O documento discute a importância de fóruns internacionais sobre o meio ambiente e apresenta exemplos de iniciativas individuais de reciclagem e preservação ambiental no Brasil.
2. Introdução:
“...os cidadãos devem utilizar plenamente seus direitos de
comunicação e participação voltados para além da esfera privada,
mas também para o bem comum. È necessário que os cidadãos
troquem seus papéis de sujeitos privados do direito e assumam a
perspectiva de participantes em processos de entendimento que
versam sobre regras de sua convivência.”
Habermas ( 2003, p. 323)
A necessidade do reconhecimento dos problemas ambientais como
problemas sociais e a busca de novos agentes comunitários
socioambientais ensejou a criação do “Fórum de Discussões sobre
Meio Ambiente”, pois as discussões sobre o Meio Ambiente são
necessariamente discussões sobre a sociedade como um todo.
Benefícios para o meio ambiente:
Aumenta a matéria orgânica do solo
O uso do paraquat, combinado ao menor preparo do solo, contribui para a
preservação da matéria orgânica. Isso é bom para a saúde e a estrutura
do solo, aumenta a fertilidade, melhora a infiltração e a retenção de água
e sequestra dióxido de carbono.
Reduz as pegadas de carbono
Sistemas de manejo de conservação apresentam maior teor de matéria
orgânica, que sequestra dióxido de carbono, portanto, culturas
produzidas dessa maneira têm uma menor pegada de carbono.
Melhora a biodiversidade
Sistemas de manejo de conservação proporcionam habitats melhores
acima do solo, dentro do solo e fora dos campos, pois o menor
escoamento para cursos d'água melhora os ambientes aquáticos locais.
Conserva a qualidade da água
O paraquat se liga de maneira extremamente forte ao solo, portanto não
lixivia para os lençóis freáticos. Seu uso em sistemas de plantio direto
diminui a quantidade de solo lavada dos campos para cursos d'água, que
leva consigo os nutrientes causadores do crescimento excessivo de
algas, que reduz os níveis de oxigênio e afeta seriamente a vida aquática.
3. Ações individuais ajudam o meio ambiente
No dia Mundial da Água vale pensar no que você pode fazer
dentro da sua casa para contribuir para preservação
Reginaldo Guizzardi usa pneus para fazer
escadas
O lixo, esgoto, pneus e muitas vezes até
móveis velhos vão direto para os rios. O
problema que se repete a cada dia, parte da
falta de consciência ambiental de cada pessoa
e no final das contas, o resultado de tanta
sujeira é claramente visto nas enchentes.
Tragédia que deixam famílias sem casas e
que poderia ser evitada.
No dia Mundial da Água, que tal começar a
pensar em fazer diferente?
Na comunidade de Alto Norte, em Muniz Freire, o agricultor Reginaldo
Guizzardi teve a ideia de reutilizar os pneus que eram jogados no lixo ou em
córregos da região. Agora, eles se transformaram em escadas, que dão direto
nas parreiras de uva.
"Aqui fizemos essa escada que dá super. certo. Mas na comunidade temos
balanço, recentemente fizemos a proteção da quadra de futebol de pneus
velhos. Em caso de queda, os pneus protegem os jogadores", conta
foto: Andresa Alcoforado
Antônio Azevedo recicla alumínio
Reciclagem de latinhas
Ele já foi pedreiro, vigia, mas é
agricultor nato e acima de tudo
inventor de primeira.
O Sr. Antônio Azevedo, que mora no distrito de São Thiago, em
Guaçuí, não para mesmo de inventar. As facas recicladas feitas de
4. alumínio são exemplos de que o lixo tem muita utilidade.
Tijolos artesanais
E em Guaçuí, o outro agricultor Cristovão Miguel Azevedo, há 30 anos produz
os próprios tijolos que usa na propriedade. São tijolos artesanais que poluem
menos, ainda hoje são feitos todos os passos são repetidos como nas antigas
gerações.
foto: Andresa Alcoforado
Feitos a mão
Todas as casas da
propriedade de Cristovão
Miguel Azevedo foram
construídas pelo próprio
agricultor, foi aí que surgiu
a idéia de fazer o seu
próprio material de trabalho. A iniciativa cresceu, além de atender a
família, os tijolos ecológicos são muito procurados para a venda
"No moinho onde amassamos o barro é um boi que movimenta. Depois, a
mão modelamos cada tijolo, o resultado são casas rústicas que nem é
preciso fazer reboco. Eu e meus irmãos aprendemos assim e até
vendemos as peças", afirma Cristovão.
Dicas para reciclar
- Recicle o vidro. Aproveite as embalagens de vidro
para conservar alimento no frigorífico, na geladeira ou
no freezer.
-Regue as plantas de manhã cedo ou ao cair da noite.
Quando o sol está alto e forte, grande parte da água
perde-se por evaporação.
-Sempre que possível, reduza o uso do carro. Para
5. pequenas distâncias, vá a pé. Partilhe o carro com
outras pessoas. Sempre que puder opte pelos
transportes coletivos.
-Prefira lâmpadas fluorescentes compactas para as
salas cujo índice de ocupação é maior.
- Roupas usadas podem ser dadas a outras pessoas ou
a bazares de caridade.
-Brinquedos velhos, livros e jogos que você não quer
mais podem ser aproveitados por outros; portanto, não
os jogue fora.
- Descubra se há locais apropriados para o
recolhimento de papel velho. Normalmente, esses
locais são organizados pelas autoridades locais ou
instituições de caridade.
“Meio Ambiente é tudo o que tem a ver com a vida de um ser ou de um grupo
de seres vivos. Tudo o que tem a ver com a vida, sua manutenção e
reprodução. Nesta definição estão: os elementos físicos (a terra, o ar, a
água), o clima, os elementos vivos (as plantas, os animais, os
homens), elementos culturais (os hábitos, os costumes, o saber, a história de
cada grupo, de cada comunidade) e a maneira como estes elementos são
tratados pela sociedade. Ou seja, como as atividades humanas interferem com
estes elementos. Compõem também o meio ambiente as interações destes
elementos entre si, e entre eles e as atividades humanas. Assim entendido, o
meio ambiente não diz respeito apenas ao meio natural, mas também às vilas,
cidades, todo o ambiente construído pelo homem” (Neves e Tostes, 1992, p.
17).
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações” (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988 -
CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE, Art. 225).
Como mais de 80% da população mundial vivem atualmente nas cidades, a
discussão do meio ambiente com foco nas áreas urbanas é necessária e
urgente, principalmente em virtude da degradação ambiental e da baixa
qualidade de vida de uma grande parcela da população.