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O CANGAÇO BANDIDOS OU MOCINHOS?

                         Por: Jefferson Santos
PARA RELFETIR UM POUCO




• Em outros países se cultuam e em admirações os Piratas e os
  Pistoleiros do Velho Oeste Norte Americano, por que não saudar as
  guerras confrontadas por Virgulino Ferreira em solo nordestino
  como um herói também?
PARA RELFETIR UM POUCO




• “Em grande parte da nossa literatura regionalista, se o cangaceiro
  não é visto como herói, é mostrado como vítima das circunstâncias
  sociais do nordeste – O que é pelo menos parcialmente verdadeiro”
  – Antônio Carlos Olivieri – Escritor e professor.
A FORMAÇÃO DOS GRUPOS: JAGUNÇOS E
OS CANGACEIROS.
• No período da colonização os chefes de grandes famílias, nobre da
  coroa portuguesa recebiam terras no Brasil e vinham para cá
  decididos a conquistar o solo do sertão.
• Os grandes senhores usavam bando de homens armados para
  proteger as suas propriedades de terra, e as disputas entre as
  famílias pelas suas posses e estas brigas se prolongavam às vezes
  por dezenas de anos.
• Durante o séc. XIX, esses antigos bandoleiros transformaram-se em
  grupos de capangas ou guarda-costas chamados de Jagunços,
  defendiam as terras dos grandes e médios fazendeiros, os Jagunços
  não recebiam salário, em troca de moradia e comida.
OS JAGUNÇOS
• A função de um é expulsar moradores ou posseiros, eliminando
  os inimigos de seus senhores, é justamente nesta época que
  surge o coronelismo, que foi o modo pelo qual os grandes
  proprietários de terra exerciam o poder político no interior do
  Brasil.




                                Os Jagunços e o senhor das terras ao centro
OS CANGACEIROS
• Recebiam o nome de cangaceiros, porque as suas roupas lembram uma
  canga, arreio utilizado no boi para puxar um carro, usavam espingardas a
  tiracolo com as correias tiradas no peito lembrando uma canga de boi.
• Não tinham moradas fixas, viviam andando pelo sertão a pé ou a cavalo,
  geralmente prestando serviços a chefes políticos, surgindo no inicio do
  século XX até meados de 1940, de Antônio Silvino que formou o primeiro
  grupo e Corisco após a sua morte marca o fim dos cangaceiros.




                                          Bando de cangaceiros
VIRGULINO FERREIRA DA SILVA
• Em 7 de Julho de 1887, em Vila Bela (Atual Serra Talhada),no sertão de
  Pernambuco, nasce o terceiro dos nove filhos de Maria Lopes e José
  Ferreira da Silva. Foi batizado com o nome de Virgulino Ferreira da Silva.
• Não frequentou a escola, mas os seu pai um homem de posses e de gado
  pagavam os professores para dar as aulas em casa, aprendendo a ler e a
  escrever e fazer contas.
• Cada um dos irmãos tinha o seu papel importante para a sobrevivência, o
  mais velho Antônio era o responsável pela plantação e o segundo Levino
  pelos transportes e Virgulino do pastoreio, com 12 anos já era considerado
  um dos vaqueiros mais hábil da região, chegando a ganhar várias
  competições na região onde moravam.
VIRGULINO FERREIRA DA SILVA O “LAMPIÃO”.
O INICIO DA VIDA NO CANGAÇO
• Invasão de propriedade e roubo de gado eram o pretexto frequente para
  sangrentas brigas no sertão, foi justamente sobre disputas de terras e de
  poses que os irmãos Ferreira entraram para o cangaço. Segundo a família
  Ferreira, um morador da fazenda vizinha, da propriedade de José Saturnino,
  teria invadido suas terras e roubado algumas cabeças de gado.
• Virgulino e Levino deram queixa a polícia e foram com um soldado à casa do
  acusado, Saturnino tomou a questão como um insulto e acusou os Ferreira
  do mesmo crime e expulsou os Ferreiras de suas terras, iniciando assim
  uma confusão armada. No dia seguinte foram os três irmãos armados a
  fazenda do José Saturnino onde foram recebidos a tiros pelos vaqueiros,
  onde o irmão mais o Antônio foi atingido na coxa.
O INICIO DA INJUSTIÇA
•   José Ferreira, o pai um homem pacato procurou os coronéis mais importantes da
    região para que atuassem como juízes da disputa, onde a decisão foi favorável ao
    José Saturnino pois tinha mais privilégios entre os poderosos da região.
•   Os Ferreira foram obrigados a vender a fazenda e mudar-se para outra região, para
    a cidade de Nazaré uma cidade próxima, Saturnino comprometeu-se a ficar longe a
    família Ferreira, mas o trato durou pouco alguns meses, Saturnino descumpriu o
    acordo onde ocorreram novos tiroteios entre os dois grupos de Saturnino e os
    Ferreira.




        Família Ferreira no lado esquerdo Antônio e no lado direito Virgulino
OS COSTUMES DE UMA CIDADE
•   Como de costume na região era proibido portar qualquer tipo de arma na cidade e
    nos vilarejos próximos, só que os filhos de José Ferreira andavam sempre armados
    temendo algum ataque a mando do José Saturnino, usando vestimentas de
    cangaceiros: chapéu de abas largas, roupas de couro muito enfeitadas, punhais e
    armas de fogo na cintura e a tiracolo. Onde os Ferreira passaram a ser malvistos e
    hostilizados pela população.




                                                       Grupo de cangaceiros
A MUDANÇA PARA UMA CIDADE
•   O bando do Sinhô Pereira, o cangaceiro mais famoso na época, atacou a cidade de
    Nazaré, Virgulino, Antônio e Levino não estavam na cidade, em represália a família
    dos Ferreira foram atacados pela polícia e pelos habitantes da cidade, Levino é
    preso em troca da liberdade, a família teria que ir embora da região.
•   Em 1920 os Ferreira mudam-se para a cidade de Água Branca, no estado de
    Alagoas, eram agora mais pobres, pois tinham perdido quase todo o gado, além
    disso, os filhos de José Ferreira chegaram com a fama de bandidos na cidade.




                                              De Vila Bela á Água Branca
O PRIMEIRO ATAQUE A FAZENDA DE
SATURNINO
• Alguns meses se passam e chega a cidade o boato que a fazenda de
  Saturnino foi atacada, as acusações caem sobre a família Ferreira, o quarto
  filho João Ferreira é preso, revoltado com a ação Virgulino mandou um
  ultimato ao chefe da polícia: Se o irmão não fosse solto iria juntar um bando
  e tocar fogo na cidade, onde o pedido foi atendido evitando o derramamento
  de sangue.
• A família Ferreira sabia agora que a cidade de Água Branca não era mais
  segura, o pai José Ferreira pede aos três filhos mais velhos para fugirem
  para a caatinga e o restante da família iria para o sítio de um amigo.
• Adoentada a mãe de Virgulino morre na viagem devido a um infarto.
O ATAQUE OUSADO A UMA CIDADE E A
MORTE DO PAI
• O ataque ousado a      vila de Pariconhas (Alagoas) onde o delegado foi
  surrado e amarrado      a um poste e foram roubado 18 contos de reis,
  provocando a ira do    chefe de polícia da cidade de Água Branca Amarilo
  Batista, onde juntou   uma tropa e foi ao sitio onde a família Ferreira se
  encontrava.
• Abrindo fogo em toda a casa com a família dentro morre José Ferreira em
  18 de Maio de 1921, quando Lampião ficou sabendo da morte do pai afirmou
  inúmeras vezes que sua vida agora tinha um único sentido: Vingar a morte
  do pai e também da mãe, atribuindo as duas à polícia.
O NOME DE LAMPIÃO
• Virgulino levava uma vida de refugiado fora da lei, decidido a se vingar das
  afrontas à família, atacando localidades onde se encontravam seus inimigos.
• Conta-se que num tiroteio noturno contra a polícia, ele deu tantos tiros
  seguidos que o cano de sua espingarda iluminou a noite, como se fosse de
  um lampião, de onde lhe veio o apelido.
O CANGAÇO COMO PROFISSÃO
• Depois da morte do pai, Virgulino e seus irmãos Antônio e Levino entram
  definitivamente no cangaço entrando para o bando do Sinhô Pereira, além
  das táticas de combate e despistamento, aprendeu a relacionar-se com
  fazendeiros e chefes de políticos, aprendeu a lidar com policiais corruptos,
  dispostos até a fornecer armas e munição em troca de algum tipo de
  pagamento.
• Sinhô Pereira deixa o bando no inicio de 1922 passando o comando do
  grupo para Lampião.
OS CONFRONTOS COM A POLICIA E AS SUA
ESCAPADAS
•   De 1922 á 1926, Pernambuco, Alagoas e a Paraíba eram as áreas de atuação de
    Virgulino Ferreira da Silva, o cangaço deixava de ser um problema isolado para um
    problema estadual, a policia não estava preparada para esta situação e os
    cangaceiros contavam com a ajuda de grandes fazendeiros e chefes políticos.
•   Para ajudar a policia na busca do fim cangaço surge pessoas voluntárias que tinha
    sofrido algum tipo de perda por parte dos cangaceiros, juntando-se com a policia
    formando as VOLANTES, cujo objetivo único era perseguir os cangaceiros pelo
    sertão.
ENCONTRO COM PADRE CÍCERO E O TITULO DE
CAPITÃO
• No inicio de 1926, para escapar da perseguição da policia da Paraíba e
  Pernambuco, Lampião refugiou-se com seu bando no Ceará, nesta mesma
  época no nordeste a Coluna Prestes encontrava-se na região, o deputado
  Floro Bartolomeu então pediu ao Padre Cícero que convidasse o Lampião
  para combater os revoltosos e que o Lampião seria ordenado a Capitão dos
  Batalhões Patrióticos.
• Lampião aceitou a proposta em troca de armamentos e fardas para
  combater os revoltosos, foi desta época que Lampião começou a ser
  chamado de Capitão Virgulino, saindo a caça da Coluna Prestes que já tinha
  passado pelo Ceará e se encontrava na Bahia, chegando em Pernambuco
  num encontro casual com a policia, mostrando a carta que tinha recebido
  com o título da patente os policias dizem que a carta não tem nenhum valor
  legal e atacam o bando onde fogem em retirada, desiludido volta a vida de
  cangaceiro e não persegue a Coluna Prestes.
OS GRANDES CONFLITOS: SERRA GRANDE E
MOSSORÓ
•   Em 28 de novembro de 1914 nas proximidades de Serra Grande, em Pernambuco
    um destacamento de 295 homens conseguem alcançar o bando de Lampião, mas
    eles já estavam bem preparados, entrincheirados com 100 homens vence o conflito,
    só que num treinamento de tiro acidentalmente morre o irmão mais velho de
    Lampião o Antônio.
•   Em junho de 1927, Lampião decide atacar a cidade de Mossoró no Rio Grande do
    Norte, no percurso até chegar ao seu destino final ataca várias cidades e a
    população de Mossoró se prepara para enfrentar Lampião e seu bando, chegando
    em Mossoró a cidade havia feito várias trincheiras esperando o bando, onde foi a
    primeira vez que o bando de Lampião perde uma batalha, até hoje é festejada na
    cidade de Mossoró este episódio onde a população defende a sua cidade.
BAHIA, DO PARAÍSO AO INFERNO
•   A partir de 1928, Lampião procura um local de descaço e que não fosse perseguido,
    escolhendo a Bahia pois até então nunca tinha cometido nenhum crime, nos lugares
    onde o bando chegava promovia festas e era bem recepcionado, mostrando o outro
    lado da fama que o acompanhava pelo sertão de um homem generoso e amigo dos
    pobres, era a forma de conquistar novos simpatizantes e amizades, é na Bahia que
    ele encontra alguns reforços para o seu bando como é o caso de Antônio de
    Egrácia, Cristiano Gomes de Silva, que ficou conhecido como Corisco entrando para
    o bando com 14 anos.
•   Mas a paz durou alguns meses, uma volante baiana atacou Lampião e o seu bando,
    a partir dai, a Bahia era considerada por ele um lugar igual aos outros, foi na cidade
    de Queimados que sofreu o seu ato mais cruel quando o bando entrou na cidade e a
    população sem perceber quem seria dominou toda a cidade matando todos os
    policias da cidade e um juiz de direito que morava por lá.
CARTAZ ESPALHADO PELO GOVERNO DA BAHIA




            Cartaz de procura de Lampião
MARIA BONITA
• Entre 1930 e 1931, entra para o bando Maria Déia Neném, que passou a ser
  conhecida com o apelido de Maria Bonita, Maria era casada com um
  sapateiro mas não se dava muito bem com o marido, seus pais tinham uma
  pequena fazenda entre a Bahia e Sergipe, onde abrigava o bando de
  Lampião, apaixonado pela mulher que acabara de conhecer pediu a ela para
  entrar no bando e ela aceitou.
• Outras mulheres entraram no bando, onde também se destaca a Dadá
  esposa do Corisco, acompanhando o marido até a sua morte.
MARIA BONITA




        Maria Bonita antes e quando estava no cangaço
O FIM DO REINADO
•   Foi planejada uma operação contra Lampião em 1931, mas só saiu do papel
    definitivamente em Janeiro de 1932, numa batalha em Maranduba, no limite entre
    Sergipe e a Bahia, Lampião a frente com 32 homens consegue escapar do cerco policial
    de 100 homens.
•   No final de 1932 os policiais mudam de estratégia e combate violentamente as pessoas
    que devam cobertura ao bando de Lampião, eram chamados de COITEIROS, que
    geralmente eram cidadãos indefesos com medo de represálias abrigavam os
    cangaceiros.
•   Com isso o bando de Lampião não tinha mais como adquirir abrigos e mantimentos,
    sendo obrigados a irem a lugares cada vez mais remotos.
O CERCO A FAZENDA ANGICOS
•   Depois de algumas andanças em Alagoas, no inicio de 1938, Lampião procurou
    novamente refúgio em Sergipe, numa fazenda chamada Angicos, às margens do Rio
    São Francisco.
•   José Lucena antigo perseguidor de Lampião e comandante da campanha contra o
    cangaço em Alagoas, resolveu agir sem o consentimento das autoridades
    sergipanas, juntando-se com o sargento Aniceto Rodrigues e o Aspirante a oficial
    Francisco Ferreira de Melo, armou um plano sigiloso.
•   Na madrugada de 28 de Julho de 1938, 45 homens chegaram a região conhecida
    como Raso da Catarina, onde cinquenta cangaceiros estavam acampados.
•   Inexplicavelmente , dessa vez o bando não tinha tomado nenhuma precaução como
    de costume, sem sentinelas próximos aos acampamentos, com 3 metralhadoras
    fecharam o cerco e abriram fogo no bando de cangaceiros que ali se encontravam,
    pondo um fim ao cangaço, alguns ainda conseguiram fugir, mas logo deixaram o
    cangaço de lado.
CABEÇAS DOS INTEGRANTES DOBANDO DE
LAMPIÃO




Isolado na parte debaixo seria a cabeça de Lampião, logo acima a cabeça de Maria Bonita
DE VILA BELA A MOSSORÓ
MAPA GERAL DE ATUAÇÃO DO CANGAÇO

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  • 1. O CANGAÇO BANDIDOS OU MOCINHOS? Por: Jefferson Santos
  • 2. PARA RELFETIR UM POUCO • Em outros países se cultuam e em admirações os Piratas e os Pistoleiros do Velho Oeste Norte Americano, por que não saudar as guerras confrontadas por Virgulino Ferreira em solo nordestino como um herói também?
  • 3. PARA RELFETIR UM POUCO • “Em grande parte da nossa literatura regionalista, se o cangaceiro não é visto como herói, é mostrado como vítima das circunstâncias sociais do nordeste – O que é pelo menos parcialmente verdadeiro” – Antônio Carlos Olivieri – Escritor e professor.
  • 4. A FORMAÇÃO DOS GRUPOS: JAGUNÇOS E OS CANGACEIROS. • No período da colonização os chefes de grandes famílias, nobre da coroa portuguesa recebiam terras no Brasil e vinham para cá decididos a conquistar o solo do sertão. • Os grandes senhores usavam bando de homens armados para proteger as suas propriedades de terra, e as disputas entre as famílias pelas suas posses e estas brigas se prolongavam às vezes por dezenas de anos. • Durante o séc. XIX, esses antigos bandoleiros transformaram-se em grupos de capangas ou guarda-costas chamados de Jagunços, defendiam as terras dos grandes e médios fazendeiros, os Jagunços não recebiam salário, em troca de moradia e comida.
  • 5. OS JAGUNÇOS • A função de um é expulsar moradores ou posseiros, eliminando os inimigos de seus senhores, é justamente nesta época que surge o coronelismo, que foi o modo pelo qual os grandes proprietários de terra exerciam o poder político no interior do Brasil. Os Jagunços e o senhor das terras ao centro
  • 6. OS CANGACEIROS • Recebiam o nome de cangaceiros, porque as suas roupas lembram uma canga, arreio utilizado no boi para puxar um carro, usavam espingardas a tiracolo com as correias tiradas no peito lembrando uma canga de boi. • Não tinham moradas fixas, viviam andando pelo sertão a pé ou a cavalo, geralmente prestando serviços a chefes políticos, surgindo no inicio do século XX até meados de 1940, de Antônio Silvino que formou o primeiro grupo e Corisco após a sua morte marca o fim dos cangaceiros. Bando de cangaceiros
  • 7. VIRGULINO FERREIRA DA SILVA • Em 7 de Julho de 1887, em Vila Bela (Atual Serra Talhada),no sertão de Pernambuco, nasce o terceiro dos nove filhos de Maria Lopes e José Ferreira da Silva. Foi batizado com o nome de Virgulino Ferreira da Silva. • Não frequentou a escola, mas os seu pai um homem de posses e de gado pagavam os professores para dar as aulas em casa, aprendendo a ler e a escrever e fazer contas. • Cada um dos irmãos tinha o seu papel importante para a sobrevivência, o mais velho Antônio era o responsável pela plantação e o segundo Levino pelos transportes e Virgulino do pastoreio, com 12 anos já era considerado um dos vaqueiros mais hábil da região, chegando a ganhar várias competições na região onde moravam.
  • 8. VIRGULINO FERREIRA DA SILVA O “LAMPIÃO”.
  • 9. O INICIO DA VIDA NO CANGAÇO • Invasão de propriedade e roubo de gado eram o pretexto frequente para sangrentas brigas no sertão, foi justamente sobre disputas de terras e de poses que os irmãos Ferreira entraram para o cangaço. Segundo a família Ferreira, um morador da fazenda vizinha, da propriedade de José Saturnino, teria invadido suas terras e roubado algumas cabeças de gado. • Virgulino e Levino deram queixa a polícia e foram com um soldado à casa do acusado, Saturnino tomou a questão como um insulto e acusou os Ferreira do mesmo crime e expulsou os Ferreiras de suas terras, iniciando assim uma confusão armada. No dia seguinte foram os três irmãos armados a fazenda do José Saturnino onde foram recebidos a tiros pelos vaqueiros, onde o irmão mais o Antônio foi atingido na coxa.
  • 10. O INICIO DA INJUSTIÇA • José Ferreira, o pai um homem pacato procurou os coronéis mais importantes da região para que atuassem como juízes da disputa, onde a decisão foi favorável ao José Saturnino pois tinha mais privilégios entre os poderosos da região. • Os Ferreira foram obrigados a vender a fazenda e mudar-se para outra região, para a cidade de Nazaré uma cidade próxima, Saturnino comprometeu-se a ficar longe a família Ferreira, mas o trato durou pouco alguns meses, Saturnino descumpriu o acordo onde ocorreram novos tiroteios entre os dois grupos de Saturnino e os Ferreira. Família Ferreira no lado esquerdo Antônio e no lado direito Virgulino
  • 11. OS COSTUMES DE UMA CIDADE • Como de costume na região era proibido portar qualquer tipo de arma na cidade e nos vilarejos próximos, só que os filhos de José Ferreira andavam sempre armados temendo algum ataque a mando do José Saturnino, usando vestimentas de cangaceiros: chapéu de abas largas, roupas de couro muito enfeitadas, punhais e armas de fogo na cintura e a tiracolo. Onde os Ferreira passaram a ser malvistos e hostilizados pela população. Grupo de cangaceiros
  • 12. A MUDANÇA PARA UMA CIDADE • O bando do Sinhô Pereira, o cangaceiro mais famoso na época, atacou a cidade de Nazaré, Virgulino, Antônio e Levino não estavam na cidade, em represália a família dos Ferreira foram atacados pela polícia e pelos habitantes da cidade, Levino é preso em troca da liberdade, a família teria que ir embora da região. • Em 1920 os Ferreira mudam-se para a cidade de Água Branca, no estado de Alagoas, eram agora mais pobres, pois tinham perdido quase todo o gado, além disso, os filhos de José Ferreira chegaram com a fama de bandidos na cidade. De Vila Bela á Água Branca
  • 13. O PRIMEIRO ATAQUE A FAZENDA DE SATURNINO • Alguns meses se passam e chega a cidade o boato que a fazenda de Saturnino foi atacada, as acusações caem sobre a família Ferreira, o quarto filho João Ferreira é preso, revoltado com a ação Virgulino mandou um ultimato ao chefe da polícia: Se o irmão não fosse solto iria juntar um bando e tocar fogo na cidade, onde o pedido foi atendido evitando o derramamento de sangue. • A família Ferreira sabia agora que a cidade de Água Branca não era mais segura, o pai José Ferreira pede aos três filhos mais velhos para fugirem para a caatinga e o restante da família iria para o sítio de um amigo. • Adoentada a mãe de Virgulino morre na viagem devido a um infarto.
  • 14. O ATAQUE OUSADO A UMA CIDADE E A MORTE DO PAI • O ataque ousado a vila de Pariconhas (Alagoas) onde o delegado foi surrado e amarrado a um poste e foram roubado 18 contos de reis, provocando a ira do chefe de polícia da cidade de Água Branca Amarilo Batista, onde juntou uma tropa e foi ao sitio onde a família Ferreira se encontrava. • Abrindo fogo em toda a casa com a família dentro morre José Ferreira em 18 de Maio de 1921, quando Lampião ficou sabendo da morte do pai afirmou inúmeras vezes que sua vida agora tinha um único sentido: Vingar a morte do pai e também da mãe, atribuindo as duas à polícia.
  • 15. O NOME DE LAMPIÃO • Virgulino levava uma vida de refugiado fora da lei, decidido a se vingar das afrontas à família, atacando localidades onde se encontravam seus inimigos. • Conta-se que num tiroteio noturno contra a polícia, ele deu tantos tiros seguidos que o cano de sua espingarda iluminou a noite, como se fosse de um lampião, de onde lhe veio o apelido.
  • 16. O CANGAÇO COMO PROFISSÃO • Depois da morte do pai, Virgulino e seus irmãos Antônio e Levino entram definitivamente no cangaço entrando para o bando do Sinhô Pereira, além das táticas de combate e despistamento, aprendeu a relacionar-se com fazendeiros e chefes de políticos, aprendeu a lidar com policiais corruptos, dispostos até a fornecer armas e munição em troca de algum tipo de pagamento. • Sinhô Pereira deixa o bando no inicio de 1922 passando o comando do grupo para Lampião.
  • 17. OS CONFRONTOS COM A POLICIA E AS SUA ESCAPADAS • De 1922 á 1926, Pernambuco, Alagoas e a Paraíba eram as áreas de atuação de Virgulino Ferreira da Silva, o cangaço deixava de ser um problema isolado para um problema estadual, a policia não estava preparada para esta situação e os cangaceiros contavam com a ajuda de grandes fazendeiros e chefes políticos. • Para ajudar a policia na busca do fim cangaço surge pessoas voluntárias que tinha sofrido algum tipo de perda por parte dos cangaceiros, juntando-se com a policia formando as VOLANTES, cujo objetivo único era perseguir os cangaceiros pelo sertão.
  • 18. ENCONTRO COM PADRE CÍCERO E O TITULO DE CAPITÃO • No inicio de 1926, para escapar da perseguição da policia da Paraíba e Pernambuco, Lampião refugiou-se com seu bando no Ceará, nesta mesma época no nordeste a Coluna Prestes encontrava-se na região, o deputado Floro Bartolomeu então pediu ao Padre Cícero que convidasse o Lampião para combater os revoltosos e que o Lampião seria ordenado a Capitão dos Batalhões Patrióticos. • Lampião aceitou a proposta em troca de armamentos e fardas para combater os revoltosos, foi desta época que Lampião começou a ser chamado de Capitão Virgulino, saindo a caça da Coluna Prestes que já tinha passado pelo Ceará e se encontrava na Bahia, chegando em Pernambuco num encontro casual com a policia, mostrando a carta que tinha recebido com o título da patente os policias dizem que a carta não tem nenhum valor legal e atacam o bando onde fogem em retirada, desiludido volta a vida de cangaceiro e não persegue a Coluna Prestes.
  • 19. OS GRANDES CONFLITOS: SERRA GRANDE E MOSSORÓ • Em 28 de novembro de 1914 nas proximidades de Serra Grande, em Pernambuco um destacamento de 295 homens conseguem alcançar o bando de Lampião, mas eles já estavam bem preparados, entrincheirados com 100 homens vence o conflito, só que num treinamento de tiro acidentalmente morre o irmão mais velho de Lampião o Antônio. • Em junho de 1927, Lampião decide atacar a cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte, no percurso até chegar ao seu destino final ataca várias cidades e a população de Mossoró se prepara para enfrentar Lampião e seu bando, chegando em Mossoró a cidade havia feito várias trincheiras esperando o bando, onde foi a primeira vez que o bando de Lampião perde uma batalha, até hoje é festejada na cidade de Mossoró este episódio onde a população defende a sua cidade.
  • 20. BAHIA, DO PARAÍSO AO INFERNO • A partir de 1928, Lampião procura um local de descaço e que não fosse perseguido, escolhendo a Bahia pois até então nunca tinha cometido nenhum crime, nos lugares onde o bando chegava promovia festas e era bem recepcionado, mostrando o outro lado da fama que o acompanhava pelo sertão de um homem generoso e amigo dos pobres, era a forma de conquistar novos simpatizantes e amizades, é na Bahia que ele encontra alguns reforços para o seu bando como é o caso de Antônio de Egrácia, Cristiano Gomes de Silva, que ficou conhecido como Corisco entrando para o bando com 14 anos. • Mas a paz durou alguns meses, uma volante baiana atacou Lampião e o seu bando, a partir dai, a Bahia era considerada por ele um lugar igual aos outros, foi na cidade de Queimados que sofreu o seu ato mais cruel quando o bando entrou na cidade e a população sem perceber quem seria dominou toda a cidade matando todos os policias da cidade e um juiz de direito que morava por lá.
  • 21. CARTAZ ESPALHADO PELO GOVERNO DA BAHIA Cartaz de procura de Lampião
  • 22. MARIA BONITA • Entre 1930 e 1931, entra para o bando Maria Déia Neném, que passou a ser conhecida com o apelido de Maria Bonita, Maria era casada com um sapateiro mas não se dava muito bem com o marido, seus pais tinham uma pequena fazenda entre a Bahia e Sergipe, onde abrigava o bando de Lampião, apaixonado pela mulher que acabara de conhecer pediu a ela para entrar no bando e ela aceitou. • Outras mulheres entraram no bando, onde também se destaca a Dadá esposa do Corisco, acompanhando o marido até a sua morte.
  • 23. MARIA BONITA Maria Bonita antes e quando estava no cangaço
  • 24. O FIM DO REINADO • Foi planejada uma operação contra Lampião em 1931, mas só saiu do papel definitivamente em Janeiro de 1932, numa batalha em Maranduba, no limite entre Sergipe e a Bahia, Lampião a frente com 32 homens consegue escapar do cerco policial de 100 homens. • No final de 1932 os policiais mudam de estratégia e combate violentamente as pessoas que devam cobertura ao bando de Lampião, eram chamados de COITEIROS, que geralmente eram cidadãos indefesos com medo de represálias abrigavam os cangaceiros. • Com isso o bando de Lampião não tinha mais como adquirir abrigos e mantimentos, sendo obrigados a irem a lugares cada vez mais remotos.
  • 25. O CERCO A FAZENDA ANGICOS • Depois de algumas andanças em Alagoas, no inicio de 1938, Lampião procurou novamente refúgio em Sergipe, numa fazenda chamada Angicos, às margens do Rio São Francisco. • José Lucena antigo perseguidor de Lampião e comandante da campanha contra o cangaço em Alagoas, resolveu agir sem o consentimento das autoridades sergipanas, juntando-se com o sargento Aniceto Rodrigues e o Aspirante a oficial Francisco Ferreira de Melo, armou um plano sigiloso. • Na madrugada de 28 de Julho de 1938, 45 homens chegaram a região conhecida como Raso da Catarina, onde cinquenta cangaceiros estavam acampados. • Inexplicavelmente , dessa vez o bando não tinha tomado nenhuma precaução como de costume, sem sentinelas próximos aos acampamentos, com 3 metralhadoras fecharam o cerco e abriram fogo no bando de cangaceiros que ali se encontravam, pondo um fim ao cangaço, alguns ainda conseguiram fugir, mas logo deixaram o cangaço de lado.
  • 26. CABEÇAS DOS INTEGRANTES DOBANDO DE LAMPIÃO Isolado na parte debaixo seria a cabeça de Lampião, logo acima a cabeça de Maria Bonita
  • 27. DE VILA BELA A MOSSORÓ
  • 28. MAPA GERAL DE ATUAÇÃO DO CANGAÇO