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Choque Circulatório

Ana Marques

Bianca Vargas
Definição

Expressão clínica de uma
insuficiência circulatória que
resulta em utilização inadequada
de oxigênio pelas células

 Afeta cerca de 1/3 dos pacientes na UTI
Diagnóstico
Sinais Clínicos
• Hipoperfusão
• Cutânea: pele fria e
úmida,
vasoconstricção e
cianose
• Renal: débito
urinário < 0,5mL/kg/h

• Neurológica:

alteração de nível de
consciência

Sinais
Hemodinâmicos
• Hipotensão
arterial
sistêmica
• PS < 90mmHg ou
PAM < 70mmHg

• Taquicardia

Sinais
Bioquímicos
• ↑ Lactato sérico
• > 1,5mmol/L
Mecanismos
Fisiopatológicos

Hipovolemia

Fatores
cardiogênicos

Obstrução

Fatores
distributivos
Diagnósticos Diferenciais
 De Backer et al.
 1600 pacientes
 Dopamina X
Norepinefrina
Diagnósticos Diferenciais
 Tipo e causa do choque podem ser evidenciados
pela história colhida, exame físico ou investigações
clínicas
 Ex.: Choque após trauma
 Choque hipovolêmico X cardiogênico X distributivo
 Exame físico completo: cor e temperatura da pele, estase
de jugular, edema periférico
 Ecocardiograma
Diagnósticos Diferenciais
Abordagem Inicial do
Paciente em Choque
Abordagem Inicial do
Paciente em Choque
 Suporte hemodinâmico adequado
 RCP iniciada enquanto se segue a investigação da
causa do choque
 Uma vez identificada, a causa deve ser rapidamente
corrigida

 Cateter arterial – pressão arterial e coleta de sangue
 Cateter venoso central – infusão de fluidos e agentes
vasoativos
Abordagem Inicial do
Paciente em Choque
 Tratamento inicial é orientado pelo problema
 Os objetivos são os mesmos independentemente da
causa do choque, embora os tratamentos usados para
atingi-los possam ser diferentes

 VIP:
 Ventilate (oxigênio)
 Infuse (reposição volêmica)
 Pump (agentes vasoativos)
Suporte Ventilatório
 Aumentar o aporte de O2 e prevenir hipertensão
pulmonar
 Administração de O2 deve ser imediata
 Oximetria de pulso X Gasometria
 Máscara de O2 X IOT
 dispneia severa, hipoxemia ou acidemia persistente ou
em piora (pH <7,3)
 Redução da demanda de O2 dos músculos respiratórios
 Diminuição da pós carga do VE
Reposição Volêmica
 Aumentar o fluxo sanguíneo microvascular e o débito
cardíaco
 Essencial em qualquer tipo de choque
 Administração de fluidos deve ser monitorada de
perto

 End points são difíceis de definir
 Tornar débito cardíaco independente da pré-carga
Reposição Volêmica
 Responsividade a fluidos em pacientes em VM
 Diretamente: medida do volume sistólico batimento a
batimento com uso de monitores do débito cardíaco
 Indiretamente: observação de variações na pressão de
pulso no traçado da pressão arterial durante o ciclo
ventilatório
 Elevação passiva das pernas – efeito transitório

 A reposição pode ser repetida se necessário, mas
deve ser interrompida rapidamente em caso de não
responsividade
Reposição Volêmica
 Reposição volêmica
 1)Escolher do tipo de fluido
 Cristaloides são a primeira escolha
 Albumina na hipoalbuminemia severa

 2)Definir a taxa de administração do fluido
 Rapidamente para induzir resposta rápida, mas não tanto a
ponto de provocar uma resposta ao estresse
 300 a 500 mL em 20 a 30 minutos

 3)Definir objetivo da reposição volêmica
 Aumento da PA / diminuição da FC / aumento do débito urinário

 4) Definir limites de segurança
 Edema pulmonar
 Poucos mmHg acima do valor basal da PVC
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Casos de hipotensão severa ou persistência dela
após administração de fluidos
 Administração enquanto a reposição volêmica é feita
 Agonistas adrenérgicos são os vasopressores de
primeira linha
 Início de ação rápido, alta potência, meia-vida curta →
fácil ajuste de dose
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Receptores β-adrenérgicos
 ↑ fluxo sanguíneo
 ↑ risco de isquemia miocárdica (↑ FC e contratilidade)
 Pacientes com bradicardia severa (isoproterenol)

 Receptores α-adrenérgicos
 ↑ tônus vascular e pressão sanguínea
 ↓ débito cardíaco e perfusão tecidual, especialmente
na região hepatoesplênica

 Raramente indicados
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Norepinefrina
 Vasopressor de primeira escolha
 Propriedades predominantemente α-adrenérgicas +
propriedades β-adrenérgicas moderadas, ajudando a
manter o débito cardíaco
 ↑ da PAM com pequenas alterações de FC e débito
cardíaco
 0,1 a 2μg/kg/min
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Dopamina
 Baixas doses: efeitos β-adrenérgicos
 Altas doses: efeitos α-adrenérgicos
 Efeitos relativamente fracos
 < 3μg/kg/min IV (Bellomo et al.)
 Expansão seletiva das circulações hepatoesplênica e renal,
mas ensaios controlados não mostraram efeito protetor da
função renal → uso não mais recomendado
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Dopamina
 Efeitos indesejados no sistema hipotálamo-hipófise –
imunossupressão através da redução da liberação de
prolactina

 De Backer et al., 2010: ensaio clínico controlado, duplo
cedo e randômico
 Não apresentou vantagem sobre a norepinefrina como
agente vasopressor de primeira linha
 Induziu mais arritmias
 Foi associada a uma taxa de mortalidade aumentada em
28 dias entre pacientes com choque cardiogênico
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Dopamina
 De Backer et al., 2012:
 Maior mortalidade entre pacientes com choque séptico em
relação à norepinefrina

 Dopamina não mais recomendada para o tratamento
de paciente em choque
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Epinefrina
 Baixas doses: efeitos β-adrenérgicos
 Altas doses: efeitos α-adrenérgicos
 Pode ser associada a aumentada taxa de arritmia,
diminuição no fluxo sanguíneo esplênico e aumento do
lactato sérico
 Estudos randômicos prospectivos não têm mostrado
benefícios da epinefrina sobre a norepinefrina no
choque séptico

 Agente de segunda linha para casos graves
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Angiotensina e Metaraminol
 Uso tem sido abandonado

 Óxido Nítrico
 Não tem se mostrado benéfico no choque cardiogênico
 Prejudicial no choque séptico
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Vasopressina
 Deficiência em pacientes em choque séptico muito
hipercinético → baixas doses de vasopressina pode
resultar em aumento substancial da PA
 VASST
 Adição de vasopressina em baixa dose à norepinefrina no
choque séptico foi segura
 Pode estar associada a menor mortalidade em choques
não graves ou em pacientes que também receberam
glicocorticoides

 Não deve ser usada em doses > 0,04U/min
 Apenas em pacientes com alto débito cardíaco
Agentes Vasoativos
VASOPRESSORES
 Terlipressina
 Análogo da vasopressina
 Ação dura por horas, em comparação com os minutos
da vasopressina → não apresentaria vantagens na UTI
Agentes Vasoativos
AGENTES INOTRÓPICOS
 Dobutamina
 Agente de escolha para aumentar débito cardíaco,
independente da administração de norepinefrina
 Propriedades predominantemente β-adrenérgicas,
tendendo menos a induzir taquicardia do que o
isoprotenerol
 Pequenas doses pode causar aumentos substancias no
débito cardíaco
 Doses >20μ/kg/min adicionam pouco benefício
Agentes Vasoativos
AGENTES INOTRÓPICOS
 Dobutamina
 Tem efeitos limitados na PA, embora ela possa aumentar
ligeiramente em pacientes com disfunção miocárdica
ou diminuir ligeiramente em pacientes com hipovolemia
de base
 A dose deve ser ajustada individualmente para que uma
perfusão tecidual adequada seja atingida
 Pode melhorar a perfusão capilar no choque séptico,
independentemente dos efeitos sistêmicos
Agentes Vasoativos
AGENTES INOTRÓPICOS
 Inibidores da fosfodiesterase tipo III
 Combinam propriedades inotrópicas e vasodilatadoras
 Podem reforçar os efeitos da dobutamina por diminuir o
metabolismo do AMPc

 Podem ser úteis quando os receptores β-adrenérgicos
estão em down regulation ou em pacientes
recentemente tratados com betabloqueadores
 Podem ter efeitos adversos em pacientes com
hipotensão, e sua meia vida longa impede um ajuste
minuto a minuto
 Infusões intermitentes de curto prazo de doses pequenas
são preferíveis a infusão contínua no choque
Agentes Vasoativos
AGENTES INOTRÓPICOS
 Levosimendan
 Se liga à troponina C cardíaca e aumenta a
sensibilidade dos miócitos ao cálcio
 Abre os canais de K sensíveis a ATP no músculo liso
vascular, causando vasodilatação
 Meia-vida de vários dias, o que diminui a praticidade de
seu uso em estados agudos de choque
Agentes Vasoativos
VASODILATADORES
 Redução da pós carga ventricular → Aumento do
débito cardíaco sem aumentar a demanda
miocárdica de O2
 Risco de diminuição da PA a um nível que
comprometa a perfusão tecidual
 Em alguns pacientes o uso prudente de nitratos e
outros vasodilatadores pode melhorar a perfusão
microvascular e a função celular
Suporte Mecânico
Suporte Mecânico
 Balão intraórtico
• Reduz a pós-carga de VE
• Aumenta fluxo sanguíneo coronário
• Uso rotineiro para choque cardiogênico não
é recomendado
Suporte Mecânico
 ECMO
• Medida temporária
• Pacientes com choque cardiogênico
reversível
Objetivos do Suporte
Hemodinâmico
Objetivos do Suporte
Hemodinâmico

Níveis
de
lactato

Pressão
arterial

Oferta de
oxigênio
DC

Microcirculação
Objetivos do Suporte
Hemodinâmico
 Pressão arterial
• Objetivo inicial
 Pressão arterial média de 65-70 mmHg

• Ajustes
 Estado mental, aparência da pele e débito
cardíaco
 Restaurar a perfusão tecidual

Paciente com oligúria
Paciente com sangramento agudo
Objetivos do Suporte
Hemodinâmico
 Débito Cardíaco e Oferta de O₂
• Determinantes da oferta de oxigênio

• Débito Cardíaco
 Monitorização
 Pré-definir um valor como meta não é
aconselhável

• SvO₂

• ScvO₂

Rivers et al., 2001
ScvO₂ pelo menos 70%
durante as 6 primeiras horas →
diminuição na taxa de
mortalidade
Objetivos do Suporte
Hemodinâmico
 Lactato
• Avaliações seriadas
• Mudanças ocorrem mais lentamente
Estado de baixo fluxo
Choque distributivo
 Decréscimo em horas se terapia efetiva
• Jansen et al., (2010)

Hipóxia tecidual
Aumento da glicólise
 Choque, lactato > 3 mmol/L

 Decréscimo de pelo menos 20% em 2 horas
Inibição da piruvato
Metabolismo anaeróbio redução de mortalidade
associado a
desidrogenase
hospitalar
Objetivos do Suporte
Hemodinâmico
 Microcirculação
• SDF (sidestream dark-field)
 Avaliação dos efeitos das intervenções no
fluxo microvascular em superfícies acessíveis,
como aérea sublingual
Objetivos do Suporte
Hemodinâmico
 Microcirculação
• NIRS (near-infrared spectroscopy)
 Determina saturação de oxigênio nos tecidos
 Quantifica disfunção microvascular

• Estudos futuros são necessários para afirmar
que esses métodos podem ser utilizados
como parâmetro
• Não podem ser recomendados
Prioridades terapêuticas
Prioridades Terapêuticas
 Primeira Fase
• Objetivo terapêutico
 Atingir pressão sanguínea e DC compatíveis
com a sobrevivência imediata
 Monitorização mínima
 Medidas de sobrevivência
 Drenagem pericárdica
 Revascularização em IAM
Prioridades Terapêuticas
 Segunda Fase
• Otimização
 Aumentar disponibilidade do oxigênio para a
célula
 Ressuscitação hemodinâmica
 SvO₂ e lactato
 Guiar a terapia

 Monitorização do DC
Prioridades Terapêuticas
 Terceira Fase
• Estabilização
 Prevenir disfunção orgânica

 Quarta Fase
• Desescalonar
 “Desmamar” as drogas vasoativas
 Promover poluiria espontânea
 Uso de diuréticos ou ultrafiltração
Prioridades Terapêuticas
Conclusões

Choque circulatório é
associado com alta
morbidade e mortalidade

Tratamento adequado é
baseado no
entendimento da
fisiopatologia

Rápida identificação
permite manejo agressivo

Tratamento inclui
correção da causa e
estabilização
hemodinâmica
Conclusões

Estabilização
hemodinâmica → infusão
de fluidos e drogas
vasoativas

Avaliação da resposta
terapêutica → evolução
clínica e lactato

Avaliação da
microvasculatura poderá
ser realizada no futuro

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Choque (1) 1

  • 2.
  • 3. Definição Expressão clínica de uma insuficiência circulatória que resulta em utilização inadequada de oxigênio pelas células  Afeta cerca de 1/3 dos pacientes na UTI
  • 4. Diagnóstico Sinais Clínicos • Hipoperfusão • Cutânea: pele fria e úmida, vasoconstricção e cianose • Renal: débito urinário < 0,5mL/kg/h • Neurológica: alteração de nível de consciência Sinais Hemodinâmicos • Hipotensão arterial sistêmica • PS < 90mmHg ou PAM < 70mmHg • Taquicardia Sinais Bioquímicos • ↑ Lactato sérico • > 1,5mmol/L
  • 6. Diagnósticos Diferenciais  De Backer et al.  1600 pacientes  Dopamina X Norepinefrina
  • 7. Diagnósticos Diferenciais  Tipo e causa do choque podem ser evidenciados pela história colhida, exame físico ou investigações clínicas  Ex.: Choque após trauma  Choque hipovolêmico X cardiogênico X distributivo  Exame físico completo: cor e temperatura da pele, estase de jugular, edema periférico  Ecocardiograma
  • 10. Abordagem Inicial do Paciente em Choque  Suporte hemodinâmico adequado  RCP iniciada enquanto se segue a investigação da causa do choque  Uma vez identificada, a causa deve ser rapidamente corrigida  Cateter arterial – pressão arterial e coleta de sangue  Cateter venoso central – infusão de fluidos e agentes vasoativos
  • 11. Abordagem Inicial do Paciente em Choque  Tratamento inicial é orientado pelo problema  Os objetivos são os mesmos independentemente da causa do choque, embora os tratamentos usados para atingi-los possam ser diferentes  VIP:  Ventilate (oxigênio)  Infuse (reposição volêmica)  Pump (agentes vasoativos)
  • 12. Suporte Ventilatório  Aumentar o aporte de O2 e prevenir hipertensão pulmonar  Administração de O2 deve ser imediata  Oximetria de pulso X Gasometria  Máscara de O2 X IOT  dispneia severa, hipoxemia ou acidemia persistente ou em piora (pH <7,3)  Redução da demanda de O2 dos músculos respiratórios  Diminuição da pós carga do VE
  • 13. Reposição Volêmica  Aumentar o fluxo sanguíneo microvascular e o débito cardíaco  Essencial em qualquer tipo de choque  Administração de fluidos deve ser monitorada de perto  End points são difíceis de definir  Tornar débito cardíaco independente da pré-carga
  • 14. Reposição Volêmica  Responsividade a fluidos em pacientes em VM  Diretamente: medida do volume sistólico batimento a batimento com uso de monitores do débito cardíaco  Indiretamente: observação de variações na pressão de pulso no traçado da pressão arterial durante o ciclo ventilatório  Elevação passiva das pernas – efeito transitório  A reposição pode ser repetida se necessário, mas deve ser interrompida rapidamente em caso de não responsividade
  • 15. Reposição Volêmica  Reposição volêmica  1)Escolher do tipo de fluido  Cristaloides são a primeira escolha  Albumina na hipoalbuminemia severa  2)Definir a taxa de administração do fluido  Rapidamente para induzir resposta rápida, mas não tanto a ponto de provocar uma resposta ao estresse  300 a 500 mL em 20 a 30 minutos  3)Definir objetivo da reposição volêmica  Aumento da PA / diminuição da FC / aumento do débito urinário  4) Definir limites de segurança  Edema pulmonar  Poucos mmHg acima do valor basal da PVC
  • 16. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Casos de hipotensão severa ou persistência dela após administração de fluidos  Administração enquanto a reposição volêmica é feita  Agonistas adrenérgicos são os vasopressores de primeira linha  Início de ação rápido, alta potência, meia-vida curta → fácil ajuste de dose
  • 17. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Receptores β-adrenérgicos  ↑ fluxo sanguíneo  ↑ risco de isquemia miocárdica (↑ FC e contratilidade)  Pacientes com bradicardia severa (isoproterenol)  Receptores α-adrenérgicos  ↑ tônus vascular e pressão sanguínea  ↓ débito cardíaco e perfusão tecidual, especialmente na região hepatoesplênica  Raramente indicados
  • 18. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Norepinefrina  Vasopressor de primeira escolha  Propriedades predominantemente α-adrenérgicas + propriedades β-adrenérgicas moderadas, ajudando a manter o débito cardíaco  ↑ da PAM com pequenas alterações de FC e débito cardíaco  0,1 a 2μg/kg/min
  • 19. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Dopamina  Baixas doses: efeitos β-adrenérgicos  Altas doses: efeitos α-adrenérgicos  Efeitos relativamente fracos  < 3μg/kg/min IV (Bellomo et al.)  Expansão seletiva das circulações hepatoesplênica e renal, mas ensaios controlados não mostraram efeito protetor da função renal → uso não mais recomendado
  • 20. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Dopamina  Efeitos indesejados no sistema hipotálamo-hipófise – imunossupressão através da redução da liberação de prolactina  De Backer et al., 2010: ensaio clínico controlado, duplo cedo e randômico  Não apresentou vantagem sobre a norepinefrina como agente vasopressor de primeira linha  Induziu mais arritmias  Foi associada a uma taxa de mortalidade aumentada em 28 dias entre pacientes com choque cardiogênico
  • 21. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Dopamina  De Backer et al., 2012:  Maior mortalidade entre pacientes com choque séptico em relação à norepinefrina  Dopamina não mais recomendada para o tratamento de paciente em choque
  • 22. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Epinefrina  Baixas doses: efeitos β-adrenérgicos  Altas doses: efeitos α-adrenérgicos  Pode ser associada a aumentada taxa de arritmia, diminuição no fluxo sanguíneo esplênico e aumento do lactato sérico  Estudos randômicos prospectivos não têm mostrado benefícios da epinefrina sobre a norepinefrina no choque séptico  Agente de segunda linha para casos graves
  • 23. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Angiotensina e Metaraminol  Uso tem sido abandonado  Óxido Nítrico  Não tem se mostrado benéfico no choque cardiogênico  Prejudicial no choque séptico
  • 24. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Vasopressina  Deficiência em pacientes em choque séptico muito hipercinético → baixas doses de vasopressina pode resultar em aumento substancial da PA  VASST  Adição de vasopressina em baixa dose à norepinefrina no choque séptico foi segura  Pode estar associada a menor mortalidade em choques não graves ou em pacientes que também receberam glicocorticoides  Não deve ser usada em doses > 0,04U/min  Apenas em pacientes com alto débito cardíaco
  • 25. Agentes Vasoativos VASOPRESSORES  Terlipressina  Análogo da vasopressina  Ação dura por horas, em comparação com os minutos da vasopressina → não apresentaria vantagens na UTI
  • 26. Agentes Vasoativos AGENTES INOTRÓPICOS  Dobutamina  Agente de escolha para aumentar débito cardíaco, independente da administração de norepinefrina  Propriedades predominantemente β-adrenérgicas, tendendo menos a induzir taquicardia do que o isoprotenerol  Pequenas doses pode causar aumentos substancias no débito cardíaco  Doses >20μ/kg/min adicionam pouco benefício
  • 27. Agentes Vasoativos AGENTES INOTRÓPICOS  Dobutamina  Tem efeitos limitados na PA, embora ela possa aumentar ligeiramente em pacientes com disfunção miocárdica ou diminuir ligeiramente em pacientes com hipovolemia de base  A dose deve ser ajustada individualmente para que uma perfusão tecidual adequada seja atingida  Pode melhorar a perfusão capilar no choque séptico, independentemente dos efeitos sistêmicos
  • 28. Agentes Vasoativos AGENTES INOTRÓPICOS  Inibidores da fosfodiesterase tipo III  Combinam propriedades inotrópicas e vasodilatadoras  Podem reforçar os efeitos da dobutamina por diminuir o metabolismo do AMPc  Podem ser úteis quando os receptores β-adrenérgicos estão em down regulation ou em pacientes recentemente tratados com betabloqueadores  Podem ter efeitos adversos em pacientes com hipotensão, e sua meia vida longa impede um ajuste minuto a minuto  Infusões intermitentes de curto prazo de doses pequenas são preferíveis a infusão contínua no choque
  • 29. Agentes Vasoativos AGENTES INOTRÓPICOS  Levosimendan  Se liga à troponina C cardíaca e aumenta a sensibilidade dos miócitos ao cálcio  Abre os canais de K sensíveis a ATP no músculo liso vascular, causando vasodilatação  Meia-vida de vários dias, o que diminui a praticidade de seu uso em estados agudos de choque
  • 30. Agentes Vasoativos VASODILATADORES  Redução da pós carga ventricular → Aumento do débito cardíaco sem aumentar a demanda miocárdica de O2  Risco de diminuição da PA a um nível que comprometa a perfusão tecidual  Em alguns pacientes o uso prudente de nitratos e outros vasodilatadores pode melhorar a perfusão microvascular e a função celular
  • 32. Suporte Mecânico  Balão intraórtico • Reduz a pós-carga de VE • Aumenta fluxo sanguíneo coronário • Uso rotineiro para choque cardiogênico não é recomendado
  • 33. Suporte Mecânico  ECMO • Medida temporária • Pacientes com choque cardiogênico reversível
  • 36. Objetivos do Suporte Hemodinâmico  Pressão arterial • Objetivo inicial  Pressão arterial média de 65-70 mmHg • Ajustes  Estado mental, aparência da pele e débito cardíaco  Restaurar a perfusão tecidual Paciente com oligúria Paciente com sangramento agudo
  • 37. Objetivos do Suporte Hemodinâmico  Débito Cardíaco e Oferta de O₂ • Determinantes da oferta de oxigênio • Débito Cardíaco  Monitorização  Pré-definir um valor como meta não é aconselhável • SvO₂ • ScvO₂ Rivers et al., 2001 ScvO₂ pelo menos 70% durante as 6 primeiras horas → diminuição na taxa de mortalidade
  • 38. Objetivos do Suporte Hemodinâmico  Lactato • Avaliações seriadas • Mudanças ocorrem mais lentamente Estado de baixo fluxo Choque distributivo  Decréscimo em horas se terapia efetiva • Jansen et al., (2010) Hipóxia tecidual Aumento da glicólise  Choque, lactato > 3 mmol/L  Decréscimo de pelo menos 20% em 2 horas Inibição da piruvato Metabolismo anaeróbio redução de mortalidade associado a desidrogenase hospitalar
  • 39. Objetivos do Suporte Hemodinâmico  Microcirculação • SDF (sidestream dark-field)  Avaliação dos efeitos das intervenções no fluxo microvascular em superfícies acessíveis, como aérea sublingual
  • 40. Objetivos do Suporte Hemodinâmico  Microcirculação • NIRS (near-infrared spectroscopy)  Determina saturação de oxigênio nos tecidos  Quantifica disfunção microvascular • Estudos futuros são necessários para afirmar que esses métodos podem ser utilizados como parâmetro • Não podem ser recomendados
  • 42. Prioridades Terapêuticas  Primeira Fase • Objetivo terapêutico  Atingir pressão sanguínea e DC compatíveis com a sobrevivência imediata  Monitorização mínima  Medidas de sobrevivência  Drenagem pericárdica  Revascularização em IAM
  • 43. Prioridades Terapêuticas  Segunda Fase • Otimização  Aumentar disponibilidade do oxigênio para a célula  Ressuscitação hemodinâmica  SvO₂ e lactato  Guiar a terapia  Monitorização do DC
  • 44. Prioridades Terapêuticas  Terceira Fase • Estabilização  Prevenir disfunção orgânica  Quarta Fase • Desescalonar  “Desmamar” as drogas vasoativas  Promover poluiria espontânea  Uso de diuréticos ou ultrafiltração
  • 46. Conclusões Choque circulatório é associado com alta morbidade e mortalidade Tratamento adequado é baseado no entendimento da fisiopatologia Rápida identificação permite manejo agressivo Tratamento inclui correção da causa e estabilização hemodinâmica
  • 47. Conclusões Estabilização hemodinâmica → infusão de fluidos e drogas vasoativas Avaliação da resposta terapêutica → evolução clínica e lactato Avaliação da microvasculatura poderá ser realizada no futuro