2. Introdução
A partir do final do século XIII o feudalismo europeu começou a
apresentar fortes sintomas de perda de vitalidade, ou seja, era a sua
dinâmica atingindo os limites possíveis de seu funcionamento
estrutural. Para superar a inércia da economia feudal, era necessário
aumentar os mercados produtores de matérias-primas e de
consumidores de produtos manufaturados europeus. A saída foi a
expansão marítima.
3. Impérios Coloniais Ibéricos
»Império Português
A grande nobreza feudal portuguesa, que
atravessava uma ampla crise em decorrência da
crise geral do feudalismo do século XIV, via nessa
“união” uma forma de ter acesso a mais terras.
Contra essa situação colocaram-se a pequena
nobreza, os comerciantes e os artesãos,
principalmente de Lisboa, temerosos do poder que
teria essa nobreza com a união castelhana.
4. • Império colonial português:
Ilhas atlânticas: Madeira, Açores, e Cabo Verde;
África: Ceuta; Tanger; Mazagão, no Marrocos; de Arguim
(atual Mauritânia) até Serra Leoa, na costa Guiné; Mina, Ilha
do Príncipe, Ano Bom e São Tomé, no golfo da Guiné; além do
Congo e da Angola; Lourenço Marques, Inhambane, Sofola,
Queliname, Sena, Tete, Moçambique e Etiópia, na costa
Oriental.
Ásia: Ormuz, no golfo pérsico; Diu, Damão, Chaul, Goa,
Calicute, Cochim, Baçaim, na Índia; Colombo, no Ceilão;
Malaca, na Malásia; Timor, na Indonésia; Macau, na China.
América: Brasil
5. »Império Espanhol
• A história da Espanha foi profundamente
marcada pela luta contra os muçulmanos,
iniciada em 718, a qual perdurou por oito
séculos, finalizando em janeiro de 1492, com a
tomada de Granada. Durante esse período houve
a formação dos reinos de Castela, Leão, Navarra
e Aragão, os quais foram unificados, formando a
Espanha.
6. O império de Carlos V englobava terras que correspondem, hoje, aos
seguintes países e algumas unidades político-administrativas da
Europa, da América, da África e da Ásia:
Europa: Espanha, Áustria, Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália (parte
sul), Milão, Sardenha e Sicília.
África: Tunis; Peñon de Vélez e Melilha, no Marrocos; Orã e
Mostaganem, na Argélia.
Mediterrâneo: Ilhas Baleares.
Atlântico: Ilhas Canárias.
Ásia: Filipinas.
América: Califórnia, Arizona, Texas, Colorado, Utha, Geórgia, Flórida
e Novo México nos Estados Unidos da América (EUA); México,
Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Panamá,
Cuba, Haiti, Porto Rico, São Domingos, Colômbia, Venezuela,
Equador, Peru; Amazonas, Roraima, parte do Pará no Brasil; Bolívia,
Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai.
7. Expedições Espanholas na Amazônia
Quinhentista
• Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), a maior
parte do território que representa hoje a
Amazônia pertencia à Espanha. Até por volta de
1570, cerca de duas dezenas de expedições com
patrocínio espanhol tentaram penetrar na
Amazônia. Dessas, apenas duas percorreram,
totalmente, a calha do Solimões-Amazonas: a
Expedição de Francisco de Orellana, em 1542, e
a de Pedro de Ursúa/Lopo de Aguirre, em 1560-
1561.
8. Expedição de Francisco Orellana
• Segundo Antonio Porro, depois da conquista do
Peru (1532), pelas tropas de Francisco Pizarro,
os espanhóis inteiravam-se de notícias a respeito
de duas regiões que, na sua imaginação, torna-
se-iam fabulosas: o “El Dorado” e o “País das
Canelas”. Símbolo da utopia americana e nunca
precisamente situados, esses paraísos do ouro e
das especiarias iriam levar à exploração do
noroeste da América do Sul e da bacia
amazônica.
10. Expedição de Ursúa/Aguirre
• As notícias que chegaram a Lima, através dos
sobreviventes da expedição de Orellana,
reavivaram no Peru a crença já existente de
países fabulosamente ricos perdidos nas
florestas equatoriais. A expedição mais famosa,
não pelo sucesso, mas pelos dramas humanos
que envolveu, foi de Ursúa e Agirre, em 1560-61,
que desceu o Marañon e todo o Amazonas até o
Atlântico.
11. Conquista Lusitana da Amazônia
• » União Ibérica (1580-1640)
Com a morte de D. Sebastião, rei de Portugal, em 1578, e a de
seu sucessor, o cardeal D. Henrique, em 1580, instaurou-se
uma crise de sucessão dinástica, pois nenhum dos referidos
monarcas deixou sucessores diretos. Entretanto, de acordo
com o parentesco entre as casas reais, dois pretendentes
reclamaram o trono do reino de Portugal: Filipe II, rei da
Espanha, e D. Catarina, duquesa de Bragança,
respectivamente filhos de D. Isabel e de D. Duarte, que eram
filhos de D. Manuel. Portanto, Filipe e Catarina eram netos de
um falecido rei de Portugal, ambos por linha direta e legítima.
12. Ocupação Militar: o Forte do Presépio
• A conquista da Amazônia inicia-se em 1616. A
Amazônia significava para os portugueses
apenas um problema militar, pois o delta
amazônico vinha sendo ocupado por ingleses e
holandeses. Por seu turno, os franceses, já
instalados em Caiena, alcançaram o Maranhão,
onde fundaram São Luís, em 1612.
13. Administração Colonial da Amazônia
• Devido às dificuldades de comunicação da nova
conquista com a Bahia, sede da administração
do Estado do Brasil, o rei Filipe III da Espanha
criou, em 1621, o Estado do Maranhão, com
capital em São Luís, ligado a Lisboa.
14.
15. Expedição de Pedro Teixeira
• Devido à União Ibérica, desde o início, os
portugueses que estavam na porção propriamente
dita de Portugal, tinham ordens régias para
efetuarem a conquista territorial mais a oeste da
Amazônia, na porção espanhola. Porém, por uma
série de problemas, ainda não tinham cumprido as
determinações reais até que algo inusitado
acontecesse: a chegada inesperada da chamada
Expedição dos Irmãos Leigos composta pelos frades
franciscanos espanhóis, Domingos de Brieba e
André de Toledo, ao forte de Gurupá, em 5 de
fevereiro de 1637.
16. Crônica do Padre Acuña
• Durante a longa viagem de volta, o padre Acuña
recolheu todas as informações possíveis sobre os
costumes dos índios, a fauna, a flora e a
geografia Amazônica, o que lhe possibilitou a
feitura do famoso livro “Novo Descobrimento do
Grande Rio das Amazonas”, um verdadeiro
tratado, contendo detalhes da terra e do homem
da Amazônia, e que foi publicado em 1641.
17. Conclusão
• Foi um período no qual as Monarquias em
aliança com a burguesia mercantil se “jogaram”
na famosa Expansão Marítima. Pode-se notar
também que os navegadores viajavam sempre
com suposições de que havia países
fabulosamente ricos perdidos nas florestas
equatoriais, como o El Dorado, por exemplo.
18. Referências
• AS PRIMEIRAS imagens da Amazônia. Disponível
em: < http://www.povosdamazonia.am.gov.br.
Acesso em: 22/02/2011
• DOS SANTOS, Francisco Jorge. História Geral da
Amazônia. Rio de Janeiro: Editora MemVavMem