Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Solos do Amazonas
1.
2. Importância do estudo do solo
Estudo estimam que apenas 11% dos solos do
mundo não possuem nenhuma restrição para o uso
agrícola . Na Amazônia os solos apresentam várias
restrições, por isso a importância do seu estudo ,pois o
uso descontrolado pode acarretar graves problemas ao
equilíbrio do ecossistema, além do comprometimento de
sua futura fertilidade e capacidade de manutenção da
vida.
3. Durante os vários programas governamentais e privados
de ocupação da Amazônia desde de 1970, foram raros os estudos
sobre a capacidade produtiva dos solos e sua aptidão de
resistência. Portanto, a sua importância de seu estudo reside em:
1. Fornecer informações detalhadas, essenciais aos planos de
desenvolvimento sugeridos por agências governamentais, pois a
qualidade do solo é obviamente um parâmetro fundamental na
definição do potencial de produção e sustentabilidade de
qualquer área agrícola.
2. Auxiliar no planejamento do uso sustentável, evitando impactos
negativos, almejando maior produção de alimentos e produtos
para o mercado interno e exportação.
3. Determinar o Zoneamento Ecológico-Econômico (Z.E.E) que
representa um dos instrumentos para promover a racionalização
da ocupação dos espaços e de redirecionamento de atividades na
Amazônia, determinado a aptidão dos locais a serem explorados.
4. Formação dos solos
Fatores de formação dos solos:
•
•
•
•
•
Clima;
Relevo;
Seres vivos;
Material de Origem;
Tempo.
Fig.1- camadas do horizonte
5. Relação entre solos e rochas
Os latossolos, na sua maior porção, foram
originados de rochas sedimentares, surgidas de um
mar raso que recobria a Amazônia no seu passado
geológico.
Os solos originados nas regiões do Escudos das
Guianas e do Escudo Brasileiro tem fertilidade mais
alta do que o da bacia sedimentar, pois foram
formados por rochas ígneas ou magmáticas.
Os solos famosos por sua fertilidade, a terra
rocha, de origem magmática (basáltica), são
encontrados em grandes áreas na bacia do Paraná,
nos planaltos areníticos meridionais, existindo na
Amazônia em pequenas manchas (no Pará; região da
rodovia Transamazônica e trechos de Rondônia).
6. Tipos de solos
Solos aluviais: são
solos decorrentes da
ação da erosão e
transporte.
Fig.2 -Rio Amazonas –
Manaus(AM)
Solos eluviais: são solos
produzidos
pelo
intemperismo e pela
diferenciação pedológica.
Fig.3 - Latossolos -Santarém(PA)
7. A classificação dos solos
Local do solo
Tipo
Característica*
Aptidão agrícola
Bem evoluído, argiloso na parte superficial.
Fertilidade
natural
baixa,
classificando-os na classe restrita.
Solo evidenciando a atuação do processo de
podzolização; forte eluvização de compostos
de aluminosos, com ou sem ferro; presença de
húmus ácido.
Sérias restrições ao uso agrícola
devido à textura arenosa, fertilidade
natural extremamente baixa.
Solo altamente evoluído laterizado, rico em
argilominerais e oxi-hidróxidos de ferro e
alumínio.
Baixa
fertilidade
natural,
apresentado restrições tanto para
cultivos anuais quanto perenes.
Quando há retirada total da
vegetação, apresentam certa queda
de produtividade.
Solos minerais hidromórficos , pouco
profundos a rasos, com pequena diferenciação
de horizontes, ausência acumulada de argila,
textura franco-arenosa ou mais fina.
Algumas unidades se prestam bem
ao uso agrícola, sendo que o uso
mais
comum,
atualmente,
é
pastagem plantada.
São solos minerais hidromórficos ou com
sérias restrições de drenagem. Geralmente
ocorrem em locais planos e baixos, onde há
oscilação do lençol freático.
A principal limitação relaciona-se
com drenagem imperfeita ou má,
que bastante o uso destes solos
durante uma parte do ano, quando
ficam saturados com água. Em face
da diversidade da textura e de suas
características químicas são mais
usados com pastagens.
Argissolo
Espodossolo
Latossolo
Terra Firme
Cambissolo
Plintossolo
8. A classificação dos solos
Local do solo
Tipo
Característica*
Aptidão agrícola
Gleissolos
Solo hidromórficos (saturado em
água), rico em matéria orgânica, com
redução dos compostos em ferro.
Baixa fertilidade natural, que
permanecem maior parte do ano
inundadas.
Neossolos flúvios
Solos de várzea
Aluviais
Solo pouco evoluído, com ausência
de horizonte B. predominam as
características herdadas do material
original (eluvial).
Alta
fertilidade
natural
que
desempenham papel importante na
produção agrícola da região, pois são
intensamente
utilizados
pelos
agricultores ribeirinhos durante o
período de baixa das águas dos rios.
Entretanto,
apresentam
sérias
restrições para culturas perenes,
devido à cheias.
Os
maiores
problemas
ao
desenvolvimento
de
atividade
agrícola nesses solos decorrem dos
riscos de inundação por cheias
Solos minerais não hidromórficos, periódicas ou por acumulação de
pouco evoluídos, formados depósitos água de chuvas na época de intensa
aluviais recentes, nas margens d’ pluviosidade. De maneira geral, os
água.
solos aluviais são considerados de
grande potencialidade agrícola, por
ocorrem em locais de relevo plano,
favorecendo
a
prática
de
mecanização agrícola intensiva.
10. Solos antropogênicos
( terra preta de índio)
Características gerais
Fig.5-Camadas da terra preta
Fig.6-Sítio Arqueológico
Terra preta de índio
• A textura da terra preta ou da
terra mulata é muito semelhante à
textura dos solos adjacentes,
assim como o subsolo;
• Presença
de
cerâmicas
e
fragmentos
de
ferramentas
entalhadas
em
rochas
e
características químicas em geral
associadas
com
habitações
humanas;
• As evidências também se revelam
na heterogeneidade de plantas
úteis associadas, encontradas em
concentrações cercadas por sítios
arqueológicos.
11. Solos concrecionários (lateríticos)
O processo de lixiviação remove as partículas
minerais dos solos, onde ocorre a concentração de
hidróxido de alumínio e ferro, que acabam formando uma
espécie de “ferrugem”, uma carapaça endurecida que
impõe limites à plena utilização agrícola. São solos de
natureza variável, caracterizados por apresentarem alta
concentração de concreções de lateríticas (piçarras) na
forma de cascalhos soltos.
12. Limitações no uso do solo na
Amazônia: o mito do celeiro
Erosão
Voçoroca
Fig.7 – imagem sobrea erosão do relevo
13. Implicações Ambientais de Desenvolvimento
Agrícola e Florestal na Amazônía
Emissão de Carbono
Perda de Nutrientes, Água e Solo
Biodiversidade
Susceptibilidade ao Fogo
Carbono da Biomassa
BOSQUE PRIMÁRIO
CONCENTR. DE DERRUBA E QUEIMA
ESTRADAAGRICULT. E PECUÁRIA
EXTENSIVAS
RIO
VEGETAÇÃO
SECUNDÁRIO
EXTRA. MADEIREIRA
EXTENSIVA
PRESSÃO SOBRE O
BOSQUE
EXTRAÇÃO DE PROD. NÃO
MADEIREIRAS
FLORESTA NÃO
EXPLORADA