O documento descreve os principais conceitos da psicologia das emoções e da sexualidade segundo diferentes teorias e perspectivas. Aborda temas como emoções primárias e secundárias, teorias fisiológicas e cognitivas das emoções, afectividade e juízo, mecanismos de defesa do ego, e a perspectiva freudiana sobre o desenvolvimento da sexualidade e a dinâmica do id, ego e superego.
2. Emoções,
Sen,mentos
e
Afectos
Reacção complexa a estímulos externos e internos, traduzida em
alterações fisiológicas, comportamentais, cognitivas e em
expressões faciais
EMOÇÕES SOCIAIS
Vergonha, por ex.
EMOÇÕES PRIMÁRIAS
Medo, por ex.
3. Emoções Primárias
• As emoções primárias são:
– Universais (partilhadas por indivíduos de todas as
culturas – exemplo: medo, cólera, etc)
– Evolutivas (fazem parte do processo adaptativo da
espécie humana)
– Ligadas a processos neurais e fisiológicos específicos
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4. Emoções Secundárias
• As emoções secundárias contêm as características
fisiológicas das emoções primárias, mas
distinguem-se:
– Pelo seu carácter social (dizem respeito às relações
sociais)
– Pelo facto de os aspectos socioculturais das emoções
secundárias sofrerem influências significativas da
aprendizagem (por exemplo: vergonha)
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5. Afecto
• O afecto define-se como:
– Uma sensação subjectiva e imediata (positiva ou
negativa) que o indivíduo experimenta em relação a um
objecto, situação ou pessoa e que orienta o seu
comportamento
• O afecto exprime-se através de:
– Emoções e sentimentos
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6. Emoção e Sentimento
• As emoções:
– São reacções em geral publicamente observáveis
– Não requerem consciência
– A sua duração é limitada
– Desenrolam-se no “teatro do corpo”
• Os sentimentos:
– São experiências mentais privadas (não podem ser
observadas por outras pessoas)
– Resultam do trabalho mental de elaboração das
experiências emocionais (os sentimentos são
sentimentos de emoções)
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10. Teorias Fisiológicas
Argumentos da Teoria de James-Lange
Em primeiro lugar, uma situação provoca um
excitação fisiológica.
A excitação fisiológica conduz a uma resposta
física.
Só então interpretamos ou percepcionamos a
resposta física como emoção.
11. Teorias
Fisiológicas
Teoria
de
james-‐Lange
1
Resposta
do
Excitação
fisiológica
2
Organismo
3
4
Interpretação
da
Resposta
do
Organismo
13. Teorias Fisiológicas
Argumentos da Teoria de Cannon-Bard
A experiência fisiológica da emoção não varia de
emoção para emoção.
O aspecto fisiológico ou corporal da emoção
acontece, por vezes, depois da experiência
subjectiva da emoção.
Respostas fisiológicas artificialmente criadas
não dão origem a emoções.
14. Teorias
Fisiológicas
Teoria
de
Cannon-‐Bard
1
Resposta
Emocional
do
Reacção
Cérebro
2
Fisiológica
3
4
O
Sen>mento
da
emoção
é
provocado
pelo
tratamento
cerebral
da
informação.
21. Afec,vidade
e
Juízo
Raciocínios complementares
podem ser necessários
Sinal de alarme
As operações lógicas teriam de
operar com demasiadas
variáveis
Limitam o espaço de
decisão
22. Afec,vidade
e
Juízo
Estabelece-se sempre uma ligação entre o tipo de situação e o estado
somático.
As manifestações corporais simulam as consequências esperadas,
orientando as escolhas.
27. 1
SEXUALIDADE…
O
Papel
das
emoções,
dos
sen,mentos,
da
afec,vidade
e
do
juízo
nas
tomadas
de
decisão
28. Sexualidade
e
Mo,vação
A
sexualidade
é
um
processo
complexo
que
implica
todos
os
,pos
de
tendências
humanas
Tendências
Tendências
Primárias
secundárias
Manifestam-‐se
desde
o
São
aprendidas,
adquiridas
nascimento
e
são
no
processo
de
independentes
da
Sexualidade
socialização
e
aprendizagem
correspondem
a
necessidades
sociais
29. Sexualidade
e
Mo,vação
SCENE
A
sexualidade
é
um
processo
complexo
que
implica
todos
os
,pos
de
tendências
humanas
Tendências
Tendências
Individuais
Sociais
Estão
na
base
das
Relacionam-‐se
com
os
interacções
sociais
e
têm
a
interesses
do
indivíduo
e
ver
com
o
estabelecimento
visam
o
seu
Sexualidade
das
relações
com
os
desenvolvimento
e
outros.
preservação
Tendências
Ideais
Relacionam-‐se
com
a
promoção
de
valores.
32. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
ID
Base dinâmica de toda a vida psíquica
Reservatório de energia pulsional
Tende à auto-satisfação imediata, procurando
obter o prazer e evitar a dor.
33. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Ego
Representante da realidade e do mundo externo
Deriva da tensão entre as pulsões do Id e as
exigências morais do Superego
Tende a procurar o equilíbrio entre as forças
contrárias do Id e do Superego..
34. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Superego
Interiorização das normas externas, é constituído
por normas e ideais morais
Tende a controlar o Id, através do Ego
Reprime as infracções à moralidade.
35. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Ansiedade
Ansiedade Real - Medo de perigos ou ameaças
externas
Ansiedade Neurótica – receio de que os impulsos
do Id fujam ao controlo do Ego.
Ansiedade moral – receio de ser punido por violar
normas morais interiorizadas.
37. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Recalcamento
Reprime e afasta da consciência impulsos do Id e
recordações traumáticas
Bloqueia pulsões, desejos, sentimentos e
recordações.
Mecanismo inconsciente que nos permite não tomar
consciência de conflitos causadores de ansiedade.
O que é recalcado não é eliminado: pode manifestar-
se de formas disfarçadas, nem sempre inofensivas
(caso das neuroses).
38. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Racionalização
Protege a auto-estima e evita sentimentos de
inferioridade
Recorre a argumentos ou justificações racionais que
mascaram os fracassos ou frustrações.
39. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Projecção
Redução da ansiedade através da atribuição dos
nossos impulsos, desejos e sentimentos
inaceitáveis à pessoa que deles é alvo.
O objecto da pulsão torna-se em sujeito: “o alvo
transforma-se em atirador”.
40. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Deslocamento
Substituição do objecto original de um impulso por
outro sobre o qual liberta a tensão.
41. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Sublimação
Orientação dos impulsos indesejáveis para
actividades socialmente aprovadas e valorizadas.
(Segundo Freud, a sublimação é um mecanismo de
defesa do Ego crucial para o desenvolvimento da
cultura e da civilização)
42. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Compensação
Visa a superação de situações ou sentimentos de
inferioridade, através do envolvimento em
actividades que promovam a auto-afirmação.
43. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Regressão
Adopção de formas de comportamento
características de estádios anteriores do
desenvolvimento psicossexual.
A regressão é o retorno simbólico a um estádio
anterior, no qual ocorreu uma fixação.
44. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Desenvolvimento da Sexualidade
Em cada estádio psicossexual, os impulsos do Id,
em busca de prazer, concentram-se numa
determinada área do corpo e em actividades ligadas
àquela área.
As áreas do corpo que, nos seis primeiros anos de
vida, são objecto de manifestações do Id, são as que
estão presentes de forma mais significativa no
prazer sexual na idade adulta.
45. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Desenvolvimento da Sexualidade
FASE ORAL – Primeiro ano de vida.
Os bebés obtêm prazer da amamentação e da
sucção.
46. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Desenvolvimento da Sexualidade
FASE ANAL – Segundo ano de vida.
As crianças obtêm prazer da retenção e da expulsão
das fezes.
47. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Desenvolvimento da Sexualidade
FASE FÁLICA – Dos 3 aos 6 anos.
As crianças obtêm prazer da manipulação dos
genitais.
48. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Desenvolvimento da Sexualidade
COMPLEXO DE ÉDIPO– Entre os 5 e os 6 anos.
Os impulsos sexuais do rapaz dirigem-se para a
mãe;
O pai é fantasiado como rival com quem o rapaz tem
de se identificar.
Ansiedade de castração
49. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Desenvolvimento da Sexualidade
COMPLEXO DE ÉDIPO– Entre os 5 e os 6 anos.
Os impulsos sexuais da rapariga dirigem-se para o
pai;
A mãe é fantasiada como rival, responsável pela
falta de pénis na rapariga.
50. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Desenvolvimento da Sexualidade
FASE DE LATÊNCIA – Entre os 7 e os 12 anos.
Recalcamento da situação edipiana
As crianças preocupam-se menos com o seu corpo.
51. Perspectiva Freudiana da Sexualidade
Desenvolvimento da Sexualidade
FASE GENITAL – A partir da adolescência.
A situação edipiana toma novas formas: o impulso
sexual dirige-se para fora do ambiente familiar.
As partes do corpo, fonte de prazer nas fases
anteriores, são integradas na vida sexual adulta.
52. Contributos Actuais
Emoções, marcadores somáticos e pulsões
1. Freud utilizou a linguagem possível no seu tempo.
2. Não é sensato atribuir-lhe o rigor científico que actualmente a
Psicologia possui.
3. É, todavia, evidente que Freud teve intuições muito
importantes.
4. Vamos, então, discutir hipóteses que compatibilizem os
conceitos de emoção, marcador, pulsão, inconsciente,
sentimento, sexualidade, Id, etc. ...