O documento discute o trabalho em equipa na intervenção precoce, definindo equipas multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares. Também aborda a comunicação e interação dentro das equipas, fatores que as afetam como tempo e espaço, e estratégias para melhorar a colaboração entre serviços.
Trabalho em Equipa na Intervenção Precoce: Reflexões sobre o Projecto de Ip de Vila Nova de Gaia
1. Intervenção Precoce
e o
Trabalho de Equipa
Joaquim Colôa V. N. de Gaia - 2004
J. Colôa
V. N. de Gaia
Junho 2004
jcoload@portugalmail.pt
2. Porquê o trabalho em equipas
As sociedades actuais complexas
e multidimencionais, na
perspectiva do modelo
ecosistémico, estabelecem a
diferença e interacção entre as
partes e o todo, entre o processo
e a tarefa enquanto actividade.
J. Colôa
V. N. de Gaia
Junho 2004
3. Implica um trabalho de equipa
Intervenção
Crianças
e
famílias
Necessidades
múltiplas
Desenvolvimentais
Sociais
Educativas
Emocionais
…/
de
diferentes
profissionais
Coordenação
de esforços
/
Trabalho em
equipa
J. Colôa
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Junho 2004
4. Com o trabalho em equipas
J. Colôa
V. N. de Gaia
Junho 2004
Altera-se uma prática pela qual
cada grupo profissional e/ou
cada serviço específico tinha
uma acção isolada,
desenvolvida à imagem de
“olhares particulares”.
5. Bertrand & Guillemet
Equipa
“Define-se como um grupo de
pessoas que têm um objectivo
comum que seja motivador e
valido e que necessite da
energia que todos os membros
disponibilizam”.
J. Colôa
V. N. de Gaia
Junho 2004
6. Equipa é um grupo específico que…
•Tenha determinada orientação
para uma tarefa concreta;
•Partilhe linguagem e objectivos
comuns;
•Possua capacidade de
motivação;
•Tenha divisão de papeis mas
integrando cada profissional as
competências de outros;
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V. N. de Gaia
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7. •Assuma a cooperação entre os
vários elementos no sentido de
operacionalizar, rentabilizar e
utilizar de forma efectiva as
competências individuais;
•Possua determinada liderança;
•Possua coesão entre os vários
elementos.
Equipa é um grupo específico que…
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Junho 2004
8. Equipa constituída por uma
grande diversidade de
disciplinas, em que cada
elemento da mesma trabalha
independentemente, dando
respostas não coordenadas pela
equipa enquanto um todo.
Equipa - Multidisciplinar
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10. Existe diversidade de disciplinas,
observando-se alguma
comunicação entre os vários
elementos da equipa, no sentido de
se elaborar planificação para se
proceder a uma intervenção global.
No entanto esta intervenção não é
mais do que “a soma das partes”,
uma vez que cada elemento
continua a agir isoladamente.
Equipa - Interdisciplinar
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12. Resulta de uma colaboração,
comunicação e partilha de
responsabilidades entre os membros
da equipa. Cada membro da
equipa ensina as aptidões da sua
disciplina aos outros elementos.
Resultando numa “diluição” de
papeis que torna cada disciplina
menos distinta.
Equipa -Transdisciplinar
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14. Equipas onde o encontro de técnicos de
diversos serviços de uma comunidade
especifica trabalham de forma a encontrarem
respostas integradas. O binómio trans-
serviços/transdisciplinariedade mais do que
olhar para a tarefa centra-se nos processos,
eliminando tarefas desnecessárias,
reorganizando e combinando tarefas,
partilhando informações entre os vários
técnicos envolvidos num processo especifico,
com o objectivo de obter grandes melhorias
em termos de tempo, precisão, flexibilidade,
qualidade, serviço e custos.
Equipa – Trans-serviços
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15. Ecologia de uma equipa
Factores políticos e da
comunidade
Equipa
relação
Características
individuais
Felgueiras, 2000
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16. Equipa – Dinâmica
Características Individuais
Aptidões – Conhecimentos – Personalidade - Atitudes
Características de Grupo
Papeis – coesão – Estádios
de desenvolvimento –
Relação entre Status –
Normas -Tamanho
Factores Situacionais
Objectivos – Estabilidade
– Recursos e tipo de
organização
Processo de Grupo
Liderança –
Comunicação –
conflito -
Estratégia de
tomada de decisão
RESULTADOS
OBTIDOS PELO
GRUPO
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V. N. de Gaia
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19. Joaquim Colôa
Àgueda - 2003
caracterizados por um maior dinamismo:
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Elementos de processo
- A influência social;
- A polarização e o consenso ;
- A coesão;
- A liderança;
- O poder e autoridade;
- O desenvolvimento da equipa.
20. Joaquim Colôa
Àgueda - 2003
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Outros elementos
- tempo;
- Espaço;
- Autonomia.
21. Um conjunto de relações (formais
e informais) que se estabelecem
no seio da equipa no sentido de
se coordenarem acções e um
conjunto de relações
interpessoais estabelecidas,
visando determinada
complementaridade.
A interacção nas equipas de IP
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Junho 2004
22. Comunicar significa: transmitir,
dar conhecimento de, partilhar,
relacionar, estar ligado, estar em
relação com. Uma forma de
“ser” e uma forma de “estar”.
A comunicação nas equipas de IP
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23. É a partir das interacções e da
comunicação que cada equipa
constrói que se estabelecem os
limites e a entidade da mesma.
A interacção e comunicação nas equipas de IP
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24. Equipa parte de uma unidade colectiva concreta
Relações
internas
Relações
Com o exterior
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25. Cada equipa de IP é mais que a
soma dos profissionais e mais do
que a soma das suas formações.
Parece-nos interessante que estas
sejam encaradas com identidade
e dinâmicas próprias e por
inerência organizada formação
centrada em equipas concretas.
Alguns aspectos para reflexão
J. Colôa
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26. • Promovam a acção conjunta, as
atitudes colaborativas apropriadas
não imergem naturalmente
somente porque se constituem
equipas;
•Identifiquem as barreiras à
cooperação de modo a que estas
sejam eliminadas e se reconheçam
os contextos que facilitem essa
cooperação;
Alguns aspectos para reflexão
J. Colôa
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27. ·Estabeleçam e identifiquem, de
modo claro, objectivos colectivos;
·Definam compromissos e
negoceiem regras de modo a
estabelecerem-se os limites da
acção individual e colectiva;
J. Colôa
V. N. de Gaia
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Alguns aspectos para reflexão
28. · Facilitem,a cada um dos
técnicos, o ajustamento entre os
papeis e as funções dos diversos
técnicos;
Alguns aspectos para reflexão
J. Colôa
V. N. de Gaia
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•Facilitem a partilha de
informação, na área da IP, entre
serviços e entre as equipas de
intervenção;
29. •Monitorizem a dinâmica de
grupo identificando forças e
fraquezas e tendo presente os
resultados obtidos no
desenvolvimento da tarefa;
Alguns aspectos para reflexão
J. Colôa
V. N. de Gaia
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•Supervisionem as equipas de
intervenção procedendo aos
necessários feed-backs
individuais e colectivos;
30. •Adoptem atitudes críticas e
interventivas de forma a que a
equipa seja o meio privilegiado
na partilha de informação, sem
esquecer que esta deve trocar
determinadas informações com
outras estruturas organizativas;
Alguns aspectos para reflexão
J. Colôa
V. N. de Gaia
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31. · Fomentem a valorização e o
apoio da equipa por parte de
todos os agentes da comunidade;
Alguns aspectos para reflexão
J. Colôa
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Junho 2004
•Promovam acções
comunitárias, equacionando
públicos diferenciados, com o
objectivo de disseminar
informação nesta área;
32. •Promovam a formação dos
profissionais das equipas sempre
que possível conjuntamente com
técnicos de outros serviços;
•Facilitem o desenvolvimento de
competências que permitam
promover o trabalho em equipa e
a auto-formação;
Alguns aspectos para reflexão
J. Colôa
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33. •Facilitem e promovam a
comunicação tanto na sua
perspectiva lateral como vertical;
Alguns aspectos para reflexão
J. Colôa
V. N. de Gaia
Junho 2004
· Construam lideranças
partilhadas e representativas da
equipa enquanto colectivo;
34. Estratégias para dinamizar a colaboração
interserviços
Desenvolver novas formas de resposta às
necessidades da comunidade. (Fazer um
levantamento de necessidades).
Estabelecer uma rede e encontrar momentos para
debater questões relacionadas com as necessidades
da comunidade em termos de Intervenção Precoce.
Ser responsivo em relação aos outros técnicos e
serviços a trabalhar na mesma área.
Reconhecer e respeitar o poder e as “questões
territoriais” do outro trabalhando simultaneamente
para esbater fronteiras.
Manter uma comunicação frequente e aberta com
os outros técnicos e serviços.
Hanson, & Lynch (1989)
J. Colôa
V. N. de Gaia
Junho 2004
35. J. Colôa
V. N. de Gaia
Junho 2004
Joaquim Colôa V. N. de Gaia - 2004
36. Bem-hajam
e
um bom trabalho
J. Colôa
V. N. de Gaia
Junho 2004
Joaquim Colôa V. N. de Gaia - 2004
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37. Tarefa
Rápido encaminhamento das situações;
Aumentou a qualidade de apoio;
Melhor avaliação das necessidades;
Qualidade do apoio prestado às famílias.
38. Difícil a comunicação com alguns serviços;
Dificuldade na formalização dos protocolos;
Dificuldades em trabalhar em equipa;
Dificuldade em perceber a metodologia de
trabalho;
Centrarem na criança;
Insuficiente divulgação da filosofia do projecto;
Informação disponível não foi interpretada da
mesma forma.
Linguagem e objectivos comuns
45. Tempo
Boa gestão do tempo;
Pouco tempo para reflexão conjunta;
Dificuldade na gestão e execução de trabalhos
extra intervenção directa;
O tempo de trabalho foi insuficiente;
Indisponibilidade para flexibilizarem os horários
/ horários a meio tempo
O tempo de reunião foi pouco;
Dificuldade em reunir fora do horário
estabelecido;
Reuniões da equipa mais extensas e
frequentes.
46. Facto do espaço físico onde se realizavam as
reuniões não favorecer a confidencialidade;
Espaço inapropriado.
Espaços
48. Alteração na metodologia de trabalho;
Programação conjunta;
Reorganizar a intervenção;
Partilha de conhecimentos;
Enriquecimento dos conhecimentos;
O respeito mútuo, a interajuda e tentativa de
trabalho transdisciplinar;
Partilha e actualização da informação;
Partilha de saberes.
Coordenação e complementaridade
49. comunicação
Difícil comunicação com alguns serviços;
Dificuldade em formalizar protocolos;
Dificuldade em trocar informações com outros
profissionais;
Boa Capacidade de diálogo e discussão;
Boa troca de informação entre os serviços.
50. Falta de condições que algumas educaoras
têm para poderem trabalhar em equipa com
outros técnicos.
Inexperiência;
Trabalho em equipa
51. O facto de não termos tido supervisão.
Supervisão