu das necessidades do consumidor que detinha a atenção no sistema capitalista, desenvolvendo teorias para explicar o comportamento procura agora entender a luta entre a Massa e o Indivíduo. Como comunicar para uma só pessoa? Comunicar para uma só pessoa, ainda não é comunicar para o homem pós- moderno, visto que ele é ao mesmo tempo único e coletivo. Mas na modernidade bastava encontrar a unicidade do coletivo social, cultural e econômico que encontrávamos a linha comunicacional a ser seguida. Nosso target estava feito. Era simples viver na modernidade. E o mundo mudou... Basta assistir o novo comercial do Club Social – Inconfundível (novos sabores)1 para entender toda essa mudança, são as escolhas diz o comercial. Para quem acabou de ler o artigo de FILHO & LOPES & CARRASCOZA não são as escolhas e sim a pós- modernidade, a fragmentação do eu, o coletivo de mim mesmo. 1 Assista pelo link, opção club social portfólio - http://www.clubsocial.com.br/campanha/
  • 3. 3 Para esse homem do novo mundo, esse fragmento de várias faces, as agências de propaganda incorporaram como uma nova arma, o signo. O signo que transformou o jeans em liberdade. Para uma geração que ambiciona liberdade. A sociedade da ausência se alimenta dos signos para preencher as lacunas de sua vontade. Encontrou conforto nos produtos que são anunciados como detentores de poderes mágicos, de signos. Observemos as duas fazes de um mesmo produto. No primeiro anúncio nota-se a necessidade de quebrar os valores da época, introduzir um produto novo, a preocupação da propaganda é voltada para o uso e eficiência do produto. Ideal para uma sociedade padronizada. Para uma sociedade com sentido coletivo de indivíduo. Mãe e filha alegres por lavarem suas roupas com sabão OMO. Figura 2 – Anúncio atual Figura 1 – Anúncio dos anos 60 Agora analise o segundo anúncio. O que aconteceu com as roupas? Para onde foi a função do “milagre azul”?. Porque toda criança tem direito de ser criança? Quem compra esse produto afinal?. Não existe um produto, mas um signo. Um signo de liberdade, de ócio e perfume. A conclusão do autor é simples, entendo que ele considere os dois lados da pós- modernidade e de suas conseqüências na sociedade e no destino das marcas e de suas relações. Como quando defrontamos os dois anúncios. Parece ridículo a propaganda dos
  • 4. 4 anos 60, mas ela estava totalmente adaptada àquela sociedade. Ela obtinha o resultado que se propunha a fazer, aumentar as vendas, divulgar a marca. Hoje também adaptamos nossa propaganda aos anseios da sociedade, agora fragmentada, mas ainda sedenta por informação, produtos e preenchimento. São outros valores, outras propagandas e os mesmos produtos. Novas ideias, novos conceitos. A ideologia não é mais a mesma, mas a sociedade está aí para ser investigada e saciada. O que não podemos fazer é continuar usando o target como leme de nosso marketing. Talvez até o meeting points precise de uma “repaginada”. Como estamos ainda sendo objetos de estudo de nosso próprio momento fica difícil escrever o que pode ou deve ser feito. Essa é a grande dificuldade do autor. Mesmo que alguns digam que estamos na Era da Informação, muito de pós-moderno ainda reina soberano para nos confrontar todos os dias. Bibliografia: FILHO, Clovis de Barros & LOPES, Felipe & CARRASCOZA, Jorão. Identidade e consumo na pós-modernidade: crise e revolução no marketing. Porto Alegre: 2006 Internetografia: Club Social - www.clubsocial.com.br
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