Este documento discute conceitos e competências filosóficas importantes em três frases ou menos:
1) A Filosofia envolve a discussão de problemas, como "O que é o conhecimento?" e competências como identificar, formular e relacionar problemas.
2) Teses filosóficas tentam responder aos problemas na forma de proposições como "Deus existe" ou "Deus não existe".
3) Conceitos lógicos como proposições universais, condicionais e contraexemplos são usados para defender ou refutar teses atrav
1. FILOSOFIA – 11º
Instrumentos e Competências
(Revisão 10º Ano)
Jorge Barbosa, 2012 Texto 1
2. FILOSOFIA – 11º
1. – PROBLEMAS
A Filosofia é uma
1. - Exemplos atividade de discussão
2. - Competências de problemas.
Se não percebermos ou se perdermos de vista os problemas que estão
a ser discutidos, não conseguiremos compreender as matérias ou os
autores estudados
3. FILOSOFIA – 11º
Exemplos de Problemas filosóficos
• O que é agir livremente?
• Será que o bem e o mal dependem da sociedade? Nem todos os problemas filosóficos são
• O que é o conhecimento? imediatamente compreensíveis e
mesmo os que são precisam de ser
• Será que Deus existe? esclarecidos.
• Qual é o valor da arte? Por exemplo, quando perguntamos o
que é o conhecimento, a que género de
• O que têm de especial as teorias científicas? conhecimento nos estamos a referir?
• O que é uma sociedade justa?
Esclarecer os problemas a discutir é uma parte importante da atividade
filosófica.
4. FILOSOFIA – 11º
Competências relativas a problemas
1. – Identificar problemas filosóficos
2. – Formular problemas filosóficos
3. – Relacionar problemas filosóficos
4. – Justificar a relevância de um problema filosófico
Para identificar um problema, basta apontar a sua
designação filosófica habitual.
Formular um problema exige que o apresentemos com
clareza e rigor.
5. FILOSOFIA – 11º
Competências relativas a problemas
Tomemos como exemplo o chamado “problema do mal”
Quando se afirma: “Este texto é sobre o problema do mal”
Estamos a identificar o problema no texto
Para o formular, poderíamos apresentá-lo de uma destas formas
1. - Se o poder de Deus não tem limites e Ele é sumamente
bom, por que razão existe tanto mal no mundo?
2. – O problema do mal é a questão de saber se, num mundo em
que há tanto mal, pode existir um ser omnipotente e sumamente
bom
6. FILOSOFIA – 11º
Competências relativas a problemas
Relacionar problemas é mostrar de que modo a forma como
respondemos a um tem implicações para responder ao outro.
Consideremos esta posição sobre o problema do mal:
Se for verdade que a liberdade (ou livre-arbítrio) dos seres
humanos implica a possibilidade de praticar o mal, então muito
do mal que existe no mundo é uma consequência inevitável da
nossa capacidade de agir livremente. Por isso, esse mal não é da
responsabilidade de Deus
7. FILOSOFIA – 11º
Competências relativas a problemas
Justificar a relevância de um problema filosófico consiste em:
Apresentar razões que o tornem digno de atenção.
Vejamos duas formas de justificar a relevância de um problema:
1. – O problema do mal é relevante porque, se não conseguirmos
resolvê-lo, ficaremos com boas razões para não acreditar em
Deus.
2. – O problema do mal tem importância, na medida em que nos
leva a pensar na origem do mal e a procurar razões que o
justifiquem
8. FILOSOFIA – 11º
2. – TESES
As teses são respostas aos
1. - Frases e Proposições
2. – Proposições condicionais
problemas. Podemos
também usar termos como
3. – Proposições universais
“teorias” ou “perspetivas”
4. – Contraexemplos
para nos referirmos às
5. – Consistência teses
Uma das características da filosofia é a ausência de respostas
consensuais para os problemas discutidos.
9. FILOSOFIA – 11º
Se estivermos a discutir a existência de Deus, que teses poderemos
formular?
Resposta:
As teses mais importantes costumam
A. Deus existe ser designadas por “ismos”.
B. Deus não existe
As teses A, B e C correspondem
C. Não sabemos se Deus existe respetivamente ao “teísmo”, ao
“ateísmo”, e ao “agnosticismo”.
Não devemos usar os “ismos” sem saber exatamente que tese
designam.
10. FILOSOFIA – 11º
Frases e Proposições
As teses são proposições ou conjuntos de proposições.
Uma proposição é aquilo que é expresso por uma frase
declarativa que tem valor de verdade
As frases que não são declarativas, como as perguntas e as
ordens, não exprimem proposições.
Uma frase exprime uma proposição, se, além de ser
declarativa, fizer sentido classificá-la como verdadeira ou como
falsa.
11. FILOSOFIA – 11º
As frases com valor de verdade são aquelas que são verdadeiras ou
falsas, mesmo que não saibamos se são uma coisa ou outra.
As frases seguintes não exprimem proposições:
• Abre a porta. Perguntar pelo valor de verdade de
• A porta está aberta?
uma frase ou da proposição que ela
exprime é o mesmo que perguntar se
• Não abras a porta. ela é verdadeira ou falsa.
As teses são proposições ou conjuntos de proposições
12. FILOSOFIA – 11º
As frases com valor de verdade são aquelas que são verdadeiras ou
falsas, mesmo que não saibamos se são uma coisa ou outra.
As frases seguintes exprimem proposições:
• A porta está aberta. Perguntar pelo valor de verdade de
• A porta não está aberta.
uma frase ou da proposição que ela
exprime é o mesmo que perguntar se
• Se a porta está aberta, então ela é verdadeira ou falsa.
alguém a abriu
As teses são proposições ou conjuntos de proposições
13. FILOSOFIA – 11º
As frases são a expressão linguística das proposições.
Para clarificar a relação entre frase e proposição, devemos ter em
atenção o seguinte:
As frases “Lisboa fica a sul do Porto” e
1. Se duas frases diferentes significam o “O Porto fica a norte de Lisboa”
mesmo, então exprimem a mesma exprimem a mesma proposição
proposição
2. Se uma frase pode significar coisas A frase “Joana viu o Miguel com os
diferentes, então pode exprimir binóculos” pode exprimir duas
proposições diferentes proposições. Quais?
As teses são proposições ou conjuntos de proposições
14. FILOSOFIA – 11º
Proposições condicionais
Algumas teses filosóficas consistem em proposições
condicionais.
Exemplos de proposições condicionais:
Se está a chover, então o chão está molhado.
Se os animais não têm deveres, então não têm direitos.
Todas as proposições condicionais podem ser expressas por frases
com a forma “Se P, então Q”. No lugar de “P” e de “Q” encontramos
também proposições.
15. FILOSOFIA – 11º
Todas as proposições condicionais podem ser expressas por frases
com a forma “Se P, então Q”. No lugar de “P” e de “Q” encontramos
também proposições.
A proposição condicional Se está a chover, então o chão está
molhado é constituída pelas duas proposições expressas pelas
frases está a chover e o chão está molhado .
Numa frase com a forma “Se P, então
Q”, a primeira proposição “P” é a
antecedente, e a segunda proposição “Q”
é a consequente.
16. FILOSOFIA – 11º
1. Numa proposição condicional, a antecedente é uma condição
suficiente para a consequente.
Na proposição condicional Se está a chover, então o chão está
molhado, significa que estar a chover é uma condição
suficiente para o chão estar molhado.
2. Numa proposição condicional, a consequente é uma condição
necessária para a antecedente.
Na proposição condicional Se está a chover, então o chão está
molhado, é preciso que seja verdade que o chão está
molhado, para que também seja verdade que está a chover.
17. FILOSOFIA – 11º
Vejamos as seguintes proposições condicionais:
1. Se está a chover, então o chão está molhado.
2. Se o chão está molhado, então está a chover.
Estas duas proposições condicionais são iguais?
Não. São duas proposições diferentes.
A primeira diz-nos que chover é condição suficiente para que o
chão esteja molhado
A segunda diz-nos que chover é condição necessária para que o
chão esteja molhado.
18. FILOSOFIA – 11º
Proposições bicondicionais
1. Se está a chover, então o chão está molhado.
2. Se o chão está molhado, então está a chover.
Se estas duas proposições forem verdadeiras, então:
A proposição “está a chover” é condição necessária e suficiente
para “o chão está molhado”
Para transformar as duas numa só proposição, devemos dizer:
Está a chover se, e apenas se, o chão está molhado
19. FILOSOFIA – 11º
Proposições bicondicionais
As proposições bicondicionais podem ser expressas por frases com a
forma “P se, e apenas se, Q”
As bicondicionais são condicionais que funcionam nos dois sentidos.
As duas proposições relacionadas numa bicondicional não são
designadas de “antecedente” e “consequente”
Numa proposição bicondicional, estabelece-se uma relação de
equivalência entre as duas proposições que a constituem: cada
uma delas é uma condição necessária e suficiente para a outra.
20. FILOSOFIA – 11º
Proposições bicondicionais
Se quisermos apresentar a tese segundo a qual os alunos só passam
de ano se estudarem todos os dias, utilizando duas proposições
equivalentes (proposição bicondicional), como devemos formulá-
la numa forma lógica?
Resposta: Os alunos passam de ano se, e apenas se, estudarem todos
os dias.
Se esta proposição for verdadeira, será que podemos dizer que “se os alunos
estudarem todos os dias” é garantido que passam de ano?
Resposta: Sim, porque cada uma das proposições é considerada
necessária e suficiente para a outra.
21. FILOSOFIA – 11º
Proposições universais
Muitas teses filosóficas consistem em proposiçõesuniversais.
Exemplos de proposições universais afirmativas:
Todos os mamíferos são animais.
Qualquer obra de arte imita a realidade.
A forma mais comum das proposições universais afirmativas é
Todos os A são B; a forma mais comum das universais negativas é
Nenhum A é B
22. FILOSOFIA – 11º
Proposições universais
Muitas teses filosóficas consistem em proposições universais.
Exemplos de proposições universais negativas:
Nenhum mamífero tem penas.
Nenhuma ideia é inata.
A forma mais comum das proposições universais afirmativas é
Todos os A são B; a forma mais comum das universais negativas é
Nenhum A é B
23. FILOSOFIA – 11º
Proposições universais
As proposições universais, sejam elas afirmativas ou
negativas, envolvem condicionais:
Exemplo:
Nenhum mamífero tem penas.
Para qualquer objeto X, se X é um mamífero, então não tem
penas
Quer uma quer outra afirmação significa que ter a propriedade de ser um
mamífero é condição suficiente para ter a propriedade de não ter penas (não ter
penas é condição necessária para se ser mamífero)
24. FILOSOFIA – 11º
Proposições não universais
Consideremos proposições que não são universais
Algumas aves não voam.
Algumas ideias são inatas.
Sócrates era um filósofo.
Lisboa é uma cidade antiga.
As duas primeiras são particulares (uma negativa, a outra
afirmativa) por dizerem respeito só a algumas coisas, as outras são
singulares por dizerem respeito a uma única coisa.
25. FILOSOFIA – 11º
Contraexemplos
Na atividade filosófica discutem-se as teses propostas. Tentamos
defender certas teses e refutar outras.
Quando se pretende refutar uma tese que consiste numa
proposição universal, uma forma de o fazer é apresentar
contraexemplos
Um contraexemplo é um caso particular que contraria uma
proposição universal.
26. FILOSOFIA – 11º
Contraexemplos
Como se faz para apresentar um contraexemplo a uma proposição
universal afirmativa com a forma “Todos os A são B”?
Resposta: Indica-se algo que é A, mas que não é B.
Suponhamos que queremos refutar a afirmação: “Todas as obras de
arte imitam a realidade”. Como apresentamos o contraexemplo?
Resposta: Uma sinfonia ou uma pintura abstrata podem servir de
contraexemplos a esta afirmação, já que estes objetos são obras
de arte, mas, aparentemente, não imitam a realidade.
27. FILOSOFIA – 11º
Contraexemplos
Como se faz para apresentar um contraexemplo a uma proposição
universal negativa com a forma “Nenhum A é B”?
Resposta: Indica-se algo que é A, mas que também é B.
Suponhamos que queremos refutar a afirmação: “Nenhuma obra de
arte imita a realidade”. Como apresentamos o contraexemplo?
Resposta: Um retrato ou um romance histórico podem servir de
contraexemplos a esta afirmação, pois estes objetos são obras
de arte, mas pretendem imitar a realidade e, aparentemente, é o
que fazem.
28. FILOSOFIA – 11º
Contraexemplos
Será possível refutar uma proposição particular com
contraexemplos?
Resposta: Não. As proposições particulares não são
contrariadas por contraexemplos.
Porquê?
29. FILOSOFIA – 11º
Consistência
As proposições estão relacionadas entre si de várias formas. Uma
das relações mais importantes é a de consistência. O termo
“coerência” também é usado para referir esta relação.
Um conjunto de proposições é consistente se, e apenas se, é
possível que todas sejam verdadeiras
Quando se diz que “é possível que todas as proposições sejam
verdadeiras” não se quer dizer que o sejam, mas que nenhuma das
proposições consideradas contraria ou falsifica outra qualquer.
30. FILOSOFIA – 11º
Consistência
As seguintes proposições formam um conjunto inconsistente:
As sinfonias de Beethoven não imitam a realidade.
Todas as obras de arte imitam a realidade.
As sinfonias de Beethoven são obras de arte.
Estas proposições são logicamente incompatíveis entre si. Não precisamos
de saber nada a respeito de Beethoven, sobre sinfonias ou sobre obras de
arte para concluir que é impossível que todas estas proposições sejam
verdadeiras. Pelo menos uma delas tem de ser falsa.
31. FILOSOFIA – 11º
Consistência
Quem defende teses inconsistentes está de certeza enganado em
algum aspeto, pois pelo menos uma dessas teses é falsa.
No entanto:
Se um conjunto de proposições é consistente, isso não
garante que alguma delas seja verdadeira.
A consistência garante a possibilidade de verdade, mas não a verdade das
proposições. Podemos ter conjuntos consistentes constituídos apenas por
proposições falsas. As hipóteses numa investigação científica são um
exemplo de conjuntos de proposições consistentes que ainda é necessário
verificar se são verdadeiras.
32. FILOSOFIA – 11º
Competências relativas a Teses
1. – Identificar teses e teorias que sejam respostas a problemas
filosóficos
2. – Reconhecer o alcance e os limites de teses e teorias
3. – Formular teses que constituam ou se integrem em teorias
filosóficas
4. – Comparar teses relativas a um mesmo problema filosófico.
33. FILOSOFIA – 11º
1. – Identificar teses e teorias que sejam
respostas a problemas filosóficos
Identificar uma tese é reconhecer a proposição que está a ser
defendida
Quando se diz “Neste texto, o autor defende que a ética é
relativa à sociedade”, está-se a identificar a tese no texto em
questão.
Pergunta a fazer: “O que está o autor a tentar defender neste
texto”?
34. FILOSOFIA – 11º
2. – Reconhecer o alcance e os limites de
teses e teorias
Para reconhecer o alcance – e assim, os limites – de uma
tese, importa perceber o problema ou problemas a que pode
responder.
Por exemplo, a tese de que a existência de Deus é compatível
com o mal é uma das respostas possíveis ao problema do mal.
No entanto, não responde ao problema da própria existência de
Deus.
Pergunta a fazer: “Que problemas são resolvidos e que
problemas não são; que novos problemas levanta”?
35. FILOSOFIA – 11º
3. – Formular teses que constituam ou se
integrem em teorias filosóficas
É preciso ser capaz de formular, com clareza e rigor, as teses
mais importantes em discussão.
Por exemplo, se o problema for o da “origem do
conhecimento”, é preciso não só saber reconhecer:
1. Que o racionalismo e o empirismo são duas respostas rivais
a este problema;
2. Mas também saber explicar corretamente o que caracteriza
cada uma das respostas.
36. FILOSOFIA – 11º
4. – Comparar teses relativas a um mesmo
problema filosófico.
Comparar teses distintas relativas a um problema filosófico
consiste em mostrar como elas se relacionam logicamente
entre si
Por exemplo, dizer que o racionalismo e o empirismo são
inconsistentes entre si é dizer que entre estas teses existe uma
relação lógica de incompatibilidade.
Existem outras relações entre teses:
Uma pode ser mais geral do que outra;
Uma pode apoiar outra, etc.
37. FILOSOFIA – 11º
Conceitos
As proposições são constituídas por conceitos.
Por exemplo: a proposição “Os
mamíferos são animais” inclui os
conceitos de “mamífero” e de
“animal”.
Que conceitos estão incluídos na
proposição “O conhecimento
científico é incerto”?
38. FILOSOFIA – 11º
Termos e Conceitos
Do mesmo modo que usamos frases para
exprimir as proposições, usamos termos
para exprimir conceitos.
Os conceitos são os significados
dos termos
39. FILOSOFIA – 11º
Termos e Conceitos
Se dois termos significam o mesmo, então exprimem os
mesmo conceito
Por exemplo, “encarnado” e “vermelho”
Se um termo pode ter mais de um significado, então exprime
mais de um conceito
Por exemplo, “banco” como mobiliário ou como instituição
financeira
40. FILOSOFIA – 11º
Definições
A clarificação de conceitos é uma parte importante da atividade
filosófica
Por exemplo: “O que é o conhecimento?”
Para elucidar o significado de um termo, recorre-se a
definições
Por exemplo, Uma pessoa é um ser racional, autónomo e
consciente de si.
41. FILOSOFIA – 11º
Definições Explícitas
Neste tipo de definições, estamos a dizer que o termo a definir
(pessoa) significa o mesmo que outra expressão (ser
racional, autónomo e consciente de si.)
Para definir explicitamente C de uma forma correta, é preciso
apresentar condições necessárias e suficientes para que algo
seja C.
42. FILOSOFIA – 11º
Definições Explícitas
Uma definição explícita é errada se aquilo que pretende definir
se encontra na expressão definidora
Por exemplo: “Um ato livre é aquele que realizamos livremente”
Por exemplo: “A ciência é a investigação científica”
Por exemplo: “As divindades são os seres divinos”
43. FILOSOFIA – 11º
Definições Explícitas
Uma definição explícita é errada se a expressão definidora for
mais obscura do que a que se pretende definir.
Por exemplo: “Um ato livre é uma manifestação imediata da
transcendência”
Por exemplo: “As divindades são os fantasmas do inconsciente
humano”
De facto é mais difícil compreender o que é uma “manifestação imediata da
transcendência” do que o que é um ato livre, do mesmo modo que não é
nada claro o que se pode entender por “fantasmas do consciente humano”
44. FILOSOFIA – 11º
Argumentos
Os filósofos não se limitam a apresentar
teses em resposta aos problemas
colocados
Propõem também argumentos para
defender as teses em que acreditam.
45. FILOSOFIA – 11º
Premissas e Conclusão
Argumentar a favor de uma tese é
apresentar razões para a
aceitarmos
Por exemplo: “Os animais têm
direitos porque são capazes de
sofrer, e um ser tem direitos se tiver
essa capacidade”
46. FILOSOFIA – 11º
Premissas e Conclusão
A tese defendida no argumento anterior é a de que os animais
têm direitos. Para justificar ou sustentar esta tese apresentam-
se duas razões:
1. Se um ser tem a capacidade de sofrer, então tem direitos;
2. Os animais têm capacidade de sofrer.
Logo, os animais têm direitos.
47. FILOSOFIA – 11º
Premissas e Conclusão
A ordem pela qual se apresentam as premissas (as razões que
sustentam a conclusão) é irrelevante; a conclusão surge no
fim, precedida por logo ou pelo símbolo lógico ∴
1. Se um ser tem a capacidade de sofrer, então tem direitos;
(premissa)
2. Os animais têm capacidade de sofrer. (premissa)
Logo, os animais têm direitos. (conclusão)
48. FILOSOFIA – 11º
Avaliar Argumentos
Nem todos os argumentos são bons ou sólidos (para usar o
termo técnico)
Um argumento é sólido se, e apenas se, (1) tiver premissas
verdadeiras, (2) for válido.
Um argumento é válido se, e apenas se, as premissas apoiam
logicamente a conclusão
49. FILOSOFIA – 11º
Avaliar Argumentos
Consideremos os seguintes argumentos:
Todas as aves voam Todos os seres vivos são animais
Os pombos são aves As árvores são seres vivos
∴ Os pombos voam ∴ As árvores são animais
Estes dois argumentos são válidos. As suas premissas apoiam
a conclusão. Mas não são sólidos (não são bons argumentos).
Porquê?
50. FILOSOFIA – 11º
Avaliar Argumentos
Consideremos os seguintes argumentos:
Todos os mamíferos são animais Todas as árvores são plantas
As aves não são mamíferos Todas as plantas são seres vivos
∴ Os gatos não são plantas ∴ Todos os seres vivos são
árvores
Todas as premissas destes argumentos são verdadeiras. No
entanto, nenhum deles é sólido. Porquê?