SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 24
Inform.Ação                      w w w. a c a o m a g i s t r a l . o r g . b r



MAGISTRAL                Revista de Informação Científica Médica
                                                    Distribuição Gratuita • Edição XX • 2012




Cura pela
Natureza
novas opções de
tratamento a partir de
extratos de plantas
                                                         Cranberry
                                                          redução de bactérias
                                                          patogênicas no
Fitoterápicos                                             trato geniturinário

em Psiquiatria
novas opções para                                         Arnica
controle da ansiedade                                     eficácia na osteoartrite
e melhora da                                              com atividade comparável
qualidade do sono                                         ao ibuprofeno
Proteção Solar o ano todo!




    Os fotoprotetores                          A loção
 NORED são produtos                            autobronzeadora
       de vanguarda,                           NORED proporciona
       resultantes de                          um bronzeado
    pesquisas, testes,                         natural e a cor
     comprovações e                            aparece após
    desenvolvimento.                           3-5 horas da
   Foram elaborados                            aplicação. Testado
 com matérias primas                           dermatologicamente.
   de última geração
       que garantem
    proteção efetiva,
   conferem sensorial
         diferenciado
          e permitem
          distribuição
   uniforme. Testado
 dermatologicamente.




                         Contém TINOSORB
                                           ®




Somente nas farmácias associadas
Índice                                                   Editorial
Potenciais benefícios do uso off-label
                                                            Caro Doutor(a)
de baixas doses de naltrexona -
                                                            Neste ano, a Ação Magistral completa 10
Parte II, por Anderson Oliveira 4                       anos. Ao longo destes anos fortalecemos o
Extrato de Cranberry 7                                  segmento magistral com a qualificação con­
                                                        tínua dos associados. Estreitamos nosso re­a­
                                                                                                  l
Colágeno hidrolisado 9 11                               cionamento com a classe médica através da
                                                        revista Inform.Ação e do lançamentos de produtos das marcas NO
Lactobacillus acidophillus em
                                                        RED, PURIS e MAG. Em comemoração ao aniversário da Ação Ma­
pediatria 11                                            gistral serão lançados novos fotoprotetores NO RED ainda em 2012.

Fatores de Crescimento em Cirurgia                          Mais uma vez trazemos aos senhores artigos variados, todos
Plástica 13                                             indexados e com importante impacto na atividade de algumas
                                                        especialidades.
Fitoterápicos em psiquiatria 17
                                                            Apresentamos a sequência do artigo do Dr Anderson de Oliveira
Gel de Arnica 20                                        sobre Naltrexona off-label, que será finalizado na próxima edição da
                                                        revista.
                                   EXPEDIENTE               Trouxemos dados do extrato de Cranberry na diminuição de
                                                        bactérias patógenas no trato geniturinário, artigos sobre o uso de
            Diretoria Ação Magistral                    colágeno no tratamento da osteoartrite, de lactobacillus acidophilus
     Maria de Fátima Jacobus Alves (Presidente)
                                                        em pediatria, como auxiliar no tratamento de dermatite atópica,
       Gilberto Biegelmeyer (Vice-Presidente)
 Maria Cecília O. M. Noronha (Diretor de Projetos)
                                                        Fatores de crescimento como estimulante da cicatrização e, por fim,
 Vera Lúcia Bertol Scussel (Diretora de Negociações)    fitoterápicos na psiquiatria.
        Vera Lúcia Garcia Sartori (Tesoureira)
      Roberta Pires Bastos Oliveira (Secretária)
                                                            Esperamos deste modo contribuir na sua atividade e na saúde
                                                        de seus pacientes.
             Coordenação Editorial
                   Paulo Vasques                            Boa Leitura,
                                                                                                                          Farm. Maria de Fátima Alves
                Conselho Editorial
        Adriana Herwig • Eduardo de Abreu                                                                                                                Presidente
   Maria de Fátima Alves • Gilberto Biegelmeyer
                 Rejane Heyse Ribas

                   Atendimento
     Contato: Rua General Andrade Neves, 100             Visão da Ação Magistral
       Sala 401 • Centro • Porto Alegre • RS
                                                         Seriedade e credibilidade
     51 3227.7724 • www.acaomagistral.org.br

               Produção Editorial
                 Coomunica Editora                       Missão da InformAção Magistral
         Porto Alegre • RS • 51 3029.1227                Atender às expectativas dos prescritores com informações
               Jornalista Responsável:                   atuais e tradicionais sobre produtos manipulados de
           Andréa Pelc Prestes (MTB 8914)
                                                         ação comprovada.
     Foto da Capa: © Nilsz | Dreamstime.com

                     Redação
   Pharmaceutical Assessoria e Treinamento Ltda.
                                                         Textos elaborados por Pharmaceutical Assessoria e Treinamento LTDA. © Direitos autorais protegidos pela Lei
   www.pharmaceutical.com.br • 48 3234.7247              9.610/98. A Pharmaceutical não autoriza a veiculação deste material em quaisquer meios eletrônicos, sendo
                                                         destinado exclusivamente aos profissionais da saúde devidamente habilitados e inscritos em seus conselhos
 Opiniões e ideias transmitidas por artigos assinados    regionais, sendo proibida a veiculação deste material ou de parte de seu conteúdo ao público leigo. As informações
                                                         contidas devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na clínica. Em caso de dúvidas,
    não refletem necessariamente nossa opinião.          solicitações ou sugestões procure o farmacêutico ou a farmácia responsável pela disponibilização do mesmo.




                                                                                                                                                                        Edição XX 3
Potenciais benefícios do uso
                                    off-label de baixas doses de
                                             naltrexona - Parte II
                                                                                                                            Por Anderson Oliveira
                                                                                                  Ortofarma Laboratório de Controle da Qualidade




                                                                                                                  Foto: © Helder Almeida | Dreamstime.com




                        Baixa dose de                   células cancerosas. A ad­ inistração
                                                                                m                 para      neuroblastoma,          (ZAGON             &
                    naltrexona no câncer                de Baixas Doses de Nal­­
                                                                              trexona tem         McLAUGHIN,           1983).        Relatos         de
                Em estudos conduzidos por Zagon         efeito similar à admi­ is­ração do OGF
                                                                             n t              .   pro­issionais de casos isolados têm
                                                                                                     f
             e colaboradores    foi descoberto que      Quando uma bai­ a dose de naltrexona
                                                                      x                           reportado o sucesso do uso de baixas
             os opioides podem atuar como fa­o­
                                            t           ou OGF é ad­ i­ istrada, o OGF
                                                                   mn                             doses de naltrexona no tratamento do
             res de crescimento em células e te­ idos
                                               c        reage com o re­ eptor OGFr no núcleo
                                                                      c                           câncer pancreático (no câncer pan­
             neurais e não neurais. Foi obser­ ado
                                             v          da célula e forma um complexo. O          creático foi empregada terapia com­
             que um opioide endógeno, metio­            complexo OGF-OGFr influencia os           binada com baixa dose de naltrexona
             nina-5-encefalina, exerceu em baixas       mecanismos de crescimento celular         oral e ácido alfa-lipoico intravenoso)
             do­ es uma influência negativa no cres­
               s                                        e interrompe o crescimento celular.       (BERKSON et al., 2006; BERKSON et
             cimento tumoral e um efeito esti­ u­
                                             m          Os receptores OGFr são encontrados        al., 2009), linfoma (BERKSON et al.,
             latório quando usado em altas doses.       em diversas cé­u­as cancerosas. Em
                                                                      l l                         2007), tumores metastáticos sólidos
             Este opioide foi denominado fator de       humanos, o re­ eptor OGFr é altamente
                                                                     c                            intratáveis (terapia combinada de baixa
             crescimento opioide (OGF – Opioid          expressado no coração e no fígado,        dose de naltrexona com IL-2 subcutânea
             Growth Factor) (ZAGON et al., 2000.;       moderadamente no músculo esquelético      e melatonina oral)          (LISSONI et al.,
             ZAGON et al., 2007; CHENG et al.,          e no tecido re­ al e menos extensamente
                                                                      n                           2002), câncer de pulmão e em diversos
             2007; CHENG et al. 2008 ). Di­e­
                                          f             no cérebro e pâncreas (MOORE &            outros tipos de como câncer de mama,
             rentemente da quimioterapia, o OGF         WILKINSON, 2009).                         câncer de próstata, câncer hepático,
             não destrói a célula cancerosa ou ou­         O uso de baixas doses de nal­re­
                                                                                       t          vários tipos de leucemias, cânceres
             tras células sadias. Portanto, ele não     xona tem sido considerado em diversos     renais,     câncer       hepático,           câncer
             é citotóxico. Entretanto, o OGF inter­     tipos de câncer na forma de terapia       ovariano, mieloma múltiplo (MOORE
             rom­ e o crescimento celular atra­ és de
                p                             v         única ou combinada.      Estudos com      & WILKINSON, 2009).
             mecanismos imunológicos, por exem­­
                                              plo,      célu­as cancerosas e estudos pré-
                                                            l                                         A dose naltrexona relacionada nos
             levando macrófagos e linfó­ itos Natural
                                       c                clíni­ os também têm demonstrado
                                                             c                                    estudos foi variável entre eles, sendo
             Killer a cumprir a tarefa de destruir as   resultados potencialmente promissores     a dose média empregada próxima a



4   InformAÇÃO MAGISTRAL
4,5mg/dia para pacientes adultos.             benefícios clínicos, embora resultados
                                              ligeiramente melhores foram obser­ ados
                                                                               v                    O uso de baixas
     Baixa dose de naltrexona                 no grupo que recebeu a nal­rexona
                                                                        t                       doses de naltrexona
        no autismo pediátrico                 (BOUVARD et al., 1995).                          tem sido considerado
     Devido observação de altos níveis             Um estudo clínico controlado por
                                                                                                   em diversos tipos
endógenos de opioides em al­ umas
                           g                  placebo conduzido por Campbell e
crianças com autismo, alguns pes­             colaboradores avaliou a eficácia e
                                                                                                 de câncer na forma
quisadores têm estudado a terapia com         segurança da naltrexona em curto prazo                de terapia única
naltrexona para este distúrbio.               no tratamento de 41 crianças autistas,                 ou combinada.
     Um estudo aberto inicial conduzido       bem como seu efeito no aprendizado em              Estudos com células
por pesquisadores franceses utilizou          laboratório. Nesse estudo a naltrexona
                                                                                                cancerosas e estudos
a naltrexona administrada na dose             reduziu significativamente somente a
de 1mg/kg e observou uma ime­                 hiperatividade, sem a ocorrência de
                                                                                                pré-clínicos também
diata    redução     da     hiperatividade,   efeitos adversos sérios (CAMPBELL et al.,            têm demonstrado
com­ ortamento de automutilação e
   p                                          1993).                                                     resultados
na agressividade com concomitante                  O    relato   de    um   caso    clínico          potencialmente
melhora da atenção em duas garotas            publicado recentemente           na revista
                                                                                                   promissores para
autistas. Além disso, houve melhora           Encephale concluiu que o tratamento
no comportamento social como na               de crianças com um distúrbio autístico
                                                                                                     neuroblastoma
expressão de sorriso, observação dos          sério, utilizando uma suspensão oral                   (...). Relatos de
comportamentos sociais e da interação         extemporânea de Naltrexona re­ resenta
                                                                           p                        profissionais de
em brincadeiras e jogos. Os efeitos           uma      alternativa    terapêutica   poten­        casos isolados têm
adversos observados foram sedação             cialmente interessante para tratamento
                                                                                                 reportado o sucesso
transitória no início do tratamento e         de    sintomas     compor­a­ entais
                                                                       t m           resis­
constipação moderada (LEBOYER et              tentes à terapia clássica. Nesse caso,
                                                                                                   do uso de baixas
al., 1993).                                   o paciente iniciou o tratamento com               doses de naltrexona
     Posteriormente,      estes   mesmos      uma dose de 1mg/kg/dia, promo­                       no tratamento do
pesquisadores conduziram um estudo            vendo um aumento transitório no com­                câncer pancreático
duplo-cego, usando uma dose efetiva           portamento negativo. Entretanto, com a
                                                                                              (...), linfoma, tumores
menor de naltrexona, 0,5mg/kg/dia,            administração de uma dose subsequente
e compararam com um placebo. Esse             de 0,75mg/kg/dia houve a ocorrência de
                                                                                                metastáticos sólidos
estudo incluiu avaliações clínicas e          significativa melhora. O comportamento           intratáveis, câncer de
bioquímicas. Foi observado que todas as       de automutilação desapareceu com­ le­
                                                                              p                pulmão e em diversos
crianças com autismo tinham elevações         tamente e os efeitos adversos observados          outros tipos de como
marcantes de beta-endorfinas no início        foram sedação transitória no início do
                                                                                                   câncer de mama,
do estudo. Adicionalmente, 70% das            tratamento e a ocorrência de constipação
crianças exibiam níveis anormais baixos       moderada (DESJARDINS et al., 2009).
                                                                                                 câncer de próstata,
do      hormônio       adrenocorticotrófico        Diversos outros pequenos estudos           câncer hepático, vários
(ACTH); 60% mostravam elevações               utilizando a naltrexona no tratamento do           tipos de leucemias,
de norepinefrina; 50% apresentavam            autismo têm sido realizados com resultados            cânceres renais,
elevações      da   arginina-vasopressina     variáveis. Um artigo de revisão redigido
                                                                                                    câncer hepático,
e    20%      mostravam     elevações   na    por Elchaar e colaboradores avaliou
serotonina. As crianças de ambos os           a eficácia e segurança da naltrexona
                                                                                                    câncer ovariano,
grupos (placebo e grupo da baixa dose         em pacientes com autismo através da                 mieloma múltiplo.
de naltrexona) obtiveram modestos             análise de vários estudos publicados


                                                                                                                         Edição XX 5
pode atenuar hiperatividade, agitação,
                    O relato de um caso clínico publicado
                                                                                                               ataques de raiva, irritabilidade, exclu­
                recentemente na revista Encephale concluiu
                                                                                                               são social e comportamentos estereo­
              que o tratamento de crianças com um distúrbio                                                    tipados. Os pacientes podem também
                  autístico sério, utilizando uma suspensão                                                    exibir melhora da atenção e do contato
               oral extemporânea de Naltrexona re­ resenta
                                                      p                                                        no olhar. O efeito adverso mais co­
                                                                                                               mumente relatado foi a sedação tran­
                uma alternativa terapêutica poten­ ialmente
                                                    c
                                                                                                               sitória. Efeitos adversos sérios não fo­
                 interessante para tratamento de sintomas
                                                                                                               ram relatados nos estudos de curto
              compor­ a­ entais resistentes à terapia clássica.
                      t m                                                                                      prazo. Os revisores concluíram que
                                                                                                               uma criança afetada pelo autismo po­
             obtidos via MEDLINE (no período de              séries de casos e 14 estudos clínicos             de se beneficiar com a terapia com a
             1966 a 18 de maio de 2006) e do                 foram identificados como pertinentes.             nal­rexona, particularmente se a criança
                                                                                                                  t
             International Pharmaceutical Abstracts          A análise da síntese de dados obtidos             exibir comportamento de automutilação
             (no período de 1971 a 18 de maio de             para esta revisão constatou que a nal­            e em situações onde outras terapias em­
             2006). Todos artigos que descreviam             trexona tem sido usada no autismo em              pregadas tenham falhado (ELCHAAR et
             ou avaliavam a eficácia e/ou segurança          doses variáveis de 0,5 a 2mg/kg/dia e             al., 2006).
             da naltrexona em pacientes pediátricos          encontrou ser predominantemente efe­
             com Autismo foram incluídos nessa re­           ti­ a na redução do comportamento de
                                                               v                                                        Este artigo continua

             visão. Três relatos de casos clínicos, 8        automutilação. A Naltrexona também                          na próxima edição.



             Referências:                                    Dose Naltrexone) Protocol for People With         study. Psychiatry Res. 1995 Oct 16;58(3):191-
             1. ZAGON, I.S. et al. “Opioid Growth            Metastatic and Nonmetastatic Pancreatic           201.
             Factor Regulates the Cell Cycle of Human        Cancer: A Report of 3 New Cases. Integr
                                                                                                               13.CAMPBELL, M. et al. Naltrexone in
             Neoplasias”. International Journal of           Cancer Ther 2009 8: 416-422.
                                                                                                               Autistic Children: Behavioral Symptoms and
             Oncology 17, no.5 (November 2000), 1053-        8. Berkson, BM, Rubin D, Berkson AJ. The          Attentional Learning. Am. Acad. Child Adolesc.
             1061.                                           long-term survival of a patient with pancreatic   Psychiatry, 1993, 32, 6:1283–1291.
             2. ZAGON, I.S.; RAHN, K.A. & McLAUGHIN,         cancer with metastases to the liver after
                                                                                                               14.DESJARDINS, S. et al. Treatment of a
             P “Opioids and Migration, Chemotaxis,
              .J.                                            treatment with the intravenous alpha-lipoic
                                                                                                               serious autistic disorder in al child with
             Invasion, and Adhesion of human cancer cells.   acid/low-dose naltrexone protocol. Integr
                                                                                                               Naltrexone in an oral suspension form.
             Neuropeptides 41, no.6 (December 2007).         Cancer Ther. 2006;5:83-89.
                                                                                                               Encephale, 2009, 35, 2:168-172.
             442-452.                                        9. Berkson, BM, Rubin D, Berkson AJ. Reversal
                                                                                                               15.GEKKER, G.; LOKENSPARD, P PETERSO,
                                                                                                                                           .;
             3.CHENG, F. et al. “The Opioid Growth Factor    of signs and symptoms of a B-cell lymphoma
                                                                                                               P Naltrexone Potentiates Anti-HIV-2 Activity
                                                                                                                .
             (OGF)-OGF Receptor Axis Uses the p16            in a patient using only lowdose naltrexone.
                                                                                                               of Antiretroviral Drugs in CD4+ Lymphocyte
             Pathway to Inhibit Head and Neck Cancer”.       Integr Cancer Ther. 2007;6:293-296.
                                                                                                               Cultures. Drug and Alcohol Dependence 64,
             Cancer Research 67 (November 1, 2007),
                                                             10.LISSONI, P et al. Neuroimmunotherapy
                                                                          .                                    no.3 (November 2001). 257-263.
             10511-10518.
                                                             of untreatable metastatic solid tumors
             4.CHENG, F. et al. “The OGF-OGFr                with subcutaneous low-dose interleukin-2,         16.BIHARI, B. et al. Low Dose Naltrexone
             Axis Utilizes the p21 Pathway no Restrict       melatonin and naltrexone: Modulation              in the Treatment of Acquired Immune
             Progression of Human Pancreatic Cancer”.        of interleukin-2-induced antitumor                Deficiency Syndrome. Oral Presentation at
             Molecular Cancer, January 11, 2008.             immunity by blocking the opioid system.           the IV Internationational AIDS Conference in
                                                             Neuroendocrinology Letters 2002; 23:341-          Stockholm, June 1988.
             5. MOORE, E.A. & WILKINSON, S. The
             Promise of Low Dose Naltrexone Therapy.         344.                                              17. BIGLIARDI, P et al. Treatment of Pruritis
                                                                                                                               .L.
             Jefferson, North Carolina: McFarland &          11. LEBOYER, M. et al. Opiate hypothesis          with Topically Applied Opiate Receptor
             Company, 2009.213p.                             in infantile autism? Therapeutic trials           Antagonist. Journal of American Academy of
             6.ZAGON, L.S. & McLAUGHIN, P.J.                 with naltrexone. Encephale. 1993 Mar-             Dermatology 56, no.6 (June 2007), 979-88.
             “Naltrexone Modulates Tumor Response in         Apr;19(2):95-102.                                 18.GREENWAY, F. et al. Effect of naltrexone
             Mice with Neuroblastoma. Science 221, no.                                                         plus bupropion on weight loss in overweight
                                                             12. BOUVARD, M.P LEBOYER, M.; LAUNAY,
                                                                             .;
             4611 (August 12, 1983), 671-673.                                                                  and obese adults (COR-I): a multicentre,
                                                             JM. et al. Low-dose naltrexone effects on
             7. BERKSON, B.M; RUBIN D. M. & BERKSON,         plasma chemistries and clinical symptons in       randomised, double-blind, placebo-controlled,
             A.J. Revisiting the ALA/N (a-Lipoic Acid/Low-   autism: a double-blind, placebo controlled        phase 3 trial. Lancet 2010; 376: 595–605.



6   InformAÇÃO MAGISTRAL
Extrato de
 Cranberry
          Benefícios na redução
          de bactérias patogênicas
          no trato geniturinário
                                   Foto: © Margo555 | Dreamstime.com




   Nos últimos anos, tem aumen­ado
                              t
muito o interesse em alguns com­ o­
                               p
nentes presentes nos alimentos que
pos­ uem benefícios à saúde humana.
   s
Nos alimentos que são derivados
de plantas, estes componentes, de
ocor­­­
    rência     natural,   formam      par­       a Helicobacter pylori1,5, por exem­ lo.
                                                                                   p          de E. coli às células do epitélio va­
te do metabolismo secundário de                  Tem sido particularmente em­ re­ ada
                                                                            p g               gi­ al e da bexiga. Neste estudo, os
                                                                                                n
mui­­ tipos de frutas e outros vege­
   tos                                           no tratamento e prevenção de in­             pesquisadores pré-incubaram colônias
tais, os quais são conhecidos co­ o
                                m                fecções do trato urinário em mulheres        de E. coli uropatogênica com extrato
fito­ uímicos. A capacidade antioxi­
    q                                            e doenças do trato digestivo . 1
                                                                                              de    cranberry     (proantocianidinas:
dante dos fitoquímicos, assim como a                   Acredita-se que os efeitos benéficos   9mg/g). As colônias pré-incubadas fo­
capacidade destes em auxiliar na pro­
                                    ­            do cranberry sejam atribuídos aos seus       ram testadas quanto à aderência nas
moção da saúde e/ou possuir pro­ rie­
                               p                 compostos fenólicos, uma vez que é           cé­ulas do epitélio vaginal e da bexiga,
                                                                                                l
dades preventivas de doenças, tem sido           co­ hecido pela elevada concentração
                                                   n                                          comparando os resultados com os da­
atualmente objeto de intensos estudos            de antocianinas, assim como apresenta        dos prévios à incubação. Foi ainda tes­
pela comunidade científica . As amoras
                           1
                                                 conteúdo significativo de flavonoides,       tado um extrato de proantocianidinas
(berries), incluindo a framboesa (rasp­          flavan-3-ois, taninos (elagitaninos e        isoladas do cranberry. Como resultados
berry), mirtilo (blueberry), groselha            proantocianidinas) e derivados fe­           os pesquisadores observaram que o
(red currant) e oxicoco (cranberry) são          nólico-ácidos1,6.                            extrato de cranberry diminuiu signi­
fontes ricas destes antioxidantes .
                                1,2
                                                       Segundo o Cochrane Reviews, o          fi­ ativamente a aderência média de
                                                                                                c
   O cranberry é particularmente rico            consumo do extrato de cranberry re­          E. coli (p<0,001) ao epitélio vaginal
em alguns compostos bioativos como               duz a incidência de infecções do trato       (de 18,6 para 1,8 bactérias/célula);
propriedades antiproliferativas, anti­           urinário, sendo bastante efetivo em          As proantocianidinas do extrato de
oxidantes, antiinflamatórias e anti­ i­
                                   m             casos recorrentes da infecção, prin­ i­
                                                                                    c         cranberry reduziram a adesão de E. coli
crobianas , os quais são capazes de
         1,3
                                                 palmente em mulheres .   7
                                                                                              à células do epitélio da bexiga de 6,9
inibir o crescimento de bactérias pa­                  Estudo in vitro demonstra que o
                                                                 8
                                                                                              para 1,6 bactérias/células (p<0,001);
togênicas, como a Escherichia coli1,4 e          extrato de cranberry inibe a aderência       A inibição da aderência ocorreu de



                                                                                                                                         Edição XX 7
forma linear e dose-dependente, em
             concentração de proantocianidinas de                 ADERÊNCIA DE E.COLI ÀS CÉLULAS EPITELIAIS DA VAGINA E BEXIGA,
                                                                      PRÉ E PÓS-TRATAMENTO COM EXTRATO DE CRANBERRY8
             75 a 5 µg/ml8.
                   Através de um estudo9 clínico ran­
             do­ izado foi avaliada a efetividade de
               m
             produtos a base de cranberry na pro­
             filaxia de infecções urinárias em mu­
             lheres. A pesquisa comparou o suco
             e tabletes de cranberry com placebo,
             em 115 mulheres sexualmente ati­ as,
                                            v
             quanto à redução de quadros sin­
             to­ áticos de infecção e redução de
               m
             consumo de antibióticos em um ano.
             Ambos os produtos compostos por
             cranberry reduziram os quadros de
             infecção (em aproximadamente 20%)
             e o consumo total de antibióticos,
             quando comparados com o placebo                        Pesquisadores alemães relacionaram a eficácia do cranberry em infecções

             (p<0,05). Com estes dados, os pes­                 recorrentes de trato urinário com a afinidade das proantocianidinas da fruta pelas

             quisadores concluem que o consumo                  fimbrias do tipo P (responsáveis pela adesão da bactéria às células) presentes na

             de cranberry – na forma de suco ou                 E. coli. O cranberry impede a adesão das fimbrias, prevenindo a infecção10.

             tabletes – apresenta eficácia na pro­                  A dose usual diária de utilização do extrato de cranberry é de 600-800mg, que

             filaxia de infecções urinárias recor­              pode ser dividido em duas tomadas. Quando administrado sob a forma de suco

             rentes em mulheres9.                               puro da fruta, recomenda-se a administração por três vezes diárias11.




             Referências                                        structure of cranberry proanthocyanidins        9. Stothers L. A randomized trial to evaluate
             1. Iswaldi I, Gómez-Caravaca AM, Arráez-           which inhibit adherence of uropathogenic        effectiveness and cost effectiveness
             Román D, Uberos J, Lardón M, Segura-               P-fimbriated Escherichia coli in vitro.         of naturopathic cranberry products as
             Carretero A, Fernández-Gutiérrez A.                Phytochemistry. 2000 May;54(2):173-81.          prophylaxis against urinary tract infection
             Characterization by high-performance liquid        5. Lin YT, Kwon YI, Labbe RG, Shetty            in women. Can J Urol. 2002
             chromatography with diode-array detection          K. Inhibition of Helicobacter pylori and        Jun;9(3):1558-62.
             coupled to time-of-flight mass spectrometry of     associated urease by oregano and cranberry      10. Mathers MJ, von Rundstedt F,
             the phenolic fraction in a cranberry syrup used    phytochemical synergies. Appl Environ           Brandt AS, König M, Lazica DA, Roth
             to prevent urinary tract diseases, together with   Microbiol. 2005 Dec;71(12):8558-64.             S. [Myth or truth. Cranberry juice for
             a study of its antibacterial activity. J Pharm     6. Côté J, Caillet S, Doyon G, Sylvain JF,      prophylaxis and treatment of recurrent
             Biomed Anal. 2012 Jan 25;58:34-41.                 Lacroix M. Analyzing cranberry bioactive        urinary tract infection]. Urologe A. 2009
             2. Haleem MA, Barton KL, Borges G, Crozier         compounds. Crit Rev Food Sci Nutr. 2010         Oct;48(10):1203-5,1207-9.
             A, Anderson AS. Increasing antioxidant intake      Oct;50(9):872-88.                               11. Lynch DM. Cranberry for prevention of
             from fruits and vegetables: practical strategies   7. Jepson RG, Craig JC. Cranberries for         urinary tract infections. Am Fam Physician.
             for the Scottish population. J Hum Nutr Diet.      preventing urinary tract infections. Cochrane   2004 Dec 1;70(11):2175-7.Pesquisadores
             2008 Dec;21(6):539-46.                             Database Syst Rev 2008;1:CD001321.              alemães relacionaram a eficácia do
             3. He X, Liu RH. Cranberry phytochemicals:                                                         cranberry em infecções recorrentes
                                                                8. Gupta K, Chou MY, Howell A, Wobbe C,
             Isolation, structure elucidation, and their                                                        de trato urinário com a afinidade das
                                                                Grady R, Stapleton AE. Cranberry products
             antiproliferative and antioxidant activities. J                                                    proantocianidinas da fruta pelas fimbrias
                                                                inhibit adherence of p-fimbriated Escherichia
             Agric Food Chem. 2006 Sep 20;54(19):7069-                                                          do tipo P (responsáveis pela adesão da
                                                                coli to primary cultured bladder and
             74.                                                                                                bactéria às células) presentes na E. coli. O
                                                                vaginal epithelial cells. J Urol. 2007
                                                                                                                cranberry impede a adesão das fimbrias,
             4. Foo LY, Lu Y, Howell AB, Vorsa N. The           Jun;177(6):2357-60.
                                                                                                                prevenindo a infecção10.



8   InformAÇÃO MAGISTRAL
Colágeno hidrolisado
        nutracêutico rico em aminoácidos com
        benefícios sobre articulações e vantagens
        para pacientes com osteoartrite

   Com o passar de várias dé­ adas, o interesse pelo
                            c                                   articulações a possibilidade
uso dos suple­ entos nutricionais expandiu-se considera­
             m                                                  de resistência à tração e
velmente, tanto através da utilização destes agentes para o     rigidez. Este com­ onente é
                                                                                 p
alivio de sintomas, como também pelos efeitos específicos       importante para o metabolismo
sobre a fisiopatologia de doenças. Certos agentes, como a       local, uma vez que fornece os
glucosamina e a condroitina têm se tornado extremamente         aminoácidos res­­
                                                                               ponsáveis pela
populares como suplementos alimentares com o propósito          ma­­ tenção e me­a­ olismo des­
                                                                  nu­           t b
de apresentar benefícios na osteoartrite, sugerindo que         ta estrutura, como tam­ ém auxilia
                                                                                      b
estes compostos apresentam eficácia similar aos anti-           na pro­eção contra lesões das
                                                                      t
inflamatórios não-esteroidais no manejo sintomático da          articulações e reduz a dor em qua­
osteoartrite e, mais recentemente, o colágeno hidrolisado       dros clínicos como a osteoartrite2.
também tem sido estudado1.                                         Um estudo4 ran­­ miza­ o com­
                                                                                 do­    d
   O colágeno hidrolisado é obtido através de hidrólise         parou o efeito da ad­ i­ istração de
                                                                                    mn
enzimática de te­ idos colagenosos, principalmente dos
                c                                               10g diários de co­ágeno hidrolisado
                                                                                 l
ossos de mamíferos. A sua característica principal é sua        à administração diária de 1,5g de
composição de amino­ cidos, que é idêntica ao colágeno
                   á                                            glucosamina no tratamento da osteoartrite
tipo II, fornecendo altos níveis de glicina e prolina, dois     em cem (100) voluntários com idade igual ou
aminoácidos essenciais para a estabilidade e regeneração        maior que 40 anos foram submetidos a um
da cartilagem . Para sintetizar um pico­ rama de colágeno
              2
                                       g                        destes tratamentos durante 90 dias. As análises
tipo II, são neces­ ários mais de 1 bilhão de moléculas de
                  s                                             foram realizadas após 15, 30, 60 e 90 dias de
glicina e 620 milhões de moléculas de prolina2,3.               tratamento.
   Este agente nutracêutico é geral­ ente relacionado
                                   m
                                                                                                Foto: ©Tallik | Dreamstime.com
como um produto de baixo valor biológico, uma vez que
não apresenta todos os aminoácidos essenciais: o triptofano           ANÁLISE DA DOR IMEDIATA RELATADA PELOS
não está pre­ ente, a cisteína é encontrada em bai­ as doses;
            s                                     x                       PACIENTES DURANTE AS VISITAS4
entretanto, o valor bio­ógico deste componente não está
                       l
so­ ente relacionado à sua composição de aminoácidos,
  m
mas ao seu efeito com­ inado com as outras proteínas
                     b
nutricionais1. Estudos recentes demons­ram que este valor
                                      t
biológico é po­en­ ialmente elevado quando se admi­­
              t c                                 nistra o
colágeno hidrolisado conco­ itantemente à outra fonte rica
                          m
em proteínas e aminoácidos, como o leite, rico em proteínas
e peptídeos bioativos2.
   O colágeno tipo II corresponde a aproximadamente
70% do conteúdo da cartilagem articular e fornece às


                                                                                                                                 Edição XX 9
A porcentagem destes eventos foi       por goma xantana. A administração           Através deste estudo, foi possível
              de 4,3% para o grupo suplementado            do colágeno hi­ ro­isado e placebo
                                                                         d l                       concluir que a suplementação com co­
              com colágeno e 10% para o grupo              foi realizada através de 25ml de uma    lágeno hidrolisado é eficaz em re­ uzir
                                                                                                                                    d
              da suplementado com glucosamina4.            formulação líquida.                     dores articulares e possibilita redução
              Os pesquisadores concluem neste                                                      da deterioração articular em atletas,
              estudo que a suplementação com                  Resultados:                          melhorando o desempenho desses
              10g de colágeno hidrolisado, durante                                                 indivíduos5.
                                                              • Após a suplementação com
              90 dias, apresentou maior eficácia                                                       O colágeno hidrolisado atua sobre
                                                           co­ágeno hidrolisado, o parâ­ etro
                                                             l                         m
              que a glucosamina no tratamento                                                      a reposição no organismo, aumentando
                                                           dor em repouso, melhorou sig­ ifi­
                                                                                       n
              da osteoartrite. A redução do índice                                                 a formação fibrilar de sustentação
                                                           ca­ivamente quando compa­ado ao
                                                             t                     r
              WOMAC referente à limitação do mo­                                                   deixando pele e músculos mais firmes.
                                                           grupo placebo;
              vimento do joelho foi maior no grupo                                                 O colágeno é de vital importância pa­
                                                              • Os parâmetros: dores arti­
              tratado com colágeno, assim como os                                                  ra a pele, cabelo, ossos, tendões, mús­
                                                           cu­a­es ao caminhar, ao ficar em
                                                             l r
              pacientes deste grupo apresentaram                                                   culos e cartilagens. Fornece 19 ami­
                                                           pé, em repouso, carregando obje­
              menos efeitos adversos4.                                                             noácidos e açúcares especializados
                                                           tos e ao levantar-se, avaliados pe­
                    Além da osteoartrite, a admi­                                                  ne­ essários para a manutenção do te­
                                                                                                     c
                                                           los participantes do estudo, após
              nis­ração do colágeno hidrolisado
                 t                                                                                 cido conectivo, auxilia na recuperação
                                                           su­ lementação
                                                             p              com    o   colá­ eno
                                                                                           g
              foi    in­ estigada
                       v            em   um   estudo   5
                                                                                                   muscular, apresentando efeito sobre
                                                           hi­ rolisado, melhoraram significa­
                                                             d
              prospectivo, randomizado, duplo-                                                     o tecido conjuntivo1,6. A dose diária
                                                           tiva­ ente, quando comparados ao
                                                               m
              cego, placebo con­rolado, o qual
                               t                                                                   recomendada é de 10g4,5. Os efeitos
                                                           grupo placebo;
              avaliou o efeito desta suplementação                                                 colaterais relatados foram diarreia,
              em atletas com dores nos joelhos                • No subgrupo que apresentava        flatulência e distúrbios gastrointestinais4.
              associada à atividade física. Neste          dores constantes nos joelhos, a me­
              estudo 147 atletas (72 ho­ ens e
                                       m                   lhora observada foi mais evidente
                                                                                                   Referências
              75 mulheres) foram ran­ o­ izados
                                    d m                    nos parâmetros analisados (dor em
                                                                                                   1. Moskowitz RW. Role of collagen hydrolysate
              em dois grupos: um dos grupos                repouso avaliado pelo médico, e os      in bone and joint disease. Semin Arthritis
              foi suplementado com 10g/dia de              parâmetros analisados pelos par­        Rheum. 2000 Oct;30(2):87-99.

              colágeno hidrolisado e ou outro              ticipantes, dor ao caminhar, ao ficar   2. Walrand S, Chiotelli E, Noirt F Mwewa
                                                                                                                                     ,
                                                                                                   S, Lassel T. Consumption of a functional
              grupo recebeu diariamente placebo.           em pé, em repouso, correndo em
                                                                                                   fermented milk containing collagen hydrolysate
              O tratamento teve duração de vinte e         linha reta e mudança de direção)        improves the concentration of collagen-specific
              quatro semanas. No grupo placebo,            após suplementação com colágeno         amino acids in plasma. J Agric Food Chem.
                                                                                                   2008 Sep 10;56(17):7790-5.
              o colágeno hidrolisado foi substituído       hidrolisado.
                                                                                                   3. Clark KL. Nutritional considerations in joint
                                                                                                   health. Clin Sports Med. 2007 Jan;26(1):101-
                                                                                                   18. Review.
                     AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE DORES ARTICULARES NOS                             4. Trč T, Bohmová J. Efficacy and tolerance
                      PARTICIPANTES QUE APRESENTAVAM DORES NOS JOELHOS                             of enzymatic hydrolysed collagen (EHC) vs.
                                                                                                   glucosamine sulphate (GS) in the treatment
                                                                                                   of knee osteoarthritis (KOA). Int Orthop. 2011
                                                                                                   Mar;35(3):341-8.
                                                                                                   5. Clark KL, Sebastianelli W, Flechsenhar KR,
                                                                                                   Aukermann DF Meza F Millard RL, Deitch
                                                                                                               ,      ,
                                                                                                   JR, Sherbondy PS, Albert A. 24-Week study
                                                                                                   on the use of collagen hydrolysate as a
                                                                                                   dietary supplement in athletes with activity-
                                                                                                   related joint pain.Curr Med Res Opin. 2008
                                                                                                   May;24(5):1485-96.
                                                                                                   6. Dahmer S, Schiller RM. Glucosamine. Am
                                                                                                   Fam Physician. 2008 Aug 15;78(4):471-6.




10   InformAÇÃO MAGISTRAL
Lactobacillus acidophilus
                                        em pediatria
                benefícios em pacientes com dermatite atópica

     Os lactobacilos são os pro­ ió­
                               b
ticos mais frequentemente estu­ ados
                              d
                                                A etiologia da DA não está totalmente
no tratamento de doenças alérgicas,
que inclui a utili­ ação em pacientes
                  z                             esclarecida. Sabe-se que devido à
alérgicos ao pólen ou pacientes                 predisposição genética ocorre um
com rini­e alérgica perene1,2. Pou­ os
        t                         c             desequilíbrio na produção das citocinas
estu­ os têm investigado os efeitos
    d
                                                Th1 e Th2, com elevação significativa de
com­ le­ entares da ad­ i­ istração
   p m                mn
                                                Th2. Esta citocina invade as células da
em longo prazo dos Lactobacillus
acido­ hilus em re­ação à tera­ êutica
     p            l           p                 epiderme na fase inicial da DA e promove
tradicional em pa­ ientes pediátricos
                 c                              migração de macrófagos e eosinófilos,
com dermatite atópica .         3
                                                ativando células alergênicas específicas
     Estudo3 duplo-cego, randomi­ a­
                                z
                                                e não específicas como os interferons. A
                                                                              γ determina
do, analisou o efeito da admi­ is­ração
                             n t
                                                predominância de Interferon
oral de Lactobacillus acido­ hilus no
                           p
uso concomitante de corti­ oides em
                         c                      a severidade da doença.
pacientes pediátricos com dermatite
atópica (DA), apre­ entou os seguintes
                  s
resultados:
     •      A     administração     oral   de
Lactobacillus melhora os sintomas da
DA em crianças;
     • Os Lactobacillus afetam a
concentração sérica das citocinas
Th1 e Th2, reduzindo Th2 (que se
encontra elevada na DA);
     • Através deste estudo os pesqui­
sadores concluem que o uso de pro­
bióticos reduz os sintomas da dermatite
atópica em pacientes pediátricos. Sua
utilização é complementar à terapia
tradicional com corticóides3.


Foto: ©Rumos | Dreamstime.com




                                                                                            Edição XX 11
Segundo um artigo publicado na edição                                        Referências

                      de Fevereiro deste ano, no periódico                                       1. Ishida Y, Nakamura F, Kanzato H,
                                                                                                 Sawada D, Yamamoto N, Kagata H,
                         internacional Clinical Nutrition,                                       Oh-Ida M, Takeuchi H, Fujiwara S. Effect
                                                                                                 of milk fermented with Lactobacillus
                        pacientes com dermatite atópica                                          acidophilus strain L-92 on symptoms
                    apresentam desequilíbrio da composição                                       of Japanese cedar pollen allergy: a
                                                                                                 randomized placebo-controlled trial.
                      da microbiota intestinal podendo a                                         Biosci Biotechnol Biochem. 2005

                     utilização de bactérias probióticas ser                                     Sep;69(9):1652-60.

                                                                                                 2. Ishida Y, Nakamura F, Kanzato H,
                    benéfica para o balanço deste ambiente,                                      Sawada D, Hirata H, Nishimura A,
                       modificando a microbiota e a sua                                          Kajimoto O, Fujiwara S. Clinical effects of
                                                                                                 Lactobacillus acidophilus strain L-92 on
                             capacidade metabólica.                                              perennial allergic rhinitis: a double-blind,
                                                                                                 placebo-controlled study. J Dairy Sci. 2005
                                                                                                 Feb;88(2):527-33.

                  Em outro estudo , 75 crian­
                                    4
                                                     guíneos     anormais,     sugerindo    a    3. Torii S, Torii A, Itoh K, Urisu A, Terada
                                                                                                 A, Fujisawa T, Yamada K, Suzuki H, Ishida
              ças com idade de 2 a 10 anos e         utilização deste agente como um
                                                                                                 Y, Nakamura F, Kanzato H, Sawada
              portadoras de DA foram rando­          promissor     candidato    para     apli­   D, Nonaka A, Hatanaka M, Fujiwara
              mizadas e receberam o tratamento       cações      probióticas    ou     biotec­   S. Effects of Oral Administration of
                                                                                                 Lactobacillus acidophilus L-92 on the
              com Lactobacillus ou placebo por       nológicas . Além disso, a micro­ iota
                                                               5
                                                                                    b
                                                                                                 Symptoms and Serum Markers of Atopic
              doze semanas. Após o período           intestinal é a fonte mais importante        Dermatitis in Children. Int Arch Allergy
              de tratamento observou-se que a        para estimulação do sistema imune,          Immunol. 2010 Sep 21;154(3):236-245.

              suplementação com Lactobacillus        sendo responsável pela maturação            4. Woo SI, Kim JY, Lee YJ, Kim NS,
                                                                                                 Hahn YS. Effect of Lactobacillus sakei
              incrementou significativamente os      deste e manter a função de barreira
                                                                                                 supplementation in children with atopic
              escores de melhora da doença.          que   previne     uma     invasão     por   eczema-dermatitis syndrome. Ann Allergy
              O    grupo      suplementado    com    patógenos6.                                 Asthma Immunol. 2010 Apr;104(4):343-8.

              Lactobacillus apresentou redução                                                   5. Hütt P Kõll P Stsepetova J, Alvarez B,
                                                                                                          ,      ,
                                                                                                 Mändar R, Krogh-Andersen K, Marcotte H,
              signi­icativa de quimiocinas quan­
                   f                                    Segundo um artigo publicado
                                                                                                 Hammarström L, Mikelsaar M. Safety and
              do comparado ao placebo. Con­          na edição de Fevereiro deste ano,           persistence of orally administered human
              cluiu-se que a suplementação com       no periódico internacional Clinical         Lactobacillus sp. strains in healthy adults.
                                                                                                 Benef Microbes. 2011 Mar;2(1):79-90.
              Lactobacillus   em   crianças   com    Nutrition, pacientes com dermatite
              dermatite atópica melhorou signi­      atópica apresentam dese­ uilíbrio da
                                                                            q                    6. Roessler A, Forssten SD, Glei M,
                                                                                                 Ouwehand AC, Jahreis G. The effect
              ficativamente o quadro clínico,        composição da mi­ robiota intestinal
                                                                     c                           of probiotics on faecal microbiota
              comprovando que os probióticos         podendo a utilização de bactérias           and genotoxic activity of faecal water
                                                                                                 in patients with atopic dermatitis: A
              reduzem os níveis séricos de qui­      probióticas ser benéfica para o
                                                                                                 randomized, placebo-controlled study. Clin
              miocinas, atuando como com me­         balanço deste ambiente, modificando         Nutr. 2012 Feb;31(1):22-9.
              diadores inflamatórios4.               a mi­ robiota e a sua capacidade
                                                         c
                                                                                                 7. Gerasimov SV, Vasjuta VV, Myhovych
                                                     me­abólica. Estudos anteriores de­
                                                       t                                         OO, Bondarchuk LI. Probiotic supplement

                  É importante ressaltar que a       mons­raram que a administração
                                                         t                                       reduces atopic dermatitis in preschool
                                                                                                 children: a randomized, double-blind,
              utilização de cepas de Lactobacillus   de uma mistura probiótica tende a           placebo-controlled, clinical trial. Am J Clin
              sp. na casa de 8.3 e 3.9 x 1010        aliviar os sintomas de pacientes com        Dermatol. 2010;11(5):351-61.

              UFC, por cinco dias consecutivos,      dermatite atópica reduzindo o efeito        8. Shah NP Ding WK, Fallourd MJ, Leyer
                                                                                                           ,
              demonstrou segurança e não re­
                                           ­         de fatores genotóxicos pos­ i­ elmente
                                                                               sv                G. Improving the stability of probiotic
                                                                                                 bacteria in model fruit juices using
              sultou em efeitos adversos gastro­     desencadeadores do qua­ ro clínico
                                                                           d                     vitamins and antioxidants. J Food Sci.
              intestinais severos ou valores san­    nestes pacientes6.                          2010 Jun;75(5):M278-82.




12   InformAÇÃO MAGISTRAL
A resposta normal
                                                                       dos mamíferos a uma
                                                                       lesão, defeito ou
                                                                       falha na integridade
                                                                       cutânea ocorre em
                                                                       três fases sobrepostas
                                                                       e biologicamente
                                                                       distintas. Após a
                                                                       lesão inicial, há uma
                                                                       fase inflamatória
                                                                       inicial, cujo objetivo
                                                                       é remover os tecidos
                                                                       desvitalizados e
                                                                       prevenir a infecção
                                                                       invasiva. Em
                                                                       seguida, há uma fase
                                                                       proliferativa durante
                                                                       a qual se busca o
                                                                       equilíbrio entre a
                                                                       formação da ci­ atriz
                                                                                     c
                                                                       e a regeneração
                                                                       do tecido.
                                                                       Nor­ almente, a
                                                                          m
                                                                       formação de cicatrizes
                            Foto: ©Mikhail Malyugin | Dreamstime.com
                                                                       predomina, embora
                                                                       seja possível que a



Fatores de
                                                                       regeneração ocorra
                                                                       totalmente. A fase
                                                                       de remodelamento


Crescimento em                                                         é a maior e menos
                                                                       compreendida fase
                                                                       do processo de

Cirurgia Plástica                                                      cicatrização, cujo
                                                                       objetivo é maximizar
                                                                       a força e integridade
Uso benéfico nas três fases do                                         estrutural da ferida.
                                                                       Esta fase pode
processo de cicatrização de feridas,                                   durar de 21 dias
ideal no pós-cirúrgico.                                                até 1 ano1,2.


                                                                                                Edição XIX 13
(VEGF), Fator de Cres­ i­ ento Derivado
                                                                                                                       cm
                    O processo de cicatrização é regulado por
                                                                                                  de Plaquetas (PDGF) e o Fator de
                     numerosos fatores de crescimento, como                                       Crescimento           Fibroblástico     Básico
                     o Fator de Cres­ imento Epidermal (EGF),
                                    c                                                             (bFGF). O bFGF é um membro de
                    Fator de Cres­ imento Transformador Beta
                                  c                                                               uma grande família de proteínas re­­
                                                                                                                                    la­

                      (TGF-β), Fator de Crescimento Vas­ ular
                                                         c                                        cionadas estruturalmente que se ligam
                                                                                                  à heparina ou ao heparan sul­a­o e
                                                                                                                              f t
                     Endotelial (VEGF), Fator de Cres­ i­ ento
                                                     cm
                                                                                                  modulam o crescimento, diferen­ iação,
                                                                                                                                c
                   Derivado de Plaquetas (PDGF) e o Fator de                                      migração e sobrevi­ ência de uma
                                                                                                                    v
                     Crescimento Fibroblástico Básico (bFGF).                                     ampla variedade de tipos de células3.
                                                                                                      O objetivo do tratamento pós-
                                                                                                  cirúrgico é fornecer ferramentas para
                                                                                                  acelerar o processo de cicatrização
                                                                                                  das feridas, reduzindo o tempo de
                                                                                                  afastamento do paciente, acelerando
                                                                                                  o processo de recuperação da lesão
                                                                                                  causada pelo procedimento cirúrgico
                                                                                                  e   minimizando          a   ocorrência      de
                                                                                                  cicatrizes2,3.


                                                                                                      A angiogênese tem papel essencial
                                                                                                  no reparo dos tecidos. O VEGF é um
                                                                                                  mediador da angiogênese através do
                                                                                                  receptor VEGF-R1 e -R2 Quinase e
                                                                                                  os co-receptores, neuropilinas Np1
                                                                                                  e Np2. Em estudo1 publicado no
                                                                                                  British Journal of Surgery avaliou-se o
                                                                                                  papel do VEGF e seus receptores em
                                                                                                  feridas cirúrgicas humanas e papel na
                                                                                                  angiogênese. Biópsias de cicatrizes
                 O processo de cicatrização envolve      destas células causam uma resposta       foram obtidas de pacientes entre 3
              o trabalho coordenado de vários tipos      in­lamatória, a qual é essencial à
                                                           f                                      dias e 2 anos após o procedimento
              celulares, incluindo os queratinócitos,    formação de novo tecido e leva ao        cirúrgico.       As     biópsias      utilizadas
              fibroblastos, células endoteliais, ma­     fechamento da ferida. Neste processo,    como controle (pele normal) foram
              cró­agos e plaquetas. A migração, infil­
                 f                                       especialmente, a proliferação dos        obtidas durante o processo cirúrgico.
              tração, proliferação e diferenciação       fibroblastos e a migração exerce papel   Os pesquisadores realizaram a de­
                                                         importante na formação do tecido         terminação por imunohistoquímica dos
                                                         de granulação e no fechamento da         seguintes parâmetros: VEGF; VEGF-R1;
                                                         ferida1,2.                               VEGF-R2; Np1; Np2. A densidade
                                                             O processo de cicatrização é re­     microvascular (DMV) foi medida pelo
                                                         gu­ado por numerosos fatores de cres­
                                                           l                                      contagem Chalkley.
                                                         cimento, como o Fator de Cres­ i­ ento
                                                                                      cm
                                                         Epidermal (EGF), Fator de Cres­­
                                                                                       cimento        Resultados:
                                                         Transformador Beta (TGF-β), Fator            • A DMV foi significativamente
                                                         de Crescimento Vas­ u­ar Endotelial
                                                                           c l                    maior nas cicatrizes que nos controles


14   InformAÇÃO MAGISTRAL
(P=0,011) e foi relacionada à idade
da cicatriz (P=0,007);
                                             O objetivo do tratamento pós-cirúrgico é
     • A expressão de EGF, VEGF-R2,       fornecer ferramentas para acelerar o processo
Np1 e Np2 foram aumentadas signi­             de cicatrização das feridas, reduzindo
ficativamente em todas as cicatrizes e         o tempo de afastamento do paciente,
correlacionadas com DMV;
                                             acelerando o processo de recuperação da
     • Em contraste, a expressão de
VEGF-R1 foi reduzida e está rela­
                                           lesão causada pelo procedimento cirúrgico e
cionada com o aumento de VEGF e              minimizando a ocorrência de cicatrizes2,3.
VEGF-R21.



                     FATOR DE CRESCIMENTO VASCULAR ENDOTELIAL - RECEPTORES 1 E 21




     Níveis de VEGF, VEGF-R2, Np1        tecidos lesionados, baseando-se na      mais de redução na área da úlcera,
e NP2 são aumentados, enquanto           Terapia de Sinalização Molecular .
                                                                          4
                                                                                 sem diferenças estatísticas entre o
expressão de VEGF-R1 é diminuída            Em outro estudo   5
                                                                  foi avaliada   grupo placebo e o grupo tratado
na    angiogênese,   sugerindo   um      a eficácia clínica do bFGF em           com bFGF 0,001%. O estudo sugere
papel    para   os   complexos    de     úlceras diabéticas. O bFGF tem          que o tratamento de úlceras deve ser
receptor de VEGF na cicatrização         demonstrado promover cicatrização       prolongado por pelo menos 8 semanas
precoce. Esta expressão de proteínas     de feridas. O objetivo deste estudo     consecutivas, aumentando a taxa de
alteradas e o aumento da presença        foi avaliar a eficácia clínica deste    resposta à cicatrização de úlceras em
de vasos sanguíneos sugere que a         fator de crescimento em úlceras         pacientes diabéticos. Os resultados
remodelação estrutural continua por      diabéticas e a relação de dose-         demonstram os benefícios de bFGF
pelo menos 2 anos após a cirurgia .
                                  1
                                         resposta,     conforme     avaliação    0,01% em acelerar o processo de
     O aumento da expressão do VEGF      realizada em 150 pacientes com          cicatrização de feridas5.
e ciclina D1 aumenta a proliferação      úlceras diabéticas não-isquêmicas           Quando      estudado     em   células
celular, consequentemente melhora o      foram randomizados neste estudo         epiteliais da córnea de cães, o bFGF
metabolismo de tecidos lesionados.       duplo-cego,    placebo    controlado,   mostrou    acelerar     o   processo   de
Associados à SOD, os fatores de          com relação de dose-resposta. O         proliferação, atuando beneficamente
crescimento podem ser sugeridos          pri­ eiro desfecho observado foi que
                                            m                                    no processo de cicatrização de feridas
como novos modelos de terapia para       os pacientes apresentaram 75% ou        do tecido epitelial6.


                                                                                                                         Edição XX 15
Para avaliar a influência da aplicação tópica                                  PROLIFERAÇÃO DOS FIBROBLASTOS EM
             do EGF sobre o crescimento de fibroblastos in                                       CULTURA7 APÓS A INCUBAÇÃO COM
             vitro. Fibroblastos humanos foram cultivados e                                     DIFERENTES FATORES DE CRESCIMENTO
             divididos em vários grupos. Quatro grupos foram
             incubados com quatro antibióticos distintos em
             diversas do­ agens e mais três grupos foram
                        s
             sub­ etidos à incubação com diferentes fatores
                m
             de crescimento, entre eles: bFGF 2400U/ml;
             EGF 2000U/ml; rHGH 0,016, 0,16 e 1,6g/L.
             Como resultados os pesquisadores obser­ aram
                                                   v
             que o EGF promove au­ ento significativo da
                                 m
             proliferação de fibroblastos em +/- 42%, apre­
             sentando-se como um promissor agente tópico
             para a cicatrização de feridas7.



                                      FATORES DE CRESCIMENTO, CITOCINAS E OUTRAS MOLÉCULAS
                                 BIOLOGICAMENTE ATIVAS NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS2:

              NOME
              Nome                              FONTE
                                                Fonte                                      DESCRIÇÃO
                                                                                           Descrição

              Fator de Crescimento
                                                Células endoteliais                        Promove a angiogênese
              Vascular Endotelial - VEGF

                                                                                           Promove a angiogênese; estimula a migração e crescimento das células
              Fator de Crescimento              Macrófagos, mastócitos, células
                                                                                           endoteliais. Promove a epitelização através da migração e proliferação de
              Fibroblástico básico - bFGF       endoteliais, linfócitos T
                                                                                           queratinócitos e fibroblastos.

              Fator de Crescimento                                                         Estimula a secreção de colagenase pelos fibroblastos para promover o
                                                Plaquetas, macrófagos.
              Epidermal - EGF                                                              remodelamento da matriz.


                                                                                           Promove angiogênese. Induz à expressão de moléculas de adesão e
                                                Plaquetas, macrófagos, Células
              Fator de Crescimento                                                         promove moléculas pró-inflamatórias, que estimulam a migração de
                                                T e B, hepatócitos, timócitos e
              Transformador Beta - TGF-β                                                   leucócitos e fibroblastos. Induz à síntese da MEC por inibir a atividade de
                                                placenta.
                                                                                           proteases e potencializa a síntese de colágeno e proteoglicanos.




           Referências                                           Oct;16(5):635-41.                                          6. Hu C, Ding Y, Chen J, Liu D, Zhang Y,
           1. Kumar I, Staton CA, Cross SS, Reed                 4. P Martikainen S, Santoro M, Laukkanen
                                                                     ,                                                      Ding M, Wang G. Basic fibroblast growth
           MW, Brown NJ. Angiogenesis, vascular                  MO. Extracellular Superoxide Dismutase                     factor stimulates epithelial cell growth
           endothelial growth factor and its receptors           Is a Growth Regulatory Mediator of Tissue                  and epithelial wound healing in canine
           in human surgical wounds. Br J Surg. 2009             Injury Recovery. Mol Ther. 2008 Dec 23.                    corneas. Vet Ophthalmol. 2009 May-
           Dec;96(12):1484-91.                                                                                              Jun;12(3):170-5.]
                                                                 5. Uchi H, Igarashi A, Urabe K, Koga T,
           2. Grabb & Smith’s. Plastic Surgery. Lippicott
                                                                 Nakayama J, Kawamori R, Tamaki K,                          7. Li JX, Liu XS, Tang H, Zhou X, Huang YS.
           Williams & Wilkins. 6th edition. USA: 2007.
                                                                 Hirakata H, Ohura T, Furue M. Clinical                     Influence of some topical antibiotics and
           3. Akita S, Akino K, Imaizumi T, Hirano A.            efficacy of basic fibroblast growth factor                 FGF2, EGF and rhGH on the biological
           Basic fibroblast growth factor accelerates            (bFGF) for diabetic ulcer. Eur J Dermatol.                 characteristics of fibroblasts in vitro.
           and improves second-degree burn wound                 2009 Sep-Oct;19(5):461-8. Epub 2009                        Zhonghua Shao Shang Za Zhi. 2006
           healing. Wound Repair Regen. 2008 Sep-                Jul 29.                                                    Feb;22(1):33-7.




16   InformAÇÃO MAGISTRAL
Fitoterápicos
Foto: ©Anton Maltsev | Dreamstime.com
                                                            em psiquiatria
                   estudos apresentam opções disponíveis
             na farmácia magistral para o controle da ansiedade
                      e melhora da qualidade do sono.

     Em uma meta-análise1 realizada através da avaliação de 30 estudos
                                                                                    EFICÁCIA DO EXTRATO DE
que cumpriram os critérios de inclusão, os pesquisadores compararam a       H. PERFORATUM E DOS ANTIDEPRESSIVOS
uti­i­­
   l zação do extrato de Hypericum per­oratum (conhecido popularmente
                                      f                                           SINTÉTICOS NO TRATAMENTO
co­ o Erva de São João) 100-300mg/três vezes ao dia à utilização de
  m                                                                                DA DEPRESSÃO EM GERAL E
anti­ epressivos sintéticos e placebo em pacientes com depressão.
    d                                                                            DEPRESSÃO LEVE A MODERADA1

     Resultados:
     • Foi observada vantagem signifi­ ativa do tratamento com H.
                                     c
perforatum em relação ao placebo no tratamento da depressão em
geral (53,3% versus 32,7%, respectivamente);
     • Em comparação, o extrato de H. perforatum apresentou eficácia
si­ ilar aos antidepressivos sintéticos no tratamento da de­ ressão
  m                                                        p
(eficácia de 53,2% versus 51,3%);
     • Para o tratamento da depres­ ão leve a moderada a eficácia do
                                  s
ex­rato de H. perforatum foi superior quando comparada à eficácia do
  t
tra­amento com antidepressivos sin­é­icos convencionais (59,5% versus
   t                              t t                                         A partir dos trinta estudos in­ luí­ os nesta meta-
                                                                                                            c d
52,9%);                                                                    análise ficou eviden­ iada a eficácia do extrato
                                                                                               c
     • Além disso, a taxa de efeitos adversos relacionadas ao tratamento   de H. perforatum no tratamento da de­ ressão
                                                                                                               p
menor com extrato de H. perforatum foram significativamente menores        leve a moderada, sendo superior ao tratamento
em comparação ao tratamento com antidepressivos sintéticos.                convencional    com    antidepressivos     sintéticos.


                                                                                                                                    Edição XX 17
Além disso, a terapia com este             início e ao final do tratamento foram                com depressão leve a moderada3.
              fitoterápico apresenta efeitos adversos    avaliadas.                                                Em outro estudo5 foi avaliada a
              reduzidos e alta taxa de adesão ao              Resultados:                                     eficácia da administração diária de
              tratamento1.                                    • Após seis semanas de tratamento,              340mg de extrato de Rhodiola rosea
                  A eficácia do H. perforatum no         os    grupos         tratados   com    extrato       por dez semanas no tratamento da
              tratamento da depressão foi avaliada       de    Rhodiola          rosea   apresentaram         desordem de ansiedade generalizada e
              em outra revisão sistemática e meta-       melhora significativa no quadro de                   demonstrou que os indivíduos tratados
              análise, onde vinte e três estudos ran­    depressão, com menor incidência de                   com este fitoterápico apresentaram
              domizados foram avaliados, incluindo       insônia e instabilidade emocional, em                melhora significativa nos sintomas,
              um total de 1757 pacientes com             comparação ao grupo tratado com                      sendo o tratamento bem tolerado
              desordens depressivas leves a mo­          placebo;                                             pelos pacientes4. A Rhodiola rosea,
              de­adamente severas. Os resultados
                r                                             • Não foram observados efeitos                  um dos mais promissores fitoterápicos
              demonstraram que o extrato de H.           adversos significativos entre o grupo                no tratamento da depressão, é um
              perforatum é eficaz em tratar desordens    tratado com Rhodiola rosea e o grupo                 estimulante adaptógeno, capaz de
              de­ ressivas, apresentando resultados
                p                                        tratado com placebo.                                 exercer atividade antidepressiva5.
              sig­ ificativamente superiores quando
                 n                                            • A administração de Rhodiola                        Fitoterápicos como a Kava-kava,
              comparado ao placebo, e resultados         rosea 340-680mg duas vezes ao dia                    Valeriana, C. asiática e P incarnata
                                                                                                                                        .
              similares à terapia com antidepressivos    melhora significativamente a insônia,                apresentam efeito ansiolítico, podendo
              sintéticos. Além disso, a incidência de    instabilidade emocional, somatização                 ser utilizados no tratamento de distúrbios
              efeitos adversos nos pacientes tratados    e depressão, apresentando-se como                    psiquiátricos como a desordem de
              com extrato de Erva de São João é          potencial antidepressivo em pacientes                ansiedade generalizada6,7.
              significativamente menor em relação
              aos pacientes tratados com a terapia
                                                          FITOTERÁPICO/DOSE                    INFORMAÇÕES ADICIONAIS
              com antidepressivos sintéticos (19,8%
                                                                                               O extrato de Kava tem sido extensivamente utilizado na
              versus 52,8%)2.                             Kava-Kava
                                                                                               medicina tradicional como ansiolítico, anticonvulsivante,
                  Outro fitoterápico recentemente         (Pipper methysticum)
                                                                                               sedativo e relaxante muscular. Alguns estudos clínicos
                                                          extrato seco 100mg/duas
              in­roduzido
                t             no   mercado   magistral                                         demonstraram o efeito ansiolítico do extrato de Kava, o qual é
                                                          vezes ao dia ou 200mg/
              foi o extrato da Rhodiola rosea. Es­                                             comparável ao efeito da buspirona e opipramol no tratamento
                                                          uma vez antes de deitar.
              tudo3 clínico randomizado, duplo-                                                da desordem de ansiedade generalizada6,7,8,9.

              cego e placebo controlado avalia o                                               A valeriana é conhecida por suas propriedades sedativas,
              efeito deste extrato no tratamento da                                            ansiolíticas e especialmente por seu efeito benéfico sobre
                                                          Valeriana
              depressão leve a moderada. Neste            (Valeriana officinalis L)
                                                                                               o sono (melhoria da qualidade do sono). Além disso,

              estudo, 89 pacientes com depressão                                               estudos em animais demonstraram seu efeito sedativo e
                                                          extrato seco 300mg/uma a
                                                                                               anticonvulsivante através de uma variedade de efeitos
              leve a moderada, com idade entre            três vezes ao dia.
                                                                                               sobre o sistema gabaérgico, incluindo liberação de GABA,
              18-70 anos, foram randomizados
                                                                                               diminuição da sua recaptação e degradação6,7,10,11,12.
              nos seguintes em três grupos de
                                                          Centella asiática                    Estudo demonstrou a eficácia da C. asiática no tratamento
              tratamento: grupo 1 (n=31) extrato
                                                          extrato seco 500mg/duas              da desordem de ansiedade generalizada, melhorando a
              de Rhodiola rosea 340mg/duas vezes
                                                          vezes ao dia.                        qualidade de vida dos pacientes e as funções cognitivas6,13,14.
              ao dia; grupo 2 (n=29) extrato de
              Rhodiola rosea 680mg/duas vezes                                                  A passiflora tem sido utilizada na medicina tradicional como
                                                                                               um calmante e ansiolítico, sendo que diversos estudos já
              ao dia;       grupo 3 (n=29) Placebo.       Passiflora incarnata
                                                                                               confirmaram sua eficácia no tratamento da desordem de
              O tratamento teve duração de seis           extrato seco 300-400mg/
                                                                                               ansiedade generalizada. Além dos benefícios da terapia com
              semanas e pontuações obtidas na             três a quatro vezes ao dia.
                                                                                               P incarnata, uma grande vantagem é sua alta tolerabilidade
                                                                                                .
              escala de Hamilton (Hamilton Rating                                              pelos pacientes e sua segurança6,15.
              Scale for Depression – HAMD) no


18   InformAÇÃO MAGISTRAL
InformAção Magistral Edição XX - 2012
InformAção Magistral Edição XX - 2012
InformAção Magistral Edição XX - 2012
InformAção Magistral Edição XX - 2012
InformAção Magistral Edição XX - 2012
InformAção Magistral Edição XX - 2012

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie InformAção Magistral Edição XX - 2012

Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...TCC_FARMACIA_FEF
 
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...Giovanni Oliveira
 
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...TCC_FARMACIA_FEF
 
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...Giovanni Oliveira
 
Guia de Produtos Wellness
Guia de Produtos WellnessGuia de Produtos Wellness
Guia de Produtos WellnessNezita Ori
 
Herbalife guia-de-produtos
Herbalife guia-de-produtosHerbalife guia-de-produtos
Herbalife guia-de-produtosesahaja
 
Ii congresso mineiro de farmacia competências farmacêutico_final
Ii congresso mineiro de farmacia competências farmacêutico_finalIi congresso mineiro de farmacia competências farmacêutico_final
Ii congresso mineiro de farmacia competências farmacêutico_finalangelitamelo
 
Planejamento -Estágio Loducca- JimmyPlan
Planejamento -Estágio Loducca- JimmyPlanPlanejamento -Estágio Loducca- JimmyPlan
Planejamento -Estágio Loducca- JimmyPlanGabriel Asencio
 
A importância dos medicamentos genéricos
A importância dos medicamentos genéricosA importância dos medicamentos genéricos
A importância dos medicamentos genéricosTCC_FARMACIA_FEF
 
A importância dos medicamentos genéricos
A importância dos medicamentos genéricosA importância dos medicamentos genéricos
A importância dos medicamentos genéricosTCC_FARMACIA_FEF
 
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil sp
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil   spPerfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil   sp
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil spTCC_FARMACIA_FEF
 
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil sp
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil   spPerfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil   sp
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil spTCC_FARMACIA_FEF
 
Confira os Anais do FARMABR 2012
Confira os Anais do FARMABR 2012Confira os Anais do FARMABR 2012
Confira os Anais do FARMABR 2012Instituto Racine
 
12 congresso de terapia intensiva pediátrica
12 congresso  de terapia intensiva pediátrica12 congresso  de terapia intensiva pediátrica
12 congresso de terapia intensiva pediátricaSandra Brassica
 
12 Congresso De Terapia Intensiva PediáTrica
12 Congresso  De Terapia Intensiva PediáTrica12 Congresso  De Terapia Intensiva PediáTrica
12 Congresso De Terapia Intensiva PediáTricasbrassica
 
Suplementos Nutricionais - Babosa (Aloe Vera)
Suplementos Nutricionais - Babosa (Aloe Vera)Suplementos Nutricionais - Babosa (Aloe Vera)
Suplementos Nutricionais - Babosa (Aloe Vera)Gelvin
 

Ähnlich wie InformAção Magistral Edição XX - 2012 (20)

Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
 
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
Estudo sobre condições de armazenamento de medicamentos em drogarias e distri...
 
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
 
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
Avaliação sobre o nível de conhecimento e a utilização de anticoncepcionais d...
 
Guia de Produtos Wellness
Guia de Produtos WellnessGuia de Produtos Wellness
Guia de Produtos Wellness
 
Herbalife guia-de-produtos
Herbalife guia-de-produtosHerbalife guia-de-produtos
Herbalife guia-de-produtos
 
Visita médica
Visita médicaVisita médica
Visita médica
 
Ii congresso mineiro de farmacia competências farmacêutico_final
Ii congresso mineiro de farmacia competências farmacêutico_finalIi congresso mineiro de farmacia competências farmacêutico_final
Ii congresso mineiro de farmacia competências farmacêutico_final
 
Planejamento -Estágio Loducca- JimmyPlan
Planejamento -Estágio Loducca- JimmyPlanPlanejamento -Estágio Loducca- JimmyPlan
Planejamento -Estágio Loducca- JimmyPlan
 
A importância dos medicamentos genéricos
A importância dos medicamentos genéricosA importância dos medicamentos genéricos
A importância dos medicamentos genéricos
 
A importância dos medicamentos genéricos
A importância dos medicamentos genéricosA importância dos medicamentos genéricos
A importância dos medicamentos genéricos
 
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil sp
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil   spPerfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil   sp
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil sp
 
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil sp
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil   spPerfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil   sp
Perfil dos antimirobianos mais utilizados no município de vitória brasil sp
 
Confira os Anais do FARMABR 2012
Confira os Anais do FARMABR 2012Confira os Anais do FARMABR 2012
Confira os Anais do FARMABR 2012
 
Mip
MipMip
Mip
 
Mip
MipMip
Mip
 
12 congresso de terapia intensiva pediátrica
12 congresso  de terapia intensiva pediátrica12 congresso  de terapia intensiva pediátrica
12 congresso de terapia intensiva pediátrica
 
12 Congresso De Terapia Intensiva PediáTrica
12 Congresso  De Terapia Intensiva PediáTrica12 Congresso  De Terapia Intensiva PediáTrica
12 Congresso De Terapia Intensiva PediáTrica
 
Medicamentos usdados em pediatria
Medicamentos usdados em pediatriaMedicamentos usdados em pediatria
Medicamentos usdados em pediatria
 
Suplementos Nutricionais - Babosa (Aloe Vera)
Suplementos Nutricionais - Babosa (Aloe Vera)Suplementos Nutricionais - Babosa (Aloe Vera)
Suplementos Nutricionais - Babosa (Aloe Vera)
 

InformAção Magistral Edição XX - 2012

  • 1. Inform.Ação w w w. a c a o m a g i s t r a l . o r g . b r MAGISTRAL Revista de Informação Científica Médica Distribuição Gratuita • Edição XX • 2012 Cura pela Natureza novas opções de tratamento a partir de extratos de plantas Cranberry redução de bactérias patogênicas no Fitoterápicos trato geniturinário em Psiquiatria novas opções para Arnica controle da ansiedade eficácia na osteoartrite e melhora da com atividade comparável qualidade do sono ao ibuprofeno
  • 2. Proteção Solar o ano todo! Os fotoprotetores A loção NORED são produtos autobronzeadora de vanguarda, NORED proporciona resultantes de um bronzeado pesquisas, testes, natural e a cor comprovações e aparece após desenvolvimento. 3-5 horas da Foram elaborados aplicação. Testado com matérias primas dermatologicamente. de última geração que garantem proteção efetiva, conferem sensorial diferenciado e permitem distribuição uniforme. Testado dermatologicamente. Contém TINOSORB ® Somente nas farmácias associadas
  • 3. Índice Editorial Potenciais benefícios do uso off-label Caro Doutor(a) de baixas doses de naltrexona - Neste ano, a Ação Magistral completa 10 Parte II, por Anderson Oliveira 4 anos. Ao longo destes anos fortalecemos o Extrato de Cranberry 7 segmento magistral com a qualificação con­ tínua dos associados. Estreitamos nosso re­a­ l Colágeno hidrolisado 9 11 cionamento com a classe médica através da revista Inform.Ação e do lançamentos de produtos das marcas NO Lactobacillus acidophillus em RED, PURIS e MAG. Em comemoração ao aniversário da Ação Ma­ pediatria 11 gistral serão lançados novos fotoprotetores NO RED ainda em 2012. Fatores de Crescimento em Cirurgia Mais uma vez trazemos aos senhores artigos variados, todos Plástica 13 indexados e com importante impacto na atividade de algumas especialidades. Fitoterápicos em psiquiatria 17 Apresentamos a sequência do artigo do Dr Anderson de Oliveira Gel de Arnica 20 sobre Naltrexona off-label, que será finalizado na próxima edição da revista. EXPEDIENTE Trouxemos dados do extrato de Cranberry na diminuição de bactérias patógenas no trato geniturinário, artigos sobre o uso de Diretoria Ação Magistral colágeno no tratamento da osteoartrite, de lactobacillus acidophilus Maria de Fátima Jacobus Alves (Presidente) em pediatria, como auxiliar no tratamento de dermatite atópica, Gilberto Biegelmeyer (Vice-Presidente) Maria Cecília O. M. Noronha (Diretor de Projetos) Fatores de crescimento como estimulante da cicatrização e, por fim, Vera Lúcia Bertol Scussel (Diretora de Negociações) fitoterápicos na psiquiatria. Vera Lúcia Garcia Sartori (Tesoureira) Roberta Pires Bastos Oliveira (Secretária) Esperamos deste modo contribuir na sua atividade e na saúde de seus pacientes. Coordenação Editorial Paulo Vasques Boa Leitura, Farm. Maria de Fátima Alves Conselho Editorial Adriana Herwig • Eduardo de Abreu Presidente Maria de Fátima Alves • Gilberto Biegelmeyer Rejane Heyse Ribas Atendimento Contato: Rua General Andrade Neves, 100 Visão da Ação Magistral Sala 401 • Centro • Porto Alegre • RS Seriedade e credibilidade 51 3227.7724 • www.acaomagistral.org.br Produção Editorial Coomunica Editora Missão da InformAção Magistral Porto Alegre • RS • 51 3029.1227 Atender às expectativas dos prescritores com informações Jornalista Responsável: atuais e tradicionais sobre produtos manipulados de Andréa Pelc Prestes (MTB 8914) ação comprovada. Foto da Capa: © Nilsz | Dreamstime.com Redação Pharmaceutical Assessoria e Treinamento Ltda. Textos elaborados por Pharmaceutical Assessoria e Treinamento LTDA. © Direitos autorais protegidos pela Lei www.pharmaceutical.com.br • 48 3234.7247 9.610/98. A Pharmaceutical não autoriza a veiculação deste material em quaisquer meios eletrônicos, sendo destinado exclusivamente aos profissionais da saúde devidamente habilitados e inscritos em seus conselhos Opiniões e ideias transmitidas por artigos assinados regionais, sendo proibida a veiculação deste material ou de parte de seu conteúdo ao público leigo. As informações contidas devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na clínica. Em caso de dúvidas, não refletem necessariamente nossa opinião. solicitações ou sugestões procure o farmacêutico ou a farmácia responsável pela disponibilização do mesmo. Edição XX 3
  • 4. Potenciais benefícios do uso off-label de baixas doses de naltrexona - Parte II Por Anderson Oliveira Ortofarma Laboratório de Controle da Qualidade Foto: © Helder Almeida | Dreamstime.com Baixa dose de células cancerosas. A ad­ inistração m para neuroblastoma, (ZAGON & naltrexona no câncer de Baixas Doses de Nal­­ trexona tem McLAUGHIN, 1983). Relatos de Em estudos conduzidos por Zagon efeito similar à admi­ is­ração do OGF n t . pro­issionais de casos isolados têm f e colaboradores foi descoberto que Quando uma bai­ a dose de naltrexona x reportado o sucesso do uso de baixas os opioides podem atuar como fa­o­ t ou OGF é ad­ i­ istrada, o OGF mn doses de naltrexona no tratamento do res de crescimento em células e te­ idos c reage com o re­ eptor OGFr no núcleo c câncer pancreático (no câncer pan­ neurais e não neurais. Foi obser­ ado v da célula e forma um complexo. O creático foi empregada terapia com­ que um opioide endógeno, metio­ complexo OGF-OGFr influencia os binada com baixa dose de naltrexona nina-5-encefalina, exerceu em baixas mecanismos de crescimento celular oral e ácido alfa-lipoico intravenoso) do­ es uma influência negativa no cres­ s e interrompe o crescimento celular. (BERKSON et al., 2006; BERKSON et cimento tumoral e um efeito esti­ u­ m Os receptores OGFr são encontrados al., 2009), linfoma (BERKSON et al., latório quando usado em altas doses. em diversas cé­u­as cancerosas. Em l l 2007), tumores metastáticos sólidos Este opioide foi denominado fator de humanos, o re­ eptor OGFr é altamente c intratáveis (terapia combinada de baixa crescimento opioide (OGF – Opioid expressado no coração e no fígado, dose de naltrexona com IL-2 subcutânea Growth Factor) (ZAGON et al., 2000.; moderadamente no músculo esquelético e melatonina oral) (LISSONI et al., ZAGON et al., 2007; CHENG et al., e no tecido re­ al e menos extensamente n 2002), câncer de pulmão e em diversos 2007; CHENG et al. 2008 ). Di­e­ f no cérebro e pâncreas (MOORE & outros tipos de como câncer de mama, rentemente da quimioterapia, o OGF WILKINSON, 2009). câncer de próstata, câncer hepático, não destrói a célula cancerosa ou ou­ O uso de baixas doses de nal­re­ t vários tipos de leucemias, cânceres tras células sadias. Portanto, ele não xona tem sido considerado em diversos renais, câncer hepático, câncer é citotóxico. Entretanto, o OGF inter­ tipos de câncer na forma de terapia ovariano, mieloma múltiplo (MOORE rom­ e o crescimento celular atra­ és de p v única ou combinada. Estudos com & WILKINSON, 2009). mecanismos imunológicos, por exem­­ plo, célu­as cancerosas e estudos pré- l A dose naltrexona relacionada nos levando macrófagos e linfó­ itos Natural c clíni­ os também têm demonstrado c estudos foi variável entre eles, sendo Killer a cumprir a tarefa de destruir as resultados potencialmente promissores a dose média empregada próxima a 4 InformAÇÃO MAGISTRAL
  • 5. 4,5mg/dia para pacientes adultos. benefícios clínicos, embora resultados ligeiramente melhores foram obser­ ados v O uso de baixas Baixa dose de naltrexona no grupo que recebeu a nal­rexona t doses de naltrexona no autismo pediátrico (BOUVARD et al., 1995). tem sido considerado Devido observação de altos níveis Um estudo clínico controlado por em diversos tipos endógenos de opioides em al­ umas g placebo conduzido por Campbell e crianças com autismo, alguns pes­ colaboradores avaliou a eficácia e de câncer na forma quisadores têm estudado a terapia com segurança da naltrexona em curto prazo de terapia única naltrexona para este distúrbio. no tratamento de 41 crianças autistas, ou combinada. Um estudo aberto inicial conduzido bem como seu efeito no aprendizado em Estudos com células por pesquisadores franceses utilizou laboratório. Nesse estudo a naltrexona cancerosas e estudos a naltrexona administrada na dose reduziu significativamente somente a de 1mg/kg e observou uma ime­ hiperatividade, sem a ocorrência de pré-clínicos também diata redução da hiperatividade, efeitos adversos sérios (CAMPBELL et al., têm demonstrado com­ ortamento de automutilação e p 1993). resultados na agressividade com concomitante O relato de um caso clínico potencialmente melhora da atenção em duas garotas publicado recentemente na revista promissores para autistas. Além disso, houve melhora Encephale concluiu que o tratamento no comportamento social como na de crianças com um distúrbio autístico neuroblastoma expressão de sorriso, observação dos sério, utilizando uma suspensão oral (...). Relatos de comportamentos sociais e da interação extemporânea de Naltrexona re­ resenta p profissionais de em brincadeiras e jogos. Os efeitos uma alternativa terapêutica poten­ casos isolados têm adversos observados foram sedação cialmente interessante para tratamento reportado o sucesso transitória no início do tratamento e de sintomas compor­a­ entais t m resis­ constipação moderada (LEBOYER et tentes à terapia clássica. Nesse caso, do uso de baixas al., 1993). o paciente iniciou o tratamento com doses de naltrexona Posteriormente, estes mesmos uma dose de 1mg/kg/dia, promo­ no tratamento do pesquisadores conduziram um estudo vendo um aumento transitório no com­ câncer pancreático duplo-cego, usando uma dose efetiva portamento negativo. Entretanto, com a (...), linfoma, tumores menor de naltrexona, 0,5mg/kg/dia, administração de uma dose subsequente e compararam com um placebo. Esse de 0,75mg/kg/dia houve a ocorrência de metastáticos sólidos estudo incluiu avaliações clínicas e significativa melhora. O comportamento intratáveis, câncer de bioquímicas. Foi observado que todas as de automutilação desapareceu com­ le­ p pulmão e em diversos crianças com autismo tinham elevações tamente e os efeitos adversos observados outros tipos de como marcantes de beta-endorfinas no início foram sedação transitória no início do câncer de mama, do estudo. Adicionalmente, 70% das tratamento e a ocorrência de constipação crianças exibiam níveis anormais baixos moderada (DESJARDINS et al., 2009). câncer de próstata, do hormônio adrenocorticotrófico Diversos outros pequenos estudos câncer hepático, vários (ACTH); 60% mostravam elevações utilizando a naltrexona no tratamento do tipos de leucemias, de norepinefrina; 50% apresentavam autismo têm sido realizados com resultados cânceres renais, elevações da arginina-vasopressina variáveis. Um artigo de revisão redigido câncer hepático, e 20% mostravam elevações na por Elchaar e colaboradores avaliou serotonina. As crianças de ambos os a eficácia e segurança da naltrexona câncer ovariano, grupos (placebo e grupo da baixa dose em pacientes com autismo através da mieloma múltiplo. de naltrexona) obtiveram modestos análise de vários estudos publicados Edição XX 5
  • 6. pode atenuar hiperatividade, agitação, O relato de um caso clínico publicado ataques de raiva, irritabilidade, exclu­ recentemente na revista Encephale concluiu são social e comportamentos estereo­ que o tratamento de crianças com um distúrbio tipados. Os pacientes podem também autístico sério, utilizando uma suspensão exibir melhora da atenção e do contato oral extemporânea de Naltrexona re­ resenta p no olhar. O efeito adverso mais co­ mumente relatado foi a sedação tran­ uma alternativa terapêutica poten­ ialmente c sitória. Efeitos adversos sérios não fo­ interessante para tratamento de sintomas ram relatados nos estudos de curto compor­ a­ entais resistentes à terapia clássica. t m prazo. Os revisores concluíram que uma criança afetada pelo autismo po­ obtidos via MEDLINE (no período de séries de casos e 14 estudos clínicos de se beneficiar com a terapia com a 1966 a 18 de maio de 2006) e do foram identificados como pertinentes. nal­rexona, particularmente se a criança t International Pharmaceutical Abstracts A análise da síntese de dados obtidos exibir comportamento de automutilação (no período de 1971 a 18 de maio de para esta revisão constatou que a nal­ e em situações onde outras terapias em­ 2006). Todos artigos que descreviam trexona tem sido usada no autismo em pregadas tenham falhado (ELCHAAR et ou avaliavam a eficácia e/ou segurança doses variáveis de 0,5 a 2mg/kg/dia e al., 2006). da naltrexona em pacientes pediátricos encontrou ser predominantemente efe­ com Autismo foram incluídos nessa re­ ti­ a na redução do comportamento de v Este artigo continua visão. Três relatos de casos clínicos, 8 automutilação. A Naltrexona também na próxima edição. Referências: Dose Naltrexone) Protocol for People With study. Psychiatry Res. 1995 Oct 16;58(3):191- 1. ZAGON, I.S. et al. “Opioid Growth Metastatic and Nonmetastatic Pancreatic 201. Factor Regulates the Cell Cycle of Human Cancer: A Report of 3 New Cases. Integr 13.CAMPBELL, M. et al. Naltrexone in Neoplasias”. International Journal of Cancer Ther 2009 8: 416-422. Autistic Children: Behavioral Symptoms and Oncology 17, no.5 (November 2000), 1053- 8. Berkson, BM, Rubin D, Berkson AJ. The Attentional Learning. Am. Acad. Child Adolesc. 1061. long-term survival of a patient with pancreatic Psychiatry, 1993, 32, 6:1283–1291. 2. ZAGON, I.S.; RAHN, K.A. & McLAUGHIN, cancer with metastases to the liver after 14.DESJARDINS, S. et al. Treatment of a P “Opioids and Migration, Chemotaxis, .J. treatment with the intravenous alpha-lipoic serious autistic disorder in al child with Invasion, and Adhesion of human cancer cells. acid/low-dose naltrexone protocol. Integr Naltrexone in an oral suspension form. Neuropeptides 41, no.6 (December 2007). Cancer Ther. 2006;5:83-89. Encephale, 2009, 35, 2:168-172. 442-452. 9. Berkson, BM, Rubin D, Berkson AJ. Reversal 15.GEKKER, G.; LOKENSPARD, P PETERSO, .; 3.CHENG, F. et al. “The Opioid Growth Factor of signs and symptoms of a B-cell lymphoma P Naltrexone Potentiates Anti-HIV-2 Activity . (OGF)-OGF Receptor Axis Uses the p16 in a patient using only lowdose naltrexone. of Antiretroviral Drugs in CD4+ Lymphocyte Pathway to Inhibit Head and Neck Cancer”. Integr Cancer Ther. 2007;6:293-296. Cultures. Drug and Alcohol Dependence 64, Cancer Research 67 (November 1, 2007), 10.LISSONI, P et al. Neuroimmunotherapy . no.3 (November 2001). 257-263. 10511-10518. of untreatable metastatic solid tumors 4.CHENG, F. et al. “The OGF-OGFr with subcutaneous low-dose interleukin-2, 16.BIHARI, B. et al. Low Dose Naltrexone Axis Utilizes the p21 Pathway no Restrict melatonin and naltrexone: Modulation in the Treatment of Acquired Immune Progression of Human Pancreatic Cancer”. of interleukin-2-induced antitumor Deficiency Syndrome. Oral Presentation at Molecular Cancer, January 11, 2008. immunity by blocking the opioid system. the IV Internationational AIDS Conference in Neuroendocrinology Letters 2002; 23:341- Stockholm, June 1988. 5. MOORE, E.A. & WILKINSON, S. The Promise of Low Dose Naltrexone Therapy. 344. 17. BIGLIARDI, P et al. Treatment of Pruritis .L. Jefferson, North Carolina: McFarland & 11. LEBOYER, M. et al. Opiate hypothesis with Topically Applied Opiate Receptor Company, 2009.213p. in infantile autism? Therapeutic trials Antagonist. Journal of American Academy of 6.ZAGON, L.S. & McLAUGHIN, P.J. with naltrexone. Encephale. 1993 Mar- Dermatology 56, no.6 (June 2007), 979-88. “Naltrexone Modulates Tumor Response in Apr;19(2):95-102. 18.GREENWAY, F. et al. Effect of naltrexone Mice with Neuroblastoma. Science 221, no. plus bupropion on weight loss in overweight 12. BOUVARD, M.P LEBOYER, M.; LAUNAY, .; 4611 (August 12, 1983), 671-673. and obese adults (COR-I): a multicentre, JM. et al. Low-dose naltrexone effects on 7. BERKSON, B.M; RUBIN D. M. & BERKSON, plasma chemistries and clinical symptons in randomised, double-blind, placebo-controlled, A.J. Revisiting the ALA/N (a-Lipoic Acid/Low- autism: a double-blind, placebo controlled phase 3 trial. Lancet 2010; 376: 595–605. 6 InformAÇÃO MAGISTRAL
  • 7. Extrato de Cranberry Benefícios na redução de bactérias patogênicas no trato geniturinário Foto: © Margo555 | Dreamstime.com Nos últimos anos, tem aumen­ado t muito o interesse em alguns com­ o­ p nentes presentes nos alimentos que pos­ uem benefícios à saúde humana. s Nos alimentos que são derivados de plantas, estes componentes, de ocor­­­ rência natural, formam par­ a Helicobacter pylori1,5, por exem­ lo. p de E. coli às células do epitélio va­ te do metabolismo secundário de Tem sido particularmente em­ re­ ada p g gi­ al e da bexiga. Neste estudo, os n mui­­ tipos de frutas e outros vege­ tos no tratamento e prevenção de in­ pesquisadores pré-incubaram colônias tais, os quais são conhecidos co­ o m fecções do trato urinário em mulheres de E. coli uropatogênica com extrato fito­ uímicos. A capacidade antioxi­ q e doenças do trato digestivo . 1 de cranberry (proantocianidinas: dante dos fitoquímicos, assim como a Acredita-se que os efeitos benéficos 9mg/g). As colônias pré-incubadas fo­ capacidade destes em auxiliar na pro­ ­ do cranberry sejam atribuídos aos seus ram testadas quanto à aderência nas moção da saúde e/ou possuir pro­ rie­ p compostos fenólicos, uma vez que é cé­ulas do epitélio vaginal e da bexiga, l dades preventivas de doenças, tem sido co­ hecido pela elevada concentração n comparando os resultados com os da­ atualmente objeto de intensos estudos de antocianinas, assim como apresenta dos prévios à incubação. Foi ainda tes­ pela comunidade científica . As amoras 1 conteúdo significativo de flavonoides, tado um extrato de proantocianidinas (berries), incluindo a framboesa (rasp­ flavan-3-ois, taninos (elagitaninos e isoladas do cranberry. Como resultados berry), mirtilo (blueberry), groselha proantocianidinas) e derivados fe­ os pesquisadores observaram que o (red currant) e oxicoco (cranberry) são nólico-ácidos1,6. extrato de cranberry diminuiu signi­ fontes ricas destes antioxidantes . 1,2 Segundo o Cochrane Reviews, o fi­ ativamente a aderência média de c O cranberry é particularmente rico consumo do extrato de cranberry re­ E. coli (p<0,001) ao epitélio vaginal em alguns compostos bioativos como duz a incidência de infecções do trato (de 18,6 para 1,8 bactérias/célula); propriedades antiproliferativas, anti­ urinário, sendo bastante efetivo em As proantocianidinas do extrato de oxidantes, antiinflamatórias e anti­ i­ m casos recorrentes da infecção, prin­ i­ c cranberry reduziram a adesão de E. coli crobianas , os quais são capazes de 1,3 palmente em mulheres . 7 à células do epitélio da bexiga de 6,9 inibir o crescimento de bactérias pa­ Estudo in vitro demonstra que o 8 para 1,6 bactérias/células (p<0,001); togênicas, como a Escherichia coli1,4 e extrato de cranberry inibe a aderência A inibição da aderência ocorreu de Edição XX 7
  • 8. forma linear e dose-dependente, em concentração de proantocianidinas de ADERÊNCIA DE E.COLI ÀS CÉLULAS EPITELIAIS DA VAGINA E BEXIGA, PRÉ E PÓS-TRATAMENTO COM EXTRATO DE CRANBERRY8 75 a 5 µg/ml8. Através de um estudo9 clínico ran­ do­ izado foi avaliada a efetividade de m produtos a base de cranberry na pro­ filaxia de infecções urinárias em mu­ lheres. A pesquisa comparou o suco e tabletes de cranberry com placebo, em 115 mulheres sexualmente ati­ as, v quanto à redução de quadros sin­ to­ áticos de infecção e redução de m consumo de antibióticos em um ano. Ambos os produtos compostos por cranberry reduziram os quadros de infecção (em aproximadamente 20%) e o consumo total de antibióticos, quando comparados com o placebo Pesquisadores alemães relacionaram a eficácia do cranberry em infecções (p<0,05). Com estes dados, os pes­ recorrentes de trato urinário com a afinidade das proantocianidinas da fruta pelas quisadores concluem que o consumo fimbrias do tipo P (responsáveis pela adesão da bactéria às células) presentes na de cranberry – na forma de suco ou E. coli. O cranberry impede a adesão das fimbrias, prevenindo a infecção10. tabletes – apresenta eficácia na pro­ A dose usual diária de utilização do extrato de cranberry é de 600-800mg, que filaxia de infecções urinárias recor­ pode ser dividido em duas tomadas. Quando administrado sob a forma de suco rentes em mulheres9. puro da fruta, recomenda-se a administração por três vezes diárias11. Referências structure of cranberry proanthocyanidins 9. Stothers L. A randomized trial to evaluate 1. Iswaldi I, Gómez-Caravaca AM, Arráez- which inhibit adherence of uropathogenic effectiveness and cost effectiveness Román D, Uberos J, Lardón M, Segura- P-fimbriated Escherichia coli in vitro. of naturopathic cranberry products as Carretero A, Fernández-Gutiérrez A. Phytochemistry. 2000 May;54(2):173-81. prophylaxis against urinary tract infection Characterization by high-performance liquid 5. Lin YT, Kwon YI, Labbe RG, Shetty in women. Can J Urol. 2002 chromatography with diode-array detection K. Inhibition of Helicobacter pylori and Jun;9(3):1558-62. coupled to time-of-flight mass spectrometry of associated urease by oregano and cranberry 10. Mathers MJ, von Rundstedt F, the phenolic fraction in a cranberry syrup used phytochemical synergies. Appl Environ Brandt AS, König M, Lazica DA, Roth to prevent urinary tract diseases, together with Microbiol. 2005 Dec;71(12):8558-64. S. [Myth or truth. Cranberry juice for a study of its antibacterial activity. J Pharm 6. Côté J, Caillet S, Doyon G, Sylvain JF, prophylaxis and treatment of recurrent Biomed Anal. 2012 Jan 25;58:34-41. Lacroix M. Analyzing cranberry bioactive urinary tract infection]. Urologe A. 2009 2. Haleem MA, Barton KL, Borges G, Crozier compounds. Crit Rev Food Sci Nutr. 2010 Oct;48(10):1203-5,1207-9. A, Anderson AS. Increasing antioxidant intake Oct;50(9):872-88. 11. Lynch DM. Cranberry for prevention of from fruits and vegetables: practical strategies 7. Jepson RG, Craig JC. Cranberries for urinary tract infections. Am Fam Physician. for the Scottish population. J Hum Nutr Diet. preventing urinary tract infections. Cochrane 2004 Dec 1;70(11):2175-7.Pesquisadores 2008 Dec;21(6):539-46. Database Syst Rev 2008;1:CD001321. alemães relacionaram a eficácia do 3. He X, Liu RH. Cranberry phytochemicals: cranberry em infecções recorrentes 8. Gupta K, Chou MY, Howell A, Wobbe C, Isolation, structure elucidation, and their de trato urinário com a afinidade das Grady R, Stapleton AE. Cranberry products antiproliferative and antioxidant activities. J proantocianidinas da fruta pelas fimbrias inhibit adherence of p-fimbriated Escherichia Agric Food Chem. 2006 Sep 20;54(19):7069- do tipo P (responsáveis pela adesão da coli to primary cultured bladder and 74. bactéria às células) presentes na E. coli. O vaginal epithelial cells. J Urol. 2007 cranberry impede a adesão das fimbrias, 4. Foo LY, Lu Y, Howell AB, Vorsa N. The Jun;177(6):2357-60. prevenindo a infecção10. 8 InformAÇÃO MAGISTRAL
  • 9. Colágeno hidrolisado nutracêutico rico em aminoácidos com benefícios sobre articulações e vantagens para pacientes com osteoartrite Com o passar de várias dé­ adas, o interesse pelo c articulações a possibilidade uso dos suple­ entos nutricionais expandiu-se considera­ m de resistência à tração e velmente, tanto através da utilização destes agentes para o rigidez. Este com­ onente é p alivio de sintomas, como também pelos efeitos específicos importante para o metabolismo sobre a fisiopatologia de doenças. Certos agentes, como a local, uma vez que fornece os glucosamina e a condroitina têm se tornado extremamente aminoácidos res­­ ponsáveis pela populares como suplementos alimentares com o propósito ma­­ tenção e me­a­ olismo des­ nu­ t b de apresentar benefícios na osteoartrite, sugerindo que ta estrutura, como tam­ ém auxilia b estes compostos apresentam eficácia similar aos anti- na pro­eção contra lesões das t inflamatórios não-esteroidais no manejo sintomático da articulações e reduz a dor em qua­ osteoartrite e, mais recentemente, o colágeno hidrolisado dros clínicos como a osteoartrite2. também tem sido estudado1. Um estudo4 ran­­ miza­ o com­ do­ d O colágeno hidrolisado é obtido através de hidrólise parou o efeito da ad­ i­ istração de mn enzimática de te­ idos colagenosos, principalmente dos c 10g diários de co­ágeno hidrolisado l ossos de mamíferos. A sua característica principal é sua à administração diária de 1,5g de composição de amino­ cidos, que é idêntica ao colágeno á glucosamina no tratamento da osteoartrite tipo II, fornecendo altos níveis de glicina e prolina, dois em cem (100) voluntários com idade igual ou aminoácidos essenciais para a estabilidade e regeneração maior que 40 anos foram submetidos a um da cartilagem . Para sintetizar um pico­ rama de colágeno 2 g destes tratamentos durante 90 dias. As análises tipo II, são neces­ ários mais de 1 bilhão de moléculas de s foram realizadas após 15, 30, 60 e 90 dias de glicina e 620 milhões de moléculas de prolina2,3. tratamento. Este agente nutracêutico é geral­ ente relacionado m Foto: ©Tallik | Dreamstime.com como um produto de baixo valor biológico, uma vez que não apresenta todos os aminoácidos essenciais: o triptofano ANÁLISE DA DOR IMEDIATA RELATADA PELOS não está pre­ ente, a cisteína é encontrada em bai­ as doses; s x PACIENTES DURANTE AS VISITAS4 entretanto, o valor bio­ógico deste componente não está l so­ ente relacionado à sua composição de aminoácidos, m mas ao seu efeito com­ inado com as outras proteínas b nutricionais1. Estudos recentes demons­ram que este valor t biológico é po­en­ ialmente elevado quando se admi­­ t c nistra o colágeno hidrolisado conco­ itantemente à outra fonte rica m em proteínas e aminoácidos, como o leite, rico em proteínas e peptídeos bioativos2. O colágeno tipo II corresponde a aproximadamente 70% do conteúdo da cartilagem articular e fornece às Edição XX 9
  • 10. A porcentagem destes eventos foi por goma xantana. A administração Através deste estudo, foi possível de 4,3% para o grupo suplementado do colágeno hi­ ro­isado e placebo d l concluir que a suplementação com co­ com colágeno e 10% para o grupo foi realizada através de 25ml de uma lágeno hidrolisado é eficaz em re­ uzir d da suplementado com glucosamina4. formulação líquida. dores articulares e possibilita redução Os pesquisadores concluem neste da deterioração articular em atletas, estudo que a suplementação com Resultados: melhorando o desempenho desses 10g de colágeno hidrolisado, durante indivíduos5. • Após a suplementação com 90 dias, apresentou maior eficácia O colágeno hidrolisado atua sobre co­ágeno hidrolisado, o parâ­ etro l m que a glucosamina no tratamento a reposição no organismo, aumentando dor em repouso, melhorou sig­ ifi­ n da osteoartrite. A redução do índice a formação fibrilar de sustentação ca­ivamente quando compa­ado ao t r WOMAC referente à limitação do mo­ deixando pele e músculos mais firmes. grupo placebo; vimento do joelho foi maior no grupo O colágeno é de vital importância pa­ • Os parâmetros: dores arti­ tratado com colágeno, assim como os ra a pele, cabelo, ossos, tendões, mús­ cu­a­es ao caminhar, ao ficar em l r pacientes deste grupo apresentaram culos e cartilagens. Fornece 19 ami­ pé, em repouso, carregando obje­ menos efeitos adversos4. noácidos e açúcares especializados tos e ao levantar-se, avaliados pe­ Além da osteoartrite, a admi­ ne­ essários para a manutenção do te­ c los participantes do estudo, após nis­ração do colágeno hidrolisado t cido conectivo, auxilia na recuperação su­ lementação p com o colá­ eno g foi in­ estigada v em um estudo 5 muscular, apresentando efeito sobre hi­ rolisado, melhoraram significa­ d prospectivo, randomizado, duplo- o tecido conjuntivo1,6. A dose diária tiva­ ente, quando comparados ao m cego, placebo con­rolado, o qual t recomendada é de 10g4,5. Os efeitos grupo placebo; avaliou o efeito desta suplementação colaterais relatados foram diarreia, em atletas com dores nos joelhos • No subgrupo que apresentava flatulência e distúrbios gastrointestinais4. associada à atividade física. Neste dores constantes nos joelhos, a me­ estudo 147 atletas (72 ho­ ens e m lhora observada foi mais evidente Referências 75 mulheres) foram ran­ o­ izados d m nos parâmetros analisados (dor em 1. Moskowitz RW. Role of collagen hydrolysate em dois grupos: um dos grupos repouso avaliado pelo médico, e os in bone and joint disease. Semin Arthritis foi suplementado com 10g/dia de parâmetros analisados pelos par­ Rheum. 2000 Oct;30(2):87-99. colágeno hidrolisado e ou outro ticipantes, dor ao caminhar, ao ficar 2. Walrand S, Chiotelli E, Noirt F Mwewa , S, Lassel T. Consumption of a functional grupo recebeu diariamente placebo. em pé, em repouso, correndo em fermented milk containing collagen hydrolysate O tratamento teve duração de vinte e linha reta e mudança de direção) improves the concentration of collagen-specific quatro semanas. No grupo placebo, após suplementação com colágeno amino acids in plasma. J Agric Food Chem. 2008 Sep 10;56(17):7790-5. o colágeno hidrolisado foi substituído hidrolisado. 3. Clark KL. Nutritional considerations in joint health. Clin Sports Med. 2007 Jan;26(1):101- 18. Review. AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE DORES ARTICULARES NOS 4. Trč T, Bohmová J. Efficacy and tolerance PARTICIPANTES QUE APRESENTAVAM DORES NOS JOELHOS of enzymatic hydrolysed collagen (EHC) vs. glucosamine sulphate (GS) in the treatment of knee osteoarthritis (KOA). Int Orthop. 2011 Mar;35(3):341-8. 5. Clark KL, Sebastianelli W, Flechsenhar KR, Aukermann DF Meza F Millard RL, Deitch , , JR, Sherbondy PS, Albert A. 24-Week study on the use of collagen hydrolysate as a dietary supplement in athletes with activity- related joint pain.Curr Med Res Opin. 2008 May;24(5):1485-96. 6. Dahmer S, Schiller RM. Glucosamine. Am Fam Physician. 2008 Aug 15;78(4):471-6. 10 InformAÇÃO MAGISTRAL
  • 11. Lactobacillus acidophilus em pediatria benefícios em pacientes com dermatite atópica Os lactobacilos são os pro­ ió­ b ticos mais frequentemente estu­ ados d A etiologia da DA não está totalmente no tratamento de doenças alérgicas, que inclui a utili­ ação em pacientes z esclarecida. Sabe-se que devido à alérgicos ao pólen ou pacientes predisposição genética ocorre um com rini­e alérgica perene1,2. Pou­ os t c desequilíbrio na produção das citocinas estu­ os têm investigado os efeitos d Th1 e Th2, com elevação significativa de com­ le­ entares da ad­ i­ istração p m mn Th2. Esta citocina invade as células da em longo prazo dos Lactobacillus acido­ hilus em re­ação à tera­ êutica p l p epiderme na fase inicial da DA e promove tradicional em pa­ ientes pediátricos c migração de macrófagos e eosinófilos, com dermatite atópica . 3 ativando células alergênicas específicas Estudo3 duplo-cego, randomi­ a­ z e não específicas como os interferons. A γ determina do, analisou o efeito da admi­ is­ração n t predominância de Interferon oral de Lactobacillus acido­ hilus no p uso concomitante de corti­ oides em c a severidade da doença. pacientes pediátricos com dermatite atópica (DA), apre­ entou os seguintes s resultados: • A administração oral de Lactobacillus melhora os sintomas da DA em crianças; • Os Lactobacillus afetam a concentração sérica das citocinas Th1 e Th2, reduzindo Th2 (que se encontra elevada na DA); • Através deste estudo os pesqui­ sadores concluem que o uso de pro­ bióticos reduz os sintomas da dermatite atópica em pacientes pediátricos. Sua utilização é complementar à terapia tradicional com corticóides3. Foto: ©Rumos | Dreamstime.com Edição XX 11
  • 12. Segundo um artigo publicado na edição Referências de Fevereiro deste ano, no periódico 1. Ishida Y, Nakamura F, Kanzato H, Sawada D, Yamamoto N, Kagata H, internacional Clinical Nutrition, Oh-Ida M, Takeuchi H, Fujiwara S. Effect of milk fermented with Lactobacillus pacientes com dermatite atópica acidophilus strain L-92 on symptoms apresentam desequilíbrio da composição of Japanese cedar pollen allergy: a randomized placebo-controlled trial. da microbiota intestinal podendo a Biosci Biotechnol Biochem. 2005 utilização de bactérias probióticas ser Sep;69(9):1652-60. 2. Ishida Y, Nakamura F, Kanzato H, benéfica para o balanço deste ambiente, Sawada D, Hirata H, Nishimura A, modificando a microbiota e a sua Kajimoto O, Fujiwara S. Clinical effects of Lactobacillus acidophilus strain L-92 on capacidade metabólica. perennial allergic rhinitis: a double-blind, placebo-controlled study. J Dairy Sci. 2005 Feb;88(2):527-33. Em outro estudo , 75 crian­ 4 guíneos anormais, sugerindo a 3. Torii S, Torii A, Itoh K, Urisu A, Terada A, Fujisawa T, Yamada K, Suzuki H, Ishida ças com idade de 2 a 10 anos e utilização deste agente como um Y, Nakamura F, Kanzato H, Sawada portadoras de DA foram rando­ promissor candidato para apli­ D, Nonaka A, Hatanaka M, Fujiwara mizadas e receberam o tratamento cações probióticas ou biotec­ S. Effects of Oral Administration of Lactobacillus acidophilus L-92 on the com Lactobacillus ou placebo por nológicas . Além disso, a micro­ iota 5 b Symptoms and Serum Markers of Atopic doze semanas. Após o período intestinal é a fonte mais importante Dermatitis in Children. Int Arch Allergy de tratamento observou-se que a para estimulação do sistema imune, Immunol. 2010 Sep 21;154(3):236-245. suplementação com Lactobacillus sendo responsável pela maturação 4. Woo SI, Kim JY, Lee YJ, Kim NS, Hahn YS. Effect of Lactobacillus sakei incrementou significativamente os deste e manter a função de barreira supplementation in children with atopic escores de melhora da doença. que previne uma invasão por eczema-dermatitis syndrome. Ann Allergy O grupo suplementado com patógenos6. Asthma Immunol. 2010 Apr;104(4):343-8. Lactobacillus apresentou redução 5. Hütt P Kõll P Stsepetova J, Alvarez B, , , Mändar R, Krogh-Andersen K, Marcotte H, signi­icativa de quimiocinas quan­ f Segundo um artigo publicado Hammarström L, Mikelsaar M. Safety and do comparado ao placebo. Con­ na edição de Fevereiro deste ano, persistence of orally administered human cluiu-se que a suplementação com no periódico internacional Clinical Lactobacillus sp. strains in healthy adults. Benef Microbes. 2011 Mar;2(1):79-90. Lactobacillus em crianças com Nutrition, pacientes com dermatite dermatite atópica melhorou signi­ atópica apresentam dese­ uilíbrio da q 6. Roessler A, Forssten SD, Glei M, Ouwehand AC, Jahreis G. The effect ficativamente o quadro clínico, composição da mi­ robiota intestinal c of probiotics on faecal microbiota comprovando que os probióticos podendo a utilização de bactérias and genotoxic activity of faecal water in patients with atopic dermatitis: A reduzem os níveis séricos de qui­ probióticas ser benéfica para o randomized, placebo-controlled study. Clin miocinas, atuando como com me­ balanço deste ambiente, modificando Nutr. 2012 Feb;31(1):22-9. diadores inflamatórios4. a mi­ robiota e a sua capacidade c 7. Gerasimov SV, Vasjuta VV, Myhovych me­abólica. Estudos anteriores de­ t OO, Bondarchuk LI. Probiotic supplement É importante ressaltar que a mons­raram que a administração t reduces atopic dermatitis in preschool children: a randomized, double-blind, utilização de cepas de Lactobacillus de uma mistura probiótica tende a placebo-controlled, clinical trial. Am J Clin sp. na casa de 8.3 e 3.9 x 1010 aliviar os sintomas de pacientes com Dermatol. 2010;11(5):351-61. UFC, por cinco dias consecutivos, dermatite atópica reduzindo o efeito 8. Shah NP Ding WK, Fallourd MJ, Leyer , demonstrou segurança e não re­ ­ de fatores genotóxicos pos­ i­ elmente sv G. Improving the stability of probiotic bacteria in model fruit juices using sultou em efeitos adversos gastro­ desencadeadores do qua­ ro clínico d vitamins and antioxidants. J Food Sci. intestinais severos ou valores san­ nestes pacientes6. 2010 Jun;75(5):M278-82. 12 InformAÇÃO MAGISTRAL
  • 13. A resposta normal dos mamíferos a uma lesão, defeito ou falha na integridade cutânea ocorre em três fases sobrepostas e biologicamente distintas. Após a lesão inicial, há uma fase inflamatória inicial, cujo objetivo é remover os tecidos desvitalizados e prevenir a infecção invasiva. Em seguida, há uma fase proliferativa durante a qual se busca o equilíbrio entre a formação da ci­ atriz c e a regeneração do tecido. Nor­ almente, a m formação de cicatrizes Foto: ©Mikhail Malyugin | Dreamstime.com predomina, embora seja possível que a Fatores de regeneração ocorra totalmente. A fase de remodelamento Crescimento em é a maior e menos compreendida fase do processo de Cirurgia Plástica cicatrização, cujo objetivo é maximizar a força e integridade Uso benéfico nas três fases do estrutural da ferida. Esta fase pode processo de cicatrização de feridas, durar de 21 dias ideal no pós-cirúrgico. até 1 ano1,2. Edição XIX 13
  • 14. (VEGF), Fator de Cres­ i­ ento Derivado cm O processo de cicatrização é regulado por de Plaquetas (PDGF) e o Fator de numerosos fatores de crescimento, como Crescimento Fibroblástico Básico o Fator de Cres­ imento Epidermal (EGF), c (bFGF). O bFGF é um membro de Fator de Cres­ imento Transformador Beta c uma grande família de proteínas re­­ la­ (TGF-β), Fator de Crescimento Vas­ ular c cionadas estruturalmente que se ligam à heparina ou ao heparan sul­a­o e f t Endotelial (VEGF), Fator de Cres­ i­ ento cm modulam o crescimento, diferen­ iação, c Derivado de Plaquetas (PDGF) e o Fator de migração e sobrevi­ ência de uma v Crescimento Fibroblástico Básico (bFGF). ampla variedade de tipos de células3. O objetivo do tratamento pós- cirúrgico é fornecer ferramentas para acelerar o processo de cicatrização das feridas, reduzindo o tempo de afastamento do paciente, acelerando o processo de recuperação da lesão causada pelo procedimento cirúrgico e minimizando a ocorrência de cicatrizes2,3. A angiogênese tem papel essencial no reparo dos tecidos. O VEGF é um mediador da angiogênese através do receptor VEGF-R1 e -R2 Quinase e os co-receptores, neuropilinas Np1 e Np2. Em estudo1 publicado no British Journal of Surgery avaliou-se o papel do VEGF e seus receptores em feridas cirúrgicas humanas e papel na angiogênese. Biópsias de cicatrizes O processo de cicatrização envolve destas células causam uma resposta foram obtidas de pacientes entre 3 o trabalho coordenado de vários tipos in­lamatória, a qual é essencial à f dias e 2 anos após o procedimento celulares, incluindo os queratinócitos, formação de novo tecido e leva ao cirúrgico. As biópsias utilizadas fibroblastos, células endoteliais, ma­ fechamento da ferida. Neste processo, como controle (pele normal) foram cró­agos e plaquetas. A migração, infil­ f especialmente, a proliferação dos obtidas durante o processo cirúrgico. tração, proliferação e diferenciação fibroblastos e a migração exerce papel Os pesquisadores realizaram a de­ importante na formação do tecido terminação por imunohistoquímica dos de granulação e no fechamento da seguintes parâmetros: VEGF; VEGF-R1; ferida1,2. VEGF-R2; Np1; Np2. A densidade O processo de cicatrização é re­ microvascular (DMV) foi medida pelo gu­ado por numerosos fatores de cres­ l contagem Chalkley. cimento, como o Fator de Cres­ i­ ento cm Epidermal (EGF), Fator de Cres­­ cimento Resultados: Transformador Beta (TGF-β), Fator • A DMV foi significativamente de Crescimento Vas­ u­ar Endotelial c l maior nas cicatrizes que nos controles 14 InformAÇÃO MAGISTRAL
  • 15. (P=0,011) e foi relacionada à idade da cicatriz (P=0,007); O objetivo do tratamento pós-cirúrgico é • A expressão de EGF, VEGF-R2, fornecer ferramentas para acelerar o processo Np1 e Np2 foram aumentadas signi­ de cicatrização das feridas, reduzindo ficativamente em todas as cicatrizes e o tempo de afastamento do paciente, correlacionadas com DMV; acelerando o processo de recuperação da • Em contraste, a expressão de VEGF-R1 foi reduzida e está rela­ lesão causada pelo procedimento cirúrgico e cionada com o aumento de VEGF e minimizando a ocorrência de cicatrizes2,3. VEGF-R21. FATOR DE CRESCIMENTO VASCULAR ENDOTELIAL - RECEPTORES 1 E 21 Níveis de VEGF, VEGF-R2, Np1 tecidos lesionados, baseando-se na mais de redução na área da úlcera, e NP2 são aumentados, enquanto Terapia de Sinalização Molecular . 4 sem diferenças estatísticas entre o expressão de VEGF-R1 é diminuída Em outro estudo 5 foi avaliada grupo placebo e o grupo tratado na angiogênese, sugerindo um a eficácia clínica do bFGF em com bFGF 0,001%. O estudo sugere papel para os complexos de úlceras diabéticas. O bFGF tem que o tratamento de úlceras deve ser receptor de VEGF na cicatrização demonstrado promover cicatrização prolongado por pelo menos 8 semanas precoce. Esta expressão de proteínas de feridas. O objetivo deste estudo consecutivas, aumentando a taxa de alteradas e o aumento da presença foi avaliar a eficácia clínica deste resposta à cicatrização de úlceras em de vasos sanguíneos sugere que a fator de crescimento em úlceras pacientes diabéticos. Os resultados remodelação estrutural continua por diabéticas e a relação de dose- demonstram os benefícios de bFGF pelo menos 2 anos após a cirurgia . 1 resposta, conforme avaliação 0,01% em acelerar o processo de O aumento da expressão do VEGF realizada em 150 pacientes com cicatrização de feridas5. e ciclina D1 aumenta a proliferação úlceras diabéticas não-isquêmicas Quando estudado em células celular, consequentemente melhora o foram randomizados neste estudo epiteliais da córnea de cães, o bFGF metabolismo de tecidos lesionados. duplo-cego, placebo controlado, mostrou acelerar o processo de Associados à SOD, os fatores de com relação de dose-resposta. O proliferação, atuando beneficamente crescimento podem ser sugeridos pri­ eiro desfecho observado foi que m no processo de cicatrização de feridas como novos modelos de terapia para os pacientes apresentaram 75% ou do tecido epitelial6. Edição XX 15
  • 16. Para avaliar a influência da aplicação tópica PROLIFERAÇÃO DOS FIBROBLASTOS EM do EGF sobre o crescimento de fibroblastos in CULTURA7 APÓS A INCUBAÇÃO COM vitro. Fibroblastos humanos foram cultivados e DIFERENTES FATORES DE CRESCIMENTO divididos em vários grupos. Quatro grupos foram incubados com quatro antibióticos distintos em diversas do­ agens e mais três grupos foram s sub­ etidos à incubação com diferentes fatores m de crescimento, entre eles: bFGF 2400U/ml; EGF 2000U/ml; rHGH 0,016, 0,16 e 1,6g/L. Como resultados os pesquisadores obser­ aram v que o EGF promove au­ ento significativo da m proliferação de fibroblastos em +/- 42%, apre­ sentando-se como um promissor agente tópico para a cicatrização de feridas7. FATORES DE CRESCIMENTO, CITOCINAS E OUTRAS MOLÉCULAS BIOLOGICAMENTE ATIVAS NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS2: NOME Nome FONTE Fonte DESCRIÇÃO Descrição Fator de Crescimento Células endoteliais Promove a angiogênese Vascular Endotelial - VEGF Promove a angiogênese; estimula a migração e crescimento das células Fator de Crescimento Macrófagos, mastócitos, células endoteliais. Promove a epitelização através da migração e proliferação de Fibroblástico básico - bFGF endoteliais, linfócitos T queratinócitos e fibroblastos. Fator de Crescimento Estimula a secreção de colagenase pelos fibroblastos para promover o Plaquetas, macrófagos. Epidermal - EGF remodelamento da matriz. Promove angiogênese. Induz à expressão de moléculas de adesão e Plaquetas, macrófagos, Células Fator de Crescimento promove moléculas pró-inflamatórias, que estimulam a migração de T e B, hepatócitos, timócitos e Transformador Beta - TGF-β leucócitos e fibroblastos. Induz à síntese da MEC por inibir a atividade de placenta. proteases e potencializa a síntese de colágeno e proteoglicanos. Referências Oct;16(5):635-41. 6. Hu C, Ding Y, Chen J, Liu D, Zhang Y, 1. Kumar I, Staton CA, Cross SS, Reed 4. P Martikainen S, Santoro M, Laukkanen , Ding M, Wang G. Basic fibroblast growth MW, Brown NJ. Angiogenesis, vascular MO. Extracellular Superoxide Dismutase factor stimulates epithelial cell growth endothelial growth factor and its receptors Is a Growth Regulatory Mediator of Tissue and epithelial wound healing in canine in human surgical wounds. Br J Surg. 2009 Injury Recovery. Mol Ther. 2008 Dec 23. corneas. Vet Ophthalmol. 2009 May- Dec;96(12):1484-91. Jun;12(3):170-5.] 5. Uchi H, Igarashi A, Urabe K, Koga T, 2. Grabb & Smith’s. Plastic Surgery. Lippicott Nakayama J, Kawamori R, Tamaki K, 7. Li JX, Liu XS, Tang H, Zhou X, Huang YS. Williams & Wilkins. 6th edition. USA: 2007. Hirakata H, Ohura T, Furue M. Clinical Influence of some topical antibiotics and 3. Akita S, Akino K, Imaizumi T, Hirano A. efficacy of basic fibroblast growth factor FGF2, EGF and rhGH on the biological Basic fibroblast growth factor accelerates (bFGF) for diabetic ulcer. Eur J Dermatol. characteristics of fibroblasts in vitro. and improves second-degree burn wound 2009 Sep-Oct;19(5):461-8. Epub 2009 Zhonghua Shao Shang Za Zhi. 2006 healing. Wound Repair Regen. 2008 Sep- Jul 29. Feb;22(1):33-7. 16 InformAÇÃO MAGISTRAL
  • 17. Fitoterápicos Foto: ©Anton Maltsev | Dreamstime.com em psiquiatria estudos apresentam opções disponíveis na farmácia magistral para o controle da ansiedade e melhora da qualidade do sono. Em uma meta-análise1 realizada através da avaliação de 30 estudos EFICÁCIA DO EXTRATO DE que cumpriram os critérios de inclusão, os pesquisadores compararam a H. PERFORATUM E DOS ANTIDEPRESSIVOS uti­i­­ l zação do extrato de Hypericum per­oratum (conhecido popularmente f SINTÉTICOS NO TRATAMENTO co­ o Erva de São João) 100-300mg/três vezes ao dia à utilização de m DA DEPRESSÃO EM GERAL E anti­ epressivos sintéticos e placebo em pacientes com depressão. d DEPRESSÃO LEVE A MODERADA1 Resultados: • Foi observada vantagem signifi­ ativa do tratamento com H. c perforatum em relação ao placebo no tratamento da depressão em geral (53,3% versus 32,7%, respectivamente); • Em comparação, o extrato de H. perforatum apresentou eficácia si­ ilar aos antidepressivos sintéticos no tratamento da de­ ressão m p (eficácia de 53,2% versus 51,3%); • Para o tratamento da depres­ ão leve a moderada a eficácia do s ex­rato de H. perforatum foi superior quando comparada à eficácia do t tra­amento com antidepressivos sin­é­icos convencionais (59,5% versus t t t A partir dos trinta estudos in­ luí­ os nesta meta- c d 52,9%); análise ficou eviden­ iada a eficácia do extrato c • Além disso, a taxa de efeitos adversos relacionadas ao tratamento de H. perforatum no tratamento da de­ ressão p menor com extrato de H. perforatum foram significativamente menores leve a moderada, sendo superior ao tratamento em comparação ao tratamento com antidepressivos sintéticos. convencional com antidepressivos sintéticos. Edição XX 17
  • 18. Além disso, a terapia com este início e ao final do tratamento foram com depressão leve a moderada3. fitoterápico apresenta efeitos adversos avaliadas. Em outro estudo5 foi avaliada a reduzidos e alta taxa de adesão ao Resultados: eficácia da administração diária de tratamento1. • Após seis semanas de tratamento, 340mg de extrato de Rhodiola rosea A eficácia do H. perforatum no os grupos tratados com extrato por dez semanas no tratamento da tratamento da depressão foi avaliada de Rhodiola rosea apresentaram desordem de ansiedade generalizada e em outra revisão sistemática e meta- melhora significativa no quadro de demonstrou que os indivíduos tratados análise, onde vinte e três estudos ran­ depressão, com menor incidência de com este fitoterápico apresentaram domizados foram avaliados, incluindo insônia e instabilidade emocional, em melhora significativa nos sintomas, um total de 1757 pacientes com comparação ao grupo tratado com sendo o tratamento bem tolerado desordens depressivas leves a mo­ placebo; pelos pacientes4. A Rhodiola rosea, de­adamente severas. Os resultados r • Não foram observados efeitos um dos mais promissores fitoterápicos demonstraram que o extrato de H. adversos significativos entre o grupo no tratamento da depressão, é um perforatum é eficaz em tratar desordens tratado com Rhodiola rosea e o grupo estimulante adaptógeno, capaz de de­ ressivas, apresentando resultados p tratado com placebo. exercer atividade antidepressiva5. sig­ ificativamente superiores quando n • A administração de Rhodiola Fitoterápicos como a Kava-kava, comparado ao placebo, e resultados rosea 340-680mg duas vezes ao dia Valeriana, C. asiática e P incarnata . similares à terapia com antidepressivos melhora significativamente a insônia, apresentam efeito ansiolítico, podendo sintéticos. Além disso, a incidência de instabilidade emocional, somatização ser utilizados no tratamento de distúrbios efeitos adversos nos pacientes tratados e depressão, apresentando-se como psiquiátricos como a desordem de com extrato de Erva de São João é potencial antidepressivo em pacientes ansiedade generalizada6,7. significativamente menor em relação aos pacientes tratados com a terapia FITOTERÁPICO/DOSE INFORMAÇÕES ADICIONAIS com antidepressivos sintéticos (19,8% O extrato de Kava tem sido extensivamente utilizado na versus 52,8%)2. Kava-Kava medicina tradicional como ansiolítico, anticonvulsivante, Outro fitoterápico recentemente (Pipper methysticum) sedativo e relaxante muscular. Alguns estudos clínicos extrato seco 100mg/duas in­roduzido t no mercado magistral demonstraram o efeito ansiolítico do extrato de Kava, o qual é vezes ao dia ou 200mg/ foi o extrato da Rhodiola rosea. Es­ comparável ao efeito da buspirona e opipramol no tratamento uma vez antes de deitar. tudo3 clínico randomizado, duplo- da desordem de ansiedade generalizada6,7,8,9. cego e placebo controlado avalia o A valeriana é conhecida por suas propriedades sedativas, efeito deste extrato no tratamento da ansiolíticas e especialmente por seu efeito benéfico sobre Valeriana depressão leve a moderada. Neste (Valeriana officinalis L) o sono (melhoria da qualidade do sono). Além disso, estudo, 89 pacientes com depressão estudos em animais demonstraram seu efeito sedativo e extrato seco 300mg/uma a anticonvulsivante através de uma variedade de efeitos leve a moderada, com idade entre três vezes ao dia. sobre o sistema gabaérgico, incluindo liberação de GABA, 18-70 anos, foram randomizados diminuição da sua recaptação e degradação6,7,10,11,12. nos seguintes em três grupos de Centella asiática Estudo demonstrou a eficácia da C. asiática no tratamento tratamento: grupo 1 (n=31) extrato extrato seco 500mg/duas da desordem de ansiedade generalizada, melhorando a de Rhodiola rosea 340mg/duas vezes vezes ao dia. qualidade de vida dos pacientes e as funções cognitivas6,13,14. ao dia; grupo 2 (n=29) extrato de Rhodiola rosea 680mg/duas vezes A passiflora tem sido utilizada na medicina tradicional como um calmante e ansiolítico, sendo que diversos estudos já ao dia; grupo 3 (n=29) Placebo. Passiflora incarnata confirmaram sua eficácia no tratamento da desordem de O tratamento teve duração de seis extrato seco 300-400mg/ ansiedade generalizada. Além dos benefícios da terapia com semanas e pontuações obtidas na três a quatro vezes ao dia. P incarnata, uma grande vantagem é sua alta tolerabilidade . escala de Hamilton (Hamilton Rating pelos pacientes e sua segurança6,15. Scale for Depression – HAMD) no 18 InformAÇÃO MAGISTRAL