SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 5
JEAN ANTONIO ADERALDO DA SILVA FILHO (2.8427.1V)
DARWINISMO SOCIAL
O termo Darwinismo surgiu a partir da teoria da evolução das espécies,
elabora pelo britânico Charles Darwin que tinha cinco pontos principais na sua
tese para explicar como aconteceu o surgimento das sociedades, são esses:
 Todos os seres vivos estão sendo transformados, ou seja, evoluem;
 Essas alterações ocorrem de maneira gradual;
 Todo grupo de organismo descende de uma espécie ancestral comum;
 Há a multiplicação de espécies;
 Por fim, há uma seleção natural que atua nesse processo evolutivo.
Após a apresentação desse estudo de evolução, o Darwinismo foi sendo
aos poucos aplicado nas ciências sociais, apesar de Darwin nunca ter afirmado
que esse termo poderia ser usado na sociedade humana, inicialmente pelo
historiador norte-americano Richard Hofstadter, daí intitulou-se Darwinismo
Social, que era usar o termo da evolução das espécies para explicar a
superioridade de uma “raça” para outra na sociedade humana, determinar a
demografia de uma região a partir das classes, por exemplo, em um determinado
espaço só habitaria a “raça” branca, em outro só a negra, só a indígena, só a
asiática, não sendo permitido assim que essas “espécies” pudessem realizar a
reprodução, pois isso atrapalharia a “força” e a “inteligência” que somente os
brancos europeus teriam.
Outro ponto bastante colocado foi o fato de se comparado à Europa, os
negros teriam conhecimento bem inferior se relacionados aos brancos, que além
de “mais inteligentes” eram também mais ricos por causa disso, mais um motivo
usado para se aplicar o termo, pois já seria outro fator que mostravam que a
classe negra seria inferior, e como o conceito que Darwin elaborou só os mais
fortes sobrevivem, os fracos estavam sendo eliminados, modificando o intuito
principal de Darwin, ressaltando mais uma vez que ele nunca afirmou que esse
conceito poderia ser aplicado na sociedade humana.
O maior exemplo histórico do uso extremista do Darwinismo Social e ainda
de Eugenia (intervenção humana para melhoramento da espécie), se deu na
Alemanha. Adolf Hitler foi responsável pela extermínio de milhares de pessoas:
negras, judeus, deficientes físicos e mentais, esse ato tornou-se conhecido como
Holocausto, tudo levando-se em conta a evolução da “melhor raça”. Na
Alemanha ditava-se o seguinte: nenhum alemão poderia casar ou manter
relações sexuais com um membro de chamada “escoria” já que caso alguém o
fizesse, macularia toda uma geração humana.
Na Itália chegou a existir a chamada Antropologia Criminal criada pelo
médico Cesare Lombroso, em que afirmava que dependendo das características
genéticas dos indivíduos, os policiais teriam de ficar atentos, pois aquelas
pessoas teriam uma maior probabilidade de cometer crimes. Se houvesse
suspeita de duas pessoas quanto a um ato criminoso, seria medido o tamanho
da testa de cada um, da orelha e avaliaria se o peito do indivíduo era cabeludo
ou não, tudo isso antes de Hitler.
O Darwinismo Social não se deu apenas naquela época e não somente
na Alemanha nazista, no Brasil atualmente, se bem analisado e não levando em
conta somente o extremo desse conceito derivado, encontramos claramente
este sendo aplicado na sociedade, sendo ele apresentado por meio das
diferenças de classes.
As favelas são os maiores exemplos disso, os residentes de lá que só
contam com o básico para a sobrevivência, e as vezes nem isso, pois ainda
observamos casas sendo invadidas por esgotos e lixos, são tidos na sociedade
como: morou em favela é traficante, ladrão, bandido, isso devido ao alto índice
de violência dessa área, e por isso a sociedade faz essa globalização
preconceituosa. O Darwinismo Social é visto a partir do momento em que se tem
os da cidade “civilizada” com suas mordomais e requintes como a sociedade útil
e essencial, que somente ela se basta para sobreviver e “evoluir”.
Retomando ao uso da Eugenia, hoje também, assim como o Darwinismo
Social, ela encontra-se, para alguns, como mais presente que nunca, mas não
de uma forma violenta. A plástica é o maior exemplo disso, pois a partir do
momento que você rasga seu corpo, passa por intervenções cirúrgicas a fim de
chegar ao ideal de beleza padrão, você está cometendo, segundo alguns pontos
de vista, a Eugenia.
Não poderíamos falar de Darwinismo Social sem falar da Eugenia, dois
conceitos que foram responsáveis por um número avassalador de mortos, e que
ainda hoje continua, mais de uma forma digamos que “pacífica”.
USO DO TERMO “RAÇA” PARA A SOCIEDADE HUMANA
A sociedade humana vem passando por modificações. Tanto no modo de
vida como de comportamento social. Essa que já passou por momentos de
grandes divisões de classes ou mesmo de “raças” como tidas por alguns
“superiores” da sociedade. O uso desse termo, foi bastante perseguido, tanto
pelas ciências biológicas quanto pelas sociais.
Empregar esse termo para a sociedade humana, acarretou problemas no
convívio em que podemos ter presentes na nossa atualidade. Logo, explanemos
o conceito inicial de “raça humana”, que segundo François Bernier (1684) é a
“Nova divisão da terra pelas diferentes espécies ou raças que a habitam”, isso
serviu para que surgissem as definições de homens e mulheres brancos(as)
livres, e logo mais em 1890, a de branco, preto, chinês, japonês e índios para
classificar a sociedade. O criador do termo homo sapiens Carolus Linnaeus
(1758), possivelmente foi um dos principais responsáveis por elaborar esse
termo preconceituoso e de hierarquia sobre os homens, pois este além de
determinar a cor, determinava a característica psicológica de cada um. Ele
afirmava que existia quatro raças: Americano (Homo sapiens americanus:
vermelho, mau temperamento, subjugável); Europeu (europaeus: branco, sério,
forte); Asiático (Homo sapiens asiaticus: amarelo, melancólico, ganancioso);
Africano (Homo sapiens afer: preto, impassível, preguiçoso). Depois dessa,
várias outras surgiram, e essas especificações foram ao longo do tempo se
fortalecendo e as consequências disso sendo cada vez mais catastróficas como
a escravatura, e a criação de campos de concentração para extermínio das
“raças” inferiores as brancas de olhos claros e cabelos lisos, como determinava
Hitler.
As ciências biológicas com seu avanço, conseguiu provar por meio da
bioquímica e da genética humana que:
“O genoma humano é composto de 25 mil genes. As diferenças
mais aparentes (cor da pele, textura dos cabelos, formato do
nariz) são determinadas por um grupo insignificante de genes.
As diferenças entre um negro africano e um branco nórdico
compreendem apenas 0,005% do genoma humano. (Santos et
al, 2010)”
Isso foi considerado uma revolução e uma evolução no pensar sociedade
humana. A partir disto, as políticas para esse inibir o uso deste termo
preconceituoso adotado aos humanos, foi ganhando espaço, porém nem em
todos os cantos. Antropólogos e geneticistas são aliados na afirmação de que
não existe a menor possibilidade de adotar “raça” aos homens, o que é um
pensamento fervoroso e digno de respeito e adoção no pensar de todos.
Não é incomum ouvir a expressão “É negro pra ser de raça ruim”, um
expressão de cunho extremamente preconceituoso e ignorante o qual pode-se
diagnosticar o quanto de atrasado este pensamento é e se tivermos um pouco
de conhecimento histórico, saberemos as catástrofes que esse termo causou.
Raça é um termo em que somente deve ser usado para diferenciar
espécies animais como cachorros, gatos, bovinos e ovinos, dentre os demais. O
ser humano é uma única espécie e só se diferenciam apenas pelo fenótipo. O
homem portanto é divido em etnias, que é classificada, segundo Santos et al
(2010), como “um conceito polivalente, que constrói a identidade de um indivíduo
resumida em: parentesco, religião, língua, território compartilhado e
nacionalidade, além da aparência física.” Dessa forma, o conceito é aceito e
adotado como algo inofensivo ao caráter humano e o respeitoso aos que vivem
em classes econômicas e territórios diferentes.
Portanto, utilizar “raça” humana só pela diferença de cor é algo de atraso
e primitivo, de maneira alguma esse termo deve ser usado, além de
preconceituoso é pesado e ofensivo, ao pé de que geneticamente somos todos
iguais, até por que “a cor da pele é uma característica genética especial, porque
é muito sujeita à seleção natural (Revista USP, São Paulo, n.68).”
Isto posto, por sermos de uma sociedade organizada e evoluída, usar
esse termo em pleno avanço tecnológico e educacional, mais uma vez, é
sinônimo de atraso e de um grupo social que não consegue enxergar que tudo
muda, e que tudo evolui, inclusive o nosso pensar.
REFERÊNCIAS
Darwinismo Social. Disponível em: http://www.simonsen.br/eja/arqui vos-
pdf/socio2-cap5.pdf. Acesso em 19 de fevereiro de 2015.
Darwinismo no Rio de Janeiro. Disponível em:
http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/26/artigo162866-2.asp.
Acesso em 19 de fevereiro de 2015.
Sociologia - Aula 05 - Darwinismo Social, Antropologia Criminal e Eugenia.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9PPaQEeVlco. Acesso em
19 de fevereiro de 2015.
Raça versus etnia: diferenciar para melhor aplicar. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n3/15.pdf. Acesso em 20 de fevereiro de 2015.
Reflexões sobre os conceitos de raça e etnia. Disponível em:
www.ufrb.edu.br/revistaentrelacando/downloads. Acesso em 20 de fevereiro de
2015.
A inexistência biológica versus a existência social de raças humanas: pode a
ciência instruir o etos social? Disponível em: http://www.usp.br/revistausp/68/02-
sergio-telma.pdf. Acesso em: 20 de fevereiro de 2015.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

A formação da terra
A formação da terraA formação da terra
A formação da terra
 
Sociologia Capítulo 18 - Cultura e Ideologia
Sociologia Capítulo 18 - Cultura e IdeologiaSociologia Capítulo 18 - Cultura e Ideologia
Sociologia Capítulo 18 - Cultura e Ideologia
 
Natureza e Cultura
Natureza e CulturaNatureza e Cultura
Natureza e Cultura
 
Origem do universo e a evolução humana
Origem do universo e a evolução humanaOrigem do universo e a evolução humana
Origem do universo e a evolução humana
 
Eras geológicas
Eras geológicasEras geológicas
Eras geológicas
 
Teorias de evolução
Teorias de evoluçãoTeorias de evolução
Teorias de evolução
 
Evolução biológica
Evolução biológicaEvolução biológica
Evolução biológica
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Introdução às Ciências Humanas
Introdução às Ciências HumanasIntrodução às Ciências Humanas
Introdução às Ciências Humanas
 
Evolução biológica.1
Evolução biológica.1Evolução biológica.1
Evolução biológica.1
 
Capítulo 1 - Evolucionismo e Diferença
Capítulo 1 - Evolucionismo e DiferençaCapítulo 1 - Evolucionismo e Diferença
Capítulo 1 - Evolucionismo e Diferença
 
Industrialização brasileira alterações no espaço
Industrialização brasileira   alterações no espaçoIndustrialização brasileira   alterações no espaço
Industrialização brasileira alterações no espaço
 
A origem da humanidade
A origem da humanidadeA origem da humanidade
A origem da humanidade
 
Origem da vida
Origem da vidaOrigem da vida
Origem da vida
 
Classificação biológica
Classificação biológicaClassificação biológica
Classificação biológica
 
Evolucao humana
Evolucao humanaEvolucao humana
Evolucao humana
 
Geografia das indústrias
Geografia das indústriasGeografia das indústrias
Geografia das indústrias
 
Fontes de energia
Fontes de energiaFontes de energia
Fontes de energia
 
Biotecnologia
Biotecnologia Biotecnologia
Biotecnologia
 
EVOLUCIONISMO
EVOLUCIONISMOEVOLUCIONISMO
EVOLUCIONISMO
 

Andere mochten auch

Trabalho de sociologia sobre racismo
Trabalho de sociologia sobre racismoTrabalho de sociologia sobre racismo
Trabalho de sociologia sobre racismoanafatiga
 
Racismo e Etnicidade - Recensão Crítica
Racismo e Etnicidade - Recensão CríticaRacismo e Etnicidade - Recensão Crítica
Racismo e Etnicidade - Recensão CríticaRicardo da Palma
 
Trabalho de sociologia
Trabalho de sociologiaTrabalho de sociologia
Trabalho de sociologiaBianca Wild
 
Resumo de Introdução a Sociologia
Resumo de Introdução a SociologiaResumo de Introdução a Sociologia
Resumo de Introdução a SociologiaJosenilson S'ilva
 
Darwin y el darwinismo (resumen)
Darwin y el darwinismo (resumen)Darwin y el darwinismo (resumen)
Darwin y el darwinismo (resumen)Miguel Camacho
 
Darwinismo
DarwinismoDarwinismo
DarwinismoCatir
 
Teorias de la evolucion de Lamarck & Charles Darwin
Teorias de la evolucion de Lamarck & Charles Darwin Teorias de la evolucion de Lamarck & Charles Darwin
Teorias de la evolucion de Lamarck & Charles Darwin Kareeeeen
 
Racismo trabalho
Racismo trabalhoRacismo trabalho
Racismo trabalhoPTAI
 

Andere mochten auch (13)

Gt1 racismo e_infância
Gt1 racismo e_infânciaGt1 racismo e_infância
Gt1 racismo e_infância
 
Trabalho de sociologia sobre racismo
Trabalho de sociologia sobre racismoTrabalho de sociologia sobre racismo
Trabalho de sociologia sobre racismo
 
RASCISMO CIENTIFICO
RASCISMO CIENTIFICORASCISMO CIENTIFICO
RASCISMO CIENTIFICO
 
Racismo e Etnicidade - Recensão Crítica
Racismo e Etnicidade - Recensão CríticaRacismo e Etnicidade - Recensão Crítica
Racismo e Etnicidade - Recensão Crítica
 
Darwinismo social
Darwinismo socialDarwinismo social
Darwinismo social
 
Trabalho de sociologia
Trabalho de sociologiaTrabalho de sociologia
Trabalho de sociologia
 
Resumo de Introdução a Sociologia
Resumo de Introdução a SociologiaResumo de Introdução a Sociologia
Resumo de Introdução a Sociologia
 
Teorias de la evolucion
Teorias de la evolucionTeorias de la evolucion
Teorias de la evolucion
 
Darwin y el darwinismo (resumen)
Darwin y el darwinismo (resumen)Darwin y el darwinismo (resumen)
Darwin y el darwinismo (resumen)
 
Darwinismo
DarwinismoDarwinismo
Darwinismo
 
Neocolonialismo
NeocolonialismoNeocolonialismo
Neocolonialismo
 
Teorias de la evolucion de Lamarck & Charles Darwin
Teorias de la evolucion de Lamarck & Charles Darwin Teorias de la evolucion de Lamarck & Charles Darwin
Teorias de la evolucion de Lamarck & Charles Darwin
 
Racismo trabalho
Racismo trabalhoRacismo trabalho
Racismo trabalho
 

Ähnlich wie Darwinismo social e Uso do Termo Raça para a sociedade humana

Aula 19 - Identidade Cultural - padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - padronização e diversidadeAula 19 - Identidade Cultural - padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - padronização e diversidadeClaudio Henrique Ramos Sales
 
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidadeAula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidadeClaudio Henrique Ramos Sales
 
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - AntropologiaExercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - AntropologiaPsicologia_2015
 
Antropologiajurdica anotaesdeaula-130226213353-phpapp02
Antropologiajurdica anotaesdeaula-130226213353-phpapp02Antropologiajurdica anotaesdeaula-130226213353-phpapp02
Antropologiajurdica anotaesdeaula-130226213353-phpapp02Claudia araujo
 
Etnocentrismo, racismo e preconceito.
Etnocentrismo, racismo e preconceito.Etnocentrismo, racismo e preconceito.
Etnocentrismo, racismo e preconceito.Fábio Fernandes
 
Breve trajetória da antropologia &
Breve trajetória  da antropologia                 &Breve trajetória  da antropologia                 &
Breve trajetória da antropologia &Marcello Lemanski
 
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...Junior Ferreira
 
apresentacaomoduloii-aula_i_-_racismo,_discriminacao_e_preconceito.ppt
apresentacaomoduloii-aula_i_-_racismo,_discriminacao_e_preconceito.pptapresentacaomoduloii-aula_i_-_racismo,_discriminacao_e_preconceito.ppt
apresentacaomoduloii-aula_i_-_racismo,_discriminacao_e_preconceito.pptlaerciojunior26
 
Antropologia jurídica.
Antropologia jurídica. Antropologia jurídica.
Antropologia jurídica. Direito2012sl08
 
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdfFabioAbagabir1
 
Antropologia 2.011.1
Antropologia   2.011.1Antropologia   2.011.1
Antropologia 2.011.1MarcoAMuniz
 
racismodisriminacaoepreconceito- prof. me. michaelmarques.pptx
racismodisriminacaoepreconceito- prof. me. michaelmarques.pptxracismodisriminacaoepreconceito- prof. me. michaelmarques.pptx
racismodisriminacaoepreconceito- prof. me. michaelmarques.pptxMichael Marques
 
O racismo e a xenofobia
O racismo e a xenofobiaO racismo e a xenofobia
O racismo e a xenofobiaCarlos Lopes
 
O comportamentalismo
O comportamentalismoO comportamentalismo
O comportamentalismoLaizi Santos
 
Direitos humanos e criminalização da pobreza- Coimbra, cecília.
Direitos humanos e criminalização da pobreza- Coimbra, cecília.Direitos humanos e criminalização da pobreza- Coimbra, cecília.
Direitos humanos e criminalização da pobreza- Coimbra, cecília.Rosane Domingues
 

Ähnlich wie Darwinismo social e Uso do Termo Raça para a sociedade humana (20)

Aula 19 - Identidade Cultural - padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - padronização e diversidadeAula 19 - Identidade Cultural - padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - padronização e diversidade
 
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidadeAula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
Aula 19 - Identidade Cultural - Padronização e diversidade
 
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - AntropologiaExercícios de Etnocentrismo - Antropologia
Exercícios de Etnocentrismo - Antropologia
 
Antropologiajurdica anotaesdeaula-130226213353-phpapp02
Antropologiajurdica anotaesdeaula-130226213353-phpapp02Antropologiajurdica anotaesdeaula-130226213353-phpapp02
Antropologiajurdica anotaesdeaula-130226213353-phpapp02
 
Etnocentrismo, racismo e preconceito.
Etnocentrismo, racismo e preconceito.Etnocentrismo, racismo e preconceito.
Etnocentrismo, racismo e preconceito.
 
Breve trajetória da antropologia &
Breve trajetória  da antropologia                 &Breve trajetória  da antropologia                 &
Breve trajetória da antropologia &
 
As diferenças da diferença
As diferenças da diferençaAs diferenças da diferença
As diferenças da diferença
 
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
 
Cultura um conceito antropológico
Cultura  um conceito antropológicoCultura  um conceito antropológico
Cultura um conceito antropológico
 
Racismo, discriminacao e_preconceito
Racismo, discriminacao e_preconceitoRacismo, discriminacao e_preconceito
Racismo, discriminacao e_preconceito
 
apresentacaomoduloii-aula_i_-_racismo,_discriminacao_e_preconceito.ppt
apresentacaomoduloii-aula_i_-_racismo,_discriminacao_e_preconceito.pptapresentacaomoduloii-aula_i_-_racismo,_discriminacao_e_preconceito.ppt
apresentacaomoduloii-aula_i_-_racismo,_discriminacao_e_preconceito.ppt
 
Antropologia jurídica.
Antropologia jurídica. Antropologia jurídica.
Antropologia jurídica.
 
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
 
Antropologia 2.011.1
Antropologia   2.011.1Antropologia   2.011.1
Antropologia 2.011.1
 
Apostila raçaetnicidade
Apostila raçaetnicidadeApostila raçaetnicidade
Apostila raçaetnicidade
 
racismodisriminacaoepreconceito- prof. me. michaelmarques.pptx
racismodisriminacaoepreconceito- prof. me. michaelmarques.pptxracismodisriminacaoepreconceito- prof. me. michaelmarques.pptx
racismodisriminacaoepreconceito- prof. me. michaelmarques.pptx
 
O racismo e a xenofobia
O racismo e a xenofobiaO racismo e a xenofobia
O racismo e a xenofobia
 
O comportamentalismo
O comportamentalismoO comportamentalismo
O comportamentalismo
 
Racismo
RacismoRacismo
Racismo
 
Direitos humanos e criminalização da pobreza- Coimbra, cecília.
Direitos humanos e criminalização da pobreza- Coimbra, cecília.Direitos humanos e criminalização da pobreza- Coimbra, cecília.
Direitos humanos e criminalização da pobreza- Coimbra, cecília.
 

Kürzlich hochgeladen

3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptxMarlene Cunhada
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedJaquelineBertagliaCe
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfKarinaSouzaCorreiaAl
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfgerathird
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxLuciana Luciana
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptNathaliaFreitas32
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralAntonioVieira539017
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 

Kürzlich hochgeladen (20)

3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 

Darwinismo social e Uso do Termo Raça para a sociedade humana

  • 1. JEAN ANTONIO ADERALDO DA SILVA FILHO (2.8427.1V) DARWINISMO SOCIAL O termo Darwinismo surgiu a partir da teoria da evolução das espécies, elabora pelo britânico Charles Darwin que tinha cinco pontos principais na sua tese para explicar como aconteceu o surgimento das sociedades, são esses:  Todos os seres vivos estão sendo transformados, ou seja, evoluem;  Essas alterações ocorrem de maneira gradual;  Todo grupo de organismo descende de uma espécie ancestral comum;  Há a multiplicação de espécies;  Por fim, há uma seleção natural que atua nesse processo evolutivo. Após a apresentação desse estudo de evolução, o Darwinismo foi sendo aos poucos aplicado nas ciências sociais, apesar de Darwin nunca ter afirmado que esse termo poderia ser usado na sociedade humana, inicialmente pelo historiador norte-americano Richard Hofstadter, daí intitulou-se Darwinismo Social, que era usar o termo da evolução das espécies para explicar a superioridade de uma “raça” para outra na sociedade humana, determinar a demografia de uma região a partir das classes, por exemplo, em um determinado espaço só habitaria a “raça” branca, em outro só a negra, só a indígena, só a asiática, não sendo permitido assim que essas “espécies” pudessem realizar a reprodução, pois isso atrapalharia a “força” e a “inteligência” que somente os brancos europeus teriam. Outro ponto bastante colocado foi o fato de se comparado à Europa, os negros teriam conhecimento bem inferior se relacionados aos brancos, que além de “mais inteligentes” eram também mais ricos por causa disso, mais um motivo usado para se aplicar o termo, pois já seria outro fator que mostravam que a classe negra seria inferior, e como o conceito que Darwin elaborou só os mais fortes sobrevivem, os fracos estavam sendo eliminados, modificando o intuito principal de Darwin, ressaltando mais uma vez que ele nunca afirmou que esse conceito poderia ser aplicado na sociedade humana. O maior exemplo histórico do uso extremista do Darwinismo Social e ainda de Eugenia (intervenção humana para melhoramento da espécie), se deu na
  • 2. Alemanha. Adolf Hitler foi responsável pela extermínio de milhares de pessoas: negras, judeus, deficientes físicos e mentais, esse ato tornou-se conhecido como Holocausto, tudo levando-se em conta a evolução da “melhor raça”. Na Alemanha ditava-se o seguinte: nenhum alemão poderia casar ou manter relações sexuais com um membro de chamada “escoria” já que caso alguém o fizesse, macularia toda uma geração humana. Na Itália chegou a existir a chamada Antropologia Criminal criada pelo médico Cesare Lombroso, em que afirmava que dependendo das características genéticas dos indivíduos, os policiais teriam de ficar atentos, pois aquelas pessoas teriam uma maior probabilidade de cometer crimes. Se houvesse suspeita de duas pessoas quanto a um ato criminoso, seria medido o tamanho da testa de cada um, da orelha e avaliaria se o peito do indivíduo era cabeludo ou não, tudo isso antes de Hitler. O Darwinismo Social não se deu apenas naquela época e não somente na Alemanha nazista, no Brasil atualmente, se bem analisado e não levando em conta somente o extremo desse conceito derivado, encontramos claramente este sendo aplicado na sociedade, sendo ele apresentado por meio das diferenças de classes. As favelas são os maiores exemplos disso, os residentes de lá que só contam com o básico para a sobrevivência, e as vezes nem isso, pois ainda observamos casas sendo invadidas por esgotos e lixos, são tidos na sociedade como: morou em favela é traficante, ladrão, bandido, isso devido ao alto índice de violência dessa área, e por isso a sociedade faz essa globalização preconceituosa. O Darwinismo Social é visto a partir do momento em que se tem os da cidade “civilizada” com suas mordomais e requintes como a sociedade útil e essencial, que somente ela se basta para sobreviver e “evoluir”. Retomando ao uso da Eugenia, hoje também, assim como o Darwinismo Social, ela encontra-se, para alguns, como mais presente que nunca, mas não de uma forma violenta. A plástica é o maior exemplo disso, pois a partir do momento que você rasga seu corpo, passa por intervenções cirúrgicas a fim de chegar ao ideal de beleza padrão, você está cometendo, segundo alguns pontos de vista, a Eugenia.
  • 3. Não poderíamos falar de Darwinismo Social sem falar da Eugenia, dois conceitos que foram responsáveis por um número avassalador de mortos, e que ainda hoje continua, mais de uma forma digamos que “pacífica”. USO DO TERMO “RAÇA” PARA A SOCIEDADE HUMANA A sociedade humana vem passando por modificações. Tanto no modo de vida como de comportamento social. Essa que já passou por momentos de grandes divisões de classes ou mesmo de “raças” como tidas por alguns “superiores” da sociedade. O uso desse termo, foi bastante perseguido, tanto pelas ciências biológicas quanto pelas sociais. Empregar esse termo para a sociedade humana, acarretou problemas no convívio em que podemos ter presentes na nossa atualidade. Logo, explanemos o conceito inicial de “raça humana”, que segundo François Bernier (1684) é a “Nova divisão da terra pelas diferentes espécies ou raças que a habitam”, isso serviu para que surgissem as definições de homens e mulheres brancos(as) livres, e logo mais em 1890, a de branco, preto, chinês, japonês e índios para classificar a sociedade. O criador do termo homo sapiens Carolus Linnaeus (1758), possivelmente foi um dos principais responsáveis por elaborar esse termo preconceituoso e de hierarquia sobre os homens, pois este além de determinar a cor, determinava a característica psicológica de cada um. Ele afirmava que existia quatro raças: Americano (Homo sapiens americanus: vermelho, mau temperamento, subjugável); Europeu (europaeus: branco, sério, forte); Asiático (Homo sapiens asiaticus: amarelo, melancólico, ganancioso); Africano (Homo sapiens afer: preto, impassível, preguiçoso). Depois dessa, várias outras surgiram, e essas especificações foram ao longo do tempo se fortalecendo e as consequências disso sendo cada vez mais catastróficas como a escravatura, e a criação de campos de concentração para extermínio das “raças” inferiores as brancas de olhos claros e cabelos lisos, como determinava Hitler. As ciências biológicas com seu avanço, conseguiu provar por meio da bioquímica e da genética humana que: “O genoma humano é composto de 25 mil genes. As diferenças mais aparentes (cor da pele, textura dos cabelos, formato do nariz) são determinadas por um grupo insignificante de genes.
  • 4. As diferenças entre um negro africano e um branco nórdico compreendem apenas 0,005% do genoma humano. (Santos et al, 2010)” Isso foi considerado uma revolução e uma evolução no pensar sociedade humana. A partir disto, as políticas para esse inibir o uso deste termo preconceituoso adotado aos humanos, foi ganhando espaço, porém nem em todos os cantos. Antropólogos e geneticistas são aliados na afirmação de que não existe a menor possibilidade de adotar “raça” aos homens, o que é um pensamento fervoroso e digno de respeito e adoção no pensar de todos. Não é incomum ouvir a expressão “É negro pra ser de raça ruim”, um expressão de cunho extremamente preconceituoso e ignorante o qual pode-se diagnosticar o quanto de atrasado este pensamento é e se tivermos um pouco de conhecimento histórico, saberemos as catástrofes que esse termo causou. Raça é um termo em que somente deve ser usado para diferenciar espécies animais como cachorros, gatos, bovinos e ovinos, dentre os demais. O ser humano é uma única espécie e só se diferenciam apenas pelo fenótipo. O homem portanto é divido em etnias, que é classificada, segundo Santos et al (2010), como “um conceito polivalente, que constrói a identidade de um indivíduo resumida em: parentesco, religião, língua, território compartilhado e nacionalidade, além da aparência física.” Dessa forma, o conceito é aceito e adotado como algo inofensivo ao caráter humano e o respeitoso aos que vivem em classes econômicas e territórios diferentes. Portanto, utilizar “raça” humana só pela diferença de cor é algo de atraso e primitivo, de maneira alguma esse termo deve ser usado, além de preconceituoso é pesado e ofensivo, ao pé de que geneticamente somos todos iguais, até por que “a cor da pele é uma característica genética especial, porque é muito sujeita à seleção natural (Revista USP, São Paulo, n.68).” Isto posto, por sermos de uma sociedade organizada e evoluída, usar esse termo em pleno avanço tecnológico e educacional, mais uma vez, é sinônimo de atraso e de um grupo social que não consegue enxergar que tudo muda, e que tudo evolui, inclusive o nosso pensar.
  • 5. REFERÊNCIAS Darwinismo Social. Disponível em: http://www.simonsen.br/eja/arqui vos- pdf/socio2-cap5.pdf. Acesso em 19 de fevereiro de 2015. Darwinismo no Rio de Janeiro. Disponível em: http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/26/artigo162866-2.asp. Acesso em 19 de fevereiro de 2015. Sociologia - Aula 05 - Darwinismo Social, Antropologia Criminal e Eugenia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9PPaQEeVlco. Acesso em 19 de fevereiro de 2015. Raça versus etnia: diferenciar para melhor aplicar. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n3/15.pdf. Acesso em 20 de fevereiro de 2015. Reflexões sobre os conceitos de raça e etnia. Disponível em: www.ufrb.edu.br/revistaentrelacando/downloads. Acesso em 20 de fevereiro de 2015. A inexistência biológica versus a existência social de raças humanas: pode a ciência instruir o etos social? Disponível em: http://www.usp.br/revistausp/68/02- sergio-telma.pdf. Acesso em: 20 de fevereiro de 2015.