O documento discute a estrutura do parágrafo dissertativo e fornece exemplos de tópicos frasais. Apresenta os elementos-chave do parágrafo como introdução, desenvolvimento e conclusão. Também explica como desenvolver o tópico frasal usando adição, exemplos, razões, análise e oposição. Fornece vários exemplos de tópicos frasais bem estruturados.
3. O parágrafo-padrão
a) introdução - também denominada tópico frasal, é
geralmente a primeira frase do parágrafo, que expressa,
de maneira sintética, a ideia principal do parágrafo,
definindo seu objetivo;
b) desenvolvimento - corresponde a uma ampliação
do tópico frasal, com apresentação de ideias
secundárias que o fundamentam ou esclarecem;
c) conclusão - nem sempre presente, especialmente
nos parágrafos mais curtos e simples, a conclusão
retoma a ideia central, levando em consideração os
diversos aspectos selecionados no desenvolvimento.
4. O tópico-frasal
A frase principal, que apresenta a
informação central do parágrafo,
chama-se tópico frasal. Geralmente
tal período é mais curto que os outros,
apresentando uma informação
genérica, que as demais frases do
parágrafo desenvolvem e aprofundam.
Professor Jason Lima
5. O tópico-frasal
Não é obrigatório que a primeira frase do parágrafo seja o
tópico frasal. No entanto, na hora de escrever uma redação em
um concurso, vale lembrar que costuma ser mais rápido
escrever parágrafos iniciados pelo tópico frasal, apresentando
brevemente a informação central daquele bloco. Isso evita que
o autor do texto se perca e facilita o trabalho do corretor, o
qual identifica rapidamente a que se refere cada parágrafo do
texto, logo na primeira leitura.
6. Nunca é pouco lembrar os três primeiros aspectos vistos
por um corretor:
a macroestrutura textual (paragrafação);
a introdução;
o tópico-frasal e o tamanho dos períodos.
7. O tópico-frasal
As frases que se sucedem ao tópico
frasal devem se remeter a ele,
aprofundando ou alargando algum
aspecto nele contido.
8. O tópico-frasal
Devem-se evitar parágrafos com uma só frase. Um
parágrafo formado por um único período invariavelmente
incorrerá em um dos seguintes problemas:
1. comprimento excessivo, prejudicando a leitura;
2. superficialidade na abordagem, dada a exiguidade de
informações apresentadas.
9. O desenvolvimento do
tópico-frasal adição;
causa;
consequência
exemplo;
oposição;
dados estatísticos;
argumento de autoridade;
finalidade;
comparação;
explicação;
condição / hipótese / profecia.
10. O desenvolvimento do
tópico-frasal
Tópico frasal desenvolvido por enumeração:
Exemplo:
A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido
muitos benefícios às pessoas, tais como: informação,
por meio de noticiários que mostram o que acontece de
importante em qualquer parte do mundo; diversão,
através de programas de entretenimento (shows,
competições esportivas); cultura, por meio de filmes,
debates, cursos.
11. O desenvolvimento do
tópico-frasal
Tópico frasal desenvolvido por confronto:
Trata-se de estabelecer um confronto entre duas ideias, dois
fatos, dois seres, seja por meio de contrastes das diferenças, seja
do paralelo das semelhanças. Veja o Exemplo:
Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o
xadrez pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e
filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante.
No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o
jogador não pode seguir seus planos sem considerar os contra-
ataques do adversário, senão será prontamente abatido. O mesmo
acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido,
sem adaptar sua forma de agir às respostas do filho, sem
reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida
em que se apresentam.
12. O desenvolvimento do
tópico-frasal
Tópico frasal desenvolvido por razões:
No desenvolvimento apresentamos as razões, os motivos
que comprovam o que afirmamos no tópico frasal.
As adivinhações agradam particularmente às crianças. Por que
isso acontece de maneira tão generalizada? Porque, mais ou
menos, representam a forma concentrada, quase simbólica, da
experiência infantil de conquista da realidade. Para uma
criança, o mundo está cheio de objetos misteriosos, de
acontecimentos incompreensíveis, de figuras indecifráveis. A
própria presença da criança no mundo é, para ela, uma
adivinhação a ser resolvida. Daí o prazer de experimentar de
modo desinteressado, por brincadeira, a emoção da procura da
surpresa.
13. O desenvolvimento do
tópico-frasal
Tópico frasal desenvolvido por análise:
É a divisão do todo em partes.
Quatro funções básicas têm sido atribuídas aos meios de
comunicação: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira
diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários sobre
a realidade. A segunda atende à procura de distração, de
evasão, de divertimento por parte do público. A terceira
procura persuadir o indivíduo, convencê-lo a adquirir certo
produto. A quarta é realizada de modo intencional ou não, por
meio de material que contribui para a formação do indivíduo
ou para ampliar seu acervo de conhecimentos.
14. O desenvolvimento do
tópico-frasal
Tópico frasal desenvolvido pela exemplificação:
Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal
por meio de exemplos:
A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e
continuará existindo. Sua presença é uma constante em
diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas,
sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar
melhor; nas formas do pensamento religioso que falam de um
paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas sociais
que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos
que "sejamos realistas, exijamos o impossível".
15. Outros exemplos de
tópico-frasal
a) O isolamento de uma população determina as
características culturais próprias. Essas sociedades não têm
conhecimento das ideias existentes fora de seu horizonte
geográfico. É o que acontece na terra dos cegos do conto de
H.G. Welles. Os cegos desconhecem a visão e vivem
tranquilamente com sua realidade, naturalmente adaptados,
pois todos são iguais. Esse conceito pode ser exemplificado
também pelo caso das comunidades indígenas ou mesmo
qualquer outra comunidade isolada.”
16. Outros exemplos de
tópico-frasal
b) Entre 1890 e 1930 Taylor e outros conceberam a
administração científica. Taylor iniciou seus estudos nos
Estados Unidos, no final do século XIX e o desenvolvimento
das primeiras teorias sobre administração coincide com o início
do século XX. Durante esse período, em 1916, Henry Fayol, na
França, idealizou a teoria clássica das organizações, enquanto
Max Weber, na Alemanha, por volta de 1910, desenvolveu seu
trabalho sobre a escola burocrática de administração. Já
Frederick Taylor, em 1900, pôs em prática algumas de suas
ideias, demonstrando que as novas teorias podiam ser úteis ao
aumento da produção e do lucro.
17. Outros exemplos de
tópico-frasal
c) Não é fácil aprender um novo idioma. Existe um extenso
vocabulário para ser aprendido. Cometemos uma porção de
erros ao falar as novas palavras. Sentimos muitas dificuldades
para entender os nativos falantes do idioma. A gramática do
novo idioma possui uma estrutura diferente daquela que
conhecemos. É necessário muita prática para escrevermos
corretamente um texto no idioma que estamos aprendendo.
18. Outros exemplos de
tópico-frasal
d) Enquanto a criminalidade aumenta nos Estados Unidos,
onde se usa a pena de morte, a Inglaterra, que não tem pena
de morte desde 1975, apresenta um dos mais baixos índices
de criminalidade do mundo. Foi por esse e por vários outros
motivos que o Parlamento inglês recusou a proposta de
restabelecimento da pena de morte.
19. Outros exemplos de
tópico-frasal
e) Na realidade, como bem assinalou Albert Camus, a
execução da pena de morte “é um assassinato premeditado”.
O Estado programa o assassinato, marca dia e hora, contrata o
assassino e usa de toda sua força para transportar a pessoa
que vai ser assassinada para o local em que isso deverá
ocorrer. E tudo com grande publicidade, sabendo-se quem
montou a cena da morte da pessoa, quem a transportou,
quem se valeu da superioridade física e de armas para impedir
que a pessoa fugisse e, afinal, quem praticou o gesto que
acarretaria a morte dessa pessoa humana. E ninguém é
punido e muitos recebem dinheiro do Estado por essa
participação. Não pode haver maior absurdo, quando o mesmo
Estado pune quem matou uma pessoa, mesmo que seja
apenas culpado pelas mortes e não tenha tido a intenção de
matar.
20. Agora vocês estão prontos para
iniciar a produção textual. Muito
ainda há para se ver, mas o
primeiro passo tem de ser dado!