O documento descreve os principais tipos de sinapses nervosas e os mecanismos de ação dos neurotransmissores. Resumidamente: (1) Existem sinapses químicas e elétricas, sendo as químicas responsáveis pela comunicação entre neurônios; (2) Os neurotransmissores causam potenciais pós-sinápticos que somem-se para determinar a excitabilidade do neurônio; (3) A comunicação por segundo mensageiro permite amplificar e modular a resposta neuronal.
5. Tipos de Sinapse Nervosas 1 e 1’ axo-dendritica 2 axo-axonica 3 dendro-dendrítica 4 axo-somática Um neurônio faz sinapse com muitos neurônios
6. Chegada do Impulso nervoso no terminal do neurônio 1 Geração de impulso nervoso no neurônio 2 Neurotransmissâo
7.
8.
9. Os NT causam excitação (estimulação) ou inibição (desestimulação) nas membranas pós-sinápticas. NEURÔNIOS EXCITATÓRIOS: NT excitatórios NEURÔNIOS INIBITÓRIOS: NT inibitórios
10.
11. 1) Receptor Ionotrópico O NT abre o canal iônico DIRETAMENTE Efeito rápido 2) Receptor Metabotrópico O NT abre o canal iônico INDIRETAMENTE - freqüentemente, presença de 2º mensageiro para modificar a excitabilidade do neurônio pós-sináptico Efeito mais demorado MECANISMOS DE AÇAO DOS NT Há dois tipos de receptores pós-sinápticos
12. Receptores acoplados a Proteína G A Proteína G é uma proteína complexa formada de três subunidades ( , e ) e que funciona como um transdutor de sinais . Em repouso, a subunidade está ligada a uma molécula de GDP. Quando o NT se liga ao receptor o GDP é trocada pelo GTP e a proteína G se torna ativa. A proteína G ativa age sobre uma molécula efetora , neste caso, um canal iônico, cuja condutância será indiretamente modificada.
13. COMUNICAÇAO VIA 2º MENSAGEIRO Fenda sináptica Membrana Pós-sináptica Citoplasma NT cAMP Receptor pós-sináptico Proteina G / Adenilciclase Quinases Abertura/ Fechamento Canais iônicos Exemplo
15. Receptor metabotrópico noradrenérgico MECANISMO A Noradrenalina liga-se ao receptor do tipo ativando a adenilciclase que hidrolisa o ATP em cAMP produzindo o 2 o mensageiro. O cAMP difunde-se até o citosol e ativa a enzima quinase A (PKA). A PKA age fosforilando canais de Ca modificando a sua condutância. RESULTADO : abertura de canais de Ca ++ e aumento de excitabilidade da membrana pós-sináptica. Estimula a contração do coração. Prot G, Adenilciclase e cAMP Coração http ://www. blackwellpublishing .com/ matthews / neurotrans . html
16. A Prot G, Adenilciclase e cAMP Receptor metabotrópico 2 noradrenérgico MECANISMO O NT liga-se ao receptor e ativa uma proteína G que age inibindo a adenilciclase . A de cAMP atividade das PKAs. A fosforilação não ocorre nos canais iônicos de K. RESULTADO : o fechamento dos canais de K + aumenta a excitabilidade da membrana pós-sináptica. Vasos sanguineos
17. Outros 2o mensageiros A Prot G, Fosfolipase C , IP3 e DAG Receptor metabotrópico MECANISMO O NT estimula, através da proteína G, a Fosfolipase C (PLC) enzima que hidrolisa o inositol fosfolipídio em IP3 e DAG. O DAG ativa a proteína quinase C (PKC) e o IP3 abre canais de Ca do reticulo endoplasmático. RESULTADO : o aumento de Ca ++ intracelular altera não só o metabolismo do neurônio pós-sináptico como também da sua excitabilidade. 5-HT
21. A) PEPS O NT é EXCITATÓRIO Causa despolarização na membrana pós-sináptica (p.e.entrada de Na) b) PIPS O NT é INIBITÓRIO Causa hiperpolarização na membrana pós-sináptica (p.e. entrada de Cl ou saída de K)
22. Os PEPS e PIPS são gerados apenas nos dendritos e no corpo celular que se propagam em direção a zona de gatilho do PA. Se o PEPS atingir o valor limiar haverá PA; se o PEPS for mais intenso que o limiar, haverá mais de um PA gerado pela zona de gatilho. PEPS PA
23. A amplitude do PEPS é diretamente proporcional a intensidade do estimulo e à freqüência dos PA A quantidade de NT liberado depende da freqüência do PA Fadiga sináptica: esgotamento de NT para serem liberados. PEPS PA Liberação de NT A freqüência do PA determina a quantidade de NT liberado
24. A membrana dos dendritos e do soma computam algebricamente os PEPS e PIPS. O resultado dessas combinações determinarão se haverá ou não PA e com que freqüência. Para que servem os PEPS E PIPS? Como um neurônio que recebe milhares de sinais excitatórios e inibitórios processam esses sinais antes de gerar PA?
25. SOMAÇAO DE PEPS O mecanismo de combinação (ou integração) dos sinais elétricos na membrana pós-sináptica chama-se SOMAÇÃO.
26. Neurônio excitatório : ATIVO Neurônio inibitório : inativo A excitação se propagou do dendrito até o cone de implantação. Neurônio excitatório : ATIVO Neurônio inibitório : ATIVO A excitação causada pelo neurônio excitatório foi totalmente bloqueada pelo neurônio inibitório Inibição pós-sináptica
28. CIRCUITOS NEURAIS Um neurônio sozinho de nada vale. As células nervosas são capazes de interpretar estímulos sensoriais ou produzir comandos motores porque vários neurônios funcionalmente relacionados estabelecem circuitos neurais. CIRCUITOS NEURAIS : redes de neurônios funcionalmente relacionados. Rede monossinaptica Rede polissinaptica
29. Distribuição do sinal Concentração do sinal Tipos de circuitos neurais Neurônio excitatório
36. As sinapses neuromusculares são diferentes das sinapses nervosas. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR SINAPSE NERVOSA 50mV 0,1mV PPS Um único PA causa a resposta motora É necessário vários PA para liberar muitas vesículas e somações Excitabilidade 1 PA: 200 vesículas 1 PA: 1vesicula No de vesículas Ùnico excitatório (acetilcolina), Vários excitatórios e inibitórios NT
39. A maquinaria neuronal realiza suas funções metabólicas e sintetiza substâncias químicas especificas = neurotransmissores , que são armazenadas em vesículas . As vesículas são transportadas e armazenadas nos terminais nervosos de onde são secretadas. NT de baixo PM: sintetizados e armazenados nos terminais nervosos NT de alto PM: sintetizados no corpo celular, transportados para os terminais onde são armazenados
41. Acetil CoA Transportador de colina AChE Colina + Acetato Colina ACh Transportador de ACh Receptor pós-sinaptico Etapas da biossíntese e degradação enzimática do NT Liberação do NT Sítios receptores pré e pós-sinápticos Onde as drogas podem agir?
42. Princípios de Neurofarmacologia Muitas substancias exógenas afetam a neurotransmissâo: Modos de ação AGONISTAS : mimetizam o efeito do NT ANTAGONISTAS : inibem a ação do NT
43. Receptor Nicotínico Ionotrópico Fibras musculares esqueléticas Abertura de canais de Na (despolarização) Receptor Muscarínico Metabotrópico Fibras musculares cardíacas - abertura de canais de K (hiperpolarizaçâo) Fibras musculares lisas Atropina Curare Muscarina Nicotina Muscarínico Nicotínico Acetilcolina Antagonistas Agonistas Receptores Neurotransmissor
44. IMPORTANCIA CLINICA DAS SINAPSES COLINÉRGICAS Venenos de Cobra (alfa-toxinas): ligam-se a receptores nicotínicos e causam bloqueio da neurotransmissâo. Paralisia muscular (morte por parada respiratória). Curare : extraída de uma planta tem o mesmo efeito. Usado farmacologicamente como relaxante muscular. Miastenia grave : uma doença auto-imune em que o corpo produz anti-corpos contra os receptores de Ach. Paralisia muscular Doença de Alzheimer : degeneração de neurônios colinérgicos do SNC (encéfalo)
45. da contração SNA PS SNMS Acetilcolina: possui 2 tipos de receptores Músculo Cardíaco Receptor muscarínico Músculo Esquelético Receptor nicotínico da Contração da contração da contração SNA PS Músculo Liso Receptor muscarínico
46. Ach O canal foi diretamente aberto pela Ach Receptor nicotínico e ionotrópico O canal foi indiretamente aberto pela Ach Receptor muscarínico e metabotrópico
47. AMINAS BIOGÊNICAS Noradrenalina (Nor) Adrenalina (Adr) Dopamina (DA) Serotonina (5-HT) Catecolaminas: compartilham a mesma via de biossíntese que começa com a tirosina.
48. Receptores METABOTRÓPICOS Receptores Excitatório (abre canais de Ca ++ ) Receptores Excitatório (fecha canais de K + ) Antagonistas Agonistas Receptores Neurotransmissor Fenoxibenzoamina Propanolol Fenilefrina Isoproterenol Receptor Receptor Noradrenalina
49. Doença de Parkinson : degeneração dos neurônios dopaminergicos Tremores e paralisia espástica. Psicose : hiperatividade dos neurônios dopaminergicos Todos os receptores são metabotrópicos, acoplados a proteína G, cujo aumento de cAMP causa PEPS Antagonistas Agonistas Receptores Neurotransmissor D1, D2...D5 Dopamina
50. A 5-HT participa na regulação da temperatura, percepção sensorial, indução do sono e na regulação dos níveis de humor Drogas como o Prozac são utilizados como anti-depressivos. Agem inibindo a recaptaçâo do NT, prolongando os efeitos do 5HT Receptores Neurotransmissor 5 HT 1A , 5 HT 1B , 5 HT 1C , 5 HT 1D , 5HT 2 , 5HT 3 e 5HT 4 Serotonina
54. O que a cocaína faz? Impede a recaptaçâo da dopamina e prolonga a sua ação pós-sináptica
55. Positron emission tomography (PET) scan Vermelho: elevada taxa de utilização de glicose (metabolismo elevado) Amarelo e azul: pouca ou nenhuma
56. IONOTRÓFICO Receptores não-NMDA (ou AMPA) Excitatório (rápido) Abrem canais de Na e K Receptores NMDA Excitatório (lento) Abrem canais de Ca, Na e K METABOTRÓFICO Receptores Kainato E o mais importante NT excitatório do SNC CNQX AP5 AMPA NMDA AMPA NMDA Kainato Glutamato Antagonistas Agonistas Receptores Neurotransmissor
57.
58. Ambos são inibitórios GABA A : ionotrópico Abrem canais de Cl diretamente Causam hiperpolarizaçâo GABA B : metabotrópico Abrem canais de K indiretamente Causam hiperpolarizaçâo Benzodiazepinicos e os Barbituricos são potentes agonistas que agem nos receptores GABA A (exacerbam o efeito inibitorio) Antagonista Agonista Receptor Neurotransmissor Bicuculina Faclofen Muscimol Baclofen GABA A GABA B GABA
59. Glicina : NT inibitório dos neurônios motores Estricnina : inibe os receptores da glicina e causa rigidez muscular generalizada. Glicina Antagonistas Agonistas Receptores Neurotransmissor
60.
61. NEUROPEPTÍDEOS GASTRINAS gastrina, CCK HORMÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE vasopressina (ADH), ocotocina INSULINAS OPIOIDES encefalinas (Enk), beta endorfinas SECRETINAS secretina, glucagon, VIP SOMATOSTATINAS TAQUICININAS sub P, sub K
Opiate dopamine terminal, another terminal (probably GABA for those that would like to know) the post-synaptic cell containing dopamine receptors. Mechanisms: opiate receptor activation decreases GABA release, which normally inhibits dopamine release - so dopamine release is increased.] Localization of opiate binding sites When a person injects heroin or morphine, it too, travels quickly to the brain. Point to the areas where opiates concentrate. The VTA, nucleus accumbens, caudate nucleus and thalamus are highlighted. The opiates bind to opiate receptors that are concentrated in areas within the reward system. Indicate that the action of opiates in the thalamus contributes to their ability to produce analgesia.